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UNIFIEO. Curso: Eng. Da Computação e de Produção. Disc: Legislação e Segurança do Trabalho. Fatores Humanos no trabalho

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1 UNIFIEO

Curso: Eng. Da Computação e de Produção Série: 10º Sem Disc: Legislação e Segurança do Trabalho 2 º Bimestre

Prof.: Guilherme S. Ferreira

Fatores Humanos no trabalho

De interesse dos trabalhadores, empresas e a sociedade em geral, pois além do sofrimento, ainda provoca despesas ao sistema de saúde e previdência.

O Brasil está entre os países com maior índice de acidente no trabalho em todo o mundo, concentrado em setores como construção civil e transportes.

As pessoas podem influenciar no ambiente de trabalho de forma positiva ou negativa e isto contribui para que ocorra a falha humana, que normalmente recaem nas falhas humanas como sono, negligência, alcoolismo, entre outras deficiências humanas.

A função da ergonomia é analisar principalmente as interações do sistema e usuário, adequando corretamente.

Os fatores humanos referem-se a questões ambientais, organizacionais e de trabalho. fatores e características humanas e individuais que influenciam o comportamento no trabalho de forma a afetar a saúde e a segurança.

Uma maneira simples de entender os fatores humanos é conhecer três aspectos: o trabalho, o indivíduo e a organização, e com isso, pensar em como eles impactam os comportamentos de saúde e segurança.

Agora que você conheceu os três fatores humanos que influenciam os comportamentos, a figura a seguir representa os problemas chave para cada um deles. Pensando em cada um destes aspectos então, para um comportamento de risco, podemos perguntar: Que tipo de atividade está sendo pedida e onde? (a atividade e suas características); quem está fazendo?

(O indivíduo e a sua competência); onde eles estão trabalhando? (A organização e seus atributos).

Fatores humanos podem contribuir para a redução do número de acidentes e casos de doenças ocupacionais. Os acidentes ocorrem geralmente pelas causas humanas, visto que a parte técnica como máquinas, tornaram-se mais confiáveis. Estima-se que até 80% dos acidentes podem ser atribuídos, pelo menos em parte, às ações ou omissões das pessoas. Não é um resultado surpreendente, o trabalho tem impacto na saúde e segurança das pessoas, por isso, ao tornar ele positivo, leva a satisfação do trabalho e consequentemente o bem-estar físico e mental dos indivíduos.

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2 O erro humano

Não apenas causado por desatenção ou negligência.

Para que estes resultem em acidente de trabalho, ocorram sucessivas decisões anteriores que criaram condições para a situação do acidente, muitas vezes evitáveis se não tivessem acompanhadas de desatenção ou negligência.

Natureza do erro humano

Deve-se observar as variações do comportamento humano, pois nunca é constante, mesmo que para profissionais experientes ou que executam tarefa simples ou repetitivas.

Toda tarefa existe uma faixa de variação aceitável. Quando começam a ultrapassar este limite, é considerada anormal, aumentando riscos de acidentes ou até mesmo consideradas erro, principalmente quando a intensidade da variação for muito grande, fora da faixa considerada normal.

Variações normais são fatores internos ao homem, que provocam consequências internas. São consideradas internas (de foro íntimo, como problemas familiares) ou externas (fatos estranhos que provoquem desvio de atenção, como colega brincando). Ex.: briga na rua provoca acidente.

Podem ser divididas em três níveis: no sistema sensorial, no sistema nervoso central e no sistema motor. Estes podem ocorrer os desvios causadores de acidentes.

O erro humano ocorre quando a interação homem-trabalho ou homem-ambiente, que não atendam a determinados padrões esperados e dividem-se em:

ação humana variável, transformação do ambiente (ou máquina) que não atenda a determinados critérios e julgamento da ação humana frente a essas situações.

Erro e violação

Erro é um ato involuntário que se desvia daquele normal ou

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3 pretendido. Normalmente recai sobre o domínio da percepção, processamento humano das informações ou interações inadequadas com o sistema.

Violação é um ato deliberado que se desvia a ação segura, podendo ser intencional, mas que nem sempre leva a consequência danosa. Ocorre no contexto social, envolvendo fatores cognitivos e motivacionais, levando a pessoa a ultrapassar intencionalmente os procedimentos seguros.

Sabotagens quando uma violação é praticada deliberadamente para produzir dano.

Tipos de erros

- Erro de percepção: não produzem o efeito desejado, devidos órgãos sensoriais, como falhas ao perceber sinal, identificação incorreta, etc.

- Erro de decisões: ocorrem durante o processamento das informações pelo sistema nervoso central. Podem ser ações certas, mas executadas no tempo errado.

- Erros de ação: dependem de ações musculares, como incorretas, posicionamento errado, troca de controle, força insuficiente ou demora nas ações. Ações omitidas ou acrescidas sem necessidade.

Podem ocorrer por falta de treinamento, instruções erradas, fadigas, monotonia, estresse, posto de trabalho deficiente, má iluminação, organização inadequada do trabalho, entre outras.

Tipos de violação

De natureza mais complexa, normalmente são conscientemente praticados. É como ultrapassar o sinal vermelho no trânsito e dividem-se em:

- motivação interna: ocasionadas por problemas psicológicos, necessidade de auto- afirmação, rebeldia, auto afirmação, etc.

- motivação externa: praticadas por premência de tempo, necessidade de ganhar dinheiro, pressão social, regras e valores de outros grupos.

Ambas não costumam aparecer isoladamente, mas uma situação que contribui para um erro ou violação.

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4 Efeitos da aprendizagem

Tanto trabalhadores novatos, quanto o experientes cometem erros.

E em alguns casos, os experientes cometem mais erros, porém mais rápidos.

Os erros devem ser facilmente detectáveis, corrigíveis e de consequência minimizada ou não produzam efeitos danosos.

Análise dos erros

Apesar de subjetividade sobre o que é certo e errado, deve ser feito.

- julgamento do erro humano: pode ser feito pela própria pessoa, pois se tornará mais fácil a identificação, porém pode ser feito por outras pessoas, mas ocorre um lapso e tempo entre ação e julgamento, nem sempre coincidindo com a apreciação do trabalhador que causou.

- enfoque analítico: utilização de sistemas semelhantes aos que apuravam falhas técnicas, advinda depois que começaram a aceitar que o acidente é uma consequência de desvios daquilo que é considerado um trabalho normal ou bem sucedido. Registra-se as descrições das condições reais encontradas e não apenas daquilo que deveria ter sido encontrado.

Deve ser efetuada pelas circunstâncias que causaram os desvios.

Prevenção de erros

Um dos meios de prevenção é substituir o homem pela máquina, principalmente tarefas simples e repetitivas ou que exijam grande força. Porém as máquinas dificilmente corrigem seus próprios erros apesar de errar menos.

A Ergonomia aperfeiçoa mostradores, controles, posto de trabalho e outros que contribuem claramente para a redução de erros. Desta forma, as máquinas só funcionam quando todos os procedimentos de segurança foram adotados.

Seleções e perfis adequados para o exercício da atividade contribuem para a diminuição da falha humana.

Ergonomia do Produto

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5 Há décadas, grandes empresas produtoras de aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis investem cada vez mais na ergonomia e design, com o objetivo de harmonizar as máquinas e ambientes para que funcionem harmoniosamente com o homem, alcançando o desempenho dos mais desejados.

Ergonomia de sistemas

Diversos aspectos de projeto, que eram resolvidos apenas tecnicamente, foram identificados como fonte de problemas, ergonômicos, e que, portanto, deveriam merecer análises mais cuidadosas.

Os especialistas em ergonomia sentiram deficiência de conhecimento sobre o desenvolvimento de sistemas complexos de trabalho, surgindo diversas teorias e modelos sobre o conceito de sistema e metodologias de desenvolvimento dos produtos, variáveis relativas ao desempenho humano inclusas gradativamente, vinculadas ao sistema a ser desenvolvido.

A melhoria é com relação a função do homem com o sistema, não mais apenas com controles, botões e mostradores, fazendo com que os ergonomistas desenvolvessem uma metodologia para desenvolvimento de sistemas, mas nem sempre era integrado ao sistema produtivo como um todo.

Integração ao sistema produtivo

Passou a integrar formalmente o organograma das empresas, passando o que era considerado um trabalho ocasional ou esporádico, como uma atividade permanente dentro dessas empresas.

Ergonomistas passaram a trabalhar em equipe, integrando com as demais áreas e especialidades, desde a fase inicial dos trabalhos, inclusive com a inclusão da informática.

Sistemas passou a ter a acepção ampla, podendo abranger a ação coordenada de centenas e até de milhares de trabalhadores e máquinas, muitas vezes formando microssistemas, sendo denominado neste caso de macroergonomia, que passou a integrar a ergonomia no contexto de projeto e gerência de organizações, conhecias pelas siglas em inglês ODAM (Organizational Design and Management).

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6 Características desejáveis dos produtos

Todos os produtos destinam-se a satisfazer a certas necessidades humanas, entrando em contato com o homem de forma direta ou indireta.

Para que funcionem bem e ocorra a devida interação, devem ter as seguintes características básicas:

- qualidade técnica: funcionalidade do produto do ponto de vista mecânico, elétrico, eletrônico ou químico. Dentro da qualidade técnica deve-se considerar a eficiência com que o produto executa a função, o rendimento na conversão de energia, a ausência de ruídos e vibrações, a facilidade de limpeza e manutenção, etc.

- qualidade ergonômica: é a que garante uma boa interação do produto com o usuário, como facilidade de manuseio, adaptação antropométrica, fornecimento claro de informações, compatibilidade de movimentos, conforto e segurança, etc.

- qualidade estética: proporciona prazer ao consumidor. Combina formas, cores, materiais, texturas, acabamento e movimentos, do qual o produto passa a ser considerado atraente e desejado aos olhos do consumidor.

Equilíbrio entre as qualidades

As três qualidades do produto são genéricas e estão presentes em praticamente todos eles, porém há em cada tipo de produto, uma ou outra qualidade que pode predominar sobre as outras. Ex.: um motor, cujo objetivo maior é a qualidade técnica, um alicate cuja ergonomia seja mais importante ou alguma peça de decoração cuja estética predomina. Mas de qualquer forma, as três estarão presentes, variando apenas a intensidade.

Há casos que os fabricantes não conseguem equilíbrio adequado entre os três, sobressaindo a técnica do que a qualidade ergonômica ou estética, ou estéticos e ergonômicos porque as qualidades técnicas não são tão visíveis para o consumidor e de maior dificuldade a modificação.

Bens de capital e bens de consumo

Classificadas pelo nível de tecnologia, pelo tipo de tração, entre outros.

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7 - bens de capital: são usados por empresas em alguma atividade produtiva, geralmente adquiridas por empresas, operadas por trabalhadores especialmente treinados e normalmente possuem apoio técnico de outros profissionais. A qualidade técnica é dominante e sua renovação é ditada pelos avanços tecnolígicos.

- bens de consumo: são usados por indivíduos, geralmente no âmbito doméstico, do qual o uso e a manutenção não é tão regular e em alguns casos o uso é errado e por pessoas que não possuem treinamento para operá-lo, com vários tipos de usuários. Estão sujeitos a uso mais irregular, menos sistemático e não previstos pelo fabricante.

Projeto universal e usabilidade

Com a globalização, aumentou a circulação mundial das mercadorias e produtos, incluindo minorias ao mercado de consumo, aumentando horizontes dos projetistas.

Projetos que antes eram realizados para determinados segmentos da população e regiões, hoje devem ser pensados no mercado mundial e ampla variação das características dos usuários, fazendo-se necessária a formulação dos princípios de projeto universal e dos critérios para melhorar a usabilidade dos produtos.

O projeto universal está preocupado em fazê-lo acessível à maioria da população, enquanto a usabilidade, em facilitar o seu uso, apesar de que, naturalmente produtos universais acabam tendo uma boa usabilidade e vice-versa.

Produto universal

Possui características que facilitam o seu uso pela maioria das pessoas, incluindo as minorias, como canhotos, idosos, portadores de deficiência física, etc, partindo do princípio que é mis barato desenvolver esse tipo de produto, principalmente produtos em larga escala, devendo o produto permitir mudanças ou substituição de suas características para acomodar diferente usuários e formas de utilização, apesar que, mesmo que universal, não há produto que pode ser utilizado irrestritamente por todos os usuários.

Princípios do projeto universal

Adota princípios que podem ser aplicados tanto na avaliação dos

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8 produtos existentes, como para orientar o desenvolvimentos de novos produtos e ambientes:

- uso equitativo: o produto deve ter dimensões, ajustes e acessórios que permitam atender ao maior número possível de usuários, permitindo o uso de forma idêntica ou equivalente, sendo que a segurança, proteção e privacidade devem estar igualmente disponíveis a todos os usuários;

- flexibilidade no uso: o projeto deve acomodar uma ampla gama de habilidades e preferências individuais, possibilitando o uso aos destros e canhotos, uso preciso e exato a todos os usuários, escolha do modo de usar, adaptar-se às forças e ritmos próprios de cada usuário;

- uso simples e intuitivo: facilmente entendido, sem depender de conhecimentos específicos, problema de linguagem ou nível de atenção momentânea, eliminar as complexidade desnecessárias;

- informação perceptível: efetivamente comunicadas aos usuários, sem depender de habilidades especiais dos mesmos. Deve-se apresentar as informações essenciais com redundância, melhorar a visibilidade com contrastes e texturas que se destaquem do fundo, compatibilizar a natureza da informação com o meio utilizado na transmissão, entre outros;

- tolerância ao erro: deve minimizar os riscos e as consequências adversas das ações involuntárias ou acidentais, reduzindo a sensibilidade exagerada dos controles, arranjar os controles de forma lógica, isolar ou proteger os perigosos, desencoraja ações inseguras em tarefas que exijam habilidade e vigilância, entre outros;

- redução de gasto energético: deve evitar o superdimensionamentos desnecessários.

Sempre que possível, o corpo e os membros do usuário devem ser mantidos na posição neutra, livre de estresses;

- espaço apropriado: o dimensionamento das máquinas, equipamentos e espaços de trabalho deve ser apropriado para acesso, alcance e manipulação, qualquer que seja o tamanho do usuário, postura ou mobilidade. Os dispositivos de informação e controles manuais devem ser acessíveis aos usuários sentados ou em pé.

Usabilidade

Significa facilidade e comodidade no uso dos produtos, tanto no ambiente doméstico como no profissional, devendo os produtos ser fáceis de entender, de

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9 operar e pouco sensíveis a erros, tornando o produto mais eficiente.

A quantidade de erros pode demonstrar a ineficiência do produto, podendo melhorar as dimensões distanciamento, melhorar a identificação visual como usar cores.

Depende também do usuário, dos objetivos pretendidos e do ambiente em que o produto é usado, dependendo da inteiração entre produto, usuário, tarefa e ambiente, podendo ser considerado adequado por uns e insatisfatório para outros.

Princípios da usabilidade

- evidência: deve indicar claramente a sua fundão e modo de operação;

- consistência: as operações semelhantes devem ser realizadas de forma semelhante, podendo transferir experiência positiva de uma tarefa para outra;

- capacidade: o usuário possui determinadas capacidades para cada função, que devem ser respeitadas e não devem ser ultrapassadas;

- compatibilidade: atende às expectativas do usuário que melhora com a compatibilidade, que dependem de fatores como fisiológicos, culturais e experiências anteriores, assim como estereótipos populares;

- prevenção e correção dos erros: os produtos devem impedir procedimentos errados e caso sejam feitos, devem permitir uma correção fácil e rápida;

- realimentação: os produtos devem dar um retorno aos usuários sobre os resultados de sua ação, desde um simples “bip” até um sinal luminoso ou se necessário a realimentação, pois é importante para que o operador possa redirecionar a ação. Ex.: linha telefônica, com sinal, chamando e ocupada.

Pg. 313-323 Ergonomia, projeto e produção.

Álcool, fumo, drogas e dependência química no ambiente de trabalho

Não é raro algum colaborador se apresentar para exercer a atividade laboral sob efeito de álcool, droga ou ser dependente químico e exercer suas atividades

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10 normalmente.

Segundo a Previdência Social, em 2011 foram concedidos mais de 124 mil benefícios por afastamento devido uso de drogas ilícitas, gerando despesas de R$

107,5 milhões.

Drogas como crack, cocaína, anfetaminas e maconha afastam 8 vezes mais funcionários do que o álcool e o cigarro.

Muitos países há programas de prevenção de uso do álcool, fumo e drogas, mas no Brasil não existe este foco específico ou imposto pelo Governo, uma vez que o apoio e a campanha é apresentada por cada empresa, podendo optar pelo programa que escolher.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 20 a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que se machucam a si mesmas e a outros. O Brasil está entre os cinco primeiros do mundo em número de acidentes no trabalho. São em média 500 mil por ano e quatro mil deles resultam em morte.

Além destes riscos, independente da idade, classe econômica e esfera sociais, os usuários/dependentes costumam apresentar queda de produtividade, risco maior de acidente de trabalho, faltas frequentes, relações sociais e familiares com problemas.

Afetam até 15% dos empregados, aumentando até 5 vezes a chance de acidente, respondem por 50% das ausências e licenças médicas e aumentam o custo com rotatividade de funcionários, assim outros fatores atrelados a eles.

Considerada uma doença crônica e multifuncional, a dependência química desenvolve-se através de diversos fatores e contribuições, inclusive a quantidade de uso e frequência da substância, condições de saúde física e mental do indivíduo, fatores genéticos, ambientais, entre outros.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.

Radiações eletromagnéticas não ionizantes: micro-ondas e radiofrequência

As radiações não ionizantes são ondas eletromagnéticas.

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11 Estas por sua vez, são definidas por sua frequência ou seu comprimento de onda, velocidade de propagação é a velocidade da luz no vácuo, sendo que o comprimento da onda é inversamente proporcional à frequência da onda ( c, aproximadamente 3x10 na oitava potência metros/segundo).

Radiofrequência e Microondas

Radiofrequência e Micro-ondas são as ondas denominadas da primeira família em termos de comprimentos de onda decrescentes, do qual sua faixa de comprimentos de onda pode ir de muitos quilômetros a alguns milímetros. São comumente utilizadas em muitas formas de telecomunicação, de pesquisa e prospecção espacial, bem como para uso militares, industriais e médicos, podendo estes equipamentos utilizados ter fuga de radiação, pois nem todos os equipamentos são bem isolados ou blindados.

Alguns processos industriais incluem aquecimento e têmpera por indução eletromagnética na faixa de radiofrequência, uso de micro-ondas para

aquecimento, solda de plástico por radiofrequência, entre outros.

Radiofrequência

Pode ser encontrada em radiofrequência, ondas de rádios, radiodifusão AM, diatermia médica, solda de radiofrequência, secagem de sementes e folhas, entre outras.

O principal risco associado à ela, destaca-se o aquecimento induzido pela radiação – ainda que a variação da temperatura do corpo seja pequena, porém, segundo estudos, embriões e os fetos podem ser particularmente sensíveis ao calor induzido por ela, podendo provocar abortos, má formação no sistema nervoso central de bebês cujas mães desenvolveram hipertermia entre moderada e severa, principalmente durante os três primeiros meses de gravidez.

Micro-ondas

Com vasta aplicação comercial, a radiação de micro-ondas pode ser inclusive uma das formas mais práticas e conveniente de aquecimento, como quando usamos o aparelho de micro-ondas, normalmente não se tem contato com o ambiente externo.

Também é utilizada para esterilização, vulcanização, radiodifusão FM, ressonância magnética e diversas atividades.

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12 A exposição à elas pode provocar diversos efeitos à saúde, dependendo da frequência da onda exposta, potência dos geradores e tempo de exposição, como queimaduras, catarata e distúrbios cardiovasculares, assim como endócrinos.

Danos à saúde

Os tecidos absorvem a radiação, causando aquecimento, isto é, são predominantemente térmicos.

A intensidade do aquecimento dependerá da potência da fonte, distância do indivíduo, tempo de exposição e das características dielétricas e de dissipação térmica dos tecidos expostos, assim como a frequência da radiação como veremos abaixo:

Frequência em MHZ Região de aquecimento

Acima de 3000 Superficial (pele)

Entre 1000 e 3000 Intermediária (camadas de gordura) Abaixo de 1000 Interna (aquecimento profundo)

O cristalino dos olhos pode correm riscos de serem afetados quando atingido de 2 a 3 GHz, sendo que o corpo humano inteiro possui faixa máxima de absorção entre 30 e 300 MHz.

NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Publicação Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 - D.O.U. 06/07/78 Atualizações

Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 - D.O.U. 14/03/83 Portaria SSMT n.º 03, de 07 de fevereiro de 1988 - D.O.U. 10/03/88 Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 - D.O.U. 21/09/93

Portaria SIT n.º 84, de 04 de março de 2009 - D.O.U. 12/03/09

1.1 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.1.1 As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

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13 1.2 A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.3 A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional.

(Alteração dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)

1.3.1 Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho.

(Alteração dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)

1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

(Alteração dada pela Portaria n.º 13, de 17/09/93)

1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição:

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;

d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de insalubridade;

e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTB.

1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais, mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

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14 1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as 2 instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados;

b)empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário;

c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;

d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;

e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento;

f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.

1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.6.2 Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.7 Cabe ao empregador:

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;

(Alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)

Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta alínea foram revogados.

c) informar aos trabalhadores:

(Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)

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15 I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d)permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

(Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)

e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho.

(Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)

1.8 Cabe ao empregado:

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

(Alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09) b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;

d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR;

1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.9 O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

1.10 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das Normas Regulamentadoras – NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT.

(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)

Fonte: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR1.pdf

NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Publicação Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 – D.O.U. 06/07/78 Alterações/Atualizações

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16 Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982 – D.O.U. 17/05/82

Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 - D.O.U. 14/03/83 Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991 - D.O.U. 30/10/91 Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992 - D.O.U. 21/02/92

Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 - D.O.U. 21/05/92 Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992 - D.O.U. 20/08/92 Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 - D.O.U. 30/12/94

Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001 - D.O.U. 17/10/01 Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 - D.O.U. 28/03/04 Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004 - D.O.U. 10/12/04 Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006 - D.O.U. 06/12/06 Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 - D.O.U. 22/12/06

Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 - D.O.U. 27/08/09 Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009 - D.O.U. 13/11/09 Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010 - D.O.U. 08/12/10 Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011 - D.O.U. 09/12/11 Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014 – D.O.U. 24/07/14

Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015 - D.O.U. 17/04/15 Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017 - D.O.U. 07/06/17 (Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

(17)

17 6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.5.1Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.6Responsabilidades do empregador.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)

6.7 Responsabilidades do trabalhador.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

(18)

18 (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

b) solicitar a emissão do CA;

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;

k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.9 Certificado de Aprovação - CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma

(19)

19 alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

6.10 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.10.1 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e

g) cancelar o CA.

6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.

6.12 e Subitens (Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)

ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA A.1 - Capacete

a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) capacete para proteção contra choques elétricos;

c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

A.2 - Capuz ou balaclava

a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;

d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água.

(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE B.1 - Óculos

a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;

(20)

20 d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;

e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.

(Inserida pela Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014) B.2 - Protetor facial

a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;

c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;

e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

B.3 - Máscara de Solda

a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultra- violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA C.1 - Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.

D.2 -Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;

b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.

D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA

(21)

21 a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);

b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.5 - Respirador de fuga

a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO E.1 - Vestimentas

a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;

b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;

c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;

e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;(NR) (Alteradapela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.

E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES F.1 - Luvas

a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luvas para proteção das mãos contra a gentes térmicos;

e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;

h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;

i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

F.3 - Manga

a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;

c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;

d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;

e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;

f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.

(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

F.4 - Braçadeira

a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;

b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5 - Dedeira

a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

(22)

22 G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado

a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;

c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;

e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;

f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;

g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) G.2 - Meia

a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira

a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.

G.4 - Calça

a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR) (Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H -EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO H.1 - Macacão

a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;

b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes químicos;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica.

(NR)(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017) H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;

(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR) (Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL (Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011) I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda

(23)

23 a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.

I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE

a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.

ANEXO II

(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) ANEXO III

(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

Fonte: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf

NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Publicação Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 – D.O.U. 06/07/78 Alterações/Atualizações

Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 – D.O.U. 14/06/83 Portaria MTE n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 – D.O.U 08/09/04 Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016 – D.O.U. 02/05/16 (Texto dado pela Portaria GM n.º 598, de 07 de dezembro de 2004) 10.1 - OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando - se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

(24)

24 10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

b)documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:

a) descrição dos procedimentos para emergências;

b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.

10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado.

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes

(25)

25 vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.

10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado.

10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado.

(26)

26 10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:

a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais;

b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado);

c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;

d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações;

e) precauções aplicáveis em face das influências externas;

f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas;

g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia.

10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR.

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando - se a sinalização de segurança.

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas.

10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes.

10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.

10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.

10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas.

Referências

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