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3.2.1 Análise dos dados de linguagem das postagens do Facebook do IME

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO CENTRO DE ESTUDOS DE PESSOAL E FORTE DUQUE DE CAXIAS

JOSÉ RONALDO GOMES MADURO JUNIOR

ANÁLISE DAS POSTAGENS NO FACEBOOK DO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Rio de Janeiro 2019

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JOSÉ RONALDO GOMES MADURO JUNIOR

ANÁLISE DAS POSTAGENS NO FACEBOOK DO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Monografia apresentada ao Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias, como parte das exigências do Curso de Pós-graduação Latu Sensu, para a obtenção do grau de especialista em Comunicação Social.

Orientadora: da Prof. Drª Karenine Miracelly Rocha da Cunha.

Rio de Janeiro 2019

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JOSÉ RONALDO GOMES MADURO JUNIOR

ANÁLISE DAS POSTAGENS NO FACEBOOK DO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Monografia apresentada ao Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias, como parte das exigências do Curso de Pós-graduação Latu Sensu, para a obtenção do grau de especialista em Comunicação Social.

Orientadora: da Prof. Drª Karenine Miracelly Rocha da Cunha.

COMISSÃO EXAMINADORA

_____________________________________

Profª Drª Karenine Miracelly Rocha da Cunha Centro de Estudos de Pessoal

_____________________________________

Másio Misson Penoni – Tenente-Coronel Centro de Estudos de Pessoal

_____________________________________

Gabriela Bernardes – Capitão Centro de Estudos de Pessoal

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2019

(4)

“A WWW é mais uma criação social do que técnica. Eu não a projetei como um brinquedinho.

Precisamos ter certeza de que a sociedade que construímos na rede é aquela que almejamos”.

Tim Berners-Lee

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RESUMO

O Instituto Militar de Engenharia (IME), uma das principais Escolas de Formação de Oficial do Exército Brasileiro, é um Centro de Excelência na área de Engenharia e goza de reconhecimento nacional e internacional, contribuindo sobremaneira no âmbito acadêmico e com a sociedade brasileira, cumprindo o indelegável compromisso de formar recursos humanos altamente qualificados para atender as necessidades do país. Dentro do contexto atual, no qual os meios de comunicação se tornaram cada vez mais digitais, o IME busca veicular suas notícias e informações utilizando, principalmente, as mídias socias, por meio da comunicação digital. Pelo Facebook, rede social de maior destaque, atualmente com 256 mil seguidores, o IME mantém contato com os mais diversos públicos, em sua grande maioria, interessados em conhecer a engenharia militar, ou buscando informações sobre a Instituição e suas rotinas. De maneira geral, as postagens dessa plataforma não apresentam uma regularidade em termos de conteúdo e linguagem, além de refletir uma ausência de interação do IME com seus públicos, o que leva para baixo o engajamento, importante métrica de monitoramento de Fan Page no Facebook. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar os conteúdos, a linguagem e as interações das postagens do Facebook do IME, a fim de contribuir para um melhoramento do gerenciamento do Facebook do Instituto Militar de Engenharia.

Palavras-Chave: Mídias Sociais. IME. Exército Brasileiro. Interação.

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ABSTRACT

The Military Institute of Engineering (IME), one of the main Brazilian Army Officer Training Schools, is a Center of Excellence in the Engineering area and enjoys national and international recognition, contributing greatly in the academic field and with Brazilian society, fulfilling the ineligible commitment to train highly qualified human resources to meet the needs of the country.

Within the current context, in which the media has become increasingly digital, IME seeks to convey its news and information using mainly social media through digital communication. Through Facebook, the most prominent social network, currently with 256,000 followers, IME maintains contact with the most diverse audiences, mostly interested in knowing military engineering, or seeking information about the institution and its routines. Overall, the posts on this platform do not feature regularity in terms of content and language, and reflect a lack of interaction between IME and its audiences, which drives down engagement, an important Facebook Fan Page monitoring metric. Therefore, the aim of this paper is to analyze the contents, language and interactions of IME Facebook posts, in order to contribute to an improvement of the Facebook management of the Military Institute of Engineering.

Keywords: Social Media. IME. Brazilian Army. Interaction.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Quadro de análise da amostra nº 01 – postagem com maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 02– Quadro de análise da amostra nº 02 – postagem com a 2ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 03– Quadro de análise da amostra nº 03 – postagem com a 3ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 04– Quadro de análise da amostra nº 04 – postagem com a 8ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 05– Quadro de análise da amostra nº 05 – postagem com a 9ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 06– Quadro de análise da amostra nº 06 – postagem com a 10ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 07– Quadro de análise da amostra nº 07 – postagem com a 14ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 08– Quadro de análise da amostra nº 08 – postagem com a 15ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 09– Quadro de análise da amostra nº 09 – postagem com a 22ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 10– Quadro de análise da amostra nº 10 – postagem com a 30ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 11– Quadro de análise da amostra nº 11 – postagem com a 32ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 12– Quadro de análise da amostra nº 12 – postagem com a 42ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 13– Quadro de análise da amostra nº 13 – postagem com a 45ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 14– Quadro de análise da amostra nº 14 – postagem com a 49ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 15– Quadro de análise da amostra nº 15 – postagem com a 58ª maior interação no 1º semestre de 2019.

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Tabela 16– Quadro de análise da amostra nº 16 – postagem com a 60ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 17– Quadro de análise da amostra nº 17 – postagem com a 62ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 18 – Quadro de análise da amostra nº 18 – postagem com a 64ª maior interação no 1º semestre de 2019.

Tabela 19– Quadro de análise textual.

Tabela 20 – Quadro de análise de título.

Tabela 21 – Quadro de análise de conteúdo de vídeo.

Tabela 22 – Quadro de análise de conteúdo de imagem.

Tabela 23 – Quadro de análise de conteúdo de link.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Distribuição dos alunos por curso do IME, (2019.

Gráfico 2: Divisão de alunos civis e militares do IME, (2019).

Gráfico 2: Divisão de alunos civis e militares do IME, (2019).

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras Cmdo Mil A – Comando Militar de Área

Com Soc – Comunicação Social CSN – Companhia Siderúrgica Nacional DCT – Departamento de Ciência e Tecnologia EB – Exército Brasileiro

ECEME – Escola de Comando e Estado Maior

EMBRATEL – Empresa Brasileira de Telecomunicações ESA – Escola de Sargento das Armas

EsAO – Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais FTC – Força Terrestre Componente

IME – Instituto Militar de Engenharia NOTIME – Noticiário do IME

ODG – Órgão de Direção Geral

ODOp – Órgão de Direção Operacional ODS – Órgão de Direção Setorial OM – Organização Militar

ROI – Return on Investment (Retorno sobre investimento) SComS – Seção de Comunicação Social (do IME)

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação www – World Wide Web

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Gráfico do tempo diário gasto com mídia, no mundo, de 2011 a 2021.

Figura 2 – Quadro das redes sociais mais utilizadas no mundo em 2019.

Figura 3 – Quadro da utilização dos meios digitais no Brasil – 2019.

Figura 4 – Quadro resumo da presença digital no cenário 2.0, elaboração da autora Beth Saad.

Figura 5 – Gráfico dos países que mais utilizam o Facebook no mundo – 2019.

Figura 6 – Quadro diagrama das Agências Comunicação Social EB.

Figura 7 – Quadro Mídias autorizadas para as OM do EB.

Figura 8 – Quadro tipo de postagem que geram mais interação.

Figura 9 – Dados de análise de interação média do IME.

Figura 10 – Gráfico de engajamento 1º semestre 2019 – IME.

Figura 11 – Gráfico de comentários 1º semestre 2019 – IME.

Figura 12 – Gráfico de compartilhamentos 1º semestre 2019 – IME.

Figura 13 – Gráfico de likes 1º semestre 2019 – IME.

Figura 14 – Gráfico do dia da semana com mais interação 1º semestre 2019 – IME.

Figura 15 – Gráfico da hora do dia de maior interação 1º semestre 2019 – IME.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 13

1 COMUNICAÇÃO DIGITAL ... 16

1.1 A internet ... 18

1.2 Marketing digital ... 21

1.3 As redes sociais ... 23

1.4 As mídias sociais ... 25

1.4.1 As mídias sociais no Brasil ... 26

1.4.2 O Facebook ... 26

1.4.3 Monitoramento ... 29

1.4.4 Métricas do Facebook ... 30

2 O FACEBOOK DO IME ... 32

2.1 Papel da Comunicação Social do IME ... 33

2.2 A papel do IME ... 34

2.3 Contribuições do IME para a sociedade ... 36

2.4 O uso das mídias sociais pelo Exército Brasileiro ... 38

3 ANÁLISE DO FACEBOOK DO IME ... 41

3.1 Coleta dos dados do Facebook do IME ... 43

3.2 Análise da Fan Page do IME no Facebook ... 43

3.2.1 Análise dos dados de linguagem das postagens do Facebook do IME ... 65

3.2.2 Análise dos dados de conteúdo das postagens do Facebook do IME ... 65

3.2.3 Análise dos dados de interação e engajamento das postagens do Facebook do IME ... 67

3.3 Interpretação das análises dos dados do Facebook do IME ... 71

3.4 Proposta para o Facebook do IME ... 73

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 76 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 79 APÊNDICE A ... 83

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INTRODUÇÃO

O Instituto Militar de Engenharia, herdeiro da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, criada em 1792 como a primeira Escola de Engenharia das Américas e terceira do mundo, sediado no bairro da Urca, Rio de Janeiro – RJ, é um tradicional estabelecimento de Ensino Superior do Exército Brasileiro e está diretamente ligado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT).

O IME é um estabelecimento de ensino do DCT responsável, no âmbito do Exército Brasileiro (EB), pelo ensino superior de Engenharia e pela pesquisa básica. (IME, 2019)

Como escola de engenharia, o Instituto oferece cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária para militares e civis. Está integrado aos demais órgãos do EB, por meio da prestação de serviços e pela execução de atividades de natureza técnico-científicas. Está também integrado à sociedade brasileira cooperando, por meio do ensino e da pesquisa, para o desenvolvimento científico-tecnológico do País.

Face a tamanha grandeza, o IME busca manter uma relação com seus diversos públicos por meio de ampla comunicação nas suas mídias sociais. Atualmente possui, além da página oficial na internet, perfis sociais, como o Instagram, Twiter e Facebook, também um canal no Youtube.

Na plataforma Facebook, O Instituto é detentor de uma Fan Page que conta com mais de 256 mil seguidores e fãs. Isso o põem como a segunda maior página, no Facebook, no Exército Brasileiro, ficando atrás somente da página oficial do Exército, evidenciando o poder de propagação que o Instituto detém por meio dessa rede social.

Dessa maneira, uma página com esse número de seguidores é um grande vetor de propagação, não só das informações, notícias e imagem do IME, mas também do Exército Brasileiro, uma vez que é impossível desassociar uma coisa da outra.

A proposta deste trabalho, portanto, é de analisar as postagens do Facebook do Instituto Militar de Engenharia (IME), por meio de uma pesquisa de análise de conteúdo, dentro de um recorte de tempo atual, de janeiro a junho de 2019, respondendo ao seguinte problema: como contribuir para melhorar a gestão do Facebook do IME?

Assim, para atingir a esse objetivo proposto, foram realizadas análises das interações, da linguagem e dos conteúdos das postagens do Facebook do IME, de modo que colaboram para a melhoria da gestão da página do Instituto, contribui-se também para preservar e de fortalecer a imagem do Exército perante a sociedade brasileira.

(15)

Para este fim, foi feita uma abordagem qualitativa, por se tratar de uma análise de conteúdo, mas também quantitativa, uma vez que o universo de postagens, referente ao recorte de tempo, foi reduzido a uma amostra.

A redução se deu em virtude de o universo inicial de postagens ser muito grande. Durante o 1º semestre de 2019 houve 66 postagens na página do Facebook do IME. Em virtude disso, reduziu- se a uma amostra de 18 postagens, por meio de cálculos estatísticos.

Para se chegar aos resultados, foram adotados os seguintes procedimentos de coleta de dados:

análise documental, principalmente dos Manuais e Portarias do Exército, também, revisão bibliográfica e pesquisa de campo, que se deu com coleta de dados das postagens utilizando o site do BuzzSumo, um site especializado em monitoramento e métricas de Facebook.

Assim sendo, de maneira gradual, buscou-se chegar ao entendimento de como a página do Facebook do IME está inserida no contexto da comunicação digital, e como o Instituto utiliza dos mecanismos de marketing digital para se comunicar com seus públicos.

O trabalho foi elaborado em três capítulos, um primeiro que conceitua a comunicação digital, um segundo capítulo que situa acerca da comunicação digital no âmbito do IME e do Exército Brasileiro e, por fim, o cerne do trabalho, um terceiro capítulo que mostra as análises do Facebook do IME.

O primeiro capítulo, portanto, abordou a comunicação digital, tipo de comunicação surgida a partir da combinação computador, rede e internet. Também, foi apontada a principal característica do período chamado de Era Digital, que é a comunicação em rede, horizontalizada, com uso massivo das mídias digitais, dando especial atenção ao Facebook e suas formas de utilização para fins de marketing e promoção de marca, além das métricas e formas de monitoramento deste tipo de mídia, com o propósito de fazer o melhor uso dela. Dessa forma, o primeiro capítulo buscou o embasamento teórico necessário aos demais, em especial ao terceiro capítulo.

Com relação ao segundo capítulo, que trata do Facebook do IME, se buscou contextualizar as mídias digitais no âmbito do Exército Brasileiro até a abordagem do marketing pelo Facebook do Instituto Militar de Engenharia, mostrando o papel da sua Comunicação Social e as contribuições para a sociedade, por fim o uso das mídias sociais pelo EB. Dessa forma, nesse segundo capítulo foi utilizada a legislação básica do Exército Brasileiro que trata da comunicação e dos meios digitais.

Também serviram de subsídios para o segundo capítulo as legislações que discorrem sobre a carreira do engenheiro militar, sobre o Instituto Militar de Engenharia e do Quadro de Engenheiros Militares (QEM) do Exército.

(16)

Com relação ao terceiro capítulo, que trata da análise do Facebook do IME, buscou-se realizar as análises propostas por meio do uso de ferramentas de gerenciamento da plataforma do Facebook, sem a interferência do administrador do perfil. Por isso não se fez uso do Facebook Analytics, mas sim das ferramentas oferecidas pelo site de coleta de dados, o Buzzsumo. Nesse sentido, os dados para análise das interações foram gerados pelo referido site. Os dados para análise de linguagem foram garimpados um a um, assim como os de análise de conteúdo.

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1 COMUNICAÇÃO DIGITAL

A invenção do computador em 1946, a criação da internet em 1969 e a revolução das telecomunicações da década de 1970 proporcionaram grandes avanços tecnológicos em escala global, em especial nas tecnologias da informação e da comunicação (TICs), e foram determinantes para as alterações na forma com que as pessoas se comunicavam e dos meios que passaram a utilizar para se comunicar.

Tais transformações marcaram a passagem da Era Industrial para a Era Digital, e também do surgimento de uma nova forma de comunicação baseada principalmente no computador e na internet, a comunicação digital, conduzindo à migração de uma Sociedade Industrial, para uma sociedade caracterizada pela comunicação em múltiplos meios, interconectada em rede1.

No que se refere às diferentes sociedades, Castells (2019, p.11) afirma que a construção de uma nova cultura baseada na comunicação multimodal e no processamento digital de informações criou um hiato geracional entre aqueles que nasceram antes da Era da Internet (1969) e aqueles que cresceram em um mundo digital.

A comunicação digital tornou-se, para essa nova sociedade, uma das formas mais poderosas de comunicação já experimentadas, possibilitando a integração entre indivíduos espalhados pelo mundo, afetando não só a comunicação, mas também as relações pessoais, interpessoais, de trabalho, de instituições, de forma rápida e interativa.

Diferente da comunicação de massa unidirecional, cujos meios eram basicamente limitados ao rádio e à televisão, num cenário onde os indivíduos eram ouvintes e telespectadores, a comunicação da Era Digital coloca os cidadãos numa condição de produtor de informação e opinião, interagindo com a mesma de forma multidirecional, num ambiente de rede.

Martino (2015, p. 29) definiu a interconexão digital entre computadores ligados em rede como ciberespaço. Ou seja, o ciberespaço é o que existe entre os computadores, quando há uma conexão entre eles que permite aos usuários trocarem dados, e que pode ser fundamentado em três princípios que têm permitido que, a cada dia, ele cresça: interconexão, criação de comunidades virtuais e inteligência coletiva.

1 A transformação de uma Sociedade Industrial para uma Sociedade Digital refere-se ao fato de que as tecnologias, na era digital, passaram a dominar os meios de produção e de comunicação. Isto marca o processo atual da 3ª Revolução Industrial. Para Castells (2019, p. 88), diferentemente de qualquer outra revolução, o cerne da transformação que estamos vivendo na revolução atual refere-se às tecnologias de processamento de informação e comunicação.

(18)

Assim sendo também definiu que as relações humanas que se desenvolvem no ciberespaço são denominadas de cibercultura.

Em linha gerais, o termo designa a reunião de relações sociais, das produções artísticas, intelectuais e éticas dos seres humanos que se articulam em redes interconectadas de computadores, isto é, no ciberespaço. Trata-se de um fluxo contínuo de ideias, práticas, representações, textos e ações que ocorrem entre conectadas por um computador – ou algum dispositivo semelhante – a outros computadores. (MARTINO, 2015, p. 27)

Corrobora Lévy (2010), que diz que o ciberespaço é o ambiente de navegação e onde está disponibilizado o conhecimento e a cibercultura é o conjunto de técnicas que permitem criar, transformar e utilizar este espaço. Esses conceitos formam as bases centrais de toda obra e reflexões de Lévy. Para ele:

O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.

(LÉVY, 2010, p. 17).

A internet intensificou essa transformação possibilitando uma comunicação horizontalizada, aberta e interligada no mundo todo. Dessa forma a Internet pode ser considerada como uma ferramenta da rede, permitindo pluralidade em concomitância com a participação, de forma que além de reproduzir padrões sociais pré-existentes, trabalhe em prol de sua modificação e complementação, principalmente no que diz respeito à comunicação, pela facilitação do acesso e transmissão de informações e ampliação das relações interpessoais. Para Castells:

A passagem dos meios de comunicação em massa tradicionais para um sistema de redes horizontais de comunicação organizadas em torno da internet e da cominação sem fio introduziu uma multiplicidade de padrões de comunicação na base de uma transformação cultural fundamental à medida que a virtualidade se torna uma dimensão essencial da nossa realidade. (CASTELLS, 2019, p. 11)

A comunicação digital é uma maneira de promover grande integração entre todos os atores da sociedade e vem alterando a maneira com que pessoas, empresas e instituições se relacionam, tanto on-line quanto off-line. Este modelo comunicativo aumentou as fronteiras da interatividade pela velocidade de resposta do receptor, além de garantir a produção de conteúdo, possibilitando que qualquer indivíduo conectado transforme-se em um formador de opinião. Todos, de alguma maneira, estão, direta ou indiretamente, engajados em algum tipo de relação de comunicação digital.

(19)

Trouxe aos mercados uma nova forma de inter-relação entre diversos clientes potenciais e as instituições. Indivíduos e instituições podem divulgar opiniões e produtos, numa forma de interação e troca de informação quase instantânea, que é o diferencia a comunicação digital da comunicação off-line. Dessa forma pode-se afirmar que a comunicação digital criou a possibilidades para que as instituições se aproximem e interajam com seus públicos-alvo, por meio de um canal dinâmico e interativo.

De forma semelhante, as instituições que possuem perfil em rede, ainda que seu alvo principal não seja a venda propriamente dita de um produto ou serviço, a intenção do perfil é chamar o usuário para próximo da Instituição.

Por meio desta comunicação, a capacidade de um indivíduo de comunicar e conectar com diversas pessoas, grupos ou comunidades foi expandida a níveis globais, facilitando o disseminação e compartilhamento de informações sobre diversos assuntos.

No caso específico da utilização da comunicação digital pelo Instituto Militar de Engenharia, a possibilidade de fazer a divulgação das missões e ações por meio de redes sociais, usando principalmente o Facebook, permite o estreitamento de laços e a criação de um sentimento de empatia por parte dos seus públicos. Essa interação mais direta, horizontalizada e que abre possibilidade para que os públicos questionem, perguntem, compartilhem e divulguem as informações ali disponibilizadas.

1.1 A internet

A Internet é um marco decisivo na evolução das TICs, ultrapassando barreiras e aproximando pessoas de diferentes culturas pelo mundo, algo que não ocorria desde a invenção da televisão, pela década de 50. Tornou possível a comunicação em escala mundial, por meio de um sistema em rede global. Castells assim definiu internet:

A Internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. Ademais, à medida que novas tecnologias de geração e distribuição de energia tornaram possível a fábrica e a grande corporação como os fundamentos organizacionais da sociedade industrial, a Internet passou a ser a base tecnológica para a forma organizacional da Era da Informação: a rede.

(CASTTELS, 2003 - Ebook)

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Historicamente, a Internet tem suas origens após Segunda Guerra Munda, no período da Guerra Fria. Criada inicialmente com fins militares, a internet tinha o propósito de manter as comunicações das Forças Armadas dos Estados Unidos protegida dos soviéticos, em caso de ataques que pudessem destruir seus meios convencionais de telecomunicações. Castells explica o contexto da criação:

A criação e o desenvolvimento da internet nas três últimas décadas do século XX foram consequência de uma fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contracultural. A internet teve origem no trabalho de uma das mais inovadoras instituições de pesquisa do mundo: a Agência de Projetos e Pesquisa Avançada (Arpa) do Departamento de Defesa dos EUA. (CASTELLS, 2019, p.100)

Ainda segundo Castells (2019, p.107), após o estabelecimento da primeira conexão entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford, com o envio do primeiro e-mail, em 1969 e ao longo das décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. A partir da década de 90 a internet passou a se popularizar no mundo inteiro. Neste mesmo ano o engenheiro inglês, Tim Bernes-Lee, desenvolveu a teia mundial, a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes e atraentes.

Segundo Vergili (2014), desde o advento da web, registra-se um aumento constante do acesso à internet e, mais recentemente, da utilização de redes sociais. Em consequência desse processo, e do interesse em novos públicos, é possível afirmar que as redes sociais têm recebido crescente investimento dentro das instituições, tanto no monitoramento quanto na articulação direta. Porém, elas não devem ser – e provavelmente não serão – utilizadas como a única maneira de comunicação com os públicos de interesse de uma instituição.

Segundo Vieira (2015), no Brasil, a Internet surgiu no final da década de 80, quando as universidades brasileiras começam a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos. No entanto, a história da internet no Brasil demorou um pouco mais para abrir seu caminho e espaços no meio tecnológico: somente na década de 1990, sendo disponibilizada apenas para pesquisas para algumas universidades. A comercialização somente iniciou alguns anos mais tarde, em meados da década de 1990.

Ainda segundo Vieira (2015), partir de 2006, começou uma nova era na internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes, surgiram outras redes sociais como Facebook, Twitter, Google Plus e Instagram.

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É difícil pensar no dia a dia sem estar conectado à internet. Ela está dentro de vários lares ao redor do mundo. Atualmente, estar conectado à rede mundial passou ser de suma importância não só àqueles dentro das suas casas, mas também nas escolas, universidades, empresas e organizações, de forma que hoje todos têm facilmente o acesso às informações e às notícias do mundo em apenas um click.

O tempo diário que cada consumidor mundial gastará na internet este ano de 2019 deverá chegar a 170 minutos, aproximadamente 3 horas por dia. Até 2021, estima-se que os consumidores gastem 192 minutos por dia na internet2. O que está impulsionando esse crescimento é o aumento do tempo que as pessoas vêm gastando em seus dispositivos móveis conectados à internet. (ZENITH, 2019)

Figura 1: Gráfico do tempo diário gasto com mídia, no mundo, de 2011 a 2021.

Fonte: STATISTA, 2019.

Portanto, o que se percebe é que a internet não é apenas uma ferramenta de desenvolvimento das relações interpessoais no ciberespaço, mas, hoje, é a base da formação da sociedade em rede e vem mudando o comportamento das pessoas, conforme as tecnologias evoluem.

2 Relatório de consumo de mídia produzido pela Zenith The ROI Agency. Disponível em:

<https://www.zenithmedia.com/product/media-consumption-forecasts-2019/>. Acesso em: 01 ago. 2019.

(22)

1.2 Marketing digital

A consolidação da internet é uma realidade. Pensar no mundo sem todos os aparatos tecnológicos que se usam dela para facilitar a vida é algo difícil a algumas pessoas. A grande maioria das pessoas utiliza e-mail, acessa sites, compra em lojas virtuais, ou se utiliza das redes sociais, como Facebook, Twitter e outras.

A revolução tecnológica que os tablets e os smartphones trouxeram, puseram o mundo nas mãos dos consumidores, os deixando, cada vez mais, em contato com as marcas. Também estabeleceu uma nova relação entre empresas, organizações e instituições e seus clientes, consumidores e públicos. Muito mais do que o simples uso da internet, os consumidores, públicos e seguidores assumiram o comando dela.

Diante disso, as empresas de todos os ramos perceberam que as tradicionais técnicas de marketing estão se tornando cada vez menos eficazes e mais dispendiosas, além de não possibilitar a medição do impacto de forma imediata, diferentemente do que acontece com o marketing digital e, sobretudo, com o marketing das redes sociais. Segundo Torres (2009):

As redes sociais consistem em um fenômeno e, junto com os blogs e outros sites colaborativos, criam as chamadas mídias sociais. Elas integram perfis e comunidades, criando para o consumidor uma agradável sensação de proximidade com todos. Formam um fenômeno cultural em constante ascensão e, por serem colaborativas na essência, estão em constante transformação. (TORRES, 2009, p. 31)

Antes, por meio do jornalismo e da publicidade, os consumidores recebiam as informações sobre as empresas e seus produtos. Hoje as mídias sociais, principalmente por meio das redes sociais, transformaram as relações entre consumidores e empresas, marcas e produtos.

O modelo de negócio físico, no varejo, no qual existia o ponto físico, era a estratégia mais eficiente para atrair novos clientes. Porém, com a massificação das redes sociais, isso mudou muito rapidamente.

As poderosas ferramentas de busca da atualidade permitem localizar qualquer tipo de produto e estabelecimentos, mostrando inclusive os mais próximos ao local onde estão naquele momento.

Os consumidores passaram a se valer das informações sobre marcas, produtos, empresas e experiências de outros consumidores. Para isso, os blogs e perfis de influenciadores digitais em redes sociais tornaram-se a fonte de informação principal de muitos consumidores.

(23)

Diante desse novo cenário de consumidores e empresas, as redes sociais se tornaram um canal de comunicação permanente entre consumidores, que se utilizam dela para relatar em detalhes o que compram, suas experiências e também o que acham dos produtos e serviços. Hoje existe um novo tipo de consumidor, mais exigente, informado e atento, e que vai à procura de registros que lhe possibilitem saber mais antes de sair do conforto de sua casa, tornando comum a pesquisa de compra e a troca de ideias com outros consumidores.

Dessa forma, define-se marketing digital como as ações de comunicação das empresas, que podem fazer uso dos diversos meios, como internet, telefonia celular e todos os meios digitais disponíveis, para promover sua marca, com isso divulgar e comercializar seus produtos, conquistando novos clientes e melhorando a sua rede de relacionamentos. Em suma, é a ação de promover produtos ou serviços com a utilização de plataformas digitais, chegando mais facilmente aos consumidores, e com mais eficiência.

Torres (2009, p. 62) reforça a necessidade de entender que ainda se trata de marketing e de consumidores. Assim, o marketing digital muda apenas o meio, que passou a ser o ciberespaço, e a forma de relação, que passou a ser multilateral.

Portanto, o marketing digital traduz-se em ações adaptadas aos meios digitais, de forma a obter, nestes canais, a mesma eficiência e eficácia do marketing direto e, simultaneamente, potencializar os efeitos do marketing tradicional. Juntamente com a comunicação, atravessam, portanto, hoje, um caminho que se pauta pela existência de diversificados canais de comunicação, com duas vias, por meio dos quais as marcas dialogam com os seus consumidores e vice-versa.

Segundo Telles (2010, p. 96), para se fazer uma campanha em qualquer rede social é necessário planejamento estratégico e conhecimento da linguagem usada nas diferentes redes sociais e comunidades. Nesse sentido, uma instituição, para integrar no mundo virtual, precisa traçar objetivos e entender as dinâmicas do marketing de mídias sociais, para, em seguida, realizar as escolhas de quais mídias irá utilizar, de quais irá monitorar, qual o público de cada uma, o que buscar com os acessos das pessoas, evitando, com isso, erros que possam trazer diversos prejuízos para as organizações.

A partir das redes sociais surgiu uma nova forma de exploração das dinâmicas de relacionamento entre as empresas e os seus clientes, o marketing digital nas redes sociais, ou seja, no ciberespaço. Apresenta-se, atualmente, como uma plataforma de interação entre a empresa com clientes e potenciais clientes, promovendo a fidelização, permitindo à empresa uma espécie de estudo de mercado com um custo baixíssimo, portanto é uma poderosa ferramenta.

(24)

1.3 As redes sociais

Compreender o mundo por meio das redes ganhou grande importância com a chegada da Era Digital, as pessoas passaram a estar unidas por meio dos mais diversos aparatos digitais interconectados em redes.

Segundo Recuero (2018, p. 10), redes são estruturas de dados comumente encontradas em qualquer serviço de mídia social que permitem às pessoas constituir grupos de conexão.

Dessa forma, é possível afirmar que rede social é uma importante estrutura social, composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, relacionando-se por meio de um elo, que compartilham valores, objetivos e interesses comuns, uma rede no caso, constituindo um relacionamento entre eles. Esta proposição apoia-se no posicionamento de Recuero:

As chamadas redes sociais são metáforas para a estrutura dos agrupamentos sociais. Elas são construídas pelas relações entre os indivíduos e vão servir como estrutura fundamental para a sociedade. (RECUERO, 2018, p. 23)

A rede social tem como principais características a abertura e porosidade. Todos podem fazer parte, o que possibilita relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes, conectando os indivíduos e as organizações pela identidade. Martino define:

Redes sociais podem ser entendidas com um tipo de relação entre seres humanos pautada pela flexibilidade de sua estrutura e pela dinâmica entre seus participantes. Apesar de relativamente antiga nas ciências humanas, a ideia de rede ganhou mais força quando a tecnologia auxiliou a construção de redes sociais conectadas pela internet, definida pela interação via mídias digitais. (MARTINO, 2015, p. 55)

Na atualidade, as redes sociais têm adquirido importância crescente na sociedade. São caracterizadas principalmente pela autogeração de sua estrutura, pela sua horizontalidade e por sua descentralização.

Ao contrário dos agrupamentos humanos, nos quais existem vínculos duradouros, fundamentados em valores mais ou menos compartilhados, nas redes não existe necessariamente a obrigação de ter ritmo específico de atividades, assim como não exigem ligações exclusivas. A flexibilidade de uma rede refere-se também a sua capacidade de mudar de tamanho conforme ganha ou perde participantes em sua dinâmica. (MARTINO, 2015, p.56)

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Muitas vezes o conceito de rede social é confundido com o conceito de redes sociais on-line.

Segundo Recuero (2018, p. 23), as redes sociais on-line são traduções das redes sociais do espaço off-line dos indivíduos de suas conexões sociais. As redes sociais, por sua facilidade de acesso a informações e comunicação interpessoal têm, cada vez mais, alterado a forma de organização, de criação de identidade, de conversação, de exposição de opinião e de mobilização social. Este é um fenômeno chamado de comunicação mediada pelo computador.

Uma das principais redes sociais atualmente é Facebook. Ele pode ser considerado um dos principais sistemas de interação social e divulgação de opiniões e informações da atualidade e de marketing digital em rede. É utilizado por pessoas de diversas idades e contexto, em diversos cantos do mundo. Seu sistema funciona por meio de perfis, comunidades e páginas, podendo estas serem tanto pessoais quanto profissionais ou de algum tópico de interesse. É hoje a maior rede em número de usuários do mundo, conforme o gráfico abaixo:

Figura 2: Quadro das redes sociais mais utilizadas no mundo em 2019.

Fonte: DIGITAIS, 2019.

(26)

1.4 As mídias sociais

É muito recorrente a utilização dos termos, mídias sociais e redes sociais. Isso ocorre porque ambos os termos tornaram-se ferramentas não só de convívios social, nas relações em redes, como também para a realização de negócios, também por meio das redes

É de grande importância a diferenciação dos termos, mas também sua correta utilização para que se possa desenvolver as melhores técnicas de comunicação na internet. Muito embora os termos já existam desde antes dos tempos tecnológicos, surgiram bem antes da internet. Porém, com o surgimento das plataformas digitais de interatividade, estes termos ganharam novo significado dentro do ambiente digital.

O termo rede social foi sendo ressignificado ao longo dos últimos vinte anos. De maneira geral, como foi apresentado nas seções anteriores, é definido como uma conexão entre um grupo de pessoas que tem como objetivo compartilhar informações, tendo como principal objetivo aproximar pessoas com interesses em comum. Também no ciberespaço, isso não é diferente, as redes sociais digitais exercem a mesma função, são um espaço online onde pessoas interagem, expõem suas ideias e partilham de interesses em comum.

O termo mídias sociais surgiu em 1990, quando a tecnologia digital passou a ganhar espaço.

Elas são as ferramentas online usadas para divulgar conteúdo, ao mesmo tempo em que permitem alguma relação com outras pessoas. O principal objetivo dessas mídias sociais é a produção, divulgação e compartilhamento de conteúdo, que permitem a interação de seu público, porém as relações ficam em segundo plano. Segundo Recuero (2018);

O que chamamos de mídia social se refere a um fenômeno emergente, que tem início com a apropriação dos sites de rede social pelos usuários. Essa apropriação que horizontaliza ainda mais o processo de comunicação, dá outra força ao papel dos nós de rede. A visualização da rede, como metáfora, auxilia a compreender o papel dos nós. (RECUERO, 2018, p. 29)

Em resumo, as redes sociais são parte das mídias sociais, como se fosse uma subcategoria.

Pois, ao mesmo tempo em que as pessoas relacionam-se na rede social, também usam a ferramenta, as mídias sociais, para produção e divulgação de conteúdo.

(27)

1.4.1 As mídias sociais no Brasil

Realidade diária na vida de grande parte das pessoas ao redor do mundo, as redes sociais são hoje um importante acessório para comunicação, informação, relacionamentos e, evidentemente, para o marketing digital.

Dados extraídos do relatório Digital in 2019, realizados pela We Are Social em parceria com a Hootsuite, apontou que 66% da população brasileira é usuária das redes sociais, deixando o Brasil como dos países que mais utilizam as mídias sociais, no mundo3.

Figura 3: Quadro da utilização dos meios digitais no Brasil – 2019.

Fonte: CONTENT, 2019.

1.4.2 O Facebook

Desde que a internet surgiu de forma comercial e começou a fazer parte do cotidiano das pessoas ao redor do mundo, surgiram manias, programas e redes sociais mudando relações, comunicações e criando padrões.

As mídias digitais trouxeram grandes transformações no comportamento do público ou consumidor, fazendo com que a internet se transformasse em um instrumento potente para negócios e construção de imagem, principalmente nas redes sociais.

3 Disponível em: <https://rockcontent.com/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/>, Acesso em: 27 ago. 2019.

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O Facebook foi lançado em 4 de fevereiro de 2004, desenvolvido pelo americano Mark Zuckerberg e por seus colegas de quarto da faculdade, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. Foi concebido para ser uma rede de contato e integração entre alunos que saiam do ensino médio para entrar em uma universidade nos Estados Unidos.

Segundo informações do site Facebook (2004), a missão da rede é dar às pessoas o poder de construir uma comunidade e aproximar o mundo, fazendo com que as pessoas utilizem para manter contato com amigos e familiares, para descobrir o que está acontecendo no mundo e para compartilhar e expressar o que é importante para eles.

Num momento em que outras plataformas já eram conhecidas ou já tinham tido seu tempo de uso, um exemplo é o Orkut, surgiu o Facebook. Juntamente com a web 2.0, segunda geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, tendo como conceito a web e por meio de aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informação, criada também em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media, e que deu ao Facebook um grande impulso inicial.

O surgimento dos mecanismos da web 2.0 tornou o Facebook um instrumento, não somente comunicação pessoal, mas também uma grande ferramenta de propagação e divulgação de empresas, organizações e instituições. Foram criados novos mecanismos que aumentaram a velocidade e a facilidade de uso de diversos aplicativos, o que tornou possível um aumento significativo no conteúdo existente na Internet, tornando o ambiente online mais dinâmico e fazer com que os usuários colaborem para a organização de conteúdo. Demonstra-se esta assertiva com a figura abaixo elaborada por Saad:

Figura 4: Quadro resumo da presença digital no cenário 2.0, elaboração da autora Beth Saad.

Fonte: SAAD, 2003, p. 156.

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As redes sociais, o Facebook como maior e principal, de uma forma geral, criou um novo panorama para milhares de empresas em todo o mundo que utilizam meios digitais para promover, estabelecer sua marca, ganhar autoridade ou criar um canal direto de comunicação com seus seguidores.

O Facebook representa uma plataforma de marketing e um canal de comunicação em constante evolução, especialmente tendo em conta a recente cobertura de notícias e percepções.

Diante disso e para que os resultados sejam positivos, são necessários procedimentos de monitoramento, ou seja, verificar o que a página diz sobre uma marca, empresa ou instituição nas mídias sociais, por meio da geração de relatórios, mapas, gráficos e dados estatísticos.

O grande crescimento de seguidores no Facebook a partir dos últimos 15 anos o transformou- o na maior rede e de maior base de usuários, na casa dos 2,3 bilhões de usuários, o que faz do Facebook a rede social mais importante do mundo, conforme demonstrado, anteriormente, na figura 2.

A figura abaixo mostra o gráfico de usuários do Facebook no mundo. Aponta que, atualmente, o Brasil é o quarto país mais ativo, ficando atrás apenas de Índia, Estados Unidos e Indonésia. O elevado número de usuários e as diversas possibilidades de uso da rede são grandes atrativos para empresas.

Figura 5: Gráfico dos países que mais utilizam o Facebook no mundo – 2019.

Fonte: STATISTA, 2019.

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1.4.3 Monitoramento

Diante do apresentado na seção anterior percebe-se que as novas tecnologias e as mudanças no comportamento das pessoas tornaram a internet uma grande ferramenta para negócios. Cada vez mais as redes sociais vêm substituindo os canais de comunicação tradicionais e virando o principal meio de comunicação entre instituição e públicos.

O marketing digital fez do Facebook a principal plataforma de negócios do mundo, dentro de um ambiente onde cada vez mais se faz necessário cuidar com o que está sendo postado nas Fan Pages, atentando, principalmente, ao conteúdo, à linguagem e às formas de interação com os públicos. Dessa maneira, faz-se necessário que as instituições monitorem as redes, seja por meio de relatórios, mapas, gráficos, ou administrando assiduamente as postagens.

Uma das grandes vantagens do marketing digital e que seus resultados podem ser medidos.

O monitoramento e a ação estratégica que integra os resultados de todas as outras ações estratégicas, táticas e operacionais, permitindo verificar os resultados e agir para a correção de rumos ou melhoria das ações. Ele ocorre de várias formas, incluindo o monitoramento do acesso aos sites e blogs, das mensagens de e-mail e SMS, dos vídeos e widgets nas ações virais e da visualização e dos cliques em banners. (TORRES, 2009, p. 79)

O monitoramento de redes sociais pode ter diversas finalidades. Pode-se prevenir uma crise de imagem, monitorar a concorrência. Também é possível melhorar a produção dos conteúdos, monitorando temas e assuntos de interesse e os direcionando de forma mais eficiente, buscando, com isso, aumentar o engajamento do público.

O monitoramento de redes sociais também é uma ótima maneira de mensurar o resultado de campanhas de marketing no meio digital, trazendo insights para as melhores práticas e possíveis alterações a serem feitas na comunicação.

As instituições que realizam monitoramento no Facebook possuem um grande diferencial em relação às demais instituições. No entanto, o monitoramento por si só não traz resultados. Faz- se necessário tratar os dados colhidos durante o monitoramento e analisá-los, a fim de levantar como seus públicos estão se comportando na sua na Fan Page de forma a identificar possíveis oportunidades.

Por meio de uma sequência de passos, faz-se necessário incialmente capturar o que deseja- se monitorar, ou seja, as postagens e os comentários. Após, deve-se classificar o que foi coletado, categorizando, por meio de termos e regras definidas por quem administra a Fan Page, como tipos

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de comentários. O terceiro passo é a consolidação do que foi coletado, listando engajamento, compartilhamentos, sentimento e os gráficos que esses dados podem gerar. Por fim, o último passo é a geração da compreensão daquilo que foi consolidado, a fim de utilizar todos os resultados nas melhorias da página.

1.4.4 Métricas do Facebook

É muito importante entender o comportamento dos usuários para que se possa tomar o posicionamento adequado e poder criar melhores conteúdos direcionados adequadamente aos públicos de interesse.

O engajamento é a métrica de maior importância nessa análise, pois mostra o quanto foi o alcance das publicações diante dos seguidores de um determinado perfil. Isso quer dizer que se o engajamento for baixo, o alcance consequentemente também será. Dessa forma, o engajamento expõe como o público interage com as publicações, não importa se por meio de cliques, curtidas, comentários ou compartilhamentos.

No sentido de entender e agir adequadamente, os profissionais de marketing moldam-se cada vez mais para tomar as melhores decisões e que estejam orientadas digitalmente para uma comunicação direta com o público, fazendo uso das ferramentas de mensuração e análise desses dados.

A verificação do desempenho das postagens no Facebook ocorre por meio da análise das métricas e torna possível obter mais resultados mais efetivos diante dos públicos, concentrando esforços no que mais funciona.

Segundo Silva e Stabile (2016), o Facebook é listado como o principal veículo de consumo de informações. Isso torna o site um laboratório riquíssimo de hábitos comunicacionais a serem monitorados.

A principal ferramenta de avalição de desempenho da comunicação é a métrica. Por meio dela é possível medir o crescimento do interesse por uma empresa na internet. O Facebook disponibiliza algumas, são as seguintes: número de pessoas alcançadas, cliques em publicações, curtidas, comentários e compartilhamentos, além do número de visualizações em vídeos.

As métricas têm sido utilizadas para gestão de conteúdo ou mensuração de resultados.

Oferecem dados quantitativos que possibilitam a avaliação. Também mostram dados que podem ser

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interpretados qualitativamente. Com isso, auxiliam na tomada de decisão. O marketing digital realiza a mensuração com métricas, tais como: número de visitas, curtidas, compartilhamento, entre outras.

Para que seja analisado todo o conjunto de interações, é importante separar cada tipo de reação. Um clique pode evidenciar que o conteúdo publicado, inicialmente, apenas chamou a atenção e gerou interesse. Por outro lado, uma curtida revela que cousa simpatia. Um comentário demonstra a necessidade de interação, positiva ou negativa, porém sem demonstrar que impactou. O compartilhamento é o ato que revela o maior valor dado à publicação, uma vez que expressa o desejo de alguém para que outras pessoas saibam daquilo.

O monitoramento tem foco qualitativo, ligado a relacionamento, a comportamento. O intuito é analisar reações e sentimentos relativos a campanhas, instituições e produtos, conhecer melhor os públicos, entre outras. Com base nessa informação, são traçadas atitudes reativas ou proativas para alcançar o objetivo.

O Facebook disponibiliza uma ferramenta chamada Facebook Analytics que apresenta ao administrador do perfil todas as métricas necessárias para que ele possa gerenciar a página de forma adequada, agindo de acordo com os números e suas avaliações.

Diante do que foi apresentado neste primeiro capítulo, conclui-se parcialmente que toda evolução tecnológica ocorrida no período da 2ª Guerra Mundial, somado aos avanços da corrida armamentista ocorrida no período da Guerra Fria, foram os estopins da comunicação digital, que vem desde a década de 1990, início da comercialização da internet no mundo, transformando a forma de relação e comunicação entre pessoas, empresas e instituições.

(33)

2 O FACEBOOK DO IME

Neste segundo capítulo será mostrada, com base nos conteúdos apresentados no capítulo anterior, a comunicação digital no âmbito do Exército Brasileiro e do Instituto Militar de Engenharia, mais especificamente no que se refere à plataforma do Facebook.

O IME será apresentado de forma que fique evidente a importância da Instituição para o Exército e para toda a sociedade brasileira, assim como as estratégias utilizadas pelo Instituto para atingir essa condição de destaque.

O perfil do Facebook do IME foi criado em 03 de setembro de 2012 e hoje possui um número muito expressivo de seguidores: atualmente conta com mais de 256 mil. Dentre estes, o principal público é composto por jovens que buscam a escolha de uma carreira e querem conhecer a engenharia militar e as rotinas do Instituto.

Os demais públicos-alvo do Instituto Militar de Engenharia são bastante variados: corpo discente e familiares, professores e Corpo Permanente do Instituto, alunos de cursinhos preparatórios, cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Oficiais formados na AMAN com possibilidade de ingressar no IME, militares de outras organizações militares interessados em fazer curso de pós graduação no Instituto, universidades nacionais e estrangeiras, formados em engenharia interessados em prestar concurso para o IME e professores interessados em fazer parte do corpo docente.

Segundo a Portaria n° 196, de 01 julho de 2019, do Exército Brasileiro, cada mídia social possui características e públicos específicos. Por isso, é preciso compreender o funcionamento e a finalidade de cada um uma delas. O Facebook, como a mídia social, tem foco no relacionamento interpessoal, onde o público pode ser segmentado, por meio da criação de grupos específicos, devendo ser utilizado para dar amplo conhecimento das atividades desenvolvidas pelas Organizações Militares, bem como para a difusão de processos seletivos para ingresso na Força Terrestre. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019)

Desse modo, O Facebook do IME é uma ferramenta extremamente útil para divulgação das atividades militares e acadêmicas e veículo de atração de reconhecimento da sociedade e do meio acadêmico. Também serve para conquista de novos interessados em ingressar na carreira por meio do vestibular, contribuindo, assim, para manter a imagem e a credibilidade do Exército Brasileiro.

A supracitada Portaria aponta, também, que as Organizações Militares (OM), deverão priorizar em suas publicações assuntos referentes às suas próprias atividades fins e assuntos

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institucionais de interesse público, de caráter informativo ou educativo, principalmente os relacionados com operações militares, notas à imprensa, concursos e processos seletivos.

(EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019, p. 34)

2.1 Papel da Comunicação Social do IME

Atualmente, o Instituto possui uma seção de comunicação social que é responsável pela veiculação de notícias nas redes sociais Facebook, Youtube, Instagram, e pela produção de reportagens audiovisuais, que são produzidas pelo Núcleo de TV, uma subdivisão da Com Soc e que é responsável pela produção de vídeos institucionais e de reportagens sobre o IME de temas voltados para a educação, Força Terrestre, Tecnologia e Engenharia Militar. Além disso, produz, há 20 anos, a Revista NOTIME, que atualmente é divulgada apenas em formato digital.

A seção de comunicação social do IME possui uma estrutura pequena totalmente formada por militares, com apenas um membro com curso na área de comunicação social e nenhum profissional habilitado para atuar em divulgação, produzir fotografias e textos jornalísticos.

Dessa maneira, não há no Instituto ninguém destinado a cuidar das plataformas das mídias digitais, da gestão. Com isso, a inserção de postagens é realizada irregularmente, por qualquer um dos militares ou funcionários que fazem parte da seção.

O Plano de Comunicação Social do Exército 2018/2019, classifica as agências Classe

“A” são as Seções de Comunicação Social dos Comandos Militares de Área (Cmdo Mil A), do Comando da Força Terrestre Componente (FTC), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), da Academia Militar das Agulhas Negras e da Escola de Sargentos das Armas (ESA), conforme quadro abaixo. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2018, p. 14)

(35)

Figura 6: Quadro diagrama das Agências Comunicação Social EB.

Fonte: EXÉRCITO BRASILEIRO, 2018, p. 14.

Ressalta-se que, recentemente, a meio da Portaria n° 196 – EME, de 01 julho de 2019, publicada no Boletim do Exército nª 28, de 12 de julho de 2019, elevou o IME, também, à categoria

“A”. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019, p. 32).

2.2 A papel do IME

O Instituto Militar de Engenharia é uma instituição de ensino superior pública do Exército Brasileiro. É considerado um centro de excelência e é referência nacional e internacional no ensino da Engenharia.

Nesse sentido, o Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto Militar de Engenharia (PDI IME), aponta para o principal objetivo da instituição, que é ser reconhecida como centro de excelência no ensino e na pesquisa científica na área de Engenharia, reconhecida nacional e internacionalmente, atendendo aos interesses do Exército e do País. (IME, 2019)

O Regulamento Interno do IME (R-182) define a missão do Instituto como formar, especializar e aperfeiçoar pessoal em nível superior, no campo científico tecnológico, cooperando por meio do ensino e da pesquisa para o desenvolvimento do Exército e do país. (BRASILEIRO, 2005, p. 18)

(36)

Dessa maneira, para o Exército Brasileiro, cumpre a missão de formar militares para compor o Quadro de Engenheiro Militar (QEM) e da reserva não remunerada4, dentro de uma visão mais humanística5. Para isso, o IME promove, além do ensino de forte base teórica, encontro de seus alunos com personalidades importantes da sociedade e da área militar, aproximando-os dos mais importantes profissionais nas mais diversas engenharias.

Além do ensino e da pesquisa de qualidade, o Instituto coopera com todos os órgãos do Exército Brasileiro, prestando serviços e executando atividades de natureza técnico-científicas nas diversas áreas da engenharia.

Dessa forma, é um grande propulsor no desenvolvimento científico-tecnológico do País na medida em que forma, além dos militares para compor o sistema de ciência e tecnologia do Exército, também civis, com foco nos desafios da engenharia do futuro.

Atualmente, no IME são formados Engenheiros Militares da Ativa e da Reserva, num curso com a duração de cinco anos. Desde 1997, a participação feminina nos cursos de graduação fez-se presente, para concludentes do segundo grau, ou para engenheiras graduadas em outras escolas do país que tivessem interesse em ingressar no Curso de Formação de Oficial.

Assim, o acesso aos cursos oferecidos pelo IME é realizado em absoluta igualdade de condições com as dos homens, não havendo, em ambos os casos, limitações de vagas para cada sexo.

A opção pelo Serviço Ativo permite que o formando siga a carreira militar, podendo, por seus méritos, atingir até o posto de General-de-Divisão Engenheiro Militar.

A Lei do Engenheiro Militar, em vigor, prevê que, além do Curso de Formação e Graduação de Engenheiro Militar, com duração de 5 anos, para a formação da Ativa e Reserva6, de pessoal de origem civil, com ensino médio, também o Curso de Graduação, com duração de 4 anos, para oficiais oriundos da AMAN. (BRASIL, 1998)

O Instituto oferece onze cursos de engenharia, sendo os seguintes: Engenharia de Fortificação e Construção (corresponde a Engenharia Civil), Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia de Comunicações, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica e de Automóvel, Engenharia Mecânica e de Armamento, Engenharia Química, Engenharia Cartográfica, Engenharia de Computação.

4 Reserva não remunerada, segundo o Decreto Lei 1029, de 21 de outubro de 1969, é quando, tendo prestado serviço

na ativa, o militar passa a situação da inatividade não remunerada.

5 A visão humanística vem de uma doutrina que tem por objeto o desenvolvimento das qualidades do homem.

6 Segundo o Manual do candidato ao vestibular do IME 2020, o CFG Ativa do QEM é destinado a candidatos que desejam seguir a carreira militar; O CFG da Reserva de 2ª Classe do QEM é destinado a candidatos que não desejam seguir a carreira militar.

(37)

Além da graduação, também funcionam os cursos de Pós-Graduação. De Mestrado, em 2 anos, para os cursos em Engenharia de Transportes, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Ciência dos Materiais, Química, Engenharia Cartográfica, Engenharia Nuclear e Sistemas e Computação. E os de Doutorado, em 3 anos, para os cursos em Química e em Ciência dos Materiais.

A atual de distribuição de alunos, por curso, demonstra um equilíbrio entre alunos civis e militares. Segue de acordo com o gráfico abaixo.

Gráfico 1: Distribuição dos alunos por curso do IME – 2019.

Fonte: AUTOR, 2019.

Tal distribuição evidencia o papel de uma instituição de ensino, que, apesar do caráter militar, é voltada não somente a esses, mas também à formação e, principalmente, à especialização de pessoal civil.

2.3 Contribuições do IME para a sociedade

A formação de profissionais qualificados e reconhecidos nacional e intencionalmente tem sido a principal contribuição do IME para a sociedade. Além dos engenheiros formados para compor o QEM, e que formam a base do sistema de Ciência e Tecnologia a serviço do Exército Brasileiro, o Instituto também é responsável pela formação da Reserva que compõe a Base Industrial de Defesa.

418434

61 373

121 206

85

6 0

50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Total de alunos Alunos Militares Alunos da Reserva e Civis

Alunos x Curso - IME 2019

Civis e Reserva Militares Pós-Graduação Graduação Mestrado Doutorado Pós-Doutorado

(38)

A Engenharia Militar, ao longo da história, tem tido um importante papel no desenvolvimento da engenharia no Brasil. Feitos como a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, a criação do primeiro computador do Brasil em 1961, a criação da Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL) em 1965, a implantação do padrão de TV em cores PAL-M em 1971 são exemplos de contribuições da Engenharia Militar e dos engenheiros do IME para o Brasil.

Para conduzir essa árdua tarefa, o IME conta com um Corpo Docente do mais alto nível, composto por professores, mestres e doutores de reconhecida reputação acadêmica, muitos deles pós-graduados em instituições estrangeiras.

O que difere o aluno formado pelo IME dos demais formados pela grande maioria das instituições está no fato do Instituto primar pelo aprofundamento nas bases teóricas da engenharia, de maneira que o aluno aprenda tudo de engenharia, além do domínio das mais variadas tecnologias.

Assim, as atividades de ensino e de pesquisa desenvolvidas pelo Instituto são estratégicas e vitais para o Brasil.

Outro importante ponto é a formação de civis e militares, entre os cursos de graduação e pós- graduação, são em números muito próximos, de onde se depreende que o Instituto atende de forma equivalente a militares e civis, na formação e especialização de pessoal. O gráfico abaixo demonstra esses números.

Gráfico 2: Divisão de alunos civis e militares do IME, (2019).

Fonte: AUTOR, 2019.

A opção pelo serviço ativo permite que o formando siga a carreira militar até atingir o posto de General-de-Divisão. Os formandos, que optam pela reserva, podem, ao final do curso, realizar

418 434

Quantidade de alunos de Graduação e de Pós-Graduação 2019.

Reserva e Civis Militares

(39)

um estágio de até seis anos como Oficiais da Reserva convocados. Após esse período, os mesmos retornam ao mercado de trabalho, com uma importante bagagem profissional.

Dessa forma, o Exército contribui na criação de reais oportunidades de trabalho para um mercado cada vez mais exigente e qualificado, formando, nos cursos de graduação e pós-graduação, recursos humanos altamente qualificados, numa metodologia de ensino utilizada pelas mais conceituadas universidades do mundo.

A formação do engenheiro do IME é feita sob os mais novos conceitos, com métodos ativos de ensino, no qual o aluno visita as mais diversas Organizações Militares, vendo em loco, os problemas do Exército. Dessa forma, tornam-se aptos a usarem seus conhecimentos para a resolução destes problemas apontados, além de aplicá-los à sociedade.

As atuais gerações de Engenheiros Militares buscam inspiração nos seus antecessores para dar continuidade ao passado de realizações e manter a admirável posição de importante polo produtor da cultura técnica, em parceria com as comunidades acadêmicas, nacional e internacional.

Respaldado numa tradição bissecular, e na busca da modernidade, o IME se constitui-se em peça fundamental para a Engenharia Militar, no compromisso de vencer os limites que cerceiam a tecnologia nacional.

2.4 O uso das mídias sociais pelo Exército Brasileiro

A comunicação social no âmbito do Exército Brasileiro está balizada pelos seguintes documentos e manuais: o Plano de Comunicação Social 2018/2019, a Diretriz de Comunicação Social do Exército 2019, Manual de Fundamentos – Comunicação Social e Manual Técnico – Comunicação Social.

Sustenta-se, na premissa básica, que a Comunicação Social deve preservar e fortalecer a imagem do Exército Brasileiro perante a sociedade brasileira, bem como a comunidade internacional, colimado com o entendimento de que a Instituição é formada pelo somatório das condutas individuais de seus membros.

O Plano de Comunicação Social do EB 2018/2019 norteia a Comunicação Social no EB no biênio 2018/2019, e orienta para que, diante da importância crescente da informação em um mundo cada vez mais interconectado e interdependente, inserida em todas as atividades da Força,

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