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Quais os direitos assegurados a categoria dos empregados domésticos?

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Academic year: 2021

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Quais os direitos assegurados a categoria dos empregados domésticos?

1. Carteira de Trabalho e Previdência Social – Devidamente anotada, especificando-se as condições do contrato de trabalho (data de admissão, salário ajustado e condições especiais, se houver). As anotações devem ser efetuadas no prazo de quarenta e oito horas, depois de entregue a Carteira de Trabalho pelo empregado, quando da sua admissão. A data de admissão a ser anotada corresponde à do primeiro dia de trabalho, mesmo em contrato de experiência;

2. Salário mínimo proporcional às horas trabalhadas – Fixado em lei (art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal);

3. Irredutibilidade salarial – (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal);

4. Jornada de trabalho de 44 horas semanais e não superior a 08 horas diárias, limitando-se a 02 (duas) horas extras por dia, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

5. Horas extras - remuneração do serviço extraordinário com valor pelo menos 50% superior ao normal, limitando-se a duas horas extras por dia;

6. O adicional noturno (remuneração do trabalho noturno superior ao diurno) será devido quando o trabalho é prestado das 22 às 05 horas da manhã, não fazendo jus a este benefício aqueles empregados que estão dormindo neste horário e não trabalhando;

7. 13º (décimo terceiro) salário – Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira, entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, deduzindo o adiantamento já feito;

8. Repouso semanal remunerado que deve ser concedido, preferencialmente, aos domingos (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal);

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9. Férias Anuais de 30 (trinta) dias – Remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de serviço prestado à mesma pessoa ou família, contado da data da admissão. Tal período, fixado a critério do empregador, deverá ser concedido nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito;

10. Férias proporcionais – No término do contrato de trabalho quando a demissão é a pedido ou sem justa causa;

11. Licença à gestante – Sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal);

12. Licença-paternidade – De 5 dias corridos, para o empregado, a contar da data do nascimento do filho (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal, e art. 10, § 1º, das Disposições Constitucionais Transitórias);

13. Integração ao Regime Geral da Previdência Social – (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal) com direito aos benefícios previdenciários (aposentadorias, salário-maternidade, auxílio-doença, auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, auxílio-reclusão e pensão por morte);

14. Aviso-prévio – De, no mínimo, 30 dias, e no máximo, 90 dias, (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federa), devendo-se observar as regras contidas na Lei n° 12.506/2011, lei esta que se aplica a todos os trabalhadores urbanos, rurais, avulsos e domésticos. O Ministério do Trabalho e Emprego expediu a Nota Técnica nº 184/2012/CGRT/SRT/TEM para esclarecer as lacunas trazidas pela mencionada lei, que trata da proporcionalidade do aviso prévio. O aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias, conforme o tempo de serviço prestado pelo empregado na mesma empresa ou empregador;

15. Vale-transporte;

16. Recolhimento obrigatório do FGTS – 8% sobre o valor do salário efetivamente pago, sem direito a desconto;

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17. Seguro-desemprego;

18. Estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto;

19. Gozo dos feriados civis e religiosos sem prejuízo de sua remuneração (1º de janeiro, sexta-feira da paixão, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro e os feriados municipais ou estaduais declarados obrigatoriamente por lei);

20. Salário-família - por filho de até 14 anos incompletos ou inválido de qualquer idade;

21. Seguro contra acidentes de trabalho;

22. Auxílio-creche - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

23. Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

24. Em caso de contratação, pelo empregador, de empregado exclusivamente para

desempenhar trabalho noturno, o salário registrado na carteira profissional deve ter um acréscimo de 20% (vinte por cento);

25. A remuneração-hora do serviço prestado em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal. Este serviço só poderá ser prestado se houver um acordo assinado entre as partes.

Quais os deveres da categoria dos empregados domésticos?

Ao ser admitido no emprego, o empregado doméstico deverá apresentar os seguintes documentos:

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- Carteira Profissional; - Cédula de Identidade; - CPF;

- Carta de Referência (a critério do empregador, entendemos ser indispensável); - Atestado de Saúde (a critério do empregador, entendemos ser indispensável); - Inscrição Individual do INSS (NIT);

Outras obrigações do empregado doméstico:

- Ser assíduo ao trabalho (cumprir o horário determinado) e desempenhar suas tarefas conforme instruções do empregador e outros membros da família;

- Ao receber o salário, 13ºsalário, férias e vale-transporte, assinar recibo, dando quitação do valor percebido;

- Quando for desligado do emprego, por demissão ou pedido de dispensa, o empregado deverá apresentar sua Carteira de Trabalho a fim de que o empregador proceda às devidas anotações;

- Quando pedir dispensa, o empregado deverá comunicar ao empregador sua intenção, com a antecedência mínima de 30 dias, caso contrário terá descontado na sua rescisão o valor do aviso prévio (um salário mensal);

- Acatar ordens da família, desde que não sejam ilegais; - Manter sigilo sobre a família do empregador;

- Tratar o empregador e demais familiares com respeito; - Zelar pelo patrimônio da família;

- Não abandonar o ambiente de trabalho; - Não delegar serviços a terceiros;

- Assinar livro de ponto;

O empregado doméstico faz jus a folga para acompanhar filho ao médico?

O empregado doméstico, por falta de expressa previsão legal, não tem direito à folga com remuneração para ir ao colégio, faculdade, médico, dentista, fazer exames, levar

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parentes ao médico ou acompanhá-lo em internamento hospitalar ou em sua residência.

O artigo 473, inciso XI, da Consolidação das Leis do Trabalho, prevê 1 dia de folga por ano para acompanhar filho de até 6 anos de idade em consulta médica. Este inciso foi introduzido pela Lei nº 13.257, de 8 março de 2016 (DOU-09.03.2016).

Caso o empregado necessite faltar mais dias ao emprego e haja a sua concordância, o empregador poderá compensar este dia com o(s) domingo(s) ou feriado(s) trabalhado(s) ou com hora extra, caso contrário o empregado não fará jus a remuneração. Esta compensação também pode ocorrer se a ausência for de apenas algumas horas em um dia de trabalho.

O empregado doméstico faz jus a folga por ocasião de falecimento de familiares?

Ele poderá faltar até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente (os pais, avós e bisavós, etc.), descendentes (os filhos, os netos e bisnetos), irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira Profissional, viva sob sua dependência econômica, sem prejuízo de sua remuneração.

Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, DOU 28.02.1967)

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, DOU 28.02.1967)

O empregado doméstico faz jus a folga por ocasião de seu casamento?

A Lei Complementar nº 150 é omissa quanto à concessão deste direito a esta categoria, mas em seu artigo 19 a mencionada lei manda aplicar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943:

Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário: (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, DOU 28.02.1967)

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, DOU 28.02.1967).

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Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis no 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.

O empregado doméstico faz jus a folgar sem prejuízo de sua remuneração no período de carnaval?

A Lei nº 11.324, de 19.07.2006, revogou a alínea "a", do artigo 5º, da Lei nº 605, de 01.05.1949, que tratava da exclusão do gozo dos feriados civis e religiosos pela categoria dos empregados domésticos, passando esta categoria a ter direito de folgar nos feriados civis e religiosos sem prejuízo de sua remuneração (1º de janeiro, sexta-feira da paixão, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro e os feriados municipais ou estaduais declarados obrigatoriamente por lei).

O período carnavalesco é sinônimo de muita festa, feriadão, folga e viagens. Cumpre ressaltar, que os dias destinados à festa popular “carnaval” não são considerados feriados nacionais, visto que não há lei que assim os considere. O mesmo vale para a quarta-feira de cinzas (meio período). Entretanto, para sua segurança, deve o empregador e o empregado doméstico procurar saber da existência de uma lei estadual ou municipal que declare os dias de comemoração do carnaval como feriados.

Há empresas e empregadores, contudo, que, considerando a tradição dessa festa na cultura do povo brasileiro, costumam, por mera liberalidade, dispensar os seus empregados do trabalho nos dias de carnaval, principalmente na terça-feira e em parte da quarta-feira de cinzas. Esta tradição induz muitas pessoas a acreditar que é feriado e que, portanto, não precisam exercer suas atividades nos seus locais de trabalho. Este imbróglio ocorre também em face de que na maioria dos calendários brasileiros fixarem em vermelho ou azul a terça-feira de carnaval indicando, genericamente, que se trata de feriado nacional, o que é um grande equívoco.

Conclui-se, portanto, que esses dias somente serão considerados feriados nos Municípios ou Estados em que houver essa determinação por meio da respectiva legislação local.

Não havendo previsão em lei municipal ou estadual de que as mencionadas datas comemorativas são consideradas feriados, o trabalho nesses dias será permitido, podendo o empregador optar por:

a) exigir que o seu empregado trabalhe normalmente;

b) dispensar seu empregado do trabalho, sem prejuízo da remuneração correspondente;

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c) combinar com o seu empregado para compensar esse dia que ele deixou de trabalhar com um domingo ou feriado que venha a trabalhar posteriormente ou um aumento na sua jornada de trabalho em alguns dias da semana.

Quanto às atividades bancárias, cabe colocar que a Resolução do Banco Central nº 2.932/2002 regula a questão, dispondo que a segunda e terça-feira do carnaval não são considerados dias úteis para fins de operações financeiras, logo, para os profissionais bancários podemos afirmar que este período pode ser considerado feriado para eles.

A categoria dos empregados domésticos faz jus ao gozo dos feriados civis e religiosos? A Lei nº 11.324, de 19.07.2006, revogou a alínea "a", do artigo 5º, da Lei nº 605, de 01.05.1949, que tratava da exclusão do gozo dos feriados civis e religiosos pela categoria dos empregados domésticos, passando esta categoria a ter direito de folgar nos feriados civis e religiosos sem prejuízo de sua remuneração (1º de janeiro, sexta-feira da paixão, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro – Lei nº 10.607/2002) e os feriados municipais ou estaduais declarados obrigatoriamente por lei).

A Súmula nº 146 do TST estabelece que o pagamento pelo trabalho prestado em domingos e feriados, quando não compensados, deve ser efetuado em dobro (100%), sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal remunerado.

Súmula nº 146 do Tribunal Superior do Trabalho - TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO - O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Cumpre ressaltar, que os dias destinados à festa popular “carnaval” não são considerados feriados nacionais, visto que não há lei que assim os considere. O mesmo vale para a quarta-feira de cinzas (meio período). Entretanto, o empregador doméstico deverá procurar saber junto a Prefeitura e Governo Estadual a fim de averiguar a existência ou não de determinação legal municipal ou estadual que declare os dias de feriados municipais e estaduais, respectivamente.

Quanto às atividades bancárias, cabe colocar que a Resolução do Banco Central nº 2.932/2002 regula a questão, dispondo que a segunda e terça-feira do carnaval não são considerados dias úteis para fins de operações financeiras.

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O empregador doméstico pode compensar o feriado que o seu empregado trabalhou pelo sábado não trabalhado, haja vista que o sábado é considerado dia útil e a lei assegurou aos domésticos o repouso semanal remunerado de apenas 01 dia na semana, que deve ser concedido preferencialmente aos domingos. A Súmula nº 146 do TST estabelece que o pagamento pelo trabalho prestado em domingos e feriados, quando não compensados, deve ser efetuado em dobro (100%), sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal remunerado. Este mesmo raciocínio serve para o empregado que tem uma jornada semanal abaixo de seis dias na semana, ou seja, o feriado trabalhado deve ser compensado pelo dia da semana que ele deixou de trabalhar.

O empregado doméstico faz jus ao pagamento de horas extras?

A partir da promulgação da Lei Complementar nº 15/2015 esta categoria passou a fazer jus ao pagamento de hora extra quando a sua jornada de trabalho ultrapassar a 44 (quarenta e quatro) horas semanais.

O empregado doméstico faz jus ao pagamento em dobro pelos feriados trabalhados? A Lei nº 11.324, de 19.07.2006, revogou a alínea "a", do artigo 5º, da Lei nº 605, de 01.05.1949, que tratava da exclusão do gozo dos feriados civis e religiosos pela categoria dos empregados domésticos, passando esta categoria a ter direito de folgar nos feriados civis e religiosos sem prejuízo de sua remuneração.

A Súmula nº 146 do TST estabelece que o pagamento pelo trabalho prestado em domingos e feriados, quando não compensados, deve ser efetuado em dobro (100%), sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal remunerado.

Súmula nº 146 do Tribunal Superior do Trabalho - TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO - O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

O empregado doméstico faz jus ao PIS?

O PIS é um programa criado pelo Governo Federal, que tem a finalidade de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição da renda nacional, também conhecido como o 14º salário para quem já trabalha há um tempo de carteira assinada. Sua sigla significa Programa de Integração Social. É o programa responsável por pagar o abono e renda dos

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trabalhadores privados. As instituições privadas são todas aquelas que não possuem ligação direta com serviços prestados ao Governo Federal e não é intitulada como ONG.

O empregador doméstico, que não é empresa e sim pessoa física, não precisa ter nenhuma preocupação em relação ao Programa de Integração Social (PIS) mesmo com a promulgação da Lei Complementar nº 150/2015, porque o empregado doméstico não precisa ser cadastrado no PIS. O empregado doméstico não é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas sim por uma Lei Especial (LC nº 150/2015), além da Constituição Federal (artigo 7º, parágrafo único). Como esses dispositivos não preveem sua inclusão no fundo de participação PIS/PASEP, não é feito o cadastramento. Se o empregado já possui a inscrição do PIS o empregador doméstico não deve preencher a RAIS.

No link abaixo transcrito Paulo Souto explica a única possibilidade em que o empregado doméstico pode receber o abono do PIS:

https://youtu.be/bP03W2sukSg

EMPREGADO DOMÉSTICO - NÃO TEM DIREITO AO PIS - A legislação que institui o PIS, Lei complementar nº 07/1970, trouxe no art. 1º, que tal programa é destinado a "promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas", elucidando no parágrafo primeiro que empresa é "a pessoa jurídica, nos termos da legislação do Imposto de Renda (...)", sendo assim, o conceito de empregador doméstico extraído da Lei nº 5.859/1972 não se encaixa em tal definição, consequentemente, não há porque falar-se na obrigação deste em inscrever seu empregado no Programa de Integração Social.(TRT-5 - RO: 417009620065050222 BA 0041700-96.2006.5.05.0222, Relator: MARAMA CARNEIRO, 1ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 21/10/2008)

O empregado doméstico faz jus ao salário-família?

A partir da promulgação da Lei Complementar nº 150/2015 esta categoria passou a fazer jus a percepção do salário-família.

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Sim, desde que não haja conflitos de horários e com registro na carteira profissional de ambos os contratos.

O empregado doméstico que vai prestar serviço militar obrigatório tem estabilidade no emprego?

Sim. Após o término do período do serviço militar obrigatório o emprego deve estar à sua disposição, mas ele terá que comunicar a sua intenção de retornar ao trabalho até 30 (trinta) dias após o término do período de instrução, caso não faça esta comunicação, que deve ser feita por carta registrada, telegrama ou documento idôneo, o seu contrato estará rescindido, por culpa sua. Durante o período em que ele estiver prestando o serviço militar o seu contrato fica suspenso para todos os seus efeitos.

O empregado doméstico tem direito a licença-paternidade?

Sim. A licença-paternidade é de 5 dias corridos a contar da data do nascimento do filho (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal, e art. 10, § 1º, das Disposições Constitucionais Transitórias).

Nos termos do art. 7º, inciso XIX da CF/88 c/c art. 10, § 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da CF/88, o prazo de licença-paternidade é de cinco dias. A concessão dessa licença representou uma enorme inovação na Constituição de 1988, já que antes, nenhuma Constituição Brasileira tratava sobre a paternidade.

O empregado doméstico tem direito ao auxílio-doença acidentário em caso de acidente de trabalho?

A partir da promulgação da Lei Complementar nº 150/2015 esta categoria passou a fazer jus a percepção do auxílio-doença acidentário.

O empregado doméstico tem direito ao adicional noturno?

O adicional noturno (remuneração do trabalho noturno superior ao diurno) será devido quando o trabalho é prestado das 22 às 05 horas da manhã, não fazendo jus a este benefício aqueles empregados que estão dormindo neste horário. O pagamento do adicional noturno ao empregado só será devido quando efetivamente ocorrer a prestação do serviço das 22 (vinte e duas) horas as 05 (cinco) horas do dia seguinte. Este benefício está previsto no artigo 14 da Lei Complementar nº 150/2015.

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O empregado doméstico tem direito ao seguro de acidente de trabalho?

A partir da promulgação da Lei Complementar nº 150/2015 esta categoria passou a fazer jus a percepção do seguro por acidente de trabalho, mas está aguardando a sua regulamentação pelo Congresso Nacional.

O empregado doméstico tem direito ao vale-transporte?

O empregado doméstico faz jus ao vale-transporte, devendo este atender suas necessidades de deslocamento residência/trabalho e vice-versa. O empregador estará desobrigado a conceder o vale, caso forneça transporte ao empregado ou se houver renúncia do próprio empregado. Este benefício é custeado pelo empregado, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico, e, pelo empregador no que exceder a este valor. Não tem o vale natureza salarial, nem se incorpora à remuneração do empregado, para quaisquer efeitos. Também não se constitui base para a contribuição previdenciária. A concessão do vale é obrigatória desde 18.01.1987, data da publicação do Decreto nº 95.247.

A categoria dos empregados domésticos faz jus ao dissídio coletivo?

A partir da promulgação da Lei Complementar nº 150/2015 esta categoria passou a fazer jus ao dissídio coletivo.

Quais as tarefas que uma empregada doméstica pode desenvolver em uma residência? - limpar e arrumar todo o local em seus mínimos detalhes: janelas, vidraças, banheiros, cozinhas, área de serviço, garagens e pátios, assoalhos e móveis, carpetes e tapetes; cozinhar, lavar, enxugar e guardar a louça utilizada nas refeições, embalar, identificar e congelar alimentos;

- servir as refeições à mesa; cuidar do bem-estar, alimentação, passeios e medicamentos de quem estiver sob seus cuidados, separar as roupas antes de lavar, conforme cor e tecido, retirar manchas, passar, dobrar, separar e organizar a roupa nos armários; atender visitas e telefonemas;

- observar a entrada e a saída de pessoas na residência, anunciar a chegada de visitas aos moradores; receber e repassar encomendas e correspondências; selecionar plantas para ornamentar o jardim; cuidar de gramados, árvores, plantas, fruteiras e arbustos, aplicar inseticidas e adubos nas plantas, etc.

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Qual a jornada de trabalho de um empregado doméstico?

A jornada de trabalho desta categoria com a promulgação da Lei Complementar nº 150/2015 passou a ser de 44 horas semanais e não superior a 08 horas diárias, limitando-se a 02 (duas) horas extras por dia, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Quando ultrapassada esta jornada de trabalho o empregado fará jus ao pagamento de hora extra, com valor pelo menos 50% superior ao normal. A jornada engloba apenas as horas que são destinadas ao trabalho. Os intervalos de descanso para refeições, salvo previsão legal expressa, não são computados na jornada de trabalho, e não pode ser inferior a 30 minutos. Esta categoria faz jus a uma folga semanal a cada 06 (seis) dias trabalhados.

O empregado doméstico faz jus a quantas folga na semana?

O empregado doméstico faz jus a uma folga por semana, é o que chamamos de repouso semanal remunerado que deve ser concedido, preferencialmente, aos domingos, e que equivale a 24 (vinte e quatro) horas (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal). O repouso deve ocorrer de preferência aos domingos, mas não obrigatoriamente. A folga pode ser combinada para outro dia da semana, desde que a cada 06 (seis) dias de trabalho corresponda 01 (um) dia de repouso. O sábado é considerado dia útil.

Não será devida a folga ou remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante um dia na semana que anteceder o repouso semanal remunerado ou que não esteja cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. Em resumo, ele perde a remuneração do dia que faltou injustificadamente e a folga ou remuneração do repouso semanal remunerado.

Referências

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