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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Distrito Federal. Federal. Distrito Federal. IOB Setorial. IOB Comenta

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Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Exportação

a ICMS - Diferencial de

alíquotas

a ICMS - Pagamento do

imposto

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

12/2014

Distrito Federal

/

a

Federal

IPI

Infrações e penalidades . . . . 01

/

a

Distrito Federal

ICMS

Crédito presumido . . . . 10

/

a

IOB Setorial

Distrito Federal

Pecuarista - ICMS - Isenção nas operações internas e interestaduais com sêmen resfriado ou congelado . . . . 13

/

a

IOB Comenta

Federal

Tributos federais - Códigos de receita para depósitos judiciais e extrajudiciais . . . . 14

/

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

ALC - Isenção - Prazo de vigência . . . . 15

Bens de informática - Benefícios fiscais . . . . 15

Rotulação de produtos - Descumprimento da obrigação - Conse-quência . . . . 16

ICMS/DF

Contribuintes e responsáveis - Pessoa não regularmente constituída . 16

Livro Fiscal Eletrônico - Falta da entrega - Cancelamento da inscri-ção cadastral . . . . 16

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : infrações e penalidades : IOB comenta : tributos federais.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2096-1

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01707 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Infrações e penalidades

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Lançamento de ofício

3. Diferenças apuradas em declaração prestada pelo sujeito passivo

4. Regime especial de fiscalização

5. Multa de valor igual ao da mercadoria ou do constante na nota fiscal

6. Pena de perdimento

7. Transporte de mercadoria introduzida clandestinamente no País

8. Adquirentes e depositários 9. Rotulagem ou marcação 10. Produtos em situação irregular 11. Bebidas

12. Álcool 13. Cigarros 14. Selo de controle 15. Papel imune

16. Simulação, vício ou falsificação 17. Processamento eletrônico de

dados

18. Obrigações acessórias 19. Não apresentação de DIPJ,

DCTF e DSPJ

20. Não apresentação de declaração do imposto 21. Reporto 22. Repes 23. Multa básica 24. Instituições financeiras 25. Redução de multas 1. IntroDução

Os contribuintes do IPI devem observar as dis-posições que regem este tributo, tanto em relação ao cumprimento das obrigações acessórias como da obrigação principal, sob pena de autuação pela fis-calização em hipóteses de averiguação de infrações à legislação.

Sob esse aspecto, constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em

inobservância de preceitos estabelecidos ou discipli-nados pelo Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI) e pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo.

Salvo disposição de lei em contrário, a respon-sabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Neste texto, examinaremos quais são as infrações à legislação e suas respectivas penalidades, previs-tas no RIPI/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 548)

2. LançaMento De oFíCIo

A falta de destaque do valor do IPI, total ou parcial, na

respectiva nota fiscal ou a falta de recolhimento do imposto destacado sujeita o contribuinte à multa de ofício de 75% do valor do imposto que deixou de ser lançado ou recolhido. Incorrerão, ainda, no mesmo percentual de multa:

a) os fabricantes de produtos isentos que não emitirem ou emitirem de forma irregular as no-tas fiscais a que são obrigados;

b) os que transportarem produtos tributados ou isentos desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência;

c) os que possuírem, nas condições a que se re-fere a letra “b”, produtos tributados ou isentos para venda ou industrialização; e

d) os que destacarem indevidamente o imposto na nota fiscal ou o destacarem com excesso sobre o valor resultante do seu cálculo.

Nos casos das letras “a” a “c”, quando o produto for isento ou a sua saída do estabelecimento não

esti-a

Federal

A falta de destaque do valor do IPI, total ou parcial, na respectiva nota fiscal ou a falta de recolhimento do imposto destacado

sujeita o contribuinte à multa de ofício de 75% do valor do imposto que

deixou de ser lançado ou recolhido

(4)

ver sujeita ao respectivo destaque, as multas serão calculadas com base no valor do imposto que, de acordo com as regras de classificação e de cálculo estabelecidas no RIPI, incidiria sobre o produto ou a operação, se tributados fossem.

Na hipótese da letra “d”, a multa terá por base de cálculo o valor do imposto indevidamente destacado e não será aplicada se o responsável, já tendo recolhido, antes de procedimento fiscal, a importância irregular-mente destacada, provar que a infração decorreu de erro escusável, a juízo da autoridade julgadora.

As multas são aplicadas, ainda, aos casos equi-parados pelo RIPI à falta de destaque ou de recolhi-mento do imposto, desde que para o fato não seja cominada penalidade específica.

A falta de identificação do contribuinte ou do responsável não exclui a aplicação de multas, cuja cobrança, juntamente com a do imposto que for devido, será efetivada pela alienação da mercadoria a que se referir a infração, aplicando-se ao processo respectivo o disposto no § 4º do art. 603 do RIPI, o qual trata da sua reabertura, antes de ocorrida a pres-crição, exclusivamente para a apuração da autoria, vedada a discussão de qualquer outra matéria ou a alteração do julgado, quanto à infração, à prova de sua existência, à penalidade aplicada e aos funda-mentos jurídicos da condenação.

O percentual de multa citado no início deste item (75%), independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis, será:

a) aumentado de metade, ocorrendo apenas uma circunstância agravante, exceto a reinci-dência específica;

b) duplicado, ocorrendo reincidência específi-ca ou mais de uma circunstância agravante, e nos casos de sonegação, fraude e conluio, previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI. Os percentuais de multa de 75% e os menciona-dos nas letras “a” e “b” anteriores serão aumentamenciona-dos de metade nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para prestar esclarecimentos.

Nos casos das letras “a” e “b”, a majoração incidirá apenas sobre a parte do valor do imposto em relação à qual houver sido verificada a ocorrência de circunstância agravante ou qualificativa, na prática da respectiva infração, sendo que o valor da pena apli-cável será o resultado da soma da parcela majorada e da não alcançada pela majoração.

As multas mencionadas neste item serão exigidas: a) juntamente com o imposto, quando este não

houver sido lançado nem recolhido; ou b) isoladamente, nos demais casos.

As multas também serão aplicadas aos que derem causa a ressarcimento indevido de crédito de imposto.

(RIPI/2010, arts. 561 a 563, 569 e 603, § 4º)

3. DIFerençaS aPuraDaS eM DeCLaração PreStaDa PeLo SujeIto PaSSIvo

As diferenças apuradas, em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exi-gibilidade, indevidos ou não comprovados, relativas ao imposto, serão objeto de lançamento de ofício, na forma do art. 443, § 2º, do RIPI.

O lançamento de ofício, nesse caso, limita-se à imposição de multa isolada em razão da não homologa-ção de compensahomologa-ção quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, a qual será exigida de acordo com as disposições do art. 18 da Lei nº 10.833/2003 e do art. 18 da Lei nº 11.488/2007.

(Lei nº 10.833/2003, art. 18; Lei nº 11.488/2007, art. 18; RIPI/2010, arts. 443, § 2º, e 570)

4. regIMe eSPeCIaL De FISCaLIzação

As infrações cometidas pelo contribuinte durante o período em que estiver submetido a regime especial de fiscalização, de que trata o art. 541 do RIPI, são punidas com a multa de 150% sobre a totalidade ou a diferença do imposto nos casos de falta de paga-mento ou de recolhipaga-mento, de falta de declaração e nos de declaração inexata.

Esse percentual será duplicado nos casos de sonegação, fraude e conluio previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

Os percentuais mencionados serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo su-jeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

a) prestação de esclarecimentos;

b) apresentação dos arquivos ou sistemas rela-cionados ao processamento eletrônico de da-dos de que trata o art. 389 do RIPI; e

c) apresentação, pelo usuário de sistema de processamento eletrônico de dados, da do-cumentação técnica de que trata o § 2º do art. 542 do RIPI.

(5)

As multas descritas neste item são aplicadas, inclusive, aos contribuintes que derem causa a res-sarcimento indevido de impostos ou contribuições decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.

(RIPI/2010, arts. 389, 541, § 5º, 542, § 2º, 561, 562, 563 e 571)

5. MuLta De vaLor IguaL ao Da MerCaDorIa ou Do ConStante na nota FISCaL

Sem prejuízo de outras sanções administrativas ou penais cabíveis, incorrem na multa igual ao valor comercial da mercadoria ou ao que lhe for atribuído na nota fiscal, respectivamente:

a) os que entregarem para consumo ou consu-mirem produto de procedência estrangeira introduzido clandestinamente no País ou im-portado irregular ou fraudulentamente, ou que tenha entrado no estabelecimento, dele saí-do ou nele permanecisaí-do sem que tenha ha-vido registro da declaração da importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo se estiver dispensado do re-gistro ou desacompanhado de Guia de Licita-ção ou nota fiscal, conforme o caso; e

b) os que emitirem, fora dos casos permitidos no RIPI, nota fiscal que não corresponda à saída efetiva, do produto nele descrito, do estabele-cimento emitente e os que, em proveito pró-prio ou alheio, utilizarem, receberem ou regis-trarem essa nota para qualquer efeito, haja ou não destaque do imposto e ainda que a nota se refira a produto isento.

Na hipótese da letra “a”, a imposição da pena não prejudica a que é aplicável ao comprador ou ao rece-bedor do produto e, no caso da letra “b”, independe da que é cabível pela falta ou pela insuficiência de recolhi-mento do imposto em razão da utilização da nota.

A multa a que se refere a letra “a” se aplica apenas às hipóteses de produtos de procedência estrangeira introduzidos clandestinamente no País ou importados irregular ou fraudulentamente.

(RIPI/2010, art. 572)

6. Pena De PerDIMento

Verificada a impossibilidade de apreensão de mercadoria sujeita à pena de perdimento, em razão de sua não localização ou consumo, será extinto o processo administrativo instaurado para apuração da infração capitulada como dano ao Erário e será instaurado processo administrativo para aplicação da multa prevista no art. 573 do RIPI.

Nessa hipótese, aplica-se multa equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria que não seja localizada ou que tenha sido consumida, a qual será exigida mediante lançamento de ofício, que será processado e julgado nos termos da legislação que rege a determinação e a exigência dos demais créditos tributários da União.

As disposições relacionadas ao perdimento de mercadoria constam dos arts. 603 a 606 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 531, 573 e 603 a 606)

7. tranSPorte De MerCaDorIa IntroDuzIDa CLanDeStInaMente no PaíS

Incorre na multa de 50% do valor comercial da mercadoria o transportador que conduzir produto de procedência estrangeira que saiba, ou que deva pre-sumir pelas circunstâncias do caso, ter sido introdu-zido clandestinamente no País ou importado irregular ou fraudulentamente.

(RIPI/2010, art. 574)

8. aDquIrenteS e DePoSItárIoS

A inobservância da verificação de rotulagem, mar-cação e selagem, se os produtos estiverem sujeitos ao selo de controle do IPI, bem como da documentação fiscal pelos adquirentes e depositários, os sujeitarão às mesmas penas cominadas ao industrial ou ao remetente, pela falta apurada.

(RIPI/2010, arts. 327, caput, §§ 1º e 3º, e 575)

9. rotuLageM ou MarCação

Aos que descumprirem as exigências de rotula-gem ou de marcação previstas no art. 274 do RIPI ou as instruções expedidas pelo Secretário da Receita Federal do Brasil sobre o assunto, será aplicada a multa de R$ 196,18.

(RIPI/2010, arts. 274 e 576)

10. ProDutoS eM SItuação IrreguLar

Será exigido do proprietário do produto encon-trado em situação irregular descrita nos arts. 341 e 346 do RIPI (exportação de bebidas e de cigarros) o imposto que deixou de ser pago, aplicando-se, inde-pendentemente de outras sanções cabíveis, a multa de 150% do seu valor.

Não sendo identificado o proprietário dos produ-tos, considera-se como tal, para efeito de aplicação da pena, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor do produto.

Na hipótese do art. 346 do RIPI (cigarros nacionais considerados como produtos estrangeiros

(6)

introduzi-dos clandestinamente no País), cuja exportação tenha sido autorizada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de acordo com o disposto no § 5º do art. 344, os impostos devidos e a multa serão exigidos do estabelecimento industrial exportador.

Esta regra se aplica, inclusive, à hipótese de ausência de comprovação pelo estabelecimento industrial da importação dos cigarros no país de des-tino, de que trata o inciso III do § 5º do art. 344 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 341, 344, § 5º, III, 346 e 577)

11. BeBIDaS

11.1 Produtos das posições 22.01, 22.02 e 22.03 da tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (tIPI)

Poderão ser aplicadas, a cada período de apura-ção do imposto incidente sobre os produtos classifi-cados nas posições 22.02 e 22.03 da TIPI (bebidas), as seguintes multas:

a) de 50% do valor comercial da mercadoria pro-duzida, não inferior a R$ 10.000,00:

a.1) se, a partir do 10º dia subsequente ao prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipamentos medidores de vazão e os condutivímetros referidos no art. 373 do RIPI não tiverem sido ins-talados em razão de impedimento provo-cado pelo contribuinte;

a.2) se o contribuinte não comunicar à RFB a inoperância dos equipamentos referidos na letra “a.1”, mantendo controle do vo-lume de produção enquanto perdurar a interrupção; e

b) no valor de R$ 10.000,00, na hipótese da não apresentação à RFB, em meio magnético, do quadro-resumo dos registros de medidores de vazão e dos condutivímetros e do demonstrativo de apuração do IPI de que trata o art. 374 do RIPI. As multas descritas neste item se aplicam tam-bém aos estabelecimentos envasadores ou industriais fabricantes dos produtos classificados na posição 22.01 da TIPI.

Nota

As posições da TIPI citadas neste item contemplam os seguintes pro-dutos:

a) 22.01 - águas, incluindo as águas minerais, naturais ou artificiais, e as águas gaseificadas, não adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes nem aromatizadas; gelo e neve;

b) 22.02 - águas, incluindo as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes ou aromatizadas

e outras bebidas não alcoólicas, exceto sucos (sumos) de frutas ou de produtos hortícolas, da posição 20.09; e

c) 22.03.00.00 - cervejas de malte.

(RIPI/2010, arts. 373, 374 e 578; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

11.2 Bebidas frias

A pessoa jurídica optante pelo regime especial de tributação de que trata o art. 223 do RIPI, que prestar de forma incorreta ou incompleta as informações exigi-das na forma do § 7º do art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, ficará sujeita à multa de ofício no valor de 150% do valor do imposto que deixou de ser lançado ou recolhido.

A multa é aplicada inclusive nos casos em que o contribuinte se omitir a prestar as informações exigi-das pelo mencionado dispositivo legal.

(Lei nº 10.833/2003, art. 58-J, § 7º; RIPI/2010, arts. 223 e 579)

11.3 Bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto, previstas no art. 44 do RIPI, deverá constar a expressão a que se refere o inciso III do art. 415, vedado o destaque do imposto nas referidas notas sob pena de se considerar o imposto como indevidamente destacado, sujeitando o infrator às disposições legais estabelecidas para a hipótese.

Cabe observar, nesse sentido, que o estabeleci-mento destinatário da nota fiscal emitida em desacordo com a referida norma, que recebê-la, registrá-la ou utilizá-la, em proveito próprio ou alheio, ficará sujeito à multa igual ao valor da mercadoria constante do mencio-nado documento, sem prejuízo da obrigatoriedade de recolher o valor do imposto indevidamente aproveitado.

(RIPI/2010, arts. 44, 415, III, 432 e 607)

12. áLCooL

Os produtores de álcool, inclusive para fins carbu-rantes, ficam obrigados à instalação de equipamentos de controle de produção nos termos, nas condições e nos prazos estabelecidos pela RFB.

No caso de inoperância de qualquer dos equipa-mentos, o produtor deverá comunicar a ocorrência à unidade da RFB com jurisdição sobre o seu domicílio fiscal, no prazo de 24 horas, devendo manter controle do volume de produção enquanto perdurar a interrupção.

O descumprimento dessa obrigação ensejará a aplicação de multa:

a) correspondente a 50% do valor comercial da mercadoria produzida no período de

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inoperân-cia, não inferior a R$ 5.000,00 se, a partir do 10º dia subsequente ao prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipa-mentos não tiverem sido instalados em virtude de impedimento criado pelo produtor; e b) no valor de R$ 5.000,00, sem prejuízo da

apli-cação da penalidade descrita na letra “a”, no caso de falta da comunicação da inoperância do medidor.

Para fins da aplicação da multa descrita na letra “a”, considera-se impedimento qualquer ação ou omissão praticada pelo fabricante tendente a impedir ou retardar a instalação dos equipamentos ou, mesmo após a sua instalação, prejudicar o seu funcionamento normal.

(RIPI/2010, arts. 377 e 580)

13. CIgarroS

Serão aplicadas as seguintes penalidades na ocorrência de infrações relativas aos cigarros classifi-cados no código 2402.20.00 da TIPI:

a) aos fabricantes que coletarem, para qualquer fim, carteiras vazias: multa de 2 vezes o valor do imposto sobre os cigarros correspondentes às quantidades de carteiras coletadas, calcu-lado de acordo com a marca do produto, não inferior a R$ 99,72;

b) aos importadores do produto que não declara-rem em cada unidade tributada, na forma es-tabelecida no RIPI, a sua firma e a situação do estabelecimento (localidade, rua e número), o número de sua inscrição no Cadastro Nacio-nal da Pessoa Jurídica (CNPJ) e outras indica-ções necessárias à identificação do produto: multa igual a 50% do valor comercial das uni-dades apreendidas, não inferior a R$ 196,18; c) aos que expuserem a venda o produto sem as

indicações citadas na letra “b”: multa igual a 50% do valor das unidades apreendidas, não inferior a R$ 196,18, independentemente da pena de perdimento destas;

d) aos que derem saída ao produto sem o seu en-quadramento na classe de preço de venda no varejo: multa de R$ 0,11 por unidade tributada saída do estabelecimento; e

e) aos que derem saída a marca nova de cigarros sem prévia comunicação, ao Secretário da Re-ceita Federal do Brasil, de sua classe de preço de venda no varejo: multa de R$ 0,11 por uni-dade tributada saída do estabelecimento.

Nota

A falta de comunicação da inoperância de equipamentos pelo produtor de álcool, de que trata o § 2º do art. 378 do RIPI, ensejará a aplicação de multa de R$ 10.000,00.

Apuradas operações com cigarros, tabaco em folha ou papel para cigarros, em bobinas, praticadas em desacordo com as exigências do RIPI ou nos demais atos administrativos destinados a complementá-lo, serão aplicadas aos infratores as seguintes penalidades:

a) aos que derem saída ao produto sem estar previamente registrados, quando obrigados ao registro especial, conforme o art. 330 do RIPI, ou aos que desatenderem ao disposto no art. 362, ou, ainda, aos que derem saída a papel para cigarros em bobinas para estabe-lecimentos não autorizados a adquiri-lo: multa igual ao valor comercial da mercadoria; b) aos que, nas condições da letra “a”,

adqui-rirem e tiverem em seu poder tabaco em fo-lha ou papel para cigarros em bobinas: multa igual ao valor comercial da mercadoria; c) aos que receberem ou tiverem em seu poder

matéria-prima, produto intermediário ou mate-rial de embalagem para a fabricação de cigar-ros para terceicigar-ros: multa igual ao valor comer-cial da mercadoria; e

d) aos que, embora registrados, deixarem de marcar o produto ou a sua embalagem na for-ma prevista no art. 344 ou nas instruções expe-didas pelo Ministro da Fazenda de acordo com o art. 360, ambos do RIPI: multa igual ao valor comercial da mercadoria e, quando se tratar de cigarros, de R$ 0,11 por unidade tributada. Apurada, em estabelecimento industrial de charutos, cigarros, cigarrilhas ou de fumo desfiado, picado, migado, em pó, ou em rolo e em corda, a falta da escrituração, nos assentamentos próprios, da aquisição do tabaco em folha ou do papel para cigarros em bobinas, será apli-cada ao estabelecimento infrator multa igual a 20% do valor comercial das quantidades não escrituradas.

A cada período de apuração do imposto poderá ser aplicada multa de 100% do valor comercial da mercadoria produzida, sem prejuízo da aplicação das demais sanções fiscais e penais cabíveis, não inferior a R$ 10.000,00:

a) se, a partir do 10º dia subsequente ao término do prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipamentos referidos no art. 378 do RIPI não tiverem sido instalados em virtude de impedimento provocado pelo fabri-cante de cigarros e cigarrilhas; e

b) se o fabricante de cigarros e cigarrilhas não efetuar o controle de volume de produção a que se refere o § 2º do art. 378 do RIPI.

Para fins do disposto na letra “a”, considera-se impedimento qualquer ação ou omissão praticada

(8)

pelo fabricante tendente a impedir ou retardar a instalação dos equipamentos ou, mesmo após a sua instalação, prejudicar o seu normal funcionamento.

Na ocorrência da hipótese mencionada letra “a” aplica-se, ainda, o disposto no art. 334 do RIPI, que trata do cancelamento do registro especial do estabe-lecimento industrial.

(RIPI/2010, arts. 330, 334, 344, 360, 362, 378, 581, 582, 583 e 584)

13.1 tabaco em folha

No caso de falta ou excesso do tabaco em folha, apurados à vista dos livros e documentos fiscais do estabelecimento beneficiador, a ele será aplicada multa igual a 50% do valor comercial da quantidade faltante ou excedente.

(RIPI/2010, art. 587)

14. SeLo De ControLe

Serão aplicadas as seguintes penalidades, em rela-ção ao selo de controle de que trata o art. 284 do RIPI, na ocorrência das infrações a seguir especificadas:

a) venda ou exposição à venda de produtos sem o selo ou com o emprego de selo já utilizado: multa igual ao valor comercial do produto, não inferior a R$ 1.000,00;

b) emprego ou posse do selo legítimo não adqui-rido diretamente da repartição fornecedora: multa de R$ 1,00 por unidade, não inferior a R$ 1.000,00;

c) emprego de selo destinado a produto nacio-nal, quando se tratar de produto estrangeiro, e vice-versa; emprego de selo destinado a pro-duto diverso; emprego de selo não utilizado ou marcado como previsto em ato da RFB; em-prego de selo que não estiver em circulação: consideram-se os produtos como não selados, equiparando-se a infração à falta de pagamen-to do impospagamen-to, que será exigível, além da multa igual a 75% do valor do imposto exigido; d) fabricação, venda, compra, cessão,

utiliza-ção ou posse, soltos ou aplicados, de selos de controle falsos: independentemente de sanção penal cabível, multa de R$ 5,00 por unidade, não inferior a R$ 5.000,00, além da apreensão dos selos não utilizados e da apli-cação da pena de perdimento dos produtos em que tenham sido utilizados os selos; e) transporte de produto sem o selo ou com

em-prego de selo já utilizado: multa igual a 50% do valor comercial do produto, não inferior a R$ 1.000,00.

Será aplicada a mesma pena constante na letra “b” àqueles que fornecerem a outro estabelecimento, da mesma pessoa jurídica ou de terceiros, selos de controle legítimos adquiridos diretamente da reparti-ção fornecedora.

Será aplicada, ainda, a pena de perdimento aos produtos do código 2402.20.00 da TIPI:

a) nas hipóteses de que tratam as letras “a” e “e” anteriores e também aos demais produtos su-jeitos ao selo de controle a que se refere o art. 284 do RIPI; e

b) encontrados no estabelecimento industrial, acondicionados em embalagem destinada à comercialização, sem o selo de controle. Para fins de aplicação das penalidades, havendo a constatação de produtos com selos de controle em desacordo com as normas estabelecidas pela RFB, será considerada irregular a totalidade do lote identifi-cado onde eles foram encontrados.

Está sujeito às penalidades previstas na legislação, aplicáveis às hipóteses de uso indevido de selos de controle, o importador que não efetivar a importação no prazo de 90 dias, estabelecido no art. 352 do RIPI. Caso ocorra importação parcial, as penalidades serão calculadas sobre a quantidade de selos adquiridos que não houverem sido utilizados na importação.

(RIPI/2010, arts. 284, 352, 585 e 586)

15. PaPeL IMune

A pessoa jurídica que adquirir papel imune para a utilização na impressão de livros, jornais e periódi-cos, deve manter registro especial na RFB que, entre outras obrigações, poderá estabelecer periodicidade e forma de comprovação da correta destinação do papel, inclusive mediante a instituição de obrigação acessória destinada ao controle da sua comercializa-ção e importacomercializa-ção.

O não cumprimento da obrigação mencionada sujeita a pessoa jurídica às seguintes penalidades:

a) 5%, não inferior a R$ 100,00 e não superior a R$ 5.000,00, do valor das operações com pa-pel imune omitidas ou apresentadas de forma inexata ou incompleta;

b) de R$ 2.500,00 para micro e pequenas em-presas e de R$ 5.000,00 para as demais, in-dependentemente da sanção descrita na letra “a”, se as informações não forem apresenta-das no prazo estabelecido.

Apresentada a informação fora do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício, a multa referida na letra “b” será reduzida pela metade.

(9)

Sobre o assunto, examinar a Instrução Normativa RFB nº 976/2009, que dispõe sobre o registro espe-cial para estabelecimentos que realizem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, e sobre a apresentação da Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune).

(RIPI/2010, arts. 328, § 2º, II, e 588; Instrução Normativa RFB nº 976/2009, art. 12)

16. SIMuLação, víCIo ou FaLSIFICação

Estão sujeitos à multa de 5 vezes a pena prevista no art. 597 do RIPI (R$ 21,90) aqueles que simularem, viciarem ou falsificarem documentos ou a escrituração de seus livros fiscais ou comerciais, ou utilizarem docu-mentos falsos para iludir a fiscalização ou fugir ao paga-mento do imposto, se não couber outra multa maior por falta de lançamento ou pagamento do imposto.

Na mesma pena incorrerá quem, por qualquer meio ou forma, desacatar os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil ou embaraçar, dificultar ou impedir a sua atividade fiscalizadora, sem prejuízo de qualquer outra penalidade cabível por infração ao RIPI.

(RIPI/2010, arts. 589, 590 e 597)

17. ProCeSSaMento eLetrônICo De DaDoS

A inobservância do disposto no art. 389 do RIPI (manutenção de arquivos digitais e sistemas pelas pessoas jurídicas que utilizam sistema de processa-mento eletrônico de dados) acarretará a imposição das seguintes penalidades:

a) multa de 0,5% do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período, aos que não aten-derem à forma em que devem ser apresenta-dos os registros e respectivos arquivos; b) multa de 5% sobre o valor da operação

cor-respondente, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações solicitadas, li-mitada a 1% da receita bruta da pessoa jurídi-ca no período; e

c) multa equivalente a 0,02% por dia de atraso, cal-culada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período, até o máximo de 1% dessa receita, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos arquivos e sistemas. Para fins de aplicação das multas, o período compreende o ano-calendário em que as operações foram realizadas.

(RIPI/2010, arts. 389 e 591)

18. oBrIgaçõeS aCeSSórIaS

O art. 592 do RIPI estabelece, com base no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, que o

descum-primento das obrigações acessórias exigidas nos ter-mos do art. 272 do RIPI acarreta a aplicação da multa de R$ 5.000,00, por mês-calendário, aos contribuintes que deixarem de fornecer, nos prazos estabelecidos, as informações ou os esclarecimentos solicitados.

No entanto, o art. 57 da citada Medida Provisória foi alterado pelo art. 57 da Lei nº 12.873/2013, o qual passou a dispor que o sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões, será intimado para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela RFB e sujeitar-se-á às seguintes multas:

a) por apresentação extemporânea:

a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apura-do lucro presumiapura-do (Imposto de Renda) ou tenham optado pelo Simples Nacional; a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou

fra-ção, relativamente às demais pessoas ju-rídicas;

b) por não cumprimento à intimação da RFB para cumprir obrigação acessória ou para prestar es-clarecimentos nos prazos estipulados pela au-toridade fiscal: R$ 500,00, por mês-calendário; c) por cumprimento de obrigação acessória com

informações inexatas, incompletas ou omitidas: c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de infor-mação omitida, inexata ou incompleta; c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor

das transações comerciais ou das opera-ções financeiras, próprias da pessoa físi-ca ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de in-formação omitida, inexata ou incompleta. Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nas letras “b” e “c” serão reduzidos em 70%.

Para fins do disposto na letra “a”, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra “a.2”.

(10)

A multa citada na letra “a” será reduzida à metade, quando a declaração, o demonstrativo ou a escrituração digital forem apresentados após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.

Quando se tratar de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas mencionadas nas letras “a.1”, “b” e “c”.

(Lei nº 9.779/1999, art. 16; Lei nº 12.873/2013, art. 57; Medi-da Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57; RIPI/2010, arts. 272 e 592)

19. não aPreSentação De DIPj, DCtF e DSPj

O sujeito passivo que deixar de apresentar Decla-ração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), Declaração de Débitos e Créditos Tri-butários Federais (DCTF) e Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica - Inativa nos prazos fixados, ou que as apresentarem com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela RFB, e estará sujeito às seguintes multas:

a) 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do Imposto de Renda da Pessoa Jurí-dica informado na DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega dessa declara-ção ou entrega após o prazo, limitada a 20%; b) 2% ao mês-calendário ou fração, incidente

sobre o montante dos tributos e contribuições informados na DCTF ou na DSPJ, ainda que in-tegralmente pago, no caso de falta de entrega dessas declarações ou entrega após o prazo, limitada a 20%; e

c) R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.

Para efeito de aplicação das multas mencionadas nas letras “a” e “b”, será considerado como termo ini-cial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do Auto de Infração.

Será considerada não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas estabelecidas pela RFB.

O sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração no prazo de 10 dias, contado da ciência da intimação, e estará sujeito à multa descrita na letra “a”.

(RIPI/2010, art. 593, caput, §§ 1º, 4º e 5º)

19.1 redução das multas

As multas descritas no item 19 serão reduzidas:

a) à metade, quando a declaração for apresenta-da após o prazo, mas antes de qualquer pro-cedimento de ofício; e

b) a 75%, se houver a apresentação da declara-ção no prazo fixado em intimadeclara-ção.

(RIPI/2010, art. 593, § 2º)

19.2 Multa mínima

A multa mínima a ser aplicada será de:

a) R$ 200,00, tratando-se de pessoa jurídica ina-tiva; e

b) R$ 500,00, nos demais casos.

(RIPI/2010, art. 593, § 3º)

20. não aPreSentação De DeCLaração Do IMPoSto

Serão punidos com multa de R$ 31,65, aplicável a cada falta, os contribuintes que deixarem de apresen-tar, no prazo estabelecido, o documento de prestação de informações a que se refere o art. 443 do RIPI.

Essas disposições se aplicam exclusivamente aos contribuintes do imposto não sujeitos às declarações descritas no item 19.

(RIPI/2010, arts. 443, 593 e 594)

21. rePorto

Na hipótese de utilização de bem em finalidade diversa da que motivou a suspensão do imposto de que trata o art. 166 do RIPI (Modernização e Amplia-ção da Estrutura Portuária - Reporto), a sua não incorporação ao ativo imobilizado ou a ausência da identificação dos veículos adquiridos com o benefício do Reporto citada no § 5º do mencionado dispositivo, o beneficiário ficará sujeito à multa de 50% sobre o valor de aquisição do bem no mercado interno ou do respectivo valor aduaneiro.

A aplicação da multa não prejudica a exigência dos tributos suspensos, de outras penalidades cabí-veis, bem como dos acréscimos legais.

Nota

A Instrução Normativa RFB nº 1.370/2013 disciplina a aplicação do Re-porto, dispondo no § 1º de seu art. 2º que a suspensão do IPI aplica-se somente às importações e às aquisições no mercado interno realizadas até 31.12.2015.

(RIPI/2010, arts. 166 e 595; Instrução Normativa RFB nº 1.370/2013)

22. rePeS

Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento na forma dos arts. 173 e 174 do RIPI, relativamente ao Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação

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(Repes), caberá lançamento de ofício do imposto, acrescido de juros e da multa de 75% sobre a totali-dade ou a diferença do imposto.

O percentual da multa mencionado (75%) será duplicado nos casos de sonegação, fraude ou conluio previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI, indepen-dentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

Esses percentuais serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

a) prestar esclarecimentos;

b) apresentar os arquivos ou sistemas de que tra-ta o art. 389 do RIPI; e

c) apresentar a documentação técnica de que trata o § 2º do art. 542 do RIPI.

As regras descritas neste item se aplicam, inclusive, aos contribuintes que derem causa a res-sarcimento indevido de impostos ou contribuições decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.

(RIPI/2010, arts. 173 a 175, 389, 542, § 2º, 561 a 563 e 596)

23. MuLta BáSICa

As infrações para as quais não se estabeleçam penas proporcionais ao valor do imposto ou do produto, pena de perdimento da mercadoria ou outra específica serão punidas com a multa básica de R$ 21,90.

A inobservância de normas prescritas em atos administrativos de caráter normativo será punida com a multa citada, se outra maior não estiver prevista no RIPI.

Em nenhum caso a multa aplicada poderá ser inferior a R$ 21,90.

(RIPI/2010, arts. 597 e 598)

24. InStItuIçõeS FInanCeIraS

A falta de apresentação de documentos, livros e registros de instituições financeiras, ou sua apre-sentação de forma inexata ou incompleta, sujeita a pessoa jurídica à multa equivalente a 2% do valor das operações objeto da requisição, apurado por meio de procedimento fiscal com a própria pessoa jurídica ou titular da conta de depósito ou da aplicação finan-ceira, bem como a terceiros, por mês-calendário ou fração de atraso, limitado a 10%, observado o valor mínimo de R$ 50.000,00.

A multa mencionada será:

a) apurada considerando o período compreen-dido entre o dia seguinte ao término do prazo

fixado para a entrega da declaração e a data da efetiva entrega; e

b) majorada em 100%, na hipótese de lavratura de Auto de Infração.

Na hipótese de lavratura de Auto de Infração, caso a pessoa jurídica não apresente a declaração, serão lavrados Autos de Infração complementares até a sua efetiva entrega.

(RIPI/2010, arts. 599 e 600)

25. reDução De MuLtaS

Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou o parcelamento do imposto, será concedida redução da multa de lança-mento de ofício nos seguintes percentuais:

a) 50%, quando for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado do lançamento;

b) 40%, quando o sujeito passivo requerer o par-celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado do lançamento; c) 30%, quando for efetuado o pagamento ou a

compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado da decisão administrativa de 1ª instância; ou d) 20%, quando o sujeito passivo requerer o

par-celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado da decisão admi-nistrativa de 1ª instância.

No caso de provimento a recurso de ofício interposto por autoridade julgadora de 1ª instância, aplica-se a redução citada na letra “c” para o caso de pagamento ou compensação, e a citada na letra “d” para o caso de parcelamento.

A rescisão do parcelamento, motivada pelo descumprimento das normas que o regulam, implica restabelecimento do montante da multa proporcional-mente ao valor da receita não satisfeita e que exceder o valor obtido com a garantia apresentada.

A redução da multa de lançamento de ofício descrita nas letras “a” a “d” não se aplica às multas previstas no art. 543, no inciso I do art. 572, no art. 573 e no art. 605 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 543, 572, I, 573, 601, 602 e 605)

(12)

ICMS

Crédito presumido

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Previsão de benefícios na legislação 3. Condição comum à fruição do benefício 4. Cálculo do crédito presumido

5. Livro Fiscal Eletrônico (LFE) 6. Jurisprudência

7. Penalidades

1. IntroDução

Uma das formas de concessão de benefícios fis-cais é efetivada por meio de crédito fiscal presumido ou outorgado, conferido pela legislação a determi-nados contribuintes, em face das peculiaridades de suas atividades, mediante celebração de convênios entre as Unidades da Federação.

O crédito presumido é um incentivo fiscal ofere-cido pelo Estado para algumas operações, que reduz o ICMS a ser pago pela empresa. Ou seja, se o Estado concede um crédito presumido do imposto de 60%, a empresa só paga 40% do imposto devido.

Cada benefício de crédito presumido poderá estabelecer regras diferentes para uso, gozo e enquadramento, podendo ser concedido por prazo determinado ou indeterminado.

Assim, sempre que o contribuinte realizar essa opção, deverá certificar-se de que se enquadra em todos os requisitos fiscais para a sua utilização.

Nesta matéria, abordaremos as hipóteses em que há previsão de crédito presumido na legislação do Distrito Federal e ilustraremos com um exemplo de cálculo do benefício.

2. PrevISão De BeneFíCIoS na LegISLação

Veremos, a seguir, as previsões de crédito fiscal presumido em vigência na legislação do Distrito Federal, conforme disposições do RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III.

2.1 Prestação de serviço de transporte

Na legislação do Distrito Federal, há previsão de crédito presumido do imposto para 2 modalidades de prestação de serviços de transportes: uma

especí-fica, que é a modalidade de prestação de serviços de transporte aéreo, e a outra mais abrangente, possível a quaisquer das modalidades.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, itens 1 e 2)

2.1.1 transporte aéreo

Os prestadores de serviços de transporte aéreo poderão optar pela sistemática de crédito fiscal presumido do imposto, de forma que a incidência corresponda a 8% do valor da prestação do serviço. A opção por este crédito substitui o sistema normal de tributação e impede ao contribuinte o aproveitamento de quaisquer outros créditos.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, item 1)

2.1.2 transportes em geral

Em substituição ao sistema de tributação normal, os estabelecimentos prestadores de serviço de trans-porte poderão optar pelo crédito presumido do ICMS, que será equivalente a 20% do valor do imposto devido na prestação.

Essa opção veda a apropriação de quaisquer outros créditos e deverá ser consignada no livro Regis-tro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência.

A apropriação deste crédito pelos prestadores de serviços não obrigados à inscrição cadastral ou à escrituração fiscal será feita no próprio documento de arrecadação.

O crédito presumido de que trata este subitem deixará de ser facultativo e passará a ser obrigatório na hipótese em que o estabelecimento pertencente ao mesmo titular, situado ou não no Distrito Federal, for optante por esta modalidade.

A opção pelo benefício será consignada no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências de cada estabelecimento.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, item 2)

2.2 Produtor agropecuário de novilho precoce

Em substituição ao sistema de tributação normal, o estabelecimento produtor agropecuário de novilho

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precoce, equiparado a industrial ou comercial, poderá optar pelo crédito presumido equivalente a 50% do valor do ICMS incidente na operação, nas saídas com destino ao estabelecimento que promover o abate.

Essa opção veda a apropriação de quaisquer outros créditos relacionados com a atividade de pro-dução de novilho precoce, bem como de benefícios fiscais relacionados com a operação.

A opção a esse crédito pode ser feita pelo estabelecimento que promover o abate, quando o produtor agropecuário não for equiparado a industrial ou comercial.

É condição para a fruição do benefício a inspeção sanitária do Distrito Federal do abate de animais na qual se caracterize novilho precoce. É assim consi-derado o animal que apresentar, no máximo, 4 dentes incisivos permanentes e os primeiros médios da 2ª dentição e possuir, por ocasião do abate, de 1 a 10 mm de gordura na carcaça.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, item 3)

2.3 obras de arte

Aos estabelecimentos que realizarem saídas de obras de arte recebidas diretamente do autor, com a isenção do imposto, é concedido crédito fiscal pre-sumido equivalente ao percentual de 50% do ICMS incidente na operação.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, item 4)

2.4 Discos fonográficos

As empresas produtoras de discos fonográficos poderão utilizar como crédito do imposto o valor dos direitos autorais, artísticos e conexos, comprova-damente pagos a autores e artistas nacionais ou a empresas que:

a) representem-nos e das quais sejam titulares ou sócios majoritários;

b) mantenham contratos de edição com eles, nos termos do art. 53 da Lei nº 9.610/1998;

Nota

O art. 53 da mencionada Lei estabelece que o editor, mediante contrato de edição e obrigando-se a reproduzir e a divulgar a obra literária, artística ou científica, fica autorizado, em caráter de exclusividade, a publicá-la e a explorá-la pelo prazo e nas condições pactuadas com o autor.

c) possuam contratos de cessão ou transferência de direitos autorais com eles, nos termos do art. 49 da Lei nº 9.610/1998.

Nota

O art. 49 da citada Lei determina que os direitos do autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por meio de licenciamento, con-cessão, cessão ou por outros meios admitidos em direito, obedecidas as seguintes limitações:

a) a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei;

b) a transmissão total e definitiva dos direitos somente será admitida mediante estipulação contratual escrita;

c) o prazo máximo será de 5 anos na hipótese de não haver estipula-ção contratual escrita;

d) a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o contrato, salvo estipulação em contrário;

e) a cessão só se operará para modalidades de utilização já existentes à data do contrato;

f) o contrato será interpretado restritivamente, não havendo especifica-ções quanto à modalidade de utilização, entendendo-se como limi-tada apenas a uma que seja aquela indispensável ao cumprimento da finalidade do contrato.

O aproveitamento do crédito poderá ser efetuado em até 40%, aplicável sobre o valor do imposto debi-tado no mês, correspondente às operações efetuadas com discos fonográficos e com outros suportes de sons gravados. Apenas poderá ser apropriado até o 2º mês subsequente ao mês em que ocorreu o paga-mento dos direitos autorais e artísticos e conexos.

Para verificação desses limites, poderão ser exigidas a emissão de documentos fiscais indivi-dualizados, a escrituração em separado das opera-ções realizadas com discos fonográficos e com outros suportes de sons gravados, bem como a confecção de demonstrativos que indiquem o valor do imposto devido nas referidas operações.

A opção por esse benefício veda o aproveitamento de quaisquer outros créditos, bem como do excedente em quaisquer estabelecimentos do mesmo titular ou de terceiros ou, ainda, a transferência de crédito de uma para outra empresa.

Como condição ao benefício, a legislação estabelece ainda que sejam entregues à Secretaria de Fazenda e Planejamento e ao Departamento da Receita Federal, até o dia 10 do mês subsequente ao do pagamento, a relação dos pagamentos efe-tuados no mês, a título de direitos autorais, artísticos e conexos, com a identificação dos beneficiários, seus domicílios e sua inscrição no CPF-MF.

O benefício tem prazo de vigência previsto até 31.12.2014.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno III, item 7)

3. ConDIção CoMuM à FruIção Do BeneFíCIo

Independentemente de previsão específica no dispositivo que concede o crédito presumido, a

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frui-ção desse benefício fica condicionada a que a opfrui-ção seja previamente comunicada à repartição fiscal da circunscrição em que se localizar o estabelecimento.

(RICMS-DF/1997, art. 8º, parágrafo único)

4. CáLCuLo Do CréDIto PreSuMIDo

O crédito presumido pode ser concedido por meio de duas modalidades: sob o percentual fixo ou sob a forma de carga tributária, devendo essa determinação constar do próprio dispositivo legal que concedeu o benefício.

Para o cálculo do crédito presumido concedido sob a forma de percentual fixo, como é o caso do serviço de transporte, cujo percentual é de 20%, o contribuinte aplicará o percentual sobre o valor da operação ou da prestação. Entretanto, para os bene-fícios concedidos sob a forma de carga tributária, torna-se necessário efetuar cálculos matemáticos para identificar o valor do benefício.

A título exemplificativo, demonstramos um cálculo de crédito presumido aplicável aos benefícios sob a forma de carga tributária final.

Para que se possa saber qual o valor do crédito a ser apropriado, poderá ser utilizada a fórmula cons-tante do quadro a seguir:

FÓRMULA PARA CALCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO

Alíquota interna - carga tributária = percentual do crédito presu-mido

Valor da operação x percentual do crédito presumido = valor do crédito a ser apropriado

Para ilustrar a operação, vamos considerar os seguintes valores (fictícios, que servem apenas para exemplificar):

a) percentual da carga tributária: 8%; b) alíquota interna: 17%;

c) valor da operação: R$ 5.000,00.

Aplicada a fórmula mencionada, temos a configu-ração do quadro a seguir:

CALCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO

17% - 8% = 9%

R$ 5.000,00 x 9% = R$ 450,00

Assim, com a aplicação de alíquota de 17% para um valor de operação de R$ 5.000,00, teríamos R$ 850,00 de carga tributária, ou seja, o valor do imposto incidente.

Para adequar uma efetiva carga tributária de 8% sobre o mesmo valor da operação (R$ 5.000,00 x 8%), teríamos uma carga tributária no valor de R$ 400,00.

Dessa forma, o contribuinte deve efetuar um cré-dito de 9% (17% - 8%), equivalente ao montante de R$ 450,00 (R$ 850,00 - R$ 450,00 = R$ 400,00).

5. LIvro FISCaL eLetrônICo (LFe)

O crédito deverá ser escriturado no Bloco “E” Livros Fiscais de Apuração do ICMS e do IPI do Livro Fiscal Eletrônico, mediante lançamento dos valores em “Outro crédito: crédito presumido/outorgado”, observadas as disposições da Portaria SEF nº 210/2006 e do Ato Cotepe nº 35/2005.

6. jurISPruDênCIa

Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos relacionados ao tema, extraídos do site da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal, cuja utilização pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em Diário Oficial.

ACÓRDÃO DO TRIBUNAL PLENO Nº. 83 / 2007 (11635) EMENTA : CRÉDITO PRESUMIDO – APROVEITAMENTO INDEVIDO – ABATIMENTO INCORRETO NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS – É válida a exigência de recolhimento do ICMS resultante de estorno do excesso de crédito pre-sumido aproveitado pelo contribuinte, quando este não comprovar, conforme determinação legal, a correção no montante de lucro utilizado no cálculo do crédito aprovei-tado. AUSÊNCIA DE ESTORNO DE CRÉDITO PROPOR-CIONAL À REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO NA SAÍDA – É legítimo o estorno de crédito proporcional à redução da base de cálculo por ocasião da saída de mercadorias que sofrerem algum tipo de diminuição, sendo sua validade respaldada na legislação afeta à matéria e confirmada por decisões judiciais. MULTA – REDUÇÃO – Com a edição do Decreto nº 27.453 de 01/12/2006, a multa aplicável à espécie passou a ser no percentual de 100%. Em função do disposto no art. 106, I do CTN, sua aplicação alcança fatos ocorridos anteriormente à sua publicação e ainda, não transitado em julgado. Recurso Extraordinário que se provê parcialmente.

ACÓRDÃO DO TRIBUNAL PLENO Nº. 52/2007 (11472) EMENTA : PRELIMINAR DE DECADÊNCIA DO DIREITO DE CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO – REJEIÇÃO – O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, conforme inteligência do art. 56, inciso I do CTDF. Constatado o exercício daquele direito dentro do referido interstício, impõe-se a rejeição da preliminar de decadência suscitada. CRÉDITO PRESUMIDO – APRO-VEITAMENTO INDEVIDO – ABATIMENTO INCORRETO NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS – É válida a exigência de recolhimento do ICMS resultante de estorno do excesso de crédito presumido aproveitado pelo contribuinte, no

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cálculo do ICMS devido, quando este não comprovar a correção no montante de lucro utilizado no cálculo do crédito aproveitado. MULTA – REDUÇÃO – APLICAÇÃO RETROATIVA EM FUNÇÃO DO ART. 106, I, CTN – Com a edição do Decreto nº 27.453 de 01/12/2006, a multa apli-cável à espécie passou a ser no percentual de 100%. Em função do disposto no art. 106, I do CTN, sua aplicação alcança fatos ocorridos anteriormente à sua publicação. Recurso Extraordinário que se provê parcialmente.

ACÓRDÃO DO TRIBUNAL PLENO No. 14 / 2004 (9976) EMENTA : ICMS – TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO – ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO DEVIDO AO JUÍZO DO CONTRIBUINTE – AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ILIDENTES DA HOMOLOGAÇÃO TÁCITA (FRAUDE, SIMULAÇÃO, SONEGAÇÃO) – DIFERENÇAS APURADAS – DECADÊNCIA – EXTINÇÃO PARCIAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – CONTAGEM DO PRAZO DECA-DENCIAL – Decai o Fisco do direito de constituir a parte do crédito tributário do ICMS devidamente declarado e pago antecipadamente a juízo do contribuinte devido, na ausên-cia de ocorrênausên-cia dos vícios ilidentes da homologação; se não o ultimar no qüinqüênio que inicia a sua fluência na data de ocorrência do fato gerador (inteligência do § 4º do art. 150 do CTN). CRÉDITO FISCAL DE MATERIAL DE USO E CONSUMO E DO ATIVO PERMANENTE UTILIZADO EM CONJUNTO COM O CRÉDITO PRESUMIDO PARA O SETOR DE TRANSPORTE INTERESTADUAL DE CARGAS E PASSAGEIROS – IMPOSSIBILIDADE - A opção de se utilizar o crédito presumido de ICMS no Setor de Trans-porte Interestadual de Cargas e Passageiros, ao teor dos Convênios ICMS 38/89 e 106/96, pressupõe a vedação de utilização de quaisquer outros créditos.

7. PenaLIDaDeS

A aplicação de penalidades é feita mediante critério discricionário do agente fiscal, que analisa as previsões legais e nelas deve enquadrar o motivo de autuação.

Nota

Ato discricionário é definido como aquele que a administração pública pratica com certa liberdade de escolha, mas pautada em critérios de con-veniência e oportunidade, obedecidos os parâmetros legais. Desta forma, o contribuinte, ao analisar a penalidade aplicável ao seu caso, deve fazê-lo com certa cautela e considerar que, devido a esse critério discricionário do

agente fiscal, pode haver interpretações diversas quanto ao enquadramento do caso à lei. Nada impede, no entanto, que a penalidade imposta seja dis-cutida administrativa e judicialmente, na hipótese de o contribuinte se sentir prejudicado pela interpretação do fiscal.

Constitui infração a ação ou omissão, voluntária ou não, que importe na inobservância, por parte do contribuinte ou responsável, de normas estabelecidas no Regulamento, ou em atos administrativos de cará-ter normativo.

Ao infrator da legislação tributária do ICMS são cominadas as seguintes penas:

a) multa;

b) proibição de transacionar com os órgãos da administração pública estadual;

c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de controle, fiscalização e pagamento do imposto; d) apreensão de bens e mercadorias, na forma

da legislação específica;

e) cassação de incentivos ou benefícios fiscais; f) suspensão ou cancelamento de inscrição

ca-dastral;

g) proibição de transacionar com órgãos e en-tidades da Administração Pública do Distrito Federal;

h) cassação, suspensão ou exclusão de regime especial de emissão e escrituração de docu-mentos fiscais e apuração e recolhimento do imposto.

Dentre as penalidades previstas no RICMS--DF/1997 destacamos a previsão de multa no percen-tual de 100% na hipótese de escrituração de crédito fiscal superior àquele previsto na legislação para a respectiva operação ou prestação.

(RICMS-DF/1997, arts. 358 e 362, IV, “c”, item 1)

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a

IOB Setorial

DIStRItO FeDeRal

Pecuarista - ICMS - Isenção nas

operações internas e interestaduais

com sêmen resfriado ou congelado

A Inseminação Artificial (IA) tem sido boa alterna-tiva para o pecuarista que deseja melhorar a qualidade

dos animais e a produtividade do rebanho. Apreender a técnica correta é importante ferramenta no campo.

Com a maior profissionalização do agronegócio na última década, vem aumentando a exigência por uma carne de melhor qualidade e uma maior produ-tividade do rebanho. Grandes frigoríficos já pagam a mais por animais com melhores características.

(16)

Essa técnica de fertilização possibilitou que criações como as de aves e de suínos alcançassem alto desempenho no País. Através da inseminação artificial, pode-se ter um número muito maior de vacas prenhas do que pelo meio usual, que é usando o macho reprodutor para fecundá-las.

Em que pese a introdução da técnica a ter ocor-rido no Brasil na década de 1970, ela ainda é pouco utilizada: estima-se que apenas 5 a 6% dos rebanhos são oriundos dessa técnica.

A fim de incentivar esta operação, o Distrito Federal concede a isenção do ICMS nas operações internas e interestaduais de embrião ou sêmen congelado ou resfriado, de bovino, caprino, ovino ou de suíno, não sendo exigido o estorno do crédito fiscal de que trata os incisos I e II do art. 60 do RICMS-DF/1997.

A isenção pode ser definida como a dispensa do pagamento do imposto. Apesar de ocorrer o fato gerador e o imposto ser devido, a lei dispensa o seu pagamento. As isenções são concedidas e revogadas mediante deliberação com os demais Estados, por meio da celebração de convênios e podem ser concedidas por prazo determinado ou indeterminado, razão pela qual o contribuinte deve estar sempre atento às alterações na legislação relativas às condições e aos prazos de aplicação do benefício.

(RICMS-DF/1997, Anexo I, Caderno I, item 17; http://www. altagenetics.com.br/novo/Noticias/Ler.aspx?nID=1360; http:// atarde.uol.com.br/economia/materias/1535630-pecuaria-mer-cado-de-inseminacao-artificial-avanca-no-brasil)

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FeDeRal

Tributos federais - Códigos de receita

para depósitos judiciais e extrajudiciais

O Ato Declaratório Executivo Codac nº 4/2014 divulgou os códigos de receita para depósito judicial ou extrajudicial a serem utilizados no preenchi-mento do campo 12 do Docupreenchi-mento para Depósitos Judiciais ou Extrajudiciais à Ordem e à Disposição da Autoridade Judicial ou Administrativa Competente

(DJE), conforme Anexos I e II ao mencionado ato, e revogou o Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2013, que dispunha sobre o assunto.

Reproduzimos, a seguir, os códigos e suas respec-tivas especificações, relacionados ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II), Imposto sobre as Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou reativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), constantes do Anexo I ao Ato Declaratório Executivo Codac nº 4/2014:

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Item Código de

Receita Especificação da Receita CÓDIGOS PARA DEPÓSITO JUDICIAL

1 0163 Receita dos Direitos Antidumping e Compensatórios - Depósito Judicial 2 0216 Depósito Judicial - Outros - Aduaneiros

27 3043 Lei nº 11.941, de 2009 - PGFN - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Créditos de IPI - Art. 2º Depósito Judicial

30 3095 Lei nº 11.941, de 2009 - RFB - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Créditos de IPI - Art. 2º Depósito Judicial

38 4470 Reabertura Lei nº 11.941, de 2009 - PGFN - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Crédi-tos de IPI - Art. 2º Depósito Judicial

43 4549 Reabertura Lei nº 11.941, de 2009 - RFB - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Créditos de IPI - Art. 2º Depósito Judicial

51 7363 Imposto de Importação - Depósito Judicial 52 7389 IPI - Outros - Depósito Judicial

53 7391 IPI Vinculado à Importação - Depósito Judicial 57 7444 IOF - Depósito Judicial

58 7457 ITR - Depósito Judicial CÓDIGOS PARA DEPÓSITO EXTRAJUDICIAL

66 0174 Receita dos Direitos Antidumping e Compensatórios - Depósito Administrativo 67 0229 Depósito Administrativo - Outros - Aduaneiros

88 7538 Imposto de Importação - Depósito Administrativo 89 7540 IPI - Outros - Depósito Administrativo

90 7553 IPI Vinculado à Importação - Depósito Administrativo 94 7619 IOF - Depósito Administrativo

95 7621 ITR - Depósito Administrativo

101 8944 II - Imposto de Importação - Canal cinza - Depósito Administrativo 102 8957 IPI Vinculado à Importação - Canal cinza - Depósito Administrativo

(Ato Declaratório Executivo Codac nº 4/2014)

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IOB Perguntas e Respostas

IPI

ALC - Isenção - Prazo de vigência

1) Qual é o prazo de vigência da isenção prevista para a Área de Livre Comércio (ALC) de Tabatinga?

O benefício isencional previsto para a ALC de Tabatinga está previsto para vigorar pelo prazo de 25 anos, a contar a partir de 26.12.1989.

(Lei nº 7.965/1989, art. 13; RIPI/2010, art. 108)

Bens de informática - Benefícios fiscais

2) A obrigação de realização de investimentos em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias da infor-mação se aplica a todos os fabricantes que pretendam pleitear os benefícios fiscais no âmbito do processo produtivo básico (PPB)?

Não. A concessão dos benefícios fiscais no âmbito do PPB, aos estabelecimentos fabricantes de aparelhos telefônicos por fio, com unidade

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ausculta-dor-microfone sem fio, que incorporem controle por técnicas digitais, classificados no código 8517.11.00 da TIPI, não está condicionada à obrigação de rea-lizar investimentos anuais em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação no País, tratados no art. 140, § 1º, do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 140, § 1º, e 141, § 3º)

Rotulação de produtos - Descumprimento da obrigação - Consequência

3) Qual a implicação fiscal decorrente de transpor-te de mercadoria não rotulada?

Na falta de rotulagem, marcação ou numeração, quando legalmente exigidas, o produto será con-siderado como não identificado com o descrito nos documentos fiscais, podendo, assim, o contribuinte ser autuado pela infração caracterizada como de transporte de mercadoria desacompanhada de do-cumento fiscal.

Serão considerados não rotulados ou não marca-dos os produtos com rótulos ou marcas que apresen-tem indicações falsas.

Prescreve o art. 569, § 1º, II, do RIPI que estarão sujeitos à multa de 75% do valor do imposto os que transportarem produtos tributados ou isentos, desa-companhados da documentação comprobatória de sua procedência.

(RIPI/2010, arts. 280, 281 e 569, § 1º, II)

ICMS/DF

Contribuintes e responsáveis - Pessoa não regularmente constituída

4) A pessoa que não estiver regularmente cons-tituída ou estabelecida pode ser considerada contri-buinte do ICMS?

A condição de contribuinte independe de encontrar-se a pessoa regularmente constituída ou estabelecida, bastando que configure unidade econômica que pratique as operações ou prestações definidas no RICMS-DF/1997, como fatos geradores do imposto.

Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comuni-cação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

a) importe mercadorias ou bens do exterior, qual-quer que seja sua finalidade;

b) seja destinatária de serviço prestado no exte-rior ou cuja prestação se tenha iniciado no ex-terior;

c) adquira, em licitação pública, mercadoria ou bem importados do exterior, apreendidos ou abandonados;

d) adquira energia elétrica ou petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gaso-sos dele derivados, oriundos de outra Unidade da Federação, quando não destinados à co-mercialização ou à industrialização;

e) na condição de arrendadora, realize operação de arrendamento mercantil.

(RICMS-DF/1997, art. 12)

Livro Fiscal Eletrônico - Falta da entrega - Cancelamento da inscrição cadastral

5) O contribuinte que deixar de escriturar o Livro Fiscal Eletrônico (LFE) poderá ter sua inscrição can-celada?

Sim. Mediante ato da autoridade fiscal compe-tente, a inscrição poderá ser suspensa quando for constatado pelo Fisco que o contribuinte, por um período igual ou superior a 3 meses consecutivos ou 6 meses alternados:

a) deixou de escriturar o LFE, na forma do Decre-to nº 26.529/2006;

b) tenha enviado o LFE, instituído pelo Decreto nº 26.529/2006, sem registro das operações ou prestações realizadas relativas a fatos gerado-res que tenham sido praticados.

Considerando que o contribuinte que reincidir na infração que enseje a suspensão está sujeito ao cancelamento da sua inscrição, a reincidência na não entrega do LFE ou dos registros do mesmo sujeitará o infrator ao cancelamento de sua inscrição.

Vale ressaltar que a permanência da suspensão por período superior a 90 dias também gera o cance-lamento da inscrição do contribuinte.

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Livro Fiscal Eletrônico - Inventário

6) O Livro Fiscal Eletrônico (LFE) dispensa a en-trega do livro de inventário?

O LFE não dispensou a entrega do Livro Registro de Inventário, apenas alterou a formatação. Essa formatação permite também que o contribuinte envie mensalmente o inventário, se fizer esse controle.

No entanto, a exigência legal permanece sendo 60 dias após o levantamento físico do estoque (balanço).

Ou seja, o bloco H, relativo ao inventário, deverá estar com os dados preenchidos no livro eletrônico a ser entregue no mês de fevereiro, se o balanço foi efetuado em 31 de dezembro.

Vale ressaltar que continua obrigatório o inventá-rio do estoque existente na data do encerramento das atividades.

(RICMS-DF/1997, art. 180, §§ 7º e 10º)

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