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Conjuntura Econômica Fevereiro/2016

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Academic year: 2021

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Relatório Mensal

Fevereiro/2016

Conjuntura Econômica

(2)

Introdução - Principais Projeções

Fonte:IBGE, FGV e Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB real (%) 3,9 1,9 3,0 0,1 -3,8 -3,4 1,7

PIB nominal (US$ bilhões) 2.611 2.458 2.461 2.416 1.775 1.395 1.361 PIB nominal (R$ bilhões) 4.374 4.806 5.316 5.687 5.913 6.223 6.745

Consumo das Famílias (%) 4,7 3,5 3,5 1,3 -3,8 -4,1 1,5

FBCF (%) 6,7 0,8 5,8 -4,5 -14,1 -9,5 3,0

Produção Industrial (%) 0,4 -2,3 2,1 -3,1 -8,6 -6,0 0,9

Vendas no Varejo (%) 6,6 8,0 3,6 -1,7 -9,3 -5,6 2,3

Taxa de Desemprego (Pnad) (%) - 7,4 7,1 6,8 8,6 12,3 12,1

Rendimento Médio Real (%) - - 3,3 1,1 -0,4 -1,8 0,4

IPCA (%) 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,4 6,1

IGP-M (%) 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,2 5,3

Taxa de Câmbio (R$/US$) (fim de período) 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 4,75 4,80

Taxa de Câmbio (R$/US$) (média) 1,67 1,96 2,16 2,35 3,34 4,44 4,78

Taxa Selic (% a.a.) (fim de período) 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,50 12,50

Taxa Selic (% a.a.) (média) 11,7 8,5 8,2 10,9 13,4 14,1 12,6

Taxa de Juro Real (ex-post, % a.a.) 4,8 2,5 2,1 4,2 2,4 6,2 6,1

Resultado Primário do Setor Público (%PIB) 2,9 2,2 1,7 -0,6 -1,9 -0,6 -0,4

Resultado Nominal do Setor Público (%PIB) -2,5 -2,3 -3,0 -6,0 -10,3 -9,3 -7,5

Dívida Bruta do Governo Geral (%PIB) 51,3 53,8 51,7 57,2 66,4 73,6 76,0

Balança Comercial (US$ bilhões) 27,6 17,3 0,3 -6,6 17,7 29,5 32,5

Transações Correntes (%PIB) -2,9 -3,0 -3,0 -4,3 -3,3 -2,9 -3,2

Investimento Direto no País (US$ bilhões) 101,2 86,6 69,2 96,9 75,1 60,0 65,0

(3)

Introdução

Aumento de incertezas no cenário internacional, na medida em que o hard landing na China é uma possibilidade real e vários países se aprofundam em medidas de estímulo monetário. Nos EUA, tendência é que Fed adote mais cautela no ciclo de alta dos Fed Funds

No plano doméstico, a atividade econômica segue em maus lençóis. O consumo, assim como o PIB, deve ter nova retração em 2016, puxado pela queda da renda real e pelo aumento de desemprego. Medidas de estímulo ao crédito introduzidas pelo governo devem ter efeito muito limitado

Na inflação, apesar da menor pressão proveniente de administrados - frente a 2015 -, superaremos novamente o teto da banda, com o IPCA em 7,4%. O repasse da depreciação cambial ainda não ocorreu de forma integral, e seus impactos devem afetar sensivelmente os preços neste ano

A comunicação confusa do Banco Central antes da última decisão do Copom representa novo golpe à credibilidade da instituição. Não à toa, as expectativas de inflação para 2017 e 2018 dispararam após o ocorrido. A taxa de câmbio, movida pela alta dos prêmios de risco, teve nova depreciação e deve

permanecer instável ao longo do ano

Desdobramentos das Operações Lava-Jato e Zelotes mostram o vigor incomum (e necessário) da justiça, gerando instabilidades políticas. São reais as chances de as investigações punirem concretamente o ex- presidente Lula e o presidente do Senado, Renan Calheiros. A dupla tem forte peso na sustentação política (Calheiros) e social (Lula) do governo

(4)

Índice

Cenário Internacional Cenário Político

Atividade Econômica Inflação

Política Monetária Política Fiscal

Setor Externo

(5)

Índice

Cenário Internacional Cenário Político

Atividade Econômica Inflação

Política Monetária Política Fiscal

Setor Externo

(6)

Cenário Internacional

Fonte:FMI (Projeções: 4E Consultoria)

4,9 5,5 5,7 3,1

0,0

5,4 4,2 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,6

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB Mundial (%)

(7)

Cenário Internacional

Fonte:FMI, BEA, BLS (Projeções: 4E Consultoria)

Os Estados Unidos continuam em recuperação, ainda que de forma lenta e rodeada pelos riscos do cenário internacional

Os afrouxamentos monetários na Europa, no Japão e, provavelmente, na Inglaterra, além do aumento de risco de hard landing na China, tem provocado uma apreciação

indesejada do dólar globalmente, o que atribui um viés de baixa às

projeções de crescimento para os próximos anos

3,3 2,7 1,8

-0,3

-2,8 2,5 1,6 2,3 2,2 2,4 2,2 2,0 2,5

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB - Estados Unidos (%)

65 70 75 80 85 90 95

jan-05 ago-05 mar-06 out-06 mai-07 dez-07 jul-08 fev-09 set-09 abr-10 nov-10 jun-11 jan-12 ago-12 mar-13 out-13 mai-14 dez-14 jul-15

Dollar Index (USD vs cesta de moedas)

(8)

Cenário Internacional

Fonte:FMI, Fred de St. Louis (Projeções: 4E Consultoria)

Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho e da inflação em recuperação, o aperto monetário em curso deve ser mais lento e

gradual que o esperado inicialmente

Câmbio apreciado e juros futuros em forte queda são os argumentos que devem levar o Fed a adotar uma posição ainda mais cautelosa

0,4 0,0

1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0

jan-05 jul-05 jan-06 jul-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16

Taxa efetiva dos Fed Funds (% a.a.)

1,35%

1,91%

-3,0%

-2,0%

-1,0%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

jan-05 jul-05 jan-06 jul-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15

Inflação em 12 meses

CPI

CPI - núcleo 4,0

5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

jan-05 jul-05 jan-06 jul-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15

-900 -700 -500 -300 -100 100 300 500

Mercado de trabalho

Criação de vagas (eixo direita) Taxa de desemprego (%) (%)

Mil vagas

(9)

Cenário Internacional

Fonte:FMI e Eurostat (Projeções: 4E Consultoria)

Na Europa recuperação vem ocorrendo em ritmo lento e ainda de forma heterogênea

Banco Central Europeu deve dar novos estímulos monetários, na medida em que inflação permanece em patamar desconfortavelmente baixo

24,1

21,2 12,1

5,5 10,0

4,4 0

5 10 15 20 25 30

2005 Q1 2006 Q1 2007 Q1 2008 Q1 2009 Q1 2010 Q1 2011 Q1 2012 Q1 2013 Q1 2014 Q1 2015 Q1

Taxa de desemprego (%)

Alemanha Grécia Espanha França Portugal Reino Unido

2,2 3,7 3,3

0,7

-4,3 2,0 1,8 -0,4 0,1 1,4 2,1 1,9 1,9

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB - União Europeia (%)

0,28

-1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0

jan-05 jul-05 jan-06 jul-06 jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15

CPI - Zona do Euro (% em 12m)

(10)

Cenário Internacional

Fonte:FMI (Projeções: 4E Consultoria)

Apesar do crescimento anunciado de 6,9% em 2015 (acima da expectativa), sentimento é de que resultado real foi sensivelmente pior

Importações e indicadores antecedentes da indústria, ambos em queda, devem ser acompanhados de perto

11,3 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,8 7,8 7,4 6,9 6,1 5,8

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB - China (%)

-1,4

-7,6 -50,0

-30,0 -10,0 10,0 30,0 50,0 70,0 90,0

jan-05 ago-05 mar-06 out-06 mai-07 dez-07 jul-08 fev-09 set-09 abr-10 nov-10 jun-11 jan-12 ago-12 mar-13 out-13 mai-14 dez-14 jul-15

Exportações e Importações (%YoY)

Exportações Importações

60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15

Taxa de câmbio real (Yuan/USD)

(11)

Índice

Cenário Internacional Cenário Político

Atividade Econômica Inflação

Política Monetária Política Fiscal

Setor Externo

(12)

Volta dos trabalhos no Congresso Nacional:

Atenção especial a Eduardo Cunha:

A partir da volta do recesso do Judiciário (01/02) tem prazo de 10 dias para apresentar defesa ao STF e deve sofrer com novas investidas da Procuradoria Geral da República. Em Brasília seu afastamento da presidência é dado como certo

PMDB escolherá nova liderança na Câmara – eleição será entre Hugo Motta (PB) e Leonardo Picciani (RJ) – atual líder. O primeiro é o candidato de Cunha (de

oposição ao Planalto) e o segundo, do bloco governista na Câmara. Posto é vital no processo de impeachment e na indicação de nomes para comissões permanentes

Mesmo enfraquecido, processo de impeachment continua. Processo volta sob a orientações do STF. A formação da comissão que acolherá ou não a abertura do processo será indicada por líderes partidários.

Planalto deve investir fortemente neste bloco

Cenário Político

Imagens: Veja Online, Diário do Poder e O Globo

(13)

Combate à corrupção:

Desdobramentos das Operações Lava-Jato e Zelotes mostram o vigor incomum (e necessário) da justiça, gerando instabilidades políticas

Chances reais de investigações punirem concretamente o ex-presidente Lula e o

presidente do Senado, Renan Calheiros. A dupla tem forte peso na sustentação política (Calheiros) e social (Lula) do governo

Cenário Político

Imagem: gazetadopovo.com.br

PT adensa sentimento de injustiça no caso de Lula, e governo adota discurso de defesa do ex-presidente com Dilma e Wagner. Alta probabilidade de comoção social e declarações mais ácidas e geradoras de conflito

Escândalos em estados, sobretudo em São Paulo, contribuem para efervescência política. PSDB tem acusados ligados diretamente ao governador

Na Justiça Eleitoral o governador do Amazonas, José Melo (PROS), foi cassado pelo TRE-AM. Cabem recursos federais e no estado. O procedimento ajuda a entender o que seria o processo contra Dilma e Temer. Em 2009, três governadores foram

cassados com base em processos das eleições de 2006 – Maranhão, Tocantins e Paraíba. Morosidade e ampla defesa tornam procedimento pouco célere

(14)

Eleições em 2016:

Eleições internas do PMDB ocorrem em março. Temer está mais preocupado com a manutenção do posto que ocupa desde 2001 que com o governo. Negocia com grupo rebelde do Senado e terá que ceder muito espaço. Existe possibilidade de acordo

Partido, e sobretudo Temer, apostam as fichas nas eleições municipais para alavancarem candidato forte à Presidência em 2018 – consenso no partido é sempre o maior desafio. No Rio de Janeiro, visto como cidade chave por conta de Paes, partido

reafirma candidatura de Pedro Paulo, cuja imagem está desgastada por agressão à ex-mulher

Eleições municipais testarão novas regras associadas às reformas políticas de 2015 e parte das de 2013. Tempo de campanha

menor, mais restrições à propaganda, redução do Horário Eleitoral Gratuito e fim do financiamento empresarial devem

“ofertar benefícios” aos detentores das máquinas públicas.

Sociedade civil promete mobilização contra o Caixa 2

Além da campanha, tempo de filiação aos partidos por parte dos candidatos caiu de um ano para seis meses. Final de abril deve reservar surpresas partidárias em cidades importantes do país

Cenário Político

Imagem: Veja

(15)

Desafios sociais e econômicos:

Insatisfação associada ao desemprego e à redução do consumo devem se tornar mais marcantes com o fim do Carnaval

A despeito de declarações infelizes, ministro da Saúde ilustra o que a OMS tem como preocupação central: doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti fugiram ao controle das autoridades e assustam mundialmente

Governo tem duplo desafio: conter processo de impeachment, convivendo com atuação geradora de incertezas da justiça em outras frentes, e buscar a aprovação de reformas estruturais complexas relacionadas a ajustes econômicos necessários

Cenário Político

Principais pontos complexos na lógica política – que passa por Congresso, desgaste político e sustentação social:

Reforma da previdência –desagrada sindicatos e é polêmica no Congresso

Rearranjo tributário com CMPF e

aumento da CIDE desagrada diferentes setores

Lógica do ajuste fiscal e resultados da economia ainda desafiam governo

Possibilidade de liberaçãode jogos de azar e drogas desagrada conservadores

Imagem: Amarildo.com.br

(16)

Índice

Cenário Internacional Cenário Político

Atividade Econômica Inflação

Política Monetária Política Fiscal

Setor Externo

(17)

Apesar da melhora na margem, a manutenção de baixos níveis de confiança, em resposta ao cenário de elevada incerteza, tanto em termos políticos quanto

econômicos, deve impedir retomada dos investimentos neste ano

A indústria segue em queda livre.

Em novembro, a produção física total recuou -0,7% no dado

dessazonalizado (-11,3% em 12 meses)

Nesse quadro, esperamos nova contração significativa da indústria em 2016 (-6,0%)

Fonte:IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

Atividade Econômica – Confiança e Indústria

67,9 78,0 102,4 103,5

jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16

Índices de Confiança

(ICC e ICI - com ajuste sazonal)

ICC ICI

Média 2010-2014 (ICC) Média 2010-2014 (ICI)

2,7 5,9 3,1 -7,1 10,2 0,4 -2,3 2,1 -3,1 -8,6 -6,0 0,9

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIM - Produção Física - Geral (%YoY)

(18)

Fonte:IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)

Atividade Econômica - Emprego

Nos últimos 12 meses, o saldo líquido é de 1,6 milhão de empregos formais

perdidos

Continuidade do processo de destruição de vagas deve ocasionar forte expansão da taxa de desemprego em 2016, em especial no primeiro trimestre

Perdas reais de renda e massa salarial são esperadas para 2016. Tal quadro deve

garantir nova forte contração do consumo das famílias em 2016

3,3 1,1 -0,4 -1,8 0,4

2013 2014 2015 2016 2017

Renda Real - Crescimento anual (%)

8,0

7,4

6,9

6,2 7,2

6,8 6,8 6,5

7,9

8,3

8,9

9,3 10,9

12,3

12,8 13,1

1T 2T 3T 4T

Taxa de Desemprego (%) - PNADC

2013 2014 2015 2016

(19)

Fonte:IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)

As vendas no varejo (ampliado)

apontaram recuperação em novembro (alta de 0,52% na margem)

O movimento foi influenciado pelas vendas na Black Friday que, por se tratar de um fenômeno recente, ainda não é bem filtrado pelos processos de ajuste sazonal. Como tais vendas constituíram antecipação das compras de final de ano, a expansão de novembro deve ter como contrapartida forte contração na margem no resultado de dezembro

A ampliação do desemprego e redução da renda real das famílias, somadas às

políticas monetária e fiscal contracionistas, devem implicar nova redução significativa do volume de vendas em 2016

Atividade Econômica - Varejo

-13,2

-15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0

jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15

85 90 95 100 105 110 115 120

%

PMC Ampliada - Vendas no Varejo

YoY (%, eixo direito) Série com ajuste sazonal

6,4 13,6 9,9 6,8 12,2 6,6 8,0 3,6 -1,7 -9,6 -5,3 2,3

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PMC Ampliada - Vendas (%YoY)

(20)

Fonte:Banco Central e IBGE (Projeções: 4E Consultoria)

Atividade Econômica - Crédito

Movimento recente de queda dos saldos de crédito tem forte relação com o ciclo de baixa da atividade econômica

Aumento da participação do crédito direcionado nos últimos anos – algo intrinsecamente ligado à política dos bancos públicos – também levou à piora das condições atuais

Alta dos juros e incertezas quanto ao cenário prospectivo são os responsáveis pela menor demanda por crédito, mais recentemente

46,5

50,3

52,6 53,2

54,2 55,7 56,2

43 45 47 49 51 53 55 57 59

jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 out/17

Saldo de Crédito / PIB

(% do PIB)

Projeções 792,7

881,5

899,7

878,1 831,8

679,0 731,1

826,1

898,7 875,4

550 600 650 700 750 800 850 900 950

jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15

Saldo de Crédito - PJ

(R$ bi a preços de dez/15)

Recursos Livres Recursos Direcionados

824,6 863,4 874,8 866,9

803,3

388,7

477,9

592,5

695,9

706,4

300 400 500 600 700 800 900 1.000

jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15

Saldo de Crédito - PF

(R$ bi a preços de dez/15)

Recursos Livres Recursos Direcionados

(21)

Fonte:Banco Central (Elaboração: 4E Consultoria)

Atividade Econômica - Crédito

Governo trouxe novas medidas de estímulo ao crédito, via bancos públicos, mas efeito deve ser limitadíssimo. Turbinar oferta não deve corrigir uma deficiência que é, essencialmente, da demanda

Inclusão do FGTS e multa como garantias ao crédito consignado é algo positivo, mas que deve ter pouco efeito no curto prazo, novamente, pela pouca disposição dos agentes em tomar empréstimos

Taxa de inadimplência segue em elevação discreta nos últimos meses, de forma que não deve representar maior risco ao sistema bancário

2,0 2,2

1,8 1,9

2,6 5,2

5,1

4,1

3,7

4,2

1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0

jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15

Taxa de Inadimplência

(% do saldo)

Pessoa Jurídica Pessoa Física

(22)

Para o PIB, mantivemos a projeção de -3,8% para 2015

Para 2016, revisamos a projeção de -3,0% para -3,4% após a nomeação de Nelson Barbosa para a posição de Ministro da Fazenda no lugar de Joaquim Levy

Em nossa visão, a mudança faz com que o ajuste fiscal ocorra de forma ainda mais lenta, com

impactos negativos sobre a recuperação econômica e variáveis financeiras, como a taxa de câmbio.

De fato, deveremos observar novas contrações nos investimentos e no consumos das famílias e governo. Apenas a balança comercial deverá contribuir positivamente para o crescimento, em resposta ao câmbio mais depreciado

A recuperação da economia deverá ocorrer somente a partir de 2017, com a redução de parte da incerteza política e um início da melhoria da confiança dos agentes

Atividade Econômica - PIB

Fonte:IBGE (Projeções: 4E Consultoria)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1 -3,8 -3,4 1,7

Agropecuária 6,7 5,6 -3,1 8,4 2,1 1,1 1,8 2,2

Indústria 10,3 4,3 -1,0 2,3 -0,9 -6,5 -6,6 1,7

Serviços 5,8 3,4 2,9 2,8 0,4 -2,7 -2,3 1,8

Consumo das Famílias 6,2 4,7 3,5 3,5 1,3 -3,8 -4,1 1,5

Consumo do Governo 3,9 2,2 2,3 1,5 1,2 -0,3 -1,1 1,5

FBCF 17,9 6,7 0,8 5,8 -4,5 -14,1 -9,5 3,0

Exportações 11,7 4,8 0,3 2,4 -1,1 3,6 3,1 3,9

Importações 33,6 9,4 0,7 7,2 -1,0 -14,8 -6,4 4,7

(23)

O setor externo tem impedido uma contração ainda maior da atividade, com expansão das exportações e forte contração nas importações

O movimento é resultado da depreciação cambial, bem como como pela os impactos da ampliação do desemprego e redução do

consumo das famílias sobre a demanda por importações

De fato, não fosse a contribuição

externa para o crescimento, estaríamos observando um cenário ainda mais desastroso para a economia brasileira

Nesse sentido, destaca-se a contração da absorção doméstica¹, de 6,2% em 2015 e de 5,0% em 2016, queda bem mais intensas que o PIB

1: A absorção doméstica é definida como a soma das contribuições

´do investimento e do consumo doméstico para o crescimento do PIB

Atividade Econômica - PIB

Fonte:IBGE (Projeções: 4E Consultoria)

3,6%

3,1%

-14,8%

-10,6%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxa de Crescimento Anuais

Exportações Importações

-6,2 -5,0 2,4

1,6

-8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

%

Contriuição externa e Absorção doméstica

Absorção Doméstica Contribuição Externa para o Crescimento (p.p.)

(24)

Índice

Cenário Internacional Cenário Político

Atividade Econômica Inflação

Política Monetária Política Fiscal

Setor Externo

(25)

O IGP-M encerrou 2015 com inflação de 10,5%, respondendo às pressões do

câmbio sobre os preços no atacado. Para 2016, esperamos menores pressões

vindas do atacado

O resultado deve gerar pressões sobre a inflação ao consumidor, tanto por

repasse das altas de preços de atacado ao consumidor final como pela pressões sobre as tarifas públicas indexadas

Fonte:IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

Inflação – Visão Geral

Para 2016, o IPCA deverá ficar

novamente acima do teto da meta, captando novas pressões em

administrados e os impactos da desvalorização cambial sobre bens comercializáveis

A ampliação do desemprego e a contração da real, por outro lado, devem implicar desinflação de serviços

3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,4 6,1

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

IPCA (%YoY)

3,8 7,8 9,8 -1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,2 5,3

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

IGP-M (%YoY)

(26)

Inflação - IGP-M

Bens finais apontaram forte

elevação em janeiro (1.84%), sob influência de bens duráveis. O

movimento é reflexo dos impactos defasados da desvalorização

cambial.

A desvalorização cambial também

gerou pressões de preço em produtos agropecuários, que iniciaram 2016 com nova elevação no acumulado em 12 meses

De fato, a maior parte da recente

elevação da inflação no atacado ainda não foi repassada aos preços ao

consumidor, o que deve contribuir para a manutenção de taxas de inflação

elevadas no IPCA no médio prazo

Fonte:FGV (Projeções: 4E Consultoria)

4,0

1,5

11,8

4,7

0,4

5,7

-10,0 -7,5 -5,0 -2,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0

jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jul-15 set-15 nov-15 jan-16

IPA-M por Origem - Variação acumulada em 12 meses (%)

Produtos Agropecuários Produtos Industriais 0,9

1,5 6,3

5,3

2,0 8,0 6,4

-1,8

9,9

-10,0 -7,5 -5,0 -2,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5

jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jul-15 set-15 nov-15 jan-16

%

IPA-M por Estágios - Variação acumulada em 12 meses (%)

Bens Finais Bens Intermediários Matérias Primas Brutas

(27)

Inflação - IPCA de Dezembro

O IPCA de dezembro apontou inflação de 0.96%. Com isso, o índice encerrou 2015 registrando inflação de 10,67%

Fonte:IBGE (Projeções: 4E Consultoria)

dezembro

(2014) novembro dezembro novembro dezembro 2014 2015

IPCA 0,78 1,01 0,96 10,48 10,67 2,57 4,24

Administrados 0,43 1,09 0,53 17,95 18,07 2,86 5,54

Livres 0,88 0,98 1,10 8,28 8,51 2,47 3,84

Bens Duráveis 0,08 -0,07 0,19 3,16 3,27 0,59 0,66

Bens Semiduráveis 0,68 0,58 0,97 4,90 5,20 1,91 2,99

Bens Não-duráveis 0,79 2,30 1,66 11,33 12,29 1,97 5,60

Serviços 1,20 0,46 0,97 8,34 8,09 3,44 3,63

Serviços Ex- Passagem Aérea 1,20 0,46 0,97 8,34 8,09 3,44 3,63

Média dos Núcleos 0,63 0,66 0,76 8,92 9,06 2,70 3,85

IPCA-EX 0,73 0,53 0,77 9,41 9,45 2,66 3,46

IPCA-DP 0,68 0,71 0,72 8,82 8,86 2,75 3,97

IPCA-MS 0,49 0,75 0,78 8,55 8,86 2,70 4,13

Índice de Difusão 68,36 78,02 74,80 78,02 74,80 68,36 74,80

Variações Mensais Acumulado em 12 meses Amulado 2º Semestre

(28)

Inflação - IPCA de Dezembro - Grupos

Colunas: Taxa de variação mensal

Rótulo dos dados: Contribuição para o índice geral (em pontos percentuais): ሾ𝑉𝑎𝑟 𝑡 −

A desaceleração da taxa mensal, bem como a manutenção do índice em patamar elevado, foi influenciada por alimentação (de 1,83% no IPCA de novembro para 1,50% em dezembro). O grupo captou menores pressões advindas de alimentação domiciliar (de 2,46% para 1,96%), com desaceleração de alimentos in natura e açúcares e derivados. Vale destacar que o excesso de chuvas deve garantir nova rodada de pressões de alimentos in natura ao longo do primeiro trimestre de 2016

Em sentido oposto, tivemos aceleração em transportes (de 1.08% para 1.36%) e vestuário (de 0,79% para 1,15%), sob influência de passagens aéreas (de -5,18% para 37,07%) e roupas (de 1,00% para 1,35% - sazonalidade)

Fonte:IBGE (Projeções: 4E Consultoria)

IPCA Transportes Art.

Residência Alimentação Vestuário Educação Saúde Desp.

Pessoais

Comunicaçã

o Habitação

IPCA Dezembro de 2014 1,24 1,48 2,42 0,15 0,31 1,68 -0,28 0,32 -0,69 1,83

IPCA Novembro de 2015 1,01 1,83 0,76 1,03 0,22 0,52 0,31 0,64 0,79 1,08

IPCA Dezembro de 2015 0,96 1,50 0,49 0,43 0,22 0,57 0,46 0,70 1,15 1,36

-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

-0,05 0,01 0,05

0,01 0,00

-0,02 -0,04

-0,08

0,01 0,02

(29)

Inflação - IPCA de Dezembro - Núcleos e Serviços

O IPCA encerrou 2015 registrando inflação de serviços, excluindo-se passagens aéreas, em 8,57%. O repasse do aumento de custos proveniente da correção em tarifas administradas e a piora do processo de indexação explicam o quadro, a

princípio incompatível com a dinâmica de atividade e, em particular, com o mercado de trabalho

Nossas estimativas apontam que serviços teriam encerrado 2015 em 7,2% não fosse o choque em preços administrados

Os demais tipos de preços livres também apresentaram variação mais elevada em 2015. No caso de bens duráveis (de 3,01% em 2014 para 3,27% em 2015%) e

semiduráveis (de 3,82% para 5,20%), as maiores pressões devem-se ao processo de depreciação cambial. Já bens não duráveis, além de pressões de repasse cambial, contaram com choque de oferta de produtos in natura (elevado volume de chuvas e redução das áreas plantadas)

Na média dos resultados mensais, o índice de difusão ficou em 69,73% em 2015 (contra 64,57% em 2015), evidenciando o elevado grau de disseminação da alta de preços na economia. Vale destacar ainda que 42,9% dos itens do IPCA tiveram

elevação superior à 10% em 2015

(30)

Inflação - IPCA – Projeções Anuais

Para o IPCA de janeiro, projetamos variação de 1,05% (12 meses em 10,44%). A manutenção de fortes pressões em alimentação domiciliar e os reajustes em transporte público devem garantir um índice bastante pressionado em janeiro.

Adicionalmente, as pressões de custo decorrentes da desvalorização cambial estão impedindo uma queda nos preços de aparelhos eletroeletrônicos, usualmente

observadas nesta época do ano

Para 2016, mantivemos a projeção de 7,4%. Como fator de risco, os sinais de interferência política sobre a condução de política monetária podem ter efeitos deletérios sobre a formação de expectativas, elevando a inflação deste ano

Fonte:IBGE (Projeções: 4E Consultoria) 30

2012 2013 2014 2015 2016

IPCA 5,8 5,9 6,4 10,7 7,4

Administrados 3,7 1,5 5,3 18,1 8,4

Livres 6,6 7,3 6,7 8,5 8,5

Bens duráveis -3,5 3,6 3,0 3,3 6,3

Bens semiduráveis 5,0 5,0 3,9 5,3 6,9

Bens não-duráveis 8,7 7,6 6,9 12,3 8,9

Serviços 8,7 8,7 8,3 8,1 6,8

Serviços EX- Passagem Aérea 8,5 8,8 8,3 8,6 7,4

Referências

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