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CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECHOL601CO
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DAM DW PkX Y SSED BY NASA STI FACIUTYq ESA - SDS
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(E85-10007 NASA-Cli-166559) HYPOTHESIS 014 N85-11420 _ THE ORIGIN OF LINEAMENTS IN THE LANDSAT AND
}' W^ STAR IMAGES OF PRECAMBRIAN SOIL IN THE LOW
f J CONTAS RIY.BH VALL.49 (SOUTHERN EAHIA) Unclas
(Instituto de p esguisas Espaciais, Sao dose) G3/43 00007
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Q1 G ^o ^ppr e ^y I' 1'1. Publica4a- o n4 2. Vers5o 3. Data 5. Distribuicao
INPE-3287-R,PE1467 Setembro,1986 q
Interna © Externa
4. Origem Programa
q Restrita
DSR RECSAT
6. Palavras chaves - selecionadas pelo(s) autor(es)
SENSORIAMENTO REMOTO SUL DA BAHIA
GEOLOGIA EETRUTURAL LINEAMENTOS
7. C.D.U.: 528.'/11.7:551.243.8 (814.2)
8. Titulo INPE-3287-RPE1467
lO. PSginas: 28
UMA HIPOTESE SOME A ORIGEM DOS LINEAMENTOS DAS
IMAGENS LANDSAT E SLAR NOS TERRENOS 11. 01tima p5gina: 21
PRE-CAMBRIANOS DO BAIXO VALE DO
12. Revisada por
RIO DE CONTAS(SUL DA BAHIA)
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IdrneYF{a
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9. Autoria
Chan Chiang Liu
Jose Eduardo Rodrigues 1
WaZdir Renato Paradella 13. Autorizada pot,
/
Assinatura respons5vel C' Nelson db Jesus da Diretor GeraZ 14'. Resumo/Notas0 exame das imagens LANDSAT a de radar (SLAR) do suZ do Bahia. reveta intvneras feipoes Zineares • que podem ser aarupadas em cinco sistemas conforme suas direoo`es: N65 0E, N70O W, N45o W,, N40 6 E a NS/N15 0E. Com base em suas expresso"es topograficas, seus padroes de distribui•Gao, espaoamento entre
Zineamentos individuais a seu reZacionamento nnituo,as sistemas N650E a N70aW, assim coma as sistemas N40 0B e N45 0 W, podem ser considerados como Bois pares de fraturas con,jugadas de cisaZhamento, sendo o primeiro o mais antigo a mos tra-se sempre cortado peZo outro. Os anguZos de con,juga pao modem 45 o a 8507
com bissetrizes em direpa"o aproximada E-W a NS, respectivamente. De acordo com a proposta de BadgZey sabre as angutos con,jugados de cisaZhamento, o pri
meiro par ac,ima citado deve ter sido causado par: (a) movimentos verticais,e
a bissetriz de seu anguZo con,jugado seria paraZeZa ao eixo de um sistema de dobras ou horsts; (b) compressao de direpao E-W, sob condipoes de pressao con finante a terrperaturas baixas (hip6tese maia provave2). 0 outro par conjugado
(N40 oE a N45 o W) deve estar reZacionado a movimentos horizontais,e a bissetriz de seu anguZo de con,jugagHo a paraZeZa a direpao de uma forte compressao de direpa"o N-S. Os Zineamentos do sistema NS/N15 0E, muito conspicuos nos imagens orbitais, cortam todos as outros sistemas a devem representar faZhas de empur rao geradas par um intenso esforoo compressionaZ de direaac EW. Assirri, pode ser considerada a existencia de, no minimo, tres estagios de atividade tecto
ABSTRACT
Examination
of
LANDSAT and SLAR images in southern Bahia reveals numerous linear features, which can be grouped in five sets, based on their trends: N65 0E, N700W, MO W, N40 0E and NS/N1SO E. Owing to their topographic expressions, distributive patterns, spacing between individual lineaments and their mutual relationships, thelineament sets
of
N650E and N700 W, as well as the sets of N400E andN450W, can be considered as two groups of conjugate-shear ,fractures and the former is older and is always cut by the'Zatter. Their conjugate-shear angles are 450 and 850 and their bisector lines are approximately in east-west and north-south directions,,respectively. According to BadgZey's argunentation on the conjugate-shear angles, the former conjugate-shear fractures would be caused by: (a) vertical movements, and the bisector of their conjugate angle would be parallel to the long axis
of
horsting or folding or (b) by a compressive force in the east-west direction and under a condictionof lore
confining pressure and temperature. Another conjugate pair (N450W and N400E)would be caused by horizontal movementsand the bisector
of
their conjugate-shear angle would be parallel to a strong compressional force in the north-south direction. The lineamentsof
NSIN15 0E trends, which are strongly exhibited by the images, cut and transverse all the former and would be a seriesof
thrusts caused by a strongcompressional force in the east-west direction. Consequently, it can be considered that the area of study would undergo at least three facies
of
the tectonic movements.a
:^ 4
^A^q.. r ^ 1NT1iN[IOHNI^^ ^6I^iD
- 222 -I SUMARIO
PSg.
LISTA DE FIGURAS ...
v
1. INTRODUCAO ...
1
,
2. NOMENCLATURA E DEFINICOES ... 2
3. AS IMAGENS LANDSAT E SLAR ...
3
4. INTERPRETACAO DAS IMAGENS ...
6
5. CLASSIFICACAO DOS LINEAMENTOS ...
8
6. INFERENCIA TECTQNICA E ESTRUTURAL DOS LINEAMENTOS ... 18
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ... 21
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77CEDIING PAGE BLANK NOT, FTMF.D _v_ FAGLjLiNTtNx(ONA1LU 81A@t I
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10 LISTA DE FIGURAS Pag.1.1 - Localizacao da a`rea estudada ... 02
3.1 - Geometria da iluminacao no sistema SLAR ... 05
3.2 - FormaGSo de sombras no sistema SLAR ,...t ... 06
5.1 - Mapa dos lineamentos extraidos das imagens MSS-LANDSAT ... 10
5.2 - Mapa dos lineamentos extraidos do mosaico de radar ... 11
5.3 - Mapa do sistema de lineamentos com "trend" N70OW ... 13
5.4 - Mapa do sistema de lineamentos com "trend" N650E ... 14
5.5 - Mapa do sistema de lineamentos com "trend" N45OW ... 15
5.6 - Mapa do sistema delineamentos com "trend" N400E ... 16
5,7 - Mapa do sistema de lineamentos com "trend" NS/1115°E ... 17
I . INTRODUCAO
Nos u"ltimos anos tem havido um consider"avel aumento no interesse pelo estudo dos lineamentos, em conexa"o com a demanda de no vos metodos de investigar,oes geolo"gicas a com o desenvolvimento tanto
i das tknicas de sensor,amento remoto quanto de id"eias sobre as fratu—
i
ras de a"mbito planet"ario.
A observaCao de diferentes tipos de imagens da superf
i
cie terrestre, obtidas a grandes altitudes por aeronaves ou espagona ves, permite aos ge"ologos uma visaao sin"otica de Qxtensas areas e a vi sualizagao de um grande n"umero de feiG"oes lineares. A vantagem do use de imagens de,grande altitude esta" ligada a` possibilidade de reconheci mento a an"alise do "fabric" estrutural de uma regiao, ou seja, dos sis temas dominantes de feicoes lineares, relacionados ao arcaboup tectoois
nico (Lee et alii, 1974). f'
Para a execuGao deste trabalho, foi escolhida uma "area
j ; de cerca de 3282 W, localizada no sul da Bahia a cortada pelo rio de
Contas e o seu principal tributa'rio, o rio Gongoji. Esta "area pode ser delimitada pelos paralelos 14 0 07' a 14 0 28' Sul a pelos meridianos 380
f((
57' a 39 044' Oeste (Figura 1.1).
l 0 objetivo deste estudo a mostrar que o sensoriamento re
moto pode permitir a definica"o a ana"lise das fei(;oes lineares naturais, ^y observadas com clareza nas imagens LANDSAT e SLAR dos terrenos,pr& cam
brianos do sul da Bahia, bem como a inferencia sobre a natureza das forgas tectonicas responsaveis pelos padroes estruturais regionais en contrados. ^) j I { a ' i e i #^
40° 30°
Fig. 1.1 - Localizagao da "area estudada.
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14` 154 14° 13^ N it 1
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i 2 -a ORIGMML JS OF POOR QUALITY 40° 30• 1 ..I-Para a realizagao dos trabalhos foram utilizadas as ima. gens INPE/LANDSAT-173207-120808-6 (Canal 6) a INPE/LANDSAT-17320 7
-120808-7 (canal 7) de 26/07/73, as quais apresentam azimute solar de 49 0 a angulo de elevacao solar de 39 0 , e o mosaico de radar do Proje to RADAMBRASIL correspondente a area escolhida (SD24-Y-B), todosem es Gala de 1:250.000.
Esta publicaCao pretende apenas divulgar os resultados fotointerpretativos obtidos sem confirmac g o de campo. Por isto, espe
ra-se que, no futuro, possa ser verificada a consistencia desseslinea mentos a determinados quais desvios nos . seus padro"es podem estar rela cionados com as variac6es litol6gicas do complexo pre-cambriano.
2. NOMENCLATURA E DEFINIQOES
No inicio deste s"eculo,o ge6logo norte-americano William Herbert Hobbs notou a associaCio entre as falhas verticais retilineas a as feiGoes topograficae tambem retilineas, propondo o termo Zineamen
FF
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bYi
- 3 .
to para as linhas do relevo que revelam a arquitetura oculta do embasa mento. Durante as decadas que se seguiram, muitas definicoes foram ela boradas a muitos termos adicionais foram erroneamente utilizados como sin'onimo de lineamento, tais como: linear, "trend" linear,lineaca`oifra
f tuna, traco de fratura, etc. Nao se deve esquccor que a confusao causa
da por esta proliferacao de termos tendeu 'a obscurecer a importa"ncia geologica dos lineamentos. Alk disso, os termos a definicoes adicio nais sa"o, com frequ"encia, vagos a contradit'orios, de forma que ee neces sa'rio discutir a terminologia a os conceitos antes do significado real
l' dos lineamentos fotointerpretados.
1 Nesta publicaca"o, as palavras Sinear a Zineamento sao usa
{ das conforme a definica"o adotada por Sabins (1978), o qual concorda in
S(
tegralmente com O'Leary et alii'(1976) que linear deve ser usado apenas
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como um adjetivo para descrever a forma de um objeto ou de um arranjode objetos alinhados. Feipao Zinear 6-um bom teft, informal, para des crever objetos quanto `a sua geometria, sem implicack genetica ou estru tural. A expressao Zine=ento "e definida por Sabins (1978) como uma fei cao linear topografica ou tonal, no terreno, foto ou mapa, que pode re presentar uma zona de fraqueza estrutural. As expressoes topograficas
dos
lineamentos sao as formas de relevo retilineas ou suavemente encur vadas (escarpas, limites entre terrenos diferentes, vales ou segmentos( de vales, rupturas em terrenos uniformes, etc.). Os lineamentos tonais
{ podem ser representados por limites retilineos entre unidades com con traste tonal
.
ou por uma faixa retilTnea inserida num terreno contrastan te.
3. AS TMAGENS LANDSAT E SLAR
A ampla cobertura das image-,s LANDSAT a dos mosaicos de radar permite aos geologos uma visao integrada de extensas areas a fa vorece a observacao das grandes feicoes geologicas. A maior ou menor fa cilidade de observaca"o dependera, entre outros fatores, do pr -ooprio ti po do terreno a de seu grau de erosao.
is
.i _a_
A direGa"o de varr•edura, o angulo de elevaGao e o azimute solares, para o sistema LANDSAT, e o angulo de incidencia e a direcao de luminaGao, no radar, sao parametros muito importantes para a extra Gao de informapoes geolo"gicas, principalmente nus casos em que as fei Goes geol"ogicps sao mais bem caracterizadas por sua expressao topogr"a_ fica. Isto se deve' ao fato de que os baixos angulos de iluminapao ten dem a real Gar os elementos topograficos pouco expressivos por meio do realce por sombreamento. Por outro lado, no caso de areas com relevo a centuado, uma iluminaCao com baixo angulo pode promover excessivo som breamento, ocultando alguns detaches.
9
A orbita fixa do-LANDSAT faz com que ele passe sobre o mesmo ponto da Terra em periodos constantes aproximadamente no mesmo ho , rario. Assim, embora o horario local nao varie entre inumeras passa
gens, angulos de elevaGao solar diversos fornecera"o iluminag go varia vel, conforme a epoca do ano. Essas mudancas sao devidasa— movimentacgo sazonal da Terra durante o ano.
0 azimute solar tambem varia com o tempo e a latitude.Di j
ferentes direc3es de iluminaCao solar provocam diferentes condiCUes de imageamento das feiGOes da superficie terrestre. Essesparametros podem influir na analise a interpretagao dos aspectos do relevo, em especial dos lineamentos com expressao topografica. Cabe destacar ainda que os
lineamentos com direG"oes proximas a do azimute solar sao menos destaca } dos no sistema LANDSAT, devido ao menor realce por sombreamento. Deste
modo, a observaGao de imagens obtidas sob azimutes de iluminagaao dife rentes a recomendada para minimizar esta deficiencia. Cuidados adicio nais devem ser tomados em relack as fe.igoes lineares com direGao seme lhante a` da varredura do LANDSAT (N81W), uma vez que podem ser mascara das pelas Iinhas de ruido que normalmente surgem durante o imageamento.
• tl
Conforme foi dito anteriormente, o sistema de radar pro
ve" sua pr"opria iluminaGao, paralelamente a direGao de varredura,Ocorre .I ra sombreamento quando o declive posterior das encostas for mais abrup
to que o angulo de depressao do radar. 0 SLAB apresenta continua varia
ORIGINl1L C^„ :;; " 5
OF POOR1Q iil Il'V,
eao no angulo de incide"ncia ao longo uma linha de varredura sendo maior na posicao proximal a diminuindo progressivamente em direcao "a posica"o distal (Figura 3.1). Este sistema imageia o terreno em angulos de inci dee"ncia (ou depressa"o) relativamente baixos a fornece um sombreamento com caracteristicas analogas as"s do LANDSAT. Contudo, pela variacao do angulo de deprctsao, inerente ao sistema, esse sombreamento tendea ser mais acentuado na porcaaao distal que na proximal da imagem(Figura 3.2). 1 Desta forma, um terreno homogeneamente entalhado exibe sombreamento
mais intenso na porcao distal da faixa imageada, dando a falsa id"eia de maiores desniveis topograficos. E de particular importa"ncia para o geo
logo o conhecimento das feicoes paralelas `a linha de vo"o serem melhor definidas pelo SLAR q w as paralelas as linhas de varredura,posto que aquelas sao mais bem realcadas pelo sombreamento. Na a"rea deste estudo, a cobertura do SLAR foi feita com direcao N-S de iluminacao, de forma que os lineamentos com essa direcao sao melhor observados nas imagens. LANDSAT que nas dos mosaicos de radar.,
Yd :
Angulo de depress"oo distal = 15° Yp •,^nguto de depressao proximal=,500Tp
Fig. 3.1 - Geometria da iluminacao no sistema SLAR.
i
.l OF POOR QUALI'"
PORCAO PORCAO
DISTAL PROXIMAL
'Fig. 3,2 - Formaeao de sombras no sistema SLAR.
Por fim, a resolueao espacial das imagens tamb"em exerce um papel.importante na detecea"o das feieoes Iineares. 0 termo resolueao
espaeiaZ, utilizado em Sensoriamento Remoto, 'e definido comoa capacida
de de distinguir, numa foto ou imagem,objetospouco distanciados(Sabins, 1978) ou, em outras palavras, a resolueao espacial de um sistema g o mi
nimo espapmsnto com que duas barras paralelas podem ser. distinguidas na foto ou imagem (Col vocoresses, 1972). A resolueao espacial do LANDSAT "
e pequena, uma vez que seu campo-de-visada instants-nea (elemento de .-.na
gem ou "pixel") a de 79 x 79 m no terreno. Por out g o lado, a resolueao espacial do radar "e de apenas 25 m no terreno. Assim a esperado que al
guns detalhes observados nas imagens SLAR nao possa.m ser definidos nas imagens LANDSAT.
4. INTERPRETACAO DAS IMAGENS
Para o estudo das imagens LANDSAT e SLAR foi adotado um procedimento operational baseado essencialmente nas te'cnicas de fotoin
terpretaeao visual. 0 processo usado ha" Longo tempo na interpretaeao de fotos.a"ereas a igualmente aplicavel as imagens LANDSAT ou SLAR a dese n
volve-se em duas etapas. A primeira trata da identificaeao das feieoes
r: ri .t MV h m Mt ^^% i
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-7-^; nas imagens, ac,6mpanhada pelo reconhecimento dos elementos destas. A
C' tv'agunda etapa envolve processos dedutivos a indutivos de combinacao des ses elementos em termos de seu significado geologico. Esta etapa 'e es sencial e, atraves dela, estabelece-se o contexto geol"ogico da area es tudada.
ti Os aspectos relevantes em Sensoriamento Remoto incluem:
a) aspectos espectrais, os quais servem para enfatizar contrastesna re
i
flecta-ncia, ou seja, para avaliar as variac"oes dos niveis de cinza de g • uma imagem, podendo levar a diferenciaca"o dos materiais da superficie; i b) asp ectos espaciais, que informam sobre as caracteristicas geom"orfi ';. cas, cs padr"oes a as texturas dos terrenos a sao aplic-aveis a identifi cacao pie lineamentos naturais; c) aspectos temporais, que refletem as mudancas sazonais do clima a da iluminacao (incluindo as variacoes do .
angulo de iluminacao a azimute solares) e, consequentemente, permi'tem diferentes visoes do terreno, auxiliando tanto a diferenciacao da lito logia quanto dos lineamentos. Tendo em vista que as estruturas geol"ogi cas revelam-se principalmente atrav"es das caracteristicas geomorficas dos'padroes a das texturas dos terrenos, dois aspectos devem ser cons i
derados na analise de imagens LANDSAT. Primeiro, que a analise das ca racteristicas multiespectrais pouca contribuicao trara ao estudo de li neementos, porque os contrastes tonais podem ocultar ou, ao menos, in i
bir a expressao da topografia. Segundo, que o realce por sombreamento e" o fator mail importante na fotointerpretaG g o de lineamentos. Uma el e
vaOD solar a um azimute de iluminacao adegwados tenderio a.realcar as formas do relevo, melhorando a visualizacao dos 'lineamentos naturais.
Na area tratada neste trabalho, a iluminacao solar ati n
ge o alvo em a"ngulos de 35 0 a 55 0 em julho a dezembro,respectivamente. Por outro lado, para obter o melhor realce da topografia, em regioes de relevo moderado, a elevacao solar otima situa-se em torno dos 25 0 , por
tanto inferior ao minima possivel encontrada na area estudada.
Outro problema a ser considerado "e a cobertura de nuvens que pode ocorrer nas imagens LANDSAT. No sul da Bahia, infelizmente,as
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•
4
e .
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-S-inu-meras imagens obtidos desde 1972 mostram quase sempre altas porcen tagens de nuvens, o que dificulta a tarefa de obter uma imagem que t o
nha simultaneamente boa qualidade radiom-0trica, pequena cobertura de nu
vens a a-ngulo de elevag"ao solar suficientemente baixo.
Procurando cumprir esses requisitos, foi selecionada uma imagem da "epoca do inverno que apresenta azimute a angulo de elevaga"o solar de 49 0 a 39 0 , respectivamente. Assim, os lineamentos entre NS e
N15 0 E ficam bem realgados, ao contr`ario do que ocorre no SLAR, onde es
ses lineamentos s"ao menos conspicuos em virtude da direg-ao de ilumina gao NS do sistema.
Alguns tipos de tendencia a erros devem ser considerados quando se trata de interpretaga-o visual de . imagens. Os erros pessoais sa-o minimizados quando as imagens sa"o interpretadas duas vezes, em epo cas diferentes, e a extragao dos lineamentos nas imagens LANDSAT a SLAR, conduzida de forma independence, com posterior correlaga"o a compensack entre os dados de cada uma dessas fontes,compondo um mapa u`nico. A geo metria do imageamento tambem influi no resultado do processo de ident i
ficaga"o de feign"es lineares naturais. 0 LANDSAT tem diregoesde varred u
ra a de iluminagao diferentes, havendo portanto duastendencias direcio
nais de erro. Ja no :>LAR, essas duas direg"oes sao iguais, havendo por
tanto s -o uma tende-ncia direcional ao erro. Esses erros podem ser mini
mizados por meio de extragao a exame cuidadosos das informag"oes a por cautelosa correlaga"o entre os dados obtidos a partir de cada uma dessas fontes.
S. CLASSIFICACAO DOS LIMEAMENTOS
. Numerosos trabalhos tem focalizado a classificagao de l i
neamentos e•dado sugestoes no sentido de que estasclassificagoes sejam baseadas em crit"erios tais como a suposta origem, o tipo de expressao no terreno ou o tamanho dos lineamentos. A classificagao com base na su posta origem dessas feig"oes lineares "e extremamente dificil e restriti
F
a
=9-chas cristalinas forte a complexamente deformadas. Alguns autores agr:i pam os lineamentos com base na sua expressao geomorPica. Esta classifi cacao "e complexa, incompleta a pouco pratica, uma vez que uma fei^ao O near pode ser expressa por uma variada gama de formas topogra"ficas (escarpas, cr •istais, vales, etc.) a porque um mesmo tipo de feigFo geo miirfica pode ser gerado por feniimenos geologicos tao destintos quanto, por exemplo, uma falha a uma erosao diferencial. A classificapao basea
da no comprimento dos lineamentos
a
amplamente difundida na literatura, mas igualmente deficiente. Ao contrario das feic"oes lineares mail conspicuas, a definigao do comprimento dos lineamentos mais sutis pode ser um tanto diferente para diferentes fotointe'rpretes. A1em disso, confor
me a escala a as condip3es do terreno, um lineamento pode se mostrar continuo ou segmentado. Assim, uma opiniao mais pratica a facile menos ,,estritiva a adotar uma classificapao baseada na direpao dos lineame n
tos, :,ma vez que, embora o detalhamento possa variar com a maior ou me
nor experie"ncia do fotointerprete, todos eles observam certamente os mesmos "trends" de lineamentos, localizados ou de ambito regional. Nes to trabalho a adotada a classificac6o baseada principalmente neste cr i
•terio, ou seja, na expressao topografica a no relacionamento espacial entre os lineamentos.
A Figura 5.1 mostra os lineamentos extraidos dos canais 6 e 7 do MSS-LANDSAT, enquanto a Figura 5.2 mostra os lineamentos e x
traidos do mosaico de radar.
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-As Figuras 5.3.e 5.4 mostram os lineamentos dos sistemas
com direc5es N70 O W a N65 0 E, respectivamente, que foram transferidos da
Figura 5.2 para essas a haviam sido extraidos exclusivamente das ima
gens de radar. Estes dois sistemas tem suas raracteristicas pr6prias, tais como o fato de representarem felc3es lineares estreitas, curtas e pouco marcantes, as quais sao sempre cortadas pelos outros sistemas de lineamentos mais possantes.
sistemas Figuras rgos, ton N70 o W e As Figuras 5.5 a 5.6 mostram os lineamentos dos
N45 0 W a N400 E, respect ivamente, a foram obtidas a partir das
5.1 a 5.2. Estes sistema; sao constituidos por lineamentos la gos a conspicuos, que interceptam os lineamentos dos sistemas
N650 E, mas sao cortados pelos elementos do sistema NS/N150E.
A Figura 5.7 apresenta o sistema de lineamentos NS/N150E .e tambe"m foi obtida a partir das Figuras 5.1 a 5.2. Estes lineamentos
s"ao os maiores a mais nitidos de toda a area a seccionam os demais sis j temas. .ai ^R ' dw 4 I i
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18-6. INFERENCIA TECT6NItA E ESTRUTURAL DOS LINEAMENTOS
Muitos pesquisadores tem estudado a magnitude dosa'ngulos conjugados de cisalhamento em relaeao aos movimentos tect6nicos que os geraram. De acordo com a relaeao dos esforeos, estabelecida por Mohr, o angulo entre os planos de cisalhamento "e um pouco menor que 90 0 e sua bissetriz "e o eixo do ma"ximo esforeo compressivo. Segundo Billings (1954), quando uma rocha a submetida a uma compressao progressivamente crescente, ocorrera um par conjugado de fraturas de ci sal hamento, com c angulo de conjugaeao sempre menor que 90 0 (em geral da ordem de 600),
I cuja bissetriz "e a forea compressiva. Hills (1963) tambe"m afirmou que
se uma substancia for submetida a compressa"o, formar-se- g o duas fratu ras complementares de cisalhamento sob um angulo inferior aos 900,cuja bissetriz e o eixo de compressao. Com relaeao aos a'ngulos de conjugaeao menores, Badgley (1965) citou: "Muitos pares de fraturas com pequeno as"n gulo de conjugaeao t6m sido observados no campo. Al guns ge"ologos tendem a interpretar tais padroes como resultado de compressao horizontal,con siderando que atualmente tais padroes s"ao produzidos,provavelmente,por movimentaeao vertical de blocos. Nesse caso, a bissetriz do pequeno an gulo de conjugaeao "e paralela ao eixo de um sistema de "horsts" ou de
s um dobramento". Handin a Hunger (Badgley, 1965) efetuaram experimentos
sobre as modificae6es no valor do angulo de conjugaeao relacionadas a 1 mudaneas na pressao confinante, na temperatura a na pr"opria forea de
compressao. Desses experimentos ficou claro que: (a) quando a temperatuy
ra " constante e a pressao confinante e a compressao aumentam, o angulo de conjugaeao aumenta de 28 0 ate 60 0 ; (b) o mesmo ocorre quando a pres sao confinante e a compressao permanecem constantes e a temperatura au menta; (c) o a-ngulo de conjugaeao aumenta progressiva de 28 0 ate 640 quando a temperatura, a pressao confinante e a forea de compressaaao au
mentam. 1
Com base nos principios expostos neste trabalho,podem-se considerar os lineamentos dos sistemas N70 O W a N65 0 E como um par conju
gado de fraturas de cisalhamento. Esses lineamentos distribuem-se mais
-ou menos homogeneamente por toda a area estudada (Figural 5.3 a 5.4,res
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pectivamente) a"exibem comprimentos entre 1 e 2,5 km. Eles podem ser considerados como os lineamentos mais antigos da area a talvez repre it sentem as direq"oes estruturais herdadas dos eventos tectonicos mais ve lhos. 0 angulo de conjugac -ao deste par a de 45°, com bissetri'z em dire cao E-W (Figura 6.1a). Com relac"ao ao valor deste Snguio, duas conside raG es podem ser feitas. Primeira, que este par de lineamentos tenha s i
do causado por movim°ntos verticais. Os sistemas de falhas a dobra5 pa
ralelas ao eixo da compressao (E-W) teriam sido mascarados pela evol u
ca"o,posterior do tectonismo e, em virtude do alto grau d e. metamorfismo e recristalizaca"o, as fraturas de cisalhamento teriam sido transforma das em foliacao (xistosidade ou bandamento). Contudo, a dificil expli car o desaparecimento das grandes estruturas, tais como as dobras ou os "horts" a suas falhas limitantes, diante da sobrevive"ncia do cisalhame n
to menor a subordinado. A segunda consideracaaao ee que os lineamentos
f? N70°W a N65 0 E tenham sido causados por uma compressao E-W, sob condi
Gees de pressFo confinante a temperatura baixas. Esta parece a altern a
tiva mais l `ogica a mais provavdl.
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-Os lineamentos N45 OW a N40 0 E podem tambe"m ser considera
dos como um par de fraturas conjugadas de cisalhamento. Eles tem compri mento me'dio da ordem de 4 km a concertram-se na poro5o mais pr -oxima ao litoral (Figuras 5.5 a 5.6), sendo menos frequentes no interior. Como j -a foi citado anteriormente, estes lineamentos s5o macs jovens que os sistemas N70 O W a N65 0 E. Seu angulo de conjugaea"o "e de 85 0 , com bisse triz em direca"o N-S (Figul •a 6.1b).
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1Tcito pensar que estes lineamen tos foram gerados por uma torte compressa-o de direc5o aproximada NS.Devido `a sua distribuica"o heterogenea, eles devem ter sido formados por atividade mais ou menos localizada, numa determinada fase do tectonismo regional.
Os lineamentos do sistema NS/N15 0 E .sao bastante nitidos nas imagens LANDSAT, aparecendo sob a forma de vales a encostas muito incisos, retilineos ou suavemente encurvados, com comprimento medio maior que 200 km a distribuic50 homoge-nea por toda a 5rea. Podem ser interpretados como as estruturas mais jovens entre todos osIineamentos detectados nas imagens. Representam, provavelmente, uma seric de falhas de empurr5o de extens5o regional, causadas por uma forca compressiva muito forte que teria agido de leste para oeste (Figura 6.1c)
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