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Zilda Maria da Silva Borba ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL

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Universidade Federal de Alagoas

Unidade Acadêmica Centro de Ciências Agrárias

Zilda Maria da Silva Borba

ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE

Universidade Federal de Alagoas

Unidade Acadêmica Centro de Ciências Agrárias

Zilda Maria da Silva Borba

ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE

RIO LARGO-AL

Rio Largo, AL 2010

ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE

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Zilda Maria da Silva Borba

ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE

RIO LARGO-AL

Orientador: Prof. M. Sc. Aloisio Gomes Martins

Rio Largo, AL 2010

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada junto ao Curso de Agronomia da Universidade Federal de Alagoas, na área de concentração em Agronomia, como requisito parcial à obtenção do título Engenheira Agrônoma.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da minha vida e a Jesus Cristo meu maior amigo que tanto me ajudou em todos os momentos, principalmente, na conclusão deste curso.

Um agradecimento especial ás pessoas mais importante da minha vida, meus pais, que são os principais propulsores do meu sucesso intelectual e profissional, onde tenho experiências claras de que a simplicidade, a coragem e a dedicação são ferramentas essenciais para um profissional. E, a minha irmã pela paciência e ajuda.

Ao meu avô e amigo, João Borba Gouveia (In memória), que foi a pessoa que tive como modelo na escolha da minha carreira profissional.

Um carinho especial ao tio Antônio Itabira, que apesar de suas limitações é um exemplo de vida. Nada é impossível. Tudo é possível quando queremos conquistar os nossos objetivos. Obrigado!

Aos amigos de sala que conquistei pelos anos de convívio e em especial, Lourdes Regina Lopes.

Ao professor Abel, agradeço pelas informações dos dados do projeto de pesquisa executado no Ceca por sua disponibilidade e ajuda na autoria do projeto.

Ao meu professor Ailton Galvão que foi para mim pai, tio e amigo nas horas mais difíceis de minha vida, dando força, estimulo, principalmente as orações e por fazer parte da minha família, e o meu muitíssimo obrigado.

Ao professor Aloísio por haver me orientado na escolha do tema, deste TCC, que sempre esteve disponível em me ajudar fazendo suas criticas e sugestões que me foram muito salutares. O meu muito obrigado.

A professora Tânia, que tanto me ajudou e se preocupou comigo, quando no momento de minha dificuldade; sendo para mim um exemplo de vida. Sabendo ser muito mais do que uma orientadora, mais fazendo ás vezes de uma mãe. Com todo amor eu agradeço.

A professora Leila, que guardarei em meu coração o carinho o amor e a paciência em me ajudar para o êxito da conclusão deste curso. A quem dedico a minha eterna gratidão.

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A todos os professores que me enriqueceram com seus conhecimentos para a conquista da conclusão deste curso de agronomia. Deus os abençoe.

Dedico á meus avôs, Manoel Basílio da Silva e Maria de Lourdes da Silva (In memória), principalmente, a João Borba Gouveia e Zilda Pereira de Morais Gouveia (In memória), pelo estimulo, dedicação no trabalho profissional e, especialmente, pela experiência de vida.

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Zilda Maria da Silva Borba

ANÁLISE DOS DANOS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

CORTADEIRAS A CULTURA DA SOJA NO MUNICÍPIO DE

RIO LARGO-AL

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. M. Sc. Aloísio Gomes Martins Universidade Federal de Alagoas

Prof. M. Sc. José Ubaldo Lima de Oliveira Universidade Federal de Alagoas

M. Sc. Ailton Silva Galvão Universidade Federal de Alagoas

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RESUMO

BORBA, Z. M. S. Análise dos danos causados pelas formigas cortadeiras a

cultura da soja no município de Rio Largo-AL. Rio Largo: CECA/UFAL,

2010. 13p. (Trabalho de Conclusão de Curso).

A cultura da soja tem sido tradicionalmente, atacada por diversos insetos que se alimentam de folhas e vagens. Porém, a rápida expansão da cultura, substituindo os hospedeiros preferenciais, e a inevitável adaptação dos insetos à nova situação, tem favorecido o surgimento de outras pragas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi de avaliar os danos causados à cultura da soja (cultivada) em solos sem controle de formigas cortadeiras. O experimento foi instalado na área de agricultura do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, localizado no município de Rio Largo. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com dois tratamentos (plantas não atacadas e plantas atacadas por formigas cortadeiras), e dez repetições. Foram avaliados: altura da planta, número médio de vagem por planta, grãos por vagem e grão por planta e o peso médio de 100 grãos. Os resultados obtidos mostraram alto índice de dano causado por formigas cortadeiras em todos os parâmetros avaliados na cultura da soja.

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Sumário

1.INTRODUÇÃO ... 1 2.REVISÃO DE LITERATURA ... 2 2.1.Formigas cortadeiras ... 2 2.2. Cultura da soja ... 4 3.Materiais e métodos ... 6

3.1 – Localização e características da área ... 6

3.2 – Delineamento experimental ... 6

3.3 – Adubação ... 6

3.4 – Medições para vagens por planta, grãos por vagem e peso de 100 grãos ... 7

3.5 – Medições para altura, peso das vagens e peso dos grãos ... 7

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 8

4.1 – Produtividade ... 8

4.2 – Alturas da planta, peso das vagens (PV) e peso dos grãos (PG) ... 9

4.3 – Número de vagens por planta (NVP) e número de grãos por vagem (NGV) ... 9

4.4 – Peso de 100 grãos (g) ... 10

5.Conclusões ... 11

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1.INTRODUÇÃO

Considerada uma das principais pragas da agricultura, a formiga cortadeira causa altos prejuízos aos produtores. Entre elas, as saúvas são consideradas como as que maiores danos causam à atividade agrossilvipastoril. Elas atacam qualquer cultura (de pastagens a reflorestamentos) e têm característica de praga endêmica, não podendo ser exterminada, apenas controlada.

A preocupação com o ataque das formigas cortadeiras em lavouras brasileiras sempre esteve presente ao longo da historia econômica e social do país. Muitos historiadores afirmam que a causa para o nomadismo de alguns povos aconteceu por causa de severos ataques de saúvas as suas lavouras e, por falta de conhecimento para combatê-las, migravam para outras regiões com o intuito de solucionar o problema.

As formigas cortadeiras atacam folhas de plantas, causando grandes perdas e danos econômicos, especialmente nas fases de pré-corte e imediatamente após o plantio, ou no início da condução de brotação (UKAN, 2008).

As formigas dos gêneros Atta e Acromyrmex se destacam como as principais pragas do território brasileiro. Ambas cortam e transportam pedaços vegetais, de plantas nativas e cultivadas, para dentro dos formigueiros onde, em câmaras especiais (denominadas panelas), são utilizados como substrato para o cultivo de um fungo simbionte, do qual se alimentam (LOECK e GRÜTZMACHER, 2001).

Durante todo o seu ciclo, a soja é atacada por várias pragas, relacionou-se 328 espécies que relacionou-se alimentam nas lavouras ou nos grãos armazenados, porém, as formigas cortadeiras foram consideradas pragas secundárias, pois a predominância de uma espécie sobre a outra é função das condições ecológicas de cada região e da presença de seus inimigos naturais, que as mantém com populações abaixo do nível de dano econômico.

Observação: Assim, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar o nível de dano de formigas cortadeiras no cultivo da soja através da altura ,

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peso das vagens, peso dos grãos, numero de vagens por planta, número de grãos por vagens e peso de 100 grãos, no município de Rio Largo, AL.

2.REVISÃO DE LITERATURA

2.1.Formigas cortadeiras

As formigas cortadeiras situam-se dentro do Reino Animal, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Hymenoptera, Subordem Apocrita, Superfamília Formicoidea, Família Formicidae, Subfamília Myrmicinae e Tribo Attini (GALLO ET al., 2002). Segundo Loeck e Grützmacher (2001), este grupo de insetos é composto pelos gêneros Atta, Acromyrmex, e também por algumas espécies dos gêneros Trachymyrmex, Sericomyrmex e Apterostigma. A tribo Attini é encontrada somente na Região Neotropical e está distribuída entre o Sul da América do Sul e o Sul dos Estados Unidos.

Formigas cortadeiras são aquelas que possuem o hábito de cortar as folhas e outras partes de vegetais que servem de substrato para o crescimento de um fungo simbionte, a fim de garantirem a sua sobrevivência (FISHER ET al., 1994; CARLOS, 2008). O material cortado é transportado para o interior do formigueiro, para uma câmara exclusivamente destinada ao cultivo do fungo que serve de alimento para larvas e adultos (ANA, 2008).

As formigas são consideradas insetos sociais (eussociais), ou seja, realizam atividades complexas agrupadas em castas: fêmeas férteis (rainhas) e estéreis ápteras (operárias e soldados), e machos alados (reprodutores). Além disso, elas cooperam no cuidado dos jovens, havendo uma divisão reprodutiva do trabalho - indivíduos sem função reprodutiva trabalhando para o benefício dos férteis (SILVA e LOECK, 2006).

No momento que identificam uma fonte de material verde na qual tenham interesse, as formigas cortadeiras efetuam o corte e retornam ao ninho, batendo seus abdomens no solo e depositando um feromônio marcador de trilha a intervalos regulares de 2 ou 3 mm. Então, as outras operárias detectam o carreiro, tateando o solo com as antenas, até o local de coleta e retornam ao

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ninho repetindo a marcação, a fim de reforçar o caminho. Esta substância odorífera é insolúvel na água, sendo que a atividade de “baldear” folhas continua mesmo em solo molhado e durante as chuvas leves (MARICONI, 1979). Algumas espécies de formiga são bastante restritas na utilização somente de mono ou dicotiledôneas, o que indica a possibilidade de existir variabilidade genética entre os fungos que cultivam para seu alimento

(BORBA, 2007).

Elas causam grandes prejuízos à agricultura brasileira, pelo fato de atacarem praticamente todas as plantas cultivadas e estarem disseminadas por todo o território nacional, efetuando sua ação predadora durante todo o ano (LOECK e GRÜTZMACHER, 2001).

Em sauveiros, a diferenciação morfológica entre as operárias é bem mais visível do que nas quenquéns. Ambos os tipos de formigas cortadeiras apresentam castas permanentes e temporárias. As últimas, constituídas pelos alados, são responsáveis pela revoada ou vôo nupcial. Os machos alados, comumente denominados “bitus”, têm vida curta e morrem logo após fecundar as fêmeas aladas. Estas, por sua vez, são conhecidas vulgarmente como “içás”, “rainhas” ou “tanajuras”. Numa casta permanente, a exemplo de Atta (saúvas), encontramos uma fêmea áptera (rainha), fundadora do sauveiro e responsável pela reprodução da colônia de formigas, e, também, as inúmeras operárias, encarregadas de diversas tarefas na colônia (DELLA LUCIA et al., 1993b) – jardineiras, generalistas, forrageadoras e soldados (GALLO et al., 2002).

Nos soldados dessa espécie, a cabeça e o gáster não têm brilho e são mais ou menos pilosos. Além disso, ao se esmagar a cabeça dos soldados é exalado um cheiro que se assemelha ao do limão, por isso o nome saúva-limão Essas formigas cortam as folhas e os ponteiros tenros dos ramos, geralmente começando da parte superior das plantas, em direção à base, o que torna mais fácil o reconhecimento dos danos causados por elas (ANJO s et al, 1998).

Em função do desfolhamento as plantas perdem área fotossintética, o que, por sua vez, ocasiona reduções em seu desenvolvimento e, dependendo do nível de desfolha, também a morte das plantas (ANJO et al, 1998).

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2.2. Cultura da soja

A soja (Glycine Max (L.) Merril) é uma leguminosa herbácea anual cujo alto teor protéico de seus grãos (38%) em média, e sua fácil adaptação aos diversos tipos de clima e fotoperíodo, a colocam entre as principais oleaginosas do mundo (Bertrand ET al., 1987).

Conforme dados da EMBRAPA (2004), a soja pertence à classe das dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília Papilionoides. O sistema radicular é pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida e raízes secundárias em grande número, ricas em nódulo de bactérias Fhisobium Japonicum fixadoras de nitrogênio atmosférico. O caule herbáceo, ereto com porte variável de 0,60 cm a 1,50 m, é bastante ramificado, com os ramos inferiores mais alongados e todos os ramos formando ângulos variáveis com haste principal.Os frutos são vagens achatadas, pubescentes, de cor cinza, amarela palha ou preta, dependendo da variedade. Encerram duas a cinco sementes e nascem, geralmente, em agrupamento de três a cinco, de modo que se pode encontrar até 400 vagens por planta.

Esta cultura de origem asiática teve sua expansão no Brasil a partir da década de 50, se intensificando nos últimos anos em detrimento da queda da área cultivada com milho principalmente, e também devido a descoberta de novas fronteiras agrícolas situadas no Nordeste brasileiro (CATI, 2001).

A transformação industrial dos grãos da soja possibilita a obtenção do óleo, da torta (resíduo da trituração dos grãos) e de farinha e, a partir destes, produtos como: lecitina de soja, óleo alimentício, margarina, gorduras emulsionadas, leite de soja, queijo de soja, molho de soja e as proteínas vegetais texturadas (PVT), que são bastante utilizadas em substituição de carne (Bertrand et al., 1987).

Esta cultura sempre teve consigo uma elevada carga de tecnologia para o seu cultivo (DEUBER, 1997), o que impulsionada pela expansão contínua do mercado consumidor interno e externo, pressionou o crescimento da área cultivada e da produção. Com uma produção de 41,50 milhões de toneladas e crescimento de mais de 12% na safra de 2002, o Brasil se encontrava no segundo posto de produtor mundial de soja, ficando somente atrás da

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produção dos Estados Unidos da América com cerca de 77,80 milhões de toneladas (Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2003).

Nota-se que os números de produtividade das últimas safras têm-se elevado, devido principalmente ao desenvolvimento tecnológico empregado no manejo desta cultura, isso fica demonstrado pelo constante crescimento do número de pesquisas relacionadas à cultura da soja e suas inúmeras interações, variando desde o desenvolvimento genético de sementes até a melhoria das colheitadeiras, passando pelo controle de pragas e doenças, quesito este de suma importância, uma vez que, atinge diretamente o custo de produção e a produtividade em si, o que torna a cultura da soja uma das lavouras agrícolas mais estudadas no País (COSTA & BORÉM. 2003).

A cultura da soja é acometida por uma série de insetos-praga ao longo do seu ciclo de desenvolvimento. Esses insetos causam danos principalmente nas folhas e nos grãos, por outro lado, felizmente, eles possuem uma série de inimigos naturais, que atuam realizando o controle biológico, contribuindo para a redução dos níveis populacionais desses insetos (ARAÚJO, 2001).

Embora esses insetos tenham suas populações reduzidas por predadores, parasitóides e doenças, em níveis dependentes das condições ambientais e do manejo de pragas que se pratica, quando atingem populações elevadas, capazes de causar perdas significativas no rendimento da cultura, necessitam ser controlados (AGRIANUAL, 2001).

A identificação correta das pragas, o conhecimento dos seus inimigos naturais, dos procedimentos necessários para o monitoramento e dos níveis de controle indicados, são aspectos importantes para um manejo eficiente das pragas que danificam a cultura da soja (DALL’AGNOL,2002).

As pesquisas atuais norteiam a tendência futura, concentrando-se na elevação da produtividade da soja brasileira. Para isto, têm-se intensificado as pesquisas na área de controle de pragas em busca de adequações de manejo para cada condição de produção, utilizando para isto, sistemas como plantio direto e técnicas inseridas nesta dinâmica, como a sucessão de culturas associada ao controle químico como sendo o principal agente supressor da infestação (BALOTA et al, 2003).

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3.Materiais e métodos

3.1 – Localização e características da área

O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (UFAL),localizado no município de Rio Largo – AL. O solo da área é classificado como Latossolo Amarelo Coeso Argissólico, com textura média argilosa (Costa, 2003) .

3.2 – Delineamento experimental

A soja foi plantada em uma área de 15 m x 60 m.

Neste campo, verificou-se forte ataque de formigas cortadeiras na terceira semana após a emergência. Para avaliação deste dano utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com dois tratamentos: A - Plantas não atacadas por formigas cortadeiras e B – Plantas atacadas por formigas cortadeiras, com dez repetições e cada amostra foi constituída por duas plantas.

3.3 – Adubação

A adubação foi calculada com base na analise química do solo (Tabela 01), Sendo utilizado: 40 kg de N, 40 kg de P2O5 e 60 k20 kg/ha. Para chegar a esse nível de adubação, foi feita a seguinte mistura: 6 kg sulfato de amônia; 6,7 kg de super fosfato simples e 3 kg de cloreto de potássio. Essa mistura foi utilizada em uma área de 300 m², igualmente distribuída em todas as parcelas, sendo aplicada a uma profundidade de 3 a 5 cm abaixo das sementes.

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Tabela 01- Resultados da analise química do solo da área experimental de

agricultura do Centro de Ciências Agrárias, na região de Rio Largo – Alagoas.

Determinações Unidades Resultados Determinações Unidades Resultados

Ph 6.06 H + Al meq/100ml 1.5 P ppm 78.37 S meq/100ml 4.61 K ppm 53 T meq/100ml 6.11 Na ppm 16 V % 75.43 Ca + Mg meq/100ml 4.4 M % 2.33 Al meq/100ml 0.11

3.4 – Medições para vagens por planta, grãos por vagem e peso de 100 grãos

Durante a colheita, em cada parcela, foram amostradas duas plantas para a determinação do número médio de vagens por planta, grãos por vagem e grão por planta. O peso médio de 100 grãos foi determinado a partir da pesagem de três amostras de 100 grãos retirados do total produzido de cada parcela útil, somadas todas as medias dentro dos tratamentos obteve-se um peso médio em gramas.

3.5 – Medições para altura, peso das vagens e peso dos grãos

A altura foi definida como a maior medida vertical, a partir do solo. O peso das vagens foi definido com todas as vagens, igualmente ao peso dos grãos, em que todos foram considerados.

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4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 – Produtividade

Houve redução em torno de 50% no rendimento das plantas atacadas por formigas cortadeiras em relação ao potencial agrícola apresentado pela cultura da soja que não sofreu ataque de formigas (Figura 1). O potencial de danos é grande, pois se o ataque da praga ocorrer no início do estádio vegetativo, o dano é irreversível, ocorrendo à morte da planta e diminuição da população, o que pode acarretar perda total da área infestada.

Hoffmann-Campo (1999), em seu estudo com Sternechus subsignatus (O bicudo, cascudo ou tamanduá-da-soja, como é popularmente chamado o coleóptero da família Curculionidade, S. subsignatus, é um inseto oligófago, cuja alimentação é restrita a apenas algumas espécies de leguminosas. Inicialmente, o inseto foi considerado praga de feijão e, mais tarde, praga esporádica ou secundária da soja) constatou que o ataque de pragas em qualquer estádio de desenvolvimento da soja é relevante, resultando em decréscimo de produção, chegando a danos irreparáveis.

Figura 1. Produtividade da cultura da soja (Kg.ha -¹), determinada em

função dos tratamentos utilizados 1,9 1,95 2 2,05 2,1 2,15

Planta não atacadas Plantas atacadas

P ro d u ti vi d ad e (k g / h a)

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4.2 – Alturas da planta, peso das vagens (PV) e peso dos grãos (PG) De acordo com a análise de variância dos dados (Tabela 2), a altura, peso das vagens e peso dos grãos foram afetados pelo ataque de formigas, em níveis de 1% e 5% de probabilidade, demonstrando através do teste Tukey que tal praga afeta de forma significativa os parâmetros analisados.

Tabela 2. Altura Média de plantas, peso das vagens (PV) e peso dos grãos (PG)

submetidos ao Teste Tukey de probabilidade.

Tratamento Altura (cm) PV (gr) PG (gr)

A- Plantas não atacadas 55.4000 a 7.5616 a 6.6383 a B- Plantas atacadas 26.2000 b 5.8212 b 4.7403 b

F ** * *

CV (%) 10.01 20.39 20.14

*C.V.: Coeficiente de variação

**Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey

Quanto a altura , foi verificado que no tratamento A, as plantas foram 47,29% superiores.

4.3 – Número de vagens por planta (NVP) e número de grãos por vagem (NGV)

Através do teste Tukey ( tabela 3), o número de vagens por planta e número de grãos por vagem não apresentaram diferenças significativas, entretanto, pode-se observar que os melhores índices de medias são os referentes a plantas não atacadas, ressaltando o efeito negativo que as formigas cortadeiras proporcionam a cultura da soja.

Tabela 3. Medias de Número de vagens por planta (NVP) e número de grãos por

vagem (NGV) submetidos ao Teste Tukey a 5% de probabilidade.

Tratamento NVP NGV

A - Plantas não atacadas 9.6347 A 14.2937 A

B- Plantas atacadas 8.3566 A 11.8094 A

F ** *

CV (%) 19.74 20.21

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4.4 – Peso de 100 grãos (g)

Os resultados diferem a 5% de probabilidade através do teste Tukey (Tabela 3) , onde a soja cultivada na ausência de formigas cortadeiras apresenta maior massa de sementes (21,60 g), em relação ao tratamento em que há presença de formigueiros (17,70 g), o que reafirma o propósito que as formigada cortadeiras são pragas chaves em cultivos.

Neste caso, observou-se que o peso de 100 grãos variou em 21,23% entre os tratamentos. Significando que o ataque das formigas reduziu a massa dos grãos da soja.

Tabela 3. Médias do Peso de 100 grãos (g), submetidos ao Teste Tukey a 5%

de probabilidade.

Tratamento Peso de 100 grãos

A - Plantas não atacadas 21.6000 A

B- Plantas atacadas 17.7000 B

F *

CV (%) 6.17

*C.V.: Coeficiente de variação

**Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey

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5.Conclusões

Formigas cortadeiras são consideradas pragas chaves para a cultura da soja no município de Rio Largo Alagoas, pois acarretam na diminuição da população de plantas dando origem a severo declínio de produtividade.

As formigas cortadeiras provocaram redução de: a) 47,29 % da altura da soja;

b) 29,90 % no peso das vagens; c) 39,87 % no peso dos grãos;

d) 15,32 % no número de vagens por planta; e) 21,10 % no número de grãos por vagem; f) 21,23 % no peso de 100 grãos (g).

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6.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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