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Metodologia de Trabalho Científico e Pesquisa em Fenomenologia. Profª: Jordana Calil Lopes de Menezes de Oliveira Aula 1

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Academic year: 2021

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Metodologia de Trabalho

Científico e Pesquisa em

Fenomenologia

Profª: Jordana Calil Lopes de Menezes de Oliveira

Aula 1

(2)

Metodologia

Metodologia vem do grego “meta” = ao largo; “odos” =

caminho; “logos” = discurso, estudo.

A Metodologia, em um nível aplicado, examina,

descreve e

avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam

a coleta e o processamento de informações, visando

ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou

questões de investigação.

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Definições de ciência

Etimologicamente, o termo ciência provém do verbo em

latim Scire, que significa aprender, conhecer.

Ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades

racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo

limitado, capaz de ser submetido à verificação.

Além der ser “uma sistematização de conhecimentos”,

ciência é “um conjunto de proposições logicamente

correlacionadas sobre o comportamento de certos

fenômenos que se deseja estudar.

(4)

Definições de ciência

Trujillo Ferrari (1974), considera que a ciência tem várias tarefas a

cumprir, tais como:

a) aumento e melhoria do conhecimento;

b) descoberta de novos fatos ou fenômenos;

c) aproveitamento espiritual do conhecimento na supressão de falsos

milagres, mistérios e superstições;

d) aproveitamento material do conhecimento visando à melhoria da

condição de vida humana;

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O que não é ciência

Primeiro, não é senso comum – porque este se caracteriza pela aceitação não problematizada, muitas vezes crédula, do que afirmamos ou temos por válido.

Segundo, não é sabedoria ou bom-senso – porque estes apreciam componentes como convivência e intuição, além da prática

historicamente comprovada em sentido moral.

Terceiro, não é ideologia – porque esta não tem como alvo central tratar a realidade, mas justificar posição política. Faz parte do

conhecimento científico, porque todo ser humano, também o cientista, gesta-se em história concreta, politicamente marcada. • Quarto, não é paradigma específico – “como se determinada

corrente pudesse comparecer como única herdeira do

conhecimento científico, muito embora lhe seja inerente essa tendência.”

(6)

Critérios de cientificidade

objeto de estudo bem-definido e de natureza empírica: delimitação e descrição objetiva e eficiente da realidade empiricamente observável, isto é, daquilo que pretendemos

estudar, analisar, interpretar ou verificar por meio de métodos empíricos;

objetivação: tentativa de conhecer a realidade tal como é, evitando contaminá-la com ideologia, valores, opiniões ou preconceitos do pesquisador;

discutibilidade: Conhecimento científico é o que busca se fundamentar de todos os modos possíveis e imagináveis, mas mantém consciência crítica de que alcança esse objetivo apenas parcialmente, não por defeito, mas por tessitura própria do discurso científico;

observação controlada dos fenômenos: preocupação em controlar a qualidade do dado e o processo utilizado para sua obtenção;

originalidade: refere-se à expectativa de que todo discurso científico corresponda a alguma inovação, pelo menos, no sentido reconstrutivo; “não é aceito discurso apenas reprodutivo, copiado, já que faz parte da lógica do conhecimento questionador

(7)

Critérios de cientificidade

coerência: argumentação lógica, bem-estruturada, sem contradições;

sistematicidade: parceira da coerência, significa o esforço de dar conta do tema

amplamente, sem exigir que se esgote, porque nenhum tema é, propriamente, esgotável; • consistência: base sólida, “refere-se à capacidade do texto de resistir à

contra-argumentação ou, pelo menos, merecer o respeito de opiniões contrárias; em certa medida, fazer ciência é saber argumentar, não só como técnica de domínio lógico, mas sobretudo como arte reconstrutiva.

linguagem precisa: sentido exato das palavras, restringindo ao máximo o uso de adjetivos;autoridade por mérito: significa o reconhecimento de quem conquistou posição respeitada

em determinado espaço científico e é por isso considerado “argumento”;

relevância social: os trabalhos acadêmicos, em qualquer nível, poderiam ser mais

pertinentes, se também fossem relevantes em termos sociais, ou seja, estudassem temas de interesse comum, se se dedicassem a confrontar-se com problemas sociais preocupantes, “buscassem elevar a oportunidade emancipatória das maiorias.”

(8)

Critérios de cientificidade

ética: procura responder à pergunta: a quem serve a ciência? Em seu

contexto extremamente colonizador, o conhecimento científico tem

sido, sobretudo, arma de guerra e lucro e, assim, como construiu

fantástica potencialidade tecnológica, pode tornar inviáveis as

condições ambientais do planeta.

intersubjetividade: opinião dominante da comunidade científica de

determinada época e lugar.

(9)

Conhecimento científico e conhecimento

popular

Não deixa de ser conhecimento aquele

que foi observado ou passado de

geração em geração através da

educação informal ou baseado em

imitação ou experiência pessoal. Esse

tipo de conhecimento, dito popular,

diferencia-se do conhecimento

científico por lhe faltar o embasamento

teórico necessário à ciência.

(10)

Conhecimento científico Conhecimento popular

real – lida com fatos. valorativo – baseado nos valores de quem

promove o estudo.

contingente – sua veracidade ou falsidade é

conhecida através da experiência.

reflexivo - não pode ser reduzido a uma

formulação geral.

sistemático – forma um sistema de ideias e não

conhecimentos dispersos e desconexos.

assistemático – baseia-se na organização

de quem promove o estudo, não possui uma sistematização das ideias que explique os fenômenos.

verificável ou demonstrável – o que não

pode ser verificado ou demonstrado não é incorporado ao âmbito da ciência.

verificável – porém limitado ao âmbito do

cotidiano do pesquisador ou observador.

falível e aproximadamente exato – por não ser

definitivo, absoluto ou final. Novas técnicas e proposições podem reformular ou corrigir uma teoria já existente.

falível e inexato – conforma-se com a aparência

e com o que ouvimos dizer a respeito do objeto ou fenômeno. Não permite a formulação de

hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além das percepções objetivas.

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Conhecimento científico e conhecimento

popular

A ciência tem como objetivo fundamental chegar à veracidade dos fatos.

Neste sentido não se distingue de outras formas de conhecimento. O

que torna, porém, o conhecimento científico distinto dos demais é que

tem como característica fundamental a sua verificabilidade.

Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se

necessário identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam

a sua verificação. Ou, em outras palavras, determinar o método que

possibilitou chegar a esse conhecimento.

(12)

Conhecimento científico e conhecimento

popular

Podemos definir método como caminho para chegarmos a determinado

fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais

e técnicos adotados para atingirmos o conhecimento.

Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo,

indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.

(13)

Método científico

O método científico é um traço

característico da ciência,

constituindo-se em instrumento

básico que ordena, inicialmente,

o pensamento em sistemas e

traça os procedimentos do

cientista ao longo do caminho

até atingir o objetivo científico

preestabelecido.

(14)

Métodos de abordagem - bases lógicas da

investigação

Esses métodos esclarecem os procedimentos lógicos que deverão ser

seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da

sociedade.

São, pois, métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstração,

que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance de sua investigação,

das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações.

Podem ser incluídos, neste grupo, os métodos:

dedutivo, indutivo,

hipotéticodedutivo, dialético e fenomenológico.

O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo; o indutivo, ao empirismo; o

hipotéticodedutivo, ao neopositivismo; o dialético, ao materialismo dialético e o

fenomenológico, à fenomenologia.

(15)

Método dedutivo

O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método

que parte do geral e, a seguir, desce ao particular.

Todo homem é mortal ... (premissa maior) Pedro é homem ... (premissa menor) Logo, Pedro é mortal ... (conclusão)

Método indutivo

É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de

algoparticular para uma questão mais ampla, mais geral.

Antônio é mortal. João é mortal. Paulo é mortal. ...

Carlos é mortal.

Ora, Antônio, João, Paulo ... e Carlos são homens. Logo, (todos) os homens são mortais.

Assim, se por meio da dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que baseadas em premissas igualmente verdadeiras, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis.

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Método hipotético-dedutivo

Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são

insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema.

Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas

conjecturas ou hipóteses.

Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser

testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências

deduzidas das hipóteses.

Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese,

no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências

(17)

Método dialético

O método dialético parte da premissa de que, na natureza, tudo se

relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada

fenômeno.

Nesse tipo de método, para conhecer determinado fenômeno ou objeto, o

pesquisador precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e

conexões, sem tratar o conhecimento como algo rígido, já que tudo no

mundo está sempre em constante mudança.

(18)

Método fenomenológico

• O método fenomenológico, tal como foi apresentado por Edmund Husserl

(1859-1938), propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de proposições, para todas as ciências.

• Para Husserl, as certezas positivas que permeiam o discurso das ciências empíricas são “ingênuas”.

• A suprema fonte de todas as afirmações racionais é a ‘consciência doadora originária’.” Daí a primeira e fundamental regra do método fenomenológico: “avançar para as próprias

coisas.” Por coisa entendemos simplesmente o dado, o fenômeno, aquilo que é visto diante da consciência.

• A fenomenologia não se preocupa, pois, com algo desconhecido

que se encontre atrás do fenômeno; só visa o dado, sem querer decidir se esse dado é uma realidade ou uma aparência.

• O método fenomenológico limita-se aos aspectos essenciais e intrínsecos do

fenômeno, sem lançar mão de deduções ou empirismos, buscando compreendê-lo por meio da intuição, visando apenas o dado, o fenômeno, não importando sua natureza real ou fictícia.

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Organização dos estudos para a pesquisa,

redação e normas científicas

Leitura, compreensão, análise e interpretação do texto

Pesquisa bibliográfica e fontes de pesquisa

Apresentação das principais Bases de Dados

Elementos da redação de um texto científico

Normas da APA

(20)

Leitura, compreensão, análise e interpretação

de texto

Dica: Leia muito e escreva muito!

Como ler

Resumos

(21)

Pesquisa bibliográfica e fontes de pesquisa

Livros

Artigos

Teses

Dissertações

Comunicações orais

(22)

Apresentação das principais Bases de Dados

Descritores – palavras indexadas

Bases

Scielo

Pepsic

Periódicos Capes

Redalyc

Ibict

BVS-psi

Psycinfo

Google acadêmico

Como buscar?

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Redação científica

Escrever um texto científico é como contar uma história.

No entanto, contar bem a história de uma pesquisa exige um roteiro

bastante peculiar, baseado em método, linguagem e valores

específicos.

Você está escrevendo uma parte da história da ciência,

contando um experimento, uma investigação, desvendando um

fenômeno e precisa respeitar os pressupostos que ela lhe apresenta.

Só assim seu texto será realmente compreensível e adequado às

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Redação científica

Um texto sempre pode ser melhorado, portanto, em nenhum momento

(mesmo que o considere definitivo), tome as críticas a ele como se fossem

pessoais a você.

O texto científico deve ser claro, objetivo, preciso, comunicativo e estar em

linguagem correta. Isso quer dizer que o texto científico deve ser...

científico, e não literário ou coloquial.

Toda informação que for colocada nele deve ser acessível aos leitores a que

se destina, permitindo que a ciência que contém seja realmente entendida.

• Citar a fonte

• Plágio e autoplágio

Você tem de se perguntar ao longo de sua escrita se tudo que está dito é

necessário e se algo que fará falta ainda está ausente.

Deve ser possível reconstruir seu trabalho a partir de seu relato, aproveitar

suas ideias,

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Redação científica

• Outro aspecto fundamental da escrita de um texto científico é a correta utilização das regras do idioma, da área da ciência e do veículo ao qual será feita a submissão.

• O uso de uma linguagem precisa evita expressões de sentido vago, que possam dar margem a diferentes interpretações.

• “Limpe” problemas ortográficos, gramaticais e de pontuação.

• Além disso, siga as regras de publicação da área na qual se enquadra seu texto. Se seu estudo pertence à área da Psicologia, conheça as regras da American Psychological

Association (APA).

• Cite outros autores, especialmente os que labutam no mesmo país que você. Isso deve ser um compromisso.

• O segredo para escrever um texto científico está mais na dedicação do que no talento. São

necessários persistência e conhecimento de regras simples e padrões/normas de apresentação

das informações.

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Dicas

Iniciar com um esquema do que o texto irá conter. Organizar como um funil

do mais amplo para o mais específico.

Estabelecer uma linha de raciocínio para que os parágrafos constituam um

texto lógico.

Evitar mudanças de assunto entre um parágrafo e outro sem fazer a devida

a devida ligação dos temas.

Evitar parágrafos de uma frase.

Fazer tópico frasal: é a oração que introduz a ideia central a ser

desenvolvida em um parágrafo.

Um parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação:

introdução, desenvolvimento e conclusão.

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Dicas

Colocar sujeito nas frases.

Se atentar aos tempos verbais.

Pontuação.

Concordância verbal e nominal.

Fazer resumo somente no final.

Não citar quem citou, ir na fonte.

Não usar um único texto base.

Pegar um artigo que gostam muuuito... e identificar a estrutura que o autor

seguiu... tipo escrever uma palavra sobre o que quer dizer cada paragrafo,

para ver como o autor uniu as ideias;

(28)
(29)

Noções sobre

Currículo Lattes

Plataforma Brasil

Comitê de Ética

Revista da Abordagem Gestáltica

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Roda de conversa

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Referências

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