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RELAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA COM VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS E COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA EM AGENTES PENITENCIÁRIOS DE BELO HORIZONTE-MG

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Academic year: 2020

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ORIGINAL

Abstract

Resumo

The prison population in Brazil has been growing. The prison agent (PA) is the professional who works in the security sector, having the tasks of conducting prisoners and vigilance inside the facilities, and escorting the prisoners to outside, as well. The agents have a busy and stressing life and they do not have time and facilities to physical exercise practice. Therefore, the objective was to relate the prevalence of physical exercise with metabolic syndrome, with trace and state anxiety, and with minor psychological disturbs in agents in Belo Horizonte, MG, Brazil. Also habits of life, physical exercise and clinical parameters were characterized. One hundred and one agents took part in this study, as volunteers, from 3 diff erent prison units. The male average (n=76) age and standard deviation of the sample was 33.1±5.7 years old and 4.8±3.4 years working as PA. It was evident that the majority uses alcoholic beverages (63%) and 97.3% classifi ed their job as very dangerous. Considering males, where the greater alterations in MS factors were found, smokers represented 26.3% and altered glucose concentration was present in 27.6% of the sample. Smaller values were found (p<0.05) for: glucose in agents who practice (101.0±14.9 mg·dl-1) compared with non practitioners (111.9±21.5 mg·dl-1) and arterial pressure (122.3±8.0 and 131.3±11,5 mmHg, respectively). Body mass index (BMI) in practitioners and non practitioners were 26.4±3.8 and 29.6±6.1 kg·m-2, and waist circumference 91.6±9.7 and 99.7±16.7 cm, respectively, were also smaller (p<0,05). It was concluded that there were greater alterations in the metabolic profi le in males non practitioners of physical exercise in the three prisons institutions studied, because it was found systolic arterial pressure, BMI, waist circumference and blood glucose with statistically signifi cant diff erent values (p<0.05) compared with practitioners of physical activity.

Keywords: Prison agent; Physical exercise; Metabolic syndrome; Minor psychological disturbs; Health. É crescente a população carcerária no país. O agente penitenciário (ASP) é o profi ssional que presta serviço junto ao setor de segurança, tendo como funções o acompanhamento e vigilância dos presos nas dependências das unidades prisionais e realizando também escolta de presos. Os ASP têm uma vida atribulada e estressante e não possuem tempo e nem instalações para a prática de exercícios físicos. Assim o objetivo do estudo foi relacionar a prevalência da prática regular de exercícios físicos com a síndrome metabólica, com a ansiedade de traço e de estado, e com distúrbios psíquicos me-nores em ASP de Belo Horizonte, MG. Também foram caracterizados os hábitos de vida, frequência de exercício físico e parâmetros clínicos dos ASP. Participaram do estudo 101 ASP de três unidades Prisionais de Belo Horizonte. A média e desvio-padrão de idade da amostra masculina (n=76) foi de 33,1±5,7 anos e com 4,8±3,4 anos de trabalho. Verifi cou-se que a maioria da amostra faz o uso de bebidas alcoólicas (63%) e que 97,3% consideram seu trabalho muito perigoso. Ainda com relação ao sexo masculino, onde ocorreram as maiores alterações de componentes da SM, os agentes fu-mantes representam 26,3%. Foram encontrados valores menores (p<0,05): na glicemia de jejum de praticantes (101,0±14,9 mg·dl-1), comparados com não praticantes (111,9±21,5 mg·dl-1) e de pressão arterial sistólica (122,3±8,0 e 131,3±11,5 mmHg, respectivamente). O índice de massa corporal (IMC) de praticantes e não praticantes foi 26,4±3,8 e 29,6±6,1 kg·m-2 e a circunferência da cintura 91,2±8,7 e 100,1±13,9 cm, respectivamente, também foram menores (p<0,05). Conclui-se que houve maiores alterações no perfi l metabólico dos agentes penitenciários do sexo masculino que não praticaram exercício físico nas três unidades prisionais estudadas, pois, encontrou-se pressão arterial sistólica, índice de massa corporal, circunferência da cintura e glicemia em jejum com valores signifi cativamen-te diferencativamen-tes (para p<0,05) comparados com não praticancativamen-tes de atividade física.

Palavras-chave: Agente penitenciário; Exercício físico; Síndrome metabólica; Distúrbios psíquicos menores; Saúde.

Relação da prevalência de atividade física com

variáveis psicológicas e componentes da síndrome

metabólica em agentes penitenciários de

Belo Horizonte-MG

Relation of prevalence of physical activity with psychological variables and factors of

metabolic syndrome in prison agents in Belo Horizonte, MG, Brazil

Ramon Emmanuel Braz Ferreira¹ Lígia Carlos Menezes¹

João Carlos Dias¹

1. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH, Departamento de Ciências Biológicas, Ambientais e da Saúde

João Carlos Dias

Rua Doutor Célio Andrade, 166 - Ap. 301 Bairro Buritis

Belo Horizonte, MG 30575-265 diasjc@hotmail.com

Você pode ter acesso a este artigo na sua versão em inglês no site da Sociedade Brasileira de Atividade Física & Saúde (www.sbafs.org.br) • Recebido: 27/05/2011

• Re-submissão: 13/11/2011 28/11/2011 • Aceito: 29/11/2011 ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

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INTRODUÇÃO

É crescente a população carcerária no país. Assim as instituições de presos estão cada vez mais superlotadas e o manejo do preso torna-se cada vez mais difícil. O agente pe-nitenciário (ASP) é o profissional que presta serviço junto ao setor de segurança, tendo como funções o acompanhamen-to e vigilância dos presos nas dependências da unidade pri-sional. Sua atividade é desenvolvida sem o uso de armas de fogo no interior das unidades (galerias), e apenas cassetete, tonfa, e algemas são usados para defesa e imobilizações dos presos. Quando necessário, nas muralhas, portarias, guaritas no entorno da área de segurança das Unidades Prisionais e na escolta de presos, o agente prisional tem como prerrogativa o uso de armas de fogo.

Dadas essas funções, evidencia-se que o agente peni-tenciário tem uma vida atribulada e estressante. Os ASP por terem contato direto com os internos e sendo vistos por estes como um dos responsáveis pela manutenção do seu confinamento, estão frequentemente expostos a diversas si-tuações geradoras de manifestações psicológicas, tais como intimidações, agressões, ameaças, possibilidade de rebeliões nas quais, entre outros, correm o risco de serem mortos ou se tornarem reféns (1). Além disso, existe possibilidade de fugas, brigas entre detentos e entre as facções, necessitando esse profissional de melhor preparo técnico, que inclui o condicio-namento físico para consequentemente desenvolver melhor suas funções junto ao Sistema Prisional.

Os Agentes Penitenciários não possuem tempo e nem instalações para a prática física, diferentemente de outras cor-porações como Forças Armadas e Polícias Militares, que têm uma carga horária destinada ao exercício físico. A atividade fí-sica traz muitos benefícios, como estabelecido no manual do Colégio Americano de Medicina do Esporte (2). Benefícios da atividade física regular ou exercício físico incluem: a) aumento do sentimento de bem estar; b) aumento do desempenho no trabalho, e c) diminuição da ansiedade e depressão.

Já a inatividade física traz muitos malefícios, por exem-plo, a obesidade. O excesso de gordura, principalmente a vis-ceral, vem resultando em grande número de mortalidades. Inúmeras são as complicações trazidas pela obesidade, tais como intolerância à glicose e desordens do perfil lipídico, co-nhecido como síndrome metabólica (3,4)

O termo síndrome metabólica (SM) foi sugerido pela Or-ganização Mundial de Saúde, como citado por Souza et al. (5). Essa síndrome foi descrita pela primeira vez por Reaven em 1988 (6) mas observada ainda na década de 1980, quando foi verificado que dislipidemia, hipertensão arterial e hiperglice-mia eram condições associadas e resultavam em maior risco cardiovascular, sendo chamada Síndrome X (7). Assim, SM foi identificada como um agrupamento de fatores de risco car-diovascular, tais como hipertensão arterial, controle glicêmico deficiente, obesidade abdominal e dislipidemia (8). Esta sín-drome desempenha um relevante papel na gênese da doen-ça cardiovascular em indivíduos obesos. O aspecto comum da síndrome proposta é a resistência à insulina e provavelmente todas as outras alterações como glicemia, obesidade e pres-são arterial elevada pres-são secundárias a esta anomalia básica, que demonstra aumentar risco de doença coronariana (9). Um dos aspectos relativos ao risco da síndrome metabólica é o estilo de vida da pessoa no que se refere a distúrbios psico-lógicos (10,11).

Os sintomas ansiosos são extremamente frequentes na prática clínica e costumam apresentar-se como uma mistura de manifestações somáticas (como taquicardia, tremores,

su-dorese, boca seca, hiperventilação, entre outros), comporta-mentais (agitação, insônia e medos, por exemplo) e cognitivas (apreensão, nervosismo, preocupação, irritabilidade e desa-tenção) (12).

A ansiedade é diferenciada por alguns autores entre es-tado e traço (13,14). A Ansiedade de eses-tado conhecida como Ansiedade-E, é um estado emocional transitório, condição do organismo caracterizada por sentimentos de tensão e apreen-são conscientemente percebidos, que variam em intensidade no decorrer do tempo. A ansiedade de traço, conhecido como Ansiedade-T refere-se às diferenças individuais estáveis de propensão à ansiedade; é a forma como a pessoa tende a rea-gir em situações percebidas como ameaçadoras. Pessoas com elevados níveis de Ansiedade-T tendem a apresentar também elevados níveis de Ansiedade-E, por reagirem com maior fre-quência às situações como se elas fossem ameaçadoras ou perigosas (13,14). Segundo Rumin (15) os ASP estão expostos a situações ansiogênicas, como o risco iminente de violência no cotidiano do trabalho, podendo essa violência se estender e atingir seus familiares, correndo o risco de reconhecimento do trabalhador e de seus familiares pela rede relacional dos sentenciados nos espaços sociais.

Quando as manifestações de ansiedade são muito inten-sas, podem levar a condição de estresse, que é a consequên-cia das condições internas e externas e suas proporções. Lipp em 2008 (16) apresenta o modelo trifásico de evolução do es-tresse proposto por Sellye em 1956. O modelo chamado “sín-drome geral da adaptação” compreende três fases: alarme, re-sistência e exaustão. A fase de alarme ocorre quando a pessoa se defronta com o agressor e tem respostas fisiológicas para a luta e fuga. O problema é quando a prontidão fisiológica não é necessária ou é excessiva. A fase de resistência ocorre com estressor de longa duração ou intensidade e o organismo se utiliza de reservas de energia adaptativa para se reequilibrar. O problema é o estressor exigir mais esforço de adaptação, o que é possível para aquele indivíduo, quando o organismo se enfraquece e se a resistência da pessoa não for suficiente ou ocorrência de outros estressores irá surgir a fase da exaustão. Na fase da exaustão haverá aumento das estruturas linfáticas, levando à exaustão psicológica, à depressão e, em conse-quência, ao desenvolvimento de doenças. Assim, professores, enfermeiras, assistentes sociais e policiais, qualquer pessoa que enfrente problemas persistentes no trabalho, podem se tornar desgastados pelo estresse incessante de suas funções. O resultado pode ser uma queda acentuada no desempenho causada pela exaustão física, a depressão causada pela exaus-tão emocional e o ceticismo causado pela exausexaus-tão mental (17).

Tendo em vista a situação em que se encontram os agen-tes penitenciários e mesmo o dia a dia em que vivem, estudos foram desenvolvidos em outros estados da Federação. Estu-dos realizaEstu-dos em Londrina – PR investigaram aspectos psí-quicos dos agentes (18). Outros estudos demonstraram uma associação entre a ausência de esporte, ambiente de trabalho psicologicamente inadequado e distúrbios psíquicos menores (1). Entre os achados do estudo, 31% dos agentes apresenta-vam distúrbios psíquicos menores e 22% tinham estresse (1).

Policiais e agentes penitenciários foram referidos por Tartaglini e Safran (19), como profissionais submetidos a um alto risco para doença relatada como estressante debilitante. Esses autores encontraram prevalência de ansiedade, distúr-bio de comportamento e abuso de álcool mais altos entre os agentes penitenciários quando comparados com a população geral. Relataram entre esses trabalhadores, uma prevalência

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de distúrbios emocionais de 18,6%, abuso de álcool de 4,5% e distúrbios de ansiedade de 7,9%. Outro estudo realizado na França com todas as categorias de trabalhadores de pri-são, Goldberg et al. (20) observaram prevalências de 24% de sintomatologia depressiva, 24,6% de distúrbio de ansiedade e 41,8% de distúrbio de sono. A maior parte dos estudos revi-sados investigaram as condições de saúde dos presos. Muito pouco foi estudado sobre a saúde dos agentes penitenciários em Minas Gerais, e nenhum estudo realizado no Brasil relacio-nou a atividade física ou exercício físico dos ASP ao estresse e ansiedade e à síndrome metabólica.

Baseando-se nas informações acima o estudo teve como objetivo relacionar a prevalência da atividade física com com-ponentes da síndrome metabólica, com ansiedade de traço e de estado, e com distúrbios psíquicos menores em Agentes Penitenciários de Belo Horizonte-MG. O objetivo também foi caracterizar hábitos de vida, frequência de exercício físico e parâmetros clínicos da amostra.

MÉTODOS

O estudo foi classificado como descritivo, fazendo um relato do fenômeno, sem manipular as variáveis. O delinea-mento do estudo estabeleceu 2 grupos: de praticantes e não praticantes de atividade física para identificar as diferenças entre os grupos com relação a variáveis ligadas à síndrome metabólica, risco coronariano, ansiedade e distúrbios psico-lógicos para estudar a relação do exercício físico com estas variáveis (21).

Foi selecionada uma amostra aleatória estratificada pelo turno de trabalho dos agentes. Sendo assim, trabalhadores dos turnos diurnos e noturnos estão representados na amos-tra. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesqui-sa do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Após explicação dos objetivos da pesquisa e garantia de anonima-to, os participantes assinaram um termo de consentimento para participação no estudo.

Foram avaliados 101 voluntários, sendo 75 homens e 25 mulheres, tanto no período diurno como noturno, sem dis-tinção de cor de três Unidades prisionais de Belo Horizonte: Centro de Remanejamento do Sistema Prisional- CERESP/BH, Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto e CERESP São Cristovão. Os agentes de segurança prisional que não estives-sem aptos ao exercício profissional e os que realizam ativida-des administrativas foram excluídos do estudo. Para este es-tudo foram aplicados os questionários sobre hábitos de vida (18), sobre ansiedade de traço e estado (22), sobre distúrbios psíquicos menores (1), e sobre risco coronariano (2). Dentre as perguntas, os agentes foram questionados se realizavam exercícios físicos pelo menos 20 minutos e três vezes por se-mana, o que os classificou como praticantes ou não pratican-tes de exercício físico. Foram estudados aspectos relativos à obesidade e síndrome metabólica (9,12) e também coletados dados como tipo de serviço, tempo de serviço e carga horá-ria. Foi realizada uma reunião com os diretores e com os vo-luntários das unidades prisionais explicando os objetivos do estudo, após a autorização, todos os voluntários preencheram os questionários juntos em uma sala na presença do pesqui-sador, em seguida foram levados individualmente à sala de enfermagem para coleta de dados antropométricos e glicose sanguínea.

Os questionários utilizados são validados e foram uti-lizados em outros estudos, mas alguns foram modificados tendo em vista adaptar ao sistema prisional de Minas Gerais ou excluir perguntas que aparecem em outro questionário,

para não ser redundante. Os questionários utilizados foram o de Hábitos de Vida (18), que tem o objetivo saber dados sobre o dia a dia no trabalho, que incluem dados como tur-no de trabalho, posto de serviço, vícios como tabagismo e o consumo de álcool e a prática regular de atividade física. Este questionário contém perguntas como: o senhor (a) fuma ou já fumou? Como considera sua saúde? O senhor faz atividade física regular? Qual a frequência que você bebe? (18). O de An-siedade de traço e de estado (22) mede a anAn-siedade de traço, que é característico da pessoa, e de estado, que sofre influên-cia da situação e ambiente. Neste questionário 20 questões referentes à ansiedade de traço e 20 à de estado, que con-tem afirmações como: Sinto-me bem (traço), sinto-me calmo (estado). A partir dessas afirmações o avaliado deve circular o número (1 a 4) que melhor indica como geralmente se sente (22). O Self-Reported Questionaire (SRQ-20) avalia a existência de distúrbios psíquicos menores. Esse instrumento contem 20 questões com opções dicotômicas de resposta (sim/não), que tem perguntas como: o senhor tem dores de cabeça frequen-tes? Tem falta de apetite?(23) O questionário de risco corona-riano utilizado foi o estabelecido no manual do Colégio Ame-ricano (2) que contem fatores de risco positivos e negativos, onde o avaliado responde com a ajuda do avaliador e atribui uma resposta sim/não/não sabe para fatores como hiperco-lesterolemia, glicose em jejum alterada, triglicerídeos, história familiar de doenças do coração, etc.

Após preencherem os questionários, os sujeitos se diri-giram à enfermaria e foram submetidos às medidas da massa corporal em uma balança (Welmy®) com graduação de 100 g, onde o avaliado estava descalço, vestindo somente com rou-pas do uniforme, posicionado em pé e de costas para a esca-la da baesca-lança em posição anatômica, com a massa corporal igualmente distribuída. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através da divisão da massa corporal em kg pelo quadrado da estatura em metros. A massa corporal e a es-tatura foram mensuradas em duplicata, sendo a média das duas medidas utilizadas para calcular o IMC. Para determinar a estatura total dos indivíduos foi utilizado um estadiômetro acoplado à balança (Welmy®), no qual o avaliado foi medido descalço, postado em posição anatômica sobre a base do estadiômetro, encostado à parte posterior do corpo e a ca-beça posicionada no plano de Frankfurt, estando em apneia inspiratória no momento da medida (24). A circunferência da cintura (CC) foi mensurada no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca, utilizando-se uma fita antropomé-trica flexível da marca Cescorf®, com escala de 0,1cm. A CC foi mensurada em duplicata e uma terceira medida realizada quando houve diferenças acima de 0,1cm entre as medidas. A média das duas mensurações foi utilizada nas análises.

A Pressão arterial (PA) foi mensurada através do méto-do auscultatório. A Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas no braço direito do avaliado com esfig-momanômetro (Unilec), de coluna de mercúrio, postada ao nível do coração, e com um estetoscópio da marca Premium. A mensuração foi realizada após o indivíduo permanecer sen-tado em repouso por um período de 10 minutos. Duas leitu-ras seguidas foram realizadas com um intervalo de 10 minutos entre as medições, sendo considerado o valor médio entre as duas mensurações. A glicose sanguínea em jejum foi medida com um glicosímetro da marca Accu-Chek Active (Roche), por meio da colheita de uma gota de sangue de cada indivíduo para análise da glicemia, com um pequeno furo feito com agulha descartável no dedo indicador dos sujeitos pesquisa-dos. Os auxiliares de enfermagem das unidades prisionais

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es-tavam presentes e atuaram junto com o pesquisador. Com relação a pontos de corte, situações e valores fo-ram definidos como a seguir. Agentes que realizavam pelo menos 20 minutos de exercício físico pelo menos 3 dias por semana foram categorizados como praticantes. Pontos de corte para diagnóstico de SM foram os adotados pelo Na-tional Cholesterol Education Program (NCEP), que em 2001 estabeleceu cinco parâmetros para adultos: circunferência abdominal (> 102 cm nos homens e > 88 cm nas mulheres), trigliceridemia em jejum > 130mg/dL; níveis séricos da fração de alta densidade do colesterol (HDL) < 40 mg/dL; pressão ar-terial acima do percentil 90 (130 mmHg) e glicemia em jejum ≥110 mg/dL. Alterações em, pelo menos, três desses parâme-tros confirmam o diagnóstico de SM, como citado por Souza et al. (23). Abuso do álcool foi definido pelos autores como sendo mais de 4 vezes por semana e quantidades bebidas re-latadas pelos agentes como “muito” ou excessivo. Esta defini-ção foi adotada tendo em vista que o questionário difere das principais fontes sobre o assunto (25,26). Para o teste SRQ20, o ponto de corte foi definido como escore 7 (27). Para o IDATE--estado e traço, ansiedade leve escore menor do que 33, mé-dia de 33 a 49 e alta escore maior que 49 (22).

Os questionários foram numerados e há apenas uma lis-ta com nome e número do sujeito. Apenas um pesquisador manuseou a lista que contém o nome para garantir a preser-vação do sigilo dos dados individuais. Os resultados foram tabulados em programa estatístico SPSS versão 15 e tratados de forma quantitativa, utilizando ferramentas estatísticas sim-ples como a contagem, percentual, média, desvio padrão e apresentação em tabelas ou gráficos. Teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para verificar a existên-cia de diferenças significativas na comparação de sujeitos que praticavam exercício físico com os que não praticavam. O valor de p foi previamente estabelecido como sendo p<0,05.

Também foi utilizado o teste qui-quadrado para verificar se há relação entre indicadores de saúde e segurança e a prática de atividade física diferentemente entre homens e mulheres.

RESULTADOS

Participaram do estudo 101 agentes penitenciários de três unidades Prisionais de Belo Horizonte. A Tabela 1 apre-senta dados de toda a amostra e de homens e mulheres se-paradamente.

Variáveis que indicam saúde e segurança foram estuda-das em homens e mulheres e os percentuais foram calculados e estão apresentados na Tabela 2, que inclui a significância da análise entre homens e mulheres quando aplicada a estatísti-ca qui-quadrado.

A tabela 3 apresenta resultados relativos a fatores de ris-co, Idate-estado, Idate-traço e SRQ na amostra de homens não praticantes e praticantes de exercício físico.

DISCUSSÃO

A presente investigação teve como objeto principal estu-dar a relação da prevalência da prática de exercício físico com variáveis psicológicas, fisiológicas e com fatores da síndrome metabólica. Uma variável importante na tabela 2 é a preva-lência do exercício físico, que é objeto de estudo. Os profissio-nais responderam se praticam exercício físico nas horas vagas pelo menos 3 vezes por semana. De um total de 25 mulheres, apenas 3 afirmaram praticar exercício físico, o que invalidou a comparação de mulheres praticantes e não praticantes. As-sim, apenas os homens foram divididos em praticantes e não praticantes como apresentado na tabela 3.

A tabela 3 mostra resultados que demonstram a impor-tância da atividade física, mesmo que praticada por interesse dos agentes nas horas de folga. Pressão arterial, IMC,

circun-Tabela 1 Características da amostra geral, e de mulheres e homens

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ferência de cintura e glicemia foram diferentes significativa-mente comparando praticantes e não praticantes. Também, pode-se observar que praticantes e não praticantes possuem estatura semelhante, mas massa corporal diferente, sugerindo um maior peso corporal em tecido adiposo dos não pratican-tes de exercício físico.

No setor operacional existem mais homens do que mulheres entre os agentes penitenciários em todo território nacional, devido ao número de presos ser mais elevado no gênero masculino. No caso de Belo Horizonte, nestas três uni-dades prisionais estudadas, existe um total de 628 agentes prisionais, sendo 433 homens e 195 mulheres para atenderem a uma população carcerária de 1612 homens e 374 mulheres.

Os agentes penitenciários de Belo Horizonte são jovens quando comparado com outros estudos. A média de idade encontrada na amostra geral é de 33,5 ± 5,9 anos, sem dife-rença entre homens e mulheres. Esta idade está abaixo da de risco para o fator idade indicado pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) 2006 (2) (homens acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos estão classificados em uma categoria de maior risco coronariano). A média de ida-de do estudo ida-de Fernanida-des et. al (1) foi ida-de 40,2 ± 7,7 anos, o tempo médio de função como ASP foi de 10,3 ± 5,8 anos, bem superiores ao tempo médio nas unidades penitenciárias de Belo Horizonte (4,8 ± 3,8 anos). Estes resultados de Belo Horizonte com agentes mais jovens e com menor tempo de serviço sugerem que os agentes poderão estar em condições mais desfavoráveis em termos fatores de SM daqui a 7 anos, quando a idade e tempo de serviço estiverem semelhantes ao do estudo de Fernandes et al. (1).

Um dos problemas que têm sido reportados como preva-lentes em tarefas que são realizadas em ambientes de estresse psicológico é o vício do álcool. No presente estudo, verificou--se a prevalência do uso do álcool em agentes penitenciários. Observando a Tabela 2, percebe-se que a maioria da amostra faz o uso de bebidas alcoólicas (63,1% para o gênero masculi-no e 60% para o gênero feminimasculi-no). Estes resultados corrobo-ram com os estudos de Fernandes et. al (1) com 311 agentes entrevistados, onde 68,5% afirmaram que bebiam atualmente e apenas 14,8% relataram nunca ter consumido bebidas alco-ólicas. Apenas 9% relataram beber 4 ou mais dias por semana e muito ou em excesso, o que foi considerado como abuso do álcool pelos autores. O trabalho de Costa e colaboradores (28), que avaliou uma amostra de 264 policiais militares com respeito ao consumo de bebidas alcoólicas, encontrou apenas

35,6%. O vício do alcoolismo é considerado um importante indicador de estresse (30).

Sobre a percepção de segurança no trabalho a maioria da amostra, tanto homens como mulheres, considerou seu trabalho muito perigoso. Estes resultados de homens (97%) corroboram os achados de Reichertet et al. (18), onde 90% dos agentes consideram seu trabalho muito perigoso. O menor percentual da percepção sobre segurança das mulheres (64%) pode ser devido ao fato de elas não trabalharem em postos considerados mais perigosos como portaria, GITAF (grupo de intervenção tática feminina) e em escoltas de presos, somente um pequeno percentual da amostra estudada desempenhava tal serviço. No estudo de Souza et al. (5) realizado com poli-ciais civis, também os homens, mais que as mulheres, perce-bem que há riscos na atividade atual e que suas famílias tam-bém correm riscos. Estudos relacionam a falta de segurança com aumento de distúrbios psicológicos como a ansiedade (10,11).

Os agentes fumantes do sexo masculino representam 26,3% e 13% feminino. Com relação à quantidade de cigarros, a média dos que fumam foi de 20,2 ± 13,7 cigarros por dia. No estudo de Portela e Filho (31) os achados foram semelhantes. Setenta e cinco por cento dos policiais responderam que não fumam, 10% responderam que fumam até dez cigarros por dia, 10% de dez a vinte cigarros e 5% de vinte a trinta cigarros por dia. Estes achados são preocupantes, pois o percentual de fumantes está acima da média brasileira (17%). Estudos indi-cam que comparados aos não fumantes, homens e mulheres que fumam cerca de 20 cigarros tem, respectivamente, 3 a 6 vezes mais chances de sofrerem um infarto do miocárdio (32). Quanto à prevalência de exercício físico em tempo li-vre 59,2% do gênero masculino e 13,0% do feminino disse-ram praticar exercício físico no seu tempo livre. Estes dados não coincidem com os estudos de Fernandes et al. (2) onde a maioria dos indivíduos foi classificado no estágio de paração (não pratica atividade física regularmente, mas pre-tende começar nos próximos 30 dias). A alta prevalência de indivíduos ativos neste estudo é motivo de questionamento. A amostra jovem ou a localização das instituições prisionais em locais mais afastados do centro da capital pode ser a res-posta. Muitos agentes moram próximos aos locais de trabalho e não dobram serviço, como no estudo de Fernandes.

As frequências de glicemia de jejum alterada encontra-das estão em concordância com outros estudos. Nos estu-dos de Silva (20), com 484 policiais do sexo masculino, idade Tabela 3 Fatores de risco coronariano, ansiedade e fatores psíquicos menores em homens praticantes e não praticantes de exercício físico

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entre 30 a 59 anos, valores de glicemia alterada, entre 100 e 125 mg/dl foi prevalente em 28,7%, entre 126 e 199 mg/dl em 5,5% e acima de 200 mg/dl em 1,3% da amostra analisada. O Brasil apresenta alta prevalência de níveis elevados de glico-se (7,6%), glico-semelhante à de paíglico-ses mais deglico-senvolvidos (33). Quando comparados os valores médios da glicemia de jejum, os agentes praticantes obtiveram menores médias do que os não-praticantes. Evidências científicas indicam que existem menores níveis de insulina, maior sensibilidade à insulina e maior proteção contra o declínio da tolerância à glicose com o envelhecimento em atletas, comparado a sujeitos sedentários (34). Também, a prática da AF é um fator de proteção da alte-ração glicêmica tendo em vista que a glicose entra na célula muscular independente da ação da insulina, reduzindo a con-centração sérica de glicose e a resistência insulínica periférica (34). Os agentes não praticantes do presente estudo, mesmo sendo mais jovens e com menor tempo de serviço comparado ao estudo de Silva (20), já apresentaram valores mais altos de glicemia.

A prevalência de pressão arterial acima de 130-85 mmHg foi elevada (27,6%) comparada aos resultados apresentados por Calamita et al. (35) que avaliaram a prevalência da hiper-tensão arterial sistólica (HAS) em 900 policiais, e observaram apenas 5,3% de policiais hipertensos na amostra. Levando-se em consideração a faixa etária, no grupo de policiais com me-nos de 35 ame-nos, encontrou-se neste estudo HAS em 3% dos policiais, enquanto naqueles com 35 anos ou mais, a prevalên-cia de HAS foi de 6,8%.

No presente estudo encontrou-se a uma percepção so-bre o estado de saúde, nos dois gêneros. A maioria (65,2%) das mulheres e 50% dos homens consideraram sua saúde muito boa ou boa o que se assemelha com os estudos sobre a percepção da saúde de policiais militares, onde Ferreira e co-laboradores (23) relataram que a maioria (66%) dos PM perce-bem o seu estado de saúde geral como positivo (muito bom ou bom).

Na comparação de médias de pressão arterial (tabela 3) houve diferença significativa entre praticantes e não-pra-ticantes de AF, evidenciando que os pranão-pra-ticantes estão com a classificação da pressão arterial normal, enquanto os não--praticantes estão limítrofes, ou seja, próximos aos valores de hipertensão. Apesar dos não-praticantes apresentarem média de IMC maior do que os praticantes de AF, ambos apresen-taram valores acima da normalidade, com classificação para sobrepeso. O diagnóstico de sobrepeso também foi encon-trado no estudo de Donadussi et al. (36) que em seu estudo de indicadores antropométricos e obesidade em 183 policiais militares, encontrou 63,9% da amostra com a média acima de 26,6 kg/m2.

Assim como o IMC, a CC também apresentou valores médios maiores nos agentes não-praticantes comparado aos praticantes de AF. É consagrado na literatura a associação en-tre esses parâmetros clínicos, sendo capaz de identificar indi-víduos com excesso de peso e outros fatores de risco cardio-vasculares (37). Alguns autores apontam que um importante determinante para o desenvolvimento da SM na vida adulta é o rápido ganho de peso. Acúmulo de tecido adiposo, princi-palmente na região abdominal, é fundamental para o desen-cadeamento da SM (38)

No presente estudo foram encontrados pelo menos três parâmetros com alterações nos componentes da SM, suge-rindo que os indivíduos não praticantes desta amostra têm maior risco cardiovascular (5) apesar da idade jovem (33,5 ± 5,9 anos) e pouco tempo de profissão (4,8 ± 3,8 anos).

Com relação aos dados dos testes de estresse SRQ-20 fo-ram encontrados valores médios de 2,4 ± 2,7 para os pratican-tes de atividade física de 5,1 ± 4,9 para os sedentários (Tabela 3), evidenciando que os sedentários tiveram o estresse mais elevado que os praticantes (p<0,05). Os resultados do presen-te estudo não corroboram os estudos de Souza et al. (5), onde dos 2746 agentes de policia civil estudados independente do sexo 20,2% apresentavam sofrimento psíquico a partir do SRQ-20, ou seja, estavam acima do valor 7, o que pode indicar presença de distúrbios psíquicos menores. No que se refere ao teste de ansiedade de traço e estado (Tabela 3) encontrou-se média mais elevada em não praticantes (42,9 ± 6,6 no Idate traço e 41,7 ± 6,1 no Idate estado) em comparação aos prati-cantes que obtiveram a média de 41,1 ± 6,3 no Idate traço e 38,7 ± 7,2 no Idate estado. Esta diferença também foi significa-tiva para o Idate traço, mas não para Idate estado mas sugere que em uma amostra maior as diferenças seriam significativas.

Desta forma, este estudo apresentou uma limitação em relação ao número de agentes participantes. A amostra femi-nina, apesar de representativa, deveria ter sido maior porque foi encontrado um número pequeno de mulheres que realiza-vam a prática física, o que impediu estabelecer comparações tendo um grupo de apenas 3 mulheres.

O estudo demonstrou que indivíduos praticantes de AF têm pior perfil metabólico referente a alterações na glicemia, CC, IMC e PA quando comparados aos praticantes de AF. Tal resultado pode indicar a necessidade de prática de AF em agentes penitenciários para prevenção da SM, assim como para promoção da saúde.

Uma recomendação para estudo futuro seria realizar um estudo experimental a partir deste estudo descritivo para in-vestigar a evolução das variáveis psicológicas e fisiológicas de agentes sedentários que passaram a realizar exercícios físicos.

Conclui-se que os agentes penitenciários não-pratican-tes de AF das 3 unidades prisionais estudadas apresentam pior perfil metabólico e, portanto, maior risco cardiovascular quando comparados aos praticantes. Quanto aos fatores psi-cológicos, os sedentários tiveram uma média maior do que os praticantes de atividade física no SRQ-20, e na ansiedade de traço, mas as diferenças não foram significativas para ansie-dade de estado, sugerindo que uma amostra maior seria ne-cessária. Entretanto, toda a amostra apresentou um nível de estresse psíquico e ansiedade médios, do ponto de vista geral, comparados com outras profissões.

Agradecimentos

Agradecemos os voluntários que emprestaram suas con-tribuições para que este estudo fosse conduzido. Profissionais nos presídios brasileiros vivem em grande insegurança pelas condições de superlotação, instalações deficientes e pouco reconhecimento da sociedade.

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Tabela 2 Percentual de indicadores de saúde e segurança de homens e mulheres com significância da  estatística qui-quadrado (p)

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