TERAPIA INTRAVENOSA EM
NEONATOLOGIA
TERAPIA INTRAVENOSA EM
NEONATOLOGIA
Os recém- nascidos internados em unidades de cuidados intensivos, requerem infusão de substâncias farmacológicas por acesso venoso durante um período prolongado.
As características vesicantes da maioria desses agentes, tornam a punção periférica, um processo penoso, iatrogênico e estressante para o recém nascido e a equipe.
TIPOS DE ACESSO VENOSO
UTILIZADOS EM NEONATOLOGIA
TIPOS DE ACESSO VENOSO
UTILIZADOS EM NEONATOLOGIA
TIPOS DE ACESSO VENOSO
UTILIZADOS EM NEONATOLOGIA
TIPOS DE ACESSO VENOSO
UTILIZADOS EM NEONATOLOGIA
CATETER PICC: Peripherally Inserted Central Catheter
CATETER PICC
É um cateter longo e flexível construído em silicone ou poliuretano, radiopaco, inserido através de punção venosa periférica realizada por profissional enfermeiro ou médico devidamente capacitado e treinado.
Os calibres dos CCIP são geralmente representados pela unidade “french”(diâmetro interno do lúmen do cateter). Tais calibres podem variar de 1,0 Fr a 5,0.
Os introdutores, geralmente, são escolhidos de acordo com o seu diâmetro, representado pela unidade “gauge” (calibre interno do introdutor). Podem variar de 28 Ga a 15 Ga.
RESOLUÇÃO COFEN
No Brasil, a competência técnica e legal para o Enfermeiro inserir e manipular o PICC encontra-se amparada pela Lei 7498/86 regulamentado pelo seu Decreto 94406/87, no seu artigo oitavo inciso I, alíneas e, g, h, e inciso II, alíneas b, e, h, i além das Resoluções: COFEN nº 240/2000 (Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem), Cap. III, das responsabilidades, nos seus artigos 16,17 e 18, COFEN nº 258/2001.
Considerando a Portaria nº 272/98 do Ministério da Saúdeda Secretaria deVigilância Sanitária “anexo 1 Atribuições dos Profissionais Enfermeiros 8.4-“Proceder ou assegurar a punção venosa periférica, incluindo a inserção periférica (PICC).
VANTAGENS DO CATETER PICC
Evita o estresse de múltiplas punções; Minimiza o manuseio excessivo;
Evita dissecções venosas;
Acesso central de longa permanência; Não exige ambiente cirúrgico;
Aumenta o conforto e o bem estar do recém- nascido;
INDICAÇÕES DO CATETER PICC
Pacientes com rede venosa deficiente que requeira múltiplas tentativas de punção venosa;
Administração de drogas irritantes, vesicantes, que apresentem extremos de pH;
Infusão de drogas antineoplásicas;
Administração de terapia intravenosa por períodos prolongados.
INDICAÇÕES DO CATETER PICC
Infusão de sangue total, hemoderivados ou hemocomponentes;
Administração simultânea de drogas incompatíveis (cateter duplo lúmen);
Prematuros extremos com peso inferior a 1,5Kg; Nutrição Parenteral Total;
RESTRIÇÕES QUANTO AO USO DO
CATETER PICC
Infecção de pele ou subcutâneo próximo ao local proposto para inserção.
Flebites, tromboflebites, tromboses ou extravasamentos químicos.
Lesões dérmicas.
Alterações anatômicas que possam impedir a progressão do cateter.
RESTRIÇÕES QUANTO AO USO DO
CATETER PICC
PLAQUETOPENIA SEVERA;
UTILIZAÇÃO DE MEDICAÇÃO COM EFEITO ANTICOAGULANTE: prevenção de TVP.
IMUNOCOMPROMETIDO: devido ao risco de infecção aumentado
DESIDRATAÇÃO: devido ao volume intravascular reduzido;
OBESIDADE: o aumento do tecido adiposo torna as veias mais profundas e difíceis de acessar; HEMODIÁLISE: frente ao risco de atingir a fístula
RESTRIÇÕES QUANTO AO USO DO
CATETER PICC
Calibre menor do que 3Fr não são adequados para transfusão de concentrado de hemácias;
Não serem apropriados para infusões rápidas ou volumosas;
Vigilância rigorosa do dispositivo;
INSERÇÃO DO CATETER PICC
CUIDADOS ESPECIAIS ANTES DA INSERÇÃO:
Verificar sinais vitais. Monitorizar o paciente.
Disponibilizar um membro da equipe para auxiliar no procedimento.
Para neonatos, o melhor local é o berço aquecido. Propiciar conforto ao paciente.
INSERÇÃO DO CATETER PICC
ESCOLHA DO ACESSO
Veias preferenciais para a inserção: basílica, cefálica.
Características da veia escolhida: Palpável, calibrosa, não sinuosa.
INSERÇÃO DO CATETER PICC
LOCAL DE PUNÇÃO REGIÃO AXILAR CABEÇA DA CRAVÍCULA DIREITA CABEÇA DA CRAVÍCULA ESQUERDA TERCEIRO ESPAÇO INTERCOSTAL CABEÇA DA CRAVÍCULA DIREITA TERCEIRO ESPAÇO INTERCOSTALINSERÇÃO DO CATETER PICC
Se a veia escolhida for em membros inferiores.
LOCAL DE PUNÇÃO
TRAJETO DA VEIA
REGIÃO INGUINAL
CICATRIZ UMBILICAL
INSERÇÃO DO CATETER PICC
MATERIAIS NECESSÁRIOS À REALIZAÇÃO DA TÉCNICA
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO
CATETER - CURATIVO
O CURATIVO DEVE SER ESTÉRIL, OCLUSIVO, DE FÁCIL APLICAÇÃO E REMOÇÃO, POSSUIR BOA ADESIVIDADE E MANTER O SÍTIO DO CATETER SECO.
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO PICC
CURATIVO
CUIDADOS COM O SÍTIO DE INSERÇÃO
A PRIMEIRA TROCA DO CURATIVO APÓS A
INSERÇÃO DEVE SER REALZADA NO PRAZO DE 24 HORAS.
REALIZAR OS CURATIVOS SUBSEQUENTES COM
PELÍCULA TRANSPARENTE PARA PERMITIR A INSPEÇÃO DO SÍTIO DE INSERÇÃO.
A ROTINA DE TROCA PODE SER EM CASO DE DESLOCAMENTO DA PELÍCULA, PRESENÇA DE SANGUE, SECREÇÃO, SUJIDADE OU DE ACORDO COM RECOMENDAÇÕES DO FABRICANTE OU PROTOCOLO INSTITUCIONAL.
O LOCAL DE INSERÇÃO DEVE SER AVALIADO
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO
CATETER - CURATIVO
Utilizar técnica asséptica para troca do curativo. Proteger extensão do cateter.
Utilizar curativo estéril.
Realizar registro em prontuário da data da troca dos curativos e as condições do sítio de inserção.
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO
CATETER - CURATIVO
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO
CATETER - CURATIVO
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO PICC
CURATIVO
MANUTENÇÃO E MANUSEIO DO PICC
SALINIZAÇÃO/LAVAGEM
É recomendada a realização de um flushing com SF0,9% a cada 6 horas para permeabilizar o interior do cateter.
Deve ser lavado com baixa pressão antes e após cada administração de medicamento ou solução intravenosa. Utilizar seringas de 10 ml.
Seringas pequenas criam pressões menores à aspiração e maiores à infusão.
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DO
CATETER PICC
HEMORRAGIA, HEMATOMA, ARRITMIA CARDÍACA, EMBOLIA, MAU
POSICIONAMENTO, FLEBITE MECÂNICA, FLEBITE QUÍMICA, FLEBITE BACTERIANA, CELULITE, INFEÇÃO SISTÊMICA, TROMBOSE, INFILTRAÇÃO, OBSTRUÇÃO, MIGRAÇÃO DO CATETER.
DESOBSTRUÇÃO DO CATETER
As obstruções de cateteres podem ser trombóticas e não trombóticas.
As oclusões não trombóticas podem refletir obstruções mecânicas, precipitações de drogas ou resíduos de lipídeos no interior do cateter.
TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DO
CATETER
INDICAÇÕES PARA RETIRADA DO
CATETER
Termino do tratamento.
inais de infecção sem foco aparente. Sinais de infecção no sítio ou ao longo do cateter.
Posicionamento inadequado do cateter. (dependendo da terapia prescrita).
Trombose.
Danos ao cateter.
Obstrução que não responder à manobra. Infiltração.
RETIRADA DO CATETER
POSICIONAR O BRAÇO DO PACIENTE EM ÂNGULO DE 45
A 90° EM RELAÇÃO AO CORPO.
RETIRAR O CURATIVO DO CCIP.
REMOVER O CATETER LENTA E DELICADAMENTE,
EXERCENDO TRAÇÃO FIRME E CONSTANTE.
APLICAR COMPRESSÃO DIGITAL NO SÍTIO DE SAÍDA
APÓS A REMOÇÃO TOTAL DO CATETER.
APLICAR CURATIVO PEQUENO, ESTÉRIL E LEVEMENTE
COMPRESSIVO NO LOCAL.
MEDIR E EXAMINAR O CATETER PARA A CERTIFICAÇÃO
DA RETIRADA COMPLETA.
DIFICULDADE NA REMOÇÃO DO
CATETER
A DIFICULDADE DE RETIRADA DO CATETER PODE SER
CAUSADA POR UM ESPASMO VENOSO.
APLICAR CALOR ÚMIDO/COMPRESSAS MORNAS SOBRE
A ÁREA DE INSERÇÃO, NUMA ÁREA O MAIS AMPLA POSSÍVEL, RESPEITANDO A ESTERILIDADE DO LOCAL. A VASODILATAÇÃO INDUZIDA FACILITA A REMOÇÃO.
ANTES DE TENTAR TIRAR UM CATETER RESISTENTE,
DEVE-SE TIRAR UM R-X PARA ELIMINAR A PRESENÇA DE NÓS E DOBRAS NA PARTE INTERNA DO CATETER.
CATETER UMBILICAL
Geralmente de n. 2,5, n. 3.5, n. 5.0, em
poliuretano, com extremidade aberta, com
orifícios laterais, linha radiopaca, graduada
de 1 em 1 cm com 30 cm de comprimento.
CATETER UMBILICAL
INDICAÇÕES:
RN criticamente doentes;
Infusões de emergência (grandes volumes);
Necessidades de drogas vasoativas;
Exsanguíneotransfusão;
Monitorização da PVC;
RN em estado grave, necessitando de coletas
de sangue frequentes para monitorização dos
gases sanguíneos (UMBILICAL ARTERIAL)
Necessidade de monitorização de PA invasiva
INSERÇÃO DO CATETER UMBILICAL
O cateter arterial desce até a ilíaca antes de
entrar na aorta. Deve se localizar acima de
T12 ou entre L3 e L4.
INSERÇÃO DO CATETER UMBILICAL
O cateter venoso deve estar acima do diafragma.
CATETER UMBILICAL
VANTAGENS
Facilidade técnica;
Rapidez de sua realização;
Calibre venoso relativamente grande para faixa etária.
CATETER UMBILICAL
DESVANTAGENS E COMPLICAÇÕES
Permanência do cateter por um período superior a 72horas.
Infecção relacionada ao cateter (proporcional ao tempo de permanência);
Fenômenos vasomotores localizados, geralmente isquêmicos, particularmente em extremidades, obrigando a remoção do cateter.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
O pH de uma solução ou medicamento
determina seu grau de acidez ou alcalinização. O pH nunca pode ser modificado, sendo uma propriedade constante e característica.
pH < 4.1 (muito ácido)
pH 6.0 – 8.0 - Minimiza o dano ao endotélio (7.0
é ótimo).
pH > 8.0 (muito alcalino) – Aumenta