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Após flertar com a Turner,
Paulistão renova com a Globo
O F E R E C I M E N T OT E R Ç A - F E I R A , 2 1 D E J U L H O D E 2 0 1 5
US$ 42,3 mi
é a premiação total do Aberto
dos EUA de tênis, a que mais
remunera bem no circuito
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 3 0 0
O martelo deverá ser batido nas próximas semanas, quando o trâ-mite burocrático de assinatura de contrato deve ser finalizado, mas o Campeonato Paulista da Série A-1 seguirá nas mãos da Globo pelos próximos anos.
Após uma investida pesada da Turner, por meio do novo canal, o Esporte Interativo Max, a Fede-ração Paulista de Futebol fechou um acordo para todas as platafor-mas (TV aberta, TV fechada e pay--per-view) com a emissora carioca.
O novo acordo deverá ser assi-nado em breve. As bases financei-ras vão aumentar, principalmente pelo interesse que a Turner teve pelos direitos. Oficialmente, FPF e Globo dizem que não vão comen-tar sobre o negócio, uma vez que ele ainda não está concluído.
O negócio deverá ser o mais alto da história da FPF, que já havia visto uma valorização pelos direitos no passado, quando a Record tentou tirar da Globo a transmissão em TV aberta.
Agora, o duelo mais acirrado foi na TV fechada. A Turner esperava, com os direitos do Estadual, ter mais poder de barganha para do-brar as operadoras de TV a cabo. A emissora estreia no segundo semestre no cabo, com a trans-missão exclusiva em TV fechada da Liga dos Campeões da Uefa.
Os direitos do torneio são o trunfo da emissora para que o EI Max seja liberado nas operadoras, seguindo o que a Fox Sports fez ao entrar no país, em 2012, com a
transmissão da Libertadores. Com a definição pela Globo, a FPF entrará em outro embate. A entidade vai negociar os direitos a serem pagos para os quatro grandes do estado (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo). Eles negociam separadamente uma cota maior de participação no torneio. Em 2015, cada time do G4 recebeu cerca de R$ 14 milhões de cota fixa. Os times menores receberam R$ 3 milhões cada para jogar o Paulistão. POR ERICH BETING
repórter da Máquina do Esporte
POR PRISCILA BERTOZZI
De nada adiantam ações de
marke-ting mirabolantes, novas arenas e
horário pop. Nem cinco estrelas no
peito. O futebol brasileiro sempre
fi-cará na Série B – numa projeção
oti-mista - das grandes ligas esportivas
mundiais porque não sabe valorizar
e respeitar seu consumidor.
No último sábado, o Estatuto do
Torcedor foi rasgado num dos jogos
mais importantes do Campeonato
Brasileiro. Na Arena Corinthians,
os donos da casa venceram o
Atlé-tico-MG para 36.280 pagantes. Mas
poderia e deveria ter sido mais.
Cer-ca de 1.700 atletiCer-canos, segundo
es-timativa da Polícia Militar, não
con-seguiram entrar no estádio por falta
de ingressos à torcida visitante.
Em jogo de empurra, Atlético e
Corinthians tentam se eximir, em
vão, da culpa. Os mineiros por não
terem exercido o direito de compra
antecipada para o seu torcedor,
pre-visto no regulamento do torneio. E
protegido, dessa forma, seu séquito
do acordo de cavalheiros não
cum-prido. E os paulistas que, embora
avisados sobre o contingente de
atleticanos que receberiam em seu
estádio, deram de ombros.
Não foram poucos os exemplos
de torcedores corintianos presentes
no espaço reservado para os
atleti-canos. O ingresso a R$ 50 é o mais
atraente da nova arena e, sem
fisca-lização, o bolso fala mais alto do que
a própria segurança do torcedor.
Enquanto isso, mais de dez mil
lu-gares considerados vips e, portanto,
mais caros, estavam às moscas. Em
plena era da modernização dos
es-tádios no Brasil, o torcedor deveria
ser o centro do novo conceito e não
seguir a ser o subproduto dele.
Brasil não terá liga forte se
mantiver fã como subproduto
D A R E D A Ç Ã O
I M A G E M D A S E M A N A
Joseph Blatter, preisdente da Fifa, levou um susto ao anunciar a eleição da entidade para 26 de fevereiro de 2016. Um comediante britânico parou em frente a ele e atirou notas cenográficas sobre Blatter, que, aturdido, teve tempo apenas de chamar pela segurança. O homem foi detido.
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O Barcelona elegeu no último fim de semana Josep Maria Barto-meu com 54,6% dos votos como seu novo presidente até 2021.
Além da manutenção da Qa-tar Airways como patrocinadora de camisa do clube, o dirigente deverá cumprir outra importan-te promessa de campanha que tem impacto diretamente para o mercado brasileiro: a abertura de um escritório em São Paulo para gerenciar negócios do clube espanhol na América Latina.
A iniciativa já foi realizada em Hong Kong e está em andamento em Nova York. Pequim é outra ci-dade que está nos planos da nova diretoria do clube para os merca-dos da Ásia e Oriente Médio.
“É preciso estar mais perto
des-ses mercados”, disse Susana Monje, vice-presidente finan-ceira do clube na nova gestão, em debate pré-eleitoral. Ainda não há, contudo, previsão para a abertura da “filial” do Barça.
Monje explicou que o escri-tório em Hong Kong custou menos de € 1 milhão, valor já compensado com acordos que superam € 10 milhões na região. A ideia é replicar o sucesso nos cinco continentes e potencializar globalmente a marca do Barce-lona, chegando à meta de € 800 milhões de faturamento.
Parte desse valor virá de um pré-acordo firmado com a Qatar Airways, que elevará a receita com o patrocínio da camisa do Barcelona de € 30 milhões para €
60 milhões. Bartomeu era o único candidato a apoiar a continuidade do patrocínio, mas sofre pressão para desfazer a renovação do acordo, que nunca foi bem quisto pelos torcedores por promover um país envolvido em polêmicas relacionadas à Copa de 2022.
Na região da América Latina, o clube já tem alguns negócios fir-mados. Gillette e Telefônica têm direitos regionais sobre o Barça. POR PRISCILA BERTOZZI
O Corinthians promoverá novamente uma cor-rida de rua para seu torcedor no dia 20 de no-vembro. Na última segunda-feira foram abertas as inscrições da Timão Run Caixa, prova de corrida de rua do clube alvinegro idealizada e organiza-da pela Máquina do Esporte em parceria com a agência de marketing esportivo Brooklyn DC.
“A manutenção da mesma data para a 2ª edição da Timão Run Caixa serve para criar no torcedor do Corinthians um hábito. Todo 20 de novembro servirá para ele demonstrar o amor pelo clube de outra forma, correndo. Em 2014 tivemos cerca de três mil pessoas correndo a prova, agora
espera-mos por pelo menos 4 mil loucos do bando em Itaquera”, afirma Tony de Cala, da Brooklyn DC. O percurso da prova será ampliado. As distân-cias são de 5km e 10km. Os torcedores terão a oportunidade de se relacionar com o clube, além de participar de ações de ativação proporciona-das pelos patrocinadores. Além da Caixa, deten-tora do naming right da prova, Centauro e Gadeten-tora- Gatora-de já confirmaram participação como apoiadores.
Outras três cotas de patrocínio estão à dispo-sição. As inscrições para a Timão Run Caixa 2015 estão abertas e podem ser feitas pelo site. Sócio do Fiel Torcedor tem desconto de 10% para correr.
Corinthians terá de novo corrida de rua em novembro
Novo presidente do Barcelona
promete abrir escritório em SP
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Gestor de quatro equipes, o CFG (City Football Group) bus-ca inovar a experiência de seus torcedores nos estádios com a parceria acertada com a SAP.
“Os torcedores hoje estão mais exigentes e a experiência de torcer é que guia nosso relacio-namento com a SAP. Uma varie-dade de soluções vai servir para melhorar a experiência de torcer em nossos estádios pelo mundo, incluindo um painel interativo no Etihad Stadium, que trará análises em tempo real e comentários de torcedores assistindo aos jogos”, disse o CFG em comunicado.
A ideia é aproximar a experiên-cia nas arenas de futebol com a dos torcedores em jogos da NBA, que já é parceira da SAP. No bas-quete, a torcida geralmente olha as estatísticas de cada jogador nos telões nos tetos dos ginásios.
“Obviamente, o futebol é muito diferente do basquete. Dito isto, os nossos esforços para aumentar
o engajamento dos torcedores na NBA foram muito bem recebidos. Portanto, podem servir como base”, disse Nic Jungkind, diretor de patrocínio global da SAP, em entrevista à Máquina do Esporte.
“Estamos trabalhando em con-ceitos para transformar a experi-ência de como os torcedores vão ver ou sentir o jogo”, completou.
O CFG é dono de quatro equi-pes: Manchester City (Inglaterra), New York City (EUA), Melbourne City (Austrália) e Yokohama Mari-nos (Japão). Para cada público, a
ideia é pensar soluções únicas. “O que funciona em um está-dio pode ter que ser adaptado para outro. Por isso, queremos soluções sob medida para o CFG. Vamos ouvir atentamente as necessidades dos torcedores e criar experiências que preencham isso”, comentou Jungkind.
O Hoffenheim, que foi patroci-nado pela SAP, já viveu isso. Uma das iniciativas com boa aceitação foi a de mostrar, em tempo real, dados estatísticos da partida, como a velocidade de um chute.
Patrocinadora da equipe Williams de Fórmula 1, a Petrobras criou uma promoção para impactar o consumidor brasileiro e ativar o patrocínio. A mar-ca de gasolina Podium levará quatro pessoas para conhecer a sede da escuderia, na Inglaterra.
A mecânica da promoção envolve consumido-res apenas de São Paulo, Rio de Janeiro,
Curiti-ba, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A cada R$ 80 em compra da gasolina da marca Podium, haverá um cupom para sortear os quatro vencedores.
A ação é a primeira que a Petrobras faz para ati-var o patrocínio à Williams, que foi mantido este ano apesar da crise em que a estatal se encontra.
Petrobras ativa Williams com viagem para Inglaterra
POR PRISCILA BERTOZZI
Grupo dono do Manchester City
busca experiência da NBA a fãs
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SPORTV
14h20 • Brasil x Argentina (vôlei masc.)
16h55 • Boxe (qualificatório)
18h50 • Atletismo (medalha)
SPORTV 2
14h55 • Boxe (qualificatório)
15h55 • Vôlei de praia feminino (medalha)
20h25 • Atletismo (medalha)
21h55 • México x Brasil (ouro - vôlei praia)
SPORTV 3
14h55 • Hipismo
O PA N N A T V
19h55 • Boxe e Taekwondo (medalha)
RECORD
14h25 • Brasil x Argentina (vôlei masc.)
RECORD NEWS
11h30 • Brasil x Porto Rico (basq. masc.)
15h • Boxe (qualificatório)
16h • Vôlei de praia feminino (bronze)
17h • Vôlei de praia feminino (ouro)
19h • Atletismo (medalha)
22h • México x Brasil (ouro - vôlei praia),
Taekwondo e Basquete masculino
POR REDAÇÃO
Após as disputas de rua, as provas de atletismo dentro de estádio dos Jogos Pan-Americanos come-çam oficialmente hoje, em Toronto. O principal favo-rito a trazer um ouro para o Brasil, porém, vem do ar.
Thiago Braz (foto) disputa a final do salto com vara e é favorito ao primeiro título continental. No mês passado, em Baku, no Azerbaijão, ele bateu o recor-de sul-americano, ao saltar 5,92m. Shawnacy Barber, americano de origem, mas que compete pelo Cana-dá, será seu maior rival. O saltador, que mora em To-ronto, terá apoio da torcida e está mais habituado à pista de competição, já obteve um 5,91 m neste ano. Darlan Romani, 24, recordista brasileiro do arre-messo de peso, também tem chance de medalha. O brasileiro cravou 20,90m neste ano, em abril, em marca que chegou a valer a sexta posição do ranking mundial. Os EUA, que dominam a prova em nível in-ternacional, são os favoritos ao ouro.
Keila Costa é outra representante do Brasil com
boas chances de subir ao pódio. A brasileira possui duas pratas em Pans. As duas comendas foram con-quistadas no Rio-2007, no salto em distância e triplo. Em Toronto, ela disputa hoje a final do salto triplo e tem poucas chances de conquistar o ouro. A co-lombiana Caterine Ibargüen, dona de cinco das dez melhores marcas do ano, é a grande favorita.
Outras boas chances de medalha vêm nas provas de fundo, com finais dos 5.000 m feminino e 10.000 m masculino. Brasil e Cuba devem duelar pela liderança do quadro de medalhas do atletismo pan-americano.