• Nenhum resultado encontrado

Cidades Inteligentes Smart Cities Infra-estrutura tecnológica: caracterização, desafios, tendências

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cidades Inteligentes Smart Cities Infra-estrutura tecnológica: caracterização, desafios, tendências"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

         

Cidades Inteligentes – “Smart Cities”

Infra-estrutura tecnológica: caracterização, desafios,

tendências

      Projeto FEUP 2014­2015 ­ MIEIC    Armando Sousa/ Manuel Firmino  Rosaldo Rosseti        Equipa 41:    Supervisor: Rosaldo Rosseti  Monitor: Miguel Sandim        Estudantes:   Marta Diogo Torgal Pinto up201407727@fe.up.pt  Inês Cardoso Leitão Barata de Oliveira up201404860@fe.up.pt  Frederico Portugal Pinho Rocha up201408030@fe.up.pt   

(2)

 

Resumo

 

Este relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular “Projeto Feup” e tem como        objetivo caracterizar as “Smart Cities” e fazer uma comparação entre estas e as cidades        tradicionais, identificar os desafios tecnológicos à sua criação e as tendências e sintetizar        informação sobre as tecnologias necessárias para a sua implantação. 

O relatório consiste portanto, numa pequena introdução em que é definido o conceito        de “Smart City”, seguida de alguns exemplos de tecnologias que são usadas na        implantação das mesmas, de desafios tecnológicos encontrados e das tendências        encontradas no Oriente e Ocidente. No final, é feita uma análise crítica da implantação        “Smart Cities”, comparando­as as cidades tradicionais, apresentando evidências        qualitativas e quantitativas. 

Este projeto permitiu a conclusão que, no mundo moderno, existe um crescimento        exponencial da população mundia e que a sua movimentação para as cidades cria        problemas para os quais as “Smart Cities” são a resposta. Concluiu­se também que a        maioria das tecnologias necessárias para a implantação de “Smart Cities” já existem, pelo        que é agora, apenas uma questão de investimento financeiro e uma organização dos        orgãos da cidade. 

   

Palavras-Chave

smart cities; tecnologia; sustentabilidade; inovação; viabilidade; tradicional; inteligente;        crescimento;                  

(3)

Índice

  Lista de gráficos  1. Introdução  2. Conceito de “Smart City”  3. Exemplos de tecnologias necessárias para a criação de “Smart Cities”  3.1 “Smart Grids”  3.2 Sensores  3.3 “Smart Devices”  4. Desafios tecnológicos na criação de “Smart Cities”  4.1 Integração da Tecnologia  4.2 Comunicação entre os vários sistemas e redes urbanas  5. Tendências  6.  Comparação entre “Smart Cities” e Cidades tradicionais  6.1 Quantitativamente  6.2 Qualitativamente  7.  Caso Real: Implementação da Central de Zelamento em São Paulo  8. Conclusões                 

(4)

Lista de gráficos

  Gráfico 1 ­ Preço por metro quadrado de imóveis em Wave City e Palava City         

(5)

1. Introdução

 

O modelo atual de construção e gestão das cidades transcende os séculos. Está        gravemente desatualizado e não consegue responder aos novos problemas que vêm a        surgir com o início dos séculos 20 e 21. Portanto, foi necessário criar novos modelos de        cidades que se adequem melhor às necessidades presentes.  

O modelo no qual este trabalho se foca é a “Smart City”, onde todos os processos        que ocorrem dentro e à volta da cidade são controlados pelas tecnologias de informação        e comunicação (TICs). 

(6)

2. Conceito de “Smart City”

 

Com o aumento do êxodo rural, está a ocorrer uma sobrepopulação dos centros        urbanos. Como resposta, os governos locais baseam­se nas TICs de forma a solucionar        este problema e assim criam­se as “”Smart Cities”. 

Uma “Smart City” é, então, uma cidade inteligente que usa tecnologias avançadas de        comunicação e informação (TICs) para promover um desenvolvimento sustentável,        crescimento económico e qualidade de vida aos seus cidadãos (AVELAR 2014) e está        ligada ao conceito de utopia eletrónica, ou e­topia. 

Em termos gerais, as cidades inteligentes têm três pilares de foco: Ambiente,        Economia e Sociedade. Para que uma cidade seja inteligente todos os pilares devem        estar realizados. Quando tal acontece, a sociedade está no seu auge de produtividade e        eficiência e isto gera um boom económico.                                     

(7)

3. Exemplos de tecnologias necessárias para a criação de

“Smart Cities”

 

3.1 “Smart Grids”

 

As “Smart Grids” são redes de eletricidade baseadas em tecnologia digital. Uma        característica importante destas é a capacidade de armazenar energia, o que torna viável        a utilização quase a 100% das energias renováveis, como a energia solar e eólica (que        são bastante variáveis com o tempo). Além disto, as “Smart Grids” têm a capacidade de        se reparar, resistir a perdas de eletricidade e informar os consumidores sobre o seu uso        energético, o seu custo e opções alternativas permitindo assim que estes possam fazer        escolhas mais sustentáveis. 

Assim, as “Smart Grids” são uma opção confiável, sustentável e resistente a nível de        produção de energia para as “”Smart Cities” (IEEE 2013).     

3.2 Sensores

 

   Um sensor é um dispositivo capaz de detectar/captar acções ou estímulos externos.  A utilização de sensores para monitorizar toda a cidade faz com que estejam sempre

       

disponíveis informações sobre todo o tipo infra­estruturas e que possam ser medidos        níveis de poluição, luz, e trânsito, em tempo real.  

Estes sensores vão permitir uma otimização dos recursos (por exemplo em consumo        de energia ou gestão do trânsito) e uma ação rápida em caso de emergências (HALL        2000). 

   

3.3 “Smart Devices”

“Smart Devices” são dispositivos eletrónicos, normalmente conectados a outros        dispositivos via Bluetooth, NFC, WiFi ou 3G que conseguem, até certa medida, operar        autónomamente (WIKIPEDIA 2014). 

(8)

A utilização dos “Smart Devices” é uma tecnologia que se torna extremamente        vantajosa para a população em geral pois estes podem       receber informações em tempo        real acerca de atualizações de trânsito, meteorologia, notícias locais e atrasos dos        transportes públicos. Para isto acontecer, seria também vantajoso a existência de uma        rede de Wi­Fi pública, em toda a cidade. 

Outra aplicação da tecnologia dos “Smart Devices” seria a instalação de        “touchscreens” em vários pontos centrais da cidade,      como estações de metro ou          paragens de autocarros que proporcionariam informação tal como mapas, horários dos        transportes ou atividades a acontecer perto daquele ponto.                                                  

(9)

4. Desafios tecnológicos na criação de “Smart Cities”

 

Os principais desafio tecnológico das “Smart Cities” são a integração da tecnologia e        pela capacidade de comunicação entre os vários sistemas e redes urbanas (INTELI 2012). 

 

4.1 Integração da Tecnologia

 

Embora quase toda a tecnologia necessária à criação de uma “Smart City” já exista,        continua a ser excessivamente cara, o que a torna um investimento gigantesco, que        apenas compensa (em termos económicos) a longo prazo. 

Como o projeto “Smart City” incorpora a tecnologia nas infra­estruturas e serviços da        cidade, isto significa que tudo estará conectado à rede, pelo que esta terá que ser        altamente eficaz, estar sempre disponível e ser de alta velocidade. Esta rede terá também        que permitir a coneção de diferentes tipos de dispositivos, ter flexibilidade para suportar        novos serviços, ser capaz de ter serviços a preços razoáveis, assim como ter em        consideração o meio ambiente. 

 

4.2 Comunicação entre os vários sistemas e redes urbanas

 

Para o desenvolvimento de uma Smart City é necessário existir comunicação entre  todas as áreas funcionais da cidade.  Assim, as cidades devem desenvolver modelos de gestão mais eficiente que  permitam:  ● “Consolidar o crescimento da cidade e permitir uma evolução flexível e organizada;  ● Proporcionar aos cidadãos serviços de melhor qualidade e de maneira mais       

eficiente; com um menor custo de modo que se possa conseguir uma administração        sustentável. 

● Obter uma visão integrada de todas as áreas da cidade de maneira que se        obtenham sinergias e ambientes operacionais.”  (INDRA 2014) 

   

(10)

5. Tendências

 

Existem vários projetos de “Smart Cities” por todo o mundo e verifica­se que no        Oriente, os projetos tendem a ser bastante diferentes dos projetos do Ocidente. 

Na Ásia e no Médio Oriente prevalecem as iniciativas associadas à construção de        cidades a partir do zero. Estes são projetos mais abrangentes e com um período de        execução bastante grande, em que é necessário um grande investimento financeiro, e        existe uma maior liberdade na criação da cidade. 

Na Europa e América do Norte são mais comuns os projetos de regeneração urbana        inteligente em cidades existentes. Estes projetos são de menor escala, tendo por isso um        período de execução mais reduzido e existe uma menor liberdade na criação da cidade        pois tem de se ter em conta as infra­estruturas pré­existentes (INTELI 2012) 

   

   

(11)

6. Comparação entre “Smart Cities” e Cidades tradicionais

 

6.1 Quantitativamente

 

Em termos quantitativos pode­se comprovar a viabilidade das “Smart Cities”        observando o desempenho do valor dos imóveis em três cidades indianas nas quais        diferentes projetos de cidades inteligentes foram implementados. Ao longo dos anos, após        a implementação dos projetos, o valor dos imóveis mostra um constante crescimento. Os        projetos de “Smart City” implementados foram projetos como o melhoramento das redes        de comunicação das cidades e um tratamento mais eficiente das águas. 

Gráfico 1 ­ Preço por metro quadrado de imóveis em Wave City e Palava City   

6.2 Qualitativamente

 

Em termos qualitativos, as cidades inteligentes proporcionam uma melhor qualidade        de vida à população, um crescimento económico sustentável e garantem uma boa        qualidade ambiental na cidade e zonas envolventes. Isto constata­se pois estas trazem a        possibilidade de uma melhor gestão de recursos e investimentos e uma melhor eficiência        energética. 

As cidades tradicionais, por outro lado, têm as suas redes de transportes públicos, de        fornecimento de energia e de estradas urbanas em constante esforço devido à crescente        procura, o que diminui a produtividade dos cidadãos e aumenta a poluição. 

(12)

7. Caso Real: Implementação da Central de Zelamento em São

Paulo

 

A Central de Zelamento em São Paulo foi criada em 2007 e trata volumes elevados        de informação diariamente relativamente a tudo o que acontece no perímetro da cidade,        tanto quanto a respeito de evento positivos como festivais e cerimónias como        acontecimento que atrapalham a normalidade da cidade (buracos, quedas de arvores,        incêndios etc.). Por dia, em média, são registadas 800 ocorrências, que são então filtradas        e comunicadas para outros orgãos da cidade para que estes possam responder        imediatamente. 

Torna­se evidente que, após a implementação deste projeto, a cidade de São Paulo        tornou­se mais organizada, com uma maior capacidade de resposta a todos os problemas        que acontecem diariamente. Este projeto também proporcionou uma elevada criação de        emprego numa área de grande especialização e uma maior eficiência na vida diária da        cidade.  Este projeto aproxima assim São Paulo ao ideal de "Smart City". (MODULO 2014)                             

(13)

8. Conclusões

 

Tal como já foi dito anteriormente, o crescimento exponencial da população mundial e        a sua movimentação para os centros urbanos está a criar problemas aos quais as cidades        tradicionais não conseguem responder. Deste modo, o projeto “Smart Cities” surge como        resposta para estes problemas, utilizando as TICs como forma de garantir a qualidade de        vida da população. 

Com a realização deste trabalho podemos afirmar com certidão que o projeto “Smart        City” é viável (tanto na sua criação a partir do zero como na sua implementação em        cidades tradicionais já existentes) pelo que apenas é necessário um investimento        financeiro inicial, que a longo prazo irá ser devolvido, e uma organização dos diferentes        orgãos da cidade, assim como uma comunicação eficaz entre eles. 

   

(14)

Referências bibliográficas

AVELAR, RONALD EDUARDO. 2013. “Cidades Inteligentes: uma abordagem        tecnológica”. Acedido a 12 de novembro de 2014. 

http://www.telesintese.com.br/o­que­sao­aas­cidades­inteligentes­e­o­que­as­torna­smart­ uma­abordagem­tecnologica­de­redes­inteligentes­de­comunicacao

 

IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers). 2013. “The Relationship        Between Smart Grids and Smart Cities”. Acedido a 11 de novembro de 2014. 

http://smartgrid.ieee.org/may­2013/869­the­relationship­between­smart­grids­and­smart­citi es 

 

HALL, ROBERT E. 2000. “The Vision of A Smart City”. Acedido a 12 de novembro de        2014.   http://ntl.bts.gov/lib/14000/14800/14834/DE2001773961.pdf    WIKIPEDIA. 2014. “Smart device”. Acedido a 10 de novembro de 2014.  http://en.wikipedia.org/wiki/Smart_device   

CLAY, MIKE. 2014. “Getting citizens involved: how cities can use smart technology        and social media for improvement”. Acedido a 12 de novembro de 2014.  http://www.woodhouse.co.uk/knowledge/getting­citizens­involved­how­cities­can­use­smart ­technology­and­social­media­for­improvement/    INTELI. 2012. “Índice de Cidades Inteligentes”. Acedido a 11 de novembro de 2014.  http://www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_1357554966_2590.pdf    INDRA. “Smart Cities”. Acedido a 11 de novembro de 2014.  http://www.indracompany.com/pt­br/soluciones­y­servicios/solucion/smart­cities/16451/res umo   

(15)

MODULO. “Caso de sucesso: Cidades Inteligentes”. Acedido a 12 de novembro de        2014.  http://www.modulo.com.br/software/casos­de­sucesso/governo/2972­cidade­monitorada               

Referências

Documentos relacionados

O candidato deverá apresentar-se no local às 08h30min (meia hora de antecedência do horário de início das provas – 09h), munido com cartão de identificação, documento de

É, pois, como membro de uma corporação, na sociedade civil, que o cidadão tem maiores chances de realização individual, pois exerce nela “uma atividade universal” (Hegel,

Esta configuração na posição “fechado”, isto garante o correto funcionamento do mesmo e do sensor de barreira (fotocélula). Nota importante: caso haja falta de

Ukoliko bi došlo do izjednaĉavanja pritisaka unutar i van zgloba, tada zglob podržavaju zglobna ĉahura i tetive mišića koje se vežu za kost, a u stanju su stalne napetosti koja

Para aceder a uma directoria partilhada numa máquina Linux a partir de outra máquina Linux procede-se da mesma forma como se se tratasse de uma

Nesta etapa do processo de distribuição de espécie proposto, foram coletados os pontos de ocorrência, na área de caatinga na região Nordeste do Brasil, para a modelagem de

A presente Monografia tem como tema discutir o objeto da Defensoria Pública, como um dever do Estado e um direito do cidadão, em especial no Estado de Santa Catarina.

13.1 - A inscrição para o Concurso Público implicará a aceitação, por parte do candidato, das normas contidas neste Edital, bem como de outras que forem necessárias para seu