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Quimiodectoma em cão- relato de caso

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Daniela Cristina Sant` Ana Paixão

Quimiodectoma em cão- relato de caso

Rio de Janeiro/RJ 2013

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Daniela Cristina Sant` Ana Paixão

Quimiodectoma em cão- relato de caso

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de pós-graduação, especialização de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, do CESMAC- Fundação Educacional Jayme de Altavila, orientada pela Prof. Me. Flávia Liparisi.

Rio de Janeiro/RJ 2013

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Daniela Cristina Sant` Ana Paixão

Quimiodectoma em cão- relato de caso

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de pós-graduação, especialização de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, do CESMAC- Fundação Educacional Jayme de Altavila, orientada pela Prof. Me. Flávia Liparisi.

Rio de Janeiro/RJ, _______ de __________________ de 20___

– Orientador –

Rio de Janeiro/RJ 2013

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Dedicatória

Para Cristina de Moura Sant` Ana, Paulo César de Souza Paixão e Paulo César Sant` Ana Paixão, minha famiília que tanto amo.

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Resumo

Relata-se o caso de um cão, da raça boxer, levado à clínica veterinária por apresentar aumento da região parotídea. Foi realizada biopsia de dois nódulos desta região, sendo um deles enviado para exame histopatológico, que teve como diagnóstico quimiodectoma. Após 30 dias do primeiro atendimento, o cão retornou à clínica apresentando piora do quadro clínico, com aumento dos nódulos, dispneia e edema da face, vindo a óbito três dias depois, sendo realizada necropsia. A necropsia evidenciou uma massa na base do coração, além de focos metastáticos pela parede torácica, região mediastínica, pulmão, esôfago e pâncreas.

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Lista de Ilustrações:

Fig. 1. – Canino. Nodulações Subcutâneas na Região Parotídea ... 15

Fig. 2. – Canino. Massa Tumoral da Região Parotídea... 16

Fig. 3. – Canino. Segunda Massa da Região Parotídea... 16

Fig. 4. – Canino. Após 30 Dias da Retirada Cirúrgica Apresentou Edema de Face ... 17

Fig. 5. – Canino. Quimiodectoma. Tumoração Aderida à Parede Torácica ... 18

Fig. 6. – Canino. Quimiodectoma. Três Nódulos na Região Mediastínica ... 19

Fig. 7. – Canino. Quimiodectoma. Três Nódulos na Região Mediastínica ... 19

Fig. 8. - Canino. Quimiodectoma. Nódulos no pâncreas . ... 20

Fig. 9. – Canino. Quimiodectoma. Nódulo na Base do Coração e na região mediastínica . 20 Fig.10. – Canino. Quimiodectoma. Mantos de Células Neoplásicas Divididas por septos fibrovasculares. H.E. 100x ... 21

Fig. 11. – Canino. Quimiodectoma. Crescimento Infiltrativo Com Invasão de Septo. HE 100x... 21

Fig. 12- Canino. Quimiodectoma. Células Pleomórficas com Núcleos Ovais ou Arredondados e Citoplasma Basofílico. Notar Discreta área de hemorragia...22

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Lista de abreviaturas: siglas, símbolos e acrônimos.

HE Hematoxicilina-eosina

°C Graus celsius

RMN Ressonância Magnética Nuclear TAC Tomografia Axial Computadorizada

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Sumário Introdução ... 7 Revisão da Literatura ... 10 Material e Métodos ... 15 Resultados ... 18 Discussão ... 23 Conclusão ... 25 Referências ... 26

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INTRODUÇÃO

Embora incomuns, os quimiodectomas podem acometer caninos e raramente felinos e bovinos. É reportado como o segundo tumor primário do coração mais comum em cães braquiocefálicos.

Os quimiodectomas podem surgir a partir do corpo aórtico na base cardíaca, por exemplo, entre a aorta e a artéria pulmonar, entre a aorta e o átrio direito ou entre a artéria pulmonar e o átrio esquerdo ou a partir do corpo carotídeo no pescoço. Podem ser benignos (adenomas) ou malignos (carcinomas).

Cães idosos e de raças braquiocefálicas, como Boxer, Bulldog e Boston terrier apresentam maior incidência. Apesar dos quimiodetomas constituírem tumores biologicamente extracardíacos, a típica localização na base cardíaca e os conseqüentes transtornos cardiovasculares ocasionados os caracterizam como neoplasias da base do coração. Podem formar massas grandes, brancas, firmes que cercam e comprimem grandes vasos da base do coração e os átrios.

Acredita-se que residência em grande altitude e hipoxia crônica aumentam o risco de desenvolvimento desses tumores. Humanos, que vivem em locais acima de 2000 metros, apresentam incidência 10 vezes maior desses tumores do que os que vivem no nível do mar, possivelmente devido à hipóxia crônica.

O paciente pode ser assintomático, sendo o tumor encontrado em exames radiográficos de rotina ou como achados de necropsia, mas pode apresentar alterações na pressão sanguínea ou sintomas secundários a compressão de nervos e outras estruturas.

Os sinais clínicos são, na maioria das vezes, relacionados à insuficiência cardíaca congestiva, podendo incluir tosse, dispnéia, anorexia, perda de peso, vômitos, diarréia, fraqueza, ou distensão abdominal. Ao exame clínico, o paciente pode se apresentar letárgico, dispnéico e cianótico.

O diagnóstico clínico é fundamentado na sintomatologia e exames complementares como a radiografia, eletrocardiografia e ecocardiografia. Se houver metástase, a histopatologia do nódulo metastático pode confirmar a suspeita clínica de quimiodectoma.

O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de quimiodectoma maligno em um canino, visando mostrar as características clínicas e anatomopatológicas do tumor.

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REVISÃO DA LITERATURA

Os órgãos quimiorreceptores são sensíveis às mudanças no conteúdo de dióxido de carbono, pH e tensão de oxigênio no sangue, auxiliando deste modo na regulação da respiração e circulação (CAPEN, 1991). Estes tecidos estimulam os movimentos respiratórios e elevam a pressão arterial e a frequência cardíaca (CAVALCANTI et al., 2006). Esses órgãos são compostos normalmente de células parenquimatosas (quimiorreceptoras) e células estreladas (sustentaculares).

Há tecidos quimiorreceptores presentes em diversos locais do corpo, como: corpo carotídeo, corpos aórticos, gânglio nodoso do nervo vago, gânglio ciliar na órbita, pâncreas, corpos na veia jugular interna, sob o ouvido médio e glomo jugular ao longo do ramo recorrente do nervo glossofaríngeo (CAPEN, 1991).

Os corpos aórticos dos cães normalmente consistem de aglomerados de células incrustadas na adventícia em vários locais, inclusive ocorrem aglomerados levemente disseminados na parede da artéria pulmonar. Embora o tecido quimiorreceptor pareça estar amplamente difundido pelo corpo, os tumores ocorrem principalmente nos corpos aórticos e carotídeos nos animais (CAPEN, 1991 & CAVALCANTI et al., 2006).

O corpo aórtico, da mesma forma que o corpo carotídeo, é um órgão quimiorreceptor, e qualquer uma dessas duas estruturas pode tornar-se neoplásica (CARLTON & MCGAVIN, 1998).

A nomenclatura preferível para essas neoplasias é quimiodectoma (CAPEN, 1991). RASKIN & MEYER (2003) preferem as denominações paraganglioma ou paraganglioma não-cromafim.

Os quimiodectomas de corpo aórtico são cinco vezes mais comuns que os de corpo carotídeo, possuem a probabilidade de fazer metástase distante de 12% (CAVALCANTI et al., 2006).

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Os tumores do corpo aórtico surgem com mais freqüência como massas singulares ou como nódulos múltiplos dentro do saco pericárdico, nas proximidades da base do coração (CAPEN, 1991). Variam consideravelmente de tamanho (0,5 a 12,5 cm), possuem uma superfície lisa e, na superfície de corte, são brancos a mosqueados por áreas vermelhas ou castanhas (OLIVEIRA, 2008).

Adenomas maiores podem comprimir os átrios, ou deslocar a traquéia; são multilobulares, circundando os principais troncos arteriais da base do coração. Em cães, os tumores malignos do corpo aórtico ocorrem menos frequentemente que os adenomas. Os carcinomas podem infiltrar-se pela parede da artéria pulmonar, formando projeções papilares voltadas para o lúmen, ou invadem a parede atrial, até o lúmen dos átrios. Embora frequentemente células invadam os vasos sanguíneos, as metástases dos pulmões e fígado são de rara ocorrência em cães com carcinoma do corpo aórtico (CAPEN, 1991).

MOURA et al. (2006) descreveram um caso de quimiodectoma de corpo aórtico com metástases em pulmões e fígado.

Os tumores malignos do corpo aórtico infiltram-se pela parede da artéria pulmonar, aorta, átrios, vasos adjacentes calibrosos e de paredes delgadas (CAPEN, 1991).

Os tumores do corpo carotídeo surgem nas proximidades da bifurcação da artéria carótida comum na área cervical cranial (FOSSUM, 2005). Usualmente aparecem como uma massa unilateral de lento crescimento, raramente aparecem em ambos os lados de um mesmo animal. Os adenomas variam de aproximadamente 1 a 4 cm de diâmetro, são bem encapsulados, e têm uma superfície externa lisa. A bifurcação da artéria carótida é incorporada na massa, e as células tumorais se encontram firmemente aderidas à túnica adventícia. Os adenomas são firmes, de cor branca e com áreas dispersas de hemorragias; são extremamente vascularizados (ibidem).

MURRAY & STRAFUSS (1975), afirmaram que os tumores de corpo carotídeo são firmes, de coloração castanho avermelhado ou laranja a branco acinzentado, e ao corte histológico, se apresentam trabeculados e multilobulares, com áreas de hemorragia.

Adenomas quando ocorrem nos corpos carotídeos recebem, também, o nome de paragangliomas extra-adrenais. São neoplasias relativamente raras, se comparadas às demais neoplasias em animais (CHIQUITO & WERNER, 2000).

Os tumores malignos do corpo carotídeo são maiores e mais grosseiramente multinodulares que os adenomas. Embora os carcinomas pareçam estar encapsulados, as

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células tumorais invadem a cápsula e penetram nas paredes dos vasos sanguíneos e linfáticos adjacentes. A veia jugular externa e diversos nervos craniais podem ser incorporados pela neoplasia. Metástases dos tumores do corpo carotídeo ocorrem em aproximadamente 30% dos casos, tendo sido encontrado nos pulmões, linfonodos bronquiais e mediastínicos, fígado, pâncreas e rins (CAPEN, 1991).

Quase todos os quimiodectomas são benignos, ocorrendo como nódulos solitários ou múltiplos e constituem a principal neoplasia cardíaca canina causadora de doenças pericárdicas (BAZZO et al., 2008).

Segundo VLEET & FERRANS (1990) e MOURA et al. (2006), os tumores da base do coração são de tecidos extracardíacos, podendo acarretar obstrução vascular e insuficiência cardíaca.

Embora alguns autores descrevam que os tumores da base do coração podem envolver ambos os átrios e até os ventrículos, MORRISON (1998) refere as proximidades do átrio direito como sítio inicial mais comum dessas neoplasias, levando assim na maioria das vezes, a insuficiência cardíaca congestiva direita (MOURA et al., 2006).

Estes tumores não são funcionais e prejudicam o coração devido à pressão no átrio, veia cava ou ambos, em função de seu tamanho (OLIVEIRA et al., 2008).

Segundo MURRAY & STRAFUSS (1975), já foram descritos alguns tumores de corpo carotídeo funcionais em humanos, secretando norepinefrina ou epinefrina, ou ambos.

O corpo carotídeo possui a função tanto barorreceptora quanto quimiorreceptora. O tumor do corpo carotídeo é derivado das células da crista neural, apresentando as mesmas características histológicas do tecido normal. Geralmente, a queixa principal em humanos é a presença de massa cervical consistente, não compressível e indolor abaixo do ângulo da mandíbula (CAVALCANTI et al., 2008).

Os quimiodectomas ocorrem mais comumente em cães e, ocasionalmente, em gatos e cavalos (GARRIDO et al., 2008). Segundo CHIQUITO & WERNER (2000), foi constatado adenoma de corpo aórtico em um hamster, ainda não tendo sido relatado nesta espécie no Brasil. MOURA et al. (2006) citaram o bovino como sendo também uma espécie acometida por essas neoplasias.

Segundo THOMSON (1990) e MOURA et al. (2006), cães idosos e de raças braquiocefálicas, como boxer, bulldog, e boston terrier apresentam maior incidência deste

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tipo de tumor. A alta freqüência nestas raças pode ser explicada por predisposição genética, aliada à conformação anatômica de narinas curtas e estenóticas, palato mole alongado e língua grande, dificultando a entrada do ar (CAVALCANTI et al., 2006).

ATASEVER & ÇAM (2003) relataram o caso de um canino de 2 anos, macho, sem raça definida com tumor de corpo aórtico.

Acredita-se que residência em grande altitude e hipóxia crônica aumentam o risco de desenvolvimento desses tumores (FOSSUM, 2005).

Humanos, que vivem em locais acima de 2000 metros, apresentam incidência 10 vezes maior desses tumores do que os que vivem no nível do mar, possivelmente devido à hipóxia crônica (CAVALCANTI et al., 2006).

Cães machos parecem ter uma maior freqüência de tumor de corpo aórtico do que fêmeas (ATASEVER & ÇAM, 2003 e JOHNSON, 1968), embora BAZZO et al. (2008) tenham relatado o caso de uma fêmea com este tipo de tumor.

As características histológicas dos tumores quimiorreceptores são essencialmente similares, sejam eles derivados do corpo carotídeo ou do corpo aórtico. As células são bem diferenciadas, discretas, cubóides a poliédricas, intimamente compactadas, possuem citoplasma vacuolado, ligeiramente eosinofílico, delicadamente granular e o núcleo grande, esférico finamente pontilhado (CAPEN, 1991). De modo geral, as células estão arranjadas em pequenos aglomerados e separados por um estroma fibroso (MOURA et al., 2006).

TORRES et al.( 2008) relataram o caso de um canino da raça Pastor Alemão com quimiodectoma de corpo aórtico, que apresentou células exibindo pleomorfismo moderado, hipercromasia e figuras de mitoses atípicas à microscopia.

As células são tipicamente arranjadas ao redor do espaço vascular. Também podem ser vistas áreas de hemorragias e dilatação do espaço vascular (CAPEN, 1991).

Os sinais clínicos são, na maioria das vezes, relacionados à insuficiência cardíaca congestiva. A apresentação aguda é rara, mas quando ocorre se reflete em um quadro de colapso cardíaco (CHO et al., 1998; MORRISON, 1998 apud MOURA et al., 2006).

Estes sinais podem incluir tosse, dispnéia, anorexia, perda de peso, vômitos, diarréia, fraqueza, ou distensão abdominal. Ao exame clínico, o paciente pode se apresentar letárgico, dispnéico e cianótico. Na auscultação, pode aparecer sopro holossistólico, arritmia (ritmo de galope, taquicardia) e sons pulmonares alterados (BEMENT et al., 2005).

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Segundo JOHNSON (1968), hidrotórax, hidropericardio, ascite, edema do tecido subcutâneo (especialmente da face, pescoço e membros anteriores), congestão hepática e congestão pulmonar são sinais clínicos que o animal com quimiodectoma pode apresentar devido à compressão dos vasos sanguíneos.

A clínica auxilia no diagnóstico dessas neoplasias. A tomografia axial computadorizada (TAC), a ultrassonografia, a ressonância magnética nuclear (RMN), a arteriografia por subtração digital, entre outros, são exames indicados quando há suspeita de um quimiodectoma (BINELFA et al., 2003). O exame ultrassonográfico ou ecocardiográfico permite a avaliação acurada das estruturas torácicas, sendo eficaz em demonstrar massas de volume menor (MOURA et al., 2006).

A citologia geralmente não é um meio eficaz para o diagnóstico desta neoplasia, já que as células tumorais são facilmente lisadas (BEMENT et al., 2005).

Segundo CAVALCANTI et al. (2006), o exame de escolha que pode sugerir a presença de neoplasias cardíacas é o ecocardiograma.

A biópsia de tumores de corpo carotídeo geralmente apresenta problemas devido ao seu potencial de hemorragia (MURRAY & STRAFUSS, 1975).

No entanto, os quimiodectomas são frequentemente um achado acidental em cães idosos submetidos a radiografias torácicas ou ecocardiografia por causa de outras razões (FOSSUM, 2005), sendo muito encontrado também em exames radiográficos de rotina ou como achados de necropsia (GARRIDO et al., 2008).

O diagnóstico definitivo é feito por exame histopatológico (CAPEN, 1991).

Segundo PALTRINIERI et al. (2004), a imunohistoquímica é de grande importância na confirmação do diagnóstico de quimiodectoma de corpo aórtico, e têm sido detectados nesses tumores em caninos, através da imunohistoquímica, somatostatina, insulina, glucagon e gastrina-colecistoquinina.

Os diagnósticos diferenciais para tumores de base de coração incluem timoma, linfoma, hemangiossarcoma e carcinoma de tireóide ectópico (CARUSO, 2002 apud OLIVEIRA et al., 2008). As células que constituem os tumores tireoidianos ectópicos geralmente são menores que as dos tumores do corpo aórtico, com núcleos mais hipercromáticos (CAPEN, 1991).

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Segundo THOMSON (1990), geralmente não é possível a remoção cirúrgica de tumores da base do coração, já MOURA et al. (2006) afirmaram que quando ainda diagnosticados precocemente, os quimiodectomas são passíveis de cirurgia.

A remoção cirúrgica é difícil porque eles são extremamente vascularizados e tendem a aderir-se a vasos sanguíneos, resultando em grande mortalidade operatória, ou, como descrito em humanos, ocorrem danos ao sistema nervoso central devido a ligação com a artéria (MURRAY & STRAFUSS, 1975), pois terminações nervosas com vesículas sinápticas, bem como fibras nervosas, são observadas em íntima associação com as células quimiorreceptoras (CAPEN, 1990).

Segundo EHRHART et al. (2002), cães com tumor de corpo aórtico podem ser beneficiados da realização de pericardiectomia, tendo eles efusão pericárdica ou não, ocorrendo uma sobrevida significativamente maior do que naqueles que não são submetidos a este procedimento. Os cães submetidos a pericardiectomia no momento da biópsia adquirem uma média de 730 dias de sobrevida, já aqueles que não realizam tal procedimento, a sobrevida é de uma média de 42 dias.

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MATERIAL E MÉTODOS

Um cão da raça Boxer, macho, dois anos, foi atendido na Clínica Veterinária São Francisco localizada no município de Cabo Frio, apresentando aumento do lado esquerdo na região parotídea (Fig.1), sem alterações à ausculta cardíaca, mucosas normocoradas, 38,6° C de temperatura.

Foi realizada cirurgia para a retirada de duas das massas presentes na região parotídea esquerda (Figs.2 e 3) e o material obtido foi fixado em solução de formol a 10%, sendo enviado ao laboratório IPEV para realização de exame histopatológico.

Após 30 dias do primeiro atendimento, o cão retornou à clínica apresentando piora do quadro clínico, com aumento dos nódulos, dispnéia e edema de face (Fig. 4), vindo a óbito três dias depois, sendo realizada necropsia.

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Fig. 2 - Canino. Massa tumoral da região parotídea apresentando superfície irregular.

Fig. 3- Canino. Segunda massa da região parotídea apresentando superfície irregular.

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Fig. 4- Canino. Após 30 dias da retirada cirúrgica apresentou edema de face.

RESULTADOS

A macroscopia de uma das massas retiradas da região parotídea revelou formação irregular de 4,5x 4,0x 1,5 cm constituída com nódulos com até 2 cm irregularmente aderidos entre si, firme-elásticos, “encapsulados”, mostrando aos cortes aspecto marmóreo creme-pardo-castanho.

A necropsia revelou metástases em parede torácica (Fig.5), pulmão, região mediastínica (Figs.6 e 7), esôfago e pâncreas (Fig. 8). Também havia um nódulo na base do coração (Fig. 9).

A microscopia revelou um processo neoplásico maligno composto por células pleomórficas, núcleo hipercromático e citoplasma basofílico associado à presença de feixes fibrovasculares, caracterizando quimiodectoma (Figs.10, 11 e 12).

O diagnóstico histopatológico foi de neoplasia maligna de células “redondas” compatível com Paraganglioma (Quimiodectoma).

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Fig. 5 - Canino. Quimiodectoma. Tumoração aderida à parede torácica (seta).

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Fig. 7 - Canino. Quimiodectoma. Três nódulos na região mediastínica (setas).

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Fig. 9 - Canino. Quimiodectoma. Nódulo na base do coração (seta) e na região mediastínica.

Fig.10 - Canino. Quimiodectoma. Mantos de células neoplásicas divididas por septos fibrovasculares. H.E. 100x.

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Fig. 11 - Canino. Quimiodectoma. Notar crescimento infiltrativo, com invasão de septo (seta). H.E. 100x.

Fig. 12 - Canino. Quimiodectoma. Células pleomórficas com núcleos ovais ou arredondados e citoplasma basofílico. Notar discreta área de hemorragia. H.E. 400x.

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DISCUSSÃO

A raça do animal é compatível com as mais acometidas por essas neoplasias segundo THOMSON (1990) e MOURA et al. (2006), ou seja, raças braquicefálicas, como boxer, bulldog, e boston terrier, enquanto que a idade do animal não corresponde com o que geralmente ocorre segundo esses autores, que afirmaram ser muito comum em cães idosos, tendo o animal do relato apenas 2 anos, apesar de ATASEVER & ÇAM (2003) terem relatado o caso de um canino de 2 anos com tumor de corpo aórtico.

FOSSUM (2005) afirmou que residência em grande altitude e hipóxia crônica aumentam o risco de desenvolvimento desses tumores, porém o canino deste relato residia no município de Cabo Frio, ou seja, ao nível do mar. Segundo CAVALCANTI et al. (2006), humanos que vivem em locais acima de 2000 metros apresentam incidência 10 vezes maior desses tumores daqueles que vivem à nível do mar .

O animal era um canino macho, o que corrobora com a afirmação de ATASEVER & ÇAM (2003), que cães machos parecem ter uma maior freqüência de tumor de corpo aórtico do que fêmeas.

Os achados microscópicos concordaram com o que foi relatado por TORRES et al. (2008). Foram visualizadas células pleomórficas, com núcleo hipercromático, embora, no presente caso as células tenham apresentado citoplasma basofílico, diferente das células que CAPEN (1991) descreveu, já que este afirma que o citoplasma destas células geralmente se apresenta ligeiramente eosinofílico.

Foi observado a presença de feixes fibrovasculares separando os aglomerados celulares, concordando com o que pode ser observado em quimiodectomas segundo MOURA et al. (2006). Nas lâminas analisadas, foi possível observar áreas discretas de hemorragia, assim como descreve CAPEN, 1991.

O canino não apresentou sinais clínicos relacionados à insuficiência cardíaca congestiva, como tosse, dispnéia, anorexia, perda de peso, vômitos, diarréia, fraqueza, distensão abdominal, letargia ou cianose, como geralmente ocorre segundo, CHO et al. (1998), MORRISON (1998), BEMENT et al. (2005) e MOURA et al. (2006), tendo o proprietário levado o animal à clínica apenas pela formação de tumoração do lado esquerdo na região parotídea. O único sinal clínico relacionado à insuficiência cardíaca congestiva foi dispnéia, apresentada apenas 30 dias após o primeiro atendimento, além do edema da face,

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que é um dos sinais que pode ser manifestado segundo JOHNSON (1968), devido à compressão dos vasos sanguíneos do pescoço.

De acordo com FOSSUM (2005), tumores de corpo carotídeo surgem nas proximidades da bifurcação da artéria carótida comum na área cervical cranial e aparecem como uma massa unilateral, raramente ocorrendo em ambos os lados de um mesmo animal o que nos leva a crer ser esta a origem do tumor descrito no caso.

Os focos metastáticos deste relato foram em parede torácica, pulmão, esôfago, região mediastínica e pâncreas, além de ter sido encontrada uma massa na base cardíaca.

Segundo CAPEN (1991), metástases dos tumores do corpo carotídeo ocorrem em aproximadamente 30% dos casos, tendo sido encontrado nos pulmões, linfonodos bronquiais e mediastínicos, fígado, pâncreas e rins. Nódulos únicos ou múltiplos no saco pericárdico, próximos à base do coração, sugerem ter origem no corpo aórtico, no entanto, neste caso, não foi possível tal comprovação devido à conservação inadequada do material para exame imunohistoquímico.

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CONCLUSÃO

O quimiodectoma é uma neoplasia rara, pouco citada na literatura, e que muitas vezes não chega a ser diagnosticada.

Foi de grande importância a realização da biópsia, seguida de histopatologia para o diagnóstico definitivo, bem como da necropsia, para constatação dos focos metastáticos.

Apesar de não ter sido feita imunohistoquímica, os achados levam a crer que o tumor teve origem no corpo carotídeo.

O prognóstico foi desfavorável pela curta sobrevida do animal, apesar dele não ter apresentado sintomatologia clínica relativa ao processo, mesmo tendo crescimento tumoral em parede torácica, pulmão, esôfago, região mediastínica, pâncreas e na base cardíaca.

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REFERÊNCIAS

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Glossário

1. Adenomas- é um tipo de tumor não-cancerígeno ou benigno. 2. Anorexia- ausência de apetite.

3. Arritmia cardíaca- alteração da frequência ou do ritmo dos batimentos cardíacos. 4. Arteriografia por subtração digital- é um tipo de técnica fluoroscópica utilizada em

radiologia intervencionista para visualizar os vasos sanguíneos e sua relação com as estruturas ósseas adjacentes.

5. Ascite- acumulação de fluidos na cavidade abdominal.

6. Assintomático- quando não apresenta sintomas referente a determinada patologia. 7. Auscultação- escuta dos sons internos do corpo, normalmente usando um

estetoscópio.

8. Biopsia- procedimento cirúrgico no qual se colhe uma amostra de tecidos ou células para posterior estudo em em laboratório.

9. Células neoplásicas- células geneticamente alteradas, que possuem crescimento descoordenado.

10. Células pleomórficas- - células com variabilidade em forma e tamanho.

11. Cianose- é um sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele ou das mucosas, que ocorre devido à ausência ou diminuição de oxigênio no tecido em questão.

12. Cães braquicefálicos- cães de raças que possuem o ¨focinho¨ achatado. 13. Carcinomas- nomenclatura para tumor maligno.

14. Células parenquimatosas- são células especializadas, provenientes do parênquima, que é o tecido responsável pela função do órgão.

15. Crista neural- é o nome dado a um grupo de células embrionárias, derivadas do revestimento do tubo neural, que originam outros tipos de células adultas, como neurônios e célula da glia,osteócitos, melanócitos e células do músculo liso. 16. Dispnéia- também chamada de falta de ar é um sintoma no qual o indivíduo tem

desconforto para respirar, normalmente com a sensação de respiração incompleta. É um sintoma comum a um grande número de doenças, em especial na área da cardiologia e pneumologia.

17. Ectópico- quando determinada estrutura se encontra fora do posicionamento correto. 18. Edema- refere-se a um acúmulo anormal de líquido no compartimento extra-celular

intersticial ou nas cavidades corporais devido ao aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão coloidosmótica, aumento da permeabilidade vascular(inflamações) e diminuição da drenagem linfática.

19. Efusão pericárdica- acúmulo excessivo de líquido no saco pericárdico. 20. Eosinofílico- adjetivo dado ao composto corado pela eosina.

21. Epinefrina- é um hormônio simpaticomimético e neurotransmissor , derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas

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renais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros.

22. Estenótica- determinado órgão , vaso sanguíneo ou estrutura tubular do organismo com um estreitamento anormal.

23. Exame histopatológico- trata-se do estudo dos tecidos do organismo ao microscópio. 24. Gastrina-colecistoquinina- hormônio gastrointestinal.

25. Glucagon- é um hormônio (polipeptídeo) produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas e também nas células espalhadas pelo tracto gastrointestinal. O seu papel mais conhecido é aumentar a glicemia (nível de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da insulina.

26. Hemangiossarcoma- são neoplasias malignas originarias das células endoteliais dos vasos

1. sangüíneos, e têm origem primária praticamente em todos os tecidos. 27. Hidropericardio- acúmulo de líquido no saco pericárdico. 28. Hidrotórax- acúmulo de líquido no espaço pleural.

29. Hipóxia- estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos.

30. Imunohistoquimica- processo de localizar antígenos em células de uma amostra de tecido, explorando o princípio da ligação específica de anticorpos a antígenos no tecido biológico.

31. Letargia- estado mórbido em que as funções da vida estão atenuadas de forma tal que parecem estar suspensas.

32. Linfoma- câncer no sistema linfático.

33. Linfonodos- também conhecidos como gânglios linfáticos, são estruturas nodulares, distribuídas por todo o corpo, ao longo dos vasos linfáticos.

34. Lúmen- espaço interno ou cavidade.

35. Massa tumoral- massa formada pela proliferação exagerada de células.

36. Metástases- é a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas.

37. Mitoses-processo pelo qual as células eucarióticas dividem seus cromossomos entre duas células menores do corpo.

38. Mucosas normocoradas- mucosas com coloração normal.

39. Necropsia- procedimento médico que consiste em examinar um cadáver para

determinar a causa e modo de morte e avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente.

40. Neoplasia- é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle, autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares. A neoplasia pode ser maligna ou benigna.

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41. Nodulações- processo de formação de nódulos.

42. Norepinefrina- é uma das monoaminas (também conhecidas como catecolaminas])

que mais influenciam o humor, ansiedade, sono e alimentação.

43. Paraganglioma- é uma neoplasia neuroendócrina rara que pode se desenvolver em vários locais do corpo.

44. Pericardiectomia- cirurgia para retirada do pericárdio.

45. Pleomorfismo- são variados tamanhos e formas de núcleo e da célula como um todo. 46. Prognóstico- parecer do médico a respeito da evolução provável de uma doença. 47. Quimiodectoma- tumor proveniente de células quimiorreceptoras.

48. Região parotídea- região da glândula parótida. 49. Tumoração- formação ou presença de um tumor.

50. Região mediastínica- uma das três cavidades em que está dividida a cavidade torácica.

51. Saco pericárdico- estrutura que reveste o coração.

52. Somatostatina- hormônio protéico produzido pelas células delta do pâncreas, em lugares denominados Ilhotas de Langerhans. Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e modula a secreção da insulina e glucagon.

53. Sopro holossistólico- sopro cardíaco que ocorre no momento da sístole (período de contração muscular das câmaras cardíacas.

54. Taquicardia- aumento da frequência dos batimentos do coração.

55. Timoma- tipo de tumor maligno localizado no mediastino ( região do tórax localizada entre os pulmões).

56. Transtornos cardiovasculares- alterações que ocorrem no sistema circulatório, ou seja, em vasos sanguíneos e coração.

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