Consumidor e indústria continuam desanimados. A Balança Comercial segue abastecendo nossas reservas. Câmbio O recesso e o mercado livre.

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Macroeconômica

julho 2017

Semana 4

•

PIB

• Focus aponta 0,34% de crescimento para 2017.

•

Confiança

• Consumidor e indústria continuam desanimados.

•

Preço e Juros

• Mais impostos, maior IPCA.

•

Balança Comercial e Câmbio

• A Balança Comercial segue abastecendo nossas reservas.

• Câmbio – O recesso e o “mercado livre”.

•

Mercado de Trabalho

• Perfil da geração de empregos formais no Estado do Paraná.

•

Tecnologia

• Testbeds e Business Cases.

•

Opinião

Estimativas para encerramento

do ano - Brasil

Estimativas para Encerramento do Ano - Brasil

2017

2018

PIB (% do crescimento)

0,34

2,00

Produção Industrial (% do crescimento)

0,83

2,26

Inflação - IPCA (%)

3,33

4,20

SELIC

8,00

8,00

Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)

51,70

55,10

Taxa de Câmbio - fim do período (R$/US$)

3,30

3,45

Balança Comercial (US$ Bilhões)

60,00

45,50

Investimento Direto no País (US$ Bilhões)

75,00

75,00

Fonte: Bacen

Agenda da Semana

24-07 Relatório Focus (Bacen)

24-07 Balança Comercial (MDIC)

24-07 Nota Mercado Aberto Junho-2017 (Bacen)

24-07 IPC(S) - 3ªquadrissemana Julho-2017 (FGV)

25-07 Reunião Copom (1º Dia)

25-07 Sondagem Consumidor Julho-2017(FGV)

26-07 Reunião Copom (1º Dia)

26-07 IPC - 3ª quadrissemana Julho-2017 (Fipe)

26-07 Fluxo Cambial - Semanal (Bacen)

27-07 Resultado Primário do Governo Central Junho-2017 (Bacen)

27-07 IPP-Indústria da Transformação Junho-2017 (IBGE)

27-07 Nota de Política Monetária e Operações de Crédito Junho-2017 (Bacen)

28-07 IGP-M Julho-2017 (FGV)

28-07 Pnad Contínua Junho-2017 (IBGE)

PIB 2017

Focus aponta 0,34% de crescimento para 2017.

Confiança

Consumidor e indústria continuam desanimados.

A perspectiva de crescimento da economia brasileira para 2017 continua estável, pois segundo os especialistas consultados para a pesquisa que gera o Relatório Focus, elaborado pelo Banco Central do Brasil (BCB), há três semanas que o PIB brasileiro vem sendo projetado com crescimento de 0,34% em 2017.

Quanto à confiança do consumidor, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta queda em julho para 82 pontos (queda de 0,3 pontos), consolidando a tendência de queda desde o recuo de 1,9 ponto no mês anterior.

Projeções do PIB- Boletim Focus

Índice de confiança do consumidor (Dessazonalizado)

Índice de confiança na Indústria (Jul/08 a Jul/17)

Fonte: FGV/IBRE

Fonte: FGV/IBRE

Como já afirmado anteriormente neste painel, acerca da confiança do consumidor, Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor, também afirma que “a calibragem da confiança dos consumidores tem sido realizada principalmente nos indicadores de expectativas. Enquanto a incerteza estiver elevada, o consumidor deverá permanecer cauteloso na hora de assumir novos gastos de consumo”. Com relação à Sondagem da Indústria, a FGV divulgou a prévia para o mês julho de 2017, a qual chegaria a 90,7 pontos, sinalizando alta de 1,2 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação a junho.

Quadro Resumo: IPCA projeção 2017/2018

Fonte: Boletim Focus - BCB

confiança ocorrida no mês de junho (-2,8 pontos), o que levará à queda da média móvel trimestral do índice pelo segundo mês consecutivo (-0,2 ponto em julho após -0,4 ponto em junho).

Inflação

Mais impostos, maior IPCA.

Após o anúncio de aumento dos tributos nos combustíveis, o Relatório Focus do Banco Central do Brasil (BCB), revisou as expectativas do IPCA para cima após 7 semanas seguidas de queda. O mercado precificou 2017 finalizando em 3,33% ante 3,29% da semana passada. Para 2018 a expectativa se manteve em 4,20%. As Top 5, empresas que mais se aproximam dos resultados divulgados, estimam o IPCA de 2017 em 3,09% e 2018 em 4,23%, praticamente em linha com o mercado.

O aumento dos impostos nos combustíveis impacta principalmente nos serviços de transportes e, por consequência, nos alimentos e demais setores envolvidos na rede de suprimentos atrelados às commodities. Outra consequência já percebida são as recentes expectativas de mercado, ajustando os níveis de inflação dentro dos limites da meta de inflação estabelecidos pelo BCB no limite inferior de 3%. Vale ressaltar que antes de optar pelo aumento de impostos o governo buscou uma série de medidas para alcançar as metas fiscais. Por exemplo, o teto de gastos, a DRU (Desvinculação das Receitas da União), a repatriação de remessas não declaradas, as privatizações e concessões, a liberação de inativos do FGTS, a redução nas taxas de juros, a reforma trabalhista já votada na câmara dos deputados, faltando a reforma da previdência que ainda é tema em debate.

Resultado da Balança Comercial

Câmbio

A entrada de dólares via Balança Comercial segue apresentando fluxo positivo. O resultado da penúltima semana de julho/17 foi superavitário em US$ 2,203 bilhões, apurado pela diferença entre US$ 5,276 bilhões de exportações e US$ 3,073 bilhões de importações.

Segundo a SECEX, Secretaria de Comércio Exterior, o crescimento das exportações deu-se por conta do aumento das vendas de plataforma para extração de petróleo, etanol, petróleo bruto, entre outros. As importações caíram principalmente pela redução nas compras de combustíveis e lubrificantes, adubos e fertilizantes, entre outros.

No mês as exportações somam US$ 13,844 bilhões e as importações US$ 9,279 bilhões, com resultado superavitário de US$ 4,566 bilhões.

Após as seguidas quedas da cotação do dólar, a moeda abre a semana em leve alta cotada a R$ 3,1470 ante o Real.

Com o recesso político até a primeira semana de agosto, o mercado caminha sem grandes volumes tomando posições. Os players estão no aguardo de uma notícia para formar um preço que possibilite a especulação. O mercado de câmbio brasileiro sofre muitas intervenções de compra e venda de moedas. Estas movimentações planejadas são realizadas pelo Banco Central nos momentos em que a cotação desfavorece as metas do governo, seja de inflação ou de superávit comercial. Assim como na semana anterior, esta semana há uma expectativa de atuação mais discreta do Banco Central devido à baixa tensão. Se somar a falta de indicadores e a falta de notícias políticas, pode-se dizer que o mercado tem neste período uma cotação mais justa, definida pelas leis de oferta e demanda.

Mercado de Trabalho

Perfil da geração de empregos formais no Estado do Paraná.

De acordo com as informações divulgadas pelo CAGED o estado do Paraná apresentou saldo positivo na geração de vagas formais de trabalho no primeiro semestre de 2017, totalizando 23.189 vagas, ocupando a 4ª posição no ranking nacional dos estados. O perfil do saldo de vagas geradas no estado neste período está distribuído da seguinte forma:

Há de se destacar que a concentração na geração de vagas formais nas regiões Oeste, Norte Central, Noroeste e Sudoeste correspondem a 86% do saldo de geração de vagas, o que representa um total de 19.948 vagas. Isso se verifica pela influência da expansão da indústria de transformação, principalmente a de alimentos e têxtil, por conta do setor de serviços, com destaque para a educação, serviços médicos, veterinários e turismo, e também do setor agropecuário estruturado com cooperativas e influenciado pelo ambiente favorável a exportações de grãos e proteína animal. Por outro lado, a região metropolitana de Curitiba apresentou saldo negativo de (1.190), com destaque para o comércio varejista e indústria de transformação, que tiveram o saldo de (4.767) vagas, parcialmente compensado pelo setor de serviços que terminou o semestre com o saldo de 2.958 vagas.

Como o CAGED trabalha apenas com o total de vagas formais geradas, o impacto da reforma trabalhista sancionada neste mês só terá impacto num prazo médio de quatro a seis meses.

Tecnologia

Testbeds e Business Cases

Após aproximadamente uma hora de cálculos para totalizar o custo operacional total de um automóvel pode-se chegar a duas conclusões, (a) é um custo alto, mas necessário para garantia do conforto e/ou

geração de receita, ou (b) é um custo alto demais comparado com as outras formas de transporte. De forma muito simples este é o business case que leva muitas pessoas a aderirem a cada dia mais por bicicletas, transportes públicos e privados (UBER/ Cabify). A mesma lógica se aplica quando empresas decidem pela aquisição de uma solução especializada para otimização de estoques, apurações financeiras e fiscais, por exemplo. O fator principal que contribuirá no momento da decisão será a estimativa de retorno sobre o investimento e quais são os casos de sucesso que comprovem estes ganhos potenciais. Ciclos de aquisição podem variar de 6 meses a 2 anos dependendo da empresa. Utilizar serviços de consultoria de empresas de tecnologia, referência no mercado, como Gartner e Forrester poderá reduzir ao máximo o tempo de aquisição, permitindo às empresas materializarem os ganhos o mais cedo possível. Ainda assim serão 6 meses, tempo suficiente para mudar todo o cenário econômico, como ocorreu durante a Operação Carne Fraca. Testbeds podem auxiliar a acelerar os ciclos de implantação de soluções e dispositivos. Testbeds são experimentos realizados com tecnologias e conceitos inovadores aplicados a problemas de negócio reais com o intuito de acelerar a adoção da Internet Industrial. Esses experimentos demonstram, em um ambiente controlado e de forma prática, uma prévia do potencial de retorno sobre o investimento. Business cases complexos serão substituídos por esta nova e simples forma de comprovar retorno. No Brasil a instituição que promove e incentiva testbeds é a ABII (Associação Brasileira de Internet Industrial - https://www.abii.com.br/).

Opinião

Um pouco de Adam Smith e Abraham Lincoln.

Nesta semana em que foram divulgadas imagens lamentáveis da degradação da Vila Olímpica e também a informação de que os apartamentos que compõem o empreendimento estão encalhados, convém relembrar os gastos que foram realizados para o outro mega evento ocorrido no Brasil: a Copa do Mundo.

Adam Smith abordou na sua obra A Teoria dos Sentimentos Morais, de 1759, que que ¨os interesses egoístas deveriam ser a exceção e não a regra na sociedade”. Hoje sabemos em que tipo de interesses estavam amparados os gastos acima, o que abre caminho para uma frase ainda mais contundente, de Abraham Lincoln: ¨Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes”.

Fonte: Globo.com/Globo Esporte

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Macroeconômica

Atento ao quadro de instabilidade econômica e com o intuito de auxiliar nas tomadas de decisões do mercado, o ISAE reuniu profissionais das áreas financeira e econômica e criou o Comitê Macroeconômico, com o objetivo de agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos.

O Comitê Macroeconômico é coordenado por Rodrigo Casagrande, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE, e Fabio Alves da Silva, executivo de finanças da Renault. É composto por profissionais que possuem competências complementares, provenientes de diferentes instituições, como ISAE, Banco Central do Brasil, Renault e SEBRAE.

O comitê também conta com a participação de alunos do CFO ISAE, programa desenvolvido com o objetivo de capacitar o profissional de finanças em conceitos e temas técnicos específicos da teoria financeira que ajudam na condução estratégica dos negócios, trazendo a visão de pessoas que impulsionam as ações e potencializam resultados, além de alunos do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE.

EQUIPE TÉCNICA

COORDENAÇÃO TÉCNICA

Fabio Alves da Silva

COORDENAÇÃO GERAL