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Revista de Adolescentes Diálogo e Ação

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Academic year: 2021

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Em conversa com o líder

SalmoS vivoS

Estudar os salmos é mergulhar nas profundezas da poesia hebraica, é descobrir afirmações teológicas que compõem o nosso corpo de doutri-nas. É o livro mais conhecido das Escrituras Sagradas, é tão conhecido que só se comparam com ele os Evangelhos e algumas epístolas de Paulo. Por isso, este é um trimestre muito especial para os leitores da Diálogo e Ação e para os alunos da Escola Bíblica Dominical.

Trata-se de uma abordagem profunda dos salmos, mostrando a im-portância de se ter critérios segundo a Palavra de Deus para escolher ami-gos, saber enfrentar e vencer problemas e aprender a louvar a Deus ape-sar das situações adversas que a vida nos proporciona. Entender, portan-to, o valor dos salmos, seu conteúdo atual e aplicá-lo à vida cristã nos dias atuais constitui o principal objetivo destes estudos.

Para os estudos desenvolvidos na Divisão de Crescimento Cristão (DCC) são apresentadas três unidades abordando problemas e questões que envolvem a família moderna, movimentos relgiosos que têm confun-dido muitos adolescentes despreparados e a questão dos vícios que des-troem a vida de muita gente como bebida, cigarro e as drogas em geral. São temas que precisam ser debatidos com bastante profundidade e se-riedade para que os nossos adolescentes saibam lidar e driblar estas ar-madilhas que são colocadas ao longo do caminho deles. Para deixar bem claros os efeitos maléficos das drogas, há uma peça muito intressante na “Atividade especial” que pode ser preparada com bastante antecedência e ser apresentada em um sábado do trimestre. Incentivar os adolescentes a prepararem e convidarem seus amigos da rua e da escola.

Para que o seu trabalho seja desenvolvido com bastante dinamicida-de, são oferecidos planos de aula para os estudos da EBD e outros dife-renciados para os estudos da DCC.

Há outras seções que são preparadas, exclusivamente, para você. É só conferir.

Desejamos um bom trimestre de estudos para você e seus alunos. Que Deus a todos abençoe.

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Sumário

ISSN 1984-8358 liTERaTURa BaTiSTa

Ano LXXXIII • Nº 334

Diálogo e Ação

Diálogo e Ação – Professor é uma revista destinada a professores de adolescentes (12 a 17 anos) na Escola Bíblica Dominical e aos líderes na Divisão de Crescimento Cristão, contendo orientações didáticas e outras matérias que favorecem o seu trabalho em busca do crescimento

do adolescente nas mais diferentes áreas

Todos os direitos reservados. Copyright © 2015 da Junta de Educação Religiosa e Publicações da

Convenção Batista Brasileira

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser

em breves citações, com explícita informação da fonte Publicado com autorização

por Convicção Editora

CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 Endereços Caixa Postal, 13333 CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, RJ

Telegráfico – BATISTAS Eletrônico – literatura@batistas.com

Editor Sócrates Oliveira de Souza

Coordenação Editorial

Solange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897) Redação

Carlos Daniel de Campos Produção Editorial

OliverarteLucas Produção e Distribuição

Convicção Editora Tel.: (21) 2157-5567 Rua José Higino. 416 – Prédio 16

Sala 2 – 1o Andar Tijuca – Rio de Janeiro, RJ

CEP 20510-412 literatura@conviccaoeditora.com.br

Em conversa com o líder ...1

Expediente ...2

Agenda – Calendário trimestral ...3

Bíblioteca ...4

Para falar com os pais ...6

Recursos pedagógicos ...10

Reflexão sobre o tema do trimestre ...12

Recurso para o trimestre ...18

Hino do trimestre ...19

EBD – Visão geral ...20

PLANOS DE AULA – EBD EBD 1 – Caminhos e companhias ...21

EBD 2 – Deus e os meus problemas ...24

EBD 3 – Alegria é isso aí ...27

EBD 4 – Sede de Deus ...30

EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão ...33

EBD 6 – Fortaleza indestrutível ...36

EBD 7 – Deus nos faz cantar ...39

EBD 8 – É tempo de louvar ...42

EBD 9 – Muito mais que palavras ...45

EBD 10 – A palavra que liberta ...48

EBD 11 – Luz no final do túnel ...51

EBD 12 – Diminuir para crescer ...54

EBD 13 – De mãos dadas ...57

Avaliação do trimestre ...60

DCC – Visão geral ...61

Reunião de planejamento ...62

PLANOS DE AULA – DCC Unidade 1 – Firmes no mundo em crise DCC 1 – Uma visão equilibrada do sexo ...63

DCC 2 – Drogas, nem morto ...64

DCC 3 – Nem tudo que é lícito convém ...65

DCC 4 – Se beber, não dirija ...66

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta DCC 5 – Conflito entre gerações ...67

DCC 6 – Disciplina, eu quero ...68

DCC 7 – Meus pais se separaram, e agora? ...69

DCC 8 – Mãe, quero um iphone ...70

Unidade 3 – Seitas do nosso tempo DCC 9 – Seitas e heresias: tô fora ...71

DCC 10 – {A velha} nova era, o que tenho a ver com isso? ...72

DCC 11 – A teologia da prosperidade ...73

DCC 12 – Testemunhas de Jeová ...74

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Mês dedicado à Escola Bíblica Dominical

Principais datas do mês:

Primeiro domingo – Reunião de plane-jamento

Segundo domingo – Programa regular Terceiro domingo – Programa regular 21 – Dia de Tiradentes

22 – Dia do Descobrimento do Brasil 23 – Dia Mundial do Livro

Quarto sábado – Programa especial: teatro

Quarto domingo – Programa regular Quarto domingo – Dia da Escola Bíblica Dominical

Atividade especial – Verificar com a di-reção da EBD se foi programada alguma atividades especial, por exemplo, gincana, e incentivar os adolescentes a participarem ativamente. Além disso, agendar um culto especial quando será apresentada a drama-tização “O caminho da ilusão”.

Mês dedicado à família, às noivas, às mães e às comemorações do Dia do Trabalho

Principais datas do mês:

1 – Dia do Trabalho

Primeiro domingo – Programa regular Segundo domingo – Programa regular Segundo domingo – Dia das Mães

Abril

13 – Dia da Libertação dos EscravosTerceiro domingo – Programa regular

Quarto domingo – Programa regular Quinto domingo – Programa regular Atividade especial – Estabelecer contato com os responsáveis pelo programa do Dia das Mães e incentivar os adolescentes a pro-gramarem alguma atividade com suas pró-prias mães, numa homenagem do grupo que envolva, também, as demais mães da igreja.

Mês dedicado às comemorações do Dia do Pastor, dia da Imprensa, Dia do Homem Batista, Dia Mundial da Ecologia, Dia dos Namorados

Principais datas do mês

1 – Dia da Imprensa

Primeiro domingo – Dia do Homem Batista

7 – Dia da Liberdade da Imprensa Segundo domingo – Programa regular Segundo domingo – Dia do Pastor 12 – Dia dos Namorados

13 – Dia da Libertação dos Escravos Terceiro domingo – Programa regular 23 – Dia de Educação Feminina Quarto domingo – Programa regular Atividade especial – A União de adoles-centes pode aproveitar pelo menos três datas bonitas do calendário para realizar alguma atividade especial como, por exemplo, no dia do pastor, preprar uma surpresa com uma bonita cesta de café da manhã, uma caminhada ecológica, jantar dos namorados.

Agenda

Junho

Calendário trimestral

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Biblioteca

Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto com relação aos estudos da EBD quanto no que diz respeito aos estudos da DCC, esta-mos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consultados e, se examinados, contribuirão para uma melhor qualidade do ensino.

Livros sugeridos para os estudos da EBD

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Teologia dos Salmos – Princípios para hoje e sempre. Rio de Janeiro: JUERP, 152p.

Nota: A preocupação do autor é fazer com que o leitor enxergue os salmos sob uma nóva ótica, levando a extrair deles seu néctar.

KIDNER, Derek. Salmos 1-72 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova,

2000, 280p.

Nota: Os comentários foram elaborados de modo a dar ao leitor uma compreensão do real significado do texto bíblico.

KIDNER, Derek. Salmos 73-150 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida

Nova, 2000, 216p.

Nota: O comentário é de inestimável valor para os professores e estudantes que desejam dar e requerer informações sobre os pontos-chave contidos nos salmos.

Livros sugeridos para os estudos da DCC

Unidade 1 – Firmes no mundo em crise

VELOSO, José Francisco. Um tapa nas drogas. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 95p. Nota: O autor procura apresentar de maneira clara a problemáticas das drogas e sua influência na vida da juventude.

GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ed. Trad. Jorge Rosa. Rio de Janeiro: JUERP,

256p.

Nota: Trata-se de um livro para o homem comum. O seu propósito é dar uma clara compreensão de um novo modo de viver apresentado por Jesus.

AZEVEDO, Israelo Belo de. O olhar da incerteza – Crítica da cultura contempo-rânea. São Paulo: Eclésia, 1988, 116p.

inDiCaçõES ESPECiaiS

PaRa o TRimESTRE

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Nota: O livro discute, sem nenhuma complicação, como devemos interagir com este admirável mundo novo e complexo.

PERROTA, Kevin. Controlando a TV-mania. 2ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989,

178p.

Nota: Segundo o autor, “a contínua projeção de cenas de sexo e de violência pela televisão é deplorável aos cristãos”. O livro constitui-se, então, de uma análise acerca dos efeitos de longo alcance da televisão na família cristã.

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta

ROSA, Merval. Problemas da família moderna. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 175p. Nota: O autor discute em profundidade temas como conceito dinâmico de família, problemas típicos de cada fase do ciclo familiar, mudanças de padrões de família. WALDROP, C. Sybil. Guiando seu filho a Deus. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 107p. Nota: Um guia prático para ajudar os pais a conduzir os seus filhos pequenos em direção ao Senhor. A autora procura mostrar que nenhuma tarefa no lar é mais importante do que conduzir os filhos a Deus e que tudo no ambiente do lar deve levar a esta comunhão.

PRATTA, Elisângela Maria Machado. Família com filhos adolescentes. Psicologia

em estudo, 2007.

Nota: Famílias com filhos adolescentes enfrentam grandes problemas mas que são solicionáveis.

Unidade 3 – Seitas do nosso tempo

ROMEIRO, Paulo. Super-crentes. 3ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1993, 83p. Nota: A proposta do autor é fazer uma análise séria do evangelho conforme apre-goado por alguns adeptos da teologia da prosperidade.

GAMA FILHO, Tácito Leite da. Heresias, seitas e denominações. Rio de Janeiro:

JUERP, 1993, 152p.

Nota: Resultado de uma dissertação de mestrado em Teologia apresentada no STBSB, o livro apresenta uma tentativa de explicar o problema do sectarismo ao longo da história da igreja.

STOTT, John. Cristianismo básico. São Paulo: Vida Nova, 1988, 172p.

Nota: Este escritor cristão procura mostrar nesta obra o que significa ser um ver-dadeiro cristão. Fala da necessidade humana e apresenta o valor da obra realizada por Cristo.

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Para falar com os pais

PaiS, voCêS ConhECEm SEUS filhoS?

Pr. Josué Ebenézer Nova Friburgo, RJ Muitos problemas que os adolescen-tes evidenciam no ambiente da igreja têm a ver com a sua realidade no lar. Infelizmente, esta é a triste realidade dos dias modernos, em que lares se apresen-tam cada vez mais desajustados, e a igreja não está imune a essa atuação maligna.

Será importante o líder de adolescen-tes focar também a figura dos pais como alvo de seu interesse e atuação, para que o trabalho sério e atencioso que for de-senvolvido com eles possa redundar em benefícios para a vida dos próprios ado-lescentes. Neste sentido, estamos apre-sentando o texto abaixo para que o líder

possa desenvolver com os pais dos ado-lescentes uma conversa especial.

No mundo moderno, convivemos com pessoas e pensamos que as conhe-cemos. Nem sempre isso é verdade. A aproximação física não nos garante um estreitamento afetivo nos relacionamen-tos. Ao contrário, muitas vezes somos mais distantes em afeição daqueles que nos estão próximos do que de estranhos que conhecemos na rua.

O absurdo disso é constatar que mui-tos filhos estão distantes de seus pais e mantêm com eles um realcionamen-to meramente burocrático e sem sabor. Quando se descobre a realidade, o filho está totalmente mudado, com a cabeça “virada”, envolvido em circunstâncias

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mundanas e na reta final de um desas-tre premeditado.

ADotE SEU FiLho tAmBém Há alguns anos, tornou-se conhe-cido um ditado que é muito elucida-tivo do que vem ocorrendo em muitas famílias: “Seja o pai de seu filho antes que um traficante o adote”. Isto porque vários pais se deixaram tragar pela ro-da-viva da vida; entregaram os filhos às teias do mundo e perderam o contro-le da situação.

Circunstâncias como estas são um prato feito para a mídia, para os pro-motores das drogas, para a internet do mal, para o ócio maligno e para a con-sequente perda de uma vida. O que os pais deixam de fazer pela formação do caráter e da espiritualidade de seus fi-lhos, estes agentes do mal, listados aci-ma, fazem de forma gratuita e ostensi-va, em sentido contrário.

Quando se vai dar conta da situa-ção, os filhos estão fazendo o que os artistas fazem, vestindo-se como os es-tilistas imorais planejaram, imitando gestos e trejeitos que gente sem Deus inventou para difundir a carnalidade; estão consumindo tudo o que o diabo inoculou em mentes prenhes de criati-vidade maliciosa para criar um sistema-mundo governado não por Deus, mas por uma nova era demoníaca.

A ideia da adoção é mais bonita do que se pode supor. Afinal, somos filhos adotivos de Deus (Rm 8.23). Adotar é, deliberadamente, escolher alguém pa-ra ser nosso filho, papa-ra ser amado, papa-ra ser cuidado, para ser valorizado. Se você

até hoje teve uma relação com seu filho como: “fiz, agora sou responsável”, mu-de esta situação. Adote seu filho com o coração, pois ele precisa do seu amor, de sua atenção, de seus cuidados.

PArE PArA oUvir SEU FiLho

Nossos filhos se comunicam conos-co de várias formas. Com sua rebeldia, sua ausência, seu afastamento. Com palavras, no silêncio, no choro, zanga-dos, sorrindo, falando alto, fugindo, es-condendo-se, com boas notas na esco-la, com notas ruins, por meio da apa-rência, dos gestos, das atitudes, pelo an-dar, pelo cheiro, pelo vestir-se e de mui-tas outras formas.

Só não vê que não quer. Você está percebendo seu filho? Talvez, muito do comportamento de seu filho esteja di-zendo em alto e bom som para você (e você simplesmente não quer ouvir): “Pai, mãe, eu estou aqui. Você me percebeu?” Talvez, seu filho esteja precisando de ca-rinho, mas sua vida estã tão árida que você nem sequer tem tempo para amar.

Ou, então, o comportamento dele esteja dizendo: “Socorro, alguém po-de me ajudar?” Simplesmente você tem olhado para o seu filho, achado ele meio estranho e racionalizado consigo mes-mo: “Ah! Isso é coisa de adolescente; dá e passa. É só uma fase!” Só que, para além do que seriam meros sinais de ado-lescência, podem estar existindo tam-bém evidências de problemas, dificul-dades e inadequações que precisam ser resolvidas. Seu filho clama por socorro da forma como ele sabe (direta ou

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indi-retamente), mas você está muito ocupa-do para se preocupar com “besteira de adolescentes”.

É preciso que você encontre tempo nos seus afazeres diários para dar um pouco de atenção ao seu filho. Ele pre-cisa de você. Não existe melhor amigo para aconselhá-lo, orientá-lo e discipli-ná-lo do que você. É melhor que o uso da vara, como preconiza Provérbios 13.24; 19.18; 22.15; 29.15,17, seja no ambiente do lar – porque, certamente, será com amor – para que, no futuro, seu filho não apanhe da vida. Aí, com certeza, será cruel, implacável e com muita dor. CoNhEçA A “tChUrmA” Do

SEU FiLho

Uma maneira de saber que tipo de influências seu filho está recebendo fora do lar é saber com quem ele está andan-do. A “galera” de seu filho será muito influente na vida dele, posto que, nesta fase, existe uma tendência muito natu-ral de imitar comportamentos. Se seu filho estiver envolvido com uma turma barra pesada, fatalmente, mais cedo ou mais tarde, estará também agindo co-mo os colegas e sujeitando-se a situa-ções vexatórias que trarão desconten-tamento para a família e, o que é pior, derrota para a sua própria vida.

Outo ditado muito conhecido e que se torna esclarecedor desta ques-tão é “Diga-me com quem tu an-das e dir-te-ei quem és”. A Bíblia já adverte: “Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costu-mes” (1Co 15.33). É sintómático que, lo-go em seguida, o apóstolo Paulo faça a

seguinte advertência: “Acordai” (v. 34). Os pais que não sabem com quem seus filhos estão andando estão “dormindo no ponto”; estão deixando seus filhos à própria sorte.

O Salmo 1 é um monumento de afir-mação da necessidade do afastamento da impiedade e dos destinos daqueles que se envolvem (andar, deter e assentar-se) com gente ímpia, escarnecedora, pecado-ra: ruína total. Mas este salmo, também, é uma declaração de vitória na vida da-queles que são justos e tementes a Deus.

SAiBA o qUE SEU FiLho EStá LENDo

Vivemos numa sociedade plural. O poder das comunicações está lançado sobre a humanidade e nem sempre so-bre bases sólidas. Pode-se consumir o que se quiser em nível de informação, tanto pela mídia televisiva quanto pela mídia impressa. TV, rádio, cinema, in-ternet, revistas e jornais disponibilizam uma gama tão variada de informações que uma vida inteira não seria suficien-te para degluti-la e digeri-la.

Diante disso, mais do que nunca se precisa ser seletivo com relação ao que ler, quando ler e para que ler. Milhares de títulos de publicações são disponibi-lizadas nas bancas de jornais e nas pra-teleiras das livrarias. Se já não bastasse a pouca quantidade de tempo disponí-vel para ler, agora precisamos submeter nossas leituras ao filtro da ética cristã. Há muita literatura perniciosa sendo veiculada com capa de coisa boa, inclu-sive, material religioso, pretensamente evangélico, mas carregado de

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esoteris-mo, misticisesoteris-mo, teologia da prosperi-dde e outras aberrrações típicas destes tempos “modernos”.

Não deixe seu filho solto no mundo da insanidade da comunicação moder-na. Junto com isso, acrescente-se: sai-ba o que ele está lendo, mas, também, o que está vendo no cinema, no DVD, na televisão. Muitos pais transforma-ram a “telinha” numa econômica babá eletrônica, que faz o filho ficar quieto e não encher a paciência.

Nesta primeira infância ingênua, muitos pais perderam o contato com os filhos e transferiram para terceiros (gente ou coisas) a responsabilidade que era deles, somente deles, de gerirem o futuro de suas crianças.

Se você caiu neste “conto do vigá-rio das comunincações”, arrependa-se e volte atrás. Interesse-se por seu filho. Saiba o que ele está fazendo, lendo, e as coisas das quais está participando.

ExijA oBEDiêNCiA iNtEtrAL

Uma falsa psicologia moderna impôs durante um período da história um sis-tema de “não-contrariedade” para a edu-cação de filhos. A psicologia contempo-rânea fala em “impor limites”, “aprender a dizer não”. Muitos pais fixaram-se nes-tes manuais e se deram mal. Filhos de “rebeldes” hoje são “caretas”; filhos de “cafonas” hoje são “descolados”; filhos de “liberais” tornaram-se “conservado-res”; filhos de “crentes” mundanizaram-se; filhos de “pagãos” cristianizaram-se. Vivemos num mundo de rótulos. Talvez, os rótulos sejam muitos fracos

– e geralmente o são – para dizer das coisas da fé. Mas se é para ter algum, que este seja o de “cristão”. Desde que esta alcunha foi usada pela primeira vez em Antioquia (At 11.26), não se inven-tou nada melhor para retratar o segui-dor de Cristo. O melhor conselho aos pais com relação à educação de filhos é: não abandone o “Manual de Deus”. O mundo está sempre inventando uma novidade teórica sobre qualquer coisa, tudo e nada, mas a Palavra de Deus sub-siste para sempre (Mt 24.35).

É bom que cada pai tenha em men-te algo que muitos estão perdendo: o controle do seu lar. Como disse Khalil Gibran: “Os filhos não são nossos fi-lhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles não são de ti, vêm de ti. Não queiras fazê-los co-mo tu, pois a vida não anda para trás”. Se os filhos não nos pertencem – nós os criamos para a vida – não podemos perder de vista que, enquanto eles estão “debaixo do nosso teto”, em nosso lar, é de nossa responsabilidade zelar pelo que eles estão fazendo. Não é possível permi-tir que se quebre a cadeia de comando da autoridade que Deus estabeleceu para o bom funcionamento da família. Assim sendo, a desobediência tem sido uma ar-ma satânica para infernizar os lares e tor-nar filhos que são criados nos caminhos de Deus pedras de tropeço para o evan-gelho. Como pai, exerça o seu direito à obediência de seus filhos. Isso, também, será importante na formação da perso-nalidade e do caráter deles.

O autor é pastor em Nova Friburgo, RJ.

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o ConhECimEnTo BíBliCo Do PRofESSoR

Recursos pedagógicos

Alguns observadores notam a tris-te falta de conhecimento bíblico em nossas próprias igrejas. Há crentes fa-mintos por conhecerem a Bíblia, e ali-mentam suas almas diariamente com as Escrituras. Mas, infelizmente, são pou-cos. Há, virtualmente, centenas de ho-mens e mulheres nas igrejas, incapazes de citar os quatro Evangelhos ou quatro profetas do Antigo Testamento ou, ain-da, localizar os livros de Habacuque ou Filemom se for preciso. Ficariam mais aturdidos se lhes pedissem para locali-zar os Dez Mandamentos, as bem-aven-turanças ou o maravilhoso capítulo de Paulo sobre o amor. Infelizmente, já vi até mesmo professores da Escola Bíblica Dominical que não conseguiam loca-lizar uma passagem bíblica relaciona-da à natureza de Deus e à doutrina do Espírito Santo.

Se resta algum comentário sobre o assunto, que seja feito com simplici-dade, mas com vigor: o professor cris-tão precisa conhecer a Bíblia. Não há substituto para o conhecimento bíbli-co, e sua falta não se justifica. Nem to-do professor é vivaz, persuasivo, simpá-tico, bem dotado intelectualmente ou possuidor de fluência verbal. Mas to-dos podem ter conhecimento bíblico. Nem todo professor é capaz de ser um estudioso da Bíblia altamente treinado, mas pode conhecer mais a Bíblia ama-nhã do que conhece hoje.

Se os próprios professores são dis-plicentes com a mensagem que foram encarregados de ensinar, quão grande sera o desconhecimento das verdades bíblicas! “Pode porventura um cego guiar outro cego?” (Lc 6.39). Mas, en-quanto houver homens e mulheres fi-éis, que amam a Bíblia a ponto de es-tudá-la com diligência e ensiná-la cor-retamente, há esperança de que presen-ciaremos em nossos dias uma renova-ção do conhecimento bíblico.

mANEjANDo BEm A PALArA DA vErDADE

“Procura apresentar-te aprovado diante de Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).

Esta palavra de encorajamento ao jovem pastor Timóteo deveria ser o le-ma de todo professor de Bíblia. A men-sagem está clara. Não basta manejar-mos a Palavra da verdade; somanejar-mos divi-namente obrigados a manejá-la bem. Não devemos nos contentar em apre-sentar qualquer interpretação plausível das Escrituras; devemos nos esforçar pa-ra descobrir a interpretação correta.

Conta-se que o Dr. A. T. Robertson, que lecionou Novo Testamento no Southern Baptista Theological Seminary em Louisville, Kentucky, gracejou cer-ta vez: “Uma prova concrecer-ta de inspira-ção da Bíblia é que ela vem

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contrarian-do mais de 3.000 anos de pregação”. A graça desta afirmação está no fato de ela conter tanta verdade. A mensagem da Bíblia tem sido deturpada, distorci-da, corrompidistorci-da, mal-entendidistorci-da, diluí-da, aumentada e alterada de milhares de formas no decorrer dos séculos, de que outra maneira você explica o fato de que Adolf Hitler, umas das perso-nalidades mais demoníacas dos tempos modernos e Kikita Kruschev, ateísta de-clarado, faziam citações da Bíblia quan-do lhes convinha? De que outra manei-ra podem os segregacionistas e os inte-gracionistas convictos encontrar respal-do para suas concepções divergentes na mesma Bíblia?

Meu filho, que é entregador de jor-nais, estava fazendo sua arrecadação mensal certo dia e acabou travando uma longa conversa com um indivíduo que se gabava de ser um grande intérprete da Escritura. Meu filho ouviu 45 mi-nutos de meias-verdades e distorções. Catando aqui e ali explicações bíblicas para servir de apoio ao que já se decidira a crer, o sujeito insistia que Isaías 28 re-feri-se ao “falar em línguas” e a “morrer no Espírito”. A passagem declara que o Senhor falará ao seu povo “por lábios es-tranhos e por outra língua” e diz: “pa-ra que vão, e caiam pa“pa-ra trás, e fiquem quebrantados, enlaçados, e presos” (v. 11,13). Segundo suas palavras, esta era uma alusão às pessoas que ficavam tão cheias do Espírito Santo que caíam no chão inconscientes. Como é triste dis-torcer assim o sentido desta passagem, uma vez que a simples leitura do capí-tulo revela que o profeta está abordan-do o problema abordan-dos sacerabordan-dotes bêbaabordan-dos

e corruptos. Eles caem porque estão en-charcados de vinho.

A tragédia toda é que esse indi-víduo era professor da Escola Bíblica Dominical de sua igreja. Só Deus sabe quantas verdades distorcidas ele trans-mitiu no decorrer dos anos para alunos que de nada suspeitavam. O problema não era tanto sua falta de sinceridade que, errônea, pode ser muito mais peri-gosa do que indiferença passiva. O pro-blema é que ele não era suficientemen-te zeloso ou honesto para insuficientemen-terpretar a Palavra da verdade de maneira correta.

Muita gente acredita (erroneamente) que a Bíblia é, por alguma razão, miste-riosa demais para ser interpretada com precisão. Assim, acata ingenuamente o conceito de que “as suposições de uma pessoa são tão boas quanto as de qual-quer outra”, no que diz respeito à de-cifração do significado das Escrituras. “Cada um tem sua própria crença” é um ponto de vista bastante democrá-tico, mas não confere com a realidade da interpretação bíblica. A mensagem da Bíblia foi e é divinamente inspirada; é uma mensagem inteligível, feita para ser compreendida e praticada. Seu sig-nificado pode ser alcançado por aque-les que estão dispostos a estudá-la com zelo. Não se pode negar que há passa-gens difíceis de entender. São, contudo, exceções à regra. O professor de Bíblia deve abordar as Escrituras com a cer-teza de que Deus quer que sua Palavra seja compreendida.

Extraído de Como ensinar a Bíblia.

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Reflexão sobre o

tema do trimestre

Tem-se chamado, costumeiramente, o livro dos Salmos de “Salmos de Davi”, mas esta nomenclatura é inadequada, porque os salmos não são autoria exclu-siva de Davi. Pelo menos, no que nos é dado observar, nove outros autores par-ticiparam da composição dos tehillym.

Mas a atribuição a Davi sucede por ter sido ele o autor da maioria dos cânticos e por ter se notabilizado como “o rei can-tor”. Isso fez com que a influência da-vídica nos salmos se tornasse tão gran-de que os jugran-deus chegaram a criar len-das ao redor da composição do Saltério. Veja-se, a propósito disto, esta fantasio-sa declaração, própria da superstição re-ligiosa dos hebreus.

a ESTRUTURa Do livRo DoS SalmoS

David escreveu seus salmos, inspi-rado pelo Santo Espírito (Ruach Há-Kodesch), quando a harpa tocava à

meia-noite, ao sopro de um vento do norte. As cordas dessa harpa provinham do carneiro oferecido em sacrifício a Deus por Abraão, na akedá. (UNTERMAN, Alan, Dicionário Judaico de Lendas e Tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 1992, p.226).

Mas, na realidade, o livro dos Salmos é uma coletânea de cinco volumes. É as-sim que se divide o Saltério. Tudo indi-ca que esta divisão foi feita para torná-lo semelhante à Tora – nome hebraico para a Lei ou o nosso Pentateuco – que

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tem cinco livros também. É até mesmo provável que isto tenha sucedido quan-do da canonização quan-do Saltério, para as-semelhá-lo à Torá. Assim, ele passou a receber também o mesmo tratamento de obra inspirada. A divisão em cinco obras foi a mostra de sua canonização. Eis a divisão:

Livro I – Salmos 1 a 41 Livro II – Salmos 42 a 72 Livro III – Salmos 73 a 89 Livro IV – Salmos 90 a 106 Livro V – Salmos 107 a 150

O Livro I consiste de salmos que são claramente atribuídos a Davi, com ex-ceção dos de números 1, 2, 10 e 33. No entanto, Atos 4.25 traz uma declaração dos apóstolos, que atribuem o Salmo 2 a Davi, tendo sua aplicação na vida de Jesus.

O Livro II é também chamado de “Salmos dos filhos de Coré” e parece ser uma compilação de salmos que fo-ram empregados em cânticos no templo. O Livro III é conhecido também como “Salmos de Asafe”.

O Livro IV tem o seu primeiro (Sl 90) atribuído a Moisés, dois a Davi, e os demais como sendo anônimos.

O Livro V se compõe de salmos li-túrgicos.

O Livro I “foi provavelmente ar-ranjado por Davi, ou talvez por al-gum outro colaborador sob sua dire-ção” (ARCHER, Gleason). O Livro II e o Livro III podem ter sido

compila-dos no tempo do rei Josias para desen-volver o avivamento promovido por ele ou, ainda, nos tempos do rei Ezequias, com o mesmo propósito avivalista. À luz de Provérbios 25.1 ficamos saben-do que Ezequias tinha um grupo de re-datores religiosos. Eles, os rere-datores de Ezequias, podem ter desempenhado es-sa tarefa. Tanto isso é provável que o Salmo 72.20 não é uma declaração bí-blica, mas uma nota editorial, feita por um copista: “Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé”. Até mesmo os versículos 18 e 19 receberam esta obser-vação, em nota de rodapé de uma ver-são bíblica: “Uma doxologia, que não pertencia ao salmo, acrescentada como material editorial, assinalando o fim do seu segundo livro de Salmos (La Bíblia de Estúdio Mundo Hispano). Amesma declaração é feita, nesta versão, para o texto de Salmo 89.52: “Uma doxolo-gia. Um acréscimo editorial que mar-ca o fim do livro terceiro do Saltério.”

Os Livros IV e V são coletâneas de salmos mais ou menos independentes, em termos de conteúdo. O Livro IV é chamado de “Salmos da segunda co-munidade”. O curioso é que ele come-ça com o Salmo 90, que é o mais antigo (datado provavelmente em 1400 a.C.) e cuja autoria é atribuída a Moisés. Surge, inevitavelmente, uma pergunta: o que estaria fazendo aqui um salmo mosai-co, num volume da segunda comuni-dade, os retornados com Zorobabel? A resposta é fácil, mais uma vez observan-do-se como a estrutura foi criada para ensinar lições: é uma clara tentativa dos retornados em se associarem como pri-meira comunidade, e que foi

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organiza-da por Moisés. Eles queriam deixar cla-ro que não era um povo diferente, ou-tra nação, era o mesmo povo de Moisés. E para provar isso, escolheram um sal-mo de sua autoria, abrindo volume de seu hinário.

Ou seja, a própria estrutura do livro seguiu um propósito teológico. Os sal-mos trazem teologia, sim, até mesmo em sua estrutura. Eles ensinam com o conteúdo e com a forma. A segun-da comunisegun-dade canta a mesma espe-rança da primeira, porque é sua con-tinuadora. O arranjo, ou compilação, do livro de salmos é nítido inclusi-ve no uso dos nomes de Deus. O li-vro I, por exemplo, prefere o nome sa-grado, Iahaweh, traduzido em nossas Bíblias como “O Senhor”. O Livro II, por exemplo, prefere Elohym, tradu-zido em nossas Bíblias como “Deus”. Eles refletem uma época e uma ten-dência teológica.

Ainda na área da estrutura literá-ria, sendo empregada como veículo pa-ra comunicar uma atitude teológica; outra consideração que devemos fazer está na questão bem atraente, não aci-dental, mas muito bem arranjada: ca-da um dos quatro primeiros volumes

termina com uma grande doxologia. E o quarto volume se encerra com outra grande doxologia. E o quinto volume se encerra com outro tipo de doxolo-gia, um convite para que tudo quanto em fôlego louve a Deus. Vejamos co-mo isso se dá:

1. O Livro I termina com o Salmo 41.13, que diz: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, de eternidade a eterni-dade. Amém e amém”.

2. O Livro II termina com o Salmo 72.19, que diz: “Bendito seja para sem-pre o seu nome glorioso, e encha- se da sua glória toda a terra. Amém e amém”. O versículo 20 não é uma declaração bí-blica, mas uma provável “nota de roda-pé” do compilador do livro, que acabou entrando para o texto bíblico.

3. O Livro III termina com o Salmo 89.52, que diz: “Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém”.

4. O Livro IV termina com o Salmo 106.48 que diz: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eter-nidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai ao Senhor”.

5. O Livro V termina com o Salmo 150.6: “tudo que tem fôlego louve ao senhor; louvai ao Senhor!”

Morris (MORRIS, Henry. Amostra de Salmos. Miami: Vida, 1986, p. 12)

fez uma divisão que, com todo respei-to, me parece um pouco forçada, encer-rando o volume IV com o Salmo 145 e tomando os Salmos 146 a 150 como “epílogo”, de maneira a criar cinco do-xologias (a quinta seria 145.21). Mas es-ta divisão por ele elaborada vai contra

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toda a compreensão que os estudiosos antes dele tiveram e é bastante artificial, mostrando ter sido claramente elabora-da para elabora-dar suporte à sua ideia previa-mente estabelecida. A divisão em cin-co volumes, cin-como aqui apresentada, não uma criação nossa, deste autor, mas é um modelo seguido por vários estudioso e tem unanimidade a sua aceitação. Vários eruditos, tanto cristãos como judeus, di-zem que a divisão do Saltério em cinco livros foi feita para harmonizá-lo com a Torá: ela tem cinco livros, mas é um li-vro só. Da mesma forma, o Saltério tem cinco livros, mas é um livro só.

Voltando, no entanto, a Morris, mas sem a preocupação de combatê-lo: uma posição melhor que a sua é a adotada por Schultz, que assim se expressa: “Na última divisão, o salmo final serve de doxologia de conclusão” (SCHULTZ, Samuel. A História de Israel. São Paulo:

Vida Nova, 1977, p. 272). Com esta ob-servação, sem forçar a estrutura, Schultz nos alerta para uma verdade: o último salmo é a doxologia de conclusão de to-do o livro to-dos Salmos. Assim como o primeiro é uma introdução e, ao mesmo tempo, uma síntese, o último encerra de forma doxológica. Pode-se entender, en-tão, que os dois limites do Saltério pre-tendem comunicar uma verdade teoló-gica, também. Ensina-se com o conteú-do e com a estrutura literária.

Devemos lembrar, ainda, que o li-vro de Salmos não inclui todos os sal-mos dos judeus. Há textos bíblicos fo-ra do Saltério que são, na sua estrutu-ra e na forma como foestrutu-ram escritos, sal-mos, como Êxodo 15.1-18,1Samuel

2.1-10, Isaías 38.10-20, Jonas 2.3-10 e o fa-moso salmo de Habacuque 3, para ficar só com alguns deles. Nossa coletânea tem 150 salmos, embora alguns manus-critos da Septuaginta e a Versão Siríaca tragam o Salmo 151, mas este não faz parte da coleção considerada como bí-blica. Algumas versões católicas trazem diferença na sua enumeração dos Salmos em relação às Bíblias protestantes. Isto se explica da seguinte maneira.

Na Septuaginta, os Salmos 9 e 10 bem como 114 e 115 são reunidos num único Salmo, enquanto o Salmo 116 e o Salmo 147 são divididos em dois sal-mos, de tal modo que sua numeração do Salmo 9.22 até 146.11 não corresponde à do texto hebraico (WEISER, p. 10).

As versões católicas, em sua maior parte, seguem a Septuaginta. As versões protestantes seguem o texto hebraico. Isso explica a diferença na enumeração. A Vulgata, tradução para o latim, segue a numeração da Septuaginta (também conhecida pela sigla LXX) e, portanto, muitas traduções católicas modernas fa-zem o mesmo. Por exemplo, numa tra-dução antiga, que foi muito usada no Brasil, a do Padre Matos Soares, uma das primeiras em nosso país, vê-se isso:

O Salmo 1 é igual ao nosso. O Salmo 2 divide nosso versículo 12 em versículos 12 e 13.

O Salmo 3 traz o título como sen-do o primeiro versículo e contém nove versículos no total.

O Salmo 4 traz o título como sen-do o primeiro versículo e divide o nosso versículo 8 em versículos 9 e 10.

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O Salmo 9 traz o título como sen-do o primeiro versículo e tem, portan-to, um total de 21 versículos.

O Salmo 10 tem 18 versículos como acontece em nossa Bíblia, mas acrescen-ta um segundo Salmo 10, que é o nos-so Salmo 11 em conteúdo.

Daí em diante, os salmos, confor-me a tradução do padre. Matos Soares, sempre estão um número atrás da nossa tradução, até o Salmo 113 (que é o nosso Salmo 114). Na tradução do Pe. Matos Soares, há dois Salmos 113 (Sl 113a - v. 1-8), que correspondem ao nosso Salmo 114, e o Salmo 113b (v. 9-18), que cor-respondem ao nosso Salmo 115. Porém, chegando ao final do livro dos Salmos, o Salmo 146.1-11 e o Salmo 147. l-10 da versão do padre. Matos Soares corres-pondem ao nosso Salmo 147. Assim, os Salmos 148,149 e 150 correspondem aos mesmos Salmos em nossas Bíblias. Toda essa explicação dá para mostrar, em caso de leitura em versões católicas, o porquê da diferença da enumeração. O conteúdo, no entanto, é o mesmo. Os números não fazem diferença.

Já a Bíblia de Jerusalém, uma versão católica de excelente nível, segue a nu-meração hebraica (...) Individualmente, não em termos de livro, mas como uni-dade, como capítulo do Saltério, há tam-bém uma estrutura na composição dos salmos, principalmente os que tratam de oração individual. Ou seja, cada sal-mo individual segue um padrão estru-tural mais ou menos estabelecido. Na maioria das vezes, seu início se dá com uma invocação a Iahweh, com o vocati-vo: “Compadece-te de mim, ó Deus...”

(51.1; 56.1; 57.1). Em alguns salmos, es-ta invocação é repetida em outros versí-culos, além do inicial. Há, a seguir, de-clarações em que o salmista se apresenta e clama por socorro, posto que enfren-ta um momento delicado em sua vida, esta é a introdução.

A seção seguinte é a principal, o cor-po do salmo. É quando o salmista desa-foga seu interior, abre seu coração dian-te de Iahweh. Descreve sua situação de perigo. Ele é perseguido ou difamado, ou está enfermo, ou sofre nas mãos dos ímpios, sente-se abandonado por Deus ou por amigos. A isto se segue uma per-gunta mais ou menos nestes termos: “até quando?” ou, então, “por quê?” Alguns salmos nos mostram isso. “Até quando”, por exemplo, aparece em 6.3: “Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando...” É um de-sabafo e, ao mesmo tempo, um pedido de socorro. Também em 35.17 lemos a mesma expressão: “Ó Senhor, até quan-do contemplarás isto?” Parece que Deus se esqueceu e recolheu a sua mão de so-corro, por isso surge o clamor de 10.12: “Levanta-te, Senhor; ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças do necessi-tado”. Em outras ocasiões, parece que Iahweh está dormindo: “Desperta! Por que dormes, Senhor? Acorda! Não nos rejeites para sempre.”

Todas estas expressões são empre-gadas para que aquele que ora desabafe seus sentimentos, expresse toda a sua dor e toda a sua ansiedade diante de Deus. Para que ore de verdade. Não há neles nenhum formalismo nem um encobri-mento de emoções. Os salmos não são

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literatura formal. São orações passionais e não diálogos frios, profissionais, obri-gados. Encontramos a essência da ver-dadeira oração: o coração escancarado diante de Deus, expondo suas dores, su-as lutsu-as, seus medos, sem nada msu-ascarar, mostrando-se como realmente é. É por isso que eles são fantásticos: eles nos en-sinam como orar e nos mostram o que é oração. Orar é mostrar-se a Deus co-mo realmente se é, sem necessidade de uma capa para impressioná-lo. A ora-ção é o grito da alma que está sofren-do e não a elaboração de conceitos por parte da mente tranquila.

De repente, há uma modificação no conteúdo do salmo, de uma forma qua-se abrupta. Num determinado momen-to, o salmista, que até então se mostrava inquieto, clamando a Deus e até mesmo se queixando dele por sua aparente in-diferença, prorrompe em júbilo, cânti-co de cânti-confiança e de gratidão.

Como acontece isto? Por que a mu-dança de ânimo? Os exegetas têm apre-sentado pelo menos quatro respostas ra isso. A primeira é que o salmista pa-rece ter pa-recebido uma resposta de Deus. Seja no seu íntimo, seja pela participação no culto, seja pela instrução da Torah ou de um sacerdote, ele recebeu a resposta de que Deus intervirá em seu favor. Isso o tranquiliza. A segunda é que mesmo, por sua experiência espiritual, sabe que Iahweh escuta. Pelo que já passou em momentos pretéritos de sua vida tem esta certeza: “Busquei ao Senhor, e ele me respondeu e de todos meus temo-res me livrou” (34.4). A terceira é mais mística, embora não se queira com isso

depreciá-la: uma teofania, uma mani-festação de Deus. No salmo 18, Iahweh ouviu a oração que foi feita no templo (“do seu templo ouviu ele a minha voz” – v. 6), e isso ficou claro com os versí-culos seguintes, todos numa linguagem teofânica impressionante. Muito da lin-guagem, como só acontece com a po-esia, é figurada, mas vê-se que há uma compreensão de Deus fora dos padrões mais racionais. Uma quarta é que o sal-mista, em sua oração (que já fora formu-lada antes, e, agora, se manifesta mais uma vez no templo), recebeu um sinal de Deus. Vemos indício disso no pedi-do que é apresentapedi-do no Salmo 86.17: “Mostra-me um sinal do teu favor, pa-ra que vejam aqueles que me odeiam e sejam envergonhados, por me have-res tu, Senhor, ajudado e confortado”. Por fim, o salmo termina com uma expressão de confiança e com proclama-ção. De aflito, aquele que está orando passa a ter certeza de livramento. A an-siedade que foi inicialmente manifesta cede agora lugar à fé. Essa estrutura in-dividual dos salmos de lamento é uma das maiores declarações de que Deus ouve a oração. Por isso mesmo seu es-tudo se reveste de grande valor para a comunidade cristã.

Extraído do livro: COELHO, Isaltino Gomes Filho.

Teologia dos Salmos. Rio de Janeiro:

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Recurso para o trimestre

Dividir o suplemento didático em dois cartazes, que deverão estar expostos em lugar visível na sala dos adolescentes. Um cartaz terá o título “Necessidades e metas do adolescente cristão; e o outro, “Passos a dar”. A cada domingo, ao final da lição, o professor deverá preenchê-los com a classe, com base na lição estudada.

Questionar, sempre que possível, os adolescentes se eles estão dando os passos ne-cessários para que suas metas sejam alcançadas.

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Hino do trimestre

Hino 27 do Hinário para o Culto Cristão Letra: Rodolfo Hasse

Música: Hinário Alemão

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EBD – Visão geral

Salmos vivos

Uma abordagem profunda dos salmos, mostrando a

importância de se ter critérios segundo a Palavra de Deus

para escolher amigos, saber enfrentar e vencer problemas

e aprender a louvar a Deus apesar das situações adversas

que a vida nos proporciona

Objetivos – Entender o valor dos salmos, seu conteúdo atual e aplicá-lo à vida cristã nos dias atuais. Incentivar o adolescente a desfrutar a alegria da presença de Deus, o regozijo da comunhão com ele, o bálsamo do perdão divino e a viver uma vida de adoração e louvor.

Estudos da EBD

EBD 1 – Caminhos e companhias EBD 2 – Deus e os meus problemas EBD 3 – Alegria é isso aí

EBD 4 – Sede de Deus

EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão EBD 6 – Fortaleza indestrutível

EBD 7 – Deus nos faz cantar EBD 8 – É tempo de louvar EBD 9 – Muito mais que palavras EBD 10 – A palavra que liberta EBD 11 – Luz no final do túnel EBD 12 – Diminuir para crescer EBD 13 – De mãos dadas

Planos de aula da EBD – Redação desta revista, em parceria com a Coordena-ção Editorial da CBB e da professora Lúcia Cerqueira.

(22)

Plano DE aUla 1

Caminhos e companhias

texto bíblico: Salmo 1 texto para memorizar: Josué 1.8

oBJETivoS

▪ Entender que todas as nossas

ações têm consequências diretas.

▪ Identificar a importância do

es-tudo da Palavra de Deus.

▪ Identificar os ensinamentos da

Palavra como guia nas decisões do dia a dia.

▪ Fazer distinção entre o caminho

do Senhor e os outros caminhos. RECURSoS DiDáTiCoS

▪ Folhas de papel para os grupos; ▪ Canetas;

▪ Imagens com sinais de trânsito.

PARAR – SEGUIR EM FRENTE – PROIBIDO PARAR.

TÉCniCaS DE EnSino

▪ Para este estudo, sugerimos

al-gumas atividades:

1. Aula expositiva – descrição do livro dos Salmos e suas divisões;

2. Utilização de material visual (placas de trânsito) em cada tópico da lição;

3. Dinâmica para conclusão (o salmo nos nossos dias).

DiCaS

1. Imprimir placas com sinais de trânsito com um tamanho visível para classe (uma ou duas folhas de papel ofício). Durante a preparação do estudo, pensar em quais momen-tos poderá utilizar as placas.

2. Tentar, ao final da elaboração da lição, reescrever este salmo no contexto de sua vida particular des-tacando: onde deve “parar”, “andar mais rápido”, o que deve “evitar”.

DESEnvolvimEnTo Do ESTUDo

1. Fazer a introdução da aula de forma expositiva, trazendo um es-clarecimento do que significa o livro, suas principais divisões com base nas

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informações que são apresentadas na reflexão sobre o tema do trimestre.

2. Apresentar as figuras que re-presentam os sinais de trânsito e perguntar seus significados. Propor a leitura do Salmo 1 como se ele nos convidasse para uma caminhada e que os conceitos apresentados no texto fossem códigos de sinais de trânsito (proibido estacionar, não pare, siga em frente, pare, mão dupla etc.).

3. Desenvolver os tópicos da lição utilizando os sinais de trânsito:

▪ A felicidade é a porta do saltério; ▪ Os três estágios da queda; ▪ Uma comparação inspiradora; ▪ Os caminhos se separam.

aTiviDaDES DE ConClUSÃo Como os adolescentes são muito criativos, é possível pensar na con-clusão dessa lição de maneira drama-tizada. Portanto, dividir a classe em dois grupos e distribuir as seguintes tarefas:

▪ GrUPo i – Com base na lição

estudada e na experiência vivencia-da, encenar um exemplo de amizade que não deve ser aceita pelo adoles-cente cristão. Exemplo: más compa-nhias.

▪ GrUPo ii – Encenar um

exemplo de relacionamento amigá-vel que não interfere nos princípios

a serem seguidos pelo adolescente cristão Exemplo: amizade saudável.

Como uma última atividade, dividir em grupos de três a cinco adolescentes e entregar-lhes folhas e caneta. Cada grupo deve discutir a importância deste salmo para sua vida diária.

Após a discussão, reescrever este salmo no contexto atual e pedir aos adolescentes, representantes de cada grupo, que leiam o texto produzido. Após as leituras, desafiá-los a seguir os princípios da Palavra de Deus como regra para o dia a dia.

PaRa a mEnTE E CoRaçÃo A meditação na Palavra de Deus e a obediência aos preceitos divinos são aspectos fundamentais para que o cristão seja bem-sucedido. É pre-ciso tomar a resolução de profunda devoção ao Senhor, de toda a mente, força e vontade.

TaREfa PaRa a SEmana Solicitar aos alunos que pesqui-sem em diversos jornais e revistas re-portagens que enfatizem os proble-mas enfrentados pelos adolescentes da sociedade atual.

Para facilitar, fazer com a classe um rápido levantamento dos possí-veis problemas como, por exemplo, envolvimento com drogas, estresse do ENEM, vestibular, maus tratos familiares, dentre outros.

(24)

5. “O Senhor conhece o caminho dos justos” – Por mais que queiramos esconder da família e da igreja nossas ati-tudes indevidas, o Senhor conhece todos os nossos passos e todas nossas intenções.

6. “A tonalidade e os temas deste salmo fazem lembrar os escritos da sabedoria, especialmente Provérbios, que se preocupam com a convivência que o homem cultiva, com os dois caminhos, que ficam diante dele e com tipos morais, notavelmente os zombadores; nota-se, também, a linguagem figurativa da natureza e o interesse no fim lógico de um pro-cesso. A sabedoria que ele recomenda, no entanto, se arraiga na lei, e o parale-lismo mais próximo do salmo se acha num dos profetas (Jeremias); tal é a harmonia das vozes diferentes do An-tigo Testamento” (Sl 1-72, Introdução e comentário, Derek Kidner, p. 62).

Este salmo apresenta, também, as características do homem justo, pois, o homem faz ou não faz, de acordo com o que ele é ou não é. As obras correspondem ao caráter. Pode o ho-mem enganar o seu semelhante, mas não engana Deus, que o conhece no íntimo de seu coração e o julga se-gundo o que ele é e o que faz. Este homem justo não faz determinadas coisas, mas faz outras.

O homem justo não faz: não anda segundo a orientação dos ím-pios, não se detém em conversas com os pecadores, não se assenta junto aos zombadores e escarnecedores. infoRmaçõES

ComPlEmEnTaRES O majestoso saltério de Israel co-meça com um pequeno salmo de ape-nas seis versículos, que são de profun-da mensagem ao coração do crente. Ele é o pórtico majestoso que dá en-trada para o palácio magnífico da po-esia hebréia, louvando e engrandecen-do o Senhor da criação e engrandecen-do homem.

No Salmo 1, encontramos diretri-zes para cultivar bons relacionamentos:

1. “Não se assentar na roda dos escamecedores” – Evitar o convívio com pessoas e ambientes que estejam fora dos padrões cristãos deve ser a conduta do adolescente que deseja seguir os propósitos de Deus.

2. “Antes, o seu prazer” – Buscar uma vida devocional, procurando obedecer à vontade de Deus, é pon-to-chave para não se deixar levar por atrativos mundanos.

3. “Como árvore plantada junto a correntes de águas” – O crente é a árvore que bebe direto da fonte e, por isso, está sempre florescendo. A fonte na qual o adolescente pode saciar a sua sede é a comunhão com Deus, por meio da leitura bíblica e da oração.

4. “Os ímpios não são assim” – A pessoa que não experimentou a graça de Deus não busca seguir os ensina-mentos bíblicos, nem se sente inco-modada com atitudes impróprias à vida espiritual e moral.

(25)

oBJETivoS

▪ Entender que, como cristãos,

não estamos isentos de problemas.

▪ Compreender que o Senhor nos

ajuda a vencer o medo e nos dá cora-gem para lutar.

▪ Crer na presença do Senhor em

todos os momentos de nossa vida.

▪ Aprender a esperar no Senhor.

RECURSoS DiDáTiCoS

▪ Faixa com o tema da lição: DEUS

E OS MEUS PROBLEMAS. TÉCniCaS DE EnSino 1. Dinâmica de grupo; 2. Aula expositiva;

3. Leitura dramática do texto. DiCaS

1. Pedir a um adolescente bem expressivo que recite de memória ou

leia o Salmo 27 de forma dramáti-ca para a conclusão da aula. Deixar claro que sua oração dramática será a conclusão da lição e, por isso, não deve comentar com nenhum outro membro da classe.

2. Preparar a sala deixando es-paço para a dinâmica sugerida. Se possível, deve-se formar um grande círculo com as cadeiras.

DESEnvolvimEnTo Do ESTUDo

1. Dinâmica – Dividir a turma em grupo de três, sendo que cada trio deve ser proporcional a peso, altura e sexo. Colocar dois partici-pantes um de frente para o outro e o terceiro no meio.

Pedir que o participante do meio junte as pernas e fique com o corpo rígido. Com ajuda do professor, pe-dir que ele feche os olhos e se jogue para trás. O amigo o segurará pelas costas e o impulsionará para frente quando, também, será amparado.

Deus e os meus problemas

texto bíblico: Salmo 27 texto para memorizar: Hebreus 4.16

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Repetir esta ação e depois trocar as posições. Ficar atento quanto à segurança do grupo. Após algumas tentativas, perguntar:

▪ Qual a sensação de cair para trás

e para frente de olhos fechados?

▪ Se os amigos lhe transmitiram

segurança?

▪ Se a segurança estava no fato de

confiarem nas pessoas ou em suas es-truturas físicas?

Lembrar que estes, às vezes, são os sentimentos que nos envolvem diante de problemas. Temos medo, estamos inseguros mas que a mão do Senhor não nos deixa cair, que ele está sempre pronto a nos ajudar e proteger.

2. Leitura do texto bíblico: Sal-mo 27.

3. Fazer um levantamento dos alunos que trouxeram as reportagens solicitadas no domingo anterior e, se preciso, distribuir entre eles as re-portagens separadas por você. Em seguida, organizar a classe em gru-pos para que leiam as reportagens e discutam sobre os problemas nelas enfatizados.

Para facilitar, distribuir entre os grupos uma folha de papel ofício e caneta para que sejam feitas as devi-das anotações.

Cada grupo deverá escolher um relator para apresentar o que foi observado e discutido. O professor

poderá apresentar algumas questões para direcionar a discussão:

▪ A reportagem enfatiza algum

problema enfrentado pelo adoles-cente da sociedade atual?

▪ O problema mencionado é

co-mum em nossa sociedade?

▪ Adolescentes crentes costumam

enfrentar problemas semelhantes aos da reportagem lida?

4. Formar um círculo com os alu-nos para que os relatores contem a reportagem e apresentem a opinião do grupo.

5. Após a apresentação dos gru-pos, expor o tema do estudo num quadro ou escrevê-lo bem grande numa faixa na parede

6. Desenvolver os tópicos da lição de forma expositiva e, após a descri-ção do texto e dos tópicos da lidescri-ção, apresentar palavras-chave contextu-alizadas: luz, refúgio, inimigos, casa do Senhor.

aTiviDaDES DE ConClUSÃo Pedir que todos fechem os olhos e coloquem suas angústias, incerte-zas e pecados nas mãos do Senhor. Dar dois minutos em silêncio para cada um falar com Deus. O momen-to será interrompido com a leitura do texto do Salmo 27 feita de forma dramática por um adolescente pre-viamente selecionado que terminará dizendo amém!

(27)

TEXTo PaRa mEmoRiZaR Nenhum problema é tão grande ou maior que o nosso Deus e a sua graça para conosco. Por isso, pode-mos chegar com profunda confiança diante dele e expor-lhe todas as tris-tezas, mágoas, sofrimentos porque, no momento certo, seremos socorri-dos. É preciso sublinhar a expressão “momento certo” porque Deus sabe o quando e o como nos prestará o devido socorro. É preciso, também, desenvolver a confiança nele.

TaREfa PaRa a SEmana Pedir aos alunos que durante a semana realizem uma entrevista com seus avós ou com alguém de mais idade, de preferência que seja crente. Esta entrevista não precisa ser formal; pode ser um bate-papo.

Ideias de perguntas:

1. O senhor ou senhora já era crente na adolescência?

2. Havia alguma dificuldade de relacionamento com seus pais?

3. Como foi tomar decisões quan-to à vida profissional e sentimental?

4. Quais os principais problemas enfrentados pelos adolescentes na sua época?

infoRmaçõES ComPlEmEnTaRES No Salmo 27, o salmista, mais uma vez, reafirma a sua

confian-ça em Deus e revela quanto o seu coração anelava pela presença dele em todos os momentos de sua vida. Não tem sido possível situar o sal-mo quanto ao tempo e circunstân-cias cm que foi escrito, sendo alguns de opinião que Davi o escreveu nos dias agitados quando aguardava a sua ascensão ao trono de todo o Is-rael, após a morte de Saul, ou diante da rebelião motivada pelo seu filho Absalão.

Este salmo pode ser dividido em duas partes.

1. O salmista proclama sua plena confiança em Deus – É interessante observar quantas vezes o salmista cita o nome do Senhor (Jeová), por meio das linhas desse piedoso cân-tico (em 14 versículos, 12 vezes). Feliz o homem que tem sempre esta palavra em sua mente. O salmista proferia o nome divino com a má-xima reverência e em expressões de sublime sentimento. Os versículos 1,2,3,5,6,10,14 são uma evidência belíssima da confiança que o salmis-ta deposisalmis-tava no Senhor.

2. O refúgio do homem de Deus e sua oração em tempos difí-ceis – Os demais versículos expri-mem o anelo de Davi pela presença de Deus, em face dos problemas ou acontecimentos que enfrentava. Os versículos 4,7,8,9,11,12 e 13 ex-pressam esta realidade de busca na vida do salmista.

(28)

Plano DE aUla 3

Alegria é isso aí

texto bíblico: Salmo 33 texto para memorizar: Neemias 8.10

oBJETivoS

▪ Entender que a nossa alegria não

está pautada em um momento qual-quer de nossa vida, mas, na certeza da presença de Deus.

▪ Reconhecer nosso papel como

agentes de transformação – promo-tores de alegria.

▪ Reconhecer a soberania de Deus

e a necessidade de sermos fiéis. RECURSoS DiDáTiCoS

▪ Quadro para escrever as palavras

da dinâmica (tempestade cerebral);

▪ Cartas com a definição da

pala-vra- chave;

▪ Folha com quadro dos dias da

semana - “Projeto por uma semana feliz”.

TÉCniCaS DE EnSino 1. Dinâmica: explosão de ideias; 2. Utilização de música para re-forçar o tema da aula;

3. Aula expositiva;

4. Testemunho de um adolescente; 5. Desafio de um projeto de vida semanal.

DiCaS

1. Preparar, durante a semana, cartaz com a definição da palavra ou tema escolhido: louvor ou alegria.

2. Elaborar o quadro para a vida semanal.

3. Escolher o cântico a ser utili-zado e possibilitar a letra (quadro, cópia, data-show, transparência) e, de acordo com a realidade, convidar um adolescente para tocar.

4. Pedir, previamente, a um ado-lescente que conte um testemunho que expresse a vitória produzida me-diante a confiança no Senhor. É im-portante ouvir antes o testemunho e determinar um tempo para que ele seja exposto (2 minutos).

DESEnvolvimEnTo Do ESTUDo

1. Iniciar a aula solicitando aos ado-lescentes que relatem a experiência

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vi-venciada ao realizarem a entrevista com seus avós ou alguma pessoa ido-sa. Ressaltar que, apesar da diferença de época, o ser humano sempre vai passar por um período em que se-rão necessárias tomadas de decisões, bem como o enfrentamento de situ-ações desagradáveis como sofrimen-to por um erro cometido, decepção com amigos

▪ Fazer a introdução da aula com

tempestade cerebral (a palavra pode ser louvor ou alegria). Anotar no quadro as principais expressões dos alunos.

▪ Apresentar um cartaz com a

de-finição da palavra escolhida.

▪ Cantar um cântico que expresse

teor das palavras sugeridas.

▪ Apresentar os tópicos da lição e

o significado dos termos principais de forma expositiva. Após apresen-tar o último tópico, o adolescente, já determinado, ficará de pé e contará brevemente seu testemunho.

▪ O professor deve ressaltar a

ne-cessidade de sermos felizes e, ao mesmo tempo, a necessidade de pro-mover alegria em nossos grupos de convivência: família, igreja, colégio, amigos, time etc.

De que eu necessito

O que posso fazer para

alguém O que recebi Avaliação Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo

Projeto: Por uma semana feliz Nome:

ProjEto Por UmA SEmANA FELiZ

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aTiviDaDES DE ConClUSÃo Enfocar os principais ensinos que podem ser extraídos do estudo:

1) O imenso amor de Deus; 2) A necessidade de se ter um co-ração puro para louvar a Deus;

3) O conhecimento que Deus tem de toda a nossa vida, inclusive o nosso coração;

4) A confiança que devemos de-positar em Deus. Ele ouve e atende as nossas orações, conforme a sua von-tade, mas é preciso saber que o nosso tempo não é o mesmo de Deus.

2. Desafiar os adolescentes a ten-tarem viver uma semana feliz. Sa-bendo que felicidade é fruto do que se estudou e não é só minha, mas, do outro também. Entregar o quadro de atividades semanais e desafiá-los a viver cada dia com as propostas do quadro.

Avaliação geral: descrever as prin-cipais experiências e sensações desfru-tadas nesta semana:

TEXTo PaRa mEmoRiZaR O Senhor é a fonte da nossa ale-gria e está o tempo todo cuidando de nós e prova, a cada instante, o quan-to vale a pena confiar nele. Mesmo que enfrentemos tempos difíceis, devemos viver como ele deseja: com alegria, esperança, confiança e certe-za da vitória.

TaREfa PaRa a SEmana Durante a semana, preparando os alunos para a próxima lição, de-verá ser realizada uma atividade de observação. Os alunos devem estar atentos às suas ações, verificando:

– Quantas vezes por dia beberam água ou outros líquidos;

– Quantas vezes na semana se-pararam tempo para estar em comu-nhão com Deus por meio da leitura da Bíblia e da oração.

infoRmaçõES ComPlEmEnTaRES No livro dos Salmos, encontra-mos o salmista enfrentando proble-mas e como ele procurou resolvê-los. Especialmente no Salmo 33 ele aponta alguns caminhos:

versículo 1 – “Exultai”. O

sal-mista convida os salvos a louvarem ao Senhor por sua fidelidade.

versículo 3 – “A palavra do

Se-nhor é reta”. Deus, em sua retidão, orienta o seu povo à verdade. A Bí-blia, como a Palavra de Deus, reflete também o caráter o de Deus.

versículo 8 – “Tema ao Senhor”.

Para que possamos honrar e adorar ao Senhor é preciso amá-lo de todo o coração e obedecer aos seus desígnios.

versículo 11 – Mesmo que a

his-tória mude, os costumes mudem, nós próprios mudemos, Deus não muda. Ele está no controle de todas as coisas.

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Avaliação do trimestre

Sugerimos que a avaliação seja dividida em três etapas, sendo uma a cada final de mês, incluindo as lições já estudadas naquele mês e, cumulativamente, à medida que o trimestre for se desenrolando. A ideia da avaliação é tão somente ajudar o avaliado a crescer no seu desempenho como cristão a partir dos co-nhecimentos adquiridos. Além do mais, com a avaliação, o próprio professor é ajudado, visto que pode conhecer melhor o seu trabalho e aperfeiçoá-lo.

CoNtEÚDoS APrESENtADoS No trimEStrE – Neste trimes-tre, os adolescentes estiveram frente a frente com a realidade poética e inspirado-ra dos salmos. Vários salmos foinspirado-ram estudados e eles tiveinspirado-ram uma visão geinspirado-ral do conteúdo, do valor, da mensagem, da teologia e da praticidade dos salmos e sua aplicação para os nossos dias.

PrimEirA AvALiAçÃo – Fazer uma avaliação por meio de questio-nário. Preparar cinco perguntas-chave das lições estudadas até este domingo, inclusive, entregar a cada aluno para responder. Lembrar-se que o tempo é curto e as respostas devem ser dadas no sistema de marcar opções predeterminadas. Lembrar-se de ter algumas canetas de reserva para quem não dispuser. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de abril.

SEGUNDA AvALiAçÃo – Solicitar a três alunos, escolhidos aleatoria-mente, mas com objetivo de haver maior representatividade da classe que, por cinco minutos, relatem para a turma o que aprenderam com os estudos no livros dos Salmos. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quinto domingo de maio.

tErCEirA AvALiAçÃo – Fazer perguntas sobre as lições do trimestre. Preparar uma pergunta-chave para cada lição estudada e escrever as respostas no seu gabarito pessoal. Fazer as perguntas aos adolescentes, direcionando uma para um adolescente em particular e outra para toda a classe, alternadamente. Em função do tempo, caso haja alguma dificuladade na reposta, oferecer ajuda ou, então, responder e passar para a pergunta seguinte. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de junho.

(32)

DCC – Visão geral

Durante o trimestre, os adolescentes vão estudar três assuntos bem interessantes.

Unidade 1 – firmes no mundo em crise 1º Domingo

2º Domingo Estudo 1

Reunião de planejamento

Uma visão equilibrada do sexo 3º Domingo Estudo 2 Drogas, nem morto

4º Domingo Estudo 3 Nem tudo que é lícito convém 5º Domingo Estudo 4 Se beber, não dirija

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta 6º Domingo Estudo 5 Conflito entre gerações 7º Domingo Estudo 6 Disciplina, eu quero

8º Domingo Estudo 7 Meus pais se separaram, e agora? 9º Domingo Estudo 8 Mãe, quero um iphone Unidade 3 – Seitas do nosso tempo

10º Domingo Estudo 9 Seitas e heresias: tô fora

11º Domingo Estudo 10 {A velha} nova era, o que tenho a ver com isso? 12º Domingo Estudo 11 A teologia da prosperidade

13o Domingo Estudo 12 Testemunhas de Jeová

ouem escreveu

Os planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial do DER e a professor Lúcia Cerqueira, Rio de Janeiro, RJ.

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Reunião de planejamento

As reuniões de planejamento nem

sempre são vistas com bons olhos. Alguns acham que seja uma perda de tempo. Outros não gostam de seu formato, classificando-as como monó-tonas. Mas, sem planejamento não se chega a lugar algum. É preciso plane-jar para que saibamos o que queremos, como queremos, aonde chegaremos e o que faremos para alcançar os resul-tados almejados.

REUniÃo DE PlanEJamEnTo Nossa sugestão é que o líder separe o primeiro domingo do trimestre para planejar com os adolescentes tudo o que vai acontecer ao longo do trimestre.

Prepare com antecedência algu-mas ideias de prograalgu-mas, datas, par-ticipações especiais, passeios, tudo o que está na pauta para a consecução dos objetivos propostos para o trimes-tre na União de adolescentes.

Caso haja uma diretoria dos pró-prios adolescentes, faça isso em co-mum acordo com ela para que no dia da reunião de planejamento haja uma harmonia entre o que está sendo proposto e a expectativa dos próprios adolescentes.

ComPonEnTES DE Um Bom PlanEJamEnTo

Vamos listar, pelo menos, cinco com-ponentes esseciais de um planejamento:

PlanEJaR É anTECiPaR RESUlTaDoS

1. Objetivos – Sem que se trace os objetivos a que se quer chegar, não se poderá mensurar se de fato os alcan-çou.

2. Tarefas – O que está no centro dos interesses dos adolescentes em re-alizar nesse momento de suas vidas e o que é mais importante dentro dos objetivos propostos.

3. Datas – Definir as datas em que as atividdes serão realizadas é de vital importância para que não haja qual-quer atropelo. Faça um calendário de atividades.

4. Responsabilidades – Delegue tarefas para os adolescentes, definindo quem vai estar cuidando de cada área para que tudo possa funcionar como o previsto.

5. Divulgação – “A promoção é a alma do negócio”. Sem divulgação perde-se, em muito, na atração do público-alvo para o que estamos pla-nejando. Não descuide desta área.

ConClUSÃo

É intessante conversar com a tur-ma e preparar um ótimo trimestre com as ideias que a sua revista prepa-rou com carinho e outras que você vai levar para a União. Consulte as sugestões apresentadas na “Agenda do trimestre”.

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plAno de estUdo 1

Uma visão equilibrada do sexo

oBJETivoS

• Construir uma visão bíblica sobre o sexo.

• Analisar pontos positivos e negativos na vida de alguns personagens bíblicos.

TÉCniCaS DE EnSino • Gincana bíblica;

• Chuva de ideias; • Técnica interrogativa.

maTERial DiDáTiCo • Marcador de livro com a frase: “Cui-de “Cui-de sua mente”;

• Quadro e giz ou quadro branco e caneta; • Cartazes para as ênfases especiais. DESEnvolvimEnTo Do ESTUDo

1. Gincana bíblica entre dois grupos: um grupo deverá encontrar exemplos bíblicos positivos sobre sexo, e o outro, exemplos bíblicos negativos.

2. Chuva de ideias – Pedir aos alunos que escrevam, no quadro, palavras que ve-nham à mente ao pensarem sobre o assun-to em estudo.

3. Usar cartazes com as ênfases espe-ciais, intercalando a apresentação do estu-do com perguntas.

4. Lançar a pergunta: a virgindade é válida nos dias de hoje? Ouvir as respostas com atenção e orientar seus alunos sobre exemplos positivos e negativos que a Bí-blia apresenta:

isaque e rebeca – Gênesis 24.58-67:

• Esperaram o momento certo; • Buscaram a aprovação de Deus.

josé – Gênesis 39.7-12:

• Soube ser íntegro;

• Resistiu a aparência externa; • Renunciou a confortos e regalias ofe-recidas;

• Não aceitou convites inadequados.

Um triste exemplo: Davi e Bate- Seba – 2Samuel 11.1,2:

• Cobiça por meio do olhar;

• Homicídio – Davi colocou Urias à frente da batalha;

• Consequências:

– Morte do filho (2Sm 12.15-18); – Incesto na família (2Sm 13); – Homicídios entre irmãos (2Sm 13.23-36).

5. Destacar os versículos de Mateus 6.22,23.

6. Ressaltar que o adolescente deve “cuidar” dos olhos, evitando revistas por-nográficas, filmes impróprios e situações ilícitas. Por meio dos olhos, as imagens são levadas à mente. Portanto, se lixo entrar, lixo sairá. No entanto, se a exem-plo de José, buscar a integridade perante Deus, nossos olhos serão luz para o corpo.

TaREfa SEmanal

Leia um bom livro esta semana. Dis-tribuir entre os alunos o marcador de li-vros: “Cuide de sua mente”.

Referências

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