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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA PORTARIA N 273, DE 15 DE JUNHO DE 2012

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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA PORTARIA N° 273, DE 15 DE JUNHO DE 2012

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, diante da necessidade de regulamentação da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição da República, usando das atribuições que lhe são conferidas pela alínea “a”, inciso II, do artigo 9º da Resolução nº 026, de 19 de dezembro de 1991 - REGIMENTO INTERNO -, e objetivando otimizar os serviços administrativos neste Poder Legislativo, no que concerne ao fornecimento de informações aos cidadãos,

RESOLVE: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Portaria regulamenta, no âmbito da Câmara Municipal de Goiânia, os procedimentos para a garantia do acesso à informação, conforme o disposto na Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, que trata do acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5°, no inciso II do § 3° do art. 37 e no § 2° do art. 216 da Constituição.

Art. 2º A Câmara Municipal de Goiânia assegurará às pessoas naturais e jurídicas o direito de acesso à informação, por meio de gestão transparente da informação, caracterizada por:

I - Disponibilização de mecanismos de transparência ativa, de acordo com o previsto no art. 6°; II - Disponibilização de mecanismos de transparência passiva, de acordo com o previsto no art. 9°;

III - Criação de instrumentos de proteção da informação não sigilosa, que garantam sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e

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IV - Criação de instrumentos de proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, que garantam sua disponibilidade, autenticidade e integridade, observada eventual restrição de acesso.

Art. 3º Para os efeitos desta Portaria, considera-se:

I - Informação - dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;

II - Dados processados - dados submetidos a qualquer operação ou tratamento por meio de processamento eletrônico ou por meio automatizado com o emprego de tecnologia da informação;

III - Documento - unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; IV - Informação sigilosa - informação submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, e aquelas abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo;

V - Informação pessoal - informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem;

VI - Tratamento da informação - conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VII - Disponibilidade - qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;

VIII - Autenticidade - qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;

IX - Integridade - qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;

X - Primariedade - qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações;

XI - Informação atualizada - informação que reúne os dados mais recentes sobre o tema, de acordo com sua natureza, com os prazos previstos em normas específicas ou conforme a periodicidade estabelecida nos sistemas informatizados que a organizam; e

XII - Documento preparatório - documento formal utilizado como fundamento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de pareceres e notas técnicas.

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Art. 4º A busca e o fornecimento da informação são gratuitos, ressalvadas custas dos serviços e dos materiais utilizados, tais como reprodução de documentos, mídias digitais e postagem, que correrão às expensas do interessado.

Art. 5º O acesso à informação disciplinado nesta Portaria não se aplica:

I - Às informações classificadas como sigilosas, nos termos e pelos prazos previstos no art. 24 da Lei n° 12.527/2011;

II - Às hipóteses de sigilo previstas na legislação esparsa, como fiscal, bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industrial e segredo de justiça;

III - Às informações pessoais, excetuadas as hipóteses legais autorizadoras previstas nos §§ 1°, 3° e 4° do art. 31 da Lei n° 12.527/2011; e

IV - Às informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos de órgãos da Câmara Municipal de Goiânia ou entidades à esta conveniadas, cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na forma do §1° do art. 7° da Lei n° 12.527/2011.

CAPÍTULO II

DA TRANSPARÊNCIA ATIVA

Art. 6º É dever da Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Goiânia, nos termos do inciso V do art. 1° da Lei Municipal n° 8.536/2007, promover, independente de requerimento, a divulgação atualizada de informações de interesse coletivo ou geral no sítio da Casa Legislativa na Internet, das quais deverão constar, no mínimo:

I - Institucional: estrutura organizacional (representada por organograma), competências, legislação aplicável, principais cargos e seus ocupantes, endereço e telefones das unidades, horários de atendimento ao público;

II - Agenda do cidadão: sessões ordinárias, extraordinárias, especiais, solenes, audiências públicas e demais eventos abertos ao público, com datas, horários, temas e/ou finalidades; III - Atividades legislativas: rol de projetos de emenda à Lei Orgânica do Município, projetos de lei complementar, projetos de lei ordinária, projetos de resolução, projetos de decreto legislativo, vetos e requerimentos apresentados, em ordem numérico-cronológica, com assunto e/ou ementa, separados por ano;

IV - Atividades administrativas: programas, projetos, ações, obras e atividades, com indicação das principais metas e resultados;

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V - Gestão orçamentária: despesas (com detalhamento da execução orçamentária e financeira) e repasses ou transferências de recursos financeiros, mesmo que extra-orçamentários;

VI - Licitações e contratos: Editais, anexos de editais, avisos públicos, atas de sessões, atos decisórios, atos de dispensa de licitação, atos de inexigibilidade de licitação, contratos, convênios e acordos de cooperação firmados;

VII - Gestão de pessoas: planilhas que tenham por objeto:

a) Listagem de servidores: cargo, data da posse, função (código e descrição), lotação e carga horária de todos servidores da Casa Legislativa;

b) Estrutura remuneratória: listagem de cargos, com especificação de níveis, classes, vencimentos básicos, funções gratificadas, gratificações e remunerações;

c) Quadro de pessoal: listagem de cargos, com especificação de quantidades por qualificação (efetivos ou comissionados, estáveis ou não estáveis, ocupados ou vagos); d) Nomeações de servidores: cópias dos atos de nomeação, exoneração e demissão de servidores, com especificação do DOM em que foi publicado;

e) Designações de funções: cópias dos atos de designação e dispensa de funções de confiança, com especificação do DOM em que foi publicado.

VIII - Concursos públicos: concursos realizados e em andamento para seleção de pessoal, com Editais, anexos de editais, avisos públicos e resultados;

IX - Dúvidas freqüentes: respostas às perguntas mais frequentes da sociedade;

X - Serviço de Informações ao Cidadão - SIC: contato telefônico, formulário eletrônico, modelo de requerimento escrito de informações, local e horário de funcionamento do Serviço de Informações ao Cidadão – SIC; e

XI - Relatório estatístico do SIC: relatório estatístico anual contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, com informações genéricas sobre os solicitantes. § 1º A Diretoria de Comunicação poderá firmar acordos de cooperação com as demais unidades da Câmara Municipal para que estas publiquem e mantenham atualizadas no sítio oficial da Casa Legislativa na Internet as informações inerentes às suas áreas de atuação.

§ 2º O relatório estatístico anual a que se refere o inciso XI do art. 6° passará a ser divulgado a partir de julho de 2013.

§ 3º As informações elencadas no art. 6° poderão ser disponibilizadas por meio de ferramenta de redirecionamento de página na Internet, quando estiverem disponíveis em outros sítios municipais.

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Art. 7º Para fins de efetividade do disposto no art. 6°, a Diretoria Administrativa, por meio de sua Divisão de informática, deverá criar seção específica no sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, designada portal do cidadão.

Parágrafo Único Para fim de facilitação do acesso à informação, será disponibilizado banner na página inicial do sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, que dará acesso à seção específica de que trata o caput.

Art. 8º Para o livre acesso às informações divulgadas no sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, a Diretoria Administrativa, por meio de sua Divisão de Informática, deverá:

I - Criar ferramenta de pesquisa de processos legislativos, por espécie normativa, número, ementa e assunto, que permita o acesso ao conteúdo digitalizado dos autos;

II - Criar ferramenta de pesquisa de processos administrativos, por interessado, número e assunto, que permita o acesso ao conteúdo digitalizado dos autos;

III - Criar ferramenta de pesquisa de conteúdo do sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, que permita o acesso às informações divulgadas de forma objetiva e transparente;

IV - Possibilitar gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;

V - Possibilitar acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;

VI - Divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;

VII - Garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso, fazendo com que, dos documentos impressos diretamente do banco de dados da Casa Legislativa, conste inscrição a respeito da garantia, com prazo de validade de 30 (trinta) dias;

VIII - Indicar aos interessados os meios eletrônicos e/ou telefônicos de comunicação com os órgãos responsáveis pelo sítio - Divisão de Informática - e pelas informações nele veiculadas - Diretoria de Comunicação; e

IX - Criar mecanismos que garantam acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência.

CAPÍTULO III

DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA

Art. 9º A Diretoria de Comunicação, nos termos do inciso IV do art. 1° da Lei Municipal n° 8.536/2007, deverá criar equipe responsável pelo Serviço de Informações ao Cidadão - SIC, a ser instalado em unidade física identificada, de fácil acesso e aberta ao público, com competência para:

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I - Orientar o público quanto ao procedimento de acesso a informações;

II - Orientar o público quanto à necessidade de identificação do requerente e de especificação da informação pretendida para o provimento dos pedidos de informações;

III - Indicar o lugar, o horário e a forma adequados para protocolizar documentos e pedidos de informações;

IV - Esclarecer ao público, por escrito, acerca do lugar e da forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a informação, quando de acesso universal;

V - Esclarecer ao público acerca da alternativa de encaminhamento de pedidos de informações por meio eletrônico no sítio da Casa Legislativa na Internet;

VI - Receber e registrar os pedidos de informação realizados na forma escrita ou por via telefônica em sistema eletrônico específico e entregar número do protocolo, com data de apresentação do pedido;

VII - Fornecer imediatamente aos interessados as informações requeridas disponibilizadas em banco de dados de acesso irrestrito;

VIII - Fornecer imediatamente aos interessados as informações requeridas sobre a tramitação de processos e documentos;

IX - Encaminhar pedidos recebidos e registrados às unidades responsáveis pelo fornecimento da informação, quando couber;

X - Responder por meio eletrônico os pedidos de acesso a informações realizadas por este mesmo meio ou por atendimento telefônico;

XI - Registrar o resultado dos pedidos de informação no sistema eletrônico específico, consignando se foram atendidos ou indeferidos; e

XII - Desempenhar outras atividades correlatas.

Art. 10 Os pedidos de informação poderão ser formulados por qualquer pessoa, natural ou jurídica:

I - Presencialmente, na unidade física do SIC;

II - Eletronicamente, por preenchimento de formulário eletrônico no sítio da Casa Legislativa na Internet; ou

III - Por contato telefônico gratuito, disponibilizado pela Casa Legislativa. Art. 11 O pedido de acesso à informação deverá conter:

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II - Número de documento de identificação válido;

III - Especificação, de forma clara e precisa, da informação requerida;

IV - Endereço físico ou eletrônico do requerente, para recebimento de comunicações ou da informação requerida;

V - Autorização do interessado para recebimento da informação em formato eletrônico, caso possível.

Art. 12 Não serão atendidos pedidos de acesso à informação: I - Realizados em desacordo com o art. 11;

II - Desproporcionais ou desarrazoados; ou

III - Que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência da Casa Legislativa.

§ 1º Na hipótese do inciso III do caput, o SIC deverá, caso tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as informações a partir das quais o requerente poderá realizar a interpretação, consolidação ou tratamento de dados.

§ 2º Nenhum pedido poderá deixar de ser atendido em razão de ausência de fundamentação, sendo vedadas exigências relativas aos, motivos ou finalidades do pedido.

Art. 13 Os processos em trâmite perante o SIC observarão as seguintes diretrizes: I - Presteza no atendimento de pedidos de informações;

II - Informação como direito fundamental do cidadão; III - Garantia de sigilo; e

IV - Clareza, informalidade e objetividade nas comunicações.

§1º Os dados do requerente de informação são públicos, salvo quando o objeto do pedido for relativo a indícios de irregularidades, quando o SIC guardará sigilo quanto à autoria do mesmo. §2º A aplicação da diretriz de informalidade compreende, entre outros, os seguintes requisitos: I - Preferência pela comunicação eletrônica, telefônica ou pessoal, em detrimento do envio de memorandos ou ofícios;

II - Uso de linguagem coloquial, quando possível e necessária à compreensão da informação pelo interlocutor; e

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III - Proatividade junto às unidades da Câmara Municipal de Goiânia, quando útil ou necessário para o correto ou melhor atendimento de pedidos de informações.

Art. 14 Os pedidos de informações eventualmente encaminhados diretamente às unidades especiais, jurídicas ou administrativas da Casa Legislativa deverão ser imediatamente remetidos ao SIC, para fins de registro, triagem, distribuição e atendimento.

§ 1º Para fim de celeridade processual, o pedido de informação encaminhado à outra unidade que não o SIC poderá ser remetido a este serviço juntamente com a resposta ao cidadão, caso esta se refira a matéria de competência da própria unidade.

§ 2º A adoção da inversão procedimental prevista no § 1 não desonera o SIC da realização das suas atribuições previstas nessa Portaria.

Art. 15 Após recebimento e registro, o SIC submeterá o pedido à triagem, podendo consultar as bases de dados disponíveis no sistema de informática da Casa Legislativa, bem como estabelecer relações dialógicas com outras unidades ou com o interessado.

Parágrafo Único Os pedidos repetidos, ininteligíveis, com conteúdo vazio ou que não atenderem aos requisitos legais, serão arquivados por ato Presidência da Casa Legislativa, precedido de parecer do SIC.

Art. 16 Após a triagem, o fornecimento de informação pelo SIC será imediato, salvo quando indisponível, situação em que deverá, no prazo de até 20 (vinte) dias:

I - Disponibilizar a informação ao interessado, enviando-a ao seu endereço eletrônico informado;

II - Comunicar data, local e modo para realizar consulta, efetuar reprodução ou obter certidão relativa à informação;

III - Comunicar que não tem conhecimento da existência da informação ou que não a possui, indicando, nesta última hipótese, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade que a detenha ou por ela seja responsável; ou

IV - Comunicar a negativa de fornecimento da informação, consignando as razões da decisão e a possibilidade de recurso, com a indicação do prazo e da autoridade que o apreciará.

§ 1º O prazo para resposta do pedido poderá ser prorrogado por 10 (dez) dias, mediante justificativa encaminhada ao endereço eletrônico do interessado antes do término do prazo inicial de 20 (vinte) dias.

§ 2º A medida prevista no inciso I do caput será precedida de distribuição do pedido de informação à unidade da Casa Legislativa competente para a resposta, que se pronunciará em até 48 (quarenta e oito) horas do término do prazo de 20 (vinte) dias.

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§ 3º A medida prevista no inciso II do caput será adotada nas hipóteses em que: I - O acesso à informação demandar manuseio de grande volume de documentos;

II - A movimentação do documento puder comprometer a regular tramitação do pedido de informação;

III - A manipulação de documentos puder prejudicar sua integridade ou da informação nele consignada.

§ 4º No caso do inciso III do § 2°, o interessado poderá solicitar que, às suas expensas e sob supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a integridade do documento original.

Art. 17 As informações pessoais, assim consideradas as que dizem respeito à intimidade, vida privada, honra, imagem e exercício de liberdades e garantias individuais das pessoas, serão fornecidas de acordo com o procedimento previsto na Lei n° 9.507/97, mediante prévia autorização do Presidente da Casa Legislativa.

Art. 18 Caso a informação esteja disponível ao público em meio de acesso universal, o SIC deverá orientar ao interessado local e modo para acessá-la, além de fornecer os meios necessários à sua consulta, obtenção ou reprodução, desobrigando a Casa Legislativa do fornecimento direto.

Art. 19 O acesso a documento preparatório ou informação nele contida, utilizados como fundamento de tomada de decisão ou de ato administrativo, será assegurado a partir da edição do ato ou decisão.

Art. 20 As decisões de arquivamento ou denegação de pedidos de informação serão sempre realizadas por ato fundamentado do Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, precedidas de parecer do SIC.

Art. 21 Fica assegurado ao interessado o direito de recurso nos casos de: I - Arquivamento de pedido de informação;

II - Negativa de acesso à informação;

III - Não fornecimento das razões da negativa do acesso; ou

IV - Omissão de resposta ao pedido de acesso à informação no prazo legal.

§ 1º O recurso deverá ser interposto no prazo de 10 (dez) dias, contado da ciência da decisão ou do término do prazo para fornecimento da informação, e dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, que decidirá no prazo de 05 (cinco) dias.

§ 2º Em atenção ao direito assegurado no caput, a Diretoria Administrativa e a Diretoria de Comunicação disponibilizarão formulário padrão para interposição de recurso, respectivamente,

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em meio eletrônico, no sítio da Casa Legislativa na Internet, e físico, no balcão de atendimento do SIC.

CAPÍTULO IV

DAS INFORMAÇÕES SIGILOSAS

Art. 22 A informação em poder da Câmara Municipal de Goiânia, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser declarada sigilosa.

§ 1º A declaração de sigilo da informação é de competência do Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vedadas delegações.

§ 2º A declaração de sigilo será realizada e reavaliada de acordo com procedimentos, critérios, classificações e prazos previstos na Lei 12.527/2011.

Art. 23 Não poderá ser negado acesso às informações:

I - Sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas;

II - Necessárias à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.

§ 1º As informações concernentes ao inciso I também não poderão ser objeto de classificação em qualquer grau de sigilo.

§ 2º Para obtenção das informações previstas no inciso II, o interessado deverá demonstrar logicamente a existência de nexo entre as informações requeridas e o direito que se pretende proteger.

Art. 24 Caso existentes, a Diretoria de Comunicação publicará, anualmente, no sítio da Casa Legislativa na Internet as listas de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura, e de informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses.

CAPÍTULO V

DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS

Art. 25 As informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem detidas pela Câmara Municipal de Goiânia:

I - Terão acesso restrito a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que se referirem, independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da data de sua produção; e

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II - Poderão ter sua divulgação ou acesso por terceiros autorizados por previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que se referirem.

Parágrafo Único Caso o titular das informações pessoais esteja morto ou ausente, os direitos de que trata este artigo assistem ao cônjuge ou companheiro, aos descendentes ou ascendentes, conforme o disposto no parágrafo único do art. 20 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e na Lei n° 9.278, de 10 de maio de 1996.

Art. 26 O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.

Art. 27 O consentimento referido no inciso II do caput do art. 20 não será exigido quando o acesso à informação pessoal for necessário:

I - À prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização exclusivamente para o tratamento médico;

II - À realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, vedada a identificação da pessoa a que a informação se referir;

III - Ao cumprimento de decisão judicial;

IV - À defesa de direitos humanos de terceiros; ou

V - À proteção do interesse público geral e preponderante.

Art. 28 A restrição de acesso a informações pessoais de que trata o art. 55 não poderá ser invocada:

I - Com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades, conduzido pelo Poder Público, em que o titular das informações for parte ou interessado; ou

II - Quando as informações pessoais não classificadas estiverem contidas em conjuntos de documentos necessários à recuperação de fatos históricos de maior relevância.

Art. 29 O Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, de ofício ou mediante provocação, reconhecerá a incidência da hipótese do inciso II do caput do art. 28, de forma fundamentada, sobre documentos que estejam sob a guarda da Casa Legislativa, que por esta tenham sido produzidos ou acumulados.

§ 1º Para subsidiar a decisão de reconhecimento de que trata o caput, o órgão ou entidade poderá solicitar a universidades, instituições de pesquisa ou outras entidades com notória experiência em pesquisa historiográfica a emissão de parecer sobre a questão.

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§ 2º A decisão de reconhecimento de que trata o caput será precedida de publicação de extrato da informação, com descrição resumida do assunto, origem e período do conjunto de documentos a serem considerados de acesso irrestrito, com antecedência de no mínimo trinta dias.

§ 3º Após a decisão de reconhecimento de que trata o § 2°, osdocumentos serão considerados de acesso irrestrito ao público.

§ 4º Na hipótese de documentos de elevado valor histórico destinados à guarda permanente, caberá ao Presidente da Câmara Municipal de Goiânia decidir sobre o reconhecimento, observado o procedimento previsto nesta Portaria.

Art. 30 O pedido de acesso a informações pessoais observará os procedimentos previstos no Capítulo IV e estará condicionado à comprovação da identidade do requerente.

Parágrafo Único O pedido de acesso a informações pessoais por terceiros deverá ainda estar acompanhado de:

I - Comprovação do consentimento expresso de que trata o inciso II do caput do art. 20, por meio de procuração;

II - Comprovação das hipóteses previstas no art. 23;

III - Demonstração do interesse pela recuperação de fatos históricos de maior relevância, observados os procedimentos previstos no art. 24; ou

IV - Demonstração da necessidade do acesso à informação requerida para a defesa dos direitos humanos ou para a proteção do interesse público e geral preponderante.

Art. 31 O acesso à informação pessoal por terceiros será condicionado à assinatura de um termo de responsabilidade, que disporá sobre a finalidade e a destinação que fundamentaram sua autorização, sobre as obrigações a que se submeterá o requerente.

§ 1º A utilização de informação pessoal por terceiros vincula-se à finalidade e à destinação que fundamentaram a autorização do acesso, vedada sua utilização de maneira diversa.

§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações pessoais de terceiros será responsabilizado por seu uso indevido, na forma da lei.

CAPÍTULO VI DAS COMPETÊNCIAS

Art. 32 Compete ao Presidente da Câmara Municipal de Goiânia: I - Determinar o arquivamento de pedidos de informação;

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II - Denegar fundamentadamente pedidos de informação;

III - Decidir recursos interpostos em processos de pedidos de informação; IV - Autorizar o fornecimento de informações pessoais;

V - Reconhecer relevância histórica para excepcionar situação de restrição de acesso a informações pessoais;

VI - Decretar sigilo de informação em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado; e

VII - Firmar as certidões elaboradas pelas unidades da Casa Legislativa, nos termos do art. 15, X, da Resolução n° 26/1991 Regimento Interno da Câmara Municipal de Goiânia.

Art. 33 Sem prejuízo das demais competências fixadas nesta Portaria, no que tange ao cumprimento da Lei n° 12.257/2011, incumbe à Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Goiânia:

I - Assegurar o eficiente e adequado cumprimento dos objetivos da Lei 12.527/2011;

II - Monitorar a implementação dos instrumentos de transparência ativa e passiva, apresentando relatórios periódicos ao Presidente da Casa Legislativa;

III - Recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos de acesso à informação;

IV - Coordenar e acompanhar a disponibilização, no sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, das informações públicas, produzidas ou custodiadas pela Câmara Municipal de Goiânia, de interesse coletivo ou geral; e

V - Prestar às unidades da Casa Legislativa as orientações e os esclarecimentos necessários ao fiel cumprimento da Lei 12.527/2011.

Art. 34 Sem prejuízo das demais competências fixadas nesta Portaria, no que tange ao cumprimento da Lei n° 12.257/2011, incube à Diretoria Administrativa, por meio de sua Divisão de Informática:

I - Fornecimento de soluções de TI e de infraestrutura tecnológica para o cumprimento da Lei n° 12.527/2011 e desta Portaria; e

II - Aprimoramento do sítio oficial da Casa Legislativa na Internet, enquanto instrumento de promoção da transparência e de acesso à informação.

Art. 35 Sem prejuízo das demais competências fixadas nesta Portaria, no que tange ao cumprimento da Lei n° 12.257/2011, incumbe à Diretoria de Controle Interno:

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I - Promover o treinamento dos agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública;

II - Monitorar a implementação da Lei no 12.527/2011, controlando a divulgação de informações referentes à transparência passiva da Casa Legislativa;

III - Preparar relatório anual com informações referentes à implementação da Lei n° 12.527/2011, a ser encaminhado ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás; IV - Controlar a aplicação desta Portaria, especialmente o cumprimento dos prazos e procedimentos; e

V - Definir por instrução normativa os procedimentos complementares necessários à efetiva implementação da Lei n° 12.527/2011 no âmbito da Câmara Municipal de Goiânia.

Art. 36 Sem prejuízo de outras competências porventura fixadas nesta Portaria, no que tange ao cumprimento da Lei n° 12.257/2011, incumbe a todas unidades especiais, jurídicas ou administrativas da Casa Legislativa:

I - Gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - Proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; III - Proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso;

IV - Elaboração, respeitadas suas áreas de atuação, de certidões a serem expedidas pela Presidência da Casa Legislativa a pedido de interessado;

V - Realização de quaisquer procedimentos necessários ao atendimento de pedido de acesso à informação a que se refere a Lei n° 12.527/2011, mesmo que não regulamentados pela presente Portaria;

VI - Divulgação, mediante celebração de acordo de cooperação com a Diretoria de Comunicação, de informações públicas por elas produzidas ou custodiadas, de interesse coletivo ou geral, no sítio oficial da Casa Legislativa na Internet; e

VII - Inserir no Sistema de Informática da Casa Legislativa a versão digitalizada de todos termos e documentos acrescidos aos autos do processo por ocasião da realização de suas atividades, antes da remessa a outra unidade.

Parágrafo Único As versões digitalizadas de termos e documentos acrescidos aos autos do processo por Comissões Permanentes ou Temporárias da Casa Legislativa deverão ser inseridos no Sistema de Informática pela Diretoria Legislativa.

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CAPÍTULO VII DAS RESPONSABILIDADES

Art. 37 Constituem infrações administrativas dos agentes públicos da Câmara Municipal de Goiânia:

I - Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Portaria, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;

II - Utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda, a que tenha acesso ou sobre que tenha conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;

III - Agir com dolo ou má-fé na análise dos pedidos de acesso à informação;

IV - Divulgar, permitir a divulgação, acessar ou permitir acesso indevido a informação classificada em grau de sigilo ou a informação pessoal;

V - Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

VI - Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação classificada em grau de sigilo para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e

VII - Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

§ 1º A apuração de autoria e materialidade das infrações administrativas elencadas nos incisos do art. 37 desta Portaria será realizada em processo que atenda aos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, sem prejuízo das responsabilizações civis, penais e político-administrativas do agente público.

§ 2º As infrações administrativas elencadas nos incisos do art. 37 desta Portaria deverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, nos termos e no limite expressos no art. 154 da Lei Complementar n° 11/1992.

CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 O art. 1° da Portaria n° 558 de 09 de setembro de 2005 passa a vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 1º Fica assegurado a todos o direito de peticionar à Câmara Municipal de Goiânia: I - Em defesa de direitos ou prerrogativas;

II - Contra ilegalidades ou abuso de poder; III - Para obtenção de certidões; e

IV - Para acesso a informações.”

Art. 39 O art. 2° da Portaria n° 558 de 09 de setembro de 2005 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2° Os requerimentos efetuados em defesa de direitos ou prerrogativas, ou contra ilegalidades ou abuso de poder, deverão ser formalizados por escrito, em termos claros e objetivos, dirigido ao Presidente da Casa Legislativa e entregue no Serviço de Protocolo.”

Art. 40 O art. 2° da Portaria n° 558 de 09 de setembro de 2005 fica acrescido do seguinte parágrafo único:

“Parágrafo único. Os pedidos de informação ou certidão deverão ser realizados nos termos do art. 10 da Portaria n° 273 de 15 de junho de 2012.”

Art. 41 O art. 3° da Portaria n° 558 de 09 de setembro de 2005 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3° Os requerimentos efetuados em defesa de direitos ou prerrogativas, ou contra ilegalidades ou abuso de poder, deverão ser despachados pelo Presidente da Casa Legislativa no prazo de 05 (cinco) dias úteis e decididos no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis.”

Art. 42 O § 3° do art. 3° da Portaria n° 558 de 09 de setembro de 2005 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3° (omissis)

§ 3° Não se aplica o disposto no caput deste artigo para o atendimento: I - de requisições judiciais;

II - de requisições do Ministério Público;

III - de requisições do Tribunal de Contas dos Municípios; IV - de solicitações e requisições de Entes e órgãos públicos; e

V - de pedidos de acesso a informações ou fornecimento de certidões, que deverão ser processados nos termos e prazos estabelecidos na Portaria n° 273 de 15 de junho de 2012.”

(17)

Art. 43 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando expressamente o art. 5° da Portaria n° 559 de 09 de setembro de 2005.

CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, aos 15 dias do mês de junho do ano de 2012.

Referências

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