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Sao Paulo Med. J. vol.123 suppl.spe

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Academic year: 2018

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Sao Paulo Med J. 2005;123(Suppl):9.

INTRODUÇÃO O feocromocitoma apresenta incidência de 1:200.000 indi-víduos e caracteriza-se clinicamente por aumento intermitente da pressão arterial, episódios de sudorese, cefaléia e palpitações, associados a aumento de catecolaminas sanguíneas e urinárias. A ressecção cirúrgica representa um tratamento curativo, porém traumático, além de apresentar risco relativamente alto e custo elevado. Portanto, alternativas inovadoras e menos invasivas de tratamento têm sido propostas, como a injeção percutânea de etanol guiada por tomografia computadorizada.

RELATO DO CASO Paciente de 57 anos, hipertensa e diabética, apresentando lesão adrenal unilateral (esquerda) medindo 8 cm de diâmetro, com diagnóstico estabelecido de feocromocitoma hiperfuncio-nante. A paciente realizou preparo pré-anestésico com prazosin por duas semanas e recebeu midazolam (7,5 mg) intramuscular como medicação pré-anestésica. Após venóclise em membro superior direito com cateter 14 G, foi submetida à anestesia geral com propofol, fentanil e atracúrio, e manutenção com sevoflurano. A monitorização foi realizada com cardioscópio, oxi-metria de pulso e pressão arterial média (PAM) invasiva contínua com cateter 20 G em artéria radial esquerda. O procedimento evoluiu sem intercorrências. Durante a injeção de etanol, a paciente evoluiu com aumento súbito da PAM até 130 mmHg e taquicardia (140 bpm) com controle imediato após infusão

de nitroprussiato de sódio (NPS) até a dose de 10 µg/kg/min. Após o procedimento, permaneceu estável hemodinamicamente, com NPS 0,5 µg/kg/min, sendo extubada sem intercorrências e encaminhada à UTI pós-operatória, onde permaneceu em observação por 24 horas.

DISCUSSÃO A injeção de etanol para tratamento de feocromocitoma é um procedimento novo, realizado pela primeira vez no Brasil. Apenas um artigo na literatura relata uma série de 41 casos com boa evolu-ção, mas não discute a monitorização e os cuidados anestésicos.

Conclusão Concluímos que a monitorização invasiva da pressão arterial é fundamental para bom controle pressórico durante a injeção de etanol. Maior experiência com esse procedimento ainda é necessária para determinar seu perfil de segurança.

REFERÊNCIA 1. Wang P, et al. Computerized tomography guided percutaneous ethanol injection for the

treatment ofhyperfunctioningpheochromocytoma. J Urol. 2003;170:1132-4.

Ricardo A. G. Barbosa

Maria Paula M. Ferro

André P. Schmidt

Márcio Brudniewski

Anestesia para injeção percutânea

de etanol guiada por tomografia

computadorizada para tratamento

de feocromocitoma

Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina

da Universidade de São Paulo, São Paulo

Copyright © 2005, Associação Paulista de Medicina

Endereço para correspondência:

Ricardo A. G. Barbosa

Rua Cardoso de Siqueira, 67 – casa 10 – Aclimação São Paulo (SP) – CEP 01530-090

Referências

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