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Protecção das águas subterrâneas contra a poluição ***I

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P6_TA(2005)0145

Protecção das águas subterrâneas contra a poluição ***I

Resolução legislativa do Parlamento Europeu sobre uma proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à protecção das águas subterrâneas contra a poluição (COM(2003)0550 – C6-0447/2003 – 2003/0210(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

 Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2003)0550)1,

 Tendo em conta o nº 2 do artigo 251º e o nº 1 do artigo 175º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C5-0447/2003),

 Tendo em conta o artigo 51º do seu Regimento,

 Tendo em conta o relatório da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e os pareceres da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia, bem como da Comissão da Agricultura (A6-0061/2005),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

(2)

- 2 - P6_TC1-COD(2003)0210

Posição do Parlamento Europeu aprovada em primeira leitura em 28 de Abril de 2005 tendo em vista a adopção da Directiva 2005/.../CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à protecção das águas subterrâneas contra a poluição química e a

deterioração

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o n.º 1 do seu artigo 175.º,

Tendo em conta a proposta da Comissão,

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu1, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões2,

Deliberando em conformidade com o procedimento previsto no artigo 251.º do Tratado3, Considerando o seguinte:

(1) As águas subterrâneas são um recurso natural valioso, que deve, enquanto tal, ser protegido da deterioração e da poluição química; tal é particularmente importante

para os ecossistemas dependentes das águas subterrâneas e para a utilização destas águas para efeitos de abastecimento de água destinada ao consumo humano.

(2) Em conformidade com os objectivos enunciados nos nºs 2 e 3 do artigo 7º da

Directiva 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água, as águas subterrâneas devem ser protegidas de tal forma que possa ser obtida água potável de boa qualidade por simples purificação4.

1 JO C 112 de 30.4.2004, p. 40. 2 JO C 109 de 30.4.2004, p. 29.

3 Posição do Parlamento Europeu de 28 de Abril de 2005.

4 JO L 327 de 22.12.2000, p. 1. Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Decisão

(3)

(3) Importa realizar trabalhos de investigação, a fim de obter melhores critérios de

qualidade e protecção das águas subterrâneas enquanto ecossistema. Se necessário, os resultados obtidos deverão ser tidos em conta no âmbito da aplicação e/ou revisão da presente directiva.

(4) A Decisão nº 1600/2002/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Julho de 2002, que estabelece o Sexto Programa Comunitário de Acção em matéria de Ambiente1, inclui nos seus objectivos a obtenção de níveis de qualidade da água que não acarretem efeitos nem riscos inaceitáveis para a saúde humana e o ambiente.

(5) As águas subterrâneas são as reservas de água doce mais sensíveis e importantes da

União Europeia e, sobretudo, a principal fonte do abastecimento público de água potável. O nível de protecção relativamente a novas descargas, emissões e perdas deve, no mínimo, ser comparável ao das águas de superfície em bom estado químico. A poluição ou deterioração provoca danos frequentemente irreversíveis.

(6) Para proteger o ambiente em geral e a saúde humana em particular, é necessário evitar, prevenir ou reduzir as concentrações nocivas de poluentes nas águas subterrâneas. (7) A Directiva 2000/60/CE contém disposições determinantes para a protecção e

preservação das águas subterrâneas. Como previsto no artigo 17º dessa directiva, devem ser adoptadas medidas de prevenção e de controlo da poluição das águas subterrâneas, incluindo critérios para a avaliação do seu bom estado químico e critérios para a identificação de tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes e para a definição de pontos de partida para a inversão dessas tendências.

(8) É necessário, além disso, estabelecer critérios para a avaliação dos efeitos da

diminuição das reservas hídricas dos aquíferos no ambiente e, nos termos do artigo 8º da Directiva 2000/60/CE, proceder a uma monitorização da evolução quantitativa das massas de água.

(9) Deverão desenvolver-se normas de qualidade, limiares e métodos de avaliação, para que existam critérios para a avaliação do estado químico das massas de água subterrâneas.

(4)

- 4 - (10) A protecção das águas subterrâneas pode, em algumas zonas, requerer uma alteração

nas práticas agrícolas e silvícolas, o que poderá comportar uma perda de rendimentos. Importa abordar esta questão no âmbito da elaboração dos planos de desenvolvimento rural requeridos pela reforma da PAC.

(11) Deve ser analisado o impacto dos diferentes limiares aplicados pelos

Estados-Membros no nível de protecção ambiental e no funcionamento do mercado interno.

(12) Há que estabelecer critérios para a identificação de eventuais tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes, para a identificação das

tendências de diminuição significativa das massas de água e para a definição do ponto

de partida para a inversão dessas tendências, tendo em conta a probabilidade de efeitos adversos nos ecossistemas aquáticos associados ou nos ecossistemas terrestres dependentes.

(13) Por força do nº 2, terceiro travessão, do artigo 22º da Directiva 2000/60/CE, a Directiva 80/68/CEE do Conselho, de 17 de Dezembro de 1979, relativa à protecção das águas subterrâneas contra a poluição causada por certas substâncias perigosas1, será revogada

com efeitos a partir de 22 de Dezembro de 2013. É necessário assegurar a continuidade do regime de protecção instaurado pela Directiva 80/68/CEE no que respeita quer às descargas directas quer às indirectas de poluentes nas águas subterrâneas, estabelecendo igualmente uma ligação com as disposições pertinentes da Directiva 2000/60/CE. Se for

caso disso, essas disposições devem ser integradas na presente directiva, a fim de salvaguardar a continuidade jurídica.

(14) Importa, além disso, clarificar quais as substâncias relativamente às quais devem ser

evitadas e limitadas as descargas, tendo, nesse contexto, particularmente em consideração os conhecimentos científicos existentes sobre as substâncias problemáticas, como sejam as substâncias endócrinas2.

(15) De acordo com o disposto na alínea f) do nº 3 do artigo 11º da Directiva 2000/60/CE,

a armazenagem e a recuperação de águas subterrâneas deve ser considerada uma prática admissível sujeita a autorização e reconhecida enquanto método fiável de gestão dos recursos hídricos.

1 JO L 20 de 26.1.1980, p. 43. Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Directiva 91/692/CEE

(JO L 337 de 31.12.1991, p. 48).

2 A este respeito, cf. resoluções do Parlamento Europeu, de 20 de Outubro de 1998, sobre substâncias perturbadoras do sistema endócrino (JO C 341 de 9.11.1998, p. 37), e de 26 de Outubro de 2000, sobre a Comunicação da Comissão sobre a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho «Estratégia comunitária em matéria de desreguladores endócrinos - substâncias suspeitas de interferir com os sistemas hormonais dos seres humanos e dos animais» (JO C 197 de 12.7.2001, p. 409).

(5)

(16) Sempre que possível, os Estados-Membros devem utilizar os procedimentos

estatísticos existentes, desde que estes observem as normas internacionais e contribuam para assegurar a longo prazo a comparabilidade, entre os Estados-Membros, dos resultados da monitorização.

(17) É necessário prever medidas transitórias para o período compreendido entre a transposição da presente directiva e a data de revogação da Directiva 80/68/CEE.

(18) As medidas necessárias para a execução da presente directiva deverão ser adoptadas em conformidade com a Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão1,

APROVARAM A PRESENTE DIRECTIVA:

Artigo 1º Objecto

A presente directiva estabelece medidas específicas, previstas nos nºs 1 e 2 do artigo 17º da Directiva 2000/60/CE, para impedir e controlar a poluição química das águas subterrâneas. Essas medidas incluem, designadamente:

a) critérios de avaliação do bom estado químico das águas subterrâneas;

b) critérios de avaliação dos efeitos no ambiente e no desenvolvimento sustentável da significativa redução das reservas hídricas dos aquíferos, nos termos da Directiva 2000/60/CE;

c) critérios de identificação e inversão de tendências significativas e persistentes de aumento das concentrações de poluentes e para a definição dos pontos de partida para a inversão dessas tendências; e

d) o estabelecimento da exigência de evitar ou limitar as descargas indirectas de poluentes

nas águas subterrâneas.

A presente directiva especifica o requisito enunciado na subalínea i) da alínea b) do nº 1 do artigo 4º da Directiva 2000/60/CE a respeito da prevenção ou limitação da descarga de poluentes nas águas subterrâneas e a deterioração do estado de todas as massas de água subterrâneas.

(6)

- 6 -

A presente directiva, que constitui um desenvolvimento da Directiva 2000/60/CE, pressupõe que os Estados-Membros e as autoridades responsáveis pela gestão sustentada dos recursos hídricos apliquem todas as medidas necessárias para a caracterização e controlo do estado das massas de água subterrâneas. Estas medidas, enunciadas na parte 2 do Anexo II e nos Anexos IV e V da Directiva 2000/60/CE, incluem a localização e o perímetro das massas de água subterrâneas, bem como a identificação das características geológicas e hidrológicas dos aquíferos, a sua capacidade de recarga e recuperação, as áreas de drenagem, as captações e os riscos de exploração excessiva e de contaminação.

Artigo 2º Definições

Para efeitos da presente directiva, e para além das definições constantes do artigo 2º da Directiva 2000/60/CE, igualmente aplicáveis, entende-se por:

1. “normas de qualidade das águas subterrâneas”, os valores de concentração de um dado poluente, grupo de poluentes ou indicador nas águas subterrâneas, os quais, se

forem excedidos, implicam a caracterização de uma ou de várias massas de água

subterrâneas como apresentando um mau estado químico;

2. “tendência significativa e persistente para o aumento da concentração”, o aumento

significativo do ponto de vista estatístico e ambiental da concentração de um poluente nas águas subterrâneas;

3. “descarga indirecta nas águas subterrâneas”, a descarga, emissões e perdas desde que

não constituam descargas directas nas águas subterrâneas na acepção do ponto 32 do artigo 2º da Directiva 2000/60/CE, mas possam induzir a poluição e a deterioração das mesmas;

4. “emissão de poluentes nas águas subterrâneas”, a descarga directa ou indirecta de poluentes nas águas subterrâneas decorrente da acção humana;

5. “deterioração”, qualquer aumento ligeiro e constante das concentrações de poluentes

causado por factores antropogénicos relativamente ao "status quo" observado nas águas subterrâneas;

(7)

6. “concentração de fundo geoquímico”, a concentração de uma substância numa massa de água subterrânea sem quaisquer ou apenas com diminutas modificações antropogénicas relativamente a condições inalteradas;

7. “sítios contaminados históricos”, instalações desafectadas de eliminação de resíduos, bem como outros locais em que tenham sido tratados, armazenados ou depositados resíduos (depósitos antigos) e áreas de instalações desafectadas ou outras, em que tenham sido manipulados poluentes susceptíveis de constituir fontes pontuais de poluição do solo ou das águas subterrâneas e que, até à data, não se encontrem abrangidas pela legislação europeia;

8. “concentração de base” de uma substância numa massa de água subterrânea, a concentração média medida no decurso do período de referência de 2007 e 2008 com base nos programas de monitorização estabelecidos em conformidade com o disposto no artigo 8º da Directiva 2000/60/CE.

Artigo 3º

Critérios para a avaliação e classificação do bom estado químico das massas de água

subterrâneas

Para efeitos da caracterização a efectuar nos termos do artigo 5º da Directiva 2000/60/CE e das secções 2.1 e 2.2 do respectivo Anexo II, bem como da classificação a efectuar nos

termos do artigo 8º e das secções 2.4.5 e 2.5 do Anexo V da mesma Directiva,

considerar-se-á que uma massa ou grupo de massas de água subterrâneas apresentam um bom estado químico, quando:

a) no que respeita a qualquer poluente referido na coluna 1 da Parte B do Anexo I da presente directiva, a concentração medida não ultrapasse as normas de qualidade estabelecidas na coluna 2.

Se, numa massa ou num grupo de massas de água subterrâneas, os teores naturais geogénicos dos poluentes abrangidos por uma norma de qualidade das águas subterrâneas especificada na Parte B do Anexo I ou por uma norma de qualidade nacional suplementar das águas subterrâneas decorrente do Anexo II da presente directiva excederem esses valores, os teores naturais acrescidos das normas de qualidade previstas definirão a passagem de um bom para um mau estado;

b) no que respeita a quaisquer outras substâncias poluentes, possa ser demonstrado, de acordo com as indicações dadas no Anexo II da presente directiva, que a concentração da substância preenche todas as condições definidas no terceiro travessão da secção 2.3.2 do Anexo V da Directiva 2000/60/CE.

(8)

- 8 -

As normas de qualidade das águas subterrâneas para um bom estado químico orientam-se pelos critérios toxicológicos humanos e ambientais para efeitos de concretização da definição de poluição referida no ponto 33 do artigo 2° da Directiva 2000/60/CE.

O cumprimento das normas de qualidade das águas subterrâneas basear-se-á numa comparação com as médias aritméticas dos valores da monitorização em cada um dos pontos de monitorização da massa ou grupo de massas de água subterrâneas consideradas em situação de risco, na sequência da análise a efectuar nos termos do artigo 5º da Directiva 2000/60/CE. Os valores medidos em diversos pontos de monitorização que não respeitem as referidas normas só são considerados para efeitos de classificação se o ponto de monitorização em causa, após peritagem nos termos da Parte A do Anexo I da presente directiva, for determinante para a poluição de toda ou parte da massa de águas subterrâneas.

Perante um sítio contaminado desde há longa data, a avaliação da contaminação das águas subterrâneas é feita pela autoridade competente após uma avaliação dos riscos para a saúde e o meio ambiente. A avaliação da contaminação das águas subterrâneas não é tomada em consideração para a avaliação do estado químico da massa de água subterrânea. Os critérios de avaliação e de reabilitação do sítio devem ser inscritos no plano de gestão de distrito hidrográfico previsto pelo artigo 13º da Directiva 2000/60/CE. A fim de reabilitar o sítio, o programa de medidas pode incluir acções de reabilitação, bem como acções destinadas a evitar qualquer propagação da poluição. A presente disposição aplica-se sem prejuízo dos nºs 4 e 5 do artigo 4º da Directiva 2000/60/CE.

Artigo 4°

Avaliação do estado químico das águas subterrâneas

1. Os Estados-Membros classificam uma massa de água subterrânea em bom estado químico quando as normas de qualidade e os limiares aplicáveis às águas subterrâneas não sejam excedidos em nenhum dos pontos de monitorização previstos no artigo 8º e no Anexo V da Directiva 2000/60/CE para efeitos de avaliação do estado químico das águas subterrâneas.

2. Caso uma norma de qualidade aplicável às águas subterrâneas seja excedida num ponto de monitorização, os Estados-Membros examinam se esse desvio indicia que:

(9)

a) uma ou mais das condições do bom estado químico da água subterrânea enunciadas no quadro 2.3.2 do Anexo V da Directiva 2000/60/CE não estão cumpridas; ou

b) as fontes de abastecimento de água potável não se encontram protegidas nos termos

do artigo 7º da Directiva 2000/60/CE.

3. Considera-se que uma massa de água subterrânea apresenta um mau estado químico

apenas quando o exame a que se refere o nº 2 permita concluir que se verificam uma ou mais das condições que figuram nas alíneas a) ou b) do nº 2.

Artigo 5°

Normas de qualidade das águas subterrâneas estabelecidas a nível nacional, a nível das regiões hidrográficas ou a nível das massas ou grupo de massas de água subterrâneas

1. Se necessário, os Estados-Membros estabelecerão ainda normas de qualidade

aplicáveis às águas subterrâneas, em conformidade com o disposto no artigo 3º e no Anexo

II, para cada novo poluente que, no seu território, tenha sido identificado como contribuindo

decisivamente para a necessidade de caracterizar as massas ou grupo de massas de água

subterrâneas como massas de água em risco. Estas normas de qualidade das águas

subterrâneas serão, nomeadamente, utilizadas para a realização da análise do estado das

águas subterrâneas prevista no nº 2 do artigo 5º da Directiva 2000/60/CE.

Essas normas de qualidade das águas subterrâneas podem ser estabelecidas a nível

nacional, a nível da região hidrográfica ou a nível da massa ou grupo de massas de água subterrâneas identificadas como estando em situação de risco.

Os Estados-Membros podem prever que a fixação de normas de qualidade das águas subterrâneas tenha em conta os teores normais de substâncias presentes na água.

2. No que respeita às massas de água subterrâneas pertencentes a uma região

hidrográfica internacional, os Estados-Membros em causa deverão determinar conjuntamente, com base nas respectivas condições nacionais e regionais, normas de qualidade das águas subterrâneas e métodos de avaliação com vista a estabelecer critérios de avaliação do estado químico das massas de água subterrâneas.

(10)

- 10 -

No caso de os Estados-Membros não obterem consenso, poderão, nos termos do artigo 12º da Directiva 2000/60/CE, apresentar o problema à Comissão, que deverá responder no prazo de seis meses.

3. Até 22 de Junho de 2006 os Estados-Membros fornecerão à Comissão uma lista de todos os poluentes para os quais tenham estabelecido normas de qualidade das águas

subterrâneas. Para cada poluente da lista, os Estados-Membros fornecerão as informações

previstas na parte B do Anexo III da presente directiva.

Artigo 6°

Revisão da lista das normas de qualidade das águas subterrâneas estabelecidas a nível comunitário

Pela primeira vez, três anos após o termo do prazo a que se refere o nº 3 do artigo 5º e, posteriormente, de seis em seis anos:

- a Comissão monitorizará a lista das normas de qualidade das águas subterrâneas estabelecidas a nível comunitário (Anexo I da presente directiva), com base, designadamente, nas informações disponibilizadas pelos Estados-Membros, nos termos do disposto no nº 3 do artigo 5º da presente directiva, no progresso científico e técnico e no parecer do comité a que se refere o nº 5 do artigo 16º da Directiva 2000/60/CE;

- a Comissão elaborará um relatório de síntese e apresentará, se necessário, propostas

tendentes à elaboração de uma directiva que altere a lista dos poluentes e/ou das concentrações de poluentes correlatas, nos termos do artigo 251º do Tratado.

Artigo 7°

Critérios para a identificação de tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes e para a definição dos pontos de partida para a inversão dessas

tendências

Os Estados-Membros identificarão as eventuais tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes presentes nas massas ou grupos de massas de água subterrâneas resultante do impacto da actividade humana e definirão o ponto de partida para a inversão dessas tendências em conformidade com o Anexo IV da presente directiva.

(11)

Para as massas de água subterrâneas que apresentem tendências significativas e persistentes de aumento das concentrações de poluentes, em comparação com a concentração de

referência, os Estados-Membros inverterão essas tendências através do programa de medidas

referido no artigo 11º da Directiva 2000/60/CE, com vista a reduzir progressivamente a poluição das águas subterrâneas e a impedir a sua deterioração.

Será realizada uma avaliação específica das tendências relativamente aos poluentes relevantes nas massas de água subterrâneas que sejam contaminadas por fontes pontuais de poluição, a fim de verificar que as infiltrações provenientes de sítios contaminados não se estendem para além de uma determinada zona e não deterioram o estado químico da massa de água subterrânea.

Os programas podem incluir medidas adequadas de natureza jurídica, administrativa ou contratual. Se o grau de adequação das medidas for igual, são preferíveis soluções contratuais e de cooperação a medidas de carácter regulamentar.

Artigo 8° Métodos de medição

1. Cada Estado-Membro apresentará à Comissão uma descrição completa dos métodos

de medição para cada uma das substâncias em relação às quais tenham sido estabelecidas normas de qualidade das águas subterrâneas ao nível comunitário ou nacional.

2. A Comissão determinará se os métodos de medição são totalmente equivalentes e se

as diferenças entre os mesmos poderão dar origem a distorções susceptíveis de causar uma aplicação deficiente ou desigual da presente directiva na Comunidade. As condições climáticas locais e os tipos de solo serão os factores decisivos.

3. Com base nas suas observações, a Comissão aprovará ou rejeitará os métodos de medição apresentados pelos Estados-Membros.

4. Se a Comissão rejeitar os métodos de medição apresentados por um Estado-Membro,

este apresentará à Comissão, para aprovação, métodos de medição revistos, nos termos dos nºs 1 a 3.

(12)

- 12 -

5. Os métodos de medição aprovados serão aplicados em todos os Estados-Membros até

à data especificada no artigo 8º da Directiva 2000/60/CE.

Artigo 9°

Medidas para prevenir ou limitar a descarga de poluentes nas águas subterrâneas Para além das medidas básicas previstas no nº 3 do artigo 11º da Directiva 2000/60/CE, os Estados-Membros garantirão que o programa de medidas para cada região hidrográfica inclua a prevenção das descargas indirectas em águas subterrâneas de quaisquer dos poluentes referidos nos pontos 1 a 6 do Anexo VIII dessa directiva.

Sem prejuízo das normas de qualidade estabelecidas noutros domínios para efeitos de protecção das águas subterrâneas, a presente disposição não se aplica:

a) às descargas de efluentes domésticos provenientes de estações de tratamento de habitações isoladas;

b) às descargas de outros poluentes em quantidades e concentrações tão reduzidas que se exclua qualquer perigo de deterioração da qualidade das águas subterrâneas; c) às descargas de água destinadas à recarga artificial das águas subterrâneas para fins

de gestão pública dos recursos hídricos subterrâneos.

As medidas previstas no segundo parágrafo só devem ser adoptadas quando as autoridades responsáveis dos Estados-Membros tenham verificado que as águas subterrâneas e, em particular, a sua qualidade se encontram sob monitorização.

As medidas previstas no presente artigo terão em conta as melhores práticas ambientais e a melhor tecnologia disponível.

Quando sejam permitidas as descargas indirectas e sempre que tal se revele oportuno, serão tidas em conta as fontes difusas que produzam um impacto nas águas subterrâneas.

(13)

A avaliação de importantes descargas directas e indirectas oriundas de sítios históricos contaminados é efectuada com base nas disposições nacionais aplicáveis. Os critérios de avaliação e de reabilitação desses sítios serão integrados no plano de gestão de bacia hidrográfica previsto no artigo 13º da Directiva 2000/60/CE. Os respectivos programas de acção devem prever um objectivo de reabilitação exequível mediante custos razoáveis, devendo, porém, no mínimo, impedir a continuação da disseminação da poluição. A presente disposição não prejudica o disposto nos nºs 4 e 5 do artigo 4º da Directiva 2000/60/CE.

Os Estados-Membros transmitem uma síntese das derrogações em suplemento aos programas de medidas elaborados nos termos do artigo 11° da Directiva 2000/60/CE.

Artigo 10° Medidas preventivas

As medidas preventivas referidas no artigo 9º incluirão a análise das condições hidrogeológicas da zona em questão, as possíveis capacidades de purificação do solo e subsolo e o risco de poluição e alteração da qualidade das águas subterrâneas devido à descarga, e estabelecerão se a descarga de substâncias para as águas subterrâneas é uma solução satisfatória do ponto de vista ambiental.

Artigo 11°

Princípio do poluidor-pagador

Nos termos do artigo 9º da Directiva 2000/60/CE, os Estados-Membros adoptarão medidas para imputar ao poluidor os custos da poluição das águas subterrâneas.

Se a produção ou a utilização de produtos comercializados no mercado interno for fonte de poluição das águas subterrâneas, a Comissão tomará medidas para aplicar a esta fonte de poluição uma taxa adequada e proporcional.

(14)

- 14 -

Artigo 12°

Investigação e divulgação

A Comissão, actuando em acordo com os Estados-Membros, fomentará a divulgação dos métodos já conhecidos para medir e calcular os parâmetros de descrição e controlo dos aquíferos e promoverá nova investigação para melhorar as tecnologias disponíveis para a monitorização e gestão das massas de água subterrâneas e respectiva qualidade, incluindo o que se refere aos ecossistemas das águas subterrâneas.

Artigo 13°

Protecção das estações termais e das fontes de águas medicinais

A Comissão e os Estados-Membros adoptarão uma metodologia comum para definir os espaços de protecção dos aquíferos que servem as estações termais e as fontes de águas medicinais, para que estes espaços de protecção sejam respeitados por ocasião do planeamento das actividades industriais e urbanas.

Artigo 14° Disposições transitórias

No período compreendido entre ...* e 22 de Dezembro de 2013, as investigações prévias e as autorizações ao abrigo dos artigos 4º e 5º da Directiva 80/68/CEE terão em conta as exigências dos artigos 3º, 5° e 7° da presente directiva.

Artigo 15° Adaptações técnicas

Os Anexos II e IV da presente directiva podem ser adaptados ao progresso científico e técnico nos termos do disposto no nº 2 do artigo 21º da Directiva 2000/60/CE, tendo em conta os prazos para a revisão e a actualização dos planos de gestão das bacias hidrográficas, previstos no nº 7 do artigo 13º da Directiva 2000/60/CE.

O Conselho estabelecerá uma metodologia comum para a classificação dos aquíferos na perspectiva da elaboração do programa Inspire. Para o efeito, os Estados-Membros começarão a recolher dados a partir da data de entrada em vigor da presente directiva.

(15)

Artigo 16° Transposição

Os Estados-Membros porão em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva até...*, informando imediatamente a Comissão desse facto.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas da referida referência aquando da sua publicação oficial. A definição das modalidades de tal referência incumbe aos Estados-Membros.

Artigo 17° Entrada em vigor

A presente directiva entra em vigor no vigésimo dia após a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo 18° Destinatários

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

Feito em ,

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho

O Presidente O Presidente

(16)

- 16 - ANEXO I

BOM ESTADO QUÍMICO - NORMAS DE QUALIDADE PARA AS ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS

A. Classificação e avaliação do estado das massas de água subterrâneas em risco

Após a apresentação dos resultados da avaliação e classificação dos diferentes pontos de monitorização, com base no disposto nos primeiro, segundo e terceiro parágrafos do artigo 3º da presente directiva, será efectuada a classificação da massa ou do grupo de massas de água subterrâneas consideradas em situação de risco, nos termos do artigo 5º da Directiva 2000/60/CE.

Os estudos requeridos para o efeito serão efectuados no aquífero superior.

B. Normas de qualidade para o bom estado químico

Poluente Normas de

qualidade1 ,2

Observações

Nitratos 50 mg/l

Ingredientes activos dos pesticidas, incluindo os seus metabolitos e os produtos de degradação e de reacção3

0,1 µg/l As normas de qualidade das águas subterrâneas aplicam-se a todas as massas de água subterrâneas, excepto nos casos em que as normas relativas à água potável no que diz respeito aos pesticidas e seus metabolitos relevantes sejam mais rigorosas do que 0,1 µg/l. Nestas zonas aplicam-se as normas relativas à água potável. A concentração total de pesticidas e dos seus metabolitos em todas as massas de água subterrâneas não excederá 0,5 µg/l. Concentrações de pesticidas/

metabolitos totais

0,5 µg/l

1 Se, para uma dada massa de água subterrânea, se considerar que as normas de qualidade das águas

subterrâneas podem estar na origem do não cumprimento dos objectivos ambientais especificados no artigo 4º da Directiva 2000/60/CE para as águas superficiais associadas ou provocar uma eventual diminuição da qualidade ecológica ou química dessas massas, ou eventuais danos significativos aos ecossistemas terrestres directamente dependentes da massa de água subterrânea, deverão ser

estabelecidas normas de qualidade das águas subterrâneas mais rigorosas, nos termos do artigo 5º e do Anexo IV da presente directiva.

2 O cumprimento das normas será avaliado nos termos do ponto 2.4.5 do Anexo V da Directiva 2000/60/CE, do artigo 6° da presente directiva e da legislação comunitária da qual resultam as normas.

3 Entende-se por pesticidas os produtos fitofarmacêuticos e os biocidas tal como definidos no artigo 2º da

(17)

ANEXO II

CRITÉRIOS COMUNS PARA O ESTABELECIMENTO DE NORMAS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA AVALIAR O ESTADO

QUÍMICO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

1. As normas de qualidade das águas subterrâneas serão determinadas pelos Estados-Membros com base nos seguintes elementos:

a) características da massa ou massas de água subterrâneas relativamente às quais serão aplicadas as normas de qualidade das águas subterrâneas;

b) as propriedades dos poluentes em causa; e c) a localização dos pontos de monitorização.

2. As normas de qualidade das águas subterrâneas correspondem à concentração de um poluente que, se for ultrapassada, poderá indiciar o risco de:

a) uma ou mais das condições fixadas no Quadro 2.3.2 do Anexo V da Directiva 2000/60/CE não estarem a ser cumpridas; ou

b) abastecimento de água potável não estar a ser protegido em conformidade com o artigo 7º da Directiva 2000/60/CE.

(18)

- 18 - ANEXO III

NORMAS DE QUALIDADE PARA OS POLUENTES DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Parte A.1: lista mínima de poluentes, para os quais os Estados-Membros devem estabelecer

normas de qualidade das águas subterrâneas nos termos do artigo 5º da presente directiva

Substância ou ião Observações

Amónio Arsénio Cádmio Chumbo Mercúrio Tricloroetileno Tetracloroetileno

Lista mínima de substâncias ou iões, que podem estar naturalmente presentes ou cuja presença resulte de actividades humanas.

Parte A.2: lista mínima de indicadores para os quais os Estados-Membros devem estabelecer

normas de qualidade das águas subterrâneas nos termos do artigo 5º

Substância Observações

Cloretos Sulfatos Alumínio

(19)

Parte B: informações a prestar pelos Estados-Membros relativamente à lista de poluentes para os quais foram estabelecidas normas de qualidade das águas subterrâneas

Nos termos do artigo 5º e do ponto 1 do Anexo II da presente directiva, para cada um dos poluentes que atribuem às massas de água subterrâneas a característica de águas em risco e

para as quais tenham sido introduzidas normas nacionais de qualidade das águas subterrâneas relativas ao bom estado químico, os Estados-Membros fornecerão, no mínimo,

as seguintes informações:

1. Informações sobre as massas de água subterrâneas caracterizadas por se encontrarem em risco

1.1 Informações sobre o número de massas de água subterrâneas caracterizadas por se encontrarem em risco, nas quais os poluentes a que são aplicáveis normas de qualidade

das águas subterrâneas a nível nacional contribuem para essa classificação;

1.2 Informações sobre cada uma dessas massas de água subterrâneas consequentemente caracterizadas por se encontrarem em risco, nomeadamente a respectiva dimensão, a relação entre a massa de água e as águas superficiais associadas e os ecossistemas terrestres dependentes, a utilização de águas subterrâneas para a obtenção de água

destinada ao consumo humano e, em caso de substâncias naturalmente presentes, os

níveis de concentração de fundo na massa de água subterrânea.

2. Informações sobre o estabelecimento de normas de qualidade das águas subterrâneas

2.1 As normas de qualidade das águas subterrâneas, quer se apliquem a nível nacional quer a nível da região hidrográfica ou a determinadas massas ou grupos de massas de água subterrâneas;

2.2 A relação entre as normas de qualidade das águas subterrâneas e, no caso das substâncias naturalmente presentes, os níveis de fundo observados.

Se o nível de fundo das substâncias naturalmente presentes nas águas subterrâneas não for conhecido, é fixado de acordo com as melhores estimativas dos especialistas.

(20)

- 20 - ANEXO IV

IDENTIFICAÇÃO E INVERSÃO DAS TENDÊNCIAS SIGNIFICATIVAS E PERSISTENTES PARA O AUMENTO DAS CONCENTRAÇÕES

1. Identificação de tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações

Os Estados-Membros identificarão as tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações tendo em conta os seguintes requisitos:

1.1 De acordo com a secção 2.4 do Anexo V da Directiva 2000/60/CE, o programa de monitorização será ajustado de modo a detectar eventuais tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações dos poluentes identificados ao abrigo

dos primeiro, segundo e terceiro parágrafos do artigo 3º, do artigo 5º e do Anexo I da

presente directiva.

1.2 O procedimento para a identificação de tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes será o seguinte:

a) o tratamento dos valores medidos no programa de monitorização basear-se-á numa análise das tendências segundo um processo estatístico com base na

média aritmética obtida no intervalo de amostragem nos pontos de monitorização de cada massa ou grupo de massas de água subterrâneas, calculados com base numa frequência de monitorização trimestral, semestral ou anual. É necessário

garantir que os pontos de monitorização sejam equivalentes;

b) para evitar distorções na identificação das tendências, todas as medições inferiores ao limite de quantificação serão, para efeitos de cálculo, consideradas como

metade do valor do limite de quantificação;

c) o número mínimo de valores (data values) e a duração mínima das séries temporais constam do quadro que se segue. As séries temporais não poderão ultrapassar seis anos;

Frequência da monitorização Número mínimo de anos Número máximo de anos Número mínimo de medições Anual 6 6 8 Semestral 5 6 10 Trimestral 5 6 15

(21)

d) Dever-se-á evitar a omissão de dois ou mais valores (data values) subsequentes e poderão impor-se requisitos suplementares ao sistema de amostragem para que os cálculos produzam resultados fiáveis.

1.3 Para a identificação das tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de poluentes naturalmente presentes ou cuja presença resulte de actividades humanas, tomar-se-ão em consideração os dados reunidos antes do início do programa de monitorização para efeitos de identificação de tendências no âmbito do primeiro Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica previsto no artigo 13º da Directiva 2000/60/CE.

1.4 O procedimento de identificação do ponto de partida para uma avaliação das tendências será estabelecido numa base temporal e, no mínimo, com base nos dados

de monitorização recolhidos nos termos do artigo 8º da Directiva 2000/60/CE. Neste caso, os pontos de referência corresponderão ao início do programa de monitorização.

Se existirem dados obtidos antes do início do programa de monitorização, esses dados deverão ser utilizados para estabelecer os pontos de referência para a identificação do ponto de partida da avaliação das tendências.

1.5 Do mesmo modo, realizar-se-á uma avaliação específica das tendências nas zonas em que existem massas de água subterrâneas com tendências significativas e persistentes para o aumento das concentrações de quaisquer dos poluentes identificados em conformidade com o artigo 5º da presente directiva que possam produzir efeitos adversos nos ecossistemas aquáticos associados ou nos ecossistemas terrestres dependentes, ou interferir com as utilizações actuais ou futuras das águas subterrâneas. 1.6 A identificação das tendências significativas e persistentes para o aumento das

concentrações de poluentes basear-se-á no procedimento para a avaliação do estado químico especificado no Anexo II da presente directiva.

1.7 Em caso de quantificação das massas de água subterrâneas, os Estados-Membros, em colaboração com os órgãos competentes das regiões hidrográficas, determinarão os balanços e níveis hídricos mediante a utilização de indicadores adequados, definidos com base nos dados históricos e redes de vigilância estabelecidas para o efeito.

2. Pontos de partida para a inversão das tendências

2.1 A inversão das tendências incidirá nas tendências que ameacem prejudicar as águas

subterrâneas, os ecossistemas aquáticos associados, os ecossistemas terrestres

directamente dependentes, a saúde humana ou as utilizações legítimas do meio

(22)

- 22 - 2.2 O quadro que se segue indica o número mínimo de medições, bem como a duração

mínima, expressa em anos, dos períodos de análise da inversão das tendências, e que dependerá da frequência de monitorização por que se opte em conformidade com a alínea c) do ponto 1.2 do presente anexo. Tais períodos não poderão ser superiores a

seis anos. Frequência da monitorização Número mínimo de anos Número máximo de anos Número mínimo de medições Anual 6 6 14 Semestral 10 6 18 Trimestral 10 6 30

2.3 Considerar-se-á que existe uma inversão de tendência se, na primeira secção, a curva de tendência for positiva e, na segunda secção, negativa. Para permitir uma avaliação fiável da inversão da tendência, deverá garantir-se que o número de valores recolhidos antes e depois da interrupção da série temporal corresponda à frequência da monitorização. 2.4 A decisão de inverter uma tendência basear-se-á também no significado ambiental do

aumento e da persistência deste aumento das concentrações de poluentes. Como valor recomendado, e em conformidade com o nº 4 do artigo 17º da Directiva 2000/60/CE, o ponto de partida para a inversão da tendência situar-se-á, no máximo, a 75% do nível das normas de qualidade previstas na Parte B do Anexo I da presente directiva e/ou das normas de qualidade das águas subterrâneas estabelecidas nos termos do artigo 5º da presente directiva.

2.5 Uma vez estabelecido um ponto de referência, nos termos do ponto 2.1 do presente anexo, esse ponto será utilizado para as massas de água subterrâneas caracterizadas por se encontrarem em risco e para a substância associada e não será alterado.

Referências

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