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Mortalidade por causas externas em idosos no Distrito Federal - Brasil : 2000-2010

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Academic year: 2017

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Stricto Sensu em Gerontologia

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO DISTRITO

FEDERAL- BRASIL: 2000-2010

Brasília - DF

2012

(2)

TATIANA QUEIROZ COELHO

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO DISTRITO FEDERAL - BRASIL: 2000-2010

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientadora: Profa Dra Maria Liz Cunha de Oliveira

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB 07/03/2012

C672m Coelho, Tatiana Queiroz.

Mortalidade por causas externas em idosos no Distrito Federal – Brasil: 2000-2010. / Tatiana Queiroz Coelho – 2012.

89f. : il.; 30 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2011.

Orientação: Maria Liz Cunha de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

À minha querida filha, Maria Luisa, meu maior presente de Deus, pelas horas de ausência em seus primeiros anos de vida.

Ao meu amado esposo Rogério pelo companheirismo e paciência. Aos meus pais, Jacson e Denize, pelo incentivo e carinho.

À minha orientadora, Profa. Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira, pela confiança em mim depositada, amizade e contribuição científica.

À Profa. Dra. Izabel Cristina, que contribuiu com meu desenvolvimento científico de forma especial.

À Secretaria de Estado de Saúde do DF, instituição onde trabalho e lugar onde foi realizado o estudo, pela confiança e incentivo à pesquisa.

Aos membros da banca examinadora, Profa. Dra. Lucy Gomes Viana e Prof. Dr. Luzitano Brandão Ferreira, por terem aceitado o convite e contribuído com a pesquisa.

À Universidade Católica de Brasília, pela oportunidade de crescimento intelectual e profissional.

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“Na velhice e até os cabelos brancos,

ó Deus, não me abandoneis,

a fim de que eu anuncie à geração presente a força do vosso braço, e vosso poder à geração

vindoura”.

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RESUMO

REFERÊNCIA: COELHO, Tatiana Queiroz. Mortalidade por Causas Externas em Idosos no Distrito Federal – Brasil: 2000 – 2010. Dissertação (Gerontologia). Universidade Católica de Brasília, 2012.

Estudos epidemiológicos sobre mortalidade têm mostrado grande incidência de mortes em

idosos por Causas Externas. Eles estão expostos a “acidentes e violências” como

atropelamentos, agressões, quedas, ocasionando complicações, que freqüentemente levam a morte, devido à maior vulnerabilidade do idoso, decorrente das limitações e debilidades físicas e/ou psicológicas, comuns da senilidade. O envelhecimento populacional em curso sugere que essas ocorrências devam aumentar consideravelmente nos próximos anos, ou seja, com o aumento da longevidade, mais idosos estarão expostos, o que torna relevante a realização de estudos sobre agravos de morbidade e mortalidade conseqüentes das causas externas. O objetivo do estudo foi verificar as principais causas de óbitos por causas externas em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes no DF, no período de 2000 a 2010. Conhecer os principais grupos de causas dos óbitos por causas externas e analisar as variáveis que influenciaram na incidência de mortalidade. A metodologia utilizada foi de um estudo epidemiológico descritivo/quantitativo no qual foram analisadas as mortes por Causas Externas, utilizando dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM, retirados do atestado de óbito, disponíveis na Diretoria de Vigilância Epidemiológica - Centro de Informação e Análise de Dados em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde – SES/DF. Os resultados obtidos foram: 51.863 óbitos de indivíduos com 60 anos ou mais, sendo que 2223 idosos (4,3%) faleceram devido a uma causa externa. A distribuição do coeficiente por causas externas, conforme o sexo do idoso variou de 178,59/100mil (ano 2000) a 205,93/100 mil (ano 2010) habitantes nos indivíduos de sexo masculino e de 72,22/100mil a 104,77/100mil habitantes de sexo feminino. A razão entre os coeficientes dos sexos apresentou valor mínimo de 1,42 em 2005 e máximo de 2,47 em 2000. As “outras causas de lesões acidentais”, em

especial as quedas, apresentaram os maiores coeficientes de mortalidade, quando comparados às demais causas externas, e os coeficientes aumentaram consideravelmente, passando de 41,96/100mil habitantes (ano 2000) a 77,42/100mil (ano 2010). Os “acidentes de transporte”,

em especial os atropelamentos, foram a segunda principal causa de morte por causas externas, com coeficientes variando de 43,78/100mil habitantes (ano 2000) a 40,48/100mil (ano 2010).

Os “acidentes de transporte” acometem mais os idosos com 70 a 79 anos do que nas outras

faixas etárias com coeficiente mínimo de 31,57/100 mil habitantes em 2007 e máximo de 75,37/100mil em 2003. Por sua vez, as “outras causas de lesões acidentais” atingiram

significativamente os indivíduos de 80 anos e mais, independente do ano, quando comparadas com as demais faixas etárias, com coeficientes variando entre 231,63/100mil habitantes em 2007 e máximo de 497,55/100mil em 2006. Contudo, se fazem necessários mais estudos sobre mortalidade por causas externas, para melhor identificação dos principais agravos que afetam o idoso e fornecer dados para o planejamento de ações que favoreçam a sobrevida da população.

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ABSTRACT

Epidemiological studies on mortality have shown a high incidence of deaths from external causes in the elderly. They are exposed to "accidents and violence" as road kill, assaults, falls, causing complications that often lead to death due to the greater vulnerability of the elderly, due to the limitations and physical and /or psychological disabilities common on senility. Population aging in progress suggests that such occurrences should increase considerably in coming years, ie, with increasing longevity, older people will be exposed, which makes it relevant to studies of diseases of morbidity and mortality resulting from external causes. The aim of this study was to determine the main causes of deaths from external causes in people aged over 60 years living in the Federal District, Brazil, between 2000 and 2010. Know the main groups of causes of deaths by external causes and analyze the variables that influence the incidence of mortality. The methodology used was a descriptive/quantitative epidemiological study in which we analyzed deaths from external causes, using data from the Mortality Information System - SIM obtained from the death certificate, available on the Department of Epidemiological Surveillance - Center for Information and Analysis Data in Health, the State Department of Health - SES/DF. The results were in a total of 51,863 deaths of individuals aged 60 years or more, 2,223 (4.3%) died due to an external cause. The distribution coefficient due to external causes, by gender of the elderly ranged from 178.59/100,000 inhabitants (year 2000) to 205.93/100,000 inhabitants (year 2010) considering men and from 72.2/100,000 to 104,77/100,000 considering women. The ratio between the coefficients of the genders showed a minimum value of 1.42 in 2005 and a maximum of 2.47 in 2000. The "other causes of accidental injury", especially the falls, had the highest mortality rates when compared to other external causes, and the coefficients increased considerably, from 41.96/100,000 inhabitants (year 2000) to 77.42/100,000 inhabitants (year 2010). The "traffic accidents", especially involving pedestrians, were the second leading cause of death for external causes, with coefficients ranging from 43.78/ 100,000 inhabitants (year 2000) to 40.48/100,000 inhabitants (year 2010). The "traffic accidents" involve more seniors with 70 to 79 years than in other age groups with a minimum coefficient ranging from 31.57/100,000 inhabitants in 2007 to a maximum of 75.37/100,000 in 2003. In turn, the "other causes of accidental injury" were the main cause of death on individuals with 80 years and older, regardless of the year, compared with other age groups, with coefficients ranging from 231.63/100,000 inhabitants in 2007 and a maximum of 497.55/100,000 in 2006. However, more studies are needed on mortality from external causes, for better identification of the major diseases affecting the elderly and provide data for planning actions to promote additional life time to elder population.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável.

Distrito Federal, 2000 a 2010 ... 38 Tabela 2 - Distribuição do número de óbitos ocorridos por causas externas em idosos

segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010... 42 Tabela 3 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo o tipo de causa (externa ou outra) e a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010... 46 Tabela 4 - Distribuição dos óbitos ocorridos em idosos segundo o grupo de causa externa e a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010. ... 50 Tabela 5 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade por causas

externas em idosos (por 100.000 habitantes), segundo a faixa etária e o ano. Distrito

Federal, 2000 a 2010... 55 Tabela 6 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade por causas

externas em idosos (por 100.000 habitantes), segundo o sexo e o ano. Distrito Federal,

2000 a 2010... 56 Tabela 7 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade (por 100.000 habitantes) em idosos segundo o grupo de causa e o ano. Distrito Federal, 2000 a

2010... 57 Tabela 8 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade em idosos (por 100.000 habitantes), segundo o tipo de outras causas de traumatismos acidentais e o ano. Distrito Federal, 2000 a 2010... 58 Tabela 9 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade em idosos (por 100.000 habitantes), segundo o tipo de acidente de transporte e o ano. Distrito Federal,

2000 a 2010... 59 Tabela 10 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade em idosos

(por 100.000 habitantes), segundo o grupo de causa externa, a faixa etária e o ano.

Distrito Federal, 2000 a 2010... 60 Tabela 11 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade em idosos

(por 100.000 habitantes), segundo o grupo de causa externa, o sexo e o ano. Distrito

Federal, 2000 a 2010... 62 Tabela 12 - Distribuição do número de óbitos e coeficientes de mortalidade em idosos

(por 100.000 habitantes), segundo a Região Administrativa e o ano. Distrito Federal,

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CID – Classificação Internacional de Doenças

CIADS - Centro de Informação e Análise dos Dados em Saúde CODEPLAN – Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central COB – Classificação Brasileira de Ocupação

CBCD – Centro Brasileiro de Classificação de Doenças CENEPI – Centro Nacional de Epidemiologia

DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DVE – Departamento de Vigilância Epidemiológica

DETRAN – Departamento de Trânsito DF – Distrito Federal

DIVEP – Diretoria de Vigilância Epidemiológica DO – Declaração de Óbito

FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IML – Instituto Médico Legal MS – Ministério da Saúde

OMS – Organização Mundial de Saúde ONU – Organização das Nações Unidas SES – Secretaria de Estado de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 Justificativa e Relevância ... 14

2 OBJETIVOS ... 16

2.1 Objetivo Geral ... 16

2.2 Objetivos Específicos ... 16

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

3.1 Envelhecimento ... 17

3.1.1 Definição ... 17

3.1.2 Conceito de Idoso ... 17

3.1.3 Principais Modificações Físicas e Psicológicas que ocorrem no Idoso... 18

3.2 Mortalidade no Idoso ... 20

3.2.1 Mortalidade por Causas Externas no Brasil e Distrito Federal ... 20

3.2.2 Causas Externas mais Freqüentes ... 21

3.3 Sistema de Informação de Mortalidade ... 24

3.3.1 Documento Padrão ... 26

3.3.2 Fluxo de Informação de Mortalidade ... 27

3.3.3 Limitações do Sistema de Informação de Mortalidade ... 28

3.3.4 Qualidade da Informação... 28

3.3.5 Considerações Gerais da CID – 10 ... 29

4 MATERIAIS E MÉTODOS ... 30

4.1 Tipo de Estudo ... 30

4.2 Descrição da Área Estudada ... 30

4.3 População e Amostra ... 30

4.3.1 Critérios de Inclusão ... 31

4.3.2 Critérios de Exclusão ... 31

4.4 Coleta de Dados ... 31

4.5 Análise dos Dados ... 31

4.5.1 Definição de Termos e Variáveis ... 31

4.5.2 Taxas e outras Medidas Empregadas... 32

4.5.3 Variáveis ... 33

4.6 Aspectos Éticos da Pesquisa ... 36

5 RESULTADOS ... 37

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5.2 Coeficientes de Mortalidade ... 55

6 DISCUSSÃO ... 65

7 CONCLUSÃO ... 73

REFERÊNCIAS ... 76

ANEXOS ... 81

Anexo A: Declaração de Óbito ... 81

Anexo B: Óbitos no Distrito Federal ... 82

Anexo C: Fluxo da Declaração de óbito em locais onde não há médico ... 83

Anexo D: Fluxo de Distribuição do Documento Padrão ... 84

Anexo E: Fluxo de Informação em Óbitos Hospitalares ... 85

Anexo F: Regiões Administrativas e Lei da Criação ... 86

Anexo G: Mapa da Distribuição Territorial do Distrito Federal - 2004 ... 87

Anexo H: Parecer do CEP ... 88

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil vem experimentando, nas últimas décadas, modificações na estrutura etária de sua população, e uma das conquistas mais importantes entre essas mudanças é, sem dúvida, o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos de idade, tanto em valores relativos como em valores absolutos.

Considerado um país de jovens, o Brasil chega ao século XXI com perspectiva de envelhecimento populacional, devendo situá-lo entre as nações do mundo com o maior número de idosos. Isso significa muito mais do que apenas indicadores estatísticos, pois resultam em profundas implicações políticas, sociais e no Sistema de Saúde (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010).

Segundo os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a proporção de óbitos de indivíduos com 60 anos ou mais, no país como um todo, passou de 37% em 1979 para 55% em 1999. No Distrito Federal (DF), essa proporção passou de 21% para 43% no mesmo período. As principais causas de óbitos são decorrentes de doenças relacionadas ao aparelho respiratório, neoplasias e causas externas, em ordem decrescente (IBGE, 2002).

O perfil de mortalidade entre os idosos tem mostrado grande incidência de mortes por causas externas. Eles são expostos a acidentes e violências como atropelamentos, agressões, quedas, e os altos índices de complicações ocasionam a morte, devido a maior vulnerabilidade do idoso, decorrente das limitações e debilidades físicas e/ou psicológicas, comuns da senilidade.

O envelhecimento populacional em curso sugere que essas ocorrências devam aumentar consideravelmente em nosso meio nos próximos anos, ou seja, com o aumento da longevidade, mais idosos estarão expostos a acidentes e violências, o que torna relevante a realização de estudos sobre agravos de morbidade e mortalidade conseqüentes das causas externas.

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uma assistência mais adequada às necessidades próprias dessa faixa etária e que possam impactar de maneira efetiva e concreta a redução da mortalidade. A análise da informação sobre as causas de morte é um caminho que deve ser cada vez mais explorado, pois permite ter uma visão completa das condições de saúde da população (VASCONCELOS, 2002).

Deste modo, a análise das informações de mortalidade permite avaliar o perfil epidemiológico atual da população por meio de sua estrutura e causas. Os dados de mortalidade proporcionam elementos de suma importância para o conhecimento dos níveis de saúde da população, além de fornecerem subsídios para o planejamento das ações das políticas de atenção à saúde dos distintos segmentos populacionais.

Para a divisão deste trabalho, nos capítulos a seguir tem-se a descrição do referencial teórico, que trata as definições de idoso, mortalidade no idoso, Sistema de Informação de Mortalidade (SIM); a seguir, são tratados os materiais e métodos para a execução dos estudos deste trabalho, e por fim, os capítulos de resultados e discussão.

1.1 Justificativa e Relevância

O envelhecimento populacional irá exigir alterações importantes em diversas áreas de atuação da sociedade. Como na velhice a manutenção da autonomia está intimamente ligada à questão de qualidade de vida, a sociedade tem trabalhado bastante esta questão, ampliando as redes sociais, incentivando a pratica de atividade física, como pilates, natação, musculação, ioga e outros. Assim, estamos diante de pessoas com 60 a 80 anos que continuam a viver, sair, caminhar, viajar, ir a bailes, portanto, ativos socialmente.

Nesse contexto os idosos de hoje estão sujeitos a uma morte não mais por doenças crônico degenerativas, infecções ou neoplasias, como há anos atrás, agora se agrega a isto as causas externas ao funcionamento de seu organismo.

Embora exista uma significativa contribuição de conhecimentos sobre mortalidade por Causas Externas, são poucos os trabalhos que buscam compreender como ocorre este fato no Distrito Federal. Portanto, a realização deste estudo se justifica buscando conhecer as Regiões Administrativas em que mais ocorrem mortes por Causas Externas.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Verificar as principais causas de óbitos por causas externas em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes no DF, no período de 2000 a 2010.

2.2 Objetivos Específicos

 Conhecer os principais grupos de causas dos óbitos por causas externas na população idosa no DF.

(18)

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Envelhecimento

3.1.1 Definição

Existem diversas teorias envolvidas no processo de envelhecer, no entanto, as transformações que são percebidas no organismo são decorrentes da interferência de diversas variáveis fisiológicas, socioeconômicas e do meio ambiente a que está exposto o indivíduo desde o nascimento. O envelhecimento é um processo dinâmico que leva ao declínio das funções do organismo com muitas variáveis de uma pessoa para outra (NERI, 1995).

Apesar de a maturação sexual ser reconhecida na literatura como um fator importante na biologia e a programação genética relacionada à longevidade, o envelhecimento não está apenas vinculado a aspectos biológicos. De forma mais complexa, deve-se levar em conta fatores sociais, econômicos e desenvolvimento científico, entre outros (NERI, 2001).

Nos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Parahyba (1998) e Carvalho e Andrade (2000) ao mesmo tempo em que caracterizam o processo de envelhecer como simples aumento de anos vividos, reconhecem a importância de fatores biopsíquicos e sociais importantes. Ambos ressaltam que a vida produtiva, os diferenciais de poder aquisitivo decorrentes da aposentadoria, bem como sexo e educação, são fatores determinantes no processo de envelhecimento (IBGE, 2002).

3.1.2 Conceito de Idoso

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Em 1982, na Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, em Viena, foi estabelecido que a idade de 60 anos é o limite inferior da etapa de envelhecimento (COSTA, 2004).

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a pessoa idosa como aquela com 60 anos de idade ou mais, em países em desenvolvimento, e de 65 anos ou mais os em países desenvolvidos (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2005).

A idade cronológica não é uma opção fidedigna para definir o idoso. As diferentes condições socioeconômicas, associadas aos aspectos culturais e de capacidade funcional, são importantes fatores determinantes na definição do idoso, no entanto, o critério cronológico tem sido utilizado mundialmente, inclusive pela OMS, por permitir melhor delimitação e análise (PARAHYBA, 1996).

3.1.3 Principais Modificações Físicas e Psicológicas que ocorrem no Idoso

O envelhecimento biológico traz uma série de alterações em diversos sistemas, as quais interferem na capacidade dos idosos de responderem e interagirem com o ambiente, podendo submetê-los a risco de traumas em suas Atividades da Vida Diária. Dentre as principais alterações comumente encontradas no idoso, Freitas (2002) destaca:

Visão: diminuição da acuidade visual, diminuição do campo visual periférico, lentidão na adaptação do claro e escuro, diminuição na acomodação, diminuição na noção de profundidade, diminuição na discriminação de cores, diminuição na capacidade de se adaptar ao ofuscamento.

Audição e Sistema Vestibular: presbiacusia (baixa audição), diminuição na discriminação de sons e percepção da fala; diminuição do equilíbrio com dificuldade em lidar com o autodeslocamento, em recuperar o equilíbrio em movimentos bruscos e em selecionar as informações sensoriais mais adequadas.

Tato e Propriocepção: diminuição da sensibilidade tátil na palma das mãos e na planta dos pés, na latência da sensibilidade dolorosa; diminuição da propriocepção articular.

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Sistema Conjuntivo: diminuição da elasticidade, aumento da rigidez articular com diminuição da amplitude de movimento, perda da elasticidade e da altura dos discos intervertebrais, aumento da cifose e perda da altura corporal.

Sistema Neurológico: lentidão no tempo de reação e lentidão no julgamento e no planejamento do ato motor e dos mecanismos antecipatórios, dificuldade na seleção de estratégias sensoriais e motoras do equilíbrio, déficit da memória de curto prazo.

Sistema Cardiopulmonar: diminuição da captação de oxigênio, aumento do diâmetro do tórax, diminuição da força dos músculos respiratórios e da elasticidade da caixa torácica, diminuição da atividade ciliar pulmonar com risco de infecções respiratórias; diminuição da circulação periférica, aumento da resistência vascular periférica com risco de lesões nos pés e edema de membros inferiores, diminuição da efetividade dos barorreceptores, ocasionando hipotensão ortostática.

Sistema Gastrointestinal: dificuldade na deglutição com queimação e refluxo, constipação crônica.

Sistema Genitourinário: incontinência urinária, aumento da freqüência e da urgência miccional; infecções urinárias de repetição.

Sistema Ósseo: diminuição da densidade óssea, alteração da microarquitetura óssea. As cartilagens também sofrem com o processo do envelhecimento. A menor resistência mecânica dessas estruturas está associada a um menor poder de agregação das protoglicanas, menor hidratação e alterações de colágeno (GUCCIONE, 2002).

Em face das alterações acima citadas, fica evidente que a capacidade do idoso de interagir com o meio ambiente fica comprometida. A diminuição da força muscular e da flexibilidade e o declínio do processo sensório motor, que altera a propriocepção e também as respostas ideais às tarefas, tornam o indivíduo dessa faixa etária mais vulnerável a acidentes e com risco de complicações, levando-o à morte. Cabe ainda ressaltar as mudanças de postura e na marcha, além da diminuição do equilíbrio, fatores contribuintes para o alto índice de quedas. Algumas limitações podem ser compensadas com intervenções, como, por exemplo, correções audiológicas, nos casos de déficits auditivos, e oftalmológicas, nas disfunções visuais, além de programas de exercícios físicos, entre outras (UMPHRED; LEWIS, 2001).

(21)

sistema nervoso central. No âmbito do envelhecimento, podem ser citadas as comorbidades como alterações da tireóide, diabetes, cardiopatias, demência e uso crônico de medicamentos. Além desses, os fatores psicossociais, como a aposentadoria, a mudança de papéis na sociedade e na família, os diversos tipos de perdas, falecimento de amigos, cônjuge e filhos, conduzem o idoso a um estado de isolamento, um dos principais fatores determinantes de depressão ou mesmo demência (CANINEU, 2007).

Assim, modificações descritas nos idosos confirmam sua fragilidade e vulnerabilidade, tornando-os susceptíveis a complicações, levando-os a morte. Existem várias causas de morte, sendo elas por motivos de doenças como neoplasias, afecções de sistemas, ou por causas externas, como mortes acidentais e violentas.

3.2 Mortalidade no Idoso

3.2.1 Mortalidade por Causas Externas no Brasil e Distrito Federal

O perfil de mortalidade tem mudado gradativamente no Brasil, apresentando aumento da proporção de óbitos em idosos em relação aos óbitos totais, bem como, o aumento de mortes por doenças crônico-degenerativas. No entanto, tais evidências apresentam-se de forma diferenciada nas diversas regiões geográficas brasileiras, de acordo com seu desenvolvimento social e econômico (PAES, 1998).

O IBGE em 2008 realizou estudo das estruturas de causas dos óbitos para a população como um todo. Nele foram confirmadas as diversas transformações nos padrões demográficos e epidemiológicos experimentadas no País. As doenças do aparelho circulatório constituem o principal grupo de causas de mortes no Brasil, seguido em ordem decrescente, no caso dos homens, pelas causas externas (acidentes e violências) e neoplasias. Entre as mulheres, o segundo grupo de causas de mortes foi o das neoplasias, acompanhado, em seguida, pelas doenças do aparelho respiratório (IBGE, 2010).

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diferente do evidenciado na população idosa, o que é facilmente entendido quando se confrontam as questões de nível de dependência do idoso e limitações físicas, além de questões mentais e psíquicas descritas no envelhecimento (PAPALÉO NETO, 2007).

3.2.2 Causas Externas mais Freqüentes

O Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, realizado em Genebra em 2002, indicou a violência e suas conseqüências como principal problema de saúde pública do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como o uso intencional de força física ou poder, ameaçado ou real, contra si próprio, outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulta ou tenha alta probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou de privação (KRUG, 2002).

Minayo (2003) descreve a violência aos processos, às relações sociais interpessoais, de grupos, de classes, de gênero, ou objetivadas, em instituições, quando empregam diferentes formas, métodos e meios de aniquilamento de outrem, ou de sua coação direta ou indireta, causando-lhes danos físicos, mentais e morais.

A epidemiologia evidencia os indicadores com os quais o sistema de saúde mede a magnitude das violências no cotidiano da vida, das instituições e do próprio Estado. Para isso usa o conceito de “Causas Externas”. As causas externas constituem uma categoria estabelecida pela OMS para se referir às mortes resultantes das agressões e dos acidentes, traumas e lesões (MINAYO, 2003).

Ambos os termos, “causas externas” e “acidentes e violências” devem ser usados

quando se tratar do impacto desses fenômenos sobre a saúde, pois se referem a resultantes e processos relacionados e ambos estão oficializados no documento de Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, do Ministério da Saúde (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

Farias e Oliveira (2007) ressaltam a importância do conhecimento dos óbitos por causas externas, uma vez que consideram essencial para a avaliação de tendências, acompanhamento do impacto das intervenções voltadas para a redução da violência e planejamento de ações de saúde e assistenciais.

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codificada de acordo com o Capítulo XX da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão (CID-10 acidentes de transporte, homicídio, suicídio, quedas, demais acidentes).

Para Oliveira e Souza (2007), essas orientações são importantes para o enfoque da prevenção. Não basta conhecer a natureza da lesão (hemorragia, lesão perfuro cortante, lesão perfuro contundente), é necessário especificar o tipo de agravo (homicídio por arma de fogo, queda da própria altura, atropelamento) que a ocasionou. Com base nessas informações, é possível identificar situações de vulnerabilidade social.

Segundo Bodachne (2002), as causas mais freqüentes de trauma físico no idoso são as quedas em ambiente domiciliar, atropelamentos, colisões, agressões, homicídios, suicídios, queimaduras, intoxicações, maus tratos, afogamentos e assaltos, visto que os idosos são considerados alvos fáceis.

De acordo com Minayo (2005), a ocorrência de vitimização por homicídio em idosos segue o padrão brasileiro dos outros grupos de idade, quando observados a partir da perspectiva de sexo: morrem mais homens que mulheres. Cerca de 10% dos idosos que morrem por violência são vítimas de homicídios.

Segundo relatório de análise criminal da Polícia Civil do Distrito Federal (2008), o crime de homicídio está descrito no caput do artigo 121 do Código Penal Brasileiro: “matar

alguém”. O ordenamento jurídico brasileiro tutela, de forma objetiva, a vida humana, portanto, qualquer ser humano com vida pode ser vítima de homicídio (DISTRITO FEDERAL, SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2008).

O homicídio pode ser classificado em duas modalidades: primário, em que há o

envolvimento de familiares ou conhecidos e/ou de uma situação passional; e não primário,

aquele ocorrido entre pessoas não íntimas, representando pelos homicídios premeditados ou programados (DISTRITO FEDERAL, SSP, 2008).

Além dos traumas citados, o suicídio deve ser tratado de forma cuidadosa. Segundo Canineu (2007), a prevalência da depressão é de cerca de 15% da população geral, e até 15% dos depressivos graves cometem suicídio.

(24)

Também no Brasil, as taxas de suicídio em idosos são muito mais significativas do que a média para a população, qual sendo (7/100.000) habitantes, duas vezes maior que a média da população (MINAYO, 2003).

Para Gordilho (2002), alguns traços psicossociais e clínicos são considerados fatores de risco para o suicídio como desesperança, pertencer à cor branca, sexo masculino, idade avançada, morar sozinho, antecedentes, tentativas anteriores de suicídio, tentativa de suicídio ou suicídio na família, história de uso de drogas ou álcool, psicose e outros.

Os traumas decorrentes de acidentes de tráfego são representados pelos atropelamentos, colisões, queda de motocicleta ou bicicleta. Os idosos estão envolvidos em atropelamentos com mais freqüência do que qualquer outro grupo etário, com alto grau de mortalidade pela vulnerabilidade física e multiplicidade de lesões, ou seja, politraumatismos (BODACHNE, 2002).

Enquanto os acidentes de trânsito e de transporte são a primeira Causa Externa específica de mortes de idosos, as quedas são o principal tipo de agravo que leva à internação desse grupo populacional e o mais importante motivo pelo qual os idosos procuram os serviços de emergência (MINAYO, 2003).

Frequentemente, as lesões e os traumas provocados por quedas em pessoas idosas ocorrem em casa, entre o quarto e o banheiro; ou nas vias públicas, nas travessias, ao subirem nos ônibus ou ao se locomoverem dentro deles (SOUZA, 2001).

As quedas se associam, na maioria das vezes, a enfermidades como a osteoporose, a instabilidade visual e postural típicas na faixa etária e a negligências de que são vítimas, ocasionando a existência de uma razão de três quedas não fatais, para cada queda fatal (MINAYO, 2003).

As quedas e suas conseqüências se fazem presentes em todas as épocas da vida. Contudo, são afrontadas mais explicitamente como um problema grave na idade mais avançada. Mais freqüentes nessa faixa etária, os indivíduos, quando caem, correm mais risco de lesões e complicações. O impacto psicológico das quedas é outro fator importante entre indivíduos mais velhos (PAIXÃO JUNIOR; HECKMANN, 2002).

(25)

As lesões decorrentes dos traumas são responsáveis por casos de cronicidade, incapacidade, invalidez e suas conseqüências biopsicossociais, trazendo modificações na qualidade de vida do idoso. Assim, o idoso passa por um prolongado período de tratamento e considerável número de complicações, ocasionando a morte. Sendo assim, o trauma constitui a causa básica, causa precipitante, da morte (BODACHNE, 2002).

Dentre os fatores que favorecem os traumas no idoso, é possível destacar: declínio fisiológico que acompanha o processo de envelhecimento, determinando alteração de visão, audição (impedindo observar os ruídos de advertência), olfato (facilitando a intoxicação por gases), equilíbrio, coordenação motora, marcha (facilitando as quedas da própria altura do corpo), reflexos, músculos, articulações, tempo de reação mais lenta, perda cognitiva e aumento da oscilação do corpo; presença de doenças agudas e crônicas preexistentes ao trauma; estado nutricional do idoso; alterações psicológicas; utilização de medicamentos como antidepressivos, sedativos, hipnóticos, diuréticos, que aumentam a propensão ao trauma através de seus efeitos colaterais, ou por interações com outras drogas ou hipotensão ortostática; consumo de bebidas alcoólicas, com conseqüentes quedas, atropelamentos, colisões e agressões, por determinar alterações de comportamento, equilíbrio e marcha (BODACHNE, 2002).

3.3 Sistema de Informação de Mortalidade

(26)

Em 1944, foram publicados os primeiros dados de mortalidade por causa, em referência aos óbitos ocorridos em municípios desde 1929. Com base nas informações colhidas surgiam iniciativas próprias e regionais (BRASIL, FUNASA, 2001).

Em 1967, a 20ª Assembléia Mundial de Saúde definiu as “causas de morte” a serem

registradas no Atestado Médico como “todas as doenças, afecções mórbidas ou lesões que ou

produziram a morte, ou contribuíram para ela, e as circunstâncias do acidente ou violência

que produziram quaisquer de tais lesões”. Do mesmo modo, a “causa básica” foi definida como “a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que produziram diretamente a morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão

fatal” (OMS, 2000).

Por volta de 1970, havia mais de 40 modelos oficiais de atestados de óbito. Assim, o MS estipulou, em 1976, um modelo único de declaração de óbito (DO) e declaração de óbito fetal, além de fluxos dos documentos e a periodicidade dos dados a serem computados (BRASIL, FUNASA, 2003; FARIAS, 2007).

Um modelo único de Declaração de Óbito (DO) teve como objetivo ser o documento padrão para a coleta das informações sobre mortalidade, que servem de base para o cálculo das estatísticas vitais e epidemiológicas do Brasil, além de juridicamente ser o documento hábil, conforme preceitua a Lei dos Registros Públicos – Lei n. 6.015/1973, para lavratura, pelos Cartórios de Registro Civil, da Certidão de Óbito, indispensável para as formalidades legais do sepultamento (BRASIL, MS, 2009).

Ainda em 1976, foi criado o Centro Colaborador da OMS para a Classificação das Doenças em Português, conhecido como Centro Brasileiro de Classificação de Doenças (CBCD), situado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Este vem trabalhando com o MS, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde em assuntos relacionados ao uso da Classificação Internacional de Doenças e Estatísticas de Mortalidade, além de treinamento de Recursos Humanos (BRASIL, FUNASA, 2003).

(27)

A FUNASA em 1992 desenvolveu e implantou um sistema de informatização nas secretarias estaduais e municipais, que possibilitou a digitação dos dados de forma rápida, propiciou maior agilidade ao sistema e descentralização para os estados (BRASIL, FUNASA, 2003).

O SIM constitui uma fonte de dados importantes que contribui para traçar o perfil epidemiológico da população. Proporciona a produção de estatísticas de mortalidade e a construção dos principais indicadores de saúde, além de estudos sociodemográficos (BRASIL, FUNASA, 2001).

Em 1999, passou a ser utilizada uma nova versão do SIM, foi desenvolvida uma nova DO e uma nova versão do aplicativo informatizado para seu treinamento. De acordo com os relatórios do MS, o DF apresenta as melhores taxas de cobertura da informação, fruto da boa gestão do SIM, cuja cobertura é de 99% dos incidentes ocorridos na região, em contraposição aos 77% a 95% para as demais regiões do Brasil (BRASIL, FUNASA, 2003).

3.3.1 Documento Padrão

A padronização da DO, formulário de origem para a entrada de dados no SIM, teve como objetivo principal simplificar as ferramentas de estudo da mortalidade do país.

Também chamada por alguns de Atestado de Óbito, a DO é um documento de responsabilidade médica, conforme pareceres dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, que declara o término da vida de um indivíduo e aponta também as causas que ocasionaram a morte. Em locais onde não há o profissional, a morte será atestada com a declaração de duas testemunhas que tenham presenciado ou verificado o óbito, conforme Lei Federal n. 6.015 - Dos Registros Públicos - de 31 de dezembro de 1973, alterada pela Lei n. 6.216/1975(ver artigo 75). Para óbitos por causas acidentais e/ou violentas, o legista do Instituto Médico legal (IML) ou, se não houver, o perito designado poderá preencher a DO (LAURENTI; JORGE, 2002; BRASIL, FUNASA, 2003).

O preenchimento da DO deve ser realizado para os óbitos ocorridos em âmbito nacional, ocorrendo em ambiente hospitalar, domicílios e outros.

(28)

causas externas, e localidades sem médicos. Esses blocos são divididos em variáveis, sendo no total sessenta e duas variáveis (BRASIL, FUNASA, 2001).

O campo relativo ao atestado médico segue o modelo internacional para anotação das causas que contribuíram para o óbito, aprovado pela OMS, e contém informações sobre as condições mórbidas presentes ou preexistentes no momento da morte, utilizando a Classificação Internacional de Doenças (CID – 10) (OMS, 2000).

3.3.2 Fluxo de Informação de Mortalidade

A DO é preenchida em três vias pré-enumeradas pelo MS, por intermédio do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), como secretarias estaduais de saúde, para subseqüente fornecimento às secretarias municipais, que repassam para as Unidades Notificadoras, sendo elas: os estabelecimentos de saúde (para óbitos hospitalares), IML (para os óbitos por violência), serviços de verificação de óbitos (para óbitos naturais sem assistência), Cartórios de registro civis (para falecimentos ocorridos em localidades sem médicos) e médicos (sobre determinação dos Conselhos Federais de Medicina) (BRASIL, FUNASA, 2001).

Em território nacional, o destino de cada uma das três vias segue o fluxo estabelecido pelo MS. Para óbitos ocorridos por causas acidentais e/ou violentas, o médico legista do IML ou, em caso de não existir na localidade o IML, o perito designado para tal preenche a DO. A primeira via é retirada para posterior recolhimento em busca ativa pelos setores responsáveis pelo processamento, nas secretarias estaduais e/ou municipais de saúde; a segunda via é entregue aos familiares, que levarão ao cartório para competente registro e obtenção da Certidão de Óbito, que ficará retida para os procedimentos legais; e a terceira via permanece retida no IML, para os registros médicos do falecido (LISBOA, 2006; BRASIL, FUNASA, 2003; BRASIL, MS, 2005).

(29)

indicadores epidemiológicos, entre eles, os de mortalidade por causa externa acidental e/ ou violenta (OLIVEIRA; SOUZA; LORENZONI, 2005).

A Codificação corresponde à transposição dos diagnósticos contidos no Bloco VI para os códigos correspondentes na CID-10 e a seleção da causa básica. Esta seleção é feita segundo as regras de classificação de causas básica de mortalidade, constantes do volume II da CID-10, feita por técnicos qualificados.

A função do codificador abrange uma revisão fina e apurada, examinando e cruzando dados de certas variáveis, e não apenas à codificação das causas constantes do Bloco VI, seleção da causa básica. Em caso de inconsistências, estes entram em contato com o médico que assinou a DO para possíveis alterações (BRASIL, FUNASA, 2003; BRASIL, MS, 2003).

3.3.3 Limitações do Sistema de Informação de Mortalidade

O sub-registro do óbito é considerado a principal limitação do SIM. A omissão do registro de óbito acarreta uma distorção no perfil da mortalidade. Isso ocorre principalmente nas regiões geográficas norte e nordeste, essencialmente pela falta de controle efetivo dos sepultamentos sem exigência da certidão de óbito, fato que ocorre mais freqüentemente em zona rural (BRASIL, MS, 2005; BRASIL, MS, 2010).

A qualidade do preenchimento da DO, seja por falta de instrução quanto ao preenchimento, seja por desconhecimento da importância deste documento pela pessoa responsável, é considerada uma limitação comum, além da falta de conhecimento sobre a obrigatoriedade do registro civil (LISBOA, 2006).

3.3.4 Qualidade da Informação

(30)

A qualidade de informação sobre a causa básica de morte é um grande obstáculo para uma análise mais detalhada da mortalidade por causa de morte da população idosa. Como contribuição para a melhoria da informação foram implantadas modificações na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) para facilitar a codificação da informação sobre causa de morte (VASCONCELOS, 1994).

Com a melhoria da qualidade de informação e seu monitoramento, preferencialmente aqueles referentes a mortes por causas externas, é possível realizar tomadas de decisões coerentes, trazendo impacto efetivo nas intervenções e políticas públicas (OLIVEIRA; SOUZA; LORENZONI, 2005).

No DF os dados de mortalidade por causas externas acidentais e/ou violentas têm como fontes oficiais a Secretaria de Estado de Saúde (SES/DF) e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Essa última obtém os dados nos postos policiais instalados nos hospitais da rede pública, no Instituto Médico Legal (IML/DF) e no Departamento de Trânsito (DETRAN/DF) local, órgãos com atribuições, objetivos, funções sociais e lógicas de produção de informação distintas (OLIVEIRA; SOUZA, 2007).

3.3.5 Considerações Gerais da CID – 10

De acordo com a CID 10, o capítulo XX se refere a causas externas de Morbidade e de Mortalidade (V01-Y98). Possibilita a classificação de ocorrências e circunstâncias ambientais como a causa de lesões, envenenamento, e outros efeitos adversos. Quando se utiliza um código desse capítulo, pretende-se que ele seja um código adicional a outro código pertencente a outro capítulo da classificação que indica a natureza da lesão. Na maioria das vezes, a natureza da lesão está classificada no capítulo XIX; Lesões, Envenenamentos e algumas Outras Consequências de Causas Externas (S00-T98).

(31)

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Tipo de Estudo

A investigação se caracterizou por um estudo epidemiológico descritivo/quantitativo com abordagem de séries temporais. Segundo Morettin e Toloi (2006) uma série temporal é uma seqüência de dados obtidos em intervalos regulares de tempo durante um período específico.

Os estudos quantitativos são correntemente utilizados para descrever fenômenos em saúde que são objetivos deste trabalho, ou seja, o estudo do número de ocorrências em um intervalo de tempo numa população (TURATO, 2005).

4.2 Descrição da Área Estudada

O DF se estende por uma área de 5.801,937 Km2 e, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abriga uma população residente de 2.606.885 habitantes, com densidade demográfica de 449,31 hab/Km2. Em 2010, a população residente com 60 anos ou mais chegou a 197.613 habitantes, sendo que 42,98% eram homens e 57,01% mulheres (IBGE, 2009; IBGE, 2010).

4.3 População e Amostra

(32)

4.3.1 Critérios de Inclusão

Foram incluídos no estudo os casos de óbito em idosos, com 60 anos e mais de idade, residentes no Distrito Federal.

4.3.2 Critérios de Exclusão

Foram excluídos do estudo os casos de óbitos em idosos, com 60 anos e mais de idade, ocorridos no Distrito Federal, mas que residiam em outros estados.

4.4 Coleta de Dados

Os dados utilizados referem-se ao contido nas DO pertencentes ao Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), Centro de Informação e Análise de Dados em Saúde (CIADS), da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Foram selecionados os óbitos codificados no Capítulo XX – Causas Externas de Morbidade e Mortalidade (Códigos V01-Y98) da CID 10 de indivíduos residentes no Distrito Federal.

Os dados relativos à população foram obtidos no IBGE (IBGE, 2010).

4.5 Análise dos Dados

4.5.1 Definição de Termos e Variáveis

(33)

População residente – Número total de pessoas residentes em determinado espaço demográfico, no ano considerado.

Mortalidade proporcional – Trata-se da distribuição percentual de óbitos na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Coeficiente ou taxa – Trata-se da freqüência com que um evento ocorre na população. Taxa de mortalidade por causas externas – Número de óbitos por causas externas por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Causas externas – Constituem uma categoria estabelecida pela Organização Mundial e Saúde (OMS) para se referir às resultantes das agressões e dos acidentes, traumas e lesões.

Causa básica de morte – Trata-se da doença ou lesão que iniciou a sucessão de eventos mórbidos que levaram diretamente à morte, ou circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal.

Causas de morte – As causas de morte a serem registradas no atestado médico de morte são todas aquelas doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que contribuíram para ela, e as circunstâncias do acidente ou da violência que produziu essas lesões.

Acidente de trânsito – Trata-se de todo acidente com veículo ocorrido na via pública. Este é considerado como tendo ocorrido na via pública a menos que haja a especificação de outro local, exceto nos casos de acidentes envolvendo somente veículos especiais a motos que, salvo menção em contrário, não são classificados como acidentes de trânsito.

Pedestre – Toda pessoa envolvida em um acidente, mas que, no momento em que ocorreu, não estava no interior ou sobre o veículo a motor, trem em via férrea, bonde, veículo de tração animal ou outro veículo, ou sobre bicicleta ou animal.

Residência – Trata-se do endereço habitual do falecido.

4.5.2 Taxas e outras Medidas Empregadas

Foram calculados coeficientes de mortalidade, considerando-se o evento em estudo, em relação ao número da respectiva população residente, no dado período. Por definição, o coeficiente de mortalidade é o número de óbitos por causas externas (acidentes e violências), por 100 mil habitantes, em determinado espaço geográfico, no ano considerado (códigos V01 a Y98, do Capítulo XX da CID-10). Assim, a metodologia de cálculo utilizada foi:

(34)

Também foi utilizado o teste de qui-quadrado para comparar a proporção das causas externas de mortalidade em relação às demais causas. O nível de significância

adotado foi de 5% (P<0,05).

Todos os dados foram analisados no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0.

4.5.3 Variáveis

Foram calculadas as porcentagens segundo ano do óbito, faixa etária, sexo, etnia, estado civil, grupo Código Brasileiro de Ocupação, Regiões administrativas, tipo de causa, Causa Externa e região administrativa de residência e local de ocorrência do óbito.

Ano do Óbito – Todos os óbitos ocorridos entre os anos de 2000 a 2010, com dados contidos no Sistema de Informação de Mortalidade SIM (BRASIL. MS, 2010).

Faixa Etária – Classificados em três grupos de faixa etária: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 e mais.

Sexo – Variável relevante, uma vez que a mortalidade de homens e mulheres tem estruturas diferentes, tanto em relação à idade com em relação às causas de óbito.

Etnia– Codificada no SIM em: Branca, preta, amarela, parda, indígena.

Estado civil – Codificada no SIM em: Solteiro, casado, viúvo, separado judicialmente, união consensual, ignorado.

(35)

(RA XIX), Águas Claras (RA XX), Riacho Fundo II (RA XXI), Sudoeste/Octogonal (RA XXII), Varjão (RA XXIII), Park Way (RA XXIV), SCIA (RA XXV), Sobradinho II (RA XXVI), Jardim Botânico (RA XXVII), Itapoã (RAXXVIII), SIA (RAXXIX), Vicente Pires (RA XXX). (DISTRITO FEDERAL. CODEPLAN, 2006).

Escolaridade – Refere-se aos anos de estudo concluídos, conforme divisão do IBGE, divididos em: nenhuma, 1 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 11 anos, 12 e mais, ignorado.

Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) – A Classificação Brasileira de Ocupações é o documento oficial do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma classificação quantitativa e uma classificação qualitativa. Instituída pela Portaria Ministerial n. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares.

Segundo a CBO, as ocupações podem ser divididas em 10 grandes grupos- GG (0 a 9), conforme o Quadro 1.

Quadro 1: Distribuição das ocupações brasileiras conforme o código.

CBO 2002 - Grandes Grupos / Títulos

Forças Armadas, Policiais e Bombeiros Militares Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes

Profissionais das ciências e das artes Técnicos de nível médio

Trabalhadores de serviços administrativos

Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados

Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais

Trabalhadores de manutenção e reparação

Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2002.

(36)

O GG 2 agrega os empregos que compõem as profissões científicas e das artes de nível superior.

O GG 3 adita os empregos que compõem as profissões técnicas de nível médio.

O GG 4 acrescenta os empregos dos serviços administrativos, exceto os técnicos e o pessoal de nível superior. Trata-se de empregos cujos titulares tratam informações (em papéis ou digitalizadas, numéricas ou em textos).

O GG 5 agrega os empregos que produzem serviços pessoais e à coletividade, bem como aqueles que trabalham na intermediação de vendas de bens e serviços.

O GG 6 agrega os empregos do setor agropecuário.

No GG 7 foram agrupados os trabalhadores de sistemas de produção que tendem a ser discretos e que lidam mais com a forma do produto do que com o seu conteúdo físico-químico. Embora haja tendência para que sistemas discretos se tornem contínuos, existem diferenças marcantes do ponto de vista das competências, entre dar forma em uma peça e controlar as variáveis físico-químicas de um processo.

No GG 8 agruparam-se os trabalhadores de sistemas de produção que são ou tendem a ser contínuos (química, siderurgia, entre outros).

E, finalmente, no GG 9 foram classificados os trabalhadores de manutenção e reparação. Diferentemente da CIUO 88 que reserva este GG aos trabalhadores não-qualificados, categoria abolida na CBO 2002.

Local de Ocorrência do Óbito – Classificado no SIM em: Hospital, outro estabelecimento de saúde, domicílio, via pública, outros e ignorado.

Tipo de Causa – Para comparação das causas de óbitos registrados no SIM, as causas básicas de óbito foram divididas em: Causa Externa e outras causas de mortalidade.

(37)

Quadro 2: Lista de Tabulação das Causas Externas Segundo a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças, conforme OMS, 2007.

Capítulo Agrupamento Código CID-10

Causas externas de morbidade / mortalidade V01 – Y98

Acidentes V01 - X59

- Acidentes de Transporte V01 - V99 - Pedestre traumatizado V01 - V09 - Ciclista ou Motociclista traumatizado V10 - V29 - Ocupante traumatizado V30 - V79 XX - Outros acidentes de transporte V80 - V99 - Outras causas externas de lesões acidentais W00 - X59

- Quedas W00 - W19

- Afogamentos e submerses acidentais W65 - W74 -Exposição á fumaça, ao fogo e às chamas X00 - X09 -Envenenamento acidental por exposição a

substâncias nocivas

X40 - X49

Lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídio) X60 - X84

Agressões (homicídio) X85 - Y09

Eventos (fatos) cuja a intenção é indeterminada Y10 - Y34

Intervenções legais e operações de guerra Y35 - Y36

Todas as causas externas (complicações de asssitência médica e cirúrgica; seqüelas de causas externas; fatores suplementares relacionados

W20 - W64 W75 - W99 X10 - X39 X50 - X59 Y40 - Y89

Fonte: CID – 10, 2007. Adaptado.

4.6 Aspectos Éticos da Pesquisa

(38)

5 RESULTADOS

5.1 Freqüências de Óbitos em Idosos no Distrito Federal no Período de 2000 a 2010 por Variável Estudada

(39)

Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010.

Variável Frequência %

Ano do óbito

2000 3765 7,3

2001 3854 7,4

2002 4226 8,1

2003 4205 8,1

2004 4576 8,8

2005 4627 8,9

2006 4820 9,3

2007 5127 9,9

2008 5361 10,3

2009 5435 10,5

2010 5867 11,3

Total 51863 100,0

Faixa etária

60 a 69 anos 16322 31,5

70 a 79 anos 17447 33,6

80 anos ou mais 18094 34,9

Total 51863 100,0

Sexo

Masculino 26179 50,5

Feminino 25684 49,5

Total 51863 100,0

Raça/Cor

Branca 28596 55,1

Preta 3155 6,1

Amarela 273 0,5

Parda 18904 36,4

Indígena 32 0,1

NI 903 1,7

Total 51863 100,0

Estado civil

Solteiro 9808 18,9

Casado 21396 41,3

Viúvo 16524 31,9

Separado Judicialmente 3501 6,8

União Consensual 78 0,2

Ignorado 337 0,6

NI 219 0,4

Total 51863 100,0

(40)

Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010 (continuação).

Variável Frequência %

RA

Brasília 6917 13,3

Gama 4044 7,8

Taguatinga 6970 13,4

Brazlândia 1477 2,8

Sobradinho 3502 6,8

Planaltina 3250 6,3

Paranoá 856 1,7

Núcleo Bandeirante 1128 2,2

Ceilândia 8068 15,6

Guará 3319 6,4

Cruzeiro 1285 2,5

Samambaia 2696 5,2

Santa Maria 1561 3,0

São Sebastião 765 1,5

Recanto das Emas 1079 2,1

Lago Sul 1368 2,6

Riacho Fundo 693 1,3

Lago Norte 912 1,8

Candangolândia 349 0,7

Águas Claras 425 0,8

Riacho Fundo II 223 0,4

Sudoeste/Octogonal 235 0,5

Varjão 9 0,0

Park Way 232 0,4

SCIA 132 0,3

Sobradinho II 48 0,1

Itapoã 99 0,2

SAI 12 0,0

NI 209 0,4

Total 51863 100,0

Local da ocorrência

Hospital 42656 82,2

Outro estab. Saúde 56 0,1

Domicílio 8214 15,8

Via pública 463 0,9

Outros 449 0,9

Ignorado 25 0,0

Total 51863 100,0

(41)

Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010 (continuação).

Variável Frequência %

Escolaridade

Nenhuma 12145 23,4

1 a 3 anos 11602 22,4

4 a 7 anos 11164 21,5

8 a 11 anos 5499 10,6

12 e mais 5355 10,3

Ignorado 3254 6,3

NI 2844 5,5

Total 51863 100,0

Tipo da Causa

Outra 49640 95,7

Externa 2223 4,3

Total 51863 100,0

Grupo CBO

0- Forças Armadas, Policiais e Bombeiros

Militares 17636 34,0

1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público

e de empresas e gerentes 2587 5,0

2- Profissionais das ciências e das artes 1171 2,3

3-Técnicos de nível médio 1972 3,8

4- Trabalhadores de serviços administrativos 1689 3,3 5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do

comércio em lojas e mercados 1647 3,2

6- Trabalhadores agropecuários, florestais, da

caça e pesca 3736 7,2

7- Trabalhadores da produção de bens e

serviços industriais 1115 2,1

8- Trabalhadores da produção de bens e

serviços industriais 1363 2,6

9- Trabalhadores de manutenção e reparação 15556 30,0

NI 3391 6,5

Total 51863 100,0

(42)

Na Tabela 2, tem-se a estatística descritiva dos 2.223 idosos que tiveram como causa externa a básica de óbito, conforme o CID-10. Destes dados, foi possível consolidar o ano de 2010 como o mais representativo desta situação no DF, com registros de 293 óbitos (13,2% do total de óbitos por causa externa do período em estudo); e algumas mudanças do perfil quando comparados com os dados totais de óbitos descritos na tabela 1, por exemplo, em relação à cor (1.080 - 48,6% - eram pardos); 516 (23,2%) possuíam 4 a 7 anos de estudo; 735 (33,1%) foram trabalhadores de manutenção e reparação. O tipo de causa externa mais comum foi “outras causas externas de lesões acidentais” com 1.033 registros (46,5%), e a

(43)

Tabela 2 - Distribuição do número de óbitos ocorridos por causas externas em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010.

Variável Frequência %

Ano do óbito

2000 131 5,9

2001 130 5,8

2002 157 7,1

2003 181 8,1

2004 200 9,0

2005 192 8,6

2006 233 10,5

2007 210 9,4

2008 235 10,6

2009 261 11,7

2010 293 13,2

Total 2223 100,0

Faixa etária

60 a 69 anos 817 36,8

70 a 79 anos 597 26,9

80 anos ou mais 809 36,4

Total 2223 100,0

Sexo

Masculino 1326 59,6

Feminino 897 40,4

Total 2223 100,0

Raça/Cor

Branca 1042 46,9

Preta 62 2,8

Amarela 17 0,8

Parda 1080 48,6

Indígena 2 0,1

NI 20 0,9

Total 2223 100,0

Estado civil

Solteiro 446 20,1

Casado 901 40,5

Viúvo 654 29,4

Separado Judicialmente 177 8,0

União Consensual 2 0,1

Ignorado 27 1,2

NI 16 0,7

Total 2223 100,0

Escolaridade

Nenhuma 443 19,9

1 a 3 anos 466 21,0

4 a 7 anos 516 23,2

8 a 11 anos 275 12,4

12 e mais 227 10,2

Ignorado 153 6,9

NI 143 6,4

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Tabela 2 - Distribuição do número de óbitos ocorridos por causas externas em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010 (continuação).

Variável Frequência %

Grupo CBO

0- Forças Armadas, Policiais e Bombeiros Militares 613 27,6

1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de

interesse público e de empresas e gerentes 99 4,5

2- Profissionais das ciências e das artes 64 2,9

3-Técnicos de nível médio 73 3,3

4- Trabalhadores de serviços administrativos 83 3,7

5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados 63 2,8 6- Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca 164 7,4 7- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 74 3,3 8- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 53 2,4

9- Trabalhadores de manutenção e reparação 735 33,1

NI 202 9,1

Total 2223 100,0

RA

Brasília 300 13,5

Gama 150 6,7

Taguatinga 291 13,1

Brazlândia 59 2,7

Sobradinho 163 7,3

Planaltina 144 6,5

Paranoá 46 2,1

Núcleo Bandeirante 58 2,6

Ceilândia 334 15,0

Guará 112 5,0

Cruzeiro 55 2,5

Samambaia 112 5,0

Santa Maria 67 3,0

São Sebastião 45 2,0

Recanto das Emas 42 1,9

Lago Sul 71 3,2

Riacho Fundo 27 1,2

Lago Norte 43 1,9

Candangolândia 11 0,5

Águas Claras 14 0,6

Riacho Fundo II 9 0,4

Sudoeste/ Octogonal 9 0,4

Varjão 2 0,1

Park Way 15 0,7

SCIA 4 0,2

Itapoã 4 0,2

NI 36 1,6

Total 2223 100,0

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Tabela 2 - Distribuição do número de óbitos ocorridos por causas externas em idosos segundo a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010 (continuação).

Variável Frequência %

Local da ocorrência

Hospital 1675 75,3

Outro estab. Saúde 4 0,2

Domicílio 230 10,3

Via pública 257 11,6

Outros 56 2,5

Ignorado 1 0,0

Total 2223 100,0

Tipo da causa externa

Acidente 661 29,7

Outras causas externas de lesões acidentais 1033 46,5

Todas as outras causas externas 225 10,1

Lesões autoprovocadas intencionalmente 102 4,6

Agressões 197 8,9

Eventos cuja intenção é indeterminada 5 0,2

Total 2223 100,0

(46)
(47)

Tabela 3 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo o tipo de causa (externa ou outra) e a variável. Distrito Federal, 2000 a 2010.

Causa

Total

Outra Externa

Variável Frequência % Frequência % Frequência % P

Ano do óbito

2000 3624 7 131 0,3 3765 7,3

2001 3724 7,2 130 0,3 3854 7,4

2002 4069 7,8 157 0,3 4226 8,1

2003 4024 7,8 181 0,3 4205 8,1

2004 4376 8,4 200 0,4 4576 8,8 0,000

2005 4435 8,6 192 0,4 4627 8,9

2006 4587 8,8 233 0,4 4820 9,3

2007 4917 9,5 210 0,4 5127 9,9

2008 5126 9,9 235 0,5 5361 10,3

2009 5174 10 261 0,5 5435 10,5

2010 5574 10,7 293 0,6 5867 11,3

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Sexo

Masculino 24853 47,9 1326 2,6 26179 50,5

Feminino 24787 47,8 897 1,7 25684 49,5 0,000

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Raça/Cor

Branca 27554 53,1 1042 2 28596 55,1

Preta 3093 6 62 0,1 3155 6,1

Amarela 256 0,5 17 0 273 0,5

Parda 17824 34,4 1080 2,1 18904 36,4 0,000

Indigena 30 0,1 2 0 32 0,1

NI 883 1,7 20 0 903 1,7

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Estado civil

Solteiro 9362 18,1 446 0,9 9808 18,9

Casado 20495 39,5 901 1,7 21396 41,3

Viúvo 15870 30,6 654 1,3 16524 31,9

Separado judicialmente 3324 6,4 177 0,3 3501 6,8 0,000

União consensual 76 0,1 2 0 78 0,2

Ignorado 310 0,6 27 0,1 337 0,6

NI 203 0,4 16 0 219 0,4

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Escolaridade

Nenhuma 11702 22,6 443 0,9 12145 23,4

1 a 3 anos 11136 21,5 466 0,9 11602 22,4

4 a 7 anos 10648 20,5 516 1 11164 21,5

8 a 11 anos 5224 10,1 275 0,5 5499 10,6 0,001

12 e mais 5128 9,9 227 0,4 5355 10,3

Ignorado 3101 6 153 0,3 3254 6,3

NI 2701 5,2 143 0,3 2844 5,5

(48)

Tabela 3 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo o tipo de causa (externa ou outra) e a variável (continuação).

Causa

Total

Outra Externa

Variável Frequência % Frequência % Frequência % P

Grupo CBO

0- Forças Armadas, Policiais e Bombeiros

Militares 17023 32,8 613 1,2 17636 34

1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes

2488 4,8 99 0,2 2587 5

2- Profissionais das ciências e das artes 1107 2,1 64 0,1 1171 2,3

3-Técnicos de nível médio 1899 3,7 73 0,1 1972 3,8 0,000 4- Trabalhadores de serviços

administrativos 1606 3,1 83 0,2 1689 3,3

5- Trabalhadores dos serviços, vendedores

do comércio em lojas e mercados 1584 3,1 63 0,1 1647 3,2 6- Trabalhadores agropecuários, florestais,

da caça e pesca 3572 6,9 164 0,3 3736 7,2

7- Trabalhadores da produção de bens e

serviços industriais 1041 2 74 0,1 1115 2,1

8- Trabalhadores da produção de bens e

serviços industriais 1310 2,5 53 0,1 1363 2,6 9- Trabalhadores de manutenção e

reparação 14821 28,6 735 1,4 15556 30

NI 3189 6,1 202 0,4 3391 6,5

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Local da ocorrência

Hospital 40981 79 1675 3,2 42656 82,2

Outro estabelecimento de Saúde 52 0,1 4 0 56 0,1

Domicílio 7984 15,4 230 0,4 8214 15,8

Via pública 206 0,4 257 0,5 463 0,9 0,000

Outros 393 0,8 56 0,1 449 0,9

Ignorado 24 0 1 0 25 0

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Faixa etária

60 a 69 anos 15505 29,9 817 1,6 16322 31,5

70 a 79 anos 16850 32,5 597 1,2 17447 33,6 0,000

80 anos ou mais 17285 33,3 809 1,6 18094 34,9

Total 49640 95,7 2223 4,3 51863 100

Imagem

Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito  Federal, 2000 a 2010
Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito  Federal, 2000 a 2010 (continuação)
Tabela 1 - Distribuição do número de óbitos ocorridos em idosos segundo a variável. Distrito  Federal, 2000 a 2010 (continuação)
Tabela 2 - Distribuição do número de óbitos ocorridos por causas externas em idosos segundo  a variável
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