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A inclusão escolar de alunos com altas habilidades/superdotação no ambiente escolar / The school inclusion of high skill/overachieving students in the school environment

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 6, p. 35209-35222 jun. 2020. ISSN 2525-8761

A inclusão escolar de alunos com altas habilidades/superdotação no

ambiente escolar

The school inclusion of high skill/overachieving students in the school

environment

DOI:10.34117/bjdv6n6-165

Recebimento dos originais: 08/05/2020 Aceitação para publicação: 07/06/2020

Kese Kristina Ferreira Reis

Graduação em Educação Física pela Universidade Paulista e Pedagogia pela Universidade Estadual do Norte do Paraná

Instituição: Servidora Municipal da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes Endereço: Rua Dr. Costa Júnior, 1065, Centro - Jacarezinho, PR, CEP: 86400-000

E-mail: kesereis@gmail.com

Lia Regina Conter

Mestre em Educação, pela Universidade Estadual do Norte do Paraná

Instituição: Professora Assistente na Universidade Estadual do Norte do Paraná, no Centro de Ciências Humanas e Educação.

Endereço: Rua Padre Mello, 1200, Jardim Marimar - Jacarezinho, PR, CEP: 86400-000 E-mail: lrconter@uenp.edu.br

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar os desafios encontrados na Educação Especial para a inclusão e dos alunos com altas habilidades/superdotação no ambiente escolar. Quando a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais é analisada, verifica –se uma tendência a estudar alunos com deficiência intelectual, deficiência física ou motora, deficiência auditiva, deficiência visual entre outras que colaboram para a dificuldade na aprendizagem ou na socialização com os demais alunos; raramente são mencionados os alunos com altas habilidades, pois os mesmos não são rotulados como aluno-problema, ou são confundidos com alunos hiperativos, ou com outra deficiência, sendo na maioria das vezes invisíveis na escola. Verifica-se a necessidade de um olhar diferenciado do professor a esses alunos e um ambiente escolar acolhedor para que possam desenvolver plenamente suas habilidades, uma vez que, o aluno pode possuir habilidades em apenas uma área de conhecimento e identifica- lá é de fundamental importância para a formação integral desse aluno.

Palavras-chave: Altas Habilidades/Superdotação, Inclusão, Educação Especial. ABSTRACT

This article aims to presente the challenges found in Special education for inclusion and students with high skills/ giftedness in the school environment. When the inclusion of students with special educational needs is analyzed, there is a tendency to study students with intellectual disabilities, physical or motor disabilities, hearing impairments, visual impairments, among others that collaborate for the difficulty in learning or socializing with other students; students with high skills are rarely mentiond, as they are not labeled as a problem student, or are confused with hyperactive students, or with another disability, and are most often invisible at scholl. There is a need for a differentiated view of the teacher to these students and a welcoming school environment is that they

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can fully develop their skills, since the student may have skills in olly one of knowledge and it is of fundamental importance for the integral formation of this student.

Keywords: High Skills/ Giftedness, Inclusion, Special Education

1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais existe uma ampla discussão sobre a inclusão escolar e quais os benefícios e desafios enfrentados por todos envolvidos nesse processo. Na maioria dos casos, os alunos com altas habilidades/superdotação não são incluídos nesse processo, visto que muitas vezes não são vistos como público da Educação Especial.

As altas habilidades/superdotação é uma das áreas de conhecimento da Educação Especial, contemplada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. De acordo com essa política, o aluno com altas habilidades/superdotação apresenta potencial elevado em qualquer uma das áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes (BRASIL,2008). Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a estimativa é que 3,5 a 5% da população brasileira apresente indicadores de altas habilidades/superdotação.

Para melhor compreensão do significado de altas habilidades/ superdotação é necessário entender sobre as Inteligências Múltiplas de Gardner, que conduzem a uma visão diferente sobre a educação. É imprescindível que o professor também tenha conhecimento sobre a Inteligência Plena, de Sternberg (2003), que diz que a inteligência plena é a interação entre as capacidades criativa, prática e analítica, onde os indivíduos plenamente inteligentes manifestam suas habilidades, adaptando-se, modificando e selecionando os ambientes por meio do uso harmonioso de suas capacidades. Também é importante conhecer o conceito de inteligência sob o ponto de vista de Piaget e Vygotsky e a Concepção de Superdotação dos Três Anéis de Joseph Renzulli.

A educação deveria responder as diferenças garantindo que cada aluno pudesse maximizar o seu potencial, mas devido a muitos fatores ou desconhecimento por parte da equipe pedagógica, os alunos com altas habilidades/superdotação na maioria das vezes não identificados ou, identificados como alunos com baixo rendimento escolar devido a seu rendimento escolar abaixo da média, pois para ele a escola não é um ambiente saudável. Pode ocorrer de o aluno sofrer bullyng por se destacar em alguma atividade na escola, em função dessa exclusão ele se sentir rejeitado e limitar sua real potencialidade.

O objetivo desse estudo é conhecer ou reconhecer quem são esses alunos na escola e oferecer a eles um atendimento educacional adequado, como é previsto pela Legislação vigente no país

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através da Constituição Federal (1988), Leis de Diretrizes e Bases 9396 (1996) e algumas Resoluções que normatizam o atendimento ao aluno com necessidades educativas especiais no ensino regular.

A identificação desses alunos é difícil, mas importante para que eles possuam o atendimento educacional especializado em direito, adequado as suas peculiaridades. Portanto, o presente trabalho foi estruturado em tópicos: o primeiro tópico é sobre a relação entre inteligência e altas habilidades, o segundo trata da inclusão escolar e os benefícios aos alunos com altas habilidades/superdotação, o terceiro tópico diz respeito aos caminhos para a inclusão, o quarto tópico trata da identificação do aluno com altas habilidades/superdotação e a importância do professor no processo de identificação e, para finalizar, o último tópico apresenta as considerações finais.

2 A RELAÇÃO DAS ALTAS HABILIDADES /SUPERDOTAÇÃO E A INTELIGÊNCIA

O aluno com altas habilidades/superdotação apresenta um elevado potencial em algumas atividades, para compreender esse aluno é necessário compreender o conceito de inteligência. Não existe um consenso sobre o que é inteligência. Portanto, o conceito de altas habilidades/superdotação não é unânime. Há indícios que possibilitam refletir sobre os indicadores e características apresentadas por esse alunado, na tentativa de explicar a dinâmica de aprendizado desses alunos em uma ou mais áreas específicas (COCCIA,2016).

No âmbito escolar, o estudo da inteligência ganhou maior importância pela necessidade da informação e aprendizagem, com o avanço da ciência e tecnologia. O conceito de inteligência interfere diretamente no conceito de superdotação, varia de acordo com a cultura (BECKER,2016). Diante disso, a inteligência é mais fácil ser reconhecida do que definida. Inicialmente, o estudo da inteligência era centrado em sua avaliação e possibilidade de mensuração, a preocupação era em medir e não em definir o conceito de inteligência (SABATELLA,2005).

Uma das grandes contribuições sobre o desenvolvimento humano foi realizado por Jean Piaget, epistemólogo suíço que buscou explicar o desenvolvimento intelectual através das mudanças no desenvolvimento no funcionamento cognitivo. Piaget foi um dos pioneiros a indicar uma teoria interativa da inteligência. Para ele, o desenvolvimento cognitivo depende da contribuição genética e do meio ambiente que o sujeito está inserido (VIRGOLIM,2014, p.42).

Davis e Oliveira (2010) apontam que a teoria de Piaget parte de uma concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de troca de organismo vivo e meio ambiente. O alicerce dessa teoria é a noção de equilíbrio, onde qualquer ser vivo procura manter um estado de equilíbrio ou adaptação com seu meio, promovendo diversas formas para superar as perturbações

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na relação que ele estabelece com o meio. O desenvolvimento cognitivo acontece através de constantes desequilíbrios e equilibrações. Quando ocorre o desequilíbrio, dois novos mecanismos são acionados, o primeiro recebe o nome de assimilação e o segundo de acomodação.

Do mesmo modo, outra contribuição ao estudo da inteligência foi do psicólogo russo Lev Vygotsky, que se baseia “na concepção de um organismo ativo, cujo pensamento é construído paulatinamente em um ambiente que é histórico e, em essência, social (DAVIS; OLIVEIRA,2010, p.56). Vygotsky acreditava que a aquisição do conhecimento se dá através da experiência mediada pela vivencia da criança na sociedade. A aquisição das funções mentais superiores está enraizada no uso dos instrumentos físicos e simbólicos, com quais as crianças entra em contato no curso de seu desenvolvimento e que aprende a dominar no processo de socialização.

Howard Gardner, com o apoio de diversos pesquisadores, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas. Para ele a inteligência é “a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais; logo os testes de inteligência devem ser apresentados por meios adequados a cada tipo de inteligência’’ (GARDNER,1999, p.46). A Teoria das Inteligências Múltiplas focaliza os potenciais humanos e não habilidades fixas, e percebe a superdotação como capacidade de domínio especifico (VIRGOLIM,2014).

A respeito disso, Gardner (1995, p.50) afirma que:

A inteligência é um potencial biopsicológico. O fato de um indivíduo ser ou não considerado inteligente e em muitos aspectos é um produto em primeiro lugar de sua herança genética e de suas propriedades psicológicas, variando seus poderes cognitivos ás suas disposições de personalidade.

Para Gardner, as inteligências são independentes, podendo existir duas ou mais que aparecem mais que as outras, o aluno pode ser muito bom em algumas áreas e péssimo em outras. Cada inteligência está ligada a uma área do cérebro e esta pode ser estimulada e desenvolvida. As inteligências descritas inicialmente por ele são: inteligência linguística, inteligência musical, inteligência espacial, inteligência corporal-cinestésica, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência naturalista.

Robert Sternberg e Helena Grigorenko (2003) definem em seu livro Inteligência Plena, a inteligência como:

O conjunto das capacidades necessárias para o indivíduo obter sucesso na vida, independentemente de como o defina, em seu contexto sociocultural. As pessoas são plenamente inteligentes quando reconhecem suas forças e aproveitam-na ao máximo, ao mesmo tempo em que reconhecem suas fraquezas e descobrem

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maneiras de corrigi-las ou de compensá-las. As pessoas plenamente inteligentes se adaptam a, modificam e selecionam ambientes por meio de emprego equilibrado das capacidades analíticas, criativas e práticas (STERNBERG; GRIGORENKO, 2003, p. 16).

O primeiro elemento da Inteligência Plena é o conjunto de capacidades necessárias para o sujeito obter sucesso em sua vida, independentemente do que ele defina como sucesso. Existem muitas pessoas com sucesso acadêmico que não conseguem colocar em prática seu discurso acadêmico; enquanto isso, outros que não eram brilhantes academicamente são excelentes profissionais. Diante disso, Sternberg e Grigorenko (2003, p. 16-17) pontuam que “a inteligência acadêmica não está, necessariamente, correlacionada de forma negativa com sucesso”.

Outro elemento da Inteligência Plena é a capacidade de reconhecer e aproveitar ao máximo as suas capacidades, não existe fórmula pronta para o sucesso, cada sujeito encontra seu caminho. Também é importante saber reconhecer e corrigir suas fraquezas. Por isso, outro elemento da Inteligência Plena é a capacidade de adaptar-se, modificar e selecionar ambientes. A Inteligência Plena envolve um equilíbrio entre adaptação, modificação e seleção (STERBERG; GRIGORENKO,2003).

Joseph S. Renzulli entrou no cenário das pesquisas no final da década de 1960 e início de 1970, através da observação ajudou a esboçar a Concepção da Superdotação dos Três Anéis e o Modelo Triádico de Enriquecimento. Renzulli (2004) explica que a literatura sobre superdotados e talentosos definia duas finalidades aceitas para oferecer Educação Especial a esses alunos: a primeira é a oportunidade para maior crescimento cognitivo e auto realização; a segunda é aumentar a reserva social de pessoas talentosas que ajudarão a resolver problemas da sociedade contemporânea, sendo produtores de conhecimento e não apenas consumidores das informações existentes.

Considerando a interação desses dois objetivos, a educação de superdotados seria para aumentar a reserva de adultos criativos e produtivos. Esta conclusão tem implicações importantes e leva Renzulli (2004) propor a diferença entre dois tipos de superdotação: a escolar ou acadêmica, por um lado, e a produtivo-criativa, por outro. Diante disso, Renzulli descreve brevemente o que é superdotação escolar ou acadêmica e a superdotação criativo-produtiva:

O primeiro eu chamo de alta realização ou superdotação escolar, referindo-me aos alunos que são bons aprendizes de lições no desempenho escolar tradicional. O segundo é superdotação criativo-produtiva, que se refere aos traços que os inventores, designers, autores, artistas, e outros aplicam a áreas especificas do capital econômico, cultural e social. Estes dois tipos de superdotação não são mutuamente exclusivos, mas a distinção é importante devido as implicações para

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as formas pelas quais desenvolvemos comportamentos superdotados em contextos educacionais (RENZULLI, 2018, p.22-23).

A Concepção de Superdotação dos Três Anéis tem como objetivo mostrar as dimensões do potencial humano para a produtividade criativa. O nome resulta da estrutura conceitual da teoria, isto é, três conjuntos de traços que interagem (habilidade acima da média, compromisso com a tarefa e criatividade) e suas relações específicas e gerais do desempenho humano. Um dos aspectos dessa teoria é que a interação entre os conjuntos de traços, através de uma situação problema, desencadeia condições para o processo criativo começar (RENZULLI,2018, p.16).

Renzulli (2018, p.32) enfatiza que a filosofia por trás da Concepção dos Três Anéis é o comprometimento com a tarefa e criatividade, que são fundamentais para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos superdotados, que podem ser “despertados para o desafio” de maneiras inesperadas ou em momentos inesperados, se o ambiente for adequado.

3 A INCLUSÃO ESCOLAR E OS BENEFÍCIOS AOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 17-18).

A sala de recursos é um serviço de apoio pedagógico, de caráter diversificado, oferecido no Ensino Regular, no contra turno em que o aluno está matriculado. O professor é especialista em Educação Especial, o espaço deve ser adequado e equipado com materiais adequados para o desenvolvimento das atividades. A sala de recursos enriquece os conteúdos do currículo formal e apresenta temas pertinentes e do interesse dos alunos. Contempla através da metodologia diferenciada, as reivindicações de uma escola inclusiva, democrática e para todos.

Em 2003, o Conselho Estadual de Educação do Paraná, começou a orientar e fixar normas para a Educação Especial, e definiu o atendimento apara alunos com altas habilidades e/ou superdotação:

Será ofertado atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de: [...] superdotação/altas habilidades que, devido às necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento e/ou aprofundamento curricular, assim como aceleração para concluir, em menor

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tempo, a escolaridade, conforme normas a serem definidas por Resolução da Secretaria de Estado da Educação (PARANÁ, 2003, p. 15).

Para auxiliar no processo educativo existe a sala de recursos, que suplementa ou complementa o atendimento educacional especializado realizado em classes comuns da educação básica. O atendimento pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos com necessidades educacionais especiais (PARANÁ, 2003, p. 17).

Os alunos com altas habilidades e/ou superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (BRASIL, 2008). O sistema educacional deve garantir ao aluno com altas habilidades/ superdotação apoio ao processo de escolarização, da educação básica ao ensino superior, garantindo apoios especializados para que desenvolvam ao máximo suas potencialidades.

A sala de recursos é fundamental apoio a inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais, tem um papel importante na vida desses alunos, pois houve falha no sistema educacional, que proporcionou a diferenças ao longo da sua caminhada.

Através do surgimento da Lei de Diretrizes e Bases para o ensino regular, nº 5.692/71, o tratamento para os alunos com deficiências múltiplas, e os que se encontrem em atraso considerável com relação à sua idade regular, faz com que a organização da Educação Especial seja comum nos dias atuais. Daí por diante inicia-se o processo de inclusão no Brasil, na década de 1980, onde os alunos passaram a receber educação igualitária, em conjunto com os ditos "normais". Muitos educadores não possuíam orientação adequada para o processo de inclusão e alfabetização de alunos portadores de deficiências.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 define no art. 58, que "a educação especial como modalidade de educação escolar, deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para os educandos com necessidades especiais". No seu art. 59 preconiza que os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos "currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades" e a aceleração de estudos para que alunos superdotados possam concluir em menor tempo o programa escolar. O artigo 24 evidencia a "possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação de aprendizado", como uma tarefa da escola.

A identificação e o diagnóstico são primordiais para assegurar os direitos dos alunos com altas habilidades/superdotação, bem como ofertar as condições para o desenvolvimento pleno de

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suas capacidades em seu ambiente de aprendizagem. O talento humano e suas capacidades são desenvolvidas e expressas em produção superior, desde que o potencial seja identificado, acompanhado e enriquecido com estímulos nesse contexto. O professor é fundamental para a identificação desse alunado e a escola deve garantir o aprofundamento do conhecimento de cada um desses alunos (SANTANA,2017).

4 CAMINHOS PARA A INCLUSÃO

As diferenças entre os indivíduos não ficam restritas a características físicas, envolve a cultura e o meio em que vivem. No entanto, os indivíduos com algum tipo de deficiência são marginalizados, discriminados, pois fogem ao padrão de normalização da maioria dos indivíduos. Mas eles têm direito a um atendimento educacional especializado, para uma educação de qualidade, nesse contexto enquadram-se os alunos com altas habilidades/superdotação, pois eles têm exigências próprias em seu processo de educação escolar.

Segundo Mantoan (2016), a inclusão está ligada a movimentos sociais, que exigem maior igualdade no acesso a bens e serviços, mas a inclusão propõe a desigualdade de tratamento como forma de restituir uma igualdade que foi rompida por formas segregadoras de ensino especial e regular. Para ela, os alunos não deverão ser desvalorizados e inferiorizados por suas diferenças, seja nas escolas comuns, seja nas escolas especiais.

A inclusão escolar tem sido mal interpretada, mas sem mudanças não existem garantias aos alunos de prosseguirem seus estudos, segundo a capacidade de cada um, sem discriminação ou espaços separados de educação. Inclusão escolar não significa apenas matricular esses alunos na rede regular de ensino, é necessário profissionais preparados e ambiente adequado para o sucesso desse processo. A inclusão escolar é o motivo e a consequência de uma educação de qualidade e aberta às diferenças. O ambiente escolar é um lugar privilegiado para reconhecer e valorizar as diferenças.

O ensino de qualidade é um direito de todos os alunos, de acordo com Pietro (2016), a escola tradicional não tem condições de responder aos desafios da inclusão social e ao acolhimento às diferenças, ela é apenas a escola transmissora de conhecimentos e valores inquestionáveis. A inclusão escolar, na maioria das vezes, tem se restringido a garantia de vagas para alunos com necessidades educativas especiais em classes comuns, isso é um obstáculo para uma educação de qualidade a todos. Os alunos com altas habilidades/superdotação acabam sendo invisíveis no sistema escolar, são alunos que geralmente não apresentam problemas de aprendizagem, alguns

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podem ser confundidos como hiperativos, uma vez que a escola não é um ambiente que o atraia a sua atenção, ou sofrem bullyng por se destacarem nas tarefas propostas pelos professores.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL,2001,p.49), recomenda que para o atendimento educacional dos superdotados é necessário: organizar os procedimentos de avaliação pedagógica e psicológica de alunos com características de superdotação; prever a possibilidade de matrícula do aluno com série compatível ao seu desempenho escolar, levando em conta sua maturidade sócio emocional; cumprir a legislação quanto ao atendimento suplementar para aprofundar e/ou enriquecer o currículo; a aceleração/avanço, regulados pelos sistemas de ensino, permitindo a conclusão da educação Básica em menor tempo; o registro do procedimento adotado em ata da escola e no dossiê do aluno; incluir no histórico escolar as especificações cabíveis e incluir o atendimento educacional ao superdotado nos projetos pedagógicos e regimentos escolares, através de convênios com instituições de ensino e outros segmentos da comunidade.

Para que o ambiente escolar seja inclusivo, é necessário que a escola proporcione ações que favoreçam as interações sociais, definindo em seu currículo práticas heterogenias e inclusivas. É no Projeto Político Pedagógico (PPP) que a escola se posiciona com relação a uma educação de qualidade para todos alunos. A escola consciente de sua função coloca-se a disposição do aluno, tornando-se um espaço inclusivo (BRASIL,2001).

5 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO E NA IDENTIFICAÇÃO DOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

O professor tem papel fundamental na identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação, portanto é necessário que ele compreenda que essas mentes brilhantes não nasceram inteiramente prontas, é tarefa do professor conhecer os interesses dos alunos, seu conhecimento real e potencial, seus pontos fortes e fracos, oportunizando um ambiente ideal para o desenvolvimento de suas potencialidades e ajudá-lo a se tornar um adulto equilibrado e saudável (COCCIA,2016).

No entanto:

A formação continuada do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com a qualidade de ensino que, nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos a elaborar e implantar novas propostas e práticas de ensino para responder as características de seus alunos, incluindo aquelas

evidenciadas pelos alunos com necessidades educacionais especiais

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Para que a inclusão dos alunos com altas habilidades/superlotação se torne viável as mudanças na prática pedagógica são importantes, mas é necessário que os professores participem da elaboração do projeto político pedagógico efetivamente, promovendo as mudanças necessárias para o enriquecimento escolar, com a finalidade de ajustar o ensino ao desenvolvimento real dos alunos. Se o aluno com altas habilidades/superdotação estiver muito acima do nível da turma, existe a possibilidade de aceleração de estudos, uma alternativa que busca a adequação social e escolar do aluno (FLEITH, 2007).

O professor deve compreender que o aluno com altas habilidades/superdotação é aluno da escola, o seu conhecimento sobre esse aluno é fundamental para a organização do trabalho pedagógico, os alunos têm mais facilidade quando estão inseridos num ambiente motivador, saudável. O professor é a principal ferramenta de mediação no processo de ensino aprendizagem do aluno, estimulando o aluno para seu desempenho seja o mais satisfatório, estimulando ao máximo as potencialidades do aluno. Portanto, a inclusão do aluno com altas habilidades/superdotação está na mudança de atitude do professor, das pessoas que estão inseridas no ambiente escolar, proporcionado ao aluno um ambiente saudável para seu pleno desenvolvimento.

Os alunos com altas habilidades/superdotação buscam novos desafios e respondem satisfatoriamente a novas práticas pedagógicas, assim encontram estímulos adequados para o desenvolvimento de suas potencialidades. Uma das características desses alunos é a dificuldade de permanecer em tarefas repetitivas e rotineiras, gostam de desafios, fazem muitas perguntas, é receptivo a atividades novas. As metodologias utilizadas podem e devem ser aplicadas ao aluno comum, enriquecendo o processo educacional, pois cada aluno é singular e é tarefa do professor ter a sensibilidade para a singularidade de cada um (BRASIL,1985).

Conforme Basmage e Geraldi (2013), os alunos portadores de altas habilidades/superdotação tem desempenho acima da média em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade geral ou intelectual (pensamento rápido, pensamento abstrato, curiosidade intelectual, compreensão e memória elevadas, grande potencial de observação);aptidão acadêmica específica (atenção, concentração, capacidade de produção acadêmica e desempenho excepcional na escola);pensamento criativo ou produtivo (capacidade de resolução de problemas de maneira diferenciada, originalidade do pensamento, capacidade de perceber um tópico de diversas maneiras); capacidade de liderança (sensibilidade interpessoal, grande poder de persuasão, atitudes cooperativas, capacidade de resolver situações sociais complexas);talento especial para artes (excelente desempenho em artes plásticas, dramáticas, literárias ou cênicas); capacidade

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psicomotora (desempenho de alto rendimento em esportes e atividades físicas, velocidade, agilidade, força, resistência, controle e coordenação motora grossa e fina).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houveram avanços nas políticas educacionais em relação aos direitos dos alunos com necessidades educativas especiais, entre eles, os alunos com indicativos de altas habilidades /superdotação. Existe um despreparo do profissional de educação para identificá-los e, existe uma descontinuidade no atendimento educacional quando esse aluno avança no ensino superior. Embora a Educação Especial tenha uma ampla abrangência, o atendimento aos alunos com altas habilidades/ superdotação é menor se comparado a outras necessidades educativas especiais.

No Brasil, os alunos com altas habilidades/superdotação são na maioria das vezes incompreendidos, e há poucos programas que visam suprir suas necessidades e explorar ao máximo suas potencialidades. Agora cabe aos profissionais da educação buscar a formação continuada para que esses alunos tenham atendimento educacional especializado e com diagnóstico correto, pois atualmente eles são confundidos com outras deficiências, ou são invisíveis no ambiente escolar, ou sofrem bullyng por parte da comunidade escolar.

Um dos grandes vilões para a falta de atendimento educacional especializado aos alunos com altas habilidades/superdotação é a falta de informações e capacitação adequada aos profissionais da educação, sendo assim não é possível mensurar o que a humanidade está deixando de descobrir em pesquisas cientificas, artistas, atletas, entre outros seres humanos fantásticos, que não são identificados no ambiente escolar.

A identificação precoce é importante para que os alunos com altas habilidades/superdotação tenham o Atendimento Educacional Especializado no início de sua escolarização, transformando o contexto escolar num ambiente propício ao seu desenvolvimento pleno. No entanto é necessário desmitificar algumas crenças, visto que esses alunos não desenvolvem sozinhos, às vezes, sua habilidade é apenas em uma área e necessita de acompanhamento para desenvolver as demais. A maior dificuldade hoje no contexto escolar é a visão de Educação Especial apenas para aqueles que tem dificuldade de aprendizagem, deixando a desejar nos alunos com facilidades.

Dessa forma, destacamos a importância do professor no contexto escolar, apontamos que ele não está sozinho nesse processo de identificação, a família, os colegas e todos os que convivem com esses alunos dentro e fora da escola ajudam a visualizar os indicativos de altas habilidades/superdotação. Não é um processo fácil e rápido, geralmente o aluno é acompanhado por uma equipe multidisciplinar por vários meses para obter o parecer de indicativo de aluno com altas

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habilidades/superdotação. A partir dessa identificação o aluno têm direito ao Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncional para Altas Habilidades em contra turno escolar, a aceleração dos estudos e o enriquecimento do currículo em sala de aula regular. Esses são alguns direitos garantidos por lei.

Os professores precisam conhecer e estar preparados para identificar corretamente esses alunos e não correr o risco de identificá-lo como hiperativo ou com outra especificidade. Após a identificação, é importante oferecer condições para realizar um trabalho que desenvolva o potencial desses alunos, conduzindo ao sucesso e não ao fracasso escolar. O professor é essencial para promover uma interação saudável com os colegas, ajudando assim as interações e a integração no ambiente escolar.

REFERÊNCIAS

BECKER, Jaqueline. Inteligência e aprendizagem. - Curitiba,2016. Material didático da disciplina de Inteligência e aprendizagem- Faculdade São Braz (FSB),2016.

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. MEC/SEESP, Brasília, 2008.

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Referências

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