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Braz. j. . vol.77 número3 pt v77n3a23

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Academic year: 2018

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Brazilian Journalof otorhinolaryngology 77 (3) Maio/Junho 2011 http://www.bjorl.org.br / e-mail: revista@aborlccf.org.br

Primary tuberculous osteomyelitis of the mandible mimicking a

parotid fistula

Smita Upadhyay

1

, Arpit Sharma

2

, Vidisha Tuljapurkar

3

, Jyoti P Dabholkar

4 Osteomielite tuberculosa primária da mandíbula mimetizando fístula na parótida

1 MS, residente. 2 MS, professor.

3 MBBS, residente.

4 MS, Professor e chefe.

Departamento de ORL - First Floor, OPD Building. Seth G.S. Medical College, Parel Mumbai -12 Maharashtra, Índia. Este arigo foi submeido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da BJORL em 03 de agosto de 2010. cod. 7239

Arigo aceito em 03 de novembro de 2010.

CASE REPORT Braz J Otorhinolaryngol.

2011;77(3):403.

Para citar este artigo, use o título em inglês

BJORL

Keywords: mandible, osteomyelitis, tuberculosis.

Palavras-chave: mandíbula, osteomielite, tuberculose.

.org

INTRODUÇÃO

Osteomielite tuberculosa da man-díbula é uma entidade rara; entretanto, o ressurgimento da incidência da tuber-culose devido à coinfecção por HIV tem retornado o foco para essa antiga doença1.

Tuberculose oral é geralmente secundária a envolvimento pulmonar; entretanto, as manifestações sistêmicas podem estar au-sentes e a lesão oral pode ser a primeira manifestação.

RELATO DE CASO

Uma garota de 14 anos de idade nos foi encaminhada com progressivo edema na região malar direita com dois meses de evolução. Um edema semelhante três me-ses atrás foi diagnosticado como abscesso parotídeo e foi drenado. Dez dias depois, ela começou a se queixar de uma secre-ção no mesmo sítio. A paciente se lembra de ter sofrido uma extração dentária oito meses atrás.

O exame revelou um edema endu-recido de aproximadamente 5X5 na região da parótida direita, alcançando o ângulo da mandíbula. Houve também secreção na cavidade.

Radiografia simples do tórax estava normal e a citologia do aspirado por agulha fina a partir do edema foi inconclusiva. A paciente teve exame de HIV negativo. A ultrassonografia resultou em osteomielite da mandíbula com um abscesso adjacente bem definido, que foi confirmado à TC. Havia destruição lítica no córtex externo da mandíbula, no ângulo e no colo.

A paciente foi submetida a uma bi-ópsia cruenta. No per-operatório, o córtex externo da mandíbula foi destruído. Mate-rial caseoso estava presente e a cavidade foi sondada e chegava até a mandíbula, foi excisada. Como a glândula parótida estava normal, ela foi deixada intacta.

A histopatologia mostrou granu-lomas de células epitelioides compostos de uma área central de necrose caseosa circundada por células epitelioides, células gigantes de Langhan e um manto periférico de linfócitos. Foi, então, feito o diagnóstico de osteomielite tuberculosa.

A paciente foi submetida a trata-mento antituberculoso, que causou com-pleta resolução do edema.

DISCUSSÃO

A osteomielite tuberculosa da man-díbula é uma entidade rara. Entretanto, em um país como a Índia, onde a tuberculose é endêmica, deve ser um importante diag-nóstico diferencial quando se considera edemas de mandíbula de longa duração.

A doença geralmente afeta crianças jovens. A mandíbula raramente é afetada por causa da menor quantidade de osso esponjoso2. As principais rotas de

dissemi-nação são o escarro contaminado, o tecido mole adjacente e a rota hematogênica. Ferida após a extração de um dente pode também ser uma via de disseminação. O ângulo e o ramo da mandíbula são comu-mente afetados. Destruição e erosão do córtex ocorrem e este é substituído por tecido mole de granulação. Tecido case-oso resulta do amaciamento, liquefação e formação de um abscesso subperiosteal que pode se extravasar no espaço intraoral ou extraoral3. Cavidades que continuam a

secretar apesar do uso de antibióticos po-dem também representar o sintoma inicial.4

Apagamento dos detalhes ósseos é o primeiro sinal, e mais tarde uma área radioluscente também pode ser visualizada na TC devido à descalcificação. O diagnós-tico é difícil em crianças, porque em sua

forma primária a doença é paucibacilar e nunca existe correlação bacteriológica. A ausência de AFB no raspado mostrando imagem citológica característica não deve pesar contra o diagnóstico de TBC5.

Con-siderando a prevalência geral de TBC na Índia, a presença de granuloma de células epiteliais é indicativa de TBC até que se prove o contrário6.

O tratamento, quando iniciado precocemente, leva à completa resolução da lesão. De acordo com o RNTCP, o tratamento preconizado é de seis meses, envolvendo tratamento intensivo de dois meses com Isoniazida, Rifampicina e Pira-zinamida, e o tratamento de manutenção deverá ser de quatro meses com Rifampi-cina e Isoniazida.

CONCLUSÃO

A osteomielite tuberculosa primária é uma entidade rara. A crescente incidên-cia da assoincidên-ciação entre TBC e HIV com o aparecimento de resistência medicamen-tosa representam um grande desafio para países em desenvolvimento. Diagnóstico precoce e rápido início de tratamento são os únicos meios de se reduzir a morbidade da doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Chaudhary S, Kalra N, Gomber S. Tuber-culous osteomyelitis of the mandible: case report in a 4 year old child. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol En-dod.2004;97(5):603-6

2. Sachs SA, Eisenbud L. Tuberculous osteomye-litis of the mandible. Oral Surg.1977;44:425-6. 3. Bhatt AP, Jaykrishnan A: Tuberculous oste-omyelitis of the mandible: a case report. Int J Paediatr Dent.2001;11(4):304-8

4. Gupta KB, Manchanda M, Yadav SPS, Mittal A. tubercular osteomyelitis of the mandible. Indian J Tuberc.2005;52:147-50.

5. Lanka P,Lanka LR, Krishnaswamy B. Role of fine needle aspiration cytology of lymph nodes in the diagnosis of cutaneous tuber-culosis. Indian J Tuberc.2004;51:131-5 6. Pandit AA, Khilani PH, Prayag AS.

Tu-berculous lymphadenitis, extended cyto-morphological features. In Diagn Cytopa-In Diagn Cytopa-thol.1995;12:23-7.

Imagem

Figura  1.  Imagem  clínica  da  paciente  mostrando  o  edema  na  região da parótida direita.

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