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Adultos nunca unidos: uma análise das correlações entre relações de gênero e vulnerabilidade socioeconômica no Brasil. Resumo

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Adultos nunca unidos: uma análise das correlações entre relações de gênero e vulnerabilidade socioeconômica no Brasil

Resumo

O objetivo do estudo é investigar a distribuição espacial de indivíduos não unidos no território brasileiro e analisar suas possíveis correlações com condições estruturais, tal como relações de gênero e vulnerabilidade socioeconômica, e características individuais, como gênero, raça e escolaridade. Os dados utilizados são oriundos dos microdados dos censos demográficos de 2000 e 2010. Foram realizadas regressões logísticas com as variáveis raça, educação, exercício da atividade remunerada na semana de referência do censo e religião para as cinco Grandes Regiões brasileiras. Os resultados apontam para uma maior probabilidade de mulheres com nível superior permanecerem não unidas e, na maioria dos casos, foi identificada uma maior probabilidade de não união dentre as mulheres ativas no mercado de trabalho, o que pode correlacionar-se com a baixa igualdade de gênero no âmbito doméstico. Os resultados das análises do gênero masculino, por sua vez indicam relações não significativas com escolaridade em alguns casos, além de uma forte associação negativa entre exercício de atividade remunerada e não união, o que pode estar correlacionado com a baixa atratividade de homens em condição de vulnerabilidade socioeconômica no mercado de casamentos.

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Introdução

A emergência da não união como estilo de vida representa uma resposta à insatisfação com o casamento como comportamento normativo e correlaciona-se com mudanças nos valores sociais relacionados à família (STEIN, 2015).

Na América Latina, apesar da manutenção de níveis de matrimônio relativamente altos, têm-se transformações significativas no âmbito de formação de famílias, como o aumento das coabitações, diminuição do número médio de indivíduos por domicílio e emergência de domicílios chefiados por mulheres (FUSSEL & PALLONI, 2004). No contexto das mudanças políticas, econômicas e sociais das últimas décadas, com destaque para expansão educacional e transformações nas relações de gênero, a análise do fenômeno da não união fornece subsídios para a compreensão das transformações ligadas à família, possibilitando estabelecer correlações entre características dos indivíduos nunca unidos e sua atratividade no mercado de casamentos e possíveis custos de ingressar em uma união.

Destaca-se ainda que o estado conjugal, especificamente a não união, é intrinsecamente correlacionado às questões emocionais, suporte econômico, bem-estar e saúde, sobretudo nas idades mais avançadas (PINQUART & SORENSEN, 2011; KALMIJN, 2013). Além disso, apesar da tendência de dissociação entre união marital e fecundidade proposta na teoria de Segunda Transição Demográfica (LEASTAGHE, 2007), uma forte associação entre casamento e fecundidade ainda é identificada pela literatura.

Com o advento da industrialização no século XIX, os indivíduos não unidos, sobretudo as mulheres, tiveram uma perda significativa de status na sociedade ocidental. Mulheres solteiras deixaram de assumir cargos de importância que lhes eram atribuídos, como administração pública ou de conventos, tornando-se membros marginalizados e discriminados em decorrência de normas sociais (VINICIUS, 1985; BAUMBUSCH, 2004).

Recentemente, são identificadas transformações significativas no âmbito da formação de domicílios na sociedade ocidental, como o aumento de divórcios e coabitação. Tais transformações, atribuídas por alguns autores às mudanças ideacionais ligadas à Segunda Transição (LEASTAGHE, 2007) e à revolução de

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gênero em curso, culminaram na diminuição das sanções normativas para aqueles que não ingressam em uma união.

Apesar da maior tolerância com relação a não união, não necessariamente existe um aumento do interesse dos indivíduos em permanecer solteiros, tal como ilustra Thornton (1989) ao analisar as mudanças de valores de norte-americanos no que tange à formação de família.

Ressalta-se ainda que embora a não união não seja o comportamento desejado pela maioria, este fenômeno não deve ser analisado de forma negativa. Sabe-se que o status marital é altamente correlacionado com o bem-estar. Usualmente, a vantagem em termos de qualidade de vida é atribuída pela literatura aos indivíduos casados. Contudo, no que se refere aos domínios práticos, como questões financeiras, afazeres domésticos e emocionais, os adultos solteiros apresentam um maior nível de autossuficiência se comparados aos unidos (GORDON, 1994; PUDROVSKA et al, 2006).

No que se refere aos resultados empíricos, identificou-se na Europa uma variação percentual de pessoas de 40 anos que nunca experimentaram uma união entre 3% na Dinamarca e 10% na Irlanda e Itália (BELLANI et al, 2017). Em países do Leste Asiático como Japão, Taiwan, Coréa do Sul e Hong Kong, as proporções de indivíduos aos 30 anos nunca unidos mostram-se ainda mais elevadas que as europeias (JONES, 2007), principalmente em decorrência da extensa jornada de trabalho e relações de gênero assimétricas no âmbito público e privado.

No caso do Brasil, segundo Vieira (2014), foi identificado um aumento significativo (de 5% para 6,9%) de mulheres nunca unidas no grupo etário de 45 a 49 anos entre a DHS de 1996 e a PNDS realizada em 2006. Vieira destaca que o fenômeno mostra-se ainda mais acentuado nas classes A e B e que possivelmente estaria associado a uma maior independência destas mulheres, diminuição da importância da formação de família e dificuldades de conciliação entre carreira e vida conjugal. Apesar de certa tendência de manutenção de idade média à união na América Latina, o aumento da idade média ao ingressar no casamento formal identificado no Brasil por Vieira (2014) entre 2000 e 2010 (de 31,5 anos para 33,5, no caso dos homens e de 28,8 para 31,2 para as mulheres, corrobora o padrão descrito por

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Cherlin (1980) de aumento da proporção de mulheres que permanecerão solteiras durante toda a sua vida.

Considerando o contexto descrito, o objetivo do estudo é investigar a distribuição espacial da proporção de indivíduos não unidos no território brasileiro e analisar suas possíveis correlações com condições estruturais, tal como relações de gênero e vulnerabilidade socioeconômica, e características individuais, como gênero, raça e escolaridade. Para tanto, foi realizada uma revisão da literatura acerca dos temas supracitados e, em seguida, são apresentadas análises descritivas. Por fim, foram estimados modelos logísticos com microdados para cinco regiões brasileiras a fim de identificar possíveis distinções regionais quanto à correlação das variáveis em questão, além de prover uma análise no nível do indivíduo.

Espera-se que a não união de mulheres se correlacione negativamente com variáveis de igualdade de gênero no mercado de trabalho. Acredita-se que o Brasil esteja em uma fase intermediária da Revolução de Gênero, com um aumento expressivo participação feminina em instituições de cunho individual e baixa igualdade de gênero em instituições voltadas para a família, conforme divisão estabelecida por McDonald (2010). Deste modo, não unir-se seria uma alternativa para as dificuldades em conciliar a esfera pública e doméstica.

Além disso, espera-se encontrar uma correlação negativa entre vulnerabilidade socioeconômica e a não união, dado que os casamentos, sobretudo os informais, são tidos como forma de construção de redes de suporte econômico entre os mais vulneráveis na América Latina (FUSSEL & PALLONI, 2004). Nesse sentido, em contextos de alta qualificação da mulher e ampla atuação no mercado de trabalho formal, variáveis que podem ser indicadores de status socioeconômico, espera-se um maior nível de indivíduos não unidos, o que corrobora a hipótese da relação entre não união e relações de gênero proposta anteriormente.

Não união e relações de gênero

A teoria clássica de Becker (1981) é uma das precursoras na análise de custos e benefícios da união. Utilizando o pressuposto da teoria microeconômica de escolha racional, o indivíduo optaria por entrar ou não em uma união se esta decisão resultasse em maximização de utilidade. Nesse sentido, Becker indica que em

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contextos de baixa igualdade de gênero os ganhos do casamento são maiores em um modelo de especialização do trabalho por sexo, ou modelo breadwinner, em que a mulher se dedicaria ao trabalho doméstico e o homem às atividades remuneradas. O aumento da independência econômica feminina faria com que uma união inserida no modelo de especialização, descrito por Becker, deixasse de ser vantajoso. Neste contexto, a não união de adultos estaria associada a uma incoerência nos níveis de equidade de gênero nas esferas pública e privada, característica de uma revolução de gênero ainda incompleta.

Relações semelhantes entre as fases de igualdade de gênero e fecundidade foram descritas pela literatura. Segundo os autores, a primeira fase da revolução de gênero, em que o modelo de casamento predominante é o breadwinner descrito por Becker, estaria associada a uma alta fecundidade. Em um estágio intermediário, em que as mulheres aumentam sua participação no mercado de trabalho apesar da desigualdade de gênero no âmbito privado e instituições ligadas a família, a fecundidade se encontraria em níveis muito baixos. Ao completar a revolução de gênero, por fim, os países alcançariam uma recuperação nos níveis de fecundidade, como observado nos países nórdicos, os mais avançados em questões de gênero segundo a literatura (MCDONALD, 2000; CHESNAIS, 1996).

Empiricamente, a análise da igualdade de gênero associada ao casamento aponta para uma correlação negativa entre nível educacional e ingresso em uniões nos casos de relações assimétricas de gênero, como na Itália e países do Leste Asiático. De forma contrária, em sociedades cuja divisão do trabalho no domicílio mostra-se mais igualitária, como nos EUA e Suécia, tem-se uma relação positiva ou insignificante entre os níveis educacionais femininos e o ingresso em uniões (Qian & Quian, 2014).

O casamento, seja formal ou informal, é central para vida social no contexto latino americano, configurando uma importante instituição cultural (FUSSEL & PALLONI, 2004). No entanto, o descompasso nas relações de gênero na esfera pública e privada aumenta o custo de oportunidade para a entrada em uma união, sobretudo para as mulheres mais escolarizadas, o que pode estar relacionado aos níveis de não união, divórcio e insatisfação marital.

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No período de 1960 a 1980 houve uma expansão significativa dos níveis educacionais e participação da força de trabalho feminina na América Latina, atividades conflitantes com a formação de família (FUSSEL & PALLONI, 2004). Vários autores apontam que o aumento da independência econômica feminina estaria associada à diminuição dos ganhos ligados à especialização por gênero e, consequentemente, à capacidade de mulheres se manterem fora de uniões (CHERLIN, 1979; BECKER, 1981), ao menos na primeira fase da revolução de gênero. Supondo uma baixa igualdade de gênero na esfera privada no Brasil, os argumentos supracitados fornecem subsídios para hipótese de uma correlação positiva entre a participação da mulher no mercado de trabalho e a não união.

Ressalta-se, portanto, que os custos e benefícios do casamento (ou da não união) são diferentes para homens e mulheres. Imagens e estereótipos negativos, por exemplo, são majoritariamente atribuídos ao gênero feminino em detrimento do masculino (SHOSTAK,1987), o que sugere que o status de não união tem um maior custo para as mulheres sob a ótica das normas sociais. Por outro lado, a magnitude dos impactos positivos da não união na carreira feminina é amplamente abordada pela literatura (HAVENS, 1973; SMITH, 1979; HOUSEKNECHT et. al, 1987), o que sugere que as mulheres gozam de maiores benefícios financeiros quando permanecem solteiras.

Vulnerabilidade socioeconômica

Desde a era Malthusiana os casamentos eram intrinsecamente correlacionados com a economia, funcionando como xeque preventivo para o crescimento populacional. Nesse contexto, a diminuição das taxas de uniões consistia em uma resposta quase imediata à ocorrência de crises econômicas. Estudos para os períodos recentes no contexto europeu apontam evidências de que o cenário de incerteza econômica e níveis de desemprego têm um efeito deletério nas relações familiares, ocasionando altos níveis de divórcio e diminuição da ocorrência de uniões (LEASTER, 2008). No entanto, estes padrões não são universais, variando conforme questões estruturais como o contexto socioeconômico macro de cada país, grau de secularização e igualdade de gênero.

No contexto latino americano observa-se uma ocorrência histórica da coabitação tradicional, praticada por pelos indivíduos menos escolarizados de extratos sociais

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mais baixos (COVRE-SUSSAI & MATTHIJS, 2010; ESTEVE et al, 2012). Ao contrário do padrão observado em países desenvolvidos, onde a coabitação é vinculada ao processo de modernização, independência feminina e igualdade de gênero, na América Latina a coabitação usualmente está relacionada à escassez de recursos e baixas expectativas no âmbito econômico (COVRE-SUSSAI & MATTHIJS, 2010; SASSLER & MILLER, 2011). Nesse sentido, a coabitação é tida como meio de suporte socioeconômico e expansão da rede de interpessoal para os extratos sociais mais vulneráveis (FUSSEL & PALLONI, 2004), o que pode estar associado a um maior nível de não união dentre os mais escolarizados.

Metodologia

Os dados para a construção da variável dependente foram extraídos dos microdados dos censos demográficos de 2000 e 2010. Foram selecionados indivíduos entre 40 e 54 anos que nunca viveram em uma união consensual. A seleção de pessoas com mais de 40 anos deu-se em função da alta probabilidade destes indivíduos nunca experimentarem uma união (DYKSTRA & POORTMAN, 2010). Para obtenção de uma amostra mais homogênea foram excluídos os indivíduos com 55 anos ou mais.

Realizou-se uma análise descritiva da não união em cada um dos estados brasileiros e, posteriormente, a fim de analisar diferentes associações entre a não união e as questões de gênero e vulnerabilidade socioeconômica, foram realizados modelos logísticos em cada uma das regiões brasileiras para os anos de 2000 e 2010. Com o intuito de captar diferentes efeitos entre homens e mulheres, os modelos foram realizados separadamente para os dois sexos.

Os modelos contam com variáveis dummy de raça (brancos x não brancos) e religião católica (católicos ou não católicos). Como próxi de vulnerabilidade socioeconômica e, no caso das mulheres, de relações de gênero, os modelos contam com uma variável de escolaridade (nível superior completo ou não) e trabalho (execução ou não de atividade remunerada na semana de referência). As análises dos dados foram realizadas utilizando o software STATA versão 13.

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Resultados

A não união de homens e mulheres segue um padrão espacial no território brasileiro, tal como apresentado nas Figuras 1 e 2. Em um cômputo geral, em 2010, verifica-se uma maior proporção de pessoas nunca unidas no Nordeste (9,0%) e Sudeste (9,5%), padrão identificado também no ano de 2000. A região Centro – Oeste aparece em seguida no ranking, com níveis moderados de não união se comparado às demais regiões (7,6%). As regiões Nordeste e Sul têm as menores proporções de nunca unidos, com 7,0% e 6,6% respectivamente.

A figura evidencia também a semelhança nos níveis de não união entre homens e mulheres, o que indica uma forte correlação de status marital entre o gênero masculino e feminino. Além disso, a figura demonstra o aumento significativo e generalizado de homens e mulheres não unidos entre os anos de 2000 e 2010.

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Figura 1 – Percentual de homens (esquerda) e mulheres (direita) nunca unidos nos anos de 2000

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Figura 2 – Percentual de homens (esquerda) e mulheres (direita) nunca unidos nos anos de 2010

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No que se refere à distribuição de nunca unidos conforme raça (Tabela 1), no ano de 2010 foi identificada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste uma maior proporção de nunca unidos dentre as pessoas que se autodeclararam pretas, correspondendo a 7,3%, 9,1% e 9,0%, respectivamente. Nas regiões Sudeste e Sul, o resultado mais expressivo foi o de indivíduos amarelos (12,5% e 10,8%, respectivamente). No âmbito nacional, os resultados são semelhantes entre pretos (10,4%) e amarelos (10,5%), raças cuja proporção de nunca unidos mostra-se significativamente superior às das demais. No cômputo geral, os indivíduos brancos e pardos nunca unidos correspondem cada um a 8,5% do total. Os indígenas, que apresentam os mais baixos níveis de não união na maioria dos estados, somam 6,7% de indivíduos não unidos no Brasil.

Tabela 1 – Proporção de nunca unidos por raça declarada

UF Branca Preta Amarela Parda Indígena Total

Rondônia 4,6% 6,4% 4,4% 5,4% 3,7% 5,2% Acre 6,0% 6,6% 1,8% 5,5% 2,9% 5,6% Amazonas 8,2% 7,2% 6,6% 7,2% 6,0% 7,3% Roraima 5,3% 4,8% 11,6% 6,3% 5,8% 6,0% Pará 7,0% 8,1% 6,3% 7,1% 10,7% 7,1% Amapá 6,2% 6,2% 8,7% 6,3% 3,9% 6,3% Tocantins 7,2% 8,4% 5,0% 7,9% 4,1% 7,7% Região Norte 6,7% 7,3% 3,6% 6,9% 6,9% 7,0% Maranhão 7,7% 8,6% 7,2% 7,6% 6,7% 7,7% Piauí 10,4% 10,6% 9,4% 10,0% 15,1% 10,2% Ceará 10,9% 10,4% 8,3% 10,1% 10,8% 10,4%

Rio Grande do Norte 9,4% 8,2% 7,6% 8,2% 1,3% 8,6%

Paraíba 9,6% 8,5% 7,4% 9,2% 5,2% 9,3% Pernambuco 10,2% 9,9% 8,6% 9,1% 8,6% 9,6% Sergipe 8,2% 8,7% 6,6% 7,7% 8,8% 7,9% Bahia 9,8% 9,4% 3,7% 9,0% 8,8% 9,6% Região Nordeste 9,1% 9,2% 8,7% 8,8% 6,9% 9,0% Minas Gerais 10,9% 13,6% 8,4% 10,8% 5,5% 11,1% Espírito Santo 7,2% 8,5% 5,5% 7,6% 7,4% 7,5% Rio de Janeiro 9,4% 11,0% 7,8% 9,1% 5,7% 9,5% São Paulo 9,0% 12,0% 15,7% 8,6% 7,9% 9,2% Região Sudeste 9,4% 11,3% 12,5% 9,2% 6,9% 9,5% Paraná 7,3% 9,4% 10,7% 7,1% 4,4% 7,4% Santa Catarina 5,7% 8,8% 3,5% 5,6% 5,2% 5,8%

Rio Grande do Sul 7,2% 10,7% 7,1% 7,4% 4,5% 7,4%

Mato Grosso do Sul 6,9% 10,0% 7,4% 6,9% 4,6% 7,0%

Região Sul 6,4% 7,8% 10,8% 6,6% 5,1% 6,6%

Mato Grosso 5,2% 7,0% 7,4% 6,7% 6,4% 6,1%

Goiás 7,6% 8,8% 7,5% 7,2% 5,6% 7,5%

Distrito Federal 8,7% 10,9% 10,2% 9,1% 5,5% 9,1%

Região Centro - Oeste 7,3% 9,0% 6,2% 7,6% 5,6% 7,6%

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Fonte: IBGE, Censo demográfico de 2010. Elaboração própria

A distribuição por nível de instrução (Tabela 2) aponta para uma maior proporção de pessoas nunca unidas com nível superior completo em todas as regiões brasileiras no ano de 2010. Este mesmo padrão é identificado para todos os estados, com uma proporção de nunca unidos com nível superior completo variando entre 14,7% no Piauí e 6,6% em Rondônia. Quanto ao menor nível de escolaridade, o de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, são identificadas proporções nunca unidos significativamente distintas entre os estados, variando entre 5,0% em Rondônia e 9,4% no Rio de Janeiro e Ceará. No Brasil, a proporção de não unidos com fundamental completo ou ensino médio incompleto é a mais baixa dentre os níveis de escolaridade (7,6%), seguida do ensino médio completo e superior incompleto (8,3%) e ensino fundamental incompleto ou sem instrução (9,0%). A proporção de indivíduos de nível superior completo nunca unidos na escada nacional é de (11,3%).

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UF Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Superior Completo Total Rondônia 5,0% 4,5% 5,4% 6,6% 5,2% Acre 5,3% 4,1% 6,2% 8,1% 5,6% Amazonas 6,4% 6,6% 8,6% 9,7% 7,3% Roraima 6,5% 5,3% 4,3% 7,8% 6,0% Pará 6,3% 6,4% 8,5% 11,6% 7,1% Amapá 5,5% 6,0% 6,6% 8,9% 6,3% Tocantins 7,9% 5,9% 7,0% 9,2% 7,7% Região Norte 6,3% 6,2% 8,0% 10,3% 7,0% Maranhão 6,6% 7,5% 10,4% 11,8% 7,7% Piauí 9,1% 9,2% 12,9% 14,7% 10,2% Ceará 9,4% 9,1% 12,4% 14,3% 10,4%

Rio Grande do Norte 7,8% 7,2% 9,8% 12,9% 8,6%

Paraíba 8,7% 7,7% 10,4% 12,8% 9,3% Pernambuco 8,8% 8,3% 10,8% 13,6% 9,6% Sergipe 7,2% 7,6% 8,7% 11,1% 7,9% Bahia 8,5% 7,8% 10,0% 11,6% 9,0% Região Nordeste 8,4% 8,1% 10,7% 12,9% 9,2% Minas Gerais 11,0% 10,0% 11,2% 13,3% 11,1% Espírito Santo 7,2% 6,5% 7,7% 9,4% 7,5% Rio de Janeiro 9,4% 8,7% 9,1% 11,2% 9,5% São Paulo 8,7% 8,1% 8,9% 12,1% 9,2% Região Sudeste 9,4% 8,6% 9,3% 12,0% 9,6% Paraná 7,3% 5,9% 7,3% 9,6% 7,4% Santa Catarina 6,0% 4,7% 5,6% 7,3% 5,8%

Rio Grande do Sul 7,7% 5,6% 7,1% 9,7% 7,4%

Mato Grosso do Sul 7,2% 5,5% 6,8% 9,1% 7,0%

Região Sul 6,6% 5,4% 6,4% 8,3% 6,6%

Mato Grosso 6,2% 4,6% 6,0% 7,9% 6,1%

Goiás 7,4% 6,2% 7,7% 9,6% 7,5%

Distrito Federal 8,0% 9,3% 9,7% 9,6% 9,1%

Região Centro - Oeste 7,1% 6,7% 8,0% 9,2% 7,6%

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Fonte: IBGE, Censo demográfico de 2010. Elaboração própria

O Gráfico 1, exposto abaixo, evidencia a alta correlação entre a não união de homens e mulheres. Os dois pontos mais afastados da distribuição representam os estados do Distrito Federal, com 10,4% das mulheres nunca unidas e apenas 7,5% dos homens, e Minas Gerais, com 12,6% dos homens solteiros e 10,2% das mulheres. Apesar de serem fenômenos correlacionados, ressalta-se que a proporção de homens nunca unidos em 2010 é maior que a de mulheres na maioria dos estados, tal como evidenciado nos mapas apresentados acima.

Gráfico 1 – Correlação entre não união masculina e feminina

4.16149 Smulheres 10.6392 +---+ 5.99501 + * ** | * * | | * | * * * * | * * ** | * * s | * * n | * * e | m | * * * * o | * h | * S | | | | | | | * 12.0569 +

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Os Quadros 1 e 2 abaixo apresentam resultados da análise de correlação entre características individuais e a não união. A análise de raça indica relações divergentes entre as regiões e períodos analisados (anos de 2000 e 2010). No caso dos homens, apenas as Regiões Centro-oeste e Sul apresentam relações significativas entre não união e raça em um nível de 5% no ano de 2000. No ano de 2010, por sua vez, apenas a correlação da região Sul se mantém significativa. Em ambas as regiões, os resultados apontam para menores chances de um homem branco permanecer solteiro na vida adulta. Para as mulheres, por sua vez, esta relação mostra-se significativa em todas as regiões, com exceção do Norte. Ressalta-se que, enquanto nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul, as mulheres brancas apresentam chances pouco menores permanecerem solteiras, na região Nordeste a relação é inversa em ambos os anos, 2000 e 2010.

No que se refere à escolaridade, ressalta-se que em todas as regiões a relação com a união mostrou-se significativa para o sexo feminino. As mulheres com nível superior completo têm uma maior probabilidade de permanecerem solteiras em todas as unidades de análise. Nota-se que no ano de 2000 essa relação é ainda mais forte se comparada ao ano de 2010, o que pode correlacionar-se com a expansão educacional ocorrida no passado e os diferentes impactos da aquisição do nível superior em coortes distintas. A correlação entre não união masculina e a conclusão do nível superior, no entanto, mostra-se significativa em um nível de 5% apenas no Sudeste, no caso do ano 2000, e Nordeste, no caso do ano de 2010. Em ambos os casos, os homens que concluíram o ensino superior apresentam chances sutilmente maiores de não se unirem.

Quanto ao exercício de atividade remunerada na semana de referência, variável próxi das relações de gênero no âmbito público no caso das mulheres, observa-se uma associação positiva e significativa entre a não união feminina e a atuação no mercado de trabalho maioria dos casos. Na região Sul, por sua vez, a correlação é negativa (e significativa em um nível de 10% de confiança). Estes padrões podem estar correlacionados com a revolução de gênero que, em seu último estágio, diminui os custos de entrada na união para as mulheres que atuam no mercado de trabalho. No caso dos homens, observa-se uma forte correlação negativa entre não união e exercício de atividade remunerada (na maioria dos casos, os homens que trabalham têm aproximadamente 70% menos chances de estarem solteiros).

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Quanto à religião, observou-se uma associação positiva entre o catolicismo e a não união, com exceção do Nordeste no de 2000.

Quadro 1 – Resultados da correlação entre não união e raça, exercício de atividade remunerada, conclusão de nível superior e religião católica, ano de 2000.

Homens

Região Raça remuneradoTrabalho Nível superior Religiãocatólica OR P > z OR P > z OR P > z OR P > z Norte 0.93 0.305 0.36 0.000 1.31 0.029 1.53 0.000 Nordeste 1.03 0.191 0.31 0.000 1.15 0.011 0.99 0.956 Centro-oeste 0.88 0.002 0.34 0.000 0.86 0.098 1.08 0.066 Sudeste 1.02 0.107 0.36 0.000 1.03 0.000 1.14 0.000 Sul 0.86 0.000 0.31 0.000 1.03 0.504 0.91 0.450 Mulheres

Região Raça remuneradoTrabalho Nível superior Religiãocatólica OR P > z OR P > z OR P > z OR P > z Norte 1.14 0.020 1.36 0.000 2.84 0.000 1.62 0.000 Nordeste 1.11 0.000 1.25 0.000 2.32 0.000 1.26 0.000 Centro-oeste 0.97 0.005 1.72 0.000 2.32 0.000 1.08 0.066 Sudeste 0.83 0.000 1.67 0.000 2.25 0.000 1.07 0.098 Sul 0.76 0.000 1.31 0.000 2.70 0.000 1.15 0.000

*Categorias de referência: Raça não branca, não exercício de atividade remunerada, não conclusão do nível superior e não pertencente à religião católica.

Fonte: Censo demográfico, 2010. Elaboração própria.

Quadro 2 – Resultados da correlação entre não união e raça, exercício de atividade remunerada, conclusão de nível superior e religião católica, ano de 2010.

Homens

Região Raça remuneradoTrabalho Nível superior Religiãocatólica OR P > z OR P > z OR P > z OR P > z Norte 0.87 0.012 0.37 0.000 1.08 0.404 1.37 0.000 Nordeste 1.01 0.567 0.31 0.000 1.35 0.000 1.15 0.000 Centro-oeste 0.91 0.019 0.30 0.000 0.93 0.336 1.33 0.000 Sudeste 0.98 0.181 0.31 0.000 1.04 0.073 1.25 0.000 Sul 0.90 0.000 0.29 0.000 0.93 0.161 1.13 0.000 Mulheres

Região Raça remuneradoTrabalho Nível superior Religiãocatólica OR P > z OR P > z OR P > z OR P > z Norte 0.95 0.448 1.07 0.151 2.08 0.000 1.43 0.000 Nordeste 1.07 0.000 1.07 0.000 1.76 0.000 1.25 0.000 Centro-oeste 0.94 0.000 1.14 0.001 1.88 0.000 1.17 0.000 Sudeste 0.82 0.000 1.15 0.000 1.86 0.000 1.17 0.000 Sul 0.83 0.000 0.93 0.007 2.21 0.000 1.07 0.008

*Categorias de referência: Raça não branca, não exercício de atividade remunerada, não conclusão do nível superior e não pertencente à religião católica.

Fonte: Censo demográfico, 2010. Elaboração própria.

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O presente estudo ressalta a importância de considerar contextos regionais específicos, sobretudo no que se refere às relações de gênero, para análise da não união no Brasil. Apesar de similaridades no percentual de nunca unidos, os resultados apontam relações distintas entre as variáveis analisadas e propensão de entrada em uma união. Contudo, em todos os períodos e unidades de análise, faz-se possível a identificação de dois perfis mais propensos a não união: Homens não inseridos no mercado de trabalho e mulheres com nível superior completo.

No que tange à vulnerabilidade socioeconômica, os resultados apontam para forte correlação entre não união e conclusão de nível superior para as mulheres. Estes efeitos corroboram a hipótese inicialmente proposta, de que a não união seria menos expressiva nas classes sociais mais baixas. Ressalta-se que a forte correlação entre as variáveis de escolaridade e não união no ano 2000 devem analisadas considerando o contexto da expansão educacional em curso, sobretudo feminina, e perfil de egressos no nível superior das coortes de 40 a 54 anos no ano em questão e na década posterior (2010).

A correlação entre a não união e o exercício de atividade remunerada na semana de referência, que aponta, na maioria dos casos, para uma a maior probabilidade de mulheres ingressas no mercado de trabalho permanecerem não unidas, também corrobora a hipótese de desigualdade de gênero no âmbito privado. Acredita-se, nesse sentido, que nas regiões com maiores níveis de equidade de gênero na esfera pública as mulheres têm menor propensão de aceitar comportamentos que demonstrem assimetria de gênero do domicílio (GREENSTEIN, 2009; QUIAN & SAYER, 2016).

No caso dos homens, no entanto, não foram identificadas correlações estatisticamente significativas entre não união e conclusão do ensino superior na maioria dos casos, o que pode estar relacionado à ocorrência de hipergamia, união em que o homem é mais escolarizado que a mulher. Com a ocorrência de hipergamia, a não união de mulheres de alta escolaridade não necessariamente acarreta na diminuição de homens de alta escolaridade se unirem, já que estes por vezes selecionam parceiras menos escolarizadas. Apesar da diminuição expressiva da ocorrência de hipergamia no Brasil, descrita por Ribeiro et al (2009), esta consistia em uma forte norma social, sobretudo nas décadas passadas. Além disso,

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este resultado indica maior atratividade de homens de alta escolaridade no mercado de casamento se comparados às mulheres, mais uma vez corroborando a hipótese de relações de gênero desiguais no âmbito doméstico.

Ainda tratando-se do sexo masculino, existe uma forte correlação negativa entre atuação no mercado de trabalho e não união para os homens, resultado divergente do identificado para o sexo feminino. Este resultado evidencia a baixa atratividade de homens em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mercado de casamentos, relação evidenciada por Qian (1998).

No que se refere à religião católica, o resultado unânime de correlação positiva com a não união identificado em 2010 pode se correlacionar com a heterogeneidade de seus membros, que por vezes declaram-se católicos apesar de não frequentarem as cerimônias ou seguirem as diretrizes propostas pela religião.

Quanto à raça, ressalta-se que em alguns contextos esta característica parece não correlacionar-se com o fenômeno da não união. Na maioria dos casos em que a relação é significativa, os indivíduos brancos mostram-se menos propensos a não se unirem. Estas diferenças podem indicar diferenças na percepção de satisfação marital já identificadas pela literatura: Segundo Broman (1993) os indivíduos negros tendem a perceber seus relacionamentos com menos harmonia e, consequentemente, percebem a união de forma menos satisfatória.

Por fim, ressalta-se que estudos futuros acerca da satisfação marital, igualdade de gênero na esfera privada e análise da ocupação das mulheres são necessários para investigação dos modelos aquisição de renda no domicílio (modelo de especialização versus participação feminina no mercado). A partir destes estudos, faz-se possível aprimorar a análise dos custos de ingresso em uma união no que se refere às relações de gênero.

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