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Ensaio de Proficiência para Determinação de Medicamentos Veterinários em Alimentos 4ª Rodada Matriz Leite

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Academic year: 2021

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Ensaio de Proficiência para Determinação de Medicamentos Veterinários em

Alimentos 4ª Rodada – Matriz Leite

RELATÓRIO FINAL

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO

Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz

Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde - INCQS Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos

Rio de Janeiro - RJ – Brasil - Cx. Postal 926 - CEP: 21040-900

COMISSÃO ORGANIZADORA DA RODADA COORDENAÇÃO

Armi Wanderley da Nóbrega – Coordenador Geral

Marcus Henrique Campino de la Cruz – Coordenador Técnico

Maria Helena Wohlers Morelli Cardoso – Coordenadora da Qualidade

COMITÊ TÉCNICO Betânia de Souza Carlos Bernardete Ferraz Spisso Mararlene Ulberg Pereira Mychelle Alves Monteiro Rafaela Pinto da Costa Rosana Gomes Ferreira

(3)

1. Introdução ... 3

2. Objetivos ... 4

3. Preparo e Envio dos Itens de Ensaio ... 4

3.1. Escolha da Matriz ... 4

3.2. Fortificação da Matriz ... 4

3.3. Faixa de Valor Esperada ... 5

3.4. Branco da Matriz ... 5

3.5. Homogeneidade e Estabilidade dos Itens de Ensaio ... 5

3.6. Envio dos Itens de Ensaio ... 5

4. Análise dos Resultados ... 6

4.1. Resultados das Medições dos Laboratórios ... 6

4.2. Análise Quantitativa - Estabelecimento dos Valores Designados ... 6

4.3. Análise Qualitativa - Estabelecimento dos Valores Designados ... 6

4.4. Análise Estatística ... 7

4.4.1. Análise de Resíduos ... 7

4.4.2. Avaliação da Homogeneidade dos Itens de Ensaio ... 7

4.4.3. Análise Quantitativa - Desvio Padrão para Avaliação de Proficiência ... 7

4.4.4. Análise Quantitativa - Índice z ... 8

4.4.5. Análise Quantitativa - Análise Robusta ... 8

4.4.6. Análise Qualitativa - Sensibilidade, Especificidade e Exatidão dos Laboratórios ... 8

5. Resultados da Avaliação da Homogeneidade e Estabilidade ... 10

5.1. Avaliação da Homogeneidade ... 10

5.2. Avaliação da Estabilidade ... 11

6. Atribuição dos Valores Designados ... 12

7. Avaliação do Desempenho dos Laboratórios Participantes ... 12

7.1. Laboratórios Participantes ... 12

7.2. Resultados dos Laboratórios Participantes - Quantitativo ... 12

7.3. Resultados dos Laboratórios Participantes - Qualitativo ... 16

7.4. Considerações Sobre as Metodologias de Análise ... 17

7.4.1. Parâmetros de Desempenho do Método ... 17

7.4.2. Informações Analíticas ... 18

7.5. Cálculo do Índice z - Quantitativo ... 18

7.6. Avaliação dos Laboratórios Participantes - Qualitativo ... 19

8. Conclusões ... 20

9. Referências Bibliográficas ... 21

10. Laboratórios Participantes... 22

Anexo A – Homogeneidade Segundo A Norma ISO 13528 ... 23

(4)

1. Introdução

Ensaio de proficiência (EP) é o uso de comparações interlaboratoriais com o objetivo de avaliar a habilidade de um laboratório em realizar um determinado ensaio ou medição de modo competente e demonstrar a confiabilidade dos resultados gerados. Em um contexto geral, o ensaio de proficiência propicia aos laboratórios participantes: avaliação do desempenho e monitoração contínua; evidência de obtenção de resultados confiáveis; identificação de problemas relacionados com a sistemática de ensaios; possibilidade de tomada de ações corretivas e/ou preventivas; avaliação da eficiência de controles internos; determinação das características de desempenho e validação de métodos e tecnologias; padronização das atividades frente ao mercado e reconhecimento de resultados de ensaios, em nível nacional e internacional.

Com a crescente demanda por provas regulares e independentes de competência pelos organismos reguladores e clientes, o ensaio de proficiência é relevante para todos os laboratórios que testam a qualidade de produtos. Embora o número de provedores de ensaios de proficiência na área de alimentos seja grande, principalmente de provedores internacionais, os custos cobrados para a participação nestes ensaios são, normalmente, muito elevados, o que inviabiliza, em muitos casos, a participação de um laboratório em um número maior de ensaios.

Uma avaliação dos níveis residuais de medicamentos veterinários em produtos de origem animal é extremamente importante para referenciar os produtores quanto às boas práticas veterinárias e, caso estas não estejam sendo seguidas, permitir a tomada de medidas preventivas e de controle antes que estes tipos de resíduos químicos afetem o meio ambiente e a saúde da população ou causem graves perdas econômicas. Por ser muito elevado o número de medicamentos veterinários utilizados nos alimentos, por se encontrarem em concentrações muito baixas (da ordem de g/kg), e também por estarem presentes em uma grande variedade de matrizes, cada uma com suas particularidades, a identificação e a quantificação destas substâncias nos alimentos torna-se extremamente complexa. Não obstante, é crescente a exigência no mercado internacional quanto a níveis de resíduos e contaminantes em alimentos, cada vez mais reduzidos.

Assim, a realização de programas de ensaio de proficiência no País é fundamental para o aumento da confiabilidade dos resultados das medições nele realizados, trazendo maior confiabilidade nos resultados emitidos, facilitando o comércio internacional e prevenindo barreiras técnicas.

Visando a promoção da saúde e em apoio à política industrial brasileira e objetivando a maior competitividade da indústria nacional, o INCQS promoveu com recursos do CNPq, edital 064/2008 (578409/2008-9), o Ensaio de Proficiência para a Determinação de Medicamentos Veterinários em Alimentos, 4ª Rodada - Matriz Leite, seguindo as diretrizes da ISO GUIDE 17043 e ILAC G-13

.

(5)

Este relatório apresenta os resultados da avaliação de desempenho dos laboratórios participantes.

2. Objetivos

 Identificar resíduos de Beta-lactâmicos em leite utilizando metodologia de triagem (screening) do laboratório;

 Quantificar resíduos de Beta-lactâmicos em leite utilizando metodologia analítica de rotina do laboratório.

3. Preparo e Envio dos Itens de Ensaio

Os procedimentos de amostragem, preparo dos itens de ensaio e análise foram realizados no Laboratório de Resíduos de Medicamentos Veterinários do INCQS/FIOCRUZ.

3.1. Escolha da Matriz

O leite foi a matriz selecionada para este ensaio de proficiência por ser o alimento mais consumido entre as crianças e os idosos e por ser uma das matrizes analisadas nos dois principais programas nacionais de controle de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos, o Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos de Origem Animal (PAMVet) da ANVISA e o Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal (PNCR) do MAPA.

3.2. Fortificação da Matriz

Foi utilizado o padrão de benzilpenicilina sódica (Farmacopéia Americana, USP Cat. N0 1502701, Lote L4C366) para o preparo de solução a 10µg/mL a ser empregada na fortificação do leite.

3.3. Faixa de Valor Esperada

A concentração de benzilpenicilina na matriz foi definida de modo a garantir que o nível resultante de analito no Item de Ensaio pudesse ser detectado em todos os laboratórios que participariam do EP. A concentração escolhida foi de 10µg/mL e corresponde a um valor próximo ao LMR e está dentro da faixa linear da curva de calibração recomendada para análise de resíduos de 0,5 – 2,5 LMR da substância, ou 2 a 10 g/L.

(6)

3.4. Branco da Matriz

Uma amostra de leite cru que não apresentou resíduos de beta-lactâmicos de acordo com os critérios de detecção por cromatografia em fase líquida acoplada à espectrometria de massas sequencial descritos na Decisão 2002/657/EC foi empregada para o preparo do material.

3.5. Homogeneidade e Estabilidade dos Itens de Ensaio

Foram separados aleatoriamente, de cada lote (A e B) preparado, dezesseis (16) itens de ensaio representativos do conjunto para o teste de homogeneidade. Para cada amostra de leite reconstituído, realizaram-se análises em duplicatas de forma aleatória, completando-se todas as séries de medição sob condições de repetitividade.

Os itens de ensaio reservados para o estudo de estabilidade foram avaliados no período de tempo compreendido após o preparo do item de ensaio e o prazo final de recebimento dos resultados pelos laboratórios.

Os testes estatísticos foram feitos segundo a ISO GUIDE 35 e a norma ISO 13528; os resultados obtidos estão apresentados nos itens 5.1 e 5.2 deste relatório.

3.6. Envio dos Itens de Ensaio

Os itens de ensaio foram distribuídos aos participantes em frascos devidamente identificados com rótulo, contendo as seguintes informações: logo do programa, item a ser ensaiado, código da amostra e rodada em questão.

Foram enviados aos laboratórios 4 frascos lacrados, cada um com aproximadamente 0,25 g de leite liofilizado e podendo conter ou não resíduos de beta-lactâmicos. Após a reconstituição seguindo o procedimento descrito em “Instruções para a Reconstituição do Item de Ensaio”, cada frasco continha cerca de 2,5mL de leite.

4. Análise dos Resultados

4.1. Resultados das Medições dos Laboratórios

Os laboratórios receberam quatro itens de ensaio contendo leite liofilizado e foram orientados a proceder como uma amostra de rotina após a reconstituição do mesmo. Além dos resultados analíticos quantitativos, expressos em g/kg, os laboratórios participantes informaram também a recuperação (%), o limite de decisão (CC) e a capacidade de detecção (CC), o limite de detecção (LOD) e o limite de quantificação (LOQ), inerentes ao método empregado, através do Formulário de Registro de Resultados. Os laboratórios que realizaram análises qualitativas

(7)

reportaram seus resultados como “PRESENÇA” ou “AUSÊNCIA1” de resíduos de beta-lactâmicos. Outras informações sobre as técnicas e os equipamentos utilizados nos ensaios também foram solicitadas.

4.2. Análise Quantitativa - Estabelecimento dos Valores Designados

As técnicas de estatística robusta são utilizadas para minimizar a influência que resultados extremos podem ter sobre estimativas de média e desvio-padrão. Sendo assim, a Coordenação deste Ensaio de Proficiência adotou como valores designados para benzilpenicilina, aqueles oriundos do cálculo da estatística robusta apresentado no item 5.6 da norma lSO 13528:2005, que é uma norma específica de métodos estatísticos para uso em EP por comparações interlaboratoriais. Seguindo os critérios desta norma, os valores designados foram obtidos pela média robusta dos resultados emitidos por todos os laboratórios participantes, que reportaram valores de recuperação e não apresentaram valores dispersos, e pelo INCQS, conforme os procedimentos estatísticos descritos no item 4.4.5 deste relatório.

4.2.1. Incerteza do Valor Designado

A incerteza do valor designado foi calculada de acordo com a fórmula do item 5.6.2 da ISO 13528 e a mesma não deve ser negligenciada.

4.3. Análise Qualitativa - Estabelecimento dos Valores Designados

A composição de cada um dos quatro frascos enviados aos participantes foi de conhecimento exclusivo da coordenação do EP.

1 Alguns laboratórios reportaram o valor zero (0) e outros < LOD. Neste relatório todos estes resultados foram normalizados para “presença” e “ausência”.

(8)

4.4. Análise Estatística

Este tópico descreve as análises estatísticas utilizadas para a obtenção dos valores designados, para a avaliação da homogeneidade e da estabilidade das amostras, assim como para a avaliação do desempenho dos laboratórios participantes.

4.4.1. Análise de Resíduos

A análise de resíduos foi empregada para avaliar a estabilidade dos resíduos de beta-lactâmicos em relação aos valores de referência das concentrações. Assim, foram estimadas as variâncias dos valores utilizados na regressão linear, observando-se se os valores de concentração apresentavam alguma tendência através da ferramenta estatística de análise de variância (ANOVA). Os itens de ensaio foram considerados estáveis quando a inclinação da reta ou a não linearidade não foram significativas.

4.4.2. Avaliação da Homogeneidade dos Itens de Ensaio

A norma ISO 13528 (item 4.4, anexo B) foi seguida na avaliação da homogeneidade dos itens de ensaio. A norma em questão permite incluir o desvio padrão devido à heterogeneidade das amostras, no desvio padrão de avaliação de proficiência. O procedimento abordado pela norma ISO 13528 para avaliação da homogeneidade dos itens de ensaio encontra-se resumidamente no Anexo A.

4.4.3. Análise Quantitativa - Desvio Padrão para Avaliação de Proficiência

Nesta rodada de ensaio de proficiência o desvio padrão para avaliação de proficiência dos laboratórios participantes que realizaram a análise quantitativa foi calculado como recomendado no item 6.4 da norma ISO 13528, isto é, como proposto originalmente por Horwitz, (Horwitz, 1980), onde a precisão interlaboratorial é avaliada em termos de um desvio padrão de reprodutibilidade (Equação 1).

8495 , 0 02 , 0 c σH(1)

onde :

c

é o nível de concentração expresso em fração mássica e

Hé o desvio padrão

de Horwitz.

Adotando-se as modificações propostas por Thompson (Thompson, 2000) onde se leva em consideração os níveis de concentração do analito expressos em fração mássica, conforme as Equações 2, 3 e 4:

c

σ

0

,

22

, se c < 1,2 x 10-7 (2) 8495 , 0

02

,

0

c

σ

, se 1,2 x 10-7  c  0,138 (3) 5 , 0

01

,

0

c

σ

, se c > 0,138 (4)

(9)

onde : c é o nível de concentração expresso em fração mássica e  é o desvio padrão de Horwitz modificado.

4.4.4. Análise Quantitativa - Índice z

Para a qualificação dos resultados dos laboratórios, o índice z (z-score, medida da distância relativa do resultado da medição do laboratório em relação ao valor designado do ensaio de proficiência) foi calculado de acordo com a Equação 5.

(5) onde: yi representa o valor do laboratório participante, yref representa o valor designado e σ , o desvio padrão de Horwitz modificado.

A interpretação do valor do índice z está descrita abaixo: z  2 - Resultado satisfatório

2 < z < 3 - Resultado questionável z ≥ 3 - Resultado insatisfatório

4.4.5. Análise Quantitativa - Análise Robusta

Nesta rodada o valor designado foi calculado através da análise robusta (ISO 13528), documento complementar à ISO GUIA 43, e o desvio padrão estimado através das equações derivadas do modelo geral de Horwitz (Item 4.3.3). O procedimento adotado no cálculo do valor designado é descrito no Anexo B.

4.4.6. Análise Qualitativa - Sensibilidade, Especificidade e Exatidão dos Laboratórios

Os resultados relatados pelos laboratórios foram avaliados em relação a sua sensibilidade, especificidade e exatidão como proposto por Greenhalgh (1997). O laboratório teve o seu resultado considerado “satisfatório” quando obteve os valores de sensibilidade, especificidade e exatidão de 100%. Estes valores foram calculados em função das respostas relatadas pelos laboratórios aos itens de ensaio enviados. Foram adotados os seguintes critérios:

(10)

1. Onde os laboratórios indicaram corretamente a presença de resíduos de

beta-lactâmicos o resultado foi considerado: “Positivo”;

2. Onde os laboratórios indicaram erroneamente presença de resíduos de

beta-lactâmicos o resultado foi considerado: “Falso Positivo”;

3. Onde os laboratórios indicaram corretamente a ausência de resíduos de

beta-lactâmicos o resultado foi considerado: “Negativo”;

4. Onde os laboratórios indicaram erroneamente a ausência de resíduos de

beta-lactâmicos. o resultado foi considerado: “Falso Negativo”;

As Equações que descrevem os percentuais de sensibilidade, especificidade e exatidão estão descritas a seguir:

Sensibilidade

Este critério avaliou a capacidade do laboratório em identificar a presença de resíduos de beta-lactâmicos. A sensibilidade percentual do laboratório, quanto à presença de resíduos de beta-lactâmicos no leite, foi avaliada pela seguinte Equação (6):

100 Negativo _ Falso Positivo Positivos ade Sensibilid         (6) Especificidade

Este critério avaliou a capacidade do laboratório diferenciar resíduos de beta-lactâmicos no ensaio de outros interferentes. A especificidade percentual do laboratório, quanto à presença de resíduos de beta-lactâmicos no leite, foi avaliada pela seguinte Equação (7):

100 Positivo _ Falso Negativo Negativo dade Especifici         (7) Exatidão

Este critério avaliou a capacidade do laboratório em identificar corretamente a presença ou ausência de resíduos de beta-lactâmicos. A exatidão percentual do laboratório, quanto à presença de resíduos de beta-lactâmicos no leite, foi avaliada pela seguinte Equação (8): 100 Negativo _ Falso Positivo _ Falso Negativo Positivo Negativo Positivo Exatidão            (8)

(11)

5. Resultados da Avaliação da Homogeneidade e Estabilidade

5.1. Avaliação da Homogeneidade

Para o teste de homogeneidade foram separados, aleatoriamente, 16 itens de ensaio (de cada lote) contendo cada um aproximadamente 2,5 g de amostra após a reconstituição. Para cada item de ensaio foram realizadas duas análises produzindo, para cada analito, dois resultados (Replicata 1 e 2), conforme dispostos na Tabela 1.

Tabela 1: Dados gerados no teste de homogeneidade Amostras

Benzilpenicilina (g/L)

Lote A Lote B

Replicata 1 Replicata 2 Replicata 1 Replicata 2

1 9,039 9,249 10,684 10,285 2 9,401 9,641 10,608 9,739 3 8,429 9,040 9,291 8,682 4 8,328 9,196 9,138 8,340 5 9,949 8,339 8,726 8,074 6 8,766 8,716 9,237 8,206 7 9,527 9,177 8,721 8,541 8 8,372 9,101 9,850 9,510 9 9,666 9,084 9,538 8,644 10 9,887 10,007 8,989 9,049 11 8,332 8,192 8,265 8,705 12 9,199 10,110 9,407 9,707 13 10,019 10,420 9,531 8,953 14 9,784 9,454 8,701 8,342 15 9,934 9,755 8,952 7,610 16 9,998 9,848 9,161 9,131

A Tabela 2 apresenta os resultados da análise estatística do estudo de homogeneidade dos lotes A e B.

Tabela 2: Sumário das análises estatísticas para o estudo de Homogeneidade.

Lote Média (g/L) ̂ (g/L) 0,3 ̂ (g/L) sx (g/L) sw (g/L) ss(g/L) Resultado

A 9,311 2,048 0,615 0,553 0,433 0,461 Suficientemente

homogêneo

B 9,072 1,996 0,599 0,633 0,465 0,541 Suficientemente

homogêneo Desta forma, consideraram-se os itens de ensaio dos três lotes (A e B) suficientemente homogêneos para a finalidade deste Ensaio de Proficiência, com relação aos valores de concentração de benzilpenicilina.

(12)

5.2. Avaliação da Estabilidade

A estabilidade das amostras quanto a flutuações temporais na concentração de benzilpenicilina foi avaliada no decorrer do EP (Tabela 3). A avaliação foi realizada utilizando-se a análiutilizando-se de resíduos da regressão linear.

Tabela 3: Dados obtidos para o estudo de estabilidade à temperatura de -70 0C.

Dia [Benzilpenicilina] (g/L) Amostra1 Amostra 2 0 9,311 9,072 25 9,715 8,850 32 8,655 8,835 39 8,630 8,685 46 9,430 10,117

A Tabela 4 apresenta o resultado obtido na estimativa da variância dos valores utilizados na regressão linear segundo a ISO GUIDE 35.

Tabela 4: Análise de regressão para a Benzilpenicilina, em g/(L.dias).

Beta-Lactâmico Coeficiente Angular Erro padrão Intervalo de confiançaInferior Superior Resultado

Benzilpenicilina 0,00212 0,01465 -0,04451 0,04875 Estável

Os resultados obtidos no tratamento estatístico dos dados gerados mostraram que, o valor de do intervalo de confiança para o coeficiente angular abrange o valor zero (0), concluindo-se portanto, que este é um valor possível ao coeficiente angular da curva que descreve a estabilidade e que os itens de ensaio mostraram-se suficientemente estáveis nas condições estabelecidas para a realização do estudo.

6. Atribuição dos Valores Designados

Os valores designados relativo à concentração de benzilpenicilina nos dois lotes empregados neste ensaio de proficiência foram calculados segundo procedimento estatístico descrito no item 4.4.5; os respectivos desvios padrão para avaliação de proficiência foram obtidos pelas equações modificadas baseadas no modelo de Horwitz, conforme o item 4.4.3. Os valores designados com seus respectivos desvios padrão estão apresentados na Tabela 5.

Devido ao pequeno número de laboratórios que enviaram dados quantitativos, decidiu-se por apenas um valor designado, e não um para cada lote. Isto foi possível uma vez que, apesar das variâncias do estudo de homogeneidade dos lotes A e B serem significativamente diferentes (Fcrit=0,549; Fcalc=0,788; =0,05), seus valores médios não apresentam diferença significativa

(13)

Tabela 5: Valore designado, desvio padrão e incerteza do desvio padrão para o EP.

Lote (g/L)

Valor designado Desvio Padrão (σ) Incerteza do Desvio Padrão

A+B 8,28 1,82 0,52

Os resultados reportados pelo laboratório MVT 04/022 não entraram nos cálculos dos parâmetros acima, pois nem todas as informações do formulário de resultados estavam devidamente preenchidas.

7. Avaliação do Desempenho dos Laboratórios Participantes

7.1. Laboratórios Participantes

Trinta e dois laboratórios se inscreveram na 4ª Rodada do Programa de Ensaio de Proficiência para a Determinação de Medicamentos Veterinários em Alimentos – Matriz Leite, vinte e três (71,9 %) enviaram os resultados, sendo que destes, somente três (13,0 %) laboratórios reportaram resultados quantitativos.

Dos laboratórios que reportaram resultados, dezoito (78,3 %) informaram que a metodologia utilizada era validada, dezesseis (69,6 %) utilizavam em rotina e treze (56,5 %) nunca tinham participado de ensaio de proficiência em medicamentos veterinários. Dos que já haviam participado (nove laboratórios), sete participaram da rodada anterior, MVT 03/11.

7.2. Resultados dos Laboratórios Participantes - Quantitativo

Os dados reportados pelos laboratórios participantes do ensaio de proficiência foram tratados de acordo com os procedimentos descritos na ABNT NBR ISO/IEC 17043. A Tabela 6 apresenta os resultados dos laboratórios para as análises quantitativas, bem como a recuperação, o limite de detecção e o limite de quantificação e outras informações da metodologia utilizada.

Os gráficos da dispersão dos resultados dos laboratórios participantes, para a benzilpenicilina, encontra-se na Figura 1. Neste gráfico a linha central representa o valor designado, e as linhas pontilhadas, azuis e vermelhas representam, respectivamente, os intervalos do desvio padrão (yref), de duas vezes o desvio padrão (yref2) e de três vezes o desvio padrão (yref3).

(14)

CCe CC(g/L), Repetitividade (%), Precisão intemediária (Pre. Int., %) e Exatidão (%)

Laboratório

Item de ensaio Informações sobre o

Ensaio Desempenho do Método

Resultado (código)

Lote A Lote B Branco Validado Diretriz LOD LOQ CC CC Repetitividade Pre. Int. Exatidão

MVT 04/022 35,2 (#077) 34,0 (#162) ND (#014) ND (#050) - MAPA 0,4 1,0 4,5 7,9 88,0 88,0 88,0 MVT 04/056 7,06 (#057) 7,36 (#127) NQ (#147) NQ (#178) S 2002/657/EC 0,7 2 4,85 6,18 6,2 10,56 93,69 MVT 04/100 8,5 (#056) 8,4 (#160) NQ (#081) NQ (#116) S 2002/657/EC 2,5 5 52,1 54,3 8,9 7,7 101,1

(1) Resultados de benzilpenicilina = média do estudo de homogeneidade do lote A e B. ND = Não detectado; NQ = Não Quantificado

(15)
(16)

A partir de uma análise visual dos gráficos de dispersão pode-se observar a incompatibilidade de alguns resultados, fora do limite de três vezes o desvio padrão (yref ± 3), com relação aos

demais. Para a qualificação dos resultados dos laboratórios foram calculados os índices z (z-score).

7.3. Resultados dos Laboratórios Participantes - Qualitativo

A Tabela 7 apresenta os resultados dos laboratórios para a análise de cada item de ensaio recebido, bem como os resultados esperados (valores designados) e o resultado final.

Tabela 7: Resultados relatados pelos laboratórios, resultados esperados e resultado final Laboratório Item de Ensaio Resultado

Apresentado Resultado Esperado Resultado Final

MVT 04/002

002 Ausência Ausência Negativo

029 Presença Presença Positivo

039 Ausência Ausência Negativo

149 Presença Presença Positivo

MVT 04/003

008 Ausência Ausência Negativo

016 Presença Presença Positivo

076 Ausência Ausência Negativo

174 Presença Presença Positivo

MVT 04/005

011 Presença Presença Positivo

073 Ausência Ausência Negativo

108 Ausência Ausência Negativo

145 Presença Presença Positivo

MVT 04/010

045 Presença Presença Positivo

055 Ausência Ausência Negativo

133 Presença Presença Positivo

153 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/014

007 Ausência Ausência Negativo

013 Presença Presença Positivo

041 Ausência Ausência Negativo

155 Presença Presença Positivo

MVT 04/016

037 Presença Presença Positivo

042 Ausência Ausência Negativo

078 Ausência Ausência Negativo

151 Presença Presença Positivo

MVT 04/026

049 + 068 Presença Presença Positivo

053 + 089 Ausência Ausência Negativo

091 + 152 Ausência Ausência Negativo

124 + 135 Presença Presença Positivo

MVT 04/029

001 + 036 Ausência Ausência Negativo

004 + 006 Presença Presença Positivo

070 + 102 Ausência Ausência Negativo

165 + 168 Presença Presença Positivo

MVT 04/031

005 Presença Presença Positivo

038 Ausência Ausência Negativo

071 Ausência Ausência Negativo

(17)

Laboratório Item de Ensaio Resultado

Apresentado Resultado Esperado Resultado Final

MVT 04/035

019 + 087 Presença Ausência Falso Positivo

046 + 051 Presença Presença Positivo

086 + 118 Ausência Ausência Negativo

112 + 139 Presença Presença Positivo

MVT 04/038

023 + 028 Presença Presença Positivo

025 + 032 Ausência Ausência Negativo

092 + 093 Presença Presença Positivo

129 + 167 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/041

026 + 101 Ausência Ausência Negativo

083 + 084 Presença Presença Positivo

097 + 100 Presença Presença Positivo

098 + 136 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/043

003 Presença Presença Positivo

137 Ausência Ausência Negativo

163 Presença Presença Positivo

170 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/060

035 Presença Presença Positivo

079 Ausência Ausência Negativo

114 Ausência Ausência Negativo

148 Presença Presença Positivo

MVT 04/081

059 Presença Presença Positivo

111 Ausência Ausência Negativo

146 Ausência Ausência Negativo

157 Presença Presença Positivo

MVT 04/087

031 + 065 Ausência Ausência Negativo

88 + 90 Presença Presença Positivo

103 + 104 Presença Presença Positivo

132 + 169 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/091

022 + 058 Ausência Ausência Negativo

067 + 072 Presença Presença Positivo

109 + 113 Presença Presença Positivo

122 + 154 Ausência Ausência Negativo

MVT 04/0921

009 Ausência Ausência Negativo

040 - Presença -

047 - Ausência -

175 Presença Presença Positivo

MVT 04/097

010 Presença Presença Positivo

107 Ausência Ausência Negativo

138 Ausência Ausência Negativo

172 Presença Presença Positivo

MVT 04/099

018 Presença Presença Positivo

110 Ausência Ausência Negativo

144 Ausência Ausência Negativo

156 Presença Presença Positivo

1 – O Laboratório informou para o item de ensaio de código #047, ausência e presença. E não informou resultado para o Item de Ensaio de Código #040

7.4. Considerações Sobre as Metodologias de Análise

Nesta rodada de EP os laboratórios foram orientados a reportarem também alguns parâmetros relativos à validação do método empregado.

(18)

Todos os laboratórios que realizaram a análise quantitativa utilizaram espectrometria de massas.

Dos laboratórios que realizaram a análise qualitativa (20), dezoito (18) utilizaram o kit SNAP®, um não informou a marca do teste e o outro laboratório utilizou o kit DELVOTEST®. Não foi este kit que apresentou o resultado falso positivo.

7.4.1. Parâmetros de Desempenho do Método

Analisando a Tabela 6, podemos verificar que todos os laboratórios reportaram os valores

de CCe CC conforme solicitado pela diretriz da Comunidade Européia (2002/657/EC). Todos

os laboratórios que quantificaram desenvolveram métodos multiresíduos e utilizaram a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Somente um dos laboratórios utilizou a padronização interna, sendo o padrão interno a benzilpenicilina deuterada.

É importante ressaltar que os limites de identificação informados pelos laboratórios que realizaram a análise qualitativa estavam na ordem de 1-2 g/L.

Dos laboratórios que realizaram somente a identificação de beta-lactâmicos, dezesseis (80,0%) tinham a metodologia validada. Dos que realizaram a quantificação, somente dois (66,7 %) dos três. Cabe observar nestes casos, a importância de se concluir todas as etapas de validação de um método analítico, para que o laboratório possa ter total controle metrológico sobre os seus resultados.

7.5. Cálculo do Índice z - Quantitativo

A avaliação de desempenho dos laboratórios participantes e do INCQS, expressa através do índice z (Equação 5), está apresentada na Tabela 8.

Tabela 8: Valores do índice z obtidos pelos laboratórios participantes e pelo INCQS.

Código do Laboratório (número do item de ensaio) Índice z

MVT 04/100 (#056) 0,1 MVT 04/100 (#160) 0,1 MVT 04/056 (#057) -0,7 MVT 04/056 (#127) -0,5 MVT 04/022 (#077) 14,8 MVT 04/022 (#162) 14,1 INCQS (A) 0,6 INCQS (B) 0,4

Vermelho = resultado insatisfatório

A Figura 2 apresenta o resultado de índice z obtido pelos laboratórios participantes para este EP. Os valores do INCQS são os valores médios do estudo de Homogeneidade (Tabela 2).

(19)
(20)

Assim, de acordo com os resultados obtidos, dois (66,7 %) dos três laboratórios participantes obtiveram resultados satisfatórios. De um total de seis resultados reportados, quatro (66,7 %) foram considerados satisfatórios e dois (33,3%) foram considerados insatisfatórios.

Cabe salientar que o índice z é apenas um indicativo do desempenho do laboratório, cabendo a cada laboratório participante fazer a sua interpretação e implementar as ações corretivas, caso necessário.

7.6. Avaliação dos Laboratórios Participantes - Qualitativo

A avaliação de desempenho dos laboratórios participantes, expressa através da sensibilidade, da especificidade e da exatidão, está apresentada na Tabela 9.

Tabela 9: Valores de Sensibilidade, Especificidade e Exatidão (%) e resultado do laboratório. Cód. do Laboratório Sensibilidade Especificidade Exatidão Resultado

MVT 04/002 100 100 100 Satisfatório MVT 04/003 100 100 100 Satisfatório MVT 04/005 100 100 100 Satisfatório MVT 04/010 100 100 100 Satisfatório MVT 04/014 100 100 100 Satisfatório MVT 04/016 100 100 100 Satisfatório MVT 04/026 100 100 100 Satisfatório MVT 04/029 100 100 100 Satisfatório MVT 04/031 100 100 100 Satisfatório MVT 04/035 100 50 75 - MVT 04/038 100 100 100 Satisfatório MVT 04/041 100 100 100 Satisfatório MVT 04/043 100 100 100 Satisfatório MVT 04/060 100 100 100 Satisfatório MVT 04/081 100 100 100 Satisfatório MVT 04/087 100 100 100 Satisfatório MVT 04/091 100 100 100 Satisfatório MVT 04/0921 50 50 50 - MVT 04/097 100 100 100 Satisfatório MVT 04/099 100 100 100 Satisfatório

1 – O Laboratório informou o mesmo código do item de ensaio, #047, para amostra que apresentou ausência e presença.

Observamos que dos 20 laboratórios que enviaram resultados, dezoito (90,0 %) apresentaram resultados de 100% para os parâmetros de sensibilidade, especificidade e exatidão, sendo considerados satisfatórios.

Salienta-se que estes resultados são apenas um indicativo do desempenho dos laboratórios neste momento, cabendo a cada laboratório participante fazer a sua interpretação e implementar as ações corretivas, caso necessário.

(21)

8. Conclusões

Através de uma análise dos dados gerados neste EP, conclui-se:

 Somente 13,0% dos laboratórios inscritos nesta rodada demonstrou ter capacidade de determinar quantitativamente resíduos de benzilpenicilina na matriz leite;

 Dentre estes, o número de laboratórios (dois) que obtiveram resultados satisfatórios é relativamente baixo;

 A única técnica analítica de quantificação empregada foi a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas;

 A maior parte dos laboratórios que realizaram somente a identificação, utilizou um kit baseado na técnica de ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay) fornecido por um mesmo fabricante;

 Estes laboratórios reportaram faixas de limite de detecção que variavam de 1 a 2 g/L;

 Somente um laboratório não obteve resultado considerado satisfatório devido à baixa especificidade analítica demonstrada ao relatar resultado falso-positivo;

 Um laboratório não preencheu corretamente o código de identificação do Item de Ensaio recebido, o que acarretou resultados não satisfatórios na sensibilidade, especificidade e exatidão.

Para os laboratórios que obtiveram resultados insatisfatórios ou questionáveis, ações corretivas podem ser adotadas para o aprimoramento das suas medições. Uma avaliação detalhada, desde o recebimento do material e seu armazenamento, até o preenchimento do Formulário para Registro dos Resultados, e a avaliação de todos os passos da metodologia de análise, será importante para a identificação dos pontos críticos.

Em relação ao preenchimento do formulário, a maioria dos laboratórios preencheu o mesmo conforme estabelecido, contudo, alguns campos importantes ainda foram deixados em branco. O estabelecimento de ações corretivas e a contínua participação em ensaios de proficiência desta natureza são ferramentas de grande contribuição para o aprimoramento das medições realizadas pelos laboratórios.

(22)

9. Referências Bibliográficas

CHUI, Q. S. H.; BISPO, J. M. de A.; Iamashita, C. O.; O papel dos programas interlaboratoriais para a qualidade dos resultados analíticos. Química Nova, Vol. 27 (06), 993-1003, 2004.

CODEX ALIMENTARIUS. Guidelines on Good Laboratory Practice in Residue Analysis: CAC/GL 40-1993, Rev. 1-2003. Rome: FAO/WHO Joint Publications, 2003. Vol.

GREENHALGH, T. How to read a paper - Papers that reports diagnostic or screening tests. BMJ, v.315, p.540-3, 1997

Horwitz, W; Kamps, L.R; Boyer, K.W; “Quality Assurance in the Analysis of Foods for Trace Constituents”; J. Assoc. off Anal. Chem.; 63(6); 1344-1354; 1980.

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados (VIM 2008). Rio de Janeiro, 2008.

International Laboratory Accreditation Cooperation - ILAC G13. Guidelines for the requirements for the competence of providers of proficiency testing schemes, 2007

International Organization for Standardization – ISO GUIDE 35 - Reference materials – General and statistical principles for certification. Geneva, 2006

International Organization for Standardization – ISO 13528 - Statistical methods for use in proficiency testing by interlaboratory comparisons. 2005.

International Organization for Standardization – ISO/IEC 17043 - Conformity assessment – General requirement for proficiency testing. Geneva, 2010.

The International Harmonized Protocol for the Proficiency Testing of Analytical Chemistry Laboratories. Pure Appl. Chem., Vol. 78, No. 1, pp. 145–196, 2006.

Thompson, M. Recent trends in inter-laboratory precision at ppb and sub-ppb concentrations in relation to fitness for purpose criteria in proficiency testing. (DOI: 10.1039/b000282h)Analyst, 125, 385-386, 2000.

UNIÃO EUROPÉIA Comissão das Comunidades Européias. Decisão nº2002/657/CE, de 12 de agosto de 2002.

(23)

10. Laboratórios Participantes

Os resultados do EP são confidenciais. Cada resultado está identificado por um código individual que somente é conhecido pelo próprio laboratório e pela coordenação deste EP. Os resultados poderão ser utilizados em trabalhos e publicações pelo INCQS respeitando a confidencialidade dos laboratórios. A lista dos laboratórios que enviaram os resultados à coordenação do Programa é apresentada na Tabela 10.

Tabela 10: Laboratórios participantes da 4ª Rodada do Ensaio de Proficiência para Determinação de Medicamentos Veterinários em Alimentos.

Instituição JM Bioanálises Sociedade Simples Ltda

Laboratório Bom Conselho - BRF – Brasil Foods (Bom Conselho) Laboratório BRF - BRF – Brasil Foods (Ijuí)

Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN – CE Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN – ES

Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí – LACEN – PI

Laboratório de Alimentos - IPB – LACEN / FEPPS – RS - LACEN – RS

Laboratório de Análises Físico-Químico de Produtos e Ambiente - LACEN – RN Laboratório de Bromatologia e Química - Instituto Oswaldo Cruz – LACEN – MA Laboratório de Carambeí - BRF – Brasil Foods (Carambeí)

Laboratório de Controle de Qualidade - BRF – Brasil Foods (Três de Maio) Laboratório de Lácteos - BRF – Brasil Foods (Itumbiara)

Laboratório de Química Bromatológica e Cromatografia - Fundação Ezequiel Dias – LACEN - MG Laboratório de Resíduos de Medicamentos Veterinários - LANAGRO – MG

Laboratório de Resíduos de Pesticidas - Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN – DF Laboratório Físico-Químico e Microbiológico - BRF – Brasil Foods (Santa Rosa)

Laboratório Interno - BRF – Brasil Foods (Concórdia)

Laboratório Nacional Agropecuário de Goiás - LANAGRO – GO Laboratório Recepção de Leite - BRF – Brasil Foods (Três de Maio)

Seção de Toxicologia - Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN – GO Setor de Resíduos e Contaminantes (Gerência Técnica de Produtos) - LACEN – AL Setor Físico-Químico de Medicamentos – LACEN – PA

Toxicologia - Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN – MS  Total de participantes: 23 laboratórios

(24)

Anexo A – Homogeneidade Segundo A Norma ISO 13528

Primeiramente, seleciona-se aleatoriamente um número g (onde g ≥ 10) de amostras do lote de itens de ensaio preparado retiram-se duas porções de teste de cada item de ensaio e realizam-se as análises de todas as porções (2g) de forma aleatória, completando-se todas as séries de medição sob condições de repetitividade.

Calcula-se a média, xt,., entre as duas porções de teste (xt,1 e xt,2), para cada amostra, e em seguida, calcula-se a media geral, x, definida como a média das médias de cada amostra. A partir destes valores, calcula-se o desvio padrão das médias das amostras, sx, conforme a Equação 1 e as diferenças entre as porções de teste, wt, também para cada amostra, a partir da Equação 2.

)

1

/(

)

(

,. 2

x

x

g

s

x t (1) 2 , 1 , t t t

x

x

w

(2)

A partir dos valores definidos acima, calcula-se o desvio padrão dentro das amostras sw e o desvio padrão entre as amostras ss, conforme as Equações 3 e 4, a seguir:

w

²/(

g)

s

w t

2

(3)

)

2

/

²

(

²

w x s

s

s

s

(4)

As amostras podem ser consideradas adequadamente homogêneas para este ensaio de proficiência, se for atendido o critério definido na Equação 5:

s

s

s

0

,

3

ˆ

(5)

onde,

̂

é o desvio padrão alvo, obtido através da equação de Horwitz (4.3.3), da concentração média no estudo de homogeneidade.

Caso este critério não seja alcançado, a norma ISO 13528 permite ainda a inclusão da variação existente entre as amostras, no desvio padrão para avaliação de proficiência, conforme a Equação 6:

²

²

1

s

s

σ

σ

(6)

Esta inclusão permite que possíveis variações na homogeneidade entre os itens de ensaio com relação aos valores de concentração, não influenciem diretamente na avaliação de desempenho do laboratório participante do EP. Contudo, inicialmente deve ser verificada a possibilidade de melhorias no processo de preparo das amostras.

(25)

Anexo B – Valor Designado Segundo A Norma ISO 13528

A Norma ISO 13528 é um documento complementar à ISO GUIA 43 e fornece os métodos estatísticos a serem empregados nos ensaios de proficiência. Este documento descreve a análise robusta envolvendo o emprego da estimativa do algoritmo A para o cálculo do valor designado e do desvio padrão. Neste EP, somente o valor designado foi calculado através da análise robusta, sendo o desvio padrão estimado através das equações derivadas do modelo geral de Horwitz (4.3.3).

Inicialmente, todos os valores objetos da análise (valores enviados pelos laboratórios participantes e pelo INCQS) foram colocados em ordem crescente. A seguir, foram calculados os valores da mediana de xi (x*) e do desvio padrão (s*), conforme as Equações 1 e 2.

i

x

de

mediana

x

*

(1) * 483 , 1 * medx x s   i  (2)

Onde: med é a mediana; xi valor de concentração reportado pelo laboratório.

Em seguida, foi calculado o valor de Fi, segundo a Equação 3, e a partir da estimativa de Fi, calculou-se o novo valor inferior (concentração inferior), e o novo valor superior (concentração superior), através das Equações 4 e 5.

Fi = 1,5s* (3)

Novo Valor Superior = x* + Fi (4)

Novo Valor Inferior = x* - Fi (5) Os novos valores, superior e inferior, foram comparados a cada um dos resultados individuais dos laboratórios participantes, e os que estavam acima do valor superior ou abaixo do valor inferior foram descartados, ou seja, foram considerados valores dispersos ou discrepantes e substituídos pelos novos valores superiores e inferiores. Este procedimento compreende a um ciclo ou Ciclo 0.

Iniciou-se um novo ciclo, a partir do cálculo da média robusta (x*)2 e do desvio padrão (s) dos novos valores encontrados, e a seguir calculou-se o novo desvio padrão robusto (s*)3. O novo valor de s* foi calculado pela Equação 6:

(6)

2 Na ISO 13528 quando se inicia o Ciclo 1, x* passa a ser denominado como média robusta, uma vez que advém de um algoritmo robusto.

3

Na ISO 13528 quando se inicia o Ciclo 1, s* passa a ser denominado como desvio padrão robusto, uma vez que advém de um algoritmo robusto.

(26)

Em seguida, calculou-se novamente o valor de Fi, os novos valores superiores e inferiores, conforme descrito, respectivamente, nas Equações 3, 4 e 5, sendo os valores discrepantes substituídos pelos novos limites. Este procedimento corresponde a outro ciclo ou Ciclo 1.

O ciclo é reiniciado até o momento em que os valores da nova média robusta (x*) e do novo desvio padrão robusto (s*) convergirem, ou seja, até que não haja nos ciclos, diferença entre eles. Neste momento o ciclo é finalizado e os novos valores de x* e s*, que são os valores da média robusta (valor designado do EP) e do desvio padrão robusto.

(27)

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