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A relação entre estrutura de mercado e comércio internacional: a questão teórica e um estudo desta relação na economia argentina

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Academic year: 2020

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(1)••••••. ••.. ,_. .4. ••. __. .4. _.__. _. .FUNDAçÃO GETÚLIO VARGÁS -ESCOLÁ DE ADMIN1STRÀÇÃO. Á RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA. DE EMPRESAS DE SÃO PAULO. DE MERCADO E COMÉRCIO. INTERNACIONAL:. A. QUESTÃO TEÓRICA E UM ESTUDO OESTA RELAÇÃO NA ECONOMtA ARGENTINA,'. NEIO LÚCIO PERES GUALDA. orientador:. Prof~ Dr. Luiz Carlos Bresser. -,~. Fundação. FGV. Getulio. pereira '. .. Vargas. Escola de Administraçao de Empre~ de 51\0 P"uto Biblioteca. 1199501079. SÃO PAULO 1994. ......... :. :. '.. .::. ',.:. _. .. '.. ~. ··r. _.

(2) Escola de Administração de Empresa de São Paulo. I. Oata. \. ?;JJ- ~. -;'0. VJuln3. N.o de Chamada ")?C) -. r. 5". _mie; C;. jO'lq qlJ. l' r. R.'i'~'. "'çe~e. e. L.. i. ~. SP-00007917-Q.

(3) FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMpRESAS DE SÃO PAULO. A RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA DE MERCADO E COMÉRCIO INTERNACIONAL: A QUESTÃO TEÓRICA E uM ESTUDO DESTA RELAÇÃO NA ECONOMIA ARGENTINA. NEIO LÚCIO PERES GUALDA. Tese apresentada rta Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getdlio Vargas, por Neio Ldcio Peres Gualda, sob a orientação do Prof. Dr. Luiz Carlos Bresser Pereira, para obtenção do título de Doutor em Economia de Empresas.. MAIO, 1994,.

(4) SUMÁ1UO.. LISTA DE TABELAS. ,................... INTRODUÇÃO CAPÍTULO. 5. ,...... 6. Interna,.... 11. I. Fundamentos Teóricos cional e Organização. da Relação Industrial. entre Comércio. A contribuição da organização industrial às inconsistências da teoria do comércio internacional ...... 12. A direção da relação entre estrutura comércio internacional ;. 23. A nova teoria do comércio. de mercado ,. e. internacional. 45. Notas CAPÍTULO. 50. 11. A Relação entre a Estrutura de Mercado e o Comércio Internacinal na Economia Argentina...................... Evolução. da Estrutura. período Período período Período. 1930/1975 1976/1981 1982/1989 1990/1992. Industrial. Argentina. ....................... ,.. ........................... ............................. O com~r~io Internacional Argentino dus t r í.s .... "..................................... de Produtos. 54. .. In-. Industriais..................... Industriais.... Notas. -,............ Instrumental. Metodológico......................... Hipótese Básica Hipóteses Auxiliares Base de Dados. 55. 59 63 70. í.à. Exportações Importações. 53. 74 77 83. 88 91 91 91. 97.

(5) Comércio Exterior Produção Industrial Nível de Empegro Nível de Preços .... Produtividade . o. o. o. Técnicas. Estatísticas. A Relação Notas. o. Referencial. CONCLUSÃO APÊNDICE ANEXO. •..•. ..... ". o. o. o. o. o. o. o. •••. Analíticos.. o. o. o. o. o. o. 00. de Correlação. Análise. de Bem Estar. o. o. o. o. o. o. o. o. o'. o. 00. 0. •••. o. o. o. o. o. o. o". o.. "0. o. o. o. o. ••••. 0. o. o. o. ••••. o'. o. o. o. ••••••. o. o. o. o. o. •. o. •. o. o. o. o. o. o. •. o. •. o. o. ••. ••. ,. e Bem Estar. o. •. o.. o. •. o. o.. o. o. o. o.. o. o. •. o. o. o. o. •. o. o. o. o. o. o. o.. •. o. o. o. ••••. o. o.. o. 0.0. ••. o. ••. o. o. o.. o. o. o. •. o. o. o. o. •••. 0. 00. •. o. ••. o. o. o'. 00. o. •. ••. o. ••. o.. o. o. o. 00. •. o. •. o.. o. o. o.. •. o. o.. o. ••. •. o. •. 99 100 100 100 101. o.. o,. ••••. •. •. •. 102. O'. o. ••••. o. o. ". li. o. o.,. •••••. ..................................................................... .••.•.•.••.•.••••.•.•••••.•.•.•.•••.••.••..•.••..••••••••••.•..•.•.••••••.. o. 105 111 112 112. •. o. .. ................................................................................... ............................................................................................. 128 137 138. •••.•.•••.•.•.•. .. ". ESTATÍSTICO. BIBLIOGRAFIA. o. o,. entre Comércio. Análise. Notas. o. o. 145 161 190.

(6) L1STA DE TABELAS 1. Estrutura 2. Inversão 3. Estrutura. Tarifária Bruta. Nominal. - 1976/1981. ;.... Interna.. Tarifária. 65. Nominal. - 1981/1991. 66. 4. Variação e Taxa Média Anual de Crescimento Industrial. da Produção. 5. Variação e Taxa Média Anual de Crescimento Industrial. do Emprego. 6. Saldo. Comercial. 60. dos Setores. lndustriais. 7. Evolução. da Composição. das Exportações. 8. Variação. das Exportações. Industriais. 9. variação. das Importações. Industriais. 68 69. ... 75. Argentina....... 18. .................... 82 85. 10. Grau de Abertura. da Economia. Argentina. 93. 11. Grau de Abertura. do Setor Industrial.................. ..... i....... 12. Participação. Relativa. no Produto. 13. Participação. Relativa. nas Exportações. Industriais. 96. Participação. Relativa. nas Importações. Industriais. 97. 14.. Industrial. 94. 15. Coeficientes de Correlação preços Irtternos. entre Exportações. e Nível. 16. Coeficientes de Correlação Preços Internos. entre lmportàções. e Nível dê. 17. Coeficientes dutividade. entre Grau de Abertura. de Correlação. 18. Coeficentes de Correlação ção Industrial e Produção 19.. Coeficientes de Correlação ção Industrial e Emprego. 20. Dead Weigth. Loss. - Período. 21. Dead Weigth. Loss - Período. entre Coeficiente. e Pro-. de Exporta-. entre Coeficiente 1975-1976/1981. de. de Exporta-. ............•. 1982/89-1990/1992. 96. 114. 116 119. 122 126 130 131.

(7) INTRODUÇÃO.. comércio. o. mundial. tem. .últimas décadas, significativas transformações, quer seu ao. quanto· ao. volume, com fluxos comerciais cada vez maiores, quer seu padrão, através de um intenso. Estas. transformações,. impuseram. a. ao. comércio. estabelecer. realidade,. nova. uma. quanto. intraindustrial.. necessidade de revisar tanto a teoria. internacional,. nas. ápresentado,. do. comércio. quanto as estratégias e políticas comerciais. dos. países industrializados ou em desenvolvimento.. o decorre. de. tradicional incorporar escala,. fontes do. novo. padrão. diversas. comércio. de. daquelas. comércio. internacional. previstas. pela. capaz. de. ao seu arcabouço teórico fenômenos como economias. de. diferenciação. internacional,. de produtos. e. que. não. concorrência. é. teoria. imperfeita,. impondo a necessidade de sua revisão. O que somente foi graças ao desenvolvimento dos modelos de oligopólio. possível. investigados. pela teoria da organização industrial. O. benefícios. crescimento. decorrentes. comércio na definição. das. destes,. dos. fluxos. ampliaram. políticas. comerciais a. e .os. importância. econômicas.. Nas. do. últimas.

(8) dêcadas. houve um grande esforço por parte,. economias. principalmente,. industrializadas de se integrarem, cada vez. das. mais,. ao. comêrcio internacional. Por. trás. destes. esforços. está. presente. maiores. crença de que uma maior inserção internacional propicia ganhos. de. melhores. bem estar e maior condições. eficiência. alocativa,. de um país desenvolver-se. O. a. criando-se. comêrcio. abre. maiores oportunidades das indústrias domêsticas obterem economias de. escala,. possíveis internos. amplia. a. distorções e,. atê. capacidade. de. nas estruturas. mesmo,. pode. oferta dos. servir. interna,. mercados. como. corrige. industriais. instrumento. anti-. inflacionário. A. força destes argumentos fez com qUe. especialmente. países,. aqueles. cuja. estrutura. muitos. protecionista. decorriam de modelos substitutivos de importações e mantinham. estratêgias. passasem. autárquico,. comportamento de. desenvolvimento. novas. a. em. suas. para. suas. considerar alternativas. um. políticas industrial e comercial. Várias experiências de abertura comercial mesmas. foram implementadas, porêm os efeitos decorrentes. foram. estratêgia. contrários. não. aos. previstos, uma. foi capaz de dinamizar as. vez. que. mudanças. a. das nova. estruturais. necessárias a uma economia mais integrada internacionalmente. A 206). razão. para tal, segundo OCAMPO. (1991, p.. ê que os resultados da liberalização comercial em. imperfeitos. e. sujeitos a economias de escala. são. mercados. complexos. -. e. \ incertos. A natureza dos efeitos da liberalização comercial esb~o. 7. .:-. ..

(9) diretamente. ligado a configuração dá estrutura industrial da. comportamento industria. integrada e. ineficiente. intervencionismo economias. estrutura. com. dos. diversificada. pouco. competitiva.. geram estas. resulta O. os. Uma. estrutura. numa. e. o. concentradas.. Em. protecionismo. estruturas de mercado características. do. industriais.. mercados. e. e. efeitos. da. abertura. comercial sobre o nível do produto e do emprego podem-se. mostrar. negativos. Assim, dois. contextos.. No. o estudo é desenvolvido dentro. primeiro, o teórico,. busca-se. destes. avaliar,. partir de um estudo exploratório, as relações entre estruturá e. mercado construção. comércio do. exterior,. arcabouço. procurando. teório. da. nova. demonstrar teoria. de. que. .. teóricos. da. organização. industrial.. procura-se investigar empiricamente a relação teórica. a. ~ comerC10. de. internacional somente foi possível graças ao desenvolvimento postulados. a. do~. outro,. No. discutida,. a partir do comportamento da economia argentina. A primeira parte do trabalho inicia-se com uma breve. discussão. das incosist@ncias dos postulados. teoria. tradicional. padrão. de comércio, destacando à importância do. dos. modelos. de. incosistências. estrutura. de. de comércio internacional,. concorr@ncia. imperfeita. para. teóricos. frente. ao. e. comércio. exterior,. novo. aperfeiçoamento estas. superar. A seguir, analisa-se a direção da relação mercado. da. entre. contraponto. a. argumentacão de um grupo de autores que defendem que esta relação apresenta. um. sentido que vai da estrutura de. 8. mercado. para' os. ~.

(10) fluxos. comerciais,. contra. a. posição. de. outros. autores. que. estabelecem um sentido inverso para esta relação, ou seja, que. OS. fluxos comerciais influenciam de forma significativa a,estrutura, o. comportamento. apresenta-se. e. o. alguns. desempenho. postulados. das da. indústrias.. nova. teoria. final,. Ao. do. comercial. internacional. A sentido. desta. levanta-se comércio. segundo. parte. do. trabalho. relação para a economia. investiga. argenttina.. o. I~ialmente. a evolução da estrutura industrial e o desempenho internacional. argentino. de. produtos. industriais. período de 1976 a 1992, analisando as diferentes estratégias políticas. do. industrial e comercial implementadas no período.. no das Após. esta investigação, especifica-se todo o instrumentai metodológico que. será. hipótese. empregado básica,. que. nas. análises. fundamentará. empíricas. todas. as. Define-se demais. como. relações. investigaqas, a seguinte proposição: Em economias pequenas com elevado grau de abertura face ao exterior, a estrutura de mercado, o perfomance industrial, o crescimento econômico e o nível de bem estar social são influenciados peloé fluxos de comércio internacional". Os. análise. de. correlação,. estudos. empíricos. iniciam-se. cujo objetivo é verificar. desempenho de uma variável pode ser explicado pelo de. outra.. procura. A seguir, realiza-se uma análise de. o. 9. quanto. uma o. comportamento. bem. medir o ganho (ou perda) de bem estar que uma. obtem ao reduzir as barreira comerciais.. com. estar,. que. sociedade.

(11) Os resultados obtidos não foram no. sentido. de confirmar as hipóteses propostas. O. abertura. comercial. produção. interna,. crescimento também, efeito. que. do. comprometendo,. produto. e. do. sobretudo,. emprego. os. interno.. a ampliacão dos fluxos comerciais não. positivo. argentina.. argentino foi seguido de forte. sobre. Finalmente,. o nível de embora. produtividade. os ganhos. de. bem. satisfatórios processo. de. retração. da. níveis. de. Verificou-se, causaram da. um. indústria. estar. serem. positivos, dada as reduções constatadas no dead weigth loss, suaS magnitudes não foram expressivas, em termos relativos.. 10.

(12) CAPÍTULO. FUNDÁMENTOS ORGANIZAÇÃO. TEÓRICOS. DA RELÁÇÃO. t.. ENTRE COMÉRCIO. INTERNÁCIONAL. E. INDUSTRIAL.. Neste. capítulo. pretende-se. desenvolver. um. estudo de caráter exploratório para mostrar que o desenvolvimento da. base. somente. explicativa da Nova Teoria foi. de. Comércio. possível graças ao aperfeiçoamento dos. Internacional modelos. de. concorrência imperfeita, que surgiram a partir da consolidação da Teoria da Organização Industrial. Ao escalas. e/ou a diferenciação de produtos como principais. propulsoras. do. Internacional teórico. considerar fenômenos como as economias. comércio intraindustrialj a Teoria. de. de. forças Comércio. teve que, necessariamente, afastar-se do arcabouço. tradicional, consubstanciado na. concorrência. perfeita,. para buscar no comportamento dos mercados reais a explicação para o fluxo de comércio. Assim, este capítulo inicia-se com a discussão sobre. as. inconsistências. da. teoria. tradicional. de. .. ~ comerClO.

(13) internacional. para explicar as fontes de comércio. nos. mercados. industriais, procurando evidenciar que os novos modelos. teóricos. que buscaram suprir tais deficiências somente obtiveram êxito. ao. incorporar os efeitos das estruturas dos mercados sobre os fluxos de comércio internacional. A seguir, analisa-se qual a direção da relação entre estrutra de mercado e comércio internacional, contrapondo a posição. dos. aquelas. defendidas. esta. autores. relação.. que. desenvolveram. por autores que. Finalmente,. modelos. teóricos. investigaram. apresenta~se. um. com. empiricamente. breve. resumo. dos. principais postulados da Nova Teoria de Comércio Internacional.. A inconsistências. contribuição. da Teoria. A. dá. organização. do Comércio. relação. Industriãl. às. Internacional.. entre. a. Comércio. de. Teoria. Internacional e a Organização industrial surgiu da necessidade de permitesse. se incorporar à primeira fundamentos teóricos que lhe explicar comércio. as. influências. internacional,. das. estruturas. de. mercado. especialmente,. em. explicativa. Teoria. sobre. situações. o de. concorrência imperfeita1. A Internacional Hecksher-ohlin que. base. fundamentou-se. por. muito. da. tempo. do. no. Comércio. teorema. (HO)2, que estabelece que a principal razão. ocorra comércio entre dois países é a diferença 12. .. ,. ... , ...... na. de para. dotação.

(14) relativa de fatores ao nível de país. Este conjunto das. teorema foi desenvolvido a partir de. de premissas muito restritivas quanto ao. comportamento. estruturas produtivas dos países, como a existência de produção. de. fatores. (capital. homogêneos, uma única função de produção, rendimentos de. escalas,. fatores,. concorrência. produtos. não. constantes. perfeita nos mercados de. diferenciados,. etc.. dois. perfeitamente. trabalho). e. um. bens. e. de. restrições. Estas. teóricas fizeram com que surgissem várias contestações. empíricas. quanto aos seus postulados básicos3. Inúmeros. trabalhos. investigaram. que. as. variáveis de comércio exterior, como o seu padrão e o seu volume, constataram. que a diferença na dotação relativa dos fatores. não. pode ser considerada como a única fonte de comércio, já que há um crescente. e. intenso comércio entre. economias. com. semelhantes. dotações de fatores, bem como há um significativo comércio entre bens industriais similares. Estas constatações apontavam para novo. padrão. das. trocas. internacionais:. o. um. intra-. comércio. industrial. A. constatação de um novo padrão. de. comércio. impunha a necessidade de uma nova base explicativa para a de Comércio Internacional. Os primeiros trabalhos que. Teoria. procuraram. preencher tal lacuna, concluíram que a explicação para o comércio ". entre. produtos. obtenção vantangens. de. de. uma mesma indústria está. economias. de. escala. nível. das. capacidade. de". firmas,. das. proporcionadas pela diferenciação de produtos e. pelo. 13. a. na.

(15) abandono do pressuposto de concorr~ncia perfeita generalizada4l fiNos últimos anos, têm surgido Uli\ desapontamento crescente com ti teoria tradicionâldo comércio intêrnacional, fazendo com que aparêçam novoS modelos que oferecem abordagens alternativas pârá o comércio internacional. Estas novas abordagens rompem com a análise tradicional destaoândó a importância dos rendimentos crescentes de escala é da conoorrênoia impêrfeita no entendimento do funcionamento da économia internacional. (KRUGMÂN & HELPMAN, 1990, 3a ed., p. 1). Cóntudo,. estes trabalhos aos. buscarem. novos. fundamentos teóricos que explicassem o comércio intraindustriâl, depararam-se com a necessidade de caminharem em sentido oposto ao estabelecido explicativa. pela. concorrência perfeita. Ao incorporar. à. base. escala. e. romper. com. do comércio internacional fatores como economias diferenciacão de. influ~ncias. o. produtos,. tornou-se. de. imprescíndivel. modelo tradicional, implementando. análise. à. das estruturas de mercado como um dos. as. determinantes. do comércio entre países. Mas,. para. incorporar à. Teoria. de. Comércio. Internacional fundamentos teóricos que lhe permitisse explicar as influências. das. internacionais,. estruturas especialmente,. de. mercado. em. sobre. situações. as. trocaS. concorrência. de. imperfeita, era necessário romper com o paradigma da concorr~ncia perfeita desde modelos. que esta presente na análise do comércio. Ricardo, para buscar na Teoria da. internacional. Organização. Industrial. consistentes de oligopólios, que permitissem. explicação levando-se. do em. comércio conta,. internacional além. das. pelo. lado. economias. de. 14 .. -:. ::,:.. obter da. uma. demanda,. escala,. a.

(16) diferenciação de produtos. Contudo, até o final da década de sessenta não haviam. modelos. de. concorrência imperfeita. que. permitissem. Teoria. de Comércio Internacional romper com o arcabouço. à. teórico. vigente. Assim, embora fundamental esta relação entre a Teoria da Organização Industrial e a Teoria de Comércio Internacional a. explicação do comércio de produtos industrializados,. constatou-se comércio. com. o. desenvolvimento até. intraindústrial,. posterior. alguns. da. conforme. teoria. atrás. anos. consideravam possível incorporar os pressupostos da. para. de. poucos. concorrência. monopolística à Teoria do Comércio Internacional. A. oligopólios. fez. de. ausência. modelos. com que muitos autores,. de. consistentes. como. JOHNSON. (1967),. descartassem tal possibilidade: lia teoria da concor:têrtciamonopolísticà. não têVé, virtualmente, nenhum impacto sobre a teoria do comércio internacional" (JOHNOSON, 19671 p. 208).. Uma. das. primeiras. e. mais. importante. contribuição. à investigação do comércio internacional pelo. da. a. demanda,. consistente. de. Contrariando diferenças semelhantes mais. deparar-se. com. a. necessidade. concorrência imperfeità, foi de. um. modelo. LINDER. (1961).. de. a concepção de que o comércio ocorre a nas. dotações. que. quanto. das mais. países,. intenso será o comércio entre eles. Para o autor o. mercado. determina. estruturas de demanda entre. partir. dois. doméstico. forem as. de fatores, defende. lado. o. comércio internacional, uma. 15. vez. que. a.

(17) principal condição para que um produto seja exportado é que. haja. um mercado doméstico representantivo para este produto no país de origem,. oU. seja, que exista uma demanda. interná. significativa. para tal produto. UÉ condição necessária, mas não sUfic:i.entê, que o produto seja consumido no país de origem para que possa ser de exportação potencial" (LINDER, 1961, p.. 70).. Contesta a hipótese que as funções de produção sejam. idênticas. produção. dos. em. todos os países, "mas. bens demandados. mais vantajosas". que. domesticamente. as. são. funções. de. relativâmenté. (p. 65).. Argumenta que para se determinar a intensidade do comércio é necessário determinar a estrutura da demanda, principal procura. fator. é. o nível de renda real per. estabelecer. capita.. cujo. O. autor. uma relação entre nível de renda real. e. a. qualidade dos produtos diferenciados demandados. Países com renda real. per. capita. quantidades. mais elevada consumiriam. de. produtos,. como. também. não. apenas. maiores. de. melhor. produtos. qualdiade, concluindo que: "a amplitude para comércio é potencialmente mà.ior entre países com os mesmos níveis de renda per capita as diferenças de renda per capita são um obstáculo potencial ao comércio" (LINDER, 1961, 000. p.77)5. Ao investigar quais são as forças que. propulsoras. fazem com que o comércio realmente ocorra, defende. fortes. elementos. incorporados. da. teoria. concorrência do. comércio. monopolística como. força. 16. .. .:. que. devem criadora. "os ser de.

(18) comércio". (p.. 81). intensificar. observações. das. Além. o comércio de produtos. ao. LINDER,. de. industrializados. tornou-se. insustentável abstrair-se os efeitos das economias de escala como um. dos. fatores. impunha. determinantes. do. comércio.. Esta. a necessidade de afastar-se do contexto de. constatação concorrência. perfeita para formalizar os modelos de comércio internacional, já que para. a. presença de economias de escala. necessariamente. conduz. um ambiente de concorrência imperfeita6: "Não é fácil obter um trataménto preciso do comércio baseado nas economias de escalas (.••). Concorrência perfeita é, em geral; incompatível com economias dé escalas, portanto, somente algumas formas de concorrência imperfeita prêvalecerão". (DIXIT & NORMAN, 1980, p. 265).. Apesar de DIXIT & NORMAN (1980) reconhecerem a incompatibilidade escala, comércio. entre. consideravam internacional. concorrência perfeita. impossível a. obter. partir de. um. uma. e. economias. teoria. modelo. de. geral. concorrência. imperfeita,. com. especificações. de. competição. imperfeita, uma vez que, para os autores, somente algums de. de. modelos. estritamente. particulares, poderiam ser adotados: "Como para alcançar uma teoria geral 'de comércio com competição imperfeita é, praticamente, impossível. A màior parte somente podê esperar por uma catalocacão de modelos especiais". (p.265).. Contudo,. restrições. teóricas. como. estas. começaram a ser rompidas a medida que, por um lado, os postulados da. teoria. tradicional (HO) tornavam-se cada 17. vez. mais. irreais.

(19) frente por. ao comportamento. das variáveis do comércio. outro, a Teoria da organização Industrial. conjunto. de. conhecimento mais aptos a. exterior. e,. proporcionava. um. modelizar. situações. de. competição imperfeita: impacto destás novas abordagens na investigação tem sido substancial. Não fa~ muito tempo quê discussões da rélação entre comércio e organização industrial tinham que começár com a justificativa dá justàposição dê árêas tão pouco rélacionádas. Atualmente, â zona fronteira entre à teoria do comércio internacional é a teoria da estruturá industrial é uma das ãreas mais importante em écortomia internacional. (Helpman & Krúgman, 1990,. O. 3 a ed., p. 1). Neste. mesmo sentido também escreve. JACQUEMIN. (1982) aos resenhar algumas pesquisas recentes sobre estrutura de mercados imperfeitos e comércio internacional: "Apesar dos teóricos do comércio internacional reconhecerem que o papel da concorrência monopolística e imperfeita é crucial no comércio internacional, até recentemente este papel não teve qualqUer impacto ná teoria do comércio internacional. Hoje, contudo, há Um número crescente dê estudos reconhecendo quê bens é serviços são vendidos em mercados imperfeitos e muitas ve~es produzidos em condições dê rendimentos crescentes; que a vantagem comparativa na indústria está ligada com a oportunidade da invenção e a herença de externãlidadés e economias dê escala; ê qUe não há um número finito de bens, mas um domínio contínuo de produtos mais ou menos substituíveis, a maior parte dos qUais hão são realmente pruduzidos. (Jacquemin, 1982, p. 75). Para. KRUGMAN. (1988). somente. com. o. desenvolvimento da Nova Organização Industrial, nos anos setenta, foi. possível formalizar modelos de concorrência. imperfeita. que. permitissem maior aproximação com a realidade: "O. avanço. dos. anos setenta. 18. somente. tevê. exito.

(20) porque os economistas atreveram-se à ser tontos, alegando a validade de se incluir um modelo imperfeito para alcançar alguma luz" (KRUGMAN, 1988, p. 43).. Desta organização está. aos. crítica econômica. a contribuição. à nova Teoria de. Industrial. em sua origem. maneira,. epistemológica,. princípios,. convencional.. hipóteses. e. e irrealismo. ser definido a demanda. como:. dos principais. as influências. ao. postulados. livremente. o. da estrutura. protudos,. equilíbrio,. afetam os. e. mercado o grau de. desejos. de mercado. de mercados,. favorecendo. sobre. que os mercados. a. o. da. de livre. barreiras. fixação práticas 19. de. os padrões. à entrada,. monopolistas. de. não se organizam corporações. mercado.. preços. volta-se desempenho. que a ação de grande. nos mecanismos. impedem. analítico. uma vez que esta condiciona. de forma competitiva, distorções. pode. produtivas. do livre. em satisfazer. seu instrumental. Parte do princípio. como concentração. de estudo. ã oferta de bens e serviços •• 7.. industriais,. concorrência.. através. neste mecanismos. pelos produtores. no tocante. das firmas. de. teoria. da. ela surge como reàção·. são harmonizadas. Todo. provocam. da. caracterizado. (1980) seu objeto. e imperfeições. alcançado. sociedade. para. resultados. ••o estudo de como as atividadês. da sociedade. domo variações. sucesso. surge. da teoria microeconômica. Para SCHERER. ê. da. Internacional. Com um marco metodológico. grau de abstração. teóricos. Comércio. Teoria. já que esta teoria. por forte traço empírico-institucional, elevado. da. Fenômenos. diferenciação. competitivos. de. que. em. resultam.

(21) perdas de bem estar social. o. Todo organização formas danos. Industrial. de. numa busca. mecanismos que possam contribuir. de. explicações. e. para. minimizar. os. causados pelas ações monopolistas8. Estruturas de. concentradas ao. consiste. da. Teoria. da. desenvolvimento. caracterizam-se por ofertar quantidades. mercado. inferiores. desejo dos consumidores, gerando ineficiência na alocação. de. recursos e, consequentemente, perdas sociais. E. este. é. o. principal. Organização. Industrial e Teoria do Comércio. pretende-se. explorar neste estudo. Como vimos. teoria. tradicional. considerar. do. entre. "interface" Internacional,. anteriormente,. comércio internacional não. é. capaz. que a de. as imperfeições de mercado no seu arcabouço. teórico.. Mas, as verificações empíricas apontam para o crescente. comércio. intraindustrial,. efeitos. que sustenta-se fundamentalmente. nos. decorrentes das práticas não competitivas, que são as mais comuns nos mercados reais, especialmente, os industriais. Através. do comércio intraindustrial. pode-se. afetar estruturas concentradas alterando o padrão de concorrência em. determinados. menores maximizar. preços, o. menores. obtendo-se perdas. ganhos. sociais. e,. de. que. aproxima-se do objeto da Teoria. da. procura sugerir formas que possam. imperfeições de mercado.. 20. eficiência,. consequentemente,. nível de bem estar. Assim, os efeitos. intraindustrial Industrial,. mercados,. do. comércio. Organização corrigir. as.

(22) Entre. as. contribuições. Industrial. proporcionou. à explicacão. destacam-se. os efeitos. das economiás. de. produtos. sobre. industrial.. a. estrutura. A possibilidade. significativamente no. configuração. mercado. do comércio de escala. de. Organização. a. intraindustrial,. e a. mercado. de comércio. estas variáveis,. que. e. diferenciação desempenho. o. intraindustrial. altera. tanto no que se refere. interno,. quanto. a. a. suá. eficiência. sua. produtiva. As um. fator decisivo. mercado. interno. manufatureira grandes. prazo,. na definição ou externo.. geralmente. mercados. possível.. economias. para. de escala. da estratégia. indústria. é elevado reduzir. os. representam. alcançar. mundial,. ao. de produzir. O investimento. Como o tamanho do mercado. as exportações. sã6 consideradas. fixo. e indivisível, custos. para. o. indústria que. requer. ao. mínimo. interno é limitado. a principal. estabelecido,. o. médios. o nível de escala ótimo,. preço. nã. como. no. curto. alternativa. para. já que. mercado. depara-se. no. a. uma. demanda. outro. fenômeno. com. elástica9.. extremamente. A considerado. pela. imperfeições. dos. diferenciação Organização. mercados,. de produtos,. Industrial. constitue-se. num. .. as. explicar. para. . .. prlnclpals. dos. L.. fatores. para. aberta10. teoria dentro. modelizar. Nos. mercados. tradicional,. próximos. de. mercados. reais, ao contrário. os produtos. de uma mesma. substitutos. estruturas. indústria,. fabricados. do. para o consumidor.. pelas diversas. 21. A escolha. embora do. ,~. I. '. estabelecido. não são idênticos,. ... economlá. em. na ,. firmas sejam. consumidor.

(23) levará em conta, dados os preços relativos, aqueles produtos sejam. mais preferidos dentro de sua. que orçamentária11.. capacidade. Quando maior a variedade de produtos (domésticos ou importados) a disposição. do. consumidor. maiores são. suas. possibilidades. de. maximizar sua satisfação. Como intraindustrial estar,. quer. gera. em. aponta as discussões acima,. o. comércio. um efeito positivo sobre o nível. razão da diferenciação. de. de. produtos,. bem-. quer. em. decorrência das possibilidades de aproveitamento das economias de escala. traz. A intensificação do comércio de dois. tipos. comercializando! países. onde. de. i). benefícios. reduz. produtos. aos. éstéjam. que. países. o preço relativo. diferenciados. da. indústria. ela for oligopolizada; e ii) aumenta. o. número. variedades à disposição dos consumidores dos países que. nos de. praticam. o comércio.. o melhora. a. reduzindo. eficiência ou. produtiva. eliminando. exportações. pode-se. basta. tal,. para. aproveitamento. a. da. de. economias. monopolística,. indústria. capacidade. ociosa.. reduzir os custos médios ao. que a receita. marginal. superem o custo marginal de produção.. 22. das. escala. de. Através nível. vendas. das. mínimo, externas.

(24) A Mêrcádo. Direção. ê o comércio. da Relação. Entre. a. Estrutura. Internacional.. Inúmeros. investigaram. já. trabalhos. empiricamente esta relação, procurando determinar qual a de. dependência. internacional. sentido. de. dê. entre Os. a. estrutura. de. primeiros trabalhos. mostrar. mercado foram. que a estrutura de. e. direção. .. comercl.O .;. o. desenvolvidos. mercado. no. influência. os. fluxos de comércio internacional. Entre estes estudos destacam-se os de WHITE (1974), KRUGMAN (1979, 1980, 1981) LANCASTER. (1980),. HELPMAN. HELPMAN. (1981) MARKUSEN (1981) DAS (1982) e KRUGMAN. Se. (1985), que desenvolveram modelos cuja preocupação era os. fundamentos das interrelações entre comércio e. encontrar. estrutura. de. mercado, em situações de concorrência imperfeita12. O trabalho pioneiro em investigar esta relação deve-se de. a WHITE (1974). O autor procura mostrar que a. mercado. condiciona. o. fluxo de comércio. a. estrutura. partir. de. Uma. comparação entre uma estrutura competitiva e uma monopolista. Em. seu. modelo assume, inicialmente,. que. produtos domésticos e importados são substitutos perfeitos. os. entre. ,si é que a curva de oferta para a firma competitiva é idªntica. a. curva de custo marginal para a monopolística13. Não há restrições ao comércio. A produção doméstica representa uma pequena da modo. oferta mundial, não podendo afetar o preço mundial. parcela e,. a estrutura de mercado não tem nenhuma influência. comércio,. como. pode. ser. visto 23. na. figura. n°. 1.. Ao. 1. deste ". sobre. 'ó ,. -,. V preço. ~'t\. /.

(25) competitivo oferta. Pc. interna. não há importação. ou exportação,. E-F). I. que. a. é igual a demanda. Se o preço mundial. exemplo. uma vez. for inferior. P'w' o país será um importador. indiferente. da estrutura. a Pc' como por. de Q3Q4. líquido. (distância. de mercado.. P'rn ,.---".. Pm t--->.~-"'\... Pwr-~-+--~------~~. Oferta S Doméstica. Pc pIW~-+~~~--~~ Demanda D Doméstica. o. o. 03 ürn 01. Olm. 02 RM. Figura n° 1.. Se houver barreira monopolista. doméstico. preço. se a estrutura. ao comércio,. impor um preço superior for competitiva,. a. ao. permitirá mundial.. situação. não. a um Ao " se· \. 24. "\'. ,.

(26) altera: e. produzirá. exportará. Q1Q2. discriminar,. a. competitiva,. sua curva de. quebrada,. ele. auferindo. lucros de monopólio. Q'mQ2. ofertará. ao preço. interna. OQ1 no mercado. (distância B-C). Entretanto,. não. for. mercado. OQ2' sendo que venderá. e. pw.14 Haverá,. rendimento. marginal. apenas Q'm. no mercado portanto,. e um nível mais elevado. se a estrutura. mostrar-se-á. ao. doméstico. preço e. uma diminuição. de exportações. de. doméstico. monopolista. o. internamente. doméstico. P'm'. exportará da. oferta. do que em situação. concorrencial. Por terá que escolher lucros. entre vender. de monopólio,. externo,. abrindo. primeira. alternativa. segunda,. exportará. que o preço. e. razoáveis. ou vender. mão. tanto no mercado. dos lucros monopolistas. não. haverá. que irá vigorar. mostra. apenas no mercado. Após defendiam. estrutura. a estrutura. estudos. ao. imperfeições. de. mercdado. Se. como. optar. no pela. a. escolher. competitiva,. de. de mercado. de WHITE,. uma vez. de uma relação. em. e modificações. no. interessantes. ê. pode. realmente. seguiram-se. que ia no. para os fluxos de comércio. incorporarem. interno. obtendo. (WHITE, 1974, p.1019).. o trabalho. a existência. de mercado. .•.. numero. " ...sob um. circuntâncias,. interno,. Se. autor faz algums extensões. que. discriminar. será Pw'. influência. os fluxos de comércio". que. exportação.. o mesmo que uma indústria. o modelo. outro lado, se ele não puder. seus. modelos. sobre o comércio. 25. à. outros. sentido. externo. influência. internacional. da. Estes das deram.

(27) importante. contribuição ao arcabouço teórico da Nova. Teoria. do. Comércio Internacional15. Entre estes trabalhos destacam-se os de LANCASTER. (1980), KRUGMAN (1979, 1980, 1981), HELPMAN. e. (1981). HELPMAN & KRUGMAN (1985).. o. trabalho de Lancaster16 parte da. suposição. que existe apenas um setor industrial caracterizado por grupos de produtos diferenciados 17 onde que. utiliza um modelo "Neo. dá um tratamento diferenciado à função as. preferências. são assimétricas,. disponíveis19.. variedades. A. Hotelling"18,. utilidade,. isto. diferenciação de. é,. supondo. dependem. .das e. produtos. a. imperfeição dos mercados têm destacada importância em seu modelo: "duas empresas não produziram bens idªnticos sé houver diversidade de preferências dos cortsumidorêS de tipo continuo, não sendo, portanto, a concorrência perfeitá uma éstrutura dê mercado possivel e a concorrência monopolistica a mais perfeita estrutura de mercado que éxiste nas condições do modelo" (LANCASTER, 1980, P. 157).. Assume iniciais bens. a. dentro. a. existência. de. nível de produto e funções custo idênticas de um grupo. No contexto de seu. escala. economias. modelo. para as. os. firmas. possuem duas variáveis estratégicas: preços e especificaçã020.. o função entrada. autor. mostra que o nível de. de llNll(número de firmas), e. decrescente. lucro que. resultará num equilíbrio onde os preços são. é a. uma livre. iguais. custos médio para todas as firmas, o que corresponde a versão. aos da. concorrência monopolística de Chamberlin21. Ao. analisar. o 26. comércio. entre. economias.

(28) idênticas22, possuindo. que. as. estruturas,. mesmas. (agricultura),. sem. de. economias. uma. cada. um setor industrial com um produto diferenciado. setor. outro. possuem. e. um. escala. e. diferenciação de produtos, conclui que o equilíbrio entre as duas economias. será. organizado. em. idêntico, concorrência. sendo. que. o. setor. é. industrial. monopolística perfeita. e. o. setor. agricultura estruturado em concorrência perfeita23. Nestas comércio classe. intraindustrial,. condições com. prevê. trocas de bens. de produto, contudo, julga que,·face a. de. existência. a. dentro. de. cada. diferenciação. de. produtos, não serão transacionados bens totalmente idênticos. observa que além do comércio pode as. intraindustrial,. haver trocas fundadas em vantagens comparativas. porém, diferenças. de. significativa,. dotação. de. fatores. acarretará. em. reduções. entre do. os. países. comércio. se for. intra-. industrial, podendo até mesmo eliminá-lo: "o comércio intra industrial não s6 pode ocorrer entre economias similares, mas o mais provável é que ocorra, e que seu volume pode ser muito superior que o comércio fundado em vantagens comparativas" (LANCASTER, 1980, p. 174).. o modelo de Helpman24 tem como objetivo uma. generalização. do. teorema Hecksher & Ohlin. dentro. obter de. um. Chamberliana25,. onde. procura determinar qual o padrão de comércio levando-se em. conta. contexto. de. diferenciação. concorrência. de. monopolística. produtos, economias de escala. monopolística.. 27. e. concorrência.

(29) Para função. à. diferenciado. utilidade,. tratamento. um. dá. também. tanto,. função. uma. introduzindo. compensação. para ordenar a preferência do consumidor entre. bens. alimentares. e. tipo. produtos. manufaturados que. não. sejam. ideal26.. Admite a existência de economias de escala na. de. manufaturados,. bens. produto.. O. com. tamanho do mercado da firma dependerá. preços que fixar. a. que são decrescentes. condição. do. produção. o. nível. do. do. nível. de. E, que, a condição de maximização de lucros. padrão de um monopolista: receita marginal. é. igual. a. custo marginal. Após especificar o modelo, prova o teorema equalização geral,. dos. pois. estabelecer. preços dos fatores, só que de. inclui. a. equalização. a. nível. uma de. forma. da mais. produto.. o equilíbrio simétrico, conclui que nenhum país. Ao I. _ .;. lra. se especializar na produção de alimentos e que as trocas se darão sempre ao. em um nível intraindustrial, desde que não haja barreiras. comércio. Isto se deve, segundo o autor, a. diferenciação. de. produtos e as economias de escala. Empregando demonstra inversa produção. fatores. um. índice. &. Grubel. que o comércio intraindustrial apresenta com. a. Quanto entre. intraindustrial. diferença de dotação maiores os entre. dois. forem as. diferenças. dos. fatores. de. de. dotação. de. comércio. (o desenvolvimento. detalhado. menor. deste modelo encontra-se no Apêndice) .. 28. relação. o. países,. os mesmos. relativa. uma. será. t. '.

(30) o as. dos. influências. monopolística. primeiro trabalho de Krugman que retornos. de. escala. no comércio internacional. investiga. a. e. competição. é "Increasing. Returns,. Monopolistic Competition, and International Trade", publicado. em. 197928. Neste estudo o autor apresenta uma versão simplificada do modelo. de. competição. monopolística. desenvolvido. por. Stiglitz29, construindo um modelo bastante simples que. Dixt. &. considera. um único fator de produção (trabalho) plenamente empregado,. numa. economia que produz um grande número de bens. Após especificar o modelo, examina os das. economias de escala decorrentes de uma. constatando. que. seus. prescimento. da força. efeitos sobre. o. abertura. comércio. de trabalho, oU a uma. efeitos. comercial,. equivalem. intensa. ao. mobilidade. dos fatores. Ao final conclui que, ao se considerar as. economias. de escala internas à firma, o comércio internacional não decorre, necessariamente, das diferenças relativa das dotações de. fatores. entre países.. 1980. Após este trabalho, Krugman publica no ano. de. um novo estudo sobre economias de escala, diferenciação. de. produtos. e padrão de comérci030. Mantendo a estrutura do. de. &. Dixt. Chamberliana,. Stiglitz,. acrescenta. modelo. urna condição. de. equilíbrio. onde cada firma possui algum poder. de. monopólio,. mas a livre entrada faz com os lucros de monopólio sejam zero. Parte da suposição de que todos os. indivíduos. na economia possuem a mesma função utilidade. A exemplo do modelo anterior,. admite. a. existência de um único. fator. de. produçãp ...•. 29. -:. '. .'. -. :-. .. :'.

(31) empregado. plenamente produzidos. com num. consiste. que. número. O número. igualar. a soma dos consumos. que lhe permite. determinação. do volume. ao considerar. apenas. o volume. será produzido. de comércio,. mundo. autor,. os países. suposições os efeitos do. crescentes. menor. cada. constrói. bem. um. modelo. das economias. escala. comércio,. concluindo. é possível. determinar. já que sua direção,. analisa. ou seja. as influências. de comércio,. onde. mercados. dos dois estudos. do. constata. haverá um incentivo. tendem a exportar. o. que. mercado que,. num. crescente. e. para concentrar. a. de seu mercado,. os produtos. menores. para. mesmo. Segundo. os. quais. domésticos31.. internaciona132,. aos fatores. de. de. individuais.. por esse bem em outros mercados. Em comércio. curva. porém. A produção. de um bem, o mais próximo possível. têm maiores. da. ao mesmo tempo por rendimentos. de transportes,. que haja procura o. seguir,. o padrão. caracterizado. produção. produtos. em cada país, não pode ser determinado.. sobre. por custos. indústria. produzindo. é grande,. são. bens. uma. decrescente. e da direção. rendimentos. A doméstico. examinar. os. autor,. firmas. potenciais.. destas. todos. o. de bens produzidos. A partir. que,. de. de produtos. simples,. que. função. Para. domínio. deve-se. na. e. e que operam no segmento. médio. o. mesma. grande. diferenciados custo. a. (trabalho). 1981. onde mantém. anteriores33,. determinantes. publica. porém. um. novo. trabalho. a mesma estrutura intensifica. do padrão de comércio.. 30. ... .' ... ". analítica. a análise Mostra. sobre. que. quanto este.

(32) será. intraindustrial. entre. países. com. estruturas. econômicas. similares no que se refere a dotação de fatores. Por outro o. comércio. terá um padrão inter-setorial entre. os. lado,. países. com. diferentes dotações de fatores. Para depende. da. o. autor,. o. intraindustrial. comércio. existência de inesgotáveis economias. de. escala. produção, que decorrem da existência de custos fixos. Ao tal. suposição. tem. que se afastar. do. ambiente. de. na. aceitar. competição. perfeità para especificar seu modelo. Inicia economia. fechada,. com. a. duas. especificação do indústrias.. modelo. supõe. que. para. uma. todos. os. indivíduos possuem a mesma função utilidade34. (01 ). u. onde: c1,i - é consumo do i-ésimo produto da indústria 1; c2,] - é consumo do j-ésimo produto da indústria 2; é o número. de. produtos. potenciais. de. cada. indústria (que é assumido grande) : n1 e n2 - é número de produtos produzidos por cada indústria (que é assumido como grande, porém menor do que Nl e N2) ;,., ~ _ é a medida do grau de substitubilidade entre produtos de ~.. uma. indústria. (quanto menor,. produtos) .. 31. maior. a. í'. I. .,. ). dife:tenciacão .:.de •. ,. '~.

(33) Considera, indústria substitutos que na. grande. um. produz. imperfeitos. os produtos medida. lado. número. da de. demanda,. que. de uma mesma. indústria. fator. perfeito,. de. do qual existem dois tipos: tipo 1, que é. dá indústria. 1; e tipo 2, que é específico. quantidade. A. um. produto. outra variável. particular. de. consiste. produção específico. da indústria. trabalho. são. considerá. são substituto. por um único. uma. que. produtos. entre si. Pelo lado da oferta,. em que são produzidos. (trabalho),. produzir. pelo. 2. para. requerida. numa parte. fi~a. (a). e. (B)35.. 11 , 1 .. =. a + BXl , 1 '. i = 1,. (02). j = 1,. (03). onde: 1 ,i e 1 ,j - representa 2 1 ésimo. (j-ésimo) produto. xl i e x2 J'. ,. ,. que. à soma do consumo. total em cada indústria empregada. da indústria. representa. -. Assume corresponde. o trabalho. a produção. a. usado na produção. daqueles. de. produtos.. produto. cada. o. do produto.. é igual a soma da quantidade. para a produção. total de cada produto.. de. r;. i=l. 11, 1.. x. emprego trabalho. Há plena emprego. do fator de produçã036. n1. i-. 1 (2); e. produção. individual. do. \.. =. 2 -. 32. z. (04).

(34) n2. (05). 12 . = L2 = z. E. ' J. j=2. z. O <. <. 1. Assim, se o total da força de trabalho for o. parâmetro. z pode ser empregado para mensurar a. 2,. proporção. de. fatores37. Para. analisar. o. equilíbrio. economia. numa. fechada assume que a diferenciação de produtos pode ser feita sem custos, única. o. que implica que cada produto será produzido. firma,. que. depara-se. com. uma. curva. de. por. demanda. .uma com. elasticidade constante, ou seja: Ed = 1/(1 - ~). A partir de tais suposições, para determinar a po1·ítica de preços das firmas admite que estas maximizam. lucros,. adicionando. ao custo marginal uma percentagem de mark up, o. corresponde. ao. familiar. resultado de custo. marginal. que. igual. a. receita marginal: Pl =. 1>-1. f.S. =. 1>-1. f.S. P2. wl. =>. Pl ~. w2. =>. P2. 1>. wl. (06). w2. (07). f.S. =. f.S. onde: qualquer na Pl e P2 - são os preços de um produto indústria 1 e 2, respectivamente.. Dada. esta. política. de. preços,. os. lucros. dependem do volume de vendas, que é igual ao volume de produção: (08). 33.

(35) (09). onde: representam representativa. A impõe permite. que havendo determinar. o. vendas. firma. da. na duas indústrias.. condição. de equilíbrio. livre entrada o tamanho. tamanho. as. chamberliana,. de firmas o lucro tende a. do equilíbrio. do equilíbrio. e o número. que zero,. de firmas.. das firmas é dado por:. n1 = n2 = O usando. (49) e (50) (10). o determinado. a partir. número. de firmas. da condição. (em cada indústria). pode. de pleno emprego: (11) (12). A Como considera gastos. seguir,. determina. que as duas indústrias. dos consumidores. os. recebem. salários. relativos.. a mesma parcela. e que os lucros, em equilíbrio,. dos. são zero,. temos:. Neste determinada. modelo. por dois parâmetros:. economia. é. ~ e z. O valor de z determina. os. a característica. 34. da. ser.

(36) salários salários maior das. relativos.. Se z é baixo,. mais elevados. do que o trabalho. o grau de diferenciação economias. médios.. receberá. do tipo 1. Se ~ é baixo,. de escala não exploradas.. Deste. do tipo 2. dos produtos,. logo, em equilíbrio,. marginais,. o trabalho. maior. a. importância. Partindo-se. os preços. de. se igualam. modo ~ é a razão do custos marginal. aos e. e. (06). custos. do. custo. médi038. estender. Ao. seu. modelo. comércio. internacional. (economia aberta),. países,. um. e outro externo.. pelo. doméstico. fato que o tamanho. indústrias. relativo. dos dois países. para. supõe que existam. Eles são. iguais,. da força de trabalho. será inversa,. mesmas. aumenta. de proporção dotações. ao analisar. política. salários do volume. de. exemplo. z representa. entre. que z. as. de. possuem. torna-se. para. e o número. nesta análise,. 35. índice. menor,. de fatores.. numa economia. de comércio.. um. Se z = 1, os países. análise. o tamanho. Contudo,. e o padrão. da. o equilíbrio. preços,. relativo.. de fatores.. entre a proporção A. a. o parâmetro. de fatores. A medida. a diferença. fechada,. exceto. (14). Assim,. as. dois. ou seja:. z. similaridade. o. analisar. uma. aberta, de. inclue a. economia determina. firmas. e. os. determinação.

(37) Os preços da. comércio. em. que. forma. mesma. em ambos os países. a elasticidade. e. (O 6). de qualquer. P1. =. ~-1 lSw1. P2. =. 4>-1 lSw2. já. (O 7) ,. produto. são. determinados o. com. que. é Ed = 1/(1-~):. (15). p * = ~-1 lSw*. 1. 1. p * = ~-1 lSw*. 2. 2. A condição preços. de simetria. dos fatores de produção,. leva a equalização. dos. fazendo com que os salários. sejam. iguais em ambos os países:. w*. =. w*. =. =. 1. A condição zero,. determina. indústria~. (16). 2. de que em equilíbrio. os lucros. o tamanho da firma x, que será o mesmo. em. são ambas. nos dois países:. x. =. O em cada indústria,. (17). a ~ lS (1 - ~) pleno emprego. determina. o número de. firmas. em cada país: .LS1. n* = (2 -. z)/(a. +. (18). lSx). 2. n*. 2. Estes obstáculos. ao. (19 ). z/(a + lSx). comércio. resultados e. mostram. desconsiderando 36. que, os. não. havendo. custos. de.

(38) transporteS, preços. o equilíbrio. será caracterizado. dos. dos fatores de produção. Finalmente,. padrão sua. pela equalização. do comércio. renda. parcela. em. determinar. supõe que cada consumidor:. cada uma da duas indústrias;. de produto. a partir. de. é proprocional. ii). ~Y [(2 - z)/2]. X2. ~y (z/2). M2 =. gasta. a. de cada. à força de trabalho,. Xl =. =. volume. e. o de. mesma. indústria.. (18) e (19), que nos diz que o. (Y) seja igual nos dois países,. M1. o. i) gasta metade. de sua renda em cada um dos produtos. Desta maneira,. a renda. para. número. e considerando. que. temos:. (20). ~y (z/2) ~y [(2 - z)/2]. onde: Xl. e X2 - representam. das indústrias. M1. Destas. de. produtos. de. produtos. 1 e 2; respectivamente.. e M2 - representam. das indústrias. as exportações. as importações. 1 e 2; respectivamente.. relações. (20) obtém. duas. importantes. constatações: i) comercializamm que. o volume. proporção. os países. tanto quanto de comércio. dos fatores. com semelhantes aqueles. independe. dotações. com diferenças. de. fatores. de fatores,. do índice de similaridade. já de. z39.. ii) o índice de comércio. intraindustrial. é igual ao. 37. ...... ..... .. .....

(39) índice de similaridade. de proporção. Após perdas. com o comércio.. crucial. importância,. concluir. se há ganhos. o. que. maior. representa. de fatores. especificar. o modelo mostra. Nesta análise. o parâmetro. pois dependendo com o comércio.. que os produtos. a probabilidade. (I ~ Z)40.. de sua. os ganhos. ~ passa. magnitude. Se ~ for pequeno. são. de haver ganhos. bastante. os dois fatores de produção. entre. si,. uma. grande. pode-se. diferenciados,. com o comércio.. se os dois paíse. similaridade. ter. (~ < 0,5),. Por outro lado, se ~ > 0,5, somente para. a. e. em. termos. há. ganhos. apresentarem, de. dotação. de. fatores. Assim, por. considerando. economias. e. análise. para mostrar. predominante. do. que. diferenciação. de. afastar-se. que o. atualmente. da. padrão. é. o. também,. mas;. das firmas, consegue. do comércio,. internacional. comércio. apêndice) ,. de escala na produção,. poder monopólio. tradicional. um modelo mais simples (veja. Helpman. apresentado. produtos. com. de. intra. o. industrial41.. Como os resultados de. Krugman. determinam autores. o. padrão. produzem,. estrutura autores. chegam às mesmas. de. mercado. partem. de. conclusões. e o volume. em conjunto,. tanto de Helpman. do. quanto. comércio. aos. quanto. fatores. internacional,. em 1985, um amplo trabalho. e o comércio premissas. extern042.. Neste. semelhantes. ..:,:.; .'. :. os\. I. I,. J{os. !\. descritas. 38. '.-,. que. sobr~/a/. estudo. ás. os. .'. '.

(40) anteriormente, (veja. especialmente as empregadas no modelo de. apªndice),. utilidade. do. mas adicionam,. tipo Lancaster. simultaneamente,. e do tipo Dixt. &. Helpman. análise. stiglitz,. de para. especificar um modelo mais completo, com o intuíto de responderem a duas clássicas questões da Teoriá de Comércio Internacional: i) quais. os. determinantes. do. padrão. e. do. volume. do. comércio. internacional ?; e ii) o comércio internácional é benéfico ? Neste. modelo os autores procuram um. grau. de. generalidade mais abrangente para suas análises, o que os leva. a. estenderem. suas. investigações para situações mais. próximas. da. realidade,. como. por exemplo, a situações de livre. entradá. nos. mercados iguais. de e. produtos diferenciados com remuneração. desiguais, obtendo respostas. de. significativas. fatores para. as. comércio. as. questões que colocám inicialmente. No. que. se refere ao padrão. de. conclusões correspondem ao resultado obtido por Helpman, no as. dotações. previsã043.. relativas fatores são os Os. autores prevêm a existência quanto. intraindustrial, equilíbrio fatores. da. interindustrial,. economia mundial, com. especialização. tanto. de. de. comércio. situação. de. remuneração. dos. numa. idêntica. elementos. mercado) .. A. inter-setorial é determinada pelas diferenças. de. produção. de. principais. qual. (com. livre. entrada. no. ". dotações de fátores entre países: "o país mais rico em capital r'é ., um. exportador. relativamente país. líquido. capital. relativamente. de. produtos. intensivo). manufaturados. e um importador. mais rico em trabalho. 39. (que. de alimentos;. exporta. os. são o. produtos.

(41) relativamente. trabalho. intensivo. líquido. produtos. manufaturados". dos. Quanto existência concluem. de. que. produtos. (alimentares). e é um. (HELPMAN &. importador. KRUGMAN,. 1990,. ao volume do comércio, considerando diferenciados e. economias. de. a. escala,. este é tanto maior quanto mais semelhantes. dimensão dos paises, independentemente das dotações dos. for. a. fatores.. Para os autores a importância da dimensão relativa dos países. na. determinação do volume do comércio aumenta à medida que aumenta o número. de. produtos. màximizado. diferenciados. "O. quando as economias. volume. são do mesmo. do. tamanholi. comércio. é. (HELPMAN. &. KRUGMAN, 1990, 3° ed). Ao autores. encontram. trocas quer,. um. investigar. os benefícios do. Welfare effect. intersetoriais, quanto para o. pos i t.Lvo , comércio. comércio. tanto. para. as. intraindustrial,. pelos efeitos da diferenciação de produtos, que aumenta. variedade de bens disponíveis para os consumidores de cada quer. os. pelas. vantagens decorrentes das economias. de. a. pais,. escala. que. reduzem os preços relativos. Além destes trabalhos resenhados outros também contribuiram. com esta discussão por considerar a. relação. estrutura de mercado em economias internacional. MARKUSEN constrói estrutura. um. modelo. onde assume que. o. .. .. comerClO. (1981). apresenta. monopolista e cada país adota um comprtamento do. Cournot-Nash. entre. (duopólio), onde mostra que a presença de. um tipo. comércio. intraindústria motivado pelas economias de escala e diferenciação 40.

(42) de produtos pode gerar ganhos de bem estar: "A presénça da oonoorrªnoia potendialt oontudo, implioa que ambos os duopolistas-cournot produzirão mais qúe na falta de possibilidades de comércio, conduzindo á. uma melhoria do bem-estar". MARKUSEN,. 1981). Apesar teórica. apontarem. estrutura. seja. que. uma. relação. que. de mercado para os fluxos de. recentemente empíricas. para. de todos estes modelos. alguns. de. trabalhos. vai. de no. comércio. levantaram. construção sentido. internacional,. inúmeras. que existe uma direção inversa nesta. os. fluxos. significativamente. de. comércio. da. relação,. ihternacional. a estrutura, o comportamento e. evidências ou. influênciam o. desempenho. industrial, especialmente em economias pequenas com elevado. grau. de abertura em relação ao exterior. Entre. estes. estudos. empíricos. destacam. os. trabalhos de JACQUEMIN (1982) para a economia belga, UTTON (1982) que investigou esta relação para o Reino Unido e BALDWIN, GORECKI e MCVEY (1986) que estudaram os efeitos do comércio internacional nos. índices. de. concentração na. indústria. de. manufaturas. do. Canadá, no ano de 1979. Os comércio perfomance. estudos de JACQUEMIN (1982) mostram que. o. internacional pode influênciar a estrutura interna e., o dos mercados indústrias tanto pela. concorrência. das. importações, quanto pelas oportunidades das exportações. Uma. das. evidências mais significativa desta influência reside nos efeitos do comércio exterior sobre o grau de concentração industrial, que. 41.

(43) é habitualmente. "em orgátlização industrial poder. de mercado",. (JACQUEMIN,. aceito como índicei;lde. 1982, p. 76).. Para o autor o papel do comércio é crucial. para elaborar. concentração omitido. metodologias. industrial,. os efeitos. de mensuração. internacional dos índices. já que o índice pode ser afetado. se. de for. do comércio:. "alguns dos maiores vendedores num mercado podem não produzir muito nesse mercado e alguns dos podem maiores produtores dentro desse mercado vender nele muito poucoil (p. 77) como. Estudos BALDWIN,. GORECKI. importações. maiores. índices. estruturas. MCVEL. do que os efeitos. são empregados. são. Muitos. há controvérsia. definidos. advogam para. venda que bcorra. JACQUEMIN índices. para avaliar. dos índices de concentração. exportações.. qualquer. que. das. e. (1982) o. de. impacto. das. industrial. causam. exportações,. quando. a competitividade. das. de mercado.. de se corrigir. índices. UTTON. (1986), mostram. Contudo,. das. de. sobre os índices de concentração. distorções estes. e. os. corrigir prodecimento com elevado. concentração os. efeitos. um. determinado. diferenças. da indústria. grau de abertura. os. já. efeitos que. mercado. não. é. tais Assim,. relvante44,. significativas. manufatureira. exportações.. pode ser muito importante. necessidade. industrial. fora deste mercado. das. a. sua necessidade,. (1982, p. 77) encontrou de. quanto. Para. o. em economias. nos. belga autor. ao este. pequenas. e. para o exterior:. "em pequenas economias aberta quê exportam larga proporção da sua produção, a posição exportação e poder de monopólio interno devem 42. uma na ser.

(44) distinguido: na realidade, os produtores doméstioos são usualmente price-takes nos mer~ados externos e enfrentam assim uma procurá elástioa em relação à parte da sua produção que ejtportâDt" (JACQUEMIN 1982, p. 77).. condicionamento. da estrutra. pelo comércio das importações em geral,. refere-se. dos mercados. ao impacto da. sobre o poder de mercado,. limitam. e disciplinam. forma. apresenta-se. de. concentradas.. Quanto. totais desta. lucros de monopólio. já que as. do. indústriais concorrência importações,. tal poder. disciplinadora. força. A. vendas. e perfomance. internacional. importante. mais. aspectos. dos. Um. mais. interisa. maiores. e, portanto,. menor. importações. indústrias. nas. maior a participação indústria,. das. das. mais. importações. nas. restrições. aos. serão as. será o poder de monopólio:. lia influência da concorrência pelas importações deverá interagir com a concentração para explicar a margem-preço-custo: o efeito dê erosão das importações na rentabilidade interna é mais forte nas indústrias (domestioamente) oonoentradas". (JACQUEMIN, 1982, p. 81). ressaltar. Cabe. que. a. concorrência. das. importações. não afeta tão somente os lucros, mas toda a estrutura. do. industrial. mercado. dos níveis. interno,. de competitividade. já que os preços. são. dependentes. desta estrutura:. lia existência de um meroado interno competitivo, com preço igual ao custo marginal, elimina muito da potencial força disciplinadora das importações. O contrário se passará oom desvios acentuados entre o preço e o custo marginal" (BRANDÃO & CASTRO 1989, p.. 20).. Quanto JACQUEMIN. as. oportunidades. (1982, p. 82-85) mostra. que a competição 43. . ".. ". das. exportações internacional.

(45) pode. obrigar. competitivo, doméstico. um monopolista se. ele. e o externo,. $. não. doméstico puder. conforme. a adotar um. discriminar. mostra. comportamento. entre. o. mercado. a figura n° 2.. o. ptm Pm P'w. o O~. 0102. o. Q5. MR Figura n° 2 Para mundial. ao. produção irá. Q3QS'. produzirão. custo. vender. somente. Se. comportamento. o. (P'w = MC1). Mas,. Se o monopolista. que a indústria. monopolista. não. igual a indústria Entretanto,. puder. dado. competitiva. QS' onde o a. preço e. preço. distribuição. mercado. competitiva. é da. puder discriminar,. OQl ao preço P'm no. Q1QSI enquanto. MCl e um. as indústrias. a mesma quantidade. marginal. será diferente.. exportará. custo marginal. (excluído de tarifa),. P' w. monopolística igual. um. ele. doméstico. e. irá exportar. discriminar. terá. um. MC2,. numa. competitiva. para um custo marginal. 44.

(46) situação adotar. em que o monopolista não possa discriminar, ele dois. produzir. comportamento:. somente. OQ2. produzir OQ4 e. para o mercado. exportar. doméstico.. poderá ou. Q3Q4i. Esta. escolha. dependerá da magnitude relativa do excedente do produtor (área B) que. o. monopolista doméstica ganha com suas vendas. externas ,. mercado externo e do excesso dos lucros de monopólio. .. no. orlglnarlos --.;. ;. .. das restrições de vendas no mercado doméstico (área A) . Em negativa margem relação. entre de. Contudo, o próprio. autor. relação. monopolista observa. propiciam jamais. alcançar. economias. seria obtida dadas as. de. e ·sua. que. se inverter no caso de economia pequena,. exportações eficiência. as exportações da indústria. lucro.. pode. seu modelo o autor identifica uma. esta. onde. escalas,. dimensões. do. as cuja. mercado. interno 45 Outro internacional. sobre. o. efeito. importante. perfomance. das. da. A. ,. concorrenCla. indústrias. domésticas. refere-se a pressão que esta exerce sobre a eficiência técnica46, quer. pela. pressão. competitiva. das. importações,. quer. pela. ampliação de mercado decorrente das oportunidades de exportações, que. podem. eliminar. as deseconomias de. escala. decorrente. dos. mercados pequenos 47. A Nova Teoria do Comércio. Como. vimos. a. Nova. Intérnadional.. Teoria. do. Comércio. Internacional surge da necessidade de se encontrar uma nova 45. base.

(47) explicativa para os determinantes das trocas internacionais, onde fatores. como. economias de escala, diferenciação de. produtos. e. concorrência imperfeita fossem considerados. A mudança do padrão do comércio internacional, com. a. ampliação. e. industrializados, realizados. intensificação. fez. do. comércio. com que a maioria. dos. de. produtos. etudos. empíricos. nos últimos anos refutassem os principais. postulados. da teoria tradicional. Diante trabalhos. começaram. oitenta,. buscando. desta. limitação. teórica. a surgir a partir do início formalizar. modelos. que. da. vários. década. superassem. de tais. restrições. Entre estes estudos destacam-se os esforços de DIXT & NORMAN. (1980),. LANCASTER (1980), KRUGMAN (1979, 1980. e. 1981),. HELPMAN (1981), ETHIER (1982), entre outros, que através de. seus. modelos propiciaram um novo referencial teórico para a explicação do comércio intraindustrial: liA literatura teórica sobre comércio internacional foi enriquecida enormemente nos últimos quinze anos. Os velhos modelos, baseados nos supostos de concorrência perfeita e rendimentos constantes de escala, deram lugar a uma explosão de ensaios nos quais se analisam as implicações da concorrência imperfeita e a economias de escala sobre o comércio internacional". (aCAMPO, 1991, p. 193).. Nesta diferenciação forças. de. promotora. nova. teoria,. economias. produtos são consideradas como do. comércio. internacional.. E,. de as. escala. principais como. KRUGMAN & HELPMAN (1990, 3a ed., p. 31-40), estas duas fazem. parte de um mesmo processo, já que decorrem 46. e. dos. mostra. variáveis sistemas.

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