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Estudos de Inclusões Fluidas em Veios de Quartzo Associados ao Granito Nhandu no Depósito de Ouro Trairão - Província Aurífera Alta Floresta MT

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Academic year: 2022

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS

Maria Aparecida Domingues Dias

Estudos de Inclusões Fluidas em Veios de Quartzo Associados ao Granito Nhandu no Depósito de Ouro Trairão - Província Aurífera

Alta Floresta – MT

Orientador

Prof. Dr. Francisco Egídio C. Pinho

CUIABÁ

2012

(2)

ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT Reitora

Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder Vice-Reitor

Prof. Dr. Francisco José Dutra Solto Pró-Reitora de Pós-Graduação

Profª. Drª. Leny CaselliAnzai

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – ICET

Diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Terra Prof. Dr. Edinaldo de Castro e Silva

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS - DRM

Chefe do Programa de Pós-Graduação em Geociências Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa

(3)

iii Universidade Federal de Mato Grosso – www.ufmt.br Instituto de Ciências Exatas e da Terra – www.ufmt.br

Curso de Graduação em Geologia – cursodegeologia@ufmt.br Departamento de Recursos Minerais – www.ufmt.br

Programa de Pós-Graduação em Geociências – ppgec@ufmt.br Campus Cuiabá – Avenida Fernando Corrêa, s/nº - Coxipó 78.060-900 – Cuiabá, Mato Grosso.

Fone: (65) 3615-8000

Os direitos de tradução e reprodução são reservados.

Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos, ou utilizada sem a observância das normas de direito autoral.

A. FICHA CATALOGRÁFICA

D541e Dias, Maria Aparecida Domingues.

Estudos de inclusões fluidas em veios de quartzo associados ao granito Nhandu no depósito de Ouro Trairão – Província Aurífera Alta Floresta - MT / Maria Aparecida Domingues Dias. – 2012.

xiv, 90 f. : il. color.

Orientador: Prof. Dr. Francisco Egídio C. Pinho.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Recursos Minerais, Pós-Graduação em Geociências, Área de Concentração: Geologia Regional e Recursos Minerais, 2012.

Bibliografia: f. 89-90.

1. Recursos minerais – Mato Grosso. 2. Depósito de ouro Trairão – Mato Grosso. 3. Granito Nhandu – Depósitos minerais. 4. Província aurífera – Alta Floresta (MT). I. Título.

CDU – 553.04(817.2)

Ficha elaborada por: Rosângela Aparecida Vicente Söhn – CRB-1/931

(4)

iv

CONTRIBUIÇÕES ÁS CIÊNCIAS DA TERRA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO N° 39

Estudos de Inclusões Fluidas em Veios de Quartzo Associados ao Granito Nhandu no Depósito de Ouro Trairão - Província

Aurífera Alta Floresta MT

Maria Aparecida Domingues Dias

Orientador

Prof. Dr. Francisco Egídio C. Pinho

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geociências do Instituto de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de Mato Grosso como Requisito para a Obtenção do Título de Mestre na Área de Concentração: Geologia Regional e Recursos Minerais.

CUIABÁ 2012

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ii

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________

Orientador: Prof. Dr. Francisco Egídio C. Pinho.

__________________________________________________________________

1º Examinador: Prof. Dr. Mauro César Geraldes (Examinador Externo UERG)

________________________________________________________________

2º Examinador: Prof. Dr. Élzio Barboza (Examinador Interno ICET/UFMT)

Data da Aprovação: 04/ 12/ 2012.

CUIABÁ

2012

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iii

(7)

iv

(8)

v

Dedico,

Ao Senhor Deus por ter me dado à honra de confiar no seu poder e permitir que eu caminhe pelas estradas da vida acreditando que vale a pena insistir para conquistar vitórias. E pela coragem e esperança transmitidas nos momentos de solidão e tempestades e pelo socorro ao trazer amigos para estarem comigo.

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vi

Agradecimentos

Ao meu orientador professor Dr. Francisco Egídio C. Pinho pela paciência, confiança e a oportunidade ao abrir as portas na área de pesquisa em metalogênese para a realização desta dissertação de mestrado. Ao Prof. Dr. Elzio Barboza pelas sugestões e gentilezas oferecidas desde a minha época de graduação.

Aos meus saudosos pais Ciro Domingues e Sebastiana Pires Domingues (falecidos) - Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós (Manoel de Barros). Meus pais souberam me encantar ao valorizar o amor, o respeito, a dignidade!

Aos meus filhos Leandro Domingues e Daniele Domingues e as netas queridas Bruna, Juliana e Maria Clara por existirem na minha vida. A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout.

Eles mesmos fazem a arte-final (Luis Fernando Veríssimo). Ao professor Dr. Roberto Xavier do Instituto de geociências da UNICAMP pela paciência e competência ao me fazer compreender o fascinante e complexo universo das Inclusões fluidas. E também aos técnicos e secretarias pelo suporte durante minha estadia na UNICAMP. Agradeço aos professores e técnicos do instituto de geociências da UFMT, que de forma direta e/ou indireta contribuíram na minha formação. Aos professores doutores Maria Zélia e Kurt pelas cartas de apresentação, obrigada pela confiança. Ao Prof. Dr. Denis pela excelência de um grande mestre em sala de aula, sua gentileza e carinho. Ao prof. Dr. Amarildo Ruiz pela maestria em boa educação, gentileza e pelos momentos de apoio.As amigas e amigos que a Ciência geológica me presenteou: Ezenildes (linda Flor do Cráton Amazônico), Mariarosa, Dalila, Ana lídia, Débora, Brena, Jovana, Ivani, Raelita, Bárbara Becker e Fernanda Rodrigues. E aos amigos Marcelo Galé pela amizade, companheirismo e auxílio no tratamento dos dados desta dissertação, Danilo Queiroz, Renan Grilaud, Newton Diego (Tchun-Tchun) por serem amigos solícitos e grandes colaboradores, os quais me aturaram com elegância nas fases de aborrecimentos. A amiga Eline registro meus agradecimentos pela sua amizade, confiança e solidariedade. A amiga Dra. Alane pela amizade e o bom convívio e apoio na UNICAMP/CAMPINAS. A especial e querida Claudia Tokashik (doutoranda/USP). Obrigada amiga por tudo que você representa na minha vida!Obrigada Rafael Assis pelo grande e novo amigo que você se tornou. Grande ser humano! E será um dos mais prósperos e brilhantes cientistas na área da geologia. Muito bom quando recebo seus emails cheios de palavras lindas, carinhosas e sempre dizendo:

coragem!Também agradeço as professoras Rúbia e Gislaine pelo carinho e atenção de sempre!

Professoras, que Deus as protejam em todos os seus caminhos! A CAPES e ao PROCAD/UFMT/UNICAMP (68/2010 nº 23038. 000675/2010-75) pelo auxílio financeiro. Obrigada!

(10)

vii

A maior riqueza do homem é a sua incompletude.

Nesse ponto sou abastado.

Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.

Não aguento ser apenas um sujeito que abre

portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde,

que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.

Perdoai

Mas eu preciso ser Outros.

Eu penso renovar o homem usando borboletas.

(Manoel de Barros – Poeta Pantaneiro)

(11)

2

CAPÍTULO I

1.0- Introdução

1.1-Objetivo do Trabalho 1.2-Justificativa da Pesquisa

1.3-Localização Geográfica e Acesso a Área de Serviço

1.4-Materiais e Métodos

(12)

3

CAPÍTULO II

2.0- Contexto Geotectônico - Geológico 2.1-Cráton Amazônico

2.2-Província Aurífera Alta Floresta (PAAF)

(13)

4

CAPÍTULO III

3.0- Unidades Litológicas no Contexto Geológico Regional da Área de Estudo

3.1-Complexo Cuiú – Cuiú 3.2-Suíte Intrusiva Juruena 3.3-Suíte Intrusiva Paranaíta 3.4-Granito Nhandu

3.5-Grupo Colíder

3.6-Grupo Beneficente

3.7-Depósitos Aluvionares

(14)

5

CAPITULO IV

4.0- Área de Depósito Trairão 4.1-Introdução

4.2-Características Levantadas na Área do Garimpo Trairão

(15)

6

CAPÍTULO V

5.0- Alteração Hidrotermal do Depósito de Ouro Trairão 5.1-Minerais Minérios

5. 2-Alteração hidrotermal

5.3-Descrição das Analises Petrográficas em Amostras da Rocha Encaixante Mostrando os Aspectos da Alteração Hidrotermal do Depósito Trairão

5.3.1-Afloramento 1 - Amostra 1

5.3.2-Afloramento 3 - Amostra 2

5.3.3-Afloramento 3 - Amostra 4

5.3.4- Afloramento 3 - Amostra 5

5.3.5- Afloramento 3 - Amostra 6

(16)

7

CAPÍTULO VI

6.0- Caracterizações Petrográficas e Microtermométricas de Inclusões Fluídas Primárias do Depósito Trairão

6.1-Introdução

6.2-Métodos e Equipamentos

6.2.1-Amostragem de veios de Quartzo

6.2.2-Microscopia Convencional das Inclusões Fluidas 6.2.1.1-Classificação tipo I - Monofásica Líquida 6.2.1.2-Classificação tipo II - Monofásica Vapor 6.2.1.3-Classificação tipo III - Bifásicas (L + V)

6.2.1.4-Classificação tipo IV - Trifásicas Saturadas ( L +V + S) 6.2.1.5-Classificação tipo V - Multifásicas (L + V+ SSS)

6.2.1.6-Classificação tipo VI – Trifásicas Aquocarbônicas ( L

H2O

+ L

CO2

+ V

CO2

)

6.3–Microtermométria das Inclusões Fluidas

6.3.1-Apresentação Descritiva dos Histogramas das Inclusões Fluidas dos tipos III e IV.

6.3.1.1-Inclusão tipo III 6.3.1.2-Inclusão Tipo IV

6.3.1.3–Diagramas de Dispersão para Inclusões Fluidas tipo III e IV

6.3.2-Demonstrações de Regimes Fluidos Responsáveis pela Gênese de Vários Depósitos Auríferos Estudados na Província Alta Floresta Servindo como Termo de Comparação aos Regimes Fluidos do Depósito Estudado 6.3.2.1-Garimpos Estudados por Assis (2006)

6.3.2.2-Garimpos Estudados por Silva et al. (2008)

(17)

8

CAPÍTULO VII

7.0–CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(18)

9

CAPÍTULO VIII

8.0 - Anexo

8.1-ARTIGO SUBMETIDO PARA PUBLICAÇÃO

(19)

viii

Sumário

Resumo Abstract

CAPÍTULO I ...15

1.0 - Introdução...16

1. 1 - Objetivo do Trabalho ...17

1.2 - Justificativa da Pesquisa ...18

1 . 3 - Localização Geográfica e Acesso à Área de Trabalho ...18

1.4 - Materiais e Métodos...19

CAPÍTULO II ...21

2.0- Contexto Geotectônico - Geológico. ...22

2. 1 – Craton Amazônico ...22

2. 2. Província Aurífera Alta Floresta (PAAF) ...23

CAPÍTULO III ...26

3.0- Unidades Litológicas no Contexto Geológico Regional da Área de Estudo. ...27

3. 1 - Complexo Cuiú-Cuiú ...27

3. 2 - Suíte Intrusiva Juruena ...28

3. 3 - Suíte Intrusiva Paranaíta ...29

3. 4 - Granito Nhandu ...29

3. 5 - Grupo Colíder ...30

3. 6 - Grupo Beneficente ...31

3.7 - Depósitos Aluvionares ...31

CAPITULO IV ...32

4.0- Área Do Depósito Aurífero Trairão ...33

4.1 - Introdução ...33

4.2 – Características Levantadas na Área do Garimpo Trairão ...33

CAPÍTULO V ...39

5. 0 - Alteração Hidrotemal do Depósito de Ouro Trairão. ...40

5.1 – Minerais inérios ...40

5. 2 - Alteração Hidrotermal ...41

5. 3 - Descrição das Análises Petrográficas em Amostras da Rocha Encaixante Mostrando os Aspectos da Alteração Hidrotermal do Depósito Trairão. ...43

5. 3. 1 - Afloramento 1 - Amostra 1...43

5. 3. 2 - Afloramento 3 - Amostra 2. ...44

(20)

ix

5. 3. 3 - Afloramento 3 – amostra 4. ...45

5. 3. 4 - Afloramento 3 - amostra 5 ...46

5. 3. 5 - Afloramento 3 - Amostra 6...47

CAPÍTULO VI ...48

6. 0 - Caracterizações Petrográficas e Microtermométricas de Inclusões Fluidas Primárias do Depósito Trairão. ...49

6. 1 - Introdução ...49

6.2 - Métodos e Equipamentos ...50

6. 3 - Microtermometria das Inclusões Fluidas Tipo III e IV ...52

CAPÍTULO VII ...65

Conclusões e Considerações Finais ...66

Referências Bibliográficas ...69

CAPÍTULO VIII ...72

Anexo ...73

8.1 – ARTIGO SUBMETIDO À REVISTA BRASILEIRA DE GEOCIÊNCIAS EM 13/11/12 ...73

8.1.2- Resumo ...73

8.1.3- Abstract ...73

8.1.4- INTRODUÇÃO ...74

8.1.5- MÉTODOS ANALÍTICOS ...75

8.1.6- CONTEXTO GEOLÓGICO - GEOTECTÔNICO REGIONAL ...76

8.1.7- DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...78

8.1.8- RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS ESTUDOS DE INCLUSÕES FLUIDAS DO DEPÓSITO AURÍFERO TRAIRÃO. ...81

8.1.9- CONCLUSÕES ...87

8.1.10- AGRADECIMENTOS ...88

8.1.11- REFERÊNCIAS ...88

(21)

x

Lista de Figuras da Dissertação

Figura 1.1: Mapa de Localização da Área de estudo no Norte de Mato Grosso e vias de Acesso...19 Figura 2.2: Compartimentação dos Modelos Geotectônicos e Geocronológicos do Cráton Amazônico Propostos Segundo Tassinari & Macambira (1999) em (A) e Santos et al., (2000) em (B)...23 Figura 2.3: Feição Fisiográfica da Província Aurífera Alta Floresta com seus Domínios Geológicos, Modificado e Simplificado de Lacerda Filho et al. (2004) e Marcelo Galé et al. (201l)...25 Figura 3.4: Mapa Geológico Indicando as Unidades Litoestratigráficas Envolvendo a Área de Estudo na Província Aurífera Alta Floresta - MT...27 Figura 4.5: Representação de Frente de Lavra do Garimpo Trairão em Avançado Processo de Alteração Intempérica...33 Figura 4.6: Feições Observadas na Área de Estudo. A) - Amostra Capeada por uma Crosta de Oxidação Exibindo Fratura Extensional Preenchida com Grãos de Quartzo. B) - Brecha Hidrotermal Englobando Veios de Quartzo. C) - Granito Nhandu Mostrando Estrias de Falha. D) - Veio de Quartzo com Sulfeto de Pirita, Associado ao Granito Nhandu Hidrotermalizado. E) - Dique Fraturado Cortando o Granito. F) - Vista Parcial da Principal Frente de Lavra do Depósito AuríferoTrairão...34 Figura 4.7: Dados Petrográficos e o Diagrama com a Composição Normativa Qtz - Fk – Pl para Amostras dos Diques Básicos na Área de Entorno do Garimpo Trairão...35 Figura 4.8: Amostras de Mão Colhidas na Área do Garimpo Trairão. (A) Amostra com Textura Deformada. (B) Veio de Quartzo com Presença de Sombra de Pirita. (C) Fragmentos de Veios de Quartzo Alterados e Oxidados. (D, E, F,G) Amostras Alteradas da Rocha de Coloração Acinzentada a Avermelhada Mostrando em (E) Presença de Pirita Disseminada e em (G) uma Fina Capa de Óxido de Ferro, Característico na Área. Em (H) Amostras de Dique que Corta o Granito Nhandu...37 Figura 5.9: Microfotografia Exibindo Modo de Ocorrência da Pirita. (A) Cristal de Pirita Isolado na (Parte Esquerda Inferior) nas Proximidades de Fratura em Cristal de Quartzo. (B) Pirita com Textura Corroída e Preenchida com Inclusões de Quartzo. (C) Cristais de Piritas Associados a uma Massa Sericítica Fina...39 Figura 5.10: Fotomicrografia mostrando o Intenso estilo de alteração hidrotermal (Seritização) da Rocha Hospedeira Granito Nhandu na Área do Garimpo Trairão...41 Figura 6.11: Fotomicrografia de Inclusões Fluidas Hospedadas em Cristal de Quarzto. A-a1) Inclusão com feição de Estrangulamento. B-b1) Inclusão Trifásica Saturada de Contorno Irregular e Relevo Proeminente e B-b2) Inclusão Bifásica Subarredondada Fase Vapor Escura. C-c1) Inclusão Bifásica Isolada Subtriangular e C-c2- Inclusão Monofásica de Forma Irregular Ocorrência Isolada. D) Fratura Intragrão Oxidada. E) Fratura Intragranular Preenchida por Inclusões Fluidas Tardias. F-f1) Inclusão Fluida Trifásica Saturada em Arranjo Planar e F-f2) Trilha de Inclusões Intra Grãos Cortando Obliquamente Fratura Descontínua...50 Figura 6.12: Platina de Aquecimento/Resfriamento Chaixmeca e Aparelho LIKAM THMS/600, com Controlador de Temperatura Acoplado ao Microscópio Petrográfico Jenapol Carl Zeiss Jena (foto compilada de Marcelo Galé, 2012)...52 Figura 6. 13: Histograma das Inclusões Fluidas do tipo III Indicando a Relação Frequência Versus: A) - Tfg°C; B) - Te°C; D) - Salinidade % Equiv. em peso de NaCl e D) - Tht°C...54 Figura 6.14: Histogramas Mostrando a Distribuição de Frequência das Propriedades Microtermométricas das Inclusões Fluidas Saturadas doTipo IV entre: A) - Tfg°C; B) - Te°C; C) - Salinidade % peso de NaCl - D) - Th °C...55

(22)

xi

Figura 6.15: Diagrama de correlação Temperatura de Homogeneização Total x Salinidade para as Inclusões Tipo Bifásicas Tipo III (Thtot(L)) e Tipo IV Trifásicas Saturadas (Thtot(s)). B - Diagrama de valores de Te°C x Thtotv de Inclusões Bifásicas e Te°C x Thtots das Trifásicas Saturadas...57

Lista de Figuras do Artigo

Figura 1.1: Mapa Contendo os Domínios Geológicos da Província Aurífera Alta Floresta (Modificado de Lacerda Filho et al. 2004 e Marcelo Galé 2011)...74 Figura 2: Mapa Geológico Simplificado da Área de Entorno do Depósito Trairão...77 Figura 3: A e B) - Aspecto Geral Destacando Intenso Grau de Alteração nas Frentes de Lavras a Céu Aberto. C) - Bloco da Rocha Encaixante Assumindo Feições de Alteração: D) - Detalhe de Veios Cisalhados Cortando o Granito Nhandu Alterado...78 Figura 4: (A) Veio de Quartzo com Textura em Pente: B) Brecha Hidrotermal: C) Dique Básico Cortando o Granito Nhandu no Garimpo Trairão e em D) Blocos de Granitos com Estrias de Falhas...79 Figura 5: Veios de Quartzo com Presença de Pirita...80 Figura 6: Fotomicrografias. A - a1) Inclusão com feição de Estrangulamento; B - b1eb2) Inclusões Bifásicas Ocorrendo Paralelamente a Fraturas Internas Cicatrizadas; C - c1 e c2) Inclusões de Ocorrência Isolada Bifásica e Monofásica, Respectivamente; D) Fratura Intragranular Oxidada Bordejada por Inclusões; E) Inclusões Decorando e Seccionando Fratura Curta Intragrão; F) Fratura Intragranular Cortada por Trilha de Inclusões e Trifásica Saturada em f1...81 Figura 7: Histograma das Inclusões Fluidas Indicando a Relação Frequência Versus: A) - Tfg°C; B) - Te°C; C) - Salinidade % equiv. em peso de NaCl e D) - Tht°C...83 Figura 8: Histogramas Mostrando a Distribuição de Frequência das Propriedades Microtermométricas das Inclusões Fluidas Saturadas entre: A) - Tfg°C; B) - Te°C; C) – Salinidade % peso de NaCl; D) Th (°C)...84 Figura 9: A) - Diagrama de correlação Temperatura de Homogeneização Total x Salinidade para as Inclusões Tipo Bifásicas (Thtot(L)) e Tipo IV Trifásicas Saturadas (Thtot(s)). (B) - Diagrama de valores de Te°C x Thtotv de Inclusões Bifásicas e Te°C x Thtots das Trifásicas Saturadas...85

(23)

xii

Lista de Tabelas do Trabalho de Dissertação

Tabela 6.1: Síntese dos Resultados advindos de Análises Microtermométricas para Inclusões Fluidas dos Veios de Quartzo Encaixados no Granito Nhandu...56 Tabela 6.2:Variações de Temperaturas do Eutético (Te°C) com Correspondências Aproximadas ás das Inclusões Analisadas no Garimpo Trairão. Borinseko (1977) e em parêntese, Crawford (1981)...56

Lista de Tabela do Artigo

Tabela 1: Dados referentes às temperaturas eutéticas (°C) dos respectivos sistemas de Borisenko (1977) correspondendo aproximadamente às encontrados nos estudos com inclusões fluidas dos veios de quartzo do granito Nhandu – Depósito Trairão...81 Tabela 2 - Dados referentes ás temperaturas eutéticas (°C) dos respectivos sistemas de Borisenko (1977) correspondendo aproximadamente aos encontrados nos estudos com inclusões fluidas dos veios de quartzo do granito Nhandu – depósito Trairão...82

(24)

xiii

Resumo

A pesquisa aborda dados de campo, geoquímicos e de hidrotermalismo da rocha hospedeira com foco na microtermometria das inclusões fluidas em veios de quartzo do granito Nhandu na parte central da Província Aurífera Alta Floresta. O Alvo Trairão apresenta evidências de intensa alteração hidrotermal sericítica (sericita fina) obliterando totalmente a textura primária da rocha encaixante. Os estudos permitiram o reconhecimento da sequência de estágios de alteração hidrotermal e da evolução paragenética: silicificação pervasiva; muscovita fina pervasiva; muscovita grossa pervasiva;

silicificação fissural (veios e vênulas tardias de quartzo). Com base nas características petrográficas as inclusões fluidas analisadas foram classificadas em tipos: Tipo I compreendendo monofásicas líquidas, tipo II monofásicas vapor, tipo III bifásicas (L+V), Tipo IV trifásicas saturadas (L+V+S) e tipo V trifásicas aquo-carbônicas (LH2O+LCO2+VCO2), raras. As inclusões fluidas inseridas no tipo III e IV, de caráter primário, ocorrendo em todas as amostras analisadas. As Inclusões Fluidas foram levadas a estudos microtermométricos para obtenção de medidas de fusão e de homogeneização das fases. A partir de dados microtermométricos identificou inclusões fluidas pertencentes aos sistemas: a) - H2O+NaCl+ CaCL2; H2O-NaCl (Tipo III - bifásicas) distribuídas em grupos de baixa salinidade, intermediária e alta salinidades com (Thtot(v)) entre 50°C a 180°C e moda de 80°C a 90°C: b) - H2O+NaCl+ CaCL2; H2O-MgCl2 (Tipo IV- trifásicas saturadas) mostrando grupo de alta salinidade de (Thtot(s)) )) de 120 a 240°C e frequência modal entre 170°C a 240°C. Esta distribuição pode ser interpretada como mistura de fluidos de composições diferentes, onde inclusões de baixa salinidade representam fluido meteórico, as Inclusões intermediárias como misturam de fluidos meteórico e magmático, enquanto os de alta salinidade definem fluidos de origem magmática com diminuição de temperatura durante seu caminho de ascensão.

Palavras Chave: Depósito de Ouro Trairão - Inclusões fluídas - Província Alta Floresta.

(25)

xiv

Abstract

The research focuses on field data, geochemical and hydrothermal host rock with a focus aimed at microthermometric studies of fluid inclusions in quartz veins in granite Nhandu central part of the Alta Floresta gold province. The Target Trairão shows evidence of intense sericitic alteration (sericite fine) completely obliterating the texture of the primary rocks. The studies allowed the recognition of the following stages of hydrothermal alteration and paragenetic evolution: pervasive silicification, pervasive muscovite fine, coarse muscovite pervasive; silicification fissure (late veins and veinlets of quartz). Based on the petrographic characteristics of fluid inclusions were classified into types such as single-phase liquid comprising type I, type II single-phase vapor, biphasic type III (L + V), Type IV saturated three-phase (L + V + S) and three-phase type IV aqueous-carbonic (LH2O LCO2 + + VCO2), rare. The fluid inclusions placed on the type III and IV, a primary, occurring in all samples, microthermometric studies were carried out in a platinum cooling / heating Chaixmec, apparatus Likan THMS/600, from -180 ° C to 600 ° C , respectively, for obtaining measurements of melting and homogenization of the phases. Platinum is coupled to a model microscrospio petrographic JENA Phol, which allows observation of the blade shaft bipolidas samples in all steps of the assay. From data microthermometric identified fluid inclusions belonging to the systems: a) - H2O + NaCl + CaCl2 H2O-NaCl (Type III - biphasic) distributed in groups of low salinity, intermediate and high salinities with (Thtot (v)) between 50 ° C to 180 ° C and fashion of 80 ° C to 90 ° C, b) - H 2 O + NaCl + CaCl 2, H 2 O, MgCl 2 (Type IV-three-phase saturated) showing a group of high salinity (Thtot (s)))) 120 240 ° C and modal frequency between 170 ° C to 240 ° C. This distribution can be interpreted as a mixture of fluids of different compositions, which represent inclusions of low salinity meteoric fluid inclusions intermediate as a mixture of meteoric and magmatic fluids, while the high salinity is defined as magmatic origin with decreasing temperature during its way ascension.

Keywords: Deposit Gold Trairão - Fluids Inclusions - Province Alta Floresta.

(26)

15

CAPÍTULO I

1.0- Introdução

1.1-Objetivo do Trabalho 1.2-Justificativa da Pesquisa

1.3-Localização Geográfica e Acesso a Área de Serviço

1.4-Materiais e Métodos

(27)

16

1.0 - Introdução

A dissertação de mestrado em pauta foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal de Mato Grosso, denominada de “Estudos de Inclusões Fluidas em Veios de Quartzo Associados ao Granito Nhandu, no Depósito de Ouro Trairão - Província Aurífera Alta Floresta MT”, na qual faz parte do convênio PROCAD UFMT/UNICAMP N° 23038.000675/201015.

Dentro do projeto maior “Estudos das Mineralizações de Au e Cu Associados ás Rochas Graníticas da Província Alta floresta”.

A Província Aurífera Alta Floresta é conhecida como importante região metalogenética, principalmente por sustentar ricos e produtivos garimpos de ouro extraídos principalmente de depósitos secundários (aluviões, eluvios/colúvios e de perfil saprolítico) e após quase exaustão destes, mineralizações primarias passaram a ser alvo de exploração.

Entre as décadas de 1970 e 1990, esta região essencialmente aurífera, teve uma produção entre 200 e 300 toneladas de ouro (Dardene & Schobbenhaus, 2003) tornandou-se assim uma grande produtora no Brasil expressa pela presença de centenas de depósitos com mineralizações na forma de veios, sistemas de veios ou disseminadas. A Província aurífera Alta Floresta é atualmente uma área de grande potencial exploratório para depósitos de ouro do tipo primário.

A descoberta de novos depósitos de ouro bem como avaliação econômica dos já existentes depende de um conjunto de dados de informações geológicas como princípios básicos para subsidiar antecipadamente possíveis investimentos.

Neste contexto a partir de estudo no Depósito Trairão (inserido na região do distrito Peixoto de Azevedo-Novo Mundo), objetivou caracterizar a natureza das soluções que transportaram o minério de ouro bem como conhecer os parâmetros físico-químicos responsáveis pela deposição deste, a partir de Inclusões Fluidas em veios de quartzo.

A seleção da área de estudo foi definida, já que se tratando do Garimpo Trairão ainda há deficiência de dados com maior consistência sobre a sua gênese, e levando em consideração também que quando se trata de pesquisas desenvolvidas a partir de inclusões fluidas estas são vistas como importantes fontes geradoras de dados permitindo levantar consideráveis conclusões sobre a natureza do fluido portador do metal, elucidando as condições de precipitação da mineralização.

Até anos atrás esse depósito vinha sendo explorado por atividade garimpeira em material de aluvionar e com frentes de lavra a céu aberto e com infraestrutura rústica. Atualmente paralisado, este vem sendo alvo de pesquisas por parte de pesquisadores das universidades e de empresas de exploração mineral.

Na área do garimpo se distingue uma unidade ígnea, paleoproterozóica, denominada granito Nhandu, tipo I, oxidado. Toda esta unidade sofreu localmente intrusões de diques de natureza básica, vênulas e veios tipo padrão stockswork. As zonas de sulfetação são encontradas associadas aos veios de quartzo em zonas de cisalhamento com avançado grau de alteração hidrotermal.

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Estudos em depósitos minerais realizados com Inclusões Fluidas (IFs), procurando caracterizar os fluidos mineralizadores dos depósitos, tem como foco primordial buscar um modelo de gênese e que segundo Bates & Jackson, (1987) trata-se de uma hipótese de trabalho ou simulação precisa, por meio de descrição, dados estatísticos ou analogia de um processo que não pode ser ou que dificilmente poderia ser observado de forma direta. E que em tese constitui excelente ferramenta na prospecção (Ronchi et al., 2003).

Fuzikawa (1985) ressalta a importância de pesquisas com essas micro amostras de fluidos que revela as condições físico-química reinantes no período da cristalização e da recristalização do mineral que as contém ou ainda, marcando o processo de eventos posteriores impostos a formação destes minerais.

Estudo de inclusões fluidas tem ganhado notoriedade expressiva nos últimos anos, principalmente para o esclarecimento dos processos que envolvem a formação de um depósito mineral de ouro. Segundo Costa Neto (1998) não apenas do ponto de vista acadêmico, mas também de grande auxílio na definição de estratégias de exploração de regiões potenciais para mineralizações auríferas.

Segundo Faleiros (2009) a partir da caracterização dos fluidos de diferentes gerações podem ser estabelecidas relações entre as mineralizações e as soluções responsáveis pela sua formação. E entre estas etapas, segundo os mesmos autores, e os principais eventos geológicos da área, proporcionando, adicionalmente, uma escolha mais criteriosa de novas áreas de prospecção ou mesmo uma pesquisa mais consciente das extensões de um dado depósito.

Desta forma, as pesquisas com inclusões fluidas para o depósito Trairão permitiram em tese definir os sistemas fluidos mineralizadores a partir de características tais como composições, salinidades e as condições mínimas de temperaturas do ambiente de deposição do minério. A partir daí, sendo permitido traçar uma linha de similaridade e homogeneidade entre os resultados do garimpo estudado com dados de inclusões fluidas obtidos por outros estudiosos em vários depósitos de ouro na província Aurífera Alta Floresta.

1. 1 - Objetivo do Trabalho

O objetivo deste trabalho de dissertação de mestrado é fazer uma caracterização das propriedades físico-químicas dos sistemas fluidos mineralizadores a partir de inclusões fluidas em veios de quartzo associados ao granito Nhandu por meio do estudo analítico de microtermométria, com intuito de definir um modelo de gênese para o depósito de ouro do Trairão.

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1.2 - Justificativa da Pesquisa

Ainda existem muitas dúvidas e problemas relacionados à gênese, idade, composição dos fluidos associados à formação de minérios, mecanismos de transporte e deposição das mineralizações dos depósitos. Advindo deste fato, o atual estágio de conhecimento a cerca dos aspectos metalogenéticos a respeito das jazidas de ouro na Província Alta floresta são ainda fragmentados e insuficientes para a caracterização dos parâmetros geológicos responsáveis pela formação dos depósitos auríferos da região.

Este problema, via de regra, tem envolvido principalmente o garimpo pesquisado pela escassez de trabalhos científicos vindo esta pesquisa fomentar mais dados aos já obtidos por poucos pesquisadores com Inclusões Fluidas nos veios de quartzo no local, oportunizando melhor avaliação sobre a origem dessa mineralização aurífera.

1 . 3 - Localização Geográfica e Acesso à Área de Trabalho

A área de estudo depósito de ouro Trairão (figura 1.1) localiza-se no norte do estado de Mato Grosso na região do alto curso do rio Trairão afluente do Rio Teles Pires. Encontra-se na sua totalidade inserida na porção central da Província Aurífera Alta Floresta expressa na folha topográfica Alta floresta (SC.21-X-C) entre os Paralelos 09°00’ e 10°00’ S e Meridianos 55°30’ e 57°0’ W.

O acesso ao local estudado é feito de início pela capital Cuiabá via BR 364 (Eixo Norte/Sul – Cuiabá - Santarém) passando pelos principais municípios de Sorriso, Lucas do Rio Verde e Sinop seguindo até Nova Santa Helena.

A partir desta última, indo pelas MT 320 e MT 280 respectivamente até a Cidade de Carlinda, esta há aproximados 40 km do Garimpo Trairão. O trajeto a partir de Carlinda ate o local de pesquisa se faz por estrada de terra até a balsa D4 no Rio Teles Pires. Após travessia do rio uma estrada vicinal não pavimentada facilita o acesso ao local pesquisado, tendo nas suas imediações como ponto de referência a fazenda Cinco Irmãos.

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Figura 1.1: Mapa de Localização da Área de Estudo no Norte de Mato Grosso e Vias de Acesso.

1.4 - Materiais e Métodos

Neste item visando os objetivos propostos são apresentados os procedimentos para o desenvolvimento do trabalho desta pesquisa. Parte dos métodos encontra-se desenvolvida com maiores detalhes em capítulos específicos.

1. 4. 1 - Revisões de bibliografias

:

constituíram na primeira etapa de trabalho enfocando um levantamento geral de dados geológico regional e local e sobre o tema específico inclusões fluidas. Cabendo ressaltar que estas foram apoiadas em diversos tipos de publicações como dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros didáticos e em artigos em revistas especializadas.

1. 4. 2 - Trabalho de Campo

:

Foi realizada uma etapa técnica de campo consistindo em levantamento das feições estruturais e geológicas da área, permitindo esta etapa na coleta sistemática de veios de quartzo e da rocha encaixante.

1. 4. 3 - Petrografia

:

Caracterização petrográfica da mineralogia hidrotermal do Granito Nhandu para definição do tipo de alteração e da paragênese do minério com os quais o ouro pode estar associado.

1. 4. 4

- Petrografia e Microtermometria: Análises petrográfica e microtermométrica das Inclusões Fluidas dos Veios de quartzo do Granito Nhandu, realizadas no laboratório do instituto de Geociências da Universidade de Campinas. Com isso, caracterizando a natureza e evolução dos fluidos mineralizantes para o entendimento de mecanismo envolvendo a origem e deposição do minério.

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1. 4. 5 - Organização dos Dados: Na sistematização e tratamento dos dados e confecções de figuras, tabelas e histogramas inseridos neste trabalho teve como suporte o auxílio de softwares como programa Flincor, arcGIS, Corel Draw versão X5, Microsoft Oficce Excel 2007 e o Oficce Word 2003.

1. 4. 6- Fechamento da Dissertação: Para a finalização deste trabalho dados de campo e laboratório foram tratados, consolidados e interpretados, arregimentadas discussões elucidativas para melhor compreensão na modelagem metalogénetica para o depósito pesquisado, dando respaldo para o fechamento desta dissertação de mestrado de forma impressa.

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CAPÍTULO II

2.0 – Contexto Geotectônico - Geológico 2.1-Cráton Amazônico

2.2-Província Aurífera Alta Floresta (PAAF)

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2.0- Contexto Geotectônico - Geológico.

2. 1 – Craton Amazônico

O Craton Amazônico localizado na região norte da América do Sul, contido predominantemente em território brasileiro, segundo Brito Neves (2005) é o mais completo e legítimo descendente do supercontinente Rodínia, pela forma notória e incomum como preservou o registro da evolução crustal, de embasamento e de coberturas, do Arqueano e do Proterozóico.

Para explicar a evolução do Cráton Amazônico existem modelos similares considerando um núcleo mais antigo sobre o qual foram acrescidos vários arcos magmáticos. De gênese e evolução controversas, várias compartimentações foram adotadas para a evolução deste Cráton, onde trabalhos de âmbito geocronológico-geotectônico como de Tassinari & Macambira (1999) e Santos et al (2000) (Fig.2.2) são exemplos de modelos revistos e províncias redefinidas. Segundo Tassinari & Macambira (1999) este seguimento crustal trata-se de uma das maiores áreas Cratônicas do mundo (4,3 x 105 km2), ficando assim dividido: Província Amazônica (>2,3 Ga); Maroni-Itacaiunas (2,2 - 1,9 Ga); Ventuari-Tapajós (1,95 - 1,80 Ga); Rio Negro-Juruena (1,80-1,55 Ga); Rondoniano-San Ignáceo (1,55-1,30 Ga) e Sunsás (1,25-1,0 Ga).

Santos et al. (2000) propuseram uma subdivisão do Cráton Amazônico com base em datações pelos métodos Sm-Nd e U-Pb em zircões. Desta maneira, foi proposta a seguinte compartimentação de províncias geocronológicas: Carajás-Imataca (3,10 a 2,53 Ga); Transamazônica (2,25 a 2,0 Ga); Tapajós- Parima (2,01 a 1,87 Ga); Amazônia Central (1,88 a 1,70); Rio Negro (1,86 a 1,52 Ga); Rondônia - Juruena (1,76 a 1,47) k’Mudku (1,10 a 1,33 Ga) e província Sunsás (1,33 a 0,99 Ga).

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Figura 2.2: Compartimentação dos Modelos Geotectônicos e Geocronológicos do Cráton Amazônico Propostos Segundo Tassinari & Macambira (1999) em (A) e Santos et al., (2000) em (B).

2. 2. Província Aurífera Alta Floresta (PAAF)

Na porção norte de Mato Grosso a Província Aurífera Alta Floresta (PAAF) apresenta-se distribuída na forma de uma extensa faixa alongada de direção W-NW com vários domínios geológicos (fig. 2.3) e fisiograficamente delimitada ao norte pelas bordas do Grabén do Cachimbo separando-a da Província Aurífera Tapajós e no limite sul pela Serra dos Caiabis.

O embasamento desta província aurífera ora denominado de Cuiú-Cuiú por Moreton & Martins (2001) é composto por granitóides de composição granítica a monzogranítica, incluindo gnaisses graníticos a tonalíticos e presença de xistos, rochas máficas, ultramáficas, além da presença de bifes e migmatitos (Dardene & Schobbenhaus, 2001).

De acordo com compartimentação geocronológica-geotectônica do Craton Amazonas de Santos et al. (2000), esta província (PAAF) engloba partes das faixas Tapajós-Parima (2,03 a 1,88 Ga) e Rondônia- Juruena (1,82 a 1,54 Ga), enquanto no modelo criado por Tassinari & Macambira (1999) encontra-se inserida entre os limites das províncias Ventuari-Tapajós (1,95 - 1,8 Ga) e Rio Negro-Juruena (1,8 - 1,55 Ga).

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Concepções de Tassinari & Macambira (1999) retratam estas províncias como extensas porções de crosta continental juvenil, originadas de rochas do manto, acrescidas de sucessivos arcos magmáticos, possivelmente gerados por subducção de litosfera oceânica sob a Província Amazônica Central, acompanhada pelo choque de massas continentais.

A área de trabalho inserida na parte central da Província Alta Floresta abrange parte do domínio geocronológico-geotectônico Rondônia - Juruena no domínio Juruena denominado este de Arco Magmático Juruena (Lacerda et al. 2001).

A Província Rondônia - Juruena representa um segmento crustal formado no intervalo de 1,8 Ga a 1,72 Ga sendo constituída de terrenos granitóides e vulcanossedimentares evoluídos em sistemas de arcos magmáticos (Scandalorra et al. 1999; Santos et al, 2000). Lacerda Filho et al. (2004) ao redefinirem a Província Rondônia – Juruena propuseram a existência de três domínios: Juruena (1,85-1,72 Ga), Rossevelt-Aripuanã (1,76-1,74 Ga) e Jauru (1,79 – 1,72 Ga).

O domínio Juruena ou Arco Juruena segundo dados de Lacerda Filho et al, (2004) encontra-se representado por rochas plutônicas e vulcânicas felsicas de filiação cálcio-alcalino e alto potássio, onde Souza et al, (2004) descreveram para este domínio dois tipos de terrenos: um ao norte plutono-vulcânico, pós - colisional, deformado em regime rúptil a rúptil-dúctil representados pelas unidades suítes Juruena, Paranaíta, Colíder, Matupá, Flor da Serra e Granito Nhandu. O outro, um terreno acrescionário de médio a alto grau metamórfico, granítico-gnáissico, deformado em regime dúctil é formados pelo complexo Bacaerí - Mogno e Nova Monte Verde, Suíte Intrusiva Vitória e granitos São Pedro, São Romão e Apiacás. A região de Peixoto de Azevedo-Pólo Novo Mundo constitui parte do terreno plutonovulcânico.

Dentro deste contexto geotectônico a Província Alta Floresta (PAAF) eminentemente aurífera tem dentro dos seus limites a região de Peixoto de Azevedo – Novo Mundo, estabelecido este como o principal produtor de ouro desta província e que segundo Barros (2007) as ocorrências e depósitos desta região aurífera refletem um alinhamento na direção NW, refletindo o traçado de zonas de cisalhamento, principalmente, onde essas estruturas interceptam terrenos granito-gnaíssico.

Os autores supracitados citam que as mineralizações deste distrito são representadas em filões sinuosos (extensos localizados nas zonas de cisalhamento dúcteis onde muito destas disseminadas nos granitos Novo Mundo e Santa Helena e em veios e vênulas de quartzo e Stocwork alojados em granitos do tipo Nhandu e Peixoto.

Trabalho de Coutinho et al. (1998) em referência as mineralizações a ouro da Província Mineral Alta Floresta, de caráter primário, principalmente as hospedadas na suítes graníticas de idade Paleoproterozóica, tem sido descritas como silmilares a do tipo Cu-Au pórfiro e Orogenético ou lode mesotermal (Paes de Barros 1994).

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Figura 2.3: Feição Fisiográfica da Província Aurífera Alta Floresta com seus Domínios Geológicos, Modificado e Simplificado de Lacerda Filho et al. (2004) e Marcelo Galé et al. (201l).

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CAPÍTULO III

3.0- Unidades Litológicas no Contexto Geológico Regional da Área de Estudo 3.1-Complexo Cuiú – Cuiú

3.2-Suíte Intrusiva Juruena 3.3-Suíte Intrusiva Paranaíta 3.4-Granito Nhandu

3.5-Grupo Colíder

3.6-Grupo Beneficente

3.7-Depósitos Aluvionares

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3.0- Unidades Litológicas no Contexto Geológico Regional da Área de Estudo.

Neste capítulo o mapa geológico simplificado mostra a distribuição da complexa variação litoestratigráfica da Província Alta floresta limitando o Granito Nhandu no qual se insere a área pesquisada no Norte de Mato Grosso (Figura 3.4). A seguir é mostrada resumidamente a caracterização dessas unidades a partir de revisão bibliográfica.

Figura 3.4: Mapa Geológico Indicando as Unidades Litoestratigráficas Envolvendo a Área de Estudo na Província Aurífera Alta Floresta - MT.

3. 1 - Complexo Cuiú-Cuiú

O complexo Cuiú-Cuiú admitido como o embasamento da região, esta relacionado à idade modelo datado em U-Pb SHRIMP em zircão de 1992±7 Ma (Souza et al., 2004), compatível com as idades U-Pb SHRIMP (2005± 7 Ma) obtidas por Santos et al. (1997) e (Klein et al., 2000) em granitóides e rochas gnaisses deste complexo aflorante na província Tapajós.

Esta unidade segundo Moreton & Martins (2005) compreende uma associação de rochas representadas por granitóides de composição granítica a monzogranítica, incluindo gnaisses graníticos a tonalíticos, parcialmente migmatizados e presença de xistos, rochas máficas, ultramáficas, além de bifes e migmatitos (Dardene & Schobbenhaus, 2001). Dados de Silva & Abram (2008) apresentam para estas rochas um bandamento composicional, milimétrico a centimétrico, trazendo alternância de faixas quartzo- feldspática e máficas, caracterizadas por biotita e hornblenda.

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Paes de Barros (2007) ao discriminar as raras ocorrências do embasamento granito gnáissico na região de Peixoto de Azevedo-Novo Mundo, descreveu estas poucas manifestações como granitóides cálcio-alcalinos, metaluminosos a francamente peraluminosos, de composição quartzo diorítica, tonalítica a granodiorítica.

Estudos realizados por Klein et al., (2000) apontam para estas rochas um quimismo cálcio-alcalino de baixo potássio, com termos de meta a peraluminosos, com características de formação em ambiente de arco vulcânico.

3. 2 - Suíte Intrusiva Juruena

Denominação esta dada por Silva et al. (1974) a um conjunto de rochas graníticas na região norte de Mato Grosso, ocorrendo segundo um trend NW-SE, sob a forma de blocos, ou em lajedos maciços, compondo batólitos aglutinados e amalgamados.

Amostras estudadas pelo JICA/MMAJ (2000) ao norte da folha Vila Guarita, fora da área de abrangência do projeto Alta Floresta, permitiram o cálculo de idades U – Pb em zircão 1.848 ± 17 Ma;

1.823 ± 35 Ma e 1.817 ± Ga, atribuídas a idades de cristalização desta unidade. Dados de Silva & Abram (2008) demonstram idade de 1817± 12 Ma, em amostras datadas pelo método U-Pb em zircão, onde os mesmos autores retratam que estudos isotópicos de Sm-Nd demonstraram uma idade de 1999 Ma, com valor de εNd(t) de + 1, 93.

Esta suíte intrusiva de acordo com Souza et al (2005) é representada de biotita granitos, com monzonitos, granodioritos e monzonito subordinados. Possuem estrutura homogênea e textura granular fina a grossa. Segundo Souza et al (2005) não foram observadas deformações ou transformadas relacionadas ao metamorfismo regional.

Estudos petrográficos realizados por Oliveira & Albuquerque (2005) apontam uma composição mineralógica composta por feldspato potássico, plagioclásio, quartzo e biotita, acompanhados geralmente por produtos de alteração hidrotermal, epidoto, sericita, clorita, muscovita, carbonato e argilo minerais e acessórios como titanita, allanita, apatita, opacos e zircão.

Resultados litogeoguímicos de Souza et al. (2004) apontam para esta suíte magmatismo de série cálcioalcalina, alto potássio, metaluminosa a peraluminosa, com características similares as rochas graníticas formadas em ambiente de arco magmático de margem continental ativa.

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3. 3 - Suíte Intrusiva Paranaíta

Esta suíte apresenta a partir de dados geocronológicos obtidos por Silva & Abram (2008) idade de referência U-Pb de 1808±14 Ma, interpretadas como de cristalização de zircão, sendo compatível com dados de Santos (2000) pelo método U-Pb reportada a cristalização de zircão, revelando idades de 1.793±6 Ma; 1.803±16 Ma; 1.801±7,8 Ma e 1816±57 Ma. Análises isotópicas Sm-Nd durante o projeto Alta Floresta mostraram idade modelo de 2.221 Ma, com εNd(t) de -1,25 (silva & Abram, 2008).

O termo Suíte Intrusiva Paranaíta inicialmente usado por Oliveira & Albuquerque (2003) foi caracterizada por Santos et al. (2005) por extensos corpos batolíticos, portadores de mineralizações auríferas e quartzo azulado, revelando posicionamento crustal de meso a epizonal, com enclaves, foliações confinadas e feldspatos pertíticos.

Oliveira & Albuquerque (2005) apresenta para esta suíte um clã de rocha, constituído por monzogranitos, biotita-quartzo monzogranitos, biotita granitos, hornblenda-biotita granitos e magnetita- biotita granito, de textura porfirítica a equigranular, estrutura homogênea e isotrópica, trazendo uma composição à base de feldspato potássico, plagioclásio, quartzo, biotita e, ás vezes hornblenda geralmente acompanhada por epidoto±sericita±clorita±argilominerais±carbonatos, produtos de alteração hidrotermal, e minerais acessórios como magnetita, ilmenita, apatita e outros.

Dados litoquímicos de Souza et al. (2004) traduzem uma natureza de caráter calcioalcalino de médio a alto potássio, metaluminosa a levemente peraluminosa de quimismo compatível a granitos relacionados a arcos vulcânicos, similares ás intrusões encontradas em margens continentais ativas.

3. 4 - Granito Nhandu

Souza et al (1979) introduziram o termo Granito Nhandu para rochas aflorantes a leste de Alta Floresta, médio curso do rio homônimo.) A idade deste granito se estabelece entre 1,889 ± 17 Ga a 1,879 ± 5,5 Ga, concordantes, interpretadas como de cristalização (Silva e Abram, 2008). Segundo Moreton &

Martins (2003; 2005) o Granito Nhandu é representado por magnetita-biotita monzogranito e sienogranito, além de uma fácies subvulcânica com granito e monzogranito, fino porfirítico, com presença de enclaves e sills de gabro e diorito, indicativo de atividade magmática bimodal. Para Souza et al. (2005) as fácies subvulcânicas, principalmente os monzonitos finos porfiríticos e granofíricos e os monzogranitos microporfiríticos, mostram evidências de interação com fluidos hidrotermais, com disseminação de sulfetos e de magnetita.

Paes de Barros (2007) estudando garimpos do distrito aurífero Peixoto de Azevedo Novo - Mundo norte de Mato descreveu o Granito Nhandu como um monzogranito a granodiorito de cor cinza, de tonalidade creme a róseo, isotrópico, leucocrático, equigranular grosseiro a localmente porfirítico, mostrando fenocristais de feldspato alcalino subeuhedrais, zonados, com inclusões de plagioclásios e biotita, textura pseudo rapakivi e biotita fina disseminada, parcialmente cloritizada.

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Lacerda et al. (2004) definiram o Granito Nhandu com um granito de caráter calcioalcalino de alto potássio, do tipo I oxidado composto por magnetita-biotita granito, de coloração vermelha. Segundo Paes de Barros (2007) trata-se de um granito metaluminoso a peraluminoso, álcali-cálcico a cálcio alcalino de médio potássio e enriquecido em FeOtot.

Estudos de Paes de Barros (2007) baseado em diagramas, por exemplo, Rb versus Y+Nb, indicativo de ambiente geotectônico, o granito Nhandu estende-se entre os campos dos granitos de arco magmático e dos intraplaca, mas dentro do limite propostos para os corpos pós colisionais e no diagrama (Hf – Rb/30 - Ta٭3), indicativo de fonte do magma em sistemas colisionais, esse granito se alinhou com os do tipo I, intrusões cálcio-lcalino, précolisionais. Já no diagrama (k2O+Na2O)/CAO x Zr+Nb+CE+Y mostra-se relativamente alinhado com o campo dos granitos tipo A.

3. 5 - Grupo Colíder

O grupo Colíder se caracteriza por uma diversidade de rochas subvulcânicas, vulcânicas (lavas e piroclásticas), piroclásticas e epiclásticas de composição intermediária a ácida em menor proporção (Silva

& Abram, 2008).

Os termos subvulcânicos de acordo com dados de Moreton & Martins (2005) são essencialmente representados por microgranitos, micro-quartzo monzonitos, micromonzonitos, micromonzogranitos e granófiros, todos associados a derrames de riolitos, dacitos porfiríticos e andesitos localmente.

Quanto aos termos vulcanocláticos este são compostos por sedimentos areno-conglomeráticos, por vezes intercalados por lentes conglomeráticas e sedimentos arenosos (Souza et al., 2005).

Para Silva & Abram, (2008) dentre as vulcânicas destacam-se corpos andesíticos, ricos em magnetita, possuindo estrutura maciça trazendo texturas microlítica fluidal, porfirítica a microfirítica, com fenocristais euédricos de plagioclásio e raros fenocristais de quartzo com golfos de corrosão.

Ainda os autores supacitados, riolitos também ocorrem, com textura de fluxo bem desenvolvida, com fenocristais euédricos de feldspato potássico e de quartzo de alta temperatura. Intercalações de lavas andesíticas e riolíticas, com rochas piroclásticas e epiclásticas, foram encontradas.

Pimentel (2001) datando riolitos pórfiros, atribuído a suíte Colíder pelo método U-PB em zircão, obteve idade entre 1.785 ± 8 Ga. E idade modelo Tdm de 2.344 Ma com End (T) de -3,75, revelando uma fonte geradora híbrida, mantélica, com contaminação crustal.

Souza et al. (2005) apresentam esta unidade como erigida entre 1,85 a 1,75 Ga, ligada ao Arco Magmático Juruena, incluindo rochas vulcânicas de afinidade cálcio-alcalina alto potássio, de composição ácida a intermediária e com evolução vinculada ás suítes Juruena, Paranaíta e Granito Nhandu.

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3. 6 - Grupo Beneficente

Citação dada por Almeida & Nogueira (1959) para caracterizar uma sequência litoestratigráfica sedimentar representada por duas litofácies, uma inferior quartizítica próximo ao povoado Beneficente e outra superior predominantemente pelítica aflorando no baixo curso do rio Igarapé das Pedras. Autores como Silva et al., (1980) e outros usam esta mesma denominação para os sedimentos encontrados desde o Rio Sucunduri até a rodovia BR-163 que liga Cuiabá a Santarém na região da Serra do Cachimbo.

Se tratando de idades obtidas como mínimas para este grupo se pautam em estudos obtidos por Tassinari et al. (1978) em siltitos aflorantes a sul da Base Aérea da Serra do Cachimbo, de 1.485±32Ma – Rb-Sr em rocha total e 1.331±28Ma – Rb-Sr ( em fração fina). Enquanto Leite & Saes, (2002) obtiveram por datação de referência Pb-Pb em populações de zircões detríticos mais jovens da base conglomerática para uma idade de deposição de 1,74 Ga para esta unidade.

Carvalho & Figueiredo (1982) estudando este grupo na região de Pedra Preta no vale do Rio Sucunduri, observaram que este repousa transgressivamente sobre rochas vulcânicas constituindo uma sequência transgressivo-regressiva.

Carvalho & Figueiredo (1982) ao mapear esta unidade e subdividi-la em seis unidades, os autores a caracterizam como essencialmente marinha, composta de quartzo-arenito, siltitos, quartzo-arenito, calcários dolomíticos, conglomerados, folhelhos, dolarenitos e brechas intraformacionais.

Quanto a sua deposição segundo Ribeiro & Villas Boas (2005) inicia por uma sequência clástica cuja base é um conglomerado assentado sobre um substrato formado de rochas vulcânicas. Sobreposto a este conglomerado ocorrem quartzitos brancos recobertos de modo concordante por uma sequência pelítica composta por ardósias e metassiltitos de baixo grau metamórfico.

3.7 - Depósitos Aluvionares

Os sedimentos aluvionares que compõem estes depósitos ocorrem com características variadas em diferentes dimensões ao longo do curso do rio principal Teles Pires e de seus afluentes.

No contexto da região em estudo as coberturas aluvionares compostas por materiais inconsolidados e semiconsolidados, caracterizados como sub-recentes e recentes, são essencialmente representadas por materiais arenosos e argilosos, com níveis de cascalhos associados (Oliveira & Albuquerque, 2005).

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CAPITULO IV

4.0 – Área do Deposito Tairão 4.1-Introdução

4.2-Características Levantadas na Área do Garimpo Trairão

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4.0- Área Do Depósito Aurífero Trairão

4.1 - Introdução

O Garimpo Trairão compreende uma associação de características marcantes encontrando-se inserido no âmbito da Província Alta Floresta, porção nordeste da Folha Alta Floresta (SC.21-X-C)). É caracterizado por frentes de lavras a céu aberto, abandonado marcado por intenso grau de alteração intempérica. O trabalho de campo no local permitiu observações do controle estrutural, litológico, texturais, alteração hidrotermal e morfologia.

4.2 – Características Levantadas na Área do Garimpo Trairão

Na geologia da área, o Granito Nhandu hidrotermalizado representa a rocha encaixante dos veios de quartzo mineralizados. Esse granito ocorre aflorante no local da pesquisa em forma de pequenos morrotes em terreno de topografia suave à plana expostos por processo erosional em meio a material aluvionar, material este recobrindo praticamente toda a área circunscrita pesquisada.

Segundo dados de Abram et al. (2007) observa-se neste local que estas rochas foram submetidas a alteração hipogênica (cor esverdeada) e supergênica (amarelo avermelhado). Por quase todo o garimpo a alteração é tão avançada que não é mais possível distinguir a rocha encaixante (Figura 4.5).

As amostras de mão da rocha menos intemperizadas presentes no depósito Trairão (Figura 4.8 - D, E, F e G) em termos texturais são granulares a inequigranulares, estrutura maciça, granulometria de média a fina apresentando coloração cinza esverdeado a avermelhadas fortemente oxidadas.

Figura 4.5: Representação de Frente de Lavra do Garimpo Trairão em Avançado Processo de Alteração Intempérica.

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Conforme descrito por Souza et al. (2005) as rochas do granito Nhandu do ponto de vista petrográfico, são compostas por biotita monzogranitos, biotita monzogranitos finos, granofíricos a microporfiríticos e biotita-hornblenda monzogranitos isotrópicos e magnéticos.

A composição mineralógica segundo Abram et al. (2008) é dada pela presença de feldspato potássico, normalmente ortoclásio (parcialmente microclinizado), quartzo, biotita e por vezes, hornblenda ( em torno de 5%), e como minerais acessórios, presença de magnetita, titanita, apatita e allanita.

Na área do garimpo foram avaliadas várias feições (Figura 4.6), entre elas uma grande quantidade de veios de quartzo leitoso apresentando espessuras variadas de milimétricas a centimétricas, chegando a 20 cm de largura, muitos deles preenchendo fraturas, marcadas muitas vezes por textura em pente, indicativo de características extensionais (Figura 4.6A), presença de cavidades drusiformes e geodos de quartzo.

Os veios de direções variadas caracterizando o estilo do depósito como um sistema stockwork são por vezes revelados por feições de brechas hidrotermais (Figura 4.6B). Pirita e calcopirita inclusa na pirita encontram-se alinhadas paralelamente aos limites e dentro dos veios, vistas a olho nu, marcando as zonas de sulfetação (Figura 4.6D) cavidades drusiformes e geodos de quartzo.

Figura 4.6: Feições Observadas na Área de Estudo. A) - Amostra Capeada por uma Crosta de Oxidação Exibindo Fratura Extensional Preenchida com Grãos de Quartzo. B) – Brecha Hidrotermal Englobando Veios de Quartzo.

C) - Granito Nhandu Mostrando Estrias de Falha. D) - Veio de Quartzo com Sulfeto de Pirita, Associado ao Granito Nhandu Hidrotermalizado. E) - Dique Fraturado Cortando o Granito. F) - Vista Parcial da Principal Frente de Lavra do Depósito AuríferoTrairão.Os veios encaixados no granito Nhandu em afloramentos secionados por falhas apresentam textura deformada, mas com baixa alteração (Figura 4.7A), enquanto que a maioria dos restantes são altamente fraturados, extremanente alterados pela ação intempérica (Figura 4.7C) e oxidados, normalmente apresentando expressivas sombras de piritas oxidadas (Figura 7B).

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Nas frentes de lavras, características peculiares, porém restritas, revelaram pelo menos dois tipos de famílias ou sistemas, posicionando-se em tal situação estrutural veios mais finos subparalelos (de baixo ângulo com atitude N81E/ 22SE) cortados subverticalmente por veios mais espessos (de alto ângulo de atitude N98W/46NE).

De modo localizado, em afloramento mais preservado da ação do intemperismo (Figura 4.6F) foi verificada a presença de diques básicos fraturados (Figura 4.6E) com direções (N20W/70NE, N50-60W/75- 90SW e N82E/38NW) de espessuras centimétricas a métricas, coloração cinza esverdeada, de textura fina (Figura 4.7H).

Figura 4.7: Amostras de Mão Colhidas na Área do Garimpo Trairão. (A) Amostra com Textura Deformada. (B) Veio de Quartzo com Presença de Sombra de Pirita. (C) Fragmentos de Veios de Quartzo Alterados e Oxidados. (D, E, F,G) Amostras Alteradas da Rocha de Coloração Acinzentada a Avermelhada Mostrando em (E) Presença de Pirita Disseminada e em (G) uma Fina Capa de Óxido de Ferro, Característico na Área. Em (H) Amostras de Dique Básico que Corta o Granito Nhandu.

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Foi observada a ocorrência de rochas básicas na entrada de acesso ao garimpo. Esse dique de 12 metros de expessura apresenta a mesma orientação dos que ocorrem dentro do garimpo, porém sem alteração expressiva. A composição modal desta rocha básica concentra-se no campo no campo dos basaltos toleíticos, conforme diagrama STRECHEISEM (fig. 4.8).

A descrição petrográfica deste dique básico definiu uma rocha de granulação fina, holocristalina, de textura sub-ofítica, porfirítica, por calçamento e intersticial. A matriz exibe textura panidiomórfica (automórfica) em que os cristais estão justapostos (calçamento). Uma sutil textura fluida, conferida pela iso orientação das ripas de plagioclásio observada na trama da rocha.

A matriz é composta essencialmente por plagioclásio euédrico (raramente anédrico) e raras ocorrências de piroxênio anédrico, enquanto que os fenocristais, que perfazem aproximados 15-20% do volume da rocha, são representados por cristais de piroxênio e eventual plagioclásio.

A rocha é composta por plagioclásio (65%), clinopiroxênio (21%), quartzo (2%) e feldspato alcalino (<1%). Magnetita (~3%) e rutilo ocorrem como fases acessórias enquanto que clorita, epídoto, hematita e pirita como minerais hidrotermais.

O plagioclásio corresponde ao mineral dominante, restringindo-se quase que exclusivamente a matriz, embora raros fenocristais euédricos a sub-euédricos possam ser observados. Ocorre como cristais ripiformes que na matriz não excedem os 1,3 mm. O quartzo ocorre nos interstícios do plagioclásio e apresenta granulação muito fina a fina.

Augita corresponde ao piroxênio dominante, sendo representada essencialmente por cristais anédricos, embora formas sub-euédricas também possam ser observadas. É comum a augita englobar parcialmente o plagioclásio. Magnetita ocorre como cristais de granulação fina e de formatos euédrico a anédrico, embora os sub-euédricos sejam dominantes.

São observados dois tipos de alteração hidrotermal que ocorrem em estilo pervasivo e que são temporalmente representados por: (i) alteração sericítica e (ii) cloritização.

A alteração sericítica é representada por uma paragênese dominada por sericita que substitui essencialmente o plagioclásio. No entanto, essa alteração é pouco desenvolvida na rocha, e suas relações petrográficas nem sempre estão claras. Por outro lado, a cloritização corresponde a alteração melhor desenvolvida e representada pela paragênese clorita ± epídoto ± calcita ± hematita que afeta essencialmente a matriz ígnea. Duas variedades composicionais de clorita foram observadas: (i) clorita anômala, rica em ferro (clorita ferrífera, chamosita), e (ii) clorita com birrefringência bege-dourada, rica em magnésio (clorita magnesiana, clinocloro), geralmente associada à calcita. A primeira variedade composicional é dominante, enquanto que a segunda é de ocorrência mais restrita. Hematita ocorre como produto de oxidação da magnetita, especialmente daquelas afetadas pela alteração clorítica.

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Figura 4.8: Dados Petrográficos e o Diagrama com a Composição Normativa Qtz - Fk – Pl para Amostras dos Diques Básicos na Área de Entorno do Garimpo Trairão.

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O levantamento estrutural na área não foi suficiente para um entendimento da complexidade das estruturas geológicas apresentadas na superfície das cavas do garimpo. Parros (1998) reconhece nessa área uma estruturação N65ºE com presença de estruturas de direção E-W. Dados coletados por Silva et al.

(2008) apontam para a existência de uma estruturação de direção NE-SW, mostrando esta, por vezes, truncada por uma estrutura de direção NW. Ainda Silva et al. (2008), nesse garimpo determinados veios de quartzo dispõem preferencialmente com atitudes N 45ºW/57/SW.

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CAPÍTULO V

5.0-Alteração Hidrotermal do Depósito de Ouro Trairão 5.1-Minerais Minérios

5. 2-Alteração hidrotermal

5.3-Descrição das Analises Petrográficas em Amostras da Rocha Encaixante Mostrando os Aspectos da Alteração Hidrotermal do Depósito Trairão

5.3.1-Afloramento 1 - Amostra 1

5.3.2-Afloramento 3 - Amostra 2

5.3.3-Afloramento 3 - Amostra 4

5.3.4- Afloramento 3 - Amostra 5

5.3.5- Afloramento 3 - Amostra 6

Referências

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