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ENCARTE DE ATUALIZAÇÃO

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(1)

• Comentário

A Lei n. 13.105/2015, que instituiu o novo Código de Processo Civil, ainda não havia entrado em vigor quando foi alterada pela Lei n. 13.256, de 4 de fevereiro de 2016.

Em termos gerais, essas alterações não produzirão grande impacto nos domínios do processo do trabalho.

COMENTÁRIOS AO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Sob a perspectiva do Processo do Trabalho

(1ª edição, 2015)

LEI N. 13.256, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Vigência

Altera a Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), para disciplinar o processo e o julgamento do recurso extraordinário e do recurso especial, e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º

Esta Lei altera a Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), para disciplinar o processo e o julgamento do recurso extraordinário e do recurso especial, e dá outras providências.

Art. 2º

A Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações: (Vigência)

• Comentário

A Lei n.13.256/2016 passa a enumerar as alterações por ela in-troduzidas na Lei n. 13.105/2015.

“Art. 12.

Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.

...” (NR)

• Comentário

Era esta a redação anterior:

“Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão”.

Em nosso livro Comentários ao Novo Código de Processo Civil

sob a Perspectiva do Processo do Trabalho (São Paulo: Editora LTr,

dezembro de 2015), dissemos que, dificilmente, os magistrados (aqui incluídos os da Justiça do Trabalho) teriam condições de dar cumprimento ao art. 12, caput, em virtude da extrema rigidez de sua literalidade (”deverão obedecer”). A intenção do legislador

poderia ser elogiada, em tese, mas, na prática, encontraria sérias dificuldades à sua concretização, levando-se em conta os dife-rentes graus de complexidade dos processos cujos autos seriam conclusos ao magistrado, conclusos, na mesma data, para proferir decisão. Chegamos, inclusive, a citar Sir Oliver Wendell: “Quando a

lei ignora a realidade, a realidade se rebela, ignorando a lei”.

Coincidência, ou não, a Lei n. 13.256/2016 veio abrandar o ex-tremado rigor de que se fazia provido art. 12, caput, substituindo a expressão “deverão obedecer” (à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão) pelo adjetivo preferencialmente.

Deste modo, que era, antes, uma imposição, converteu-se em

recomendação do sistema.

“Art. 153

. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.

...” (NR)

• Comentário

Era esta a redação anterior:

“Art. 153. O escrivão ou chefe de secretaria deverá obedecer à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pro-nunciamentos judiciais”.

A modificação feita no caput deste artigo consistiu mera conse-quência lógico-sistemática da alteração introduzida na cabeça do art. 12.

(2)

• Comentário

Era esta a redação anterior:

“III — pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042”.

Conforme se percebe, o legislador ampliou os casos em que a caução pode ser dispensada quando pender agravo fundado no art. 1.042: antes, isso somente seria possível se o fundamento do agravo fosse o inciso II ou o III dessa norma; agora, o fulcro pode ser qual-quer dos incisos (I, II e III).

“Art. 521.

... ... III – pender o agravo do art. 1.042;

...” (NR)

“Art. 537.

... ... § 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte. ...” (NR)

• Comentário

Era esta a redação anterior:

§ 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte ou na pendên-cia do agravo fundado nos incisos II ou III do art. 1.042.

Doravante, o levantamento da multa de que trata a norma le-gal somente será possível na ocorrência do trânsito em julgado da sentença favorável à parte. Eliminou-se, pois, a possibilidade desse levantamento no caso de pender agravo fundado nos incisos II ou III do art. 1.042.

“Art. 966.

... ... § 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento.

• Comentário

Trata-se de parágrafo acrescentado pela Lei n. 13.256/2016. O inciso V do caput do art. 966, do NCPC, prevê o exercício da ação rescisória quando a decisão rescindenda houver violado, de forma manifesta, norma jurídica, fato que implicou profunda alteração no tocante ao inciso V do art. 485, do CPC de 1973, que autorizava essa ação desconstitutiva da res iudicata apenasno caso de violação a literal disposição de lei.

O § 5º do art. 966, do NCPC, admite a ação rescisória, com espeque no inciso V, quando a decisão rescindenda basear-se em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de ca-sos repetitivos que, por assim dizer, haja considerado idênticas entre si a matéria debatida no processo e o padrão decisório em que se fundamentou, quando essa identidade inexistia.

O incidente de resolução de demandas repetitivas se encontra disciplinado pelos arts. 976 a 987.

§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica.” (NR)

• Comentário

Este parágrafo também foi acrescentado pela Lei n. 13.256/2016. Se a ação rescisória tiver como supedâneo o § 5º, do mesmo artigo, a norma legal atribui ao autor o encargo de demonstrar, de modo fundamentado, que o caso concreto, resolvido pela decisão

rescindenda, continha situação peculiar, caracterizada por hipótese distinta ou questão jurídica não examinada, por forma a impor so-lução jurídica diversa da que foi adotada.

Caso o autor não se desincumba desse encargo, a petição inicial será indeferida, por inépcia.

(3)

“Art. 988.

... ... III — garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;

...

• Comentário

O art. 988 sobre a reclamação.

Inciso III. Redação anterior:

“III — garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade”

Permitiu-se a reclamação não apenas no caso de inobservância de decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade, mas, também, de enunciado de súmula vinculativa, adotada pelo esse Tribunal.

Inciso IV. Redação anterior:

”IV — garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência”.

A reclamação, formulada com base neste inciso, passa a ser cabí-vel não mais com o objetivo de garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência, e sim, de acórdão emitido em tais processos.

§ 5º É inadmissível a reclamação:

I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada;

II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.

...” (NR)

• Comentário

Redação anterior:

“§ 5º É inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão”.

A norma não continha incisos. Estes foram acrescidos pela Lei n. 13.256/2016.

Inciso I. Constituía a parte final do caput do § 5º do art. 988.

É evidente que a reclamação não pode ser dirigida a decisão tornada indiscutível e imutável pela autoridade da coisa julgada

material, que constitui garantia expressa pelo art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Só a ação rescisória possui essa deferência do sistema.

Inciso II. Permite-se o uso da reclamação quando destinada a

assegurar a observância de acórdão proferido em recurso extraor-dinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão emitido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.

“Art. 1.029.

... ... § 2º (Revogado).

...

• Comentário

Dispunha o parágrafo revogado:

§ 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é ve-dado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção.

(4)

§ 5º ... I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;

... III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.” (NR)

• Comentário

Caput. Versa sobre os recursos extraordinário e especial.

Inciso I. Redação anterior:

“I — ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a in-terposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo”.

A alteração consistiu em substituir a expressão “no período com-preendido entre a interposição do recurso e sua distribuição”, por esta: “no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão

do recurso e sua distribuição”. De resto, manteve-se a frase: “ficando o

relator designado para seu exame prevento para julgá-lo”.

Inciso III. Redação anterior:

“III — ao presidente ou vice-presidente do tribunal lo-cal, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037”.

Alterações: a) substitui-se a referência ao presidente ou vice--presidente “do tribunal local”, por “tribunal recorrido”; b) inseriu-se a frase: “no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso”.

“Art. 1.030.

Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:

I — negar seguimento:

a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;

b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;

II — encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;

III — sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;

IV — selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;

V — realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:

a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos;

b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.

§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042.

§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.” (NR)

(5)

• Comentário

Caput. Redação anterior:

“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o re-corrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior”.

Substitui-se a expressão “os autos serão remetidos ao respecti-vo tribunal superior”por“os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:”. Em seguida, a norma passa a indicar, nos incisos I a V, o procedimento que o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido deverá adotar ao receber os autos, após o decurso do prazo para o oferecimento de contrarrazões.

Foram, ainda, acrescentados os §§ 1º e 2º.

Inciso I. São duas as situações em que o recurso extraordinário

deverá ter a sua admissibilidade (“seguimento”, diz a lei) denegada pelo presidente ou vice-presidente do tribunal a quo:

a) quando no recurso se estiver discutindo matéria constitucional à qual o STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral, ou interposto de acórdão que se encontre em conformidade com entendimento do STF manifestado no regime de repercussão geral;

b) quando o recurso extraordinário ou o recurso especial for interposto de acórdão que esteja em consonância com entendimento do STF ou do STJ — nessa ordem — expresso no regime de julgamento de recursos repetitivos.

Inciso II. Caso o acórdão recorrido divirja do entendimento

do STF ou do STJ, manifestado nos regimes de repercussão geral

• Comentário

§ 3º A norma declara haver repercussão geral sempre que o re-curso impugnar os acórdãos que menciona.

Inciso II. Dispunha o texto revogado:

“II — tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos”.

§ 7º Redação anterior

“§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º caberá agra-vo, nos termos do art. 1.042

Alterações: a) o agravo será interponível não apenas da decisão que indeferir o requerimento de que trata o § 6º, mas, também, que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos; b) o agravo, no caso, é o interno.

§ 10 Constava da norma revogada:

“§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal”.

ou de recursos repetitivos, respectivamente, o presidente ou vice--presidente do tribunal recorrido deverá encaminhar os autos ao órgão que proferiu o acórdão, para efeito de juízo de retratação.

Inciso III. Se o recurso disser respeito a controvérsia de caráter

repetitivo ainda não decidida pelo STF ou pelo STJ – segundo se cuide de matéria constitucional ou infraconstitucional – deverá ser sobrestado.

Inciso IV. O presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido

deverá selecionar o recurso como representativo de controvér-sia constitucional ou infraconstitucional, na forma do § 6.o do art. 1.036. O sobredito parágrafo estabelece que somente poderão ser selecionados os recursos admissíveis que possuam abrangente argumentação e discussão sobre a questão a ser decidida.

Inciso V. Deverá ser efetuado o juízo de admissibilidade; sendo

positivo, os autos serão encaminhados ao STF ou ao STF, conforme o caso, desde que:

a) O recurso ainda não tenha submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; b) O recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou

c) O tribunal recorrido tenha rejeitado o juízo de retratação. § 1ºSe a decisão for proferida com fundamento no inciso V po-derá ser impugnada mediante agravo dirigido ao tribunal superior, nos casos do art. 1.042.

§ 2ºSe a decisão fundar-se nos incisos I e III, será suscetível de interposição de agravo interno, nos termos do art. 1.021.

“Art. 1.035.

... ... § 3º ... II – (Revogado);

... § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno. ... § 10. (Revogado). ...” (NR)

“Art. 1.036.

... ... § 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. ...” (NR)

• Comentário

§ 3º Estava no texto anterior:

“§ 3º Da decisão que indeferir este requerimento caberá agravo, nos ter-mos do art. 1.042”.

Passou-se a aludir não ao agravo do art. 1.042, mas ao agravo interno.

(6)

“Art. 1.038.

... ...

§ 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida.” (NR)

• Comentário

§ 3º Esta era a redação anterior:

“§ 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis ou contrários”.

O conteúdo do acórdão deverá abranger a análise dos funda-mentos relevantes da tese jurídica discutida, e, não mais, de todos esses fundamentos. Por outro lado, excluiu-se a expressão: “favo-ráveis ou contrários”.

“Art. 1.041.

... ... § 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões.” (NR)

• Comentário

§ 2ºRedação anterior:

“§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente do tribunal,

depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de rati-ficação do recurso ou de juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões”.

Atribuiu-se, também ao vice-presidente do tribunal recorrido competência para determinar a remessa dos autos ao tribunal su-perior.

“Art. 1.042.

Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na apli-cação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. I — (Revogado); II — (Revogado); III — (Revogado). § 1º (Revogado); I — (Revogado); II — (Revogado); a) (Revogada); b) (Revogada).

§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. ...” (NR)

• Comentário

Caput. Redação anterior:

“Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão de presidente ou de vice-presiden-te do tribunal que:”

Inciso I. Constava do texto revogado:

“I — indeferir pedido formulado com base no art. 1.035, § 6º, ou no art. 1.036, § 2º, de inadmissão de recurso especial ou extraordinário intempestivo”.

Inciso II. Constava do texto revogado:

“II — inadmitir, com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extra-ordinário sob o fundamento de que o acórdão recorrido coincide com a orientação do tribunal superior”.

Inciso III. Constava do texto revogado:

“III — inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, § 8º, ou no art. 1.039, parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão cons-titucional discutida”.

(7)

§ 1º Constava do texto revogado:

“§ 1º Sob pena de não conhecimento do agravo, incumbirá ao agravante demonstrar, de forma expressa:”

Inciso I. Constava do texto revogado:

“I — a intempestividade do recurso especial ou extraordinário sobrestado, quando o recurso fundar-se na hipótese do inciso I do caput deste artigo”.

Inciso II. Constava do texto revogado:

“II — a existência de distinção entre o caso em análise e o precedente invo-cado, quando a inadmissão do recurso:

a) especial ou extraordinário fundar-se em entendimento firmado em jul-gamento de recurso repetitivo por tribunal superior;

b) extraordinário fundar-se em decisão anterior do Supremo Tribunal Fede-ral de inexistência de repercussão geFede-ral da questão constitucional discutida”.

§ 2º Constava do texto anterior:

“§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais.

Inseriu-se, no final da frase, a expressão “aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação”.

Art. 3º

Revogam-se os seguintes dispositivos da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): (Vigência)

I – art. 945;

II – § 2º do art. 1.029; inciso II do § 3º e § 10 do art. 1.035; §§ 2º e 5º do art. 1.037; incisos I, II e III do caput e § 1º, incisos I e II, alíneas “a” e “b”, do art. 1.042; incisos II e IV do caput e § 5º do art. 1.043.

• Comentário

Caput. Foram revogadas as seguintes disposições da Lei n.

13.256/2016:

Art. 945. Este era o texto revogado:

“Art. 945. A critério do órgão julgador, o julgamento dos recursos e dos processos de competência originária que não admitem sustentação oral poderá realizar-se por meio eletrônico.

§ 1º O relator cientificará as partes, pelo Diário da Justiça, de que o julga-mento se fará por meio eletrônico.

§ 2º Qualquer das partes poderá, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar memoriais ou discordância do julgamento por meio eletrônico. § 3º A discordância não necessita de motivação, sendo apta a determinar o julgamento em sessão presencial.

§ 4º Caso surja alguma divergência entre os integrantes do órgão julgador durante o julgamento eletrônico, este ficará imediatamente suspenso, de-vendo a causa ser apreciada em sessão presencial”.

§ 2º do art. 1.029. Este era o texto revogado:

”§ 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é ve-dado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção”.

Inciso II do § 3º e § 10 do art. 1.035. Este era o texto revogado:

“II — tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos”. “§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal”.

§§ 2º e 5º do art. 1.037.Este era o texto revogado:

“§ 2º É vedado ao órgão colegiado decidir, para os fins do art. 1.040, ques-tão não delimitada na decisão a que se refere o inciso I do caput. § 5º Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar da publi-cação da decisão de que trata o inciso I do caput, cessam automaticamente, em todo o território nacional, a afetação e a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal”.

Incisos I, II e III do caput e § 1º, incisos I e II, alíneas “a” e “b”, do art. 1.042. Este era o texto revogado:

“I — indeferir pedido formulado com base no art. 1.035, § 6º, ou no art. 1.036, § 2º, de inadmissão de recurso especial ou extraordinário intem-pestivo;

II — inadmitir, com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extra-ordinário sob o fundamento de que o acórdão recorrido coincide com a orientação do tribunal superior;

III — inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, § 8º, ou no art. 1.039, parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão cons-titucional discutida”.

“§ 1º Sob pena de não conhecimento do agravo, incumbirá ao agravante demonstrar, de forma expressa:

I — a intempestividade do recurso especial ou extraordinário sobrestado, quando o recurso fundar-se na hipótese do inciso I do caput deste artigo; II — a existência de distinção entre o caso em análise e o precedente invo-cado, quando a inadmissão do recurso:

a) especial ou extraordinário fundar-se em entendimento firmado em jul-gamento de recurso repetitivo por tribunal superior;

b) extraordinário fundar-se em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal de inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida”.

Incisos II e IV do caput e § 5º do art. 1.043.Este era o texto

revogado:

“II — em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do jul-gamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade; IV — nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal”.

“§ 5º É vedado ao tribunal inadmitir o recurso com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção”

Art. 4º

Esta Lei entra em vigor no início da vigência da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

• Comentário

Escrevemos no livro Comentários ao Novo Código de Processo Civil

sob a Perspectiva do Processo do Trabalho:

“Considerando-se:

a) que a Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015, instituidora do atual CPC, foi publicada no Diário Oficial do dia 17 do mesmo mês e ano;

b) o disposto na Lei Complementar n. 95/1988, art. 8º, §§ 1º e 2º, verbis: “§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis

que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. § 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial”;

c) a declaração constante dos arts. 1º, 2º, e 3º, da Lei n. 810, de 6.9.1949, que define o ano civil: “Art. 1º Considera-se ano o período

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de doze meses contado do dia do início ao dia e mês correspondentes do ano seguinte; Art. 2º Considera-se mês o período de tempo contado do dia do início ao dia correspondente do mês seguinte; Art. 3º Quando no ano ou mês do vencimento não houver o dia correspondente ao do início do prazo, êste findará no primeiro dia subsequente”,

temos que o novo Código de Processo Civil entrará a vigor em 18 de março de 2016.

A propósito, na mesma linha do critério perfilhado pela Lei Complementar n. 95/1998, o Código Civil, no art. 132, § 3º — que trata da condição, do termo e do encargo atinentes aos negócios jurí-dicos —, estabelece: “Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual

número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência”.

É razoável supor que se possa vir a contestar, com fundamento no art. 2º da Lei Complementar n. 95/1998, a data do início da vi-gência do novo CPC, por nós apontada; diante disso, devemos redarguir, em caráter proléptico, que o sobredito dispositivo legal ordena que conste da norma legal: “esta lei entra em vigor após

decor-ridos (o número de) dias de sua publicação oficial” (destacamos), sendo

que, no caso da Lei instituidora do novo CPC, a expressão utilizada na redação do art. 1.045 foi: “Este Código entra em vigor após

decor-rido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial” (destacamos). Para

resumir e clarificar: se o critério da Lei n. 13.105 fosse baseado em dias, por certo o CPC passaria a viger a contar de 16 de março de 2016 (365 dias); como o critério foi estabelecido em ano, a vigência dar-se-á em 18 do mês e ano mencionados.

O art. 1.220 do CPC de 1973 era mais preciso, pois indicava a data do início da sua vigência: 1º de janeiro de 1974, não deixando, com isso, margem a controvérsias a respeito do assunto.

A vacatio legis é necessária para que todos tomem conhecimento do novo texto legal e, a partir de sua vigência, submetam-se a ele”.

Logo, a Lei n. 13.256, de 4 de fevereiro de 2016, também passará a vigorar a partir de 18 de março do mesmo ano.

Brasília, 4 de fevereiro de 2016; 195º da Independência e 128º da República.

DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Luís Inácio Lucena Adams

Referências

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