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1 Coletânea de Artigos - Ciências Contábeis - UNIFAMETRO

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LILIANA FARIAS LACERDA

TALYTA EDUARDO OLIVEIRA

(Organizadores)

COLETÂNEA DE ARTIGOS -

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UNIFAMETRO

UNIFAMETRO FORTALEZA – CE 2020

(4)
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5 FICHA CATALOGRÁFICA

ELABORAÇÃO PELA BIBLIOTECA CENTRAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAMETRO

L131c Lacerda, Liliana Farias.

Coletânea de Artigos - Ciências Contábeis – UNIFAMETRO. / Liliana Farias Lacerda, Talyta Eduardo Oliveira. Fortaleza, 2020.

160p.

Modo de acesso: http://www.unifametro.edu.br

Vários autores

ISBN 978-65-87476-00-1 (E-book)

1. Recursos Orçamentários. 2. Percepção dos Empreendedores. 3. Ferramentas Gerenciais Contábeis. I. Oliveira, Talyta Eduardo II. Título.

CDD 362.10981

NOTA

Em partes do livro, encontra-se no conteúdo o uso de assuntos “Coletânea Contabilidade”. Esse livro é resultado de Artigos Científicos defendidos por Alunos do Curso Ciências Contábeis do

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6 SUMÁRIO

1

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS X FINANCEIROS NOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DE CASO NA PREFEITURA DE MARACANAÚ – PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA (PDDE)

7

2 PERCEPÇÃO DOS EMPREENDEDORES E GESTORES DE UM CENTRO COMERCIAL DE FORTALEZA SOBRE CAPITAL INTELECTUAL 24

3

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS GERENCIAIS CONTÁBEIS: UM ESTUDO EM EMPRESAS CEARENSES GANHADORAS DO PRÊMIO GPTW 2017- CATEGORIZADAS COMO GRANDES EMPRESAS. 45 4 O TESTE DE IMPAIRMENT: SEGMENTO EXPLORAÇÃO, REFINO E DISTRIBUIÇÃO DO BRASIL 58

5 INFLUÊNCIAS DOS DESASTRES AMBIENTAIS NO DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO DA EMPRESA VALE S.A 71

6 ANÁLISE DOS TRIBUTOS DIFERIDOS E SUA PROPORÇÃO SOBRE O RESULTADO BRUTO, NO PERÍODO DE 2013 A 2018, NA EMPRESA

TAURUS S.A. LISTADA NA B3. 87

7 O REFLEXO DA PCLD NOS INDICADORES FINANCEIROS EM EMPRESAS DO RAMO DE EDUCAÇÃO LISTADAS NA BM&FBOVESPA

101

8

ANALISE DAS RECEITAS E DESPESAS NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DO CEARÁ, FINANCIADAS PELO FUNDEB,

NOS ANOS DE 2017 E 2018 114

9 UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM CONTABILIDADE GERENCIAL NA BASE DE DADOS DO EBSCO, ENTRE OS ANOS DE 2006 E 2016 123

(7)

7 APLICAÇÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS X FINANCEIROS NOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA:

UM ESTUDO DE CASO NA PREFEITURA DE MARACANAÚ – PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA (PDDE)

Arlete Sales Cardoso Lidiane Alvesde Lima Liliana Farias Lacerda José Maria Alexandre Silva RESUMO

O presente artigo visa discorrer sobre a aplicação dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, enquanto política pública, para o desenvolvimento da educação básica no âmbito do Município de Maracanaú-CE. Neste contexto, o objetivo geral deste estudo é demonstrar os recursos do PDDE, entre os anos de 2014 à 2016, para o desenvolvimento da educação, nas unidades de ensino da Prefeitura de Maracanaú. Frente a esta exposição, evidenciar os benefícios e conhecer as dificuldades encontradas pelas escolas de Maracanaú para gerir os referidos recursos. Teve-se como direcionamento para alcance dos objetivos propostos o problema de pesquisa: O recurso recebido através do PDDE e a sua aplicabilidade, são suficientes dentro das unidades de ensino básico de Maracanaú? A metodologia utilizada neste artigo foi por meio da modalidade de pesquisa descritiva, exploratória, bibliográfica, quantitativa e qualitativa, com aplicação de questionário e análise de dados. Na análise de dados, foram comparados os valores de repasse aplicados e seu impacto nas unidades de ensino de Maracanaú. O PDDE trouxe práticas que modificaram as relações participativas no contexto escolar, e que em longo prazo, poderão trazer mudanças substanciais aos espaços de participação deste ambiente, trazendo horizontes positivos e aprofundamento nos níveis de participação dentro das escolas, a fim de instigar a democratização dos processos de gestão escolar.

Palavras-chave: PDDE. Educação. Administração Pública. 1 INTRODUÇÃO

É notória a relevância que o estudo da gestão e aporte da escola pública brasileira tem-se elevado nos últimos anos, principalmente após a promulgação da Emenda Constitucional (EC) nº 14/1996, que estabeleceu o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF), regulamentado pela Lei Nº 9.424 de 24 de dezembro de 1996 e pelo Decreto Nº 2.264 de junho de 1997, posteriormente instituído nacionalmente em primeiro de janeiro de 1998.

De acordo com Peroni (2003, p.118-119), este é um acontecimento de extrema positividade, pois é por meio da fiscalização que podemos modificar a cultura da falta de transparência nas contas públicas, e, mais precisamente, na receita reservada à educação, ver as reais prioridades concretizar-se por meio do financiamento, proporcionar o registro e o ingresso a dados referentes a balanços governamentais e a orçamentos.

Nesse contexto, foi apurada de forma investigativa a aplicabilidade dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), implantado em 1995, pelo Ministério da Educação (MEC) e executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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8 (FNDE). Neste estudo, apresentam-se as consequências na gestão da escola pública, com as mudanças introduzidas pela inserção do PDDE. Emana da averiguação a respeito da aplicabilidade do programa, desenvolvido por meio de estudos de caso, em 87 (oitenta e sete) escolas do município de Maracanaú, no Estado do Ceará, selecionadas com o intuito de evidenciar, ainda que relativamente, a aplicabilidade dos recursos gerados pela implantação do Programa.

O PDDE tem como finalidade, disponibilizar, de forma direta, os recursos financeiros para as escolas, com o intuito de cobrir despesas de custeio e manutenção, desta forma contribui complementarmente, para a melhoria física e pedagógica das unidades de ensino, devendo ser empregado na manutenção, conservação do prédio escolar, aquisição de material necessário ao funcionamento da escola, capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação, avaliação da aprendizagem, implementação do projeto pedagógico, aquisição de material didático/pedagógico e desenvolvimento de atividades educacionais diversas.

O presente artigo tem como relevância, a análise dos recursos do PDDE, como são recebidos e aplicados na educação básica na prefeitura de Maracanaú. O tema proposto é de substancial importância, uma vez que clarifica aos novos gestores municipais a natureza dos recursos, a importância de planejar as ações a serem desenvolvidas; o reconhecimento das prioridades na aplicação dos recursos; quem pode ser a Unidade Executora; e como se realiza a prestação de contas de modo a contribuir para a melhoria física e pedagógica das escolas favorecidas pelo programa. O estudo de caso foi realizado em Maracanaú, município do Estado do Ceará, localizado na região metropolitana de Fortaleza. A cidade sendo a terceira mais desenvolvida do Ceará, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, divulgado em dezembro de 2015 tomando como base dados de 2013.

Frente a estes pressupostos, temos como problematização: O recurso recebido através do PDDE e a sua aplicabilidade, são suficientes dentro das unidades de ensino básico de Maracanaú? Essa premissa remete a uma averiguação de como se dá a distribuição do PDDE bem como a aplicação dos recursos dentro das Unidades de Ensino de Maracanaú.

Com o intuito de responder ao questionamento levantado, coloca-se como objetivo geral deste estudo: demonstrar os recursos do PDDE, entre os anos de 2014 à 2016, para o desenvolvimento da educação, nas unidades de ensino da Prefeitura de Maracanaú. Frente a esta exposição, evidenciar os benefícios e conhecer as dificuldades encontradas pelas escolas de Maracanaú para gerir os referidos recursos.

Inicialmente foi realizado um levantamento a partir de questionário aplicado às 87 (oitenta e sete) unidades de ensino básico, pertencentes ao município de Maracanaú, sendo destas, 31 (trinta e uma) com abstenção de resposta. A metodologia de pesquisa utilizada para aprofundamento da investigação do disposto tema se dará por meio da modalidade de pesquisa descritiva, exploratória, bibliográfica, quantitativa e qualitativa, com aplicação de pesquisa de campo, por meio de questionário a ser aplicado em âmbito social e análise de dados. Na análise de dados comparam-se os valores de repasse e aplicados e seu impacto nas unidades de ensino de Maracanaú.

Neste trabalho busca-se contribuir, para que outras instituições públicas possam utilizar as informações como base de conhecimento sobre o PDDE, enquanto política pública voltada para a melhoria física e pedagógica das escolas beneficiadas pelo programa, bem como as verbas recebidas e utilizadas.

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9 O artigo está organizado em três momentos: inicialmente foi realizado uma discussão acerca da história, conceito, financiamento e orçamento do PDDE. Em um segundo momento apontou-se a produção acadêmica sobre a metodologia utilizada. Em seguida foram elencadas as informações sobre o programa em Maracanaú, após a análise dos dados do questionário respondido por 56 das 87 escolas entrevistadas, bem como apresentação de tabelas das receitas e execuções das despesas do período de 2014 a 2016.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este artigo tratará de assuntos que serão organizados de forma a trazer um melhor entendimento acerca de como é feita a aplicação dos recursos do PDDE, no município de Maracanaú – CE, bem como, o seu controle social, distribuição, eficiência e fiscalização. 2.1 MUNICÍPIO DE MARACANAÚ - CE

Maracanaú é um município do Estado do Ceará, localizado na região metropolitana de Fortaleza, a 24 quilômetros da capital. Tornou-se município em 06 de março de 1983 e em 5 de julho de 1983, foi assinada a Lei Estadual no. 10.811. Sua primeira eleição municipal foi em 16 de dezembro de 1984, elegendo Almir Dutra como prefeito.

O município de Maracanaú conta com 87 escolas municipais, que atendem a educação infantil e ensino fundamental e somam cerca de 45 mil estudantes. Segundo dados da Secretaria da Educação Básica a taxa de aprovação no Ensino Fundamental é de 94,30%. Maracanaú obteve o seu Plano Municipal de Educação (PME) aprovado no ano de 2012 pela lei Lei 1862/2012. O município é beneficiado com sete Programas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – FNDE, entre eles o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), aplicado em Maracanaú desde 1998.

2.2 A DESCENTRALIZAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS

A reestruturação administrativa exercida pela política neoliberal nos meados dos anos 90 instrui-se para a flexibilização dos processos e regulamentos burocráticos, na busca de atingir graus mais notáveis de autonomia, afirmando-se, como uma Reforma Gerencial.

De acordo com Martins (1997), a descentralização da administração pública, significa transferir recursos e, consequentemente, delegar autoridade aos governos municipais e estaduais sobre certas funções que anteriormente era de competência Federal.

“Numa instituição a autonomia significa ter poder de decisão sobre seus objetivos e suas formas de organização, manter-se relativamente independente do poder central, administrar livremente os recursos financeiros” (LIBÂNEO, 2001, p. 115).

A autonomia é um mecanismo que visa acatar a política de descentralização dos recursos públicos, percebendo, desta maneira, o avanço da qualidade do ensino fundamental e da preservação da propagação do seu acesso, neste sentido nos diz Fernando Henrique Cardoso: “Tivemos grandes dificuldades para pôr em prática políticas que invertiam as prioridades, passando-as do ensino superior para o fundamental e, ainda por cima, com medidas de descentralização administrativa que incluíam, sempre que possível, critérios de mérito, com sucessivas avaliações.” (CARDOSO, 2006. p.515)

Conforme observado, a descentralização dos recursos públicos é bastante associada à autonomia. Desta forma, na área educacional, ela é entendida como um mecanismo de apoio financeiro, às instituições, para melhor desempenharem suas ações.

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10 2.3 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA - PDDE

O PDDE é um Programa Federal instituído em 1995, sob incumbência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo o FNDE Resolução nº 17, de 19 de abril de 2011, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é definido como um recurso financeiro de caráter suplementar, entregue anualmente à escolas públicas e privadas que trabalham com educação especial, e visa contribuir para o provimento das necessidades prioritárias destas escolas, assim como melhorias em sua infraestrutura física e pedagógica, além de incentivar a autogestão escolar e o exercício da cidadania com a participação da comunidade.

O PDDE bem como os demais programas federais vinculados ao FNDE, advém de verbas das contribuições de Salário Educação, uma contribuição social cobrada das empresas. Desde 1964 as empresas são obrigadas a recolher 2,5% calculados sobre o valor da folha de pagamento dos funcionários.

O Programa Dinheiro Direto na Escola foi idealizado pelo Governo Federal em 1995 e intitulado de Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (PMDE), seguidamente, sendo alterado para Programa Dinheiro Direto na Escola, e executado pelo FNDE, por meio da Medida Provisória n° 1784, de 14 de dezembro de 1998.

A Resolução FNDE/CD nº 3, de 27 de fevereiro de 2003, reeditou as resoluções anteriores reafirmando que o Programa Dinheiro Direto na Escola consiste na transferência, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, de recursos consignados em seu orçamento para a cobertura de despesas, manutenção e de pequenos investimentos, objetivando contribuir, supletivamente, para melhoria física e pedagógica dos estabelecimentos beneficiados.

Sua criação teve premissa no princípio de descentralização da execução dos recursos federais destinados ao ensino fundamental e na contribuição ao exercício da cidadania, assegurando que o “cidadão será tanto mais cidadão quanto menor for espectador e maior for seu compromisso com o bem comum ou com o interesse público” (BRASIL, 1995, p. 11).

O PDDE bem como os demais programas federais vinculados ao FNDE, advém de verbas das contribuições de Salário Educação, ocorrendo que este é uma contribuição social cobrada das empresas. A partir de 1964 as empresas são obrigadas a recolher 2,5% calculados sobre o valor da folha de pagamento dos funcionários. Até 2005, esse valor era reservado apenas para o ensino fundamental. Desta forma, a Emenda Constitucional 53/2006 no seu artigo 212, inciso 5º regula o Salário Educação “A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do Salário Educação, recolhido pelas empresas na forma da lei” (BRASIL, 2006b). O Salário Educação é coletado pelo o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), 1% da quantia arrecadada é destinada para a taxa administrativa e o restante enviado para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 2.4 O FINANCIAMENTO DO PDDE

Até o ano de 1998, os repasses financeiros ocorriam mediante a celebração do convênio entre o FNDE e os Governos Estaduais, do Distrito Federal, Prefeituras Municipais e ONG. Foi então a partir de 1999, que os repasses passaram a ser realizados automaticamente, em conta própria, sem a necessidade de tal artifício.

O FNDE é o órgão que realiza o gerenciamento das verbas do Salário Educação, 10% são deduzidos e 90% são partilhados de duas maneiras pela cota federal, entre os quais são

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11 designados 1/3 dos recursos somando com os 10% inicialmente descontados. Valores que são destinados para os programas que o FNDE desempenha. Conforme a Resolução FNDE/CD n°12/1995 apresenta os valores totais a serem recebidos pelas escolas, dividindo os recursos em custeio e capital.

De acordo com a Resolução n.º 04 de 21 de janeiro de 1999, no seu art. 2º, orienta para quais recursos esse valor possa ser direcionado, onde podemos citar a aquisição de material necessário e permanente, a manutenção, conservação e pequenos reparos na unidade escolar, capacitação e aperfeiçoamento profissional, implantação e desenvolvimento de projetos e atividades.

Anualmente, o Fundo Nacional transfere para as escolas, recursos financeiros sem a obrigação da realização de convênio, por meio de crédito do dinheiro direto em conta bancária da Unidade Executora (Uex). No município de Maracanaú, local de delimitação do estudo, as unidades executoras são formadas por 87 escolas, na qual cada uma possui um CNPJ específico. Conforme demonstrado no Apêndice 01.

No que tange a transferência desse recurso, Paludo (2013) relata que tanto a utilização de recursos públicos quanto a prestação de contas, são objetos de debates e preocupações, seja devido aos contínuos desvios, má aplicação dos mesmos, somados a não penalização dos responsáveis. Em contrapartida o autor apresenta uma alternativa, onde por meio do fortalecimento do controle, assim como uma maior conscientização referente a utilização dos recursos e da necessidade de uma transparente prestação de contas, venha a ocorrer uma melhor administração desses recursos.

No caso do PDDE, trata-se de expor à comunidade escolar e aos órgãos competentes os valores recebidos pela entidade num dado ano, as despesas executadas nesse período e eventuais saldos a serem reprogramados para uso no ano subsequente, para demonstrar se os recursos foram corretamente empregados e se os objetivos do programa e de suas ações foram alcançados.

As entidades precisam fazer prestação de contas sempre que tiverem recebido recursos do PDDE ou de qualquer uma de suas ações naquele ano, ou tiverem saldos de recursos reprogramados de anos anteriores, ainda que não tenham recebido novos repasses. É importante frisar que a prestação de contas é obrigatória mesmo se os recursos não tiverem sido utilizados naquele período. Nesse caso, basta informar que os recursos disponíveis não foram utilizados e que serão reprogramados para uso no ano seguinte.

Além da usual análise contábil das receitas e despesas, as contas devem ser analisadas e os métodos utilizados para execução dos recursos devem estar de acordo com as normas estabelecidas pelo FNDE. Assim, torna-se de suma importância, analisar se as despesas realizadas colaboraram para o alcance dos objetivos do programa, e se foram trazidos benefícios ao seu respectivo público alvo.

De acordo com o FNDE (1997), há várias consequências aos que não cumprem a prestação de contas, desde a suspensão de repasses do PDDE, oimpedimento dos responsáveis licitarem ou contratarem, penhora de bens dos responsáveis para garantir o ressarcimento dos valores (corrigidos monetariamente) e inabilitação dos responsáveis para exercerem cargo ou função pública, inclusive cargos eletivos.

2.5 ORÇAMENTO X FINANÇAS DO PDDE – CUSTEIO E CAPITAL

Entre os mais importantes aspectos da Administração Pública está o cuidado referente ao controle do déficit orçamentário e do endividamento público, além da aquisição de

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12 informação econômica, financeira e patrimonial que subsidiam a tomada de decisão e garantam uma gestão mais eficiente dos recursos financeiros.

Morgado (2011, p.5) conceitua orçamento como sendo “um plano financeiro de uma Administração, por meio do qual, para um período determinado de tempo, são previstas suas receitas e fixadas às correspondentes despesas”.

Com uma percepção semelhante à Morgado, Julião Jr. (2011b, p.11) caracteriza o orçamento à função administrativa como “ferramenta de previsão e controle de atividade econômica financeira”.

Entende-se por Receita Pública como uma ramificação do conceito contábil da Receita somando outros conceitos usados pela administração aplicada ao setor público em virtude de suas particularidades.

Nessa perspectiva, Andrade (2013), afirma que Receitas públicas são um conjunto de ingressos financeiros, oriundos de receitas orçamentárias ou próprias e receitas extra orçamentárias ou de terceiros que produzirão acréscimos ao patrimônio da instituição, seja em qualquer esfera governamental.

De acordo com o disposto no artigo 11 da Lei nº 4.320/64, as receitas públicas, podem ser classificadas como Receitas Correntes e Receitas de Capital: Receitas Correntes são as receitas tributárias, de contribuição patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e de outras pessoas de direito público ou privado. Já as Receitas de Capital são oriundas de constituição de dívidas, conversão em espécie de bens e direitos, assim como recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas, e oriundas do superávit do Orçamento Corrente.

No tocante a despesas públicas, Kohama (2014) salienta que corresponde aos gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais, à satisfação dos compromissos da dívida pública, ou restituição de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos e consignações.

Existem 2 (dois) grandes grupos que dividem a despesa pública quanto à sua natureza, as despesas orçamentárias e as extra orçamentárias. As despesas orçamentárias são aquelas que dependem de autorização legislativa e não podem ser efetuadas sem crédito orçamentário correspondente, subdividindo-se em: Despesas Correntes, contemplando as Despesas de Custeio e as Transferências Correntes, e as Despesas de Capital, contemplando os Investimentos, Inversões Financeiras e as Transferências de Capital.

De acordo com o Manual Contabilidade Aplicada ao Setor Público (BRASIL 2014), as despesas correntes são destinadas diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. E são destinadas a manutenção dos equipamentos e para funcionamento dos órgãos governamentais, e divide-se despesas de custeio e transferências correntes.

Segundo Kohama (2014), as despesas de custeio são destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente, pagamento de serviços de terceiros, pagamento de pessoal, compra de material de consumo, entre outras.

As Despesas de Capital são as que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital, sendo conceituada como um gasto realizado pelo ente público, com a intenção de criar novos bens de capital ou até mesmo adquirir bens de capital em uso, como investimentos e inversões financeiras.

Angélico (2014) ressalta que tanto a receita como a despesa têm três períodos de atividades a primeira destina-se ao período de estimação da receita e da fixação da despesa,

(13)

13 também entendida como uma proposta orçamentária, a segunda condiz com a realização da mesma, ou execução orçamentária, o terceiro período está destinado às confrontações das receitas estimadas com as realizadas e das receitas fixadas e as realizadas, o resultado servirá de base para à elaboração da próxima proposta.

A execução financeira do Programa PDDE, apresenta os dados sobre a quantidade de escolas do universo estimado de estabelecimentos de ensino beneficiárias do Programa que efetivamente receberão os recursos, tendo em vista que atenderam aos critérios gerais e específicos estabelecidos na Lei nº 11.947 e regulamentados por resoluções do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Todavia, é relevante salientar que as receitas e despesas orçamentárias, pertinentes ao PDDE, não transitam pelo orçamento do município, pois são diretamente repassadas e executadas para as unidades executoras.

Nessa execução são apresentadas as quantidades de estabelecimentos de ensino contemplados, de alunos atendidos por essas unidades de ensino e os valores de fato a elas repassados, nas categorias econômicas de custeio e de capital, por unidade da Federação, segundo a rede de ensino (Estadual, Distrital e Municipal), sendo tais dados apresentados até o nível de escola atendida. Quanto à periodicidade, a apresentação é mensal e os dados são cumulativos.

A seguir, será apresentada a metodologia aplicada a este artigo. 3 METODOLOGIA

O presente estudo constitui-se numa pesquisa exploratória descritiva da experiência do município de Maracanaú no que tange a autonomia financeira implantada nas escolas do município com o PDDE.

Segundo PRODANOV e FREITAS (p.51-71. 2013) a pesquisa exploratória “visa proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito ou construindo hipóteses sobre ele.” Já a pesquisa descritiva “(...) expõe as características de uma determinada população ou fenômeno, demandando técnicas padronizadas de coleta de dados.” Trata-se de uma pesquisa de análise bibliográfica, que traz um aprofundamento sobre o tema abordado na visão de vários autores, através de livros especializados em orçamento público, administração pública, autonomia e democratização da gestão escolar, visando um melhor entendimento do comportamento da distribuição do PDDE nas escolas municipais de Maracanaú.

Conforme Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é fortalecida em de livros e artigos científicos, para um aprofundamento do material elaborado. Todavia em grande parte dos estudos sejam necessárias fontes bibliográficas, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir destas fontes.

Através de uma abordagem quantitativa e qualitativa, foram utilizadas como estratégias de coleta de dados a aplicação de um questionário, composto por 10 (dez) perguntas com respostas objetivas e suas devidas justificativas, ambos aplicados a todos os sujeitos envolvidos nesta investigação, ou seja, as 87 (oitenta e sete) escolas municipais, ativas no município de Maracanaú que recebem o repasse de verba do Governo Federal. Das 87 (oitenta e sete) escolas questionadas, 31 (trinta e uma) abstiveram-se de resposta, por motivos desconhecidos.

(14)

14 Os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. (FONSECA 2002, p. 20)

A abordagem qualitativa é evidenciada por Minayo (2003) como:

A diferença entre qualitativo-quantitativo é de natureza. Enquanto cientistas sociais que trabalham com estatística apreendem dos fenômenos apenas a região “visível, ecológica, morfológica e concreta”, a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em equações, médias e estatísticas (MINAYO, 2003, p. 22).

A análise documental também foi utilizada para investigação e apropriação dos fundamentos legais que sustentam o repasse e execução do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, em cumprimento ao disposto na Lei 11.947, de 16 de junho de 2009, constituindo-se, todas estas, fontes fundamentais para a análise dos resultados.

Em termos da predominância de investigações relacionadas com a análise documental. Caracterizam-se por ser pesquisas historiográficas, que utilizam fontes primárias de largo espectro, vinculadas a objetos situados no plano das políticas educacionais, sistemas de ensino, instituições educativas, educação na imprensa, história das disciplinas escolares (e acadêmicas), história do currículo, entre outros campos investigativos bastante profícuos. (CORSETTI, 2006)

Na próxima seção será apresentada análise de dados e suas comparações para o artigo aqui discorrido.

4 ANÁLISE DE DADOS

Analisar o Programa Dinheiro Direto na Escola de Maracanaú enquanto política e suas contribuições de melhoria para a qualidade do ensino da educação básica foi o objetivo traçado para este trabalho.

Deste ponto em diante, iremos expor a pesquisa fundamental deste artigo, que trata de uma análise onde podemos compreender o processo de recebimento do recurso, até a sua aplicação dentro das escolas municipais de Maracanaú, bem como, os benefícios trazidos por ele para o desenvolvimento da educação básica do município.

4.1 ANÁLISE PRÁTICA DA GESTÃO DO PDDE

De acordo com o objetivo desta pesquisa que é discorrer sobre a utilização dos recursos do PDDE para o desenvolvimento da educação, nas unidades de ensino da Prefeitura de Maracanaú, e assim, evidenciar os benefícios e as dificuldades encontradas para gerir os recursos, segue tabela (01) abaixo:

Tabela 01: Análise prática da aplicabilidade do PDDE

QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS ESCOLAS DE ENSINO BÁSICO DE MARACANAÚ

SIM NÃO TOTAL

(15)

15 Fonte: Autoria Própria

No questionário acima aplicado (Tabela 01), foram justificadas, pelos gestores, todas as respostas. Como amostra, serão citadas abaixo (Tabela 02), justificativas, pela relevância das respostas. Para efeito textual e para manter o sigilo quanto aos nomes dos respondentes, serão utilizados nomenclatura conforme tabela:

Tabela 02: Justificativas da análise prática da aplicabilidade do PDDE

1 RESPONDENTE A: "Sim. Oportunizou a escola, ser auto suficiente, tanto na aquisição de materiais pedagógicos, quanto

administrativos, contribuindo para um trabalho pedagógico e metodológico com maior qualidade.".

2 RESPONDENTE B: "Sim. O trabalho está articulado com as demandas e melhor qualidade nas ações educativas.”.

3 RESPONDENTE C: “Sim. Com a chegada do PDDE, podemos junto ao conselho escolar e demais professores, priorizar o que é

mais necessário para uma aula de qualidade, consequentemente teremos uma aprendizagem significativa.".

4 RESPONDENTE D: "Não. Além de serem insuficientes se comparado ao montante de alunos, o seu fracionamento nos últimos anos

tem dificultado a execução das ações na escola.".

5 RESPONDENTE E: "Sim. Todo e qualquer material ou ação programado pela escola, tem a participação do conselho escolar e da

comunidade escolar.”.

6 RESPONDENTE F: "Não. Procuramos cumprir as etapas de execução do programa com a participação do conselho escolar e

priorizamos as urgências.”.

7 RESPONDENTE G: "Sim. Hoje temos um sistema de prestação de contas que ajuda a acelerar o processo, que é o setor de apoio das

unidades executoras. Ele presta o suporte necessário as escolas.".

8 RESPONDENTE C: "Sim. Em virtude do pouco valor, sempre utilizamos todo o recurso. Chegando a faltar material, sendo

complementado com outros recursos recebidos pela escola.".

9 RESPONDENTE H: "Não. Por se tratar de um valor aquém do que precisamos. Mas quando o recurso é recebido no final do

exercício, não temos como executam então reprogramamos.".

10 RESPONDENTE I: "Não. Como anualmente é feita a adesão do programa, a direção escolar tem a possibilidade de alterar os

percentuais (custeio e capital) de acordo com a demanda escolar.". Fonte: Autoria Própria

De acordo com as respostas dos gestores, conforme Tabela 01 e 02, foi observado que 100% das escolas entrevistadas afirmam que houve benefícios tanto na compra de materiais, quanto na possibilidade de autonomia financeira para trabalhar diretamente ao Conselho Escolar de sua unidade. Dentre os quais puderam ser observados, que 94,6% garantem que a possibilidade de alavancar os projetos pedagógicos e ações educativas melhorou o cotidiano escolar e 5,4% alegam que o baixo valor de recursos, não lhes proporcionou perceber mudanças significativas na gestão escolar. Em outro questionamento acerca da prestação de contas das escolas 94,6% alegam que a execução financeira bem realizada permite uma boa prestação de contas sem atraso. Já 5,4% informam a demora no repasse de verbas, desta forma, dificultando a prestação de contas em dia.

1 O PDDE trouxe benefícios para sua escola? 56 100% 0 0% 56 100%

2 O seu trabalho está relativamente ligado no que se refere a aplicação dos recursos do PDDE?

49 87,50% 7 12,50% 56 100%

3 Houveram mudanças significativas no ensino e aprendizagem dos alunos, com o recebimento do PDDE?

53 94,60% 3 5,40% 56 100%

4 Você considera suficiente o recurso disponibilizado pelo PDDE como auxílio financeiro na sua escola?

4 7,10% 52 92,90% 56 100%

5 Você considera o programa PDDE flexível na gestão dos recursos de forma a ampliar a participação da comunidade escolar nessa gestão?

46 82,10% 10 17,90% 56 100%

6 Existem dificuldades enfrentadas pela sua escola para a aplicação das verbas do PDDE?

15 26,80% 41 73,20% 56 100%

7 A sua escola consegue enviar a prestação de contas dos recursos do PDDE dentro do prazo a Secretaria de Educação de Maracanaú?

53 94,60% 3 5,40% 56 100%

8 A escola tem conseguido utilizar dentro do exercício todo o recurso liberado pelo PDDE?

49 87,50% 7 12,50% 56 100%

9 A escola costuma fazer a devolução do saldo não utilizado do recurso liberado pelo PDDE durante o exercício ou a reprogramação para o exercício seguinte?

17 30,40% 39 69,60% 56 100%

10 A escola tem encontrado alguma dificuldade em preservar os percentuais de custeio e capital estipulados dentro do programa PDDE?

(16)

16 Com relação à disponibilização dos recursos, 92,9% dos gestores, considera insuficiente, levando em conta que o número de alunos se comparado com o montante recebido, fica aquém nas necessidades da instituição.

Questionados se existem dificuldades na gestão, 17,24% responderam que a indefinição das datas de liberação dos recursos e baixo valor disponibilizado, é um dos principais obstáculos da gestão. Já 73,2% informam que são priorizadas as urgências da escola, para isso são feitas reuniões com o Conselho Escolar da unidade.

Indagados sobre a devolução ou reprogramação de saldo 30,4% dos gestores afirmam, realizar reprogramação para o próximo exercício, já 69,6%, alegam não precisar reprogramar ou devolver, pois sempre o recurso é utilizado por completo. Sobre a preservação dos percentuais estipulados de custeio e capital, 26,8% informam que houve redução nos valores repassados, que dificultaram a preservação destes percentuais e 73,2% considera não existir dificuldades, pois os percentuais já são pré-definidos pelo Conselho Escolar.

Houve outros questionamentos, nestes foram observados que 56,32% dos gestores tem participação efetiva no Conselho Escolar, logo são responsáveis pelo planejamento financeiro dos recursos. Quanto à participação da comunidade para tomada de decisão, 82,1% acreditam ser imprescindível junto ao Conselho Escolar para uma gestão eficaz dos recursos. Os outros 17,9%, explicam que devido ao baixo valor dos recursos, a gestão foca nas prioridades, sem permitir a participação integral da comunidade escolar.

Questionados sobre a utilização do recurso dentro do exercício, 87,5% dos gestores afirmam que, os recursos são completamente utilizados dentro do exercício devido ao seu baixo valor. Já 12,5% dizem que em decorrência dos atrasos das liberações, algumas vezes os valores precisam ser reprogramados.

O objetivo deste questionário foi evidenciar os benefícios e dificuldades encontradas pelos gestores das UExs (Unidades Executoras) , na aplicação dos recursos do PDDE dentro das instituições de ensino de Maracanaú.

4.2 REPASSES DE RECURSOS FINANCEIROS E SUA APLICABILIDADE

Segundo a Resolução do FNDE nº10, de 18 de abril de 2013, o saldo existente em conta corrente em 31 de dezembro de cada ano, poderá ser reprogramado para o exercício seguinte sem nenhum tipo de desconto. Ou seja, as escolas que tiverem recursos do PDDE Básico em suas contas ao final deste ano poderão utilizá-los de forma integral. No entanto, a partir de 2013, se o saldo apurado em 31 de dezembro for superior a 30% (trinta por cento) do total de recursos disponíveis no exercício, o valor que exceder esse percentual será deduzido do(s) próximo(s) repasse(s).

Observa-se, conforme especificado na tabela 03, os exercícios nos últimos 3 anos, referente aos repasses de custeio e capital destinados ao município de Maracanaú, com base nos dados informados pelo FNDE e da Secretaria Municipal de Educação de Maracanaú: Tabela 03 – Demonstrativos dos Repasses e Receitas do PDDE

Ano de

Alunos Valor Total da Receita Saldos Anteriores, Aplicações Financeiras e Recursos Próprios

Valor do

Repasse Custeio x Capital Dedução (30% dos recursos do Exercício Anterior)

(17)

17 Custeio % Custeio Capital % Capital

2014 39.296 R$ 706.000,51 R$ 289.751,21 R$ 416.249,30 R$ 235.809,25 56,65% R$180.440,05 43,35% R$41.421,48

2015 39.478 R$1.451.313,40 R$ 571.753,40 R$ 879.560,00 R$ 496.564,00 56,45% R$382.996,00 43,55% R$ 0,00

2016 39.175 R$1.038.763.82 R$ 165.263,82 R$ 873.500,00 R$ 497.216,00 56,92% R$376.284,00 43,08% R$ 0,00

Total R$3.196.077,73 R$1.026.768.43 R$2.169.309,30 R$1.229.589,25 56,68% R$939.720,05 43,32% R$41.421,48 Fonte: Autoria Própria

Na tabela acima, é observado que no ano de 2014 foi realizado somente um repasse pelo FNDE, ficando a segunda parcela para o exercício subsequente. Neste mesmo ano, foi observada a diminuição no valor de R$ 41.421,48, relativo à dedução do saldo superior aos 30% no exercício anterior. As receitas totais são compostas por rendimentos de aplicações financeiras, saldos de exercícios anteriores e recursos próprios, no caso de retificação de algum recurso utilizado incorretamente. As Receitas de Custeio totalizaram nesse ano 56,65%, enquanto as receitas de capital 43,35%.

Nos anos de 2015 e 2016, foram repassados os valores integrais e não houveram deduções nesses recursos. Em 2015 as receitas de custeio representaram 56,45%, enquanto as receitas de capital foram 43,55%. No ano de 2016, as receitas de custeio foram equivalentes a 56,92% dos repasses, enquanto as receitas de capital totalizaram 43,08% dos valores transferidos, conforme mostra o gráfico abaixo.

A seguir, iremos acompanhar, como se dá a execução das despesas relativas ao programa PDDE:

Tabela 04 – Análise das Despesas do PDDE

Especificações 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%)

Despesas Custeio R$ 271.430,60 58,08% R$ 621.269,51 56,87% R$ 303.749,56 57,98% Despesas de Capital R$ 195.885,86 41,92% R$ 471.191,99 43,13% R$ 220.159,31 42,02%

Total da Despesas R$ 467.316,46 100% R$ 1.092.461,50 100% R$ 523.908,87 100% Fonte: Autoria Própria

Com base Tabela 04, percebeu-se que no ano de 2014, as Despesas de Custeio representaram 58,08% sobre o total das despesas, com o montante de R$ 271.430,60. No ano de 2015 com o montante de R$ 621.269,51, reduziu para R$ 303.749,56 no ano de 2016, do qual representou 56,87% e 57,98%, nos respectivos anos.

As Despesas de Capital corresponderam a 41,92% do Total de Despesas no ano de 2014, com o montante de R$ 195.885,86, elevou-se para R$ 471.191,99 no ano de 2015 e correspondeu 43,13% do Total das Despesas. No ano de 2016 com o montante de R$ 220.159,31, representou 42,02% do Total das Despesas.

Após a apresentação dos dados elencados acima, por meio da apresentação das tabelas de receitas e execução de despesas, foi possível visualizar que os recursos do PDDE são eficientes dentro das escolas de Maracanaú, do qual a demanda com despesas de custeio são superiores as despesas de capital.

No tópico a seguir, serão apresentadas as considerações finais deste artigo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo direcionado às políticas de financiamento da Educação, concretizadas pela criação de fundos e programas, tornou o PDDE uma ferramenta capaz de conceder recursos e assim modificar o então cenário da educação básica no município de Maracanaú.

(18)

18 O presente artigo trouxe como objetivo, demonstrar os recursos do PDDE, entre os anos de 2014 à 2016, para o desenvolvimento da educação, nas unidades de ensino da Prefeitura de Maracanaú e assim, evidenciar os benefícios e conhecer as dificuldades encontradas pelas escolas de Maracanaú para gerir os referidos recursos, fazendo um comparativo entre os valores de receitas de liberação de recursos e a execução do custeio nas 87 instituições de ensino.

Em relação ao processo de gestão de recursos nas escolas, foi possível constatar que as verbas recebidas através do PDDE são suficientes, dentro das unidades de ensino de Maracanaú, mas existem limitações financeiras, proporcionadas pelo baixo orçamento de verbas destinas às escolas, tendo como base as respostas do questionário aplicado aos gestores das UExs (Unidades Executoras). As tabelas informativas das receitas e despesas reafirmam que os recursos recebidos e aplicados, dentro de suas limitações, garantem as melhorias físicas e pedagógicas demandadas pelas escolas.

Foi possível perceber, que mesmo com as dificuldades enfrentadas acerca do orçamento, considerado baixo, pelos gestores, que o programa oportunizou mudanças significativas na qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos, além da possibilidade de uma relativa autonomia na forma de gerir os valores repassados pelo Governo Federal.

Constatou-se então, que o PDDE trouxe práticas que modificaram as relações participativas no contexto escolar, e que em longo prazo, poderão trazer mudanças substanciais aos espaços de participação deste ambiente, trazendo horizontes positivos e aprofundamento nos níveis de participação dentro das escolas, a fim de instigar a democratização dos processos de gestão escolar.

A seguir, serão mostradas as referências bibliográficas que serviram de aporte teórico para este artigo.

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BRASIL. Resolução n° 12 de 1995. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Brasília, DF. 1995.

(19)

19 BRASIL. Resolução nº 17, de 19 abril de 2011. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Brasília, DF. 2011.

BRASIL. Resolução/CNE/CEB, nº 4 de 23 de fevereiro 1997, Ministério da Educação, Brasília, DF, 1997.

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(20)

20 APÊNDICES

Apêndice 01: Relação das Escolas Municipais de Maracanaú

NOME DA ESCOLA CNPJ

1 EMEF ADAUTO FERREIRA LIMA 03.181.649/0001-44

2 EMEIEF PROFESSORA ADELIA SANTOS DE SOUSA 08.758.204/0001-06

3 EMEF DE PRIMEIRO GRAU ALEGRIA CULTURAL 02.766.760/0001-30

4 EM DE PRIMEIRO GRAU ALMIR FREITAS DUTRA 01.928.932/0001-61

5 EMEF ESTUDANTE ANA BEATRIZ MACEDO TAVARES 13.138.288/0001-07

6 EM DE PRIMEIRO GRAU ANTONIO ALBUQUERQUE SOUSA 01.925.598/0001-92

7 EMEF ANTONIO GONDIM DE LIMA 10.879.994/0001-11

8 EM DE PRIMEIRO GRAU APRENDER PENSANDO 02.767.139/0001-90

9 EM DE PRIMEIRO GRAU BRAZ RIBEIRO DA SILVA 01.925.607/0001-45

10 CI DE EDUC SAÚDE, E ASSISTÊNCIA SOCIAL – CIES 01.928.943/0001-41

11 EMEF CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE 05.116.360/0001-77

12 EM DE PRIMEIRO GRAU SEN CARLOS JEREISSATI 01.931.968/0001-02

13 CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE MARACANAÚ - CEJAM 08.860.023/0001-88

14 CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE PAJUÇARA - CEJAP 08.874.942/0001-00

15 EM DE PRIMEIRO GRAU CESAR CALS NETO 01.925.610/0001-69

16 EM DE PRIMEIRO GRAU CESAR CALS DE OLIVEIRA FILHO 01.928.954/0001-21

17 EMEIF PROFª CEZARINA DE OLIVEIRA GOMES 08.758.198/0001-89

18 EM DE PRIMEIRO GRAU CONSTRUINDO O SABER 02.766.762/0001-29

19 EMEF CORA CORALINA 03.798.306/0001-23

20 EM DE PRIMEIRO GRAU JORNALISTA DURVAL AIRES 05.925.602/0001-12

21 EMEF EDSON QUEIROZ 05.665.155/0001-60

22 EMEF MAESTRO ELIAZAR DE CARVALHO 05.116.217/0001-85

23 EMEF ELIAS SILVA OLIVEIRA 03.798.251/0001-51

24 EM INDÍGENA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO POVO PITAGUARY 03.181.731/0001-79

25 EM DE PRIMEIRO GRAU EVANDRO AYRES DE MOURA 01.924.825./0001-65

26 EMEIEF PRFª FCA. FLORÊNCIA DA SILVA 08.777.436/0001-01

27 EM DE PRIMEIRO GRAU FCO. ANTÔNIO FONTENELE 01.924.835/0001-09

28 EMEIF PROF. FCO ARAÚJO DO NASCIMENTO 08.770.113/0001-88

29 EM DE PRIMEIRO GRAU COMISSÁRIO FCO BARBOSA 01.925.596/0001-01

30 EMEIEF FCO OSCAR RODRIGUES 08.768.840/0001-00

31 EMEF GENCIANO GUERREIRO DE BRITO 10.900.089/0001-04

32 EMEF HEITOR VILLA LOBOS 04.424.415/0001-43

33 EMEF HELDER PESSOA CÂMARA 04.424.373/0001-40

34 EMEF HERBERT JOSÉ DE SOUZA – BETINHO 02.766.733/0001-67

35 EM DE PRIMEIRO GRAU INTEGRANDO O SABER 02.766.748/0001-25

36 EMEF IRMÃ DULCE 03.798.324/0001-05

37 ESCOLA PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU INSTITUTO SÃO JOSÉ 01.931.969/0001-49

(21)

21

39 EM DE PRIMEIRO GRAU DO JATOBÁ 01.925.606/0001-09

40 EM DE PRIMEIRO GRAU JOÃO MAGALHÃES DE OLIVEIRA 02.769.991/0001-05

41 EMEF JOAQUIM AGUIAR 10.872.753/0001-40

42 EM DE PRIMEIRO GRAU JOSÉ BELISÁRIO DE SOUSA 01.928.938/0001-39

43 EMEF JOSÉ DANTAS SOBRINHO 03.798.341/0001-42

44 ESCOLA MUNIC. DE EF DR. JOSE DE BORBA VASCO 01.931.970/0001-73

45 EM DE PRIMEIRO GRAU JOSÉ MÁRIO BARBOSA 01.924.837/0001-90

46 EMEIEF DEP. JOSÉ MARTINS RODRIGUES 02.766.755/0001-27

47 EM DE PRIMEIRO GRAU JOSÉ NOGUEIRA MOTA 01.925.776/0001-85

48 EMEF DEPUTADO JULIO CESAR COSTA LIMA I 03.181.528/0001-00

49 COLÉGIO MUNICIPAL LICEU DE MARACANAÚ 01.928.941/0001-52

50 EMEIF LUIS CARLOS PRESTES 08.755.363/0001-49

51 EMEF LUIZ GONZAGA DOS SANTOS 01.931.966/0001-05

52 EM DE PRIMEIRO GRAU PROFESSORA MARIA DE LOURDES 01.925.599/0001-377

53 EMEIEF DE PRIMEIRO GRAU MARIA GLAUCIA MENEZES TEIXEIRA 10.870.493/0001-74

54 EMEIEF PROF. MARIA DE JESUS DE SOUSA MACAMBIRA 08.765.176/0001-46

55 EMEIEF PROF. MARIA DO SOCORRO VIANA FREITAS 08.769.348/0001-50

56 EMEIEF PROF. MARIA JOSÉ ISIDORO 08.766.627/0001-60

57 EMEIEF PROF. MARIA JOSÉ HOLANDA DO VALE 13.700.352/0001-00

58 EMEI E EF PROF MARIA MARQUES CEDRO 09.569.479/0001-56

59 EMEF MARIA MARQUES DO NASCIMENTO 03.798.280/0001-13

60 EMEF MADRE TEREZA DE CALCUTÁ 04.449.642/000123

-61 EMEF GOVERNADOR MARIO COVAS 05.117.260/0001-65

62 EM DE PRIMEIRO GRAU MANOEL MOREIRA LIMA 01.928.964/0001-67

63 EM DE PRIMEIRO GRAU MANOEL RODRIGUES PINHEIRO DE MELO 02.772.388/0001-74

64 EM DE PRIMEIRO GRAU MANOEL ROSEO LANDIM 01.925.604/0001-01

65 EM DE PRIMEIRO GRAU MARIA PEREIRA DA SILVA 01.932.351/0001-01

66 EMEF MARIA ROCHELLE DA SILVA 03.181.733/0001-68

67 CRECHE MUNICIPAL MIRIAN PORTO MOTA 08.769.343/0001-27

68 EM DE PRIMEIRO GRAU NAPOLEÃO BONAPARTE VIANA 01.924.826/0001-00

69 EMEIEF NARCISO PESSOA ARAÚJO 08.780.866/0001-74

70 EM DE PRIMEIRO GRAU NORBERTO ALVES BATALHA 01.925.600/0001-23

71 EMEIEF PROF. NORMA CÉLIA PINHEIRO CRISPIM 08.830.007/0001-42

72 CRECHE MUNICIPAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 13.694.899/0001-31

73 CRECHE MUNICIPAL OSMIRA EDUARDO DE CASTRO 08.769.084/0001-34

74 EM DE PRIMEIRO GRAU PARQUE PIRATININGA 01.925.609/0001-34

75 EMEI E EF PROF. PAULO FREIRE 09.569.466/0001-87

76 EM DE PRIMEIRO GRAU PENSANDO E CONSTRUINDO 02.766.750/0001-02

77 EMEF RACHEL DE QUEIROZ 02.766.745/000191

-78 COLEGIO MUNIC DE PRIMEIRO E SEG. GRAU RODOLFO TEÓFILO 01.931.967/0001-50

79 EM DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU RUI BARBOSA 01.924.830/0001-78

80 ESCOLA DE PRIMEIRO GRAU SANTA EDWIRGES 01.928.931/0001-17

81 EM DE PRIMEIRO GRAU SINFRONIO PEIXOTO 02.766.758/0001-60

(22)

22 83 EM DE PRIMEIRO GRAU DEP. ULYSSES GUIMARÃES 01.928.950/0001-43

84 EM DE PRIMEIRO GRAU VALDENIA ACELINO 01.924.834/0001-56

85 EMEF VINICIUS DE MORAES 04.449.698/0001-88

86 EMEIEF WALMIKI SAMPAIO DE ALBUQUERQUE 03.181.730/0001-24

87 EMEIEF PROF MARILENE LOPES RABELO 20.204.203/0001-07

Fonte: Autoria Própria

Apêndice 02: Questionário Aplicado as Escolas de Maracanaú

Esse questionário é apenas a título de pesquisa acadêmica. Em nenhuma hipótese serão utilizadas as questões aqui respondidas para benefício próprio do aplicador ou outrem. Peço que o sr(a) leia as questões com atenção, marcando um X naquela e/ou naquelas que estiver de acordo. Agradeço desde já!

1) O PDDE trouxe benefícios para sua escola?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2) O seu trabalho está relativamente ligado que se refere a aplicação dos recursos do PDDE?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3) Houveram mudanças significativas, no ensino e aprendizagem dos alunos, com o recebimento do PDDE?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4) Você considera suficiente, o recurso disponibilizado pelo PDDE, como auxílio financeiro na sua escola?

( ) Sim ( ) Não

Justificar a resposta:

APÊNDICE A QUESTIONÁRIO APLICADO AS ESCOLAS MUNICIPAIS DE MARACANAÚ DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

ESCOLARIDADE: ( ) Médio completo ( )Superior completo ( ) Superior incompleto ( ) Pós-Graduação ( ) Mestrado ( ) Doutorado FORMAÇÃO:

PROFISSÃO:

TEMPO DE ATUAÇÃO: CARGO ATUAL:

TEMPO DE ATUAÇÃO NESTA FUNÇÃO: SEXO: ( ) FEMININO ( ) MASCULINO

(23)

23 ______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

5) Você considera o programa PDDE flexível na gestão dos recursos de forma a ampliar a participação da comunidade escolar nessa gestão?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

6) Existem dificuldades enfrentadas pela sua escola para a aplicação das verbas do PDDE?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

7) A sua escola consegue enviar a prestação de contas dos recursos do PDDE dentro do prazo a Secretaria de Educação de Maracanaú?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8) A escola tem conseguido utilizar dentro do exercício todo o recurso liberado pelo PDDE?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

9) A escola costuma fazer a devolução do saldo não utilizado do recurso liberado pelo PDDE durante o exercício ou a reprogramaçã o para o

exercício seguinte? ( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

10) A escola tem encontrado alguma dificuldade em preservar os percentuais de custeio e capital estipulados dentro do Programa PDDE?

( ) Sim ( ) Não Justificar a resposta: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

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PERCEPÇÃO DOS EMPREENDEDORES E GESTORES DE UM

CENTRO COMERCIAL DE FORTALEZA SOBRE CAPITAL

INTELECTUAL

Anderson Lorscheider Vieirada Cunha Madson Linhares Távora Talyta Eduardo Oliveira Daniel Angelim de Alcântara RESUMO

O foco desta pesquisa tem como objetivo analisar a percepção dos empreendedores e gestores referente às três categorias: capital humano (CH), capital interno (CI) e capital externo (CE). Baseado nas informações contábeis desses achados, acerca da classificação do capital intelectual, que o estudo intensificou sua análise de dados verificando e analisando a percepção dos empreendedores e gestores diante do assunto abordado. Os dados e resultados foram levantados por meio de aplicação de questionários presenciais. Os proprietários e gerentes atenderam em um determinado centro comercial no bairro Jacarecanga em Fortaleza - CE. A pesquisa de tipo quantitativa está baseada em uma amostra composta por 93 empreendedores e gestores de micro e pequenas empresas. A pesquisa apontou que a maioria dos entrevistados nunca ouviu falar do termo “capital intelectual”, mas no decorrer da pesquisa e dos resultados, alegaram que são relevantes para o empreendimento. A pesquisa também evidenciou que os empreendedores e gestores consideram como item de maior valor nas suas atividades empresariais a reputação, tanto do seu negócio quanto do seu produto, foi utilizado Teste de Mann-Whitney para identificar a diferença entre a percepção dos empreendedores que conhecem a terminologia capital intelectual e os que desconhecem quanto à importância dos componentes de Capital Intelectual.

Palavras-chave: Capital Intelectual; Ativo Intangível; Informações Contábeis.

1 INTRODUÇÃO

As variações que ocorrem no mercado diante do crescimento do desemprego, faz com que a população crie uma mudança nos seus atos e na própria cultura, constituindo atitudes de gerirem seus próprios negócios, optando por iniciar um empreendimento. Para que o investidor obtenha um alcance maior em suas vendas e nos seus objetivos, ele precisará abrir um leque maior para o conhecimento e para elementos que impulsione o seu empreendimento, nesse alcance, e investir no capital intelectual (inteligência, habilidade e conhecimento humano) considerando suas demais categorias como um item indispensável para a obtenção do sucesso.

De acordo com Antunes (2004), o capital intelectual abrange tanto o conhecimento detido pelas pessoas que fazem parte da organização com os aspectos intangíveis gerados para desenvolver tecnologias, capacidade de inovação, marca, imagem corporativa dentre outros que são oriundos do uso da aplicação do conhecimento.

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25 Barros (2007), afirma que o capital intelectual aparece como um forte aliado nas empresas, além de funcionar como um diferencial, fornecendo vantagem competitiva, independentemente do seu porte: pequeno, médio ou grande.

Percebe-se a importância que o capital intelectual tem para as organizações, por isso muitas são as pesquisas que trabalham o capital intelectual sobre enfoques diferentes. Os estudos mais conhecidos que estão mais relacionados com administração, tratam o capital intelectual voltado para o lado organizacional como foco na gestão de pessoas e o outro tem foco na identificação e mensuração do capital intelectual, gerado pelos conhecimentos utilizados na empresa como ativos intangíveis.

O segundo foco dos estudos sobre capital intelectual que envolve identificação e mensuração estão mais ligados com a contabilidade. No Brasil, a contabilidade passou pelo processo de convergência das normas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade, visando uma aproximação das normas entre os países.

Dentre as diversas mudanças que ocorreram, tem-se a criação do grupo ativo intangível, de acordo com Perez e Famá (2006) antes da criação da lei 11.638/2007 o ativo intangível era contabilizado juntamente com o ativo imobilizado gerando divergências na organização das contas do ativo (veículos, máquinas, imóveis, marcas e patentes), sobretudo, em empresas cujos ativos intangíveis superam a conta dos ativos imobilizados, como empresas de softwares. Assim, com a referida lei 11.638/2007, o ativo imobilizado foi desmembrado em uma nova conta chamada de ativo intangível. Esta passou a conter bens sem existência física e não monetários.

Schmidt e Santos (2002), definiram os ativos intangíveis como recursos incorpóreos controlados pelas empresas com capacidades de produzir fluxos de caixas futuros. Demonstrando a definição apresentada pelos autores que é uma extensão da definição de ativo, a característica de intangibilidade.

Porém a mensuração do ativo intangível ainda é um tema que requer muita cautela e estudo, Carlos Filho et al. (2014) afirmam que mesmo com todas as mudanças que vem ocorrendo, constata-se que um dos grandes problemas que a contabilidade enfrenta é a divergência entre o valor real e o que se aceita pagar pela entidade quando se trata de Goodwill de uma transação com outra entidade. Um dos motivos dessa disparidade pode ser direcionada à dificuldade de mensuração do ativo intangível, em extraordinário o capital intelectual.

Destaca que outro problema com relação à identificação e mensuração de intangível, é a impossibilidade de mensuração de possíveis benefícios futuros que um intangível gerado internamente pode trazer para a empresa. Se isso for comparado com o capital intelectual, tem-se que o capital intelectual gerado internamente não pode ser mensurado como intangível. Por isso, que uma marca está sempre reconhecida pelo seu custo na empresa, os benefícios que essa marca pode trazer só será reconhecida em outra empresa que adquirir parte do patrimônio líquido da empresa.

Oliveira (1999) defende a utilização do conceito de valor econômico na avaliação de intangíveis. Ainda de acordo com Oliveira (1999), o valor econômico constitui uma ideia subjetiva, no entanto, a sua forma de mensurá-lo não necessariamente deve finalizar tal característica.

Carlos Filho et al. (2014), realizaram questionários aplicados a micro e pequenos empreendedores participantes da Feira do Empreendedor 2012 feita pelo SEBRAE-PE, que

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26 teve como estudo verificar se existe diferença estatisticamente significativa entre as percepções dos micro e pequenos empreendedores que possuem e os que não possuem familiaridade com os termos ativos intangíveis e/ou capital intelectual acerca da importância dos elementos componentes do capital intelectual. Dispondo de sustentação do trabalho realizado por estes, foi avaliado através de questionários, detalhando e demonstrando no período de 2017, qual a percepção dos empreendedores e gestores do centro comercial do bairro Jacarecanga na cidade de Fortaleza em relação aos ativos intangíveis relacionados ao capital intelectual.

Diante do exposto, tem-se como questão de pesquisa: Qual a percepção dos empreendedores e gestores de Fortaleza sobre as categorias de capital intelectual?

O objetivo geral da pesquisa é analisar a percepção dos empreendedores e gestores referente as três categorias: capital humano (CH), capital interno (CI) e capital externo (CE), já que Steemkamp e Kashyap (2010) indicam que o capital intelectual contribui para o sucesso dos negócios. Baseado nesses achados acerca da classificação do capital intelectual que o estudo vai intensificar sua análise de dados.

Os elementos que compõem as três categorias de capital intelectual pode ser percebida de formas diferentes pelos gestores, principalmente quando se divide entre os que conhecem o termo capital intelectual e os que desconhecem o termo.

Por isso, tem-se a hipótese de que: Empreendedores que conhecem a terminologia capital intelectual atribui maior importância aos elementos das três categorias de capital intelectual do que os que desconhecem a terminologia.

Esta pesquisa está organizada seguindo a seguinte estrutura. Introdução com a descrição do contexto, na segunda seção será abordado o referencial teórico contendo a relevância do ativo intangível e do capital intelectual nas suas três categorias: capital externo (CE), capital interno (CI) e capital humano (CH) e estudos anteriores envolvendo o tema. Na terceira seção é apresentado o detalhamento do trabalho sendo exposto na metodologia. Na quarta seção é trabalhada a análise de dados e resultados oferecendo as descrições dos achados. A quinta seção é finalizado com as considerações finais atribuindo a conclusão do presente trabalho e sugerindo recomendações para futuras pesquisas.

2 CAPITAL INTELECTUAL E ATIVO INTANGÍVEL 2.1 CAPITAL INTELECTUAL

Steenkamp e Kashyap (2010) evidenciam que o capital intelectual oferta uma proporção significante para o emprego de vantagem competitiva não só para as grandes empresas, mas para as micros, pequenas e médias também, sendo um sinal auspicioso para o sucesso do negócio.

Souza (2006) enfatiza que, até pouco tempo atrás o capital intelectual não era muito valorizado, mas a partir da globalização e da valorização do conhecimento, esse item passou a ser um fator indispensável para o enaltecimento e desenvolvimento do capital empresarial.

O estudo de Figueiredo (2005) ressalta que os ativos intelectuais relacionados ao conhecimento e àquilo que a empresa sabe e faz coletivamente, demonstra o capital intelectual, assim, são a soma do que as pessoas sabem com os ativos de conhecimento da empresa, que classificou o trabalho em equipe da organização como ferramenta de

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