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O CPM adotou a teoria da atividade. Art. 5º: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o resultado.

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DIREITO PENAL MILITAR Professor: Mauro Stürmer

• Na configuração de crime militar observa-se a data do evento, considerado neutro o fato de o autor estar licenciado.STF. 1a Turma. HC 132847/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, 26/6/2018 (Info 908).

Configuração de Crime Militar

• O CPM adotou a teoria da atividade. Art. 5º: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o resultado.

Tempo do Crime

• Leis excepcionais ou temporárias aplicam-se a fatos praticados durante sua vigência, mesmo cessado sua duração ou as circunstâncias que a determinaram.

Lei Excepcional ou Temporária

Incitamento à Desobediência (art. 155, CPM)

• Militar que distribui panfletos com críticas ao salário e excessiva jornada de trabalho não comete crime de incitamento à desobediência, nem o de publicação e crítica indevida às Forças Armadas (STF, 2ª Turma, HC 106808/RN).

Abandono de Posto (art. 195, CPM)

• Abandonar o serviço e praticar a deserção, no mesmo contexto fático, não implica duas ações autônomas, incindindo o fenômeno da absorção de um crime por outro, visto que o abandono afigurou meio necessário à consumação do delito de deserção (STF, 2ª Turma, RHC 125112/RJ).

Desacato

• O crime de desacato é compatível com a CF/88 e com o Pacto de São José da Costa Rica.

Pederastia (art. 235, CPM)

• Continua sendo crime mesmo com a CF/88. Serão consideradas incompatíveis com a CF apenas as

expressões empregadas que falem em homossexualidade, porque o crime se configura tanto quando o

militar pratica relação sexual com alguém do mesmo sexo, como também de sexo diferente, não

devendo haver diferença no tratamento. Assim, as expressões “pederastia ou outro” – mencionada na

rubrica enunciativa referente ao art. 235 do CPM – e “homossexual ou não” – contida no aludido

dispositivo – não foram recepcionadas pela CF/88. (STF. Plenário. ADPF 291/DF)

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Deserção (art. 187, CPM) e Prazo Prescricional

• O crime de deserção é permanente, e a prescrição se inicia com a cessação da referida permanência, ou seja, com a captura ou a apresentação voluntária do militar (STF, 2ª Turma, HC 112511/PE).

Consumo de Substância Entorpecente (art. 290, CPM)

• Militar que, no interior de estabelecimento sujeito à administração castrense, inala tolueno (principal componente da "cola de sapateiro", responde pelo delito do art. 290, CPM, e não pelo crime do art. 28 da Lei nº 11.343/2006 (STF, 1ª Turma, RHC 98323/MG).

Desacato contra Militar da Marinha do em atividade de Patrulhamento Naval

• Compete à Justiça Militar da União processar e julgar ação penal promovida contra civil que tenha cometido crime de desacato contra militar da Marinha do Brasil em atividade de partulhamento naval (STJ, 3ª Seção, CC 130.996-PA). Obs: existe entendimento contrário da 2ª Turma do STF).

E stado de N ec es sidad e

Com exlcudente de culpabilidade (exculpante).

Art. 39 - Não é culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa de quem é parente ou tem afeição, de perigo certo e atual, que não provocou nem poderia evitar, sacrifica direito alheio, ainda

que superior ao direito protegido, desde que não lhe era exigido conduta diversa.

Com excludente do crime (justificante):

Art. 43 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou nem podia evitar, desde que o mal causado, por sua

natureza e importância, é consideralvemente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente

obrigado a arrostar o perigo.

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ESTUDO POR QUESTÕES

1 – Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que lhe foram estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a vida de um civil.

Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado pela justiça militar da União.

R – CORRETO

2 – Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade.

R – ERRADO

3 – Um militar que servia em determinado quartel verificou que o veículo de outro militar estava estacionado na unidade com a porta destrancada e com a chave na ignição. Sem autorização, ausentou-se do aquartelamento com o carro e, ao final do dia, retornou e devolveu as chaves ao proprietário, que já tinha comunicado ao comandante da organização o suposto furto.

Assertiva: Nessa situação, o fato narrado configuraria furto de uso, mas este é considerado atípico CPM. Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

[…]

§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:

I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa;

Súm. 711 STF. “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua

vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.”

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pelo Código Penal Militar.

R – ERRADO

4 – Um adolescente com dezessete anos de idade que, convocado ao serviço militar, após ser incorporado, praticar conduta definida no CPM como crime de insubordinação praticado contra superior será alcançável pela lei penal militar, a qual adotou, para os menores de dezoito e maiores de dezesseis anos de idade, o sistema biopsicológico, em que o reconhecimento da imputabilidade fica condicionado ao seu desenvolvimento psíquico.

R – ERRADO

5 – O CPM, assim como o CP, não tipifica o crime de dano culposo.

R – ERRADO

CPM. Art. 241. Se a coisa é subtraída para o fim de uso momentâneo e, a seguir, vem a ser imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava:

Pena - detenção, até seis meses.

Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se a coisa usada é veículo motorizado; e de 1/3, se é animal de sela ou de tiro.

CPM. Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com este entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de 1/3 até a metade.

CPM. Art. 51. Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que não tenham atingido essa idade:

a) os militares;

b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que, dispensados temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento;

c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direção e disciplina militares, que já

tenham completado dezessete anos.

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6 – O CPM tipifica a conduta da prática de comércio por graduado ou oficial.

R – ERRADO

7 – Um cabo das Forças Armadas escalado para serviço na organização militar a que servia compareceu e assumiu a incumbência em estado de embriaguez, tendo ingerido, voluntariamente, grande quantidade de bebida alcoólica momentos antes de se apresentar no serviço. Todavia, seu estado não foi notado, e, nas primeiras horas da atividade, ao discutir com um militar que também estava em serviço, disparou sua arma de fogo na direção deste, matando-o instantaneamente. Assertiva: Nessa situação, será considerado inimputável o cabo, se ficar comprovado que, naquele momento, sua embriaguez era completa e que ele era plenamente CPM. Art. 264. Praticar dano:

I - em aeronave, hangar, depósito, pista ou instalações de campo de aviação, engenho de guerra motomecanizado, viatura em comboio militar, arsenal, dique, doca, armazém, quartel, alojamento ou em qualquer outra instalação militar;

II - em estabelecimento militar sob regime industrial, ou centro industrial a serviço de construção ou fabricação militar:

Modalidades culposas

CPM. Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis meses a dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do posto de um a três anos, ou reforma; se resulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma.

Exercício de comércio por oficial

Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada:

Pena - suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma.

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incapaz de entender o caráter criminoso do fato.

R – ERRADO

8 – Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui disciplinamento singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados crimes, é correto afirmar que, havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”.

R – CORRETO

9 – No direito penal militar, as penas principais são: morte, reclusão, detenção, prisão, impedimento, reforma e suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função.

R – CORRETO

CPM. Art. 49. Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Circunstâncias agravantes

CPM. Art. 70. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou qualificativas do crime:

II - ter o agente cometido o crime:

c) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito, engano ou força maior;

CPM. Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas.

§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação.

§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial.

CPM. Art. 55. As penas principais são: morte; reclusão; detenção; prisão; impedimento; reforma.

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10 – As medidas de segurança pessoal são não-detentivas e detentivas, sendo estas fixadas na mesma quantidade das penas privativas de liberdade cominadas abstratamente nos tipos penais.

R – ERRADO

11 – Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes militares a cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e de multa, conforme também prevê o Código Penal comum.

R – ERRADO

12 – De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do civil a pena privativa de liberdade superior a dois anos implicam, respectivamente, a exclusão do militar das Forças Armadas e a perda da função pública do civil.

R – CORRETO

CPM. Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença para direção de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de frequentar determinados lugares. As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco.

§ 1º A internação, cujo mínimo deve ser fixado de entre um a três anos, é por tempo indeterminado, perdurando enquanto não fôr averiguada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade do internado.

CPM. Art. 55. As penas principais são: morte; reclusão; detenção; prisão; impedimento; suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; reforma.

Art. 98. São penas acessórias: perda de posto e patente; indignidade para o oficialato; incompatibilidade

com o oficialato; exclusão das forças armadas; perda da função pública, ainda que eletiva; inabilitação para

exercício de função pública; suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; suspensão dos direitos políticos.

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13 – O CP prevê prazo máximo para prescrição da ação penal de vinte anos, assim como prevê o CPM para os crimes cometidos em tempo de paz.

R – ERRADO

CPM. Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua exclusão das forças armadas.

Perda da função pública

CPM. Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil:

I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública;

II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos.

Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercício de função pública de qualquer natureza.

CPM. Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º dêste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:

I - em trinta anos, se a pena é de morte;

II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze;

IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito;

V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro;

VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.

Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos.

Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a punibilidade

quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.

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14 – As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM, incluem a reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o perdão judicial.

R – ERRADO

CPM. Art. 123. Extingue-se a punibilidade:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição;

V - pela reabilitação;

VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).

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