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CPV conquistou 231 vagas no insper Jun 2010

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Texto

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1

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R

Esolvida

– I

nsper

– 15/

novembro

/2010

Utilize o texto abaixo para responder aos testes 01 a 03.

O que as câmeras ainda não mostram

Os bisbilhoteiros virtuais se refestelaram na semana passada, quando chegou ao Brasil o Google Street View, serviço que coloca na tela do computador fotos em 360 graus das ruas de, por enquanto, 51 municípios brasileiros. Em sua maioria, as primeiras pesquisas feitas por brasileiros se concentraram na busca do próprio endereço, da sede do trabalho, da casa da namorada. E houve também muita gente que passou horas procurando imagens bizarras ou engraçadas captadas pelo programa. Passada essa primeira onda de voyeurismo, comum em todos os países que já contam com o serviço, começam a aparecer outras utilidades. Num futuro não muito distante, o internauta brasileiro vai poder planejar suas férias, adquirir um imóvel ou visitar um museu por meio da ferramenta.

O Street View faz parte de outro produto da empresa, o Google Maps. Bem mais detalhista que seu irmão maior, permite ao usuário navegar pelas ruas, com uma visão de todos os pontos cardeais, do chão e do céu. É como se você andasse até a porta de um prédio, admirasse sua fachada, comparasse com a dos vizinhos etc., num passeio em que o mouse cumpre a função das pernas. Lançada em maio de 2007, a ferramenta originalmente cobria cinco grandes cidades nos EUA e seus arredores. Hoje, se estende a todo território americano, assim como à maior parte do Canadá, Japão, Austrália e vários países europeus. No Brasil, até agora apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e cidades vizinhas dessas capitais foram fotografadas pelos carros do Google. (...)

Muitos varejistas se animaram com a possibilidade de ter seus estabelecimentos fotografados pelas poderosas câmeras do produto. Seria a chance de, num primeiro momento, o cliente fazer um passeio virtual para depois fechar uma compra real e feita de forma presencial. Atualmente isso esbarra em dois problemas. O primeiro é que o programa não é ao vivo. As imagens são coletadas em média um ano antes de irem ao ar. Ou seja, quando o visitante entrasse na loja, as prateleiras estariam desatualizadas. O outro problema é o fato de que, segundo a empresa, a produção de fotos de estabelecimentos comerciais não passa de mero boato.

Bem mais acessível aos lojistas, pelo menos por enquanto, é a oferta de espaços publicitários nas ruas flagradas pelo Google. A empresa aposta tanto nisso que patenteou um sistema que automaticamente apaga as mensagens publicitárias estampadas em outdoors e cartazes. No lugar delas seriam colocados anúncios pagos. “As empresas americanas ainda não adotaram essa estratégia. Não tem nada de anúncio ali”, diz Pedro Sorrentino, professor da São Paulo Digital School e autor do vídeo “Obama Digital”. Em muitas áreas, o Street View ainda é uma ferramenta em busca de uma utilidade.

Istoé, edição 2135, 08/10/2010

01. O texto O que as câmeras ainda não mostram apresenta como principal finalidade

a) noticiar objetiva e imparcialmente um fato: a implantação de um serviço da web, inédito no Brasil. b) analisar, do ponto de vista de diferentes grupos,

o impacto produzido pela implantação do Google

View no Brasil e no mundo.

c) persuadir os internautas a usarem a ferramenta e os empresários a explorarem o potencial comercial do produto.

d) expor, tecnicamente, o conteúdo de uma ferramenta da Internet e revelar um julgamento a respeito dela.

e) tratar de fatos do cotidiano (a implantação de um novo serviço da web) de forma bem-humorada.

Resolução: A principal finalidade do texto é analisar, do ponto de vista de diferentes grupos, o impacto produzido pela implantação do Google Street View no Brasil e no mundo, conforme se observava na alternativa B. Não podemos concordar com a alternativa D, uma vez que, durante o texto, o autor utiliza diversas marcas da informalidade, e não há, em nenhum momento, o uso de termos técnicos a respeito do assunto.

Alternativa B

02. O termo “refestelar-se”, empregado no primeiro período, sugere que, em relação à novidade, os “bisbilhoteiros virtuais” sentiram-se

a) irritados. b) enaltecidos. c) temerosos. d) inquietos. e) satisfeitos.

Resolução: O termo "refestelar-se", empregado no primeiro período, indica que os internautas, chamados de "bisbilhoteiros virtuais", satisfizeram-se com a nova ferramenta do Google, o Google Street View.

Alternativa E

03. O pronome demonstrativo “o”, presente no título, remete a a) cenas degradantes. b) visitas virtuais. c) propagandas patrocinadas. d) detalhes arquitetônicos. e) informações geográficas.

Resolução: O pronome demonstrativo "O", equivalente, nesse caso, a "aquilo", remete ao fato de que as câmeras ainda não mostram propagandas patrocinadas, tal como se verifica no seguinte excerto do texto: "As empresas americanas ainda

não adotaram essa estratégia. Não tem nada de anúncio ali." Alternativa C

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insper – 15/11/2010

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Utilize o texto abaixo para responder aos testes 04 a 06.

A volta do caderno rabugento

Não sei se vocês se lembram de quando lhes falei, acho que no ano passado, num caderninho rabugento que eu mantenho. Aliás, é um caderninho para anotações diversas, mas as únicas que consigo entender algum tempo depois são as rabugentas, pois as outras se convertem em hieróglifos indecifráveis (...), assim que fecho o caderno. Claro, é o reacionarismo próprio da idade, pois, afinal, as línguas são vivas e, se não mudassem, ainda estaríamos falando latim. Mas, por outro lado, se alguém não resistir, a confusão acaba por instalar-se e, tenho certeza, a língua se empobrece, perde recursos expressivos, torna- se cada vez menos precisa.

Quer dizer, isso acho eu, que não sou filólogo nem nada e vivo estudando nas gramáticas, para não passar vexame. Não se trata de impor a norma culta a qualquer custo, até porque, na minha opinião, está correto o enunciado que, observadas as circunstâncias do discurso, comunica com eficácia. Não é necessário seguir receituários abstrusos sobre colocação de pronomes e fazer ginásticas verbais para empregar regras semicabalísticas, que só têm como efeito emperrar o discurso. Mas há regras que nem precisam ser formuladas ou lembradas, porque são parte das exigências de clareza e precisão — e essas deviam ser observadas. Não anoto, nem tenho qualificações para isto, com a finalidade de apontar o "erro de português", mas a má ou inadequada linguagem.

E devo confessar que fico com medo de que certas práticas deixem de ser modismo e virem novas regras, bem ao gosto dos decorebas. É o que acontece com o, com perdão da má palavra, anacolutismo que grassa entre os falantes brasileiros do português. Vejam bem, nada contra o anacoluto, que tem nome de origem grega e tudo, e pode ser uma figura de sintaxe de uso legítimo. O anacoluto ocorre, se não me trai mais uma vez a vil memória, quando um elemento da oração fica meio pendurado, sem função sintática. Há um anacoluto, por exemplo, na frase "A democracia, ela é a nossa opção". Para que é esse "ela" aí?

Está certo que, para dar ênfase ou ritmo à fala, isso seja feito uma vez ou outra, mas como prática universal é meio enervante. De alguns anos para cá, só se fala assim, basta assistir aos noticiários e programas de entrevistas. Quase nenhum entrevistado consegue enunciar uma frase direta, na terceira pessoa - sujeito, predicado, objeto - sem dobrar esse sujeito anacoluticamente (perdão outra vez). Só se diz "o policiamento, ele tem como objetivo", "a prevenção da dengue, ela deve começar", "a criança, ela não pode" e assim por diante. O escritor, ele teme seriamente que daqui a pouco isso, ele vire regra. (...)

Finalmente, para não perder o costume, faço mais um réquiem para o finado "cujo". Tenho a certeza de que, entre os muito jovens, a palavra é desconhecida e não deverá ter mais uso, dentro de talvez uma década. A gente até se acostuma a ouvir falar em espécies em extinção, mas, não sei por que, palavras em extinção me comovem mais, vai ver que é porque vivo delas. E não é consolo imaginar que o cujo e eu vamos nos defuntabilizar juntos.

João Ubaldo Ribeiro, O Estado de São Paulo, 18/07/2010

04. Considere as seguintes afirmações:

I. O autor defende a ideia de que as variantes linguísticas representam um fenômeno que empobrece o idioma. II. Embora não seja especialista da linguagem, o cronista propõe um receituário para a eficácia na comunicação. III. Mesmo sendo avesso à caça aos erros de português,

o autor se incomoda com certas construções linguísticas.

De acordo com o texto, é(são) correta(s) apenas

a) I. b) II. c) III.

d) I e II. e) II e III.

Resolução:

A afirmativa I está incorreta, pois, para o autor, o que é relevante é a eficácia da comunicação, independentemente de se há ou não obediência à norma: “... até porque, na minha opinião,

está correto o enunciado que, observadas as circunstâncias do discurso, comunica com eficácia.”

A afirmativa II também está incorreta, pois o autor se coloca contra receituários, conforme atesta a seguinte passagem: “Não

é necessário seguir receituários abstrusos sobre...”

A afirmativa III está correta, pois o autor se incomoda com certas construções que estão em voga, como o anacoluto.

Alternativa C

05. Ao mencionar o anacoluto, João Ubaldo Ribeiro reconhece que essa figura de sintaxe pode ter “uso legítimo”. Identifique a alternativa em que o anacoluto foi empregado como recurso expressivo.

a) “E a menina, para não passar a noite só, era melhor que fosse dormir na casa de uns vizinhos.” (Rachel de Queiroz)

b) “Eu canto um canto matinal” (Guilherme de Almeida)

c) “Da lua os claros raios rutilavam.” (Camões)

d) “Deixa lá, que ainda havemos de ser felizes os dois, com a nossa casinha e as nossas coisas.” (Almada Negreiros)

e) “A tarde talvez fosse azul,/ não houvesse tantos desejos.” (Carlos Drummond de Andrade)

Resolução: O anacoluto está presente em: “E a menina”, pois nesse trecho se observa uma quebra sintática.

Alternativa A

06. No processo de formação das palavras, os sufixos desempenham importante papel na produção dos efeitos de sentido. Identifique, dentre as palavras extraídas do texto, aquela em que o sufixo não tem sentido pejorativo. a) reacionarismo b) modismo c) decorebas d) anacolutismo e) defuntabilizar

Resolução: Nas alternativas A, B, C e D, temos o sufixo em seu sentido pejorativo, ou seja, indicando um uso errôneo ou exagerado das ideias expressas pelos respectivos radicais. Na alternativa E, pode-se encontrar implícita a ironia, mas não a pejoratividade. Alternativa E

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07. Na edição 2177, de 11/08/2010, a revista Veja publicou a reportagem

Falar e escrever bem: rumo à vitória, com dicas para não “tropeçar”

no idioma durante uma entrevista de emprego.

Identifique a alternativa que apresenta uma explicação inadequada para a correção feita.

a) Houve algumas dificuldades: o verbo “haver”, no sentido de “existir” é impessoal e não admite flexão.

b) O chefe bloqueou meu último pagamento: deve-se empregar um sinônimo, pois o verbo “reter” é defectivo.

c) Seguem anexos dois trabalhos: é preciso estar atento à concordância verbal e nominal.

d) Já faz cinco anos: quando indica tempo decorrido, o verbo “fazer” deve permanecer no singular.

e) Se eu dispuser de uma boa equipe: o verbo “dispor” deve seguir a conjugação do verbo “pôr”.

Resolução: O verbo “reter” possui todas as formas de sua conjugação, não sendo, portanto, defectivo. A explicação e correção adequadas para a falha apontada no texto seriam:

O chefe reteve meu último pagamento: o verbo “reter” deve seguir a conjugação do verbo “ter”.

Alternativa B

Utilize o texto a seguir para responder aos testes 08 a 10.

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem a sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: — Não há o que fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias.

08. O período “Desta vez Paulo não só ficou

sem a sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias” foi corretamente

parafraseado em

a) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa porque foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. b) Desta vez Paulo não ficou sem a sobremesa,

contudo foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

c) Desta vez Paulo não ficou sem a sobremesa, portanto foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

d) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa e foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. e) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa,

quando foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Resolução: A conjunção "como", iniciando a segunda oração, possui valor aditivo (semelhante a “como

também”). A alternativa que mantém o valor aditivo

entre as coordenadas é a alternativa D.

Nas demais, temos, respectivamente, relação de causa, adversidade, conclusão e tempo.

Alternativa D

09. No texto ocorre o discurso direto. Transposto adequadamente para o discurso indireto, teríamos a) Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou

a cabeça e disse a Dona Coló que não havia o que fazer, pois aquele menino era mesmo um caso de poesia.

b) Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça dizendo que Dona Coló não há o que fazer, sendo o menino um caso mesmo de poesia. c) Como não haveria o que fazer, após o exame,

o Dr. Epaminondas abanou a cabeça olhando para Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.

d) Disse o Dr. Epaminondas, após o exame, que Dona Coló não há o que fazer e que este menino é mesmo um caso de poesia. e) Após o exame, o Dr. Epaminondas lamentou

que o menino fosse mesmo um caso de poesia. Dona Coló nada poderia fazer.

Resolução: A alternativa A é a única que obedece às regras de conversão do discurso direto para o indireto: a) O presente do indicativo transforma-se em

pretérito imperfeito do indicativo: Há – havia É – era b) A primeira pessoa torna-se terceira:

Este – aquele

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insper – 15/11/2010

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10. De acordo com a frase do doutor Epaminondas, o termo que melhor caracteriza o menino é

a) alienado. b) imaginativo. c) curioso. d) mentiroso. e) dispersivo.

Resolução: A frase do Dr. Epaminondas caracteriza como inventividade, imaginação, atributos da poesia e dos poetas aquilo que, no menino Paulo, era tomado por sua mãe como sendo loucura e tendência à falsificação da realidade. Assim, a alternativa B é aquela que apresenta a caracterização adequada.

Alternativa B

Utilize o texto abaixo para responder aos testes 11 a 13.

Filme-enigma de Christopher Nolan gera discussões sobre significado e citações ocultas ou óbvias em sua trama onírica

Certa vez o sábio taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta. Ao acordar, entretanto, ele não sabia mais se era um homem que sonhara ser uma borboleta ou uma borboleta que agora sonhava ser um homem.

Será que Dom Cobb está sonhando? Será que a vida real é esta mesma ou somos nós que sonhamos? Alguns podem ir ao cinema para assistir "A Origem", de Christopher Nolan ("Batman — O Cavaleiro das Trevas") e achar tão chato que vão sonhar de verdade, dormindo na fase de sono REM.

Mas outros estão sonhando acordados. Em blogs, sites e grupos de discussão, os já fanáticos pelo filme de Nolan apontam referências (de mitologia grega), veem citações (de "Lost"), tecem teorias malucas e conspiratórias (o sonho dentro do sonho).

Alguns acusam o diretor de copiar filmes os mais variados, de "Blade Runner" (1982) a "eXistenZ" (1999), de se inspirar em "2001 — Uma Odisseia no Espaço" (1968) e até de roubar a ideia de um quadrinho do Tio Patinhas de 2002.

O fato é que Nolan acertou o alvo. E ele sabia do potencial "nerdístico" de seu filme. Tanto é que cogitou mudar a canção que toca no filme todo, "Non, Je Ne Regrette Rien", com Edith Piaf, porque uma das atrizes escaladas, Marion Cotillard, havia vivido a cantora francesa em um filme de 2007. (...)

Além da música, uma boa diversão de "A Origem" é identificar os objetos impossíveis deixados por Nolan ao longo do filme. A escada de Penrose, criada pelo psiquiatra britânico Lionel Penrose, aparece diversas vezes na tela — e também inspirou o quadro que tenta explicar facetas do longa.

Melhor ir ver o filme e não pensar em escadas... No que você está pensando agora?

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1908201010.htm

11. O texto permite afirmar que o potencial “nerdístico” do filme a) está associado às marcas de metalinguagem. b) advém da trama onírica que induz ideias subliminares. c) resulta das fortes referências intertextuais.

d) origina-se da mistura entre realidade e ficção. e) decorre da associação entre o sonho e a escada de

Penrose.

Resolução: O texto considera “nerdice” a procura obsessiva por referências obscuras, propositais ou não, realizadas em uma obra de entretenimento a outras de naturezas diversas. Esse tipo de referência caracteriza o recurso discursivo chamado de intertextualidade, como aponta a alternativa C.

Alternativa C

12. Releia o primeiro parágrafo:

Certa vez o sábio taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta. Ao acordar, entretanto, ele não sabia mais se era um homem que sonhara ser uma borboleta ou uma borboleta que agora sonhava ser um homem.

As formas verbais em negrito indicam, respectivamente a) ação concluída, ação simultânea e ação hipotética. b) ação durativa, ação concluída e ação não concluída c) ação pontual, ação contínua e ação fictícia. d) ação concluída, ação posterior e ação anterior. e) ação concluída, ação anterior e ação contínua.

Resolução: A forma verbal “sonhou” é o pretérito perfeito, que expressa ações concluídas em um ponto do passado. “Sonhara”, por sua vez, está no pretérito mais-que-perfeito, no qual há referência a uma ação anterior às das outras formas verbais. “Sonhava”, por fim, é o pretérito imperfeito, que indica uma ação de duração, contínua, também no passado.

Alternativa E

13. Em “O fato é que Nolan acertou o alvo”, o “que” exerce a função de

a) conjunção integrante, pois introduz uma oração subordinada substantiva.

b) pronome relativo, pois introduz uma oração subordinada adjetiva.

c) partícula expletiva, pois, tendo apenas o objetivo de realçar uma ideia, não exerce função sintática. d) advérbio de intensidade, pois atribui uma circunstância

ao verbo “acertar”.

e) preposição, pois relaciona o verbo “ser” à oração subordinada substantiva.

Resolução: Em "o fato é que Nolan acertou o alvo", o "que" exerce a função de conjunção integrante, pois introduz uma oração subordinada substantiva que, no enunciado em questão, exerce função de predicativo.

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Utilize a tirinha a seguir para responder ao teste 14.

http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html

14. Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, identifique a alternativa que apresenta a palavra que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à regra mencionada.

a) plateia b) heroico c) gratuito d) baiuca e) caiu

Resolução: A palavra "baiuca" sofreu alterações na acentuação gráfica devido à nova regra das paroxítonas, exposta no primeiro quadrinho. Nos demais casos, temos:

– não são acentuados os ditongos abertos nas paroxítonas ("plateia" e "heroico");

– as palavras "gratuito" e "caiu" nunca foram acentuadas. Lembre-se de que, na primeira, não temos um hiato, e sim um ditongo (gra-tui-to). Alternativa D

Utilize o excerto a seguir para responder ao teste 15.

No rush, carro está tão veloz quanto galinha

Velocidade média no pico da tarde em SP passou de 18 km/h para 15 km/h em um ano, segundo relatório da CET concluído em fevereiro.

No pico da manhã, velocidade também caiu; principal explicação é a expansão da frota — em 2009, SP ganhou mais de 335 mil veículos.

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insper – 15/11/2010

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15. A respeito do título “No rush, carro está tão veloz

quanto galinha”, é correto afirmar que ele

a) cria, por meio da polissemia da palavra “rush”, o pressuposto de que a lentidão do tráfego paulistano é algo premeditado.

b) apresenta uma variante coloquial de linguagem, incompatível com a seriedade exigida por esse gênero textual.

c) recorre ao grau superlativo analítico com o intuito de produzir um efeito de realce a um grave problema da capital paulista.

d) emprega o grau comparativo de igualdade como recurso irônico, já que, em geral, o adjetivo “veloz” não se aplica a “galinha”. e) utiliza a comparação para criticar o aumento

da frota paulistana, principal agente poluidor da cidade.

Resolução: Sobre o título "No Rush, carro está tão veloz

quanto galinha", há o emprego do grau comparativo de

igualdade como recurso irônico, uma vez que, numa comparação entre a velocidade de um automóvel e de uma galinha, a vantagem é normalmente associada ao veículo.

Alternativa D

Utilize o texto a seguir para responder aos testes 16 a 18.

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar...

Alphonsus de Guimaraens

16. Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações que seguem. ( ) Os temas centrais desse poema, bem marcados nas duas

primeiras estrofes, são o amor e a saudade.

( ) Um dos mais significativos poemas simbolistas, Ismália aborda a dualidade entre corpo e alma.

( ) A partir de um jogo intertextual, o poema de Alphonsus de Guimaraens parodia o drama de Narciso diante do espelho. A sequência correta é:

a) F, V, F. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, V. e) V, F, V.

Resolução:

Na primeira afirmação, não há elementos textuais que indiquem amor e saudade como temáticas centrais do poema.

Na segunda afirmação, é correto dizer que o poema Ismália aborda a dualidade entre corpo e alma. Quando a mulher joga-se ao mar, sua alma vai para um plano (céu), enquanto o corpo, para outro (mar).

Na terceira afirmação, não há a ocorrência da intertextualidade com o drama de Narciso. Ele morre por causa de sua admiração à própria beleza; já Ismália, por causa de sua loucura. Logo, não é possível entrever algum tipo de paródia. Alternativa A

17. No primeiro verso do poema, o conector expressa circunstância de

a) condição b) tempo c) concessão

d) causa e) efeito

Resolução: O conector (ou conjunção) Quando indica tempo; é a partir do momento em que Ismália se torna louca que ela passa a ter desvarios. Seria possível, por exemplo, trocar por advérbios de tempo, como em “Após Ismália ter enlouquecido(...)”. Alternativa B

18. Relacione o poema Ismália a estes versos de Carlos Drummond de Andrade:

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considere a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas

É correto afirmar que

a) ambos colocam em destaque o tema da loucura.

b) apenas os versos de Drummond apresentam a ideia do esvaziamento do “eu”.

c) os poemas se opõem, já que Drummond propõe uma poesia ligada à realidade.

d) ambos retratam a angústia dos seres incompreendidos pelos seus companheiros.

e) apenas em Ismália é possível identificar o desejo de um futuro melhor.

Resolução: Neste poema de Drummond, há a ideia de se fazer uma poesia engajada, que trate da realidade, o que não ocorre com o poema de Alphonsus de Guimaraens. Alternativa C

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Utilize o quadrinho abaixo para responder aos testes 19 a 21.

http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-overman.html

19. A função de linguagem predominante no quadrinho aparece em:

a) “Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me.” (Graciliano Ramos)

b) “a luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de água salgada.” (João Cabral de Melo Neto)

c) “Olá, como vai?/ Eu vou indo e você, tudo bem?/ Tudo bem, eu vou indo pegar um lugar no futuro e você? ” (Paulinho da Viola)

d) “Se um dia você for embora/ Ria se teu coração pedir/ Chore se teu coração mandar.” (Danilo Caymmi & Ana Terra)

e) “Alô, alô continuas a não responder/E o telefone cada vez chamando mais” (André Filho, com O Grupo do Canhoto)

Resolução: Por um lado, o quadrinho em questão, por fazer uma referência explícita ao mundo dos quadrinhos, é um típico exemplo de metalinguagem, a qual é o fator que constitui o humor do texto. Na alternativa B, os versos de Cabral fazem alusão ao papel do poeta, o que constitui outro caso de metalinguagem.

Por outro, nota-se o constante mecanismo linguístico de interlocução, como vocativos e um verbo no imperativo, além da tentativa, no terceiro quadrinho, de fazer o interlocutor não acreditar no que vê em quadrinhos. Dessa forma, tem-se a função apelativa ou conativa da linguagem. Na alternativa D, nota-se o mesmo recurso: há uso de verbos no imperativo e um pronome que invoca a segunda pessoa do discurso.

Levando em consideração que o enunciado requer a função predominante, pode-se pensar de duas maneiras: a) Há um predomínio metalinguístico em relação ao sentido geral do quadrinho: refletir sobre o próprio quadrinho;

b) Há um predomínio em relação ao número de ocorrências nos três quadrinhos: nos três há características apelativas ou conativas. Alternativa B/D

20. Sobre o uso do gerúndio considere as seguintes afirmações: I. A forma verbal “morrendo” (presente no segundo

quadrinho) poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “quando morria”.

II. Os gerúndios “pulsando”e “morrendo” exercem a mesma função sintática nos períodos em que se inserem.

III. O gerúndio “pulsando” (presente no primeiro quadrinho) poderia ser substituído por uma oração de valor temporal.

Está(ão) correta(s) apenas

a) I. b) II. c) III.

d) I e II. e) II e III.

Resolução: O gerúndio "pulsando", coordenado a "está vivo", dá uma informação ao sujeito da oração. Já o gerúndio "morrendo" informa algo sobre o objeto ("o senhor", no caso, é objeto direto de "vimos"). Alternativa E

21. “... Não se deve acreditar em tudo que vê nos quadrinhos,

madame!”. A vírgula foi empregada para respaldar a

mesma função sintática em: a) O filme, disse ele, é fantástico.

b) Intrépidos, os policiais avançavam pela área de risco. c) O palácio, o palácio está destruído.

d) O sargento Martins, policial astuto, prendeu os criminosos sem alarde.

e) Livrai-nos, senhor, de todo o mal!

Resolução:

A vírgula, na oração citada no enunciado, foi empregada para isolar o termo "madame", cuja função sintática é o vocativo. A única alternativa em que a vírgula indica a mesma função é a alternativa "e", em que o vocativo é o termo "senhor". Nas demais, temos, respectivamente: uma oração intercalada, um predicativo do sujeito anteposto à oração, um termo coordenado (de mesma função sintática) e um aposto.

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Utilize o texto abaixo para responder ao teste 22.

22. Sobre os efeitos de sentido decorrentes da associação entre a imagem e a frase “Amor eterno a partir de R$1,00”, considere as seguintes afirmações:

I. A imagem aponta para a futilidade dos cerimoniais de casamento e o valor exorbitante de que se necessita para financiá-los.

II. Há um paralelismo explícito entre o desnível de beleza e idade dos parceiros e dos valores do bilhete e do prêmio.

III. O anúncio associa o preconceito que norteia as opiniões sobre alguns relacionamentos amorosos ao preço ínfimo do bilhete de loteria e à possibilidade de se ganhar um prêmio de alto valor.

Está(ão) correta(s) apenas a) I.

b) II. c) III.

d) I e II. e) II e III.

Resolução: A partir dos efeitos decorrentes da associação entre a imagem e a frase "Amor eterno a partir de R$1,00", tem-se que:

a) A afirmação I é incorreta. A imagem apresentada não discute futilidade de casamentos nem valores exorbitantes que se usam para fazer um; não há nada no texto que indique essas intenções;

b) A afirmação II é incorreta. Pode-se pensar em duas incoerências: ou no fato de que beleza é algo vago para se falar sobre desnível de beleza; ou no fato de que o valor do prêmio que a loteria oferece não está explícito, mas implícito;

c) A afirmação III é correta. Há, na imagem, a associação entre o preconceito que envolve o casamento entre uma jovem e um homem idoso e o preço de um bilhete de loteira tendo em vista o valor que pode ser obtido a partir do bilhete.

Alternativa C

Utilize o texto abaixo para responder aos testes 23 a 26.

Dois anúncios

Rondó de Efeito — para todas as combinações possíveis

Olhei para ela com toda a força, Disse que ela era boa,

Que ela era gostosa,

Que ela era bonita pra burro: Não fez efeito.

Virei pirata:

Dei em cima de todas as maneiras,

Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé, Falei de macumba, ofereci pó...

À toa: não fez efeito.

Então banquei o sentimental: Fiquei com olheiras,

Ajoelhei, Chorei,

Me rasguei todo, Fiz versinhos,

Cantei as modinhas mais tristes do repertório do Nozinho. Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta Virgem (Romance primoroso e por tal forma comovente que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...)

Perdi meu tempo: não fez efeito. Meu Deus que mulher durinha! Foi um buraco na minha vida. Mas eu mato ela na cabeça:

Vou lhe mandar uma caixinha de Minorativas, Pastilhas purgativas:

É impossível que não faça efeito.

Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira.

23. Sobre a primeira e segunda estrofes, só não é correto afirmar que a) o grau de coloquialidade é demonstrado pelo emprego

de expressões como “gostosa”, “bonita pra burro” e “dei em cima”.

b) os esforços do “eu poético” para conquistar a jovem são marcados pelas expressões “Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé”.

c) os termos “macumba” e “pó” denotam alguns dos recursos de que o “eu poético” se utilizou em vão para angariar o afeto da amada.

d) a expressão “não fez efeito”, proveniente do vocabulário médico, é de uso exclusivo da linguagem técnica. e) o “eu poético” recorre a qualificativos de ordem ética

(“boa”), sexual (“gostosa”) e física (“bonita”) para atrair o interesse da jovem.

Resolução: Considerando a primeira e a segunda estrofes, a alternativa "d" é a única incorreta, pois restringe a expressão "não fez efeito" ao uso da linguagem técnica. Alternativa D

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24. Sobre a terceira estrofe, não é correto afirmar que a) ao declarar “Então banquei o sentimental”, o “eu

poético” mostra que o percurso de suas investidas vai da concretude para a abstração.

b) o emprego de diminutivos como “versinhos”, “modinhas”, “cartinhas” remete a um comportamento infantilizado por parte do “eu poético”.

c) há um rol de características e comportamentos que podem ser forjados por aqueles que pretendem se mostrar apaixonados.

d) o sofrimento intenso e as atitudes dramáticas e exageradas são lugares comuns próprios de mulheres e homens apaixonados.

e) o caráter dramático de suas afirmações permite presumir que, para o poeta, a paixão não correspondida foi realmente dolorosa.

Resolução: Não é possível concordar com a alternativa E, uma vez que, durante todo o poema, o eu lírico mostra-se superficial em relação às suas atitudes. O uso do verbo “bancar”, em “então

banquei o romântico”, deixa transparecer o fingimento de suas

ações, não sendo, portanto, uma paixão “realmente dolorosa”. Entretanto, a alternativa B não está totalmente correta, uma vez que, apesar de ser possível encontrar uma infantilização do comportamento em “versinhos” e “cartinhas”, não podemos dizer o mesmo de “modinhas”, que é o nome dado às canções populares. Alternativa E / B

25. Sobre a última estrofe, considere as seguintes inferências: I. Os versos evidenciam a última atitude tomada pelo

poeta objetivando conquistar a moça.

II. A forma “mato ela”, embora condenada pela norma culta, não deve ser considerada errada, pois é legitimada pelo registro coloquial predominante no texto.

III. O humor reside no emprego do termo “efeito”, que agora não se refere apenas à indiferença da jovem. É(são) correta(s) a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas II e III. d) I, II e III. e) apenas III.

Resolução: A primeira inferência é falsa, pois os versos da última estrofe, especialmente em "Vou lhe mandar uma caixinha de

Minorativas", evidenciam que a atitude ainda não foi tomada.

A inferência II é correta, pois a norma culta propõe a forma "mato-a", embora "mato ela" seja variante que concorda com o registro predominante no poema. A terceira inferência também é correta, pois, na última estrofe, "efeito" refere-se às pastilhas purgativas, causando humor.

Alternativa C

26. Considere os seguintes versos:

“Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta

Virgem/ (Romance primoroso e por tal forma comovente que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...)”

Se pontuados de acordo com as convenções da gramática normativa, os versos deveriam ficar

a) Escrevi cartinhas, e pra acertar a mão, li Elvira, a

Morta Virgem/ (Romance primoroso e por tal forma

comovente, que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...).

b) Escrevi cartinhas e pra acertar a mão li Elvira, a

Morta Virgem/ (Romance primoroso e, por tal forma,

comovente que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...).

c) Escrevi cartinhas e pra acertar a mão li Elvira, a Morta

Virgem/ (Romance primoroso e por tal forma comovente

que ninguém, pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...).

d) Escrevi cartinhas e, pra acertar a mão, li Elvira, a

Morta Virgem/ (Romance primoroso e por tal forma

comovente que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...).

e) Escrevi cartinhas, e pra acertar a mão li Elvira, a

Morta Virgem/ (Romance primoroso e por tal forma

comovente, que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas...).

Resolução: A oração "pra acertar a mão" é subordinada adverbial final reduzida de infinitivo, intercalada entre dois verbos que fazem referência ao mesmo sujeito, logo deve vir entre vírgulas. A vírgula antes do "que" (em "por tal forma comovente que...") é opcional, uma vez que separa uma oração subordinada adverbial posposta à principal.

Alternativa D

cOmenTáRiO dO cPV

O vestibular 2010 do INSPER exigiu dos alunos conhecimentos relacionados à interpretação e à gramática normativa. Em relação ao primeiro item, cobrou o entendimento de texto, variantes linguísticas, figuras de linguagem, funções da linguagem, paráfrase, oposição entre textos e significados implícitos. Quanto à gramática, o vestibular do INSPER cobrou do aluno formação de palavras, concordância, conjugação e uso dos tempos verbais, período composto, funções do "que", acentuação gráfica, grau dos adjetivos, conjunções, uso dos pronomes oblíquos e pontuação.

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Seu pé direito nas melhores Faculdades

Insper – 15/11/2010

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inSTRUÇÕeS PARA A RedAÇÃO

a. A redação deve ser uma dissertação em prosa, com no máximo 30 linhas. b. Não é necessário escrever um título para a redação, o título é dado

juntamente com a proposta-tema. c. Fuga do tema implica nota zero.

d. Redações com menos de 10 linhas serão desconsideradas. e. A redação pode ser feita a lápis.

f. Anotações na folha identificada como “Rascunho da Redação” não serão consideradas.

g. Somente será considerado o que estiver escrito na folha pautada e com linhas numeradas para a redação.

h. Escreva sua redação com letra legível.

i. Não é permitido destacar a folha de rascunho da redação. Atenção:

Você deve finalizar o seu texto e passá-lo para a folha de redação até o horário limite de provas (indicado no quadro na frente da sala). Lembre-se de que você somente poderá retirar a folha para transcrever sua redação quando entregar o Cartão de Respostas preenchido. Considere os textos a seguir.

Texto I

O artigo sexto da Constituição Federal declara que "são direitos sociais a educação, a saúde a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados".

O Movimento Mais Feliz (www.maisfeliz.org) promove uma emenda constitucional pela qual o artigo seria modificado da seguinte forma: "São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde etc." (segue inalterado até o fim).

É claro que, se eu dispuser de casa, emprego, assistência médica, segurança, terei mais tempo para buscar minha felicidade. No entanto o respeito a esses direitos sociais básicos não garante a felicidade de ninguém; como se diz, ter comida e roupa lavada é bom e ajuda, mas não é condição suficiente nem absolutamente necessária para a busca da felicidade.

Texto II

http://depositodocalvin.blogspot.com/

Reflita sobre as ideias apresentadas nos textos e desenvolva uma dissertação em prosa.

Conforme indicado nas folhas de rascunho e de redação, utilize o próprio tema como título de sua dissertação.

Tema/Título: A busca da felicidade A proposta de redação do vestibular de verão do Insper manteve seu perfil tão característico: apresentou ao candidato uma coletânea composta por dois textos que, neste semestre, tratavam do tema “felicidade”. O primeiro, publicado no jornal Folha de São Paulo, apontava que o respeito aos direitos sociais não é garantia de felicidade; o segundo, uma tirinha do Calvin, relacionava a ideia de felicidade à de poder, dinheiro e fama. Como de costume, esses textos foram seguidos de um tema-título ( “A busca da felicidade” ). O tema da busca da felicidade pode ser abordado a partir de diferentes perspectivas. De modo geral, costuma-se afirmar que o homem é feliz quando realiza costuma-seus desejos. Logo, atingir a felicidade plena é quase uma utopia, uma vez que o homem é um “ser desejante”. No mundo contemporâneo, tais desejos estão muito relacionados à posse de bens materiais, portanto, ao ato de consumo a ao poder de compra. Recentemente, o jornal Folha de São Paulo publicou pesquisa feita por estatísticos que analisaram um banco de dados gigantesco nos EUA e apontaram o fato de uma renda pequena exacerbar as dores emocionais associadas a problemas do cotidiano.

O discurso feito pela publicidade contribui bastante com essa concepção de felicidade atrelada à de consumo. O problema disso está no fato de que o mercado, com suas inovações, transforma a sensação de bem-estar, adquirida pela posse do sonho de consumo, em algo cada vez mais fugaz, estimulando novos desejos e alimentando a angústia da felicidade nunca plenamente satisfeita.

Outra possibilidade de recorte seria, ainda, defender que, no mundo pós-moderno, em que as referências e valores são relativizados, a ideia de felicidade assume uma concepção diferente para cada indivíduo. Assim, para alguns, o convívio com amigos e familiares pode trazer felicidade. Para outros, também pode haver a correlação entre envelhecer e se sentir mais feliz, pois, aparentemente, os anos fazem com que as pessoas aprendam a lidar com as dificuldades.

Por fim, o candidato poderia ressaltar que a felicidade é o objetivo de todos os indivíduos nos diferentes momentos da História. Sendo assim, ela já esteve relacionada a diversas concepções.

Referências

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