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Estudo comparativo do desempenho do WHOQoL-HIV-Bref e do

HIV/AIDS - target quality of life na avaliação de qualidade de vida de

indivíduos que vivem com HIV/AIDS

Comparative study of the performance of WHOQOL-HIV-Bref and HIV/AIDS-target quality

of life in the quality of life evaluation of individuals living with HIV/AIDS.

Karoline Bunn Borba1, Rochele Farioli Bertoni1, Kátia Regina de Bona Porton Fratoni2, Jane da Silva3, Jefferson Traebert4

ARTIGO ORIGINAL

Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar qualidade de vida obtida por intermédio de dois diferentes instru-mentos, HAT-QoL e WHOQOL-HIV-Bref, em pacientes do Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, Brasil. Realizou-se um estudo transversal. Os parâmetros uti-lizados para o tamanho amostral foram: erro tipo I de 5%, erro tipo II de 20%; diferença esperada do desfe- cho entre os grupos de 10%, resultando em uma amos-tra de 102 indivíduos selecionados por conveniência. Os dados foram coletados aplicando-se questionários contendo questões relacionadas ao perfil sociodemo-gráfico, tempo de tratamento e tempo de infecção. Para a observação da qualidade de vida foram utilizados os instrumentos WHOQoL-HIV-Bref e HAT-QoL. Os dados foram analisados descritivamente e os resultados dos dois instrumentos foram comparados por meio da aná-lise de correlação de Pearson. A taxa de resposta foi de 58,8%. Do total, 51,7% era do sexo masculino; a média de idade era 41,5 anos. Metade dos pacientes afirma-ram estar vivendo com companheiro(a). Cerca de 48% dos pacientes avaliaram sua saúde como boa e 68,3% não se consideravam doente. Os resultados mostraram ainda que a forma mais comum de infecção foi sexo realizado com parceiro masculino. Obteve-se um coe-ficiente de correlação positiva substancial (r=0,639) na qualidade de vida observada por intermédio dos dois instrumentos utilizados. Pôde-se concluir que os ins-trumentos HAT-QoL e WHOQOL-HIV-Bref apresentaram 1. Acadêmicas do Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina  - UNISUL. 2. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Univer-sidade do Sul de Santa Catarina. 3. Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina. 4. Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina. resultados semelhantes, sendo ambos os instrumentos facilmente aplicáveis. Descritores: Qualidade de Vida. HIV. Síndrome da Imu-nodeficiência Adquirida.

Abstract

The aim of this study was to compare the aspects of quality of life measured through two instruments: HAT-QoL and WHOQOL-HIV-Bref the patients of the ambulatory of STD/AIDS of São José, SC, Brazil. A cross-sectional study was conducted. Parameters for sample size calculation were: error type I of 5%, error type II of 20% and a difference in prevalence between groups of 10% resulting in 102 individuals, selected by con-venience. Quality of life data were collected through WHOQoL-HIV-Bref and HAT-QoL questionnaires and were analyzed descriptively and for comparison pur- poses the results of both instruments were analyzed us-ing the Pearson’s correlation coefficient. The response rate was 58.8%. Of the total, 51.7% of subjects were male and the mean age was 41.5 years; half of patients said they were living actually with a partner. About 48% of patients rated their health as good and 68.3% did not considered themselves as ill. The results showed that the most common form of infection was perform-ing sex with male partners. It was obtained a substantial positive correlation coefficient (r = 0.639) in the qual-ity of life observed by the two instruments. It could be concluded that the instruments HAT-QoL and WHO-QOL-HIV-Bref presented similar behavior in measuring quality of life. Both instruments were easily applicable. Keywords: Quality of life. HIV. Acquired Immunodefi-ciency Syndrome.

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Introdução

O processo de vulnerabilidade social a que a maio- ria da população brasileira está exposta e o consequen-te agravamento das diferenças sociais aumenta, cada vez mais, a exposição das pessoas à infecção pelo HIV. Vulnerabilidade significa não ter meios para se prote- ger; não ter acesso aos cuidados com a saúde, à edu-cação, trabalho; não ter fonte de renda, moradia; não ter liberdade para escolher ou propor. O conceito de vulnerabilidade mostra, também, a relação crítica entre discriminação social e risco para o HIV, resultante de condições socioeconômicas e culturais(1,2). Salienta-se,

principalmente, a vulnerabilidade do jovem(3).

Estima--se, atualmente, que cerca de 50% das novas infecções pelo HIV no mundo estejam ocorrendo na adolescência. Conforme dados do Ministério da Saúde, 70% dos ca-sos estão na faixa de 20 aos 39 anos(1). O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a adotar a política de distribuição gratuita e universal de medicação antirretroviral (TARV), tanto pela alta preva-lência da Aids quanto pelo grande investimento feito pelo Estado brasileiro para lidar com esse problema(4). Esse direito é assegurado pela lei nº 9.313/1996. Atu- almente, cerca de 170 mil pacientes soropositivos rece-bem estes medicamentos no Brasil, gerando um gasto anual de aproximadamente US$ 450 milhões(5). A pro-dução nacional de medicamentos é apresentada como estratégia fundamental para a manutenção do progra-ma de distribuição(6). No período de 1995-2000, com a administração da TARV foi constatada uma redução de aproximadamen-te 54% do número de óbitos por Aids no município de São Paulo e de 73% no Rio de Janeiro. No que diz respeito à redução dos custos das internações hospi-talares e diminuição dos custos com o tratamento das infecções oportunistas, a estimativa é da ordem de US$ 677 milhões para o período 1977-2000(7). Para

gestan-tes e crianças expostas ao HIV, a adoção universal da TARV evitou cerca de 6.000 novos casos em crianças brasileiras nascidas no período de 1997 a 2001(8).

Apesar disso, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, a taxa de mortalidade por Aids no município de São José, na região da Grande Flo-rianópolis, é a terceira maior no Estado(9). A inexistência de cura para doenças crônicas, den-tre elas o HIV/Aids, tem evidenciado a mensuração da qualidade de vida (QV) como imprescindível para a ava-liação de estratégias de tratamento e custo/benefício. É ferramenta importante para direcionar a distribuição de recursos e a implementação de programas de saú-de, os quais por sua vez, podem privilegiar não só os aspectos físicos, mas também aqueles relacionados às dimensões psíquicas e sociais dos indivíduos afetados, possibilitando à equipe de saúde planejar um cuidado integral(10). A Organização Mundial da Saúde (OMS), em estudo multicêntrico com o objetivo elaborar um instrumento que avaliasse a QV em uma perspectiva internacional e transcultural, englobou seis diferentes domínios: saúde física, estado psicológico, níveis de dependência, rela-cionamento social, características ambientais e padrão espiritual. Um dos instrumentos resultantes foi o WHO-QoL-HIV-Bref para avaliar a QV em portadores de HIV/ Aids(11) validado no Brasil por Fleck et al(12).

Por sua vez, Holmes & Shea(13) propuseram o

instru-mento HIV/AIDS-Target Qualityof Life (HAT-QoL), basea-do em nove domínios: funções gerais, funções sexuais, problemas de comunicação, preocupações com a saú- de, preocupações financeiras, aceitação sobre o HIV, sa-tisfação com a vida, preocupações com medicamentos e confiança no serviço de saúde. Esse instrumento foi recentemente validado para uso no contexto brasilei-ro(14). Desconhece-se, até o momento, a existência de

estudos comparativos entre os dois instrumentos su-pracitados, o que justificaria a realização do presente estudo. A hipótese conceitual desse estudo residiria na comparação e evidenciação de eventuais discrepâncias entre os resultados de avaliação da QV em função do instrumento de pesquisa. Além disso, poderia ser um estímulo a estudos sobre QV em outros serviços ou mu-nicípios, para avaliar qual o melhor questionário para a situação local, buscando-se identificar diferenças regionais das características da QV dos pacientes com DST/Aids brasileiros.

O objetivo dessa pesquisa é comparar os resultados da avaliação da qualidade de vida de portadores HIV/ Aids mensurados por intermédio do Target Qualityof Life (HAT-QoL) e o WHOQoL-HIV-Bref, bem como observar a aplicabilidade de ambos os instrumentos.

Métodos

Foi realizado um estudo transversal no município de São José, SC onde o Programa de DST/Aids conta com aproximadamente 800 pacientes cadastrados atual- mente. A autorização para sua realização foi obtida jun-to à coordenação do Programa. Para o cálculo do tamanho da amostra, foi considera- da a seguinte hipótese a ser testada: há diferenças sig- nificativas na QV em função do instrumento de mensu-ração utilizado? Os parâmetros utilizados para cálculo do tamanho amostral foram os seguintes: erro tipo I de 5%, erro tipo II de 20%; diferença esperada do

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des-fecho entre os grupos de 10%. Isso resultou em uma amostra de 102 indivíduos. A técnica para seleção da amostra foi não probabilís- tica por conveniência na qual foram convidados a par-ticipar os indivíduos que foram ao ambulatório durante a semana em ambos os turnos em um período de um mês, para consulta médica de controle e/ou para busca de medicamentos antirretrovirais. Foram incluídos no estudo, pacientes adultos com idade igual ou superior a 18 anos, com Termo de Consentimento e Esclarecido assinado. Todos os participantes tinham diagnóstico de HIV confirmado e em acompanhamento ambulatorial há pelo menos quatro meses. Este período correspon-de ao primeiro atendimento dos pacientes, seguido da realização do teste sorológico que faz conhecer o diag-nóstico. Foram excluídos da pesquisa pacientes com estado clínico que impedisse a realização da entrevista e pacientes que não quiseram participar do estudo ou que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Os dados foram coletados por intermédio da aplica-ção de questionários estruturados mediante entrevis-ta por dois entrevisentrevis-tadores previamente capacientrevis-tados, contendo questões relacionadas ao perfil sócio-demo-gráfico. Para a observação da QV foram utilizados os questionários WHOQoL-HIV-Bref e HAT-QoL.O tempo de tratamento e tempo de infecção pelo HIV foram obtidos no prontuário médico. A variável dependente deste estudo foi percepção da QV nos dois grupos estudados (WHOQoL-HIV-Bref e HAT-QoL) considerando o tercil inferior da distribuição dos valores das distribuições obtidas. As variáveis inde- pendentes foram: idade, gênero, condição marital, esco-laridade, renda familiar, tempo de infeção e tempo de tratamento. Os dados coletados foram analisados com a ajuda do software SPSS 16.0. Primeiramente foi rea-lizada a análise descritiva dos dados. Utilizou-se, para a observação da normalidade das variáveis o teste de

Kolmogorov-Smirnov. Para análise de correlação entre os resultados obtidos por ambos os instrumentos foi utilizado os coeficiente de correlação de Pearson.

Todos os pacientes foram informados sobre os obje-tivos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, redigido de acordo com exigências da Resolução nº196/1996 do Conselho Nacional de Saúde. Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP/ UNISUL nº 09.028.4.01.III.

Resultados

Foram convidados a participar da pesquisa 102 pa-cientes. Deste total, 42 se recusaram a participar. Foram

aplicadas entrevistas a 60 indivíduos, proporcionando uma taxa de resposta de 58,8%. Do total, 51,7% dos indivíduos eram do sexo masculino e a média de idade foi 41,5 anos (DP=11,6 anos), sendo que metade dos pacientes afirmaram estar vivendo com companheiro(a) (Tabela 1).

No que diz respeito à avaliação geral da qualidade de vida e a percepção de saúde (questões 1 e 2 do

WHOQoL-HIV-Bref, respectivamente) 48,3% dos pa-cientes avaliaram sua saúde como boa e 68,3% não se consideravam doentes. Os resultados mostraram, ainda, que a maioria dos indivíduos realizou o primeiro teste de HIV a partir do ano 2000 e a forma mais co- mum de infecção foi sexo realizado com parceiro mas-culino (Tabela 2).

Encontraram-se valores médios da avaliação da qualidade de vida de 43,40 (DP=11,35) utilizando-se o

HAT-QoL

e de14,11 (DP=2,36) utilizando-se o WHOQoL--HIV-Bref . Outras informações descritivas são observa-das nas Tabelas 3 e 4, respectivamente.

Ambas as distribuições dos resultados dos instru- mentos aplicados mostraram-se normais e sua correla- ção, por intermédio do coeficiente de Pearson, foi con-siderada positiva substancial (r=0,639) (Figura 1).

Discussão

Houve um discreto predomínio de questionários respondidos por indivíduos do sexo masculino (51,7%), assim como em estudos anteriores(9,15)

. Em estudo reali-zado em Itajaí, SC, a diferença entre homens e mulheres entrevistados também foi muito pequena(16). Embora

esse não seja um estudo de investigação epidemioló-gica e sim sobre demanda de atendimento, é possível que essa pouca diferença ocorra devido a uma queda na taxa de incidência da epidemia nos homens e à esta-bilização nas mulheres.

Em relação à autopercepção sobre a QV a maioria dos pacientes classificou-a como sendo muito boa ou boa (66,6%) e 68,3% não se consideravam doentes. Esses dados corroboram os obtidos no estudo realiza-do em Itajaí, que aponta que as pessoas que se sen-tem saudáveis referem melhor qualidade de vida(16). Em

estudo de avaliação entre pacientes em diferentes es- tágios da doença, realizado no Brasil, aqueles sintomá-ticos ou com Aids referiram pior qualidade de vida no domínio psicológico. Isto denota que a progressão da doença, ou seja, maior severidade e pior percepção de saúde podem estar relacionadas com a pior percepção de QV quando comparada aos pacientes

assintomáti-cos(17,18). Além disso, a maior parte dos pacientes

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que a terapia antiretroviral (TARV) foi assegurada por lei e campanhas para controlar a epidemia ocorreram a partir de 1996. Também, através da TARV, proporciona-da pelo Ministério da Saúde, os pacientes têm maiores chances de controlar a doença e manterem-se assinto-máticos.

Percebeu-se que a grande maioria dos pacientes adquiriu o vírus em relações sexuais (81,7%) tanto homossexuais quanto heterossexuais e apenas 6,7% dos pacientes tiveram contágio através do uso de dro-gas injetáveis. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, o estado já apresentou o mais elevado percentual de casos de Aids entre usuários de drogas injetáveis no país(9).

Os resultados apresentados pelos instrumentos uti-lizados nesse estudo, ao serem submetidos a teste de correlação, mostraram uma correlação positiva subs-tancial (r=0,639). Esse índice de correlação elevado demonstra que ambos comportaram-se de maneira se-melhante na avaliação da QV dos pacientes. Em estudo para validar a versão brasileira do instrumento HAT-QoL, o índice de correlação com o instrumento

WHOQOL--HIV-Bref foi ainda mais forte (r=0,824)(14).

Outros estudos correlacionaram o instrumento HAT--QoL com o Medical Outcomes Study HIV Health Survey (MOS-HIV) e com o Medical Outcomes Study 36-Item

Short-Form Health Study (SF-36)(13,19). Contudo, ambos

mostraram correlação entre os domínios dos instru-mentos e não entre os instrumentos como um todo.

A principal limitação desse estudo reside na baixa taxa de resposta, o que pode induzir a vieses. Sabe-se que os dados dos não-respondentes podem ser dife-rentes dos respondentes o que poderia interferir no comportamento do desfecho estudado. Assim, os re-sultados do presente estudo devem ser considerados com cautela e não devem ser extrapolados para outras populações. Assim recomenda-se a realização de outros estudos com amostras maiores e representativas com o intuito de confirmar os resultados encontrados neste estudo. Além disso, outros estudos comparativos rela-cionados à qualidade de vida devem ser realizados em diferentes locais para possibilitar o conhecimento so-bre a percepção dos pacientes que vivem com HIV/Aids.

Conclusão

Pôde-se concluir que os instrumentos HAT-QoL e

WHOQOL-HIV-Bref comportaram-se de forma semelhan-te na avaliação da qualidade de vida dos pacientes com HIV/Aids do Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, sendo ambos os instrumentos facilmente aplicáveis.

Referências

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Tabelas e figura

Tabela 1: Distribuição dos indivíduos segundo variáveis sócio-demográficas. Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, 2009/2010 (n=60). VARIÁVEL n % SEXO* Masculino Feminino 3128 51,746,7 IDADE (anos) 20 – 30 31 – 40 41 – 50 51 – 60 61 – 70 > 80 11 16 23 6 3 1 18,3 26,8 38,3 10,1 5,1 1,7 VARIÁVEL n % GRAU DE ESCOLARIDADE Nenhum 1º Grau Completo 2º Grau Completo 3º Grau Completo 11 31 15 3 18,3 33,3 25,0 5,0 ESTADO CIVIL Solteiro Casado Vivendo como casado Separado Divorciado Viúvo 20 11 19 3 4 3 33,3 18,3 31,7 5,0 6,7 5,0 *Perda de informação. Tabela 2: Auto-avaliação de saúde dos indivíduos e aspectos relacionados à infecção dos pacientes. Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, 2009/2010 (n=60). VARIÁVEL n %

QUALIDADE DE VIDA GERAL Nem ruim, nem boa Boa Muito Boa 20 29 11 33,3 48,3 18,3 PERCEPÇÃO GERAL DE SAÚDE*

Percebe-se como doente Não se percebe como doente 1841 30,068,3 ESTÁGIO DO HIV* Assintomático Aids 40 15 66,7 33,3 ANO DO PRIMEIRO TESTE DE HIV

1990 – 1995 1996 – 2000 2001 – 2005 2006 – 2010 7 14 22 17 11,7 23,4 36,7 28,4 FORMA DE INFECÇÃO Sexo com parceiro masculino Sexo com parceira feminino Injetando drogas Derivados de sangue Outro Não sabe 31 18 4 2 1 4 51,7 30,0 6,7 3,3 1,7 6,7 *Perda de informação. Tabela 3: Valores descritivos dos domínios da escala de qualidade de vida HAT-QoL. Ambulatório de DST/ Aids de São José, SC, 2009/2010.

Domínios Itens n* Média DP Mínimo

Atividades gerais 7 59 62,65 22,29 3,57 Atividade sexual 3 57 51,90 21,88 0,00 Preocupação com o sigilo 5 58 52,24 29,52 0,00 Preocupação com a saúde 5 56 54,11 31,34 0,00 Preocupação financeira 4 60 48,64 26,69 0,00 Conscientização sobre o HIV 3 60 54,58 24,47 0,00

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Endereço para correspondência: Prof. Dr. Jefferson Traebert Universidade do Sul de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Av. José Acácio Moreira, 787 Tubarão, SC CEP 88704-900 E-mail: jefferson.traebert@gmail.com

Domínios Itens n* Média DP Mínimo

Satisfação com a vida 8 59 25,05 25,52 0,00 Questões relativas à medicação 4 52 45,07 45,07 0,00 Confiança no médico 3 60 4,86 12,11 0,00 HAT-QoL médio 42 43 43,40 11,35 23,45

Domínios P25 Mediana P75 Máximo

Atividades gerais 42,86 67,86 82,14 100,0 Atividade sexual 33,33 50,00 66,67 100,0 Preocupação com o sigilo 25,00 57,50 75,00 100,0 Preocupação com a saúde 26,25 57,50 80,00 100,0 Preocupação financeira 25,00 50,00 68,75 100,0 Conscientização sobre o HIV 33,33 58,33 66,67 100,0 Satisfação com a vida 3,12 18,75 37,50 93,75 Questões relativas à medicação 37,50 50,00 50,00 100,0 Confiança no médico 0,00 0,00 0,00 58,33 HAT-QoL médio 35,25 44,56 51,67 69,74 * Número de pacientes. DP = Desvio padrão. P25 = Percentil 25. P75 = Percentil 75. Tabela 4: Valores descritivos dos domínios da escala de qualidade de vida WHOQoL-HIV-Bref. Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, 2009/2010.

Domínios Itens n* Média DP Mínimo

Físico 4 59 14,03 3,07 8,00 Psicológico 5 60 17,17 28,37 5,60 Nível de Independência 4 60 14,40 5,47 5,00 Relações Sociais 4 59 14,49 2,94 7,00 Meio Ambiente 8 60 13,50 2,15 9,00 Espiritualidade/ Religião/Crenças Pessoais 4 59 15,00 3,46 7,00 WHOQoL-HIV-Bref médio 29 58 14,11 2,36 8,85

Domínios P25 Mediana P75 Máximo

Físico 12,00 14,00 16,00 20,00

Psicológico 12,00 13,60 16,00 232,00

Nível de Independência 11,25 14,00 16,00 47,00

Relações Sociais 13,00 15,00 16,00 22,00

Meio Ambiente 12,00 13,50 15,00 18,50

Domínios P25 Mediana P75 Máximo

Espiritualidade/ Religião/Crenças Pessoais 13,00 15,00 18,00 22,00 WHOQoL-HIV-Bref médio 12,51 14,30 16,03 19,08 * Número de pacientes. DP = Desvio padrão. P25 = Percentil 25. P75 = Percentil 75. Figura 1: Correlação entre os resultados dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida em pacientes com HIV/Aids HAT-QoL e WHOQoL-HIV-Bref. Ambulatório de DST/Aids de São José, SC, 2009/2010.

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