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PIBID: APRENDER POTÊNCIA COM DIVERSÃO NO TAPETÃO POTENTÃO. GT3-Educação e Ciências Matemáticas, Naturais e Biológicas.

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Academic year: 2022

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PIBID: APRENDER POTÊNCIA COM DIVERSÃO NO TAPETÃO POTENTÃO Odcilene Paulino da Silvai Aline Suze Torres de Oliveiraii

Suely Rodrigues de Oliveiraiii GT3-Educação e Ciências Matemáticas, Naturais e Biológicas.

Resumo: Este trabalho refere-se a um relato de experiência de uma intervenção ocorrida no Colégio Estadual Professor João Costa (CEPJC), desenvolvido pelos alunos do Curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Sergipe – IFS, no Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, denominado

“Laboratório a Todo Vapor”. O projeto conta com a participação de três professores e seis bolsistas. A experiência refere-se à utilização de um material didático denominado Tapetão Potentão. Este material refere-se a um tabuleiro em que nele pode-se verificar aprendizagens do conceito de potência e suas propriedades, assim como multiplicação e divisão. Durante a realização desta intervenção, percebeu-se um grande envolvimento dos alunos com o material didático corroborando para uma aceitação e diagnosticado aprendizagens dos alunos.

Palavras-chave: PIBID; Educação Matemática; Ensino-Aprendizagem; Potência.

Abstract: This work refers to an experience report of an intervention that took place in State College Professor João Costa (CEPJC), developed by students of the Course of Degree in Mathematics from the Federal Institute of Education Science and Sergipe Technology - IFS in Institutional Exchange Project Initiation to Teaching - PIBID called "Laboratory Full Throttle."

The project includes the participation of three professors and six fellows. Experience refers to the use of a didactic material called Tapetão Potentão. This material refers to a board in which it can verify the concept of learning power and their property, as well as multiplication and division. During the realization of this intervention, it was noticed a large involvement of students with textbooks corroborating acceptance and diagnosed student learning .

Keywords: PIBID; Mathematics Education; Teaching and Learning; Power rating.

i odcilene@gmail.com, aluna do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe, Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID.

iialinesuze@hotmail.com, Prof. Mestre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe IFS, Coordenadora do Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID.

iiiSuely3101@hotmail.com, Pós em Psicopedagogia e Coordenação Pedagógica, Prof. Especialista do Colégio Estadual Prof. João Costa, Supervisora de Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID

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1. Introdução

Diante da vivência com alunos no ensino da disciplina de Matemática, é perceptível algumas rejeições por parte de alguns alunos. Desta forma, urge desenvolver atividades envolvendo jogos com o objetivo de facilitar o aprendizado da Matemática ensinada na sala de aula. Assim, o PIBID, ancorado em seus objetivos, desenvolve novas metodologias diante das dificuldades observadas pelo professor em sala de aula.

O PIBID é um programa da Coordenação de Aperfeiçamento de Pessoa de Nível Superiror (CAPES), sendo assim, uma iniciativa para aprimorar e a valorizar a formação de professores para a educação básica, além de elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica.

Este programa no IFS oferece bolsas aos alunos graduandos do curso de Licenciatura em Matemática oportunizando para os mesmos, ampliar seus conhecimentos a partir da convivência com os discentes, juntamente com a realidade encontrada no colégio. O projeto intitulado “Laboratório a Todo Vapor” desenvolve e proporciona atividades voltadas para o lúdico, partindo de alguns conteúdos matemáticos como potência, equações do 1º e 2º graus, radiação, dentre outros. Neste, os estudantes apresentam uma maior dificuldade, bem como um aprendizado mútuo ao experienciar uma matemática diferente e atrativa saindo do modelo tradicional de ensino.

Assim sendo, este trabalho refere-se a um relato de experiência referente à participação de alunos bolsistas do Curso Licenciatura em Matemática no PIBID, voltado para a educação matemática onde o alvo é o discente com dificuldade em algum conteúdo matemático das séries finais do Ensino Fundamental. Buscamos por meio de atividades diferenciadas e contextualizadas favorecer o processo ensino-aprendizagem dos discentes. Dessa forma utilizou-se materiais de baixo custo com muita criatividade atendendo as propostas do nosso projeto.

O projeto acontece no Colégio Estadual Professor João Costa (CEPJC), situado na Av. Augusto Franco, s/n – Getúlio Vargas, Aracaju - SE. Tem duração de 1 (um) ano, com encontros semanais na escola para as intervenções e diversas reuniões de planejamento e construção dos materiais didáticos. Os conteúdos escolhidos para as atividades foram criteriosamente selecionados pela Coordenação e Supervisão do

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Projeto, por saber que estes são os assuntos em que os alunos apresentam maiores dificuldades.

Cada bolsista do PIBID, através de sorteio, ficou responsável por criar atividades sobre os seguintes temas: Geometria (área de figuras planas), Equação do 1º grau e 2º grau, Polinômios, Produtos notáveis, Fatoração, Números negativos (operações), Operações com frações, Potenciação e radiciação e Trigonometria no triângulo retângulo. Além disso, nós também éramos responsáveis por fazer pesquisas sobre os seguintes tópicos: história da matemática, tecnologia, materiais concretos e jogos a fim de facilitar o processo de inserção destes conteúdos nas atividades que nós desenvolveríamos posteriormente.

Os bolsistas foram divididos em trios. Após isto os componentes foram pesquisar e desenvolver as atividades dos seus referidos temas.

Partindo das pesquisas e reuniões semanais, decidiu-se desenvolver quatro atividades para o conteúdo de potência, sendo que a última seria o “Tapetão Potentão”, pois neste jogo o aluno teria que exercita todo o aprendizado das atividades anteriores.

2. Fundamentação Teórica

Ensinar, de uma maneira geral, não é uma tarefa fácil. Educar um indivíduo de modo que ele assuma sua autonomia intelectual, estando apto a atuar em seu contexto de forma consciente requer bastante atenção e cautela. Mais que isso, requer de nós educadores, um ensino que possibilite ao aluno a aprendizagem prazerosa, que sem dúvida é um desafio.

A educação por meio dos jogos tem-se tornado, nas ultimas décadas, uma alternativa metodológica bastante pesquisada, utilizada e abordada de vários aspectos (ALVES, 2001, p. 15).

Desenvolver atividades voltadas para jogos matemáticos requer do professor certa dedicação, pois não basta apenas criar um jogo, é preciso uma fundamentação teórica para que possa lhe dar suporte no momento em que o jogo estiver sendo criado e

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também durante o seu uso. Contudo, só é possível saber se ele funcionará, ou não, se for experimentado, testado em laboratório.

O laboratório de ensino de matemática (LEM) em uma escola constitui um importante espaço de experimentação para o aluno e, em especial, para o professor, que tem a oportunidade de avaliar na prática, sem as pressões do espaço formal tradicional da sala de aula [...] (LORENZATO, 2009, p.41)

Contudo, o fato de existir um LEM na escola nao é necessariamente garantia de sucesso.

[...] Não basta que a escola possua o LEM: é preciso que o professor saiba utilizá-lo corretamente. Essa utilizaçao demanda, para cada aula ou assunto, um planejamento visando responder as questões tais como: “quais são os pontos fundamentais do assunto a ser estudado?”,

“dos materiais disponíveis, quias são os necessários ou mais adequados às atividades dos alunos?”, “quando e como os materiais serão utilizados?”. (LORENZATO, 2008, p. 115).

É importante salienta que estas perguntas estão atreladas as habilidades adquiridas, em parte, durante a formação.

Muito do que o professor sabe ou precisa saber para bem desempenhar sua função, ele não aprende nos cursos de formação de professores.

Escolas e livros por melhores que sejam, não conseguem oferecer os conhecimentos que o professor adquire por meio de sua prática pedagógica. A sabedoria construída pela experiência de magistério, além de insubstituível, é também necessária para aqueles que desejam aprender, de modo significativo, a arte de ensinar (LORENZATO, 2008, p. 9).

Essa arte de ensinar é conseguida através da prática desenvolvida na sala de aula juntamente com os alunos, associando teoria a prática.

[...] um mesmo professor lecionou para duas turmas, numa utilizando MD, na outra, não. Os resultados revelam que o grupo que foi ensinado com MD reagiu de forma muito mais positiva, tanto diante de questões fáceis como de médias e de difíceis, do que o grupo que foi ensinado sem MD (LORENZATO, 2009, p. 23).

Desta forma, os discentes associam melhor a teoria quando esta ligada a algo concreto, pois eles estão usando mais de um sentido no momento em que o professor está explicando o conteúdo além de que estas atividades aproximam e divertem os alunos.

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Concordo com Lorenzato quando ele afirma que quando o discente não assimilou o conteúdo matemático, ou seja, ele não aprendeu, é porque não soube ensinar.

Dar aula é diferente de ensinar. Ensinar é dar condições para que o aluno construa seu próprio conhecimento. Vale salientar a concepção de que há ensino somente quando, em decorrência dele, entretanto não é possível ensinar sem conhecer. Mas conhecer o que? Tanto o conteúdo (matemática) como o modo de ensinar (didática); e ainda sabemos que ambos não são suficientes para uma aprendizagem significativa. (LORENZATO, 2008, p. 3).

3. Desenvolvimento

3.1. Material utilizado.

O material escolhido para a confecção do Tapetão Potentão teve como princípio a utilização de materiais recicláveis e de baixo custo.

 T.N.T (tecido não tecido);

 Cola quente;

 Giz de cera;

 Régua;

 Papelão;

 Tinta guache.

3.2. Construção do jogo “Tapetão Potentão”.

A construção do jogo foi pensada com o intuito em que o aluno pudesse aplicar as propriedades da multiplicação e da divisão. Foi utilizado um retângulo de T.N.T medindo 4m x 3m, sobre ele foram colados trinta e seis (36) retângulos de cartolina de forma que formassem seis linhas e seis colunas. Em vinte e oito retângulos foram

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escritos uma expressão numérica em cada e nos oito restantes foram preenchidos com quatro figuras de mãos e quatro figuras de pés (figura 01).

Toda a construção do jogo foi realizada no LEM, desde a parte teórica a parte concreta. Antes mesmo de construirmos o jogo final, fizemos um esboço e jogamos com os nossos colegas para que pudéssemos observar seu andamento e na existência de alguma falha a mesma fosse sanada.

Figura 1: Tapetão Potentão Fonte: Arquivo da autora

Figura 2: Alunos manuseando o jogo Fonte: Arquivo da autora

4. Metodologia

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O jogo é constituído por regras as quais os alunos teram que segui-las.

1. Dividir a turma e dois grupos;

2. Os grupos decidem no par ou impar quem ira iniciar o jogo;

3. Cada grupo escolhera um representante “Aluno tapetão” para ficar no tapete;

4. O grupo vencedor jogara o dado duas vezes. A primeira vez correspondera à linha e a segunda correspondera à coluna;

5. No encontro da linha e a coluna respectivamente haverá uma expressão numérica, um pé ou uma mão;

6. Caindo na expressão, o grupo recebe um se acertar e menos um se errar;

7. Ao jogar o dado, caindo pé ou mão, o “Aluno tapetão” ficara responsável para subir no tapete e colocar sua mão ou se pé no desenho;

8. O grupo tem direito a dez rodadas;

9. Não terá uma ordem para as jogadas, o grupo que for apresentando as equações respondidas poderá jogar o dado, dando sequência ao jogo;

10. O grupo que obtiver maior pontuação positiva será o vencedor.

4.1 Relato de experiência

O jogo Tapetão Potentão foi pensado justamente para que os alunos pudessem revisar os conteúdos das atividades anteriores, as quais foram concentradas nas propriedades de potência, focando multiplicação e divisão.

Antes do inicio do jogo, foi entregue para os alunos o roteiro da atividade. Foi solicitado que eles lessem com atenção, e em caso de dúvidas, seriam esclarecidas antes do inicio do jogo.

Iniciou-se o jogo com o grupo o qual ganhou no par ou impar. Ao jogar o dado duas vezes em que os números sorteados corresponderiam respectivamente à linha e a

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coluna, seria encontrada a expressão a qual eles iriam responder. Em seguida o dado foi repassado para outro grupo o qual procederia da mesma forma. No momento em que os grupos estavam respondendo as expressões, dois alunos denominados “Aluno Potentão”, os quais eram responsáveis em jogar o dado, ficavam na expectativa para dar seguimento ao jogo, já que isso só seria possível após terem respondido a expressão.

No decorrer da atividade foram notórias as dificuldades dos alunos em desenvolver as expressões encontradas, pois percebeu-se que eles sabiam montar toda a sequência, mas no momento em que tinha que subtrair expoentes com valores negativos a maioria errava.

Esta atividade foi aplicada duas vezes no colégio, e percebemos que os acontecimentos em sua maioria são únicos, ou seja, na segunda aplicação fizemos alguns ajustes devidos fatos inesperados na primeira aplicação, como por exemplo: um grupo estava com seu representante “Aluno Tapetão” no tapete com as duas mãos no desenho e ao jogar o dado por coincidência caiu uma terceira mão. Imediatamente me perguntaram: e agora Professora? Respondi que eles jogassem novamente o dado. Na segunda aplicação da atividade outros fatos novos surgiram e sanados de imediato.

A atividade foi dinâmica em todo o momento, pois cada aluno era responsável por uma atividade diferente, ou seja, enquanto um jogava o dado, o outro observava a linha e a coluna sorteadas. Após encontrar a expressão, era passada para os outros colegas para anotarem e responderem a expressão. Não sendo uma expressão, e sim pé ou mão, a “Aluno Tapetão” ficaria sobre o tapete, isso tornou a atividade mais divertida, já que eles mesmos riam dos próprios colegas de castigo sobre o tapete.

A atividade foi satisfatória, ao perceber que é possível trabalhar com a matemática de forma divertida, em que o aluno sem notar estar aprendendo com um jogo matemático.

5. Considerações finais

Através do planejamento, elaboração e aplicação desta atividade, percebeu-se que a utilização de jogos didáticos tem bastante influência no processo de ensino aprendizagem.

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Mas para isso é necessário certo cuidado ao elaborar um jogo, pois o mesmo terá que contribuir na aprendizagem do aluno, fazendo com que o discente associe teorias matemáticas ao praticar o determinado jogo.

O jogo também desenvolve entre os alunos uma maior interação, já que no momento em que eles estão jogando um interage com o outro, com isso o aprendizado é compartilhado.

Portanto, foi notório que o jogo contribui no ensino de Matemática, sendo ele bem confeccionado. É necessário que seja claro os objetivos, sendo eles possíveis de serem alcançados. Essa metodologia de ensinar Matemática de forma diferenciada é uma boa oportunidade para tornar o ensino de conteúdos matemáticos divertidos e prazerosos, com isso mudando a rotina da sala de aula.

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6. Referências

ALVES, E.M.S. A ludicidade e o ensino da matemática: uma pratica possível.

Campinas, SP: PAPIRUS 2001.

CAPES. Programa Institucional de Bolsa de Iniciaçãoà Docência – PIBID.

Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid. Acesso em:

21/07/2015.

LORENZATO, Sergio. Para aprender matemática. 2ª ed. Ver. – Campinas, SP:

Autores Associados, 2008.

___________ O laboratório de ensino de matemática na formação de professores.

2ª Ed. Ver. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.

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