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Academic year: 2021

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Prefácio ... 11

Introdução ... 15

1. As mulheres e o cabelo: um caso de amor eterno .... 19

2. O eflúvio telógeno ... 23

3. Distúrbios alimentares e queda de cabelo ... 51

4. A alopecia androgenética ... 59

5. Problemas hormonais e calvície ... 75

6. Distúrbios emocionais e calvície ... 85

7. Tipos comuns de alopecia ... 91

8. Problemas capilares relacionados com a estética ... 97

9. Cuidados com os cabelos ... 109

Sites interessantes ... 125

Sumário

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leitura de É outono para os meus cabelos recupera o verdadeiro exercício da prática médica, numa abor-dagem que mostra a clínica viva e a importância da relação médico–paciente. Além disso, este livro representa o esfor-ço de um médico dermatologista em recuperar a unidade es-sencial da disciplina médica, apoiada no seguinte fio con-dutor: a arte de tratar. Ao relacionar a queda das folhas no outono com a queda dos cabelos da mulher, sugere não ape-nas a queda dos cabelos, mas também a naturalidade de um ciclo de vida.

O cabelo parece um tema banal à primeira vista, mas na verdade é a parte do corpo que concentra as principais relações de amor e ódio. A cultura do “cabelo bom” tomou conta da sociedade de tal forma que o ideal são cabelos lon-gos, cheios, lisos e que balancem ao vento como nos co-merciais de TV.

Em contrapartida, o “cabelo ruim” é a característica física mais funcional para a discriminação. Desde

peque-Prefácio

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A D E M I R C A R V A L H O L E I T E J Ú N I O R

nos, ouvimos dizer que alguém tinha o “cabelo ruim”, e “ruim” é sinônimo de feio. Assim, os cabelos também re-presentam um adorno sexual importante. Na história da humanidade, o homem sempre se preocupou com os cabe-los, tanto que hoje eles são alvo de estudos religiosos, mi-tológicos, culturais e científicos. Portanto, toda alteração que afete os cabelos ou o couro cabeludo de uma pessoa certamente causa um impacto importante sobre sua auto-estima e sua personalidade, como mostra muito bem o autor.

Esta obra é surpreendente e de conteúdo encantador, mantém o leitor atento até seu desfecho. Ao mesmo tempo em que nos ensina sobre a problemática dos cabelos e suas doenças, relaciona-os com a vida emocional dos pacientes; modelo que ultrapassa os paradigmas de apresentações de casos em reuniões clínicas.

Durante a leitura do livro, lembrei-me de uma antiga fábula, intitulada “O mercador e o papagaio”, que fala sobre a necessidade de buscar a explicação para o drama da perda dos cabelos.

Um mercador oriental possuía um papagaio. Um dia, o pa-pagaio derrubou um frasco de óleo. O mercador ficou fu-rioso e bateu na parte traseira da cabeça do papagaio. Daí em diante, o papagaio, que antes parecia ser muito inteli-gente, não pôde mais falar, e, além disso, perdeu as penas da cabeça e ficou calvo. Um dia, ele estava sentado no es-tabelecimento do seu mestre, quando um freguês calvo en-trou na loja. Ao olhar o homem, o papagaio ficou muito animado e batendo as asas, grasnou e para o espanto de todos, recuperou a habilidade de falar e disse: “Você

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bém derrubou um frasco de óleo e levou um golpe na parte traseira da cabeça e por isso perdeu todos os cabelos?”*

Esta é uma obra para aprender e ensinar a buscar o porquê de aquele sintoma tão indesejável e atormentador surgir em um momento de fragilidade, destruindo a imagem que tanto nos preocupa.

Marlene Monteiro da Silva

Psicóloga, psicanalista, especialista em psicologia hospitalar. Psicóloga da divisão de psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (ICHC) e do Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo do ICHCe da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Responsável pelo Serviço de Cirurgia da Obesidade Mórbida doICHC. Coordenadora do curso de especialização em Distúrbios Alimentares e Obesidade da Divisão de Psicologia do ICHC

e do Centro de Estudos em Psicologia da Saúde (CEPSIC). Professora do Instituto de Pesquisa Capacitação Especialização (IPCE). 13

É O U T O N O PA R A O S M E U S C A B E LO S

* PESESCHKIAN, Nossrat. O mercador e o papagaio: histórias

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pós ter escrito um livro sobre síndrome dos ovários policísticos e outro sobre calvície, eu queria seguir um rumo diferente: deixar os temas médicos de lado e enfren-tar de vez um pedido interno: dedicar-me aos romances. Pos-so dizer até que já venho me arriscando, escrevendo textos mais curtos e crônicas.

Um dia, porém, uma de minhas pacientes perguntou por que eu não escrevia sobre a queda de cabelos em mulhe-res. Afinal, trata-se de um problema que muitas enfrentam, e não há livros acessíveis sobre o tema.

A pergunta mexeu comigo. Minha facilidade para es-crever sobre temas médicos ajudaria e eu poderia utilizar a experiência clínica para contar histórias sobre mulheres que perdem cabelos. Eu mesclaria casos reais com conhecimen-tos técnicos que esclarecessem e ajudassem aquelas que so-frem do problema.

Com o tempo, e revendo algumas fichas de pacientes, comecei a selecioná-las. Liguei para cada uma delas e pedi

Introdução

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A D E M I R C A R V A L H O L E I T E J Ú N I O R

permissão para contar suas histórias, sem divulgar nome, atividade profissional ou outra informação que pudesse re-velar sua identidade. Algumas preferiram não aceitar – von-tade que acatei de imediato –, mas muitas se sentiram felizes em colaborar. Para outras, servir de exemplo foi uma honra, já que conheciam meu trabalho, haviam lido meus livros e acreditavam que a iniciativa poderia ser muito proveitosa.

Em verdade, posso afirmar que a maioria delas me in-centivou, e devo agradecer a quem plantou essa idéia em mi-nha vida e a quem me deu forças para fazer deste livro uma realidade.

De história em história, procurei abrodar os problemas mais comuns relacionados com a queda de cabelos. Pincelei cada capítulo com informações sobre patologias, exames, tra-tamentos, causas e dados de pesquisas clínicas.

O resultado apareceu lentamente, de forma bastante cadenciada. Falar sobre queda de cabelos em mulheres exi-ge delicadeza e pureza de alma que não precisei utilizar para escrever sobre calvície masculina. Foi realmente mais difícil. Conforme o texto tomava corpo e se aproximava do planejado, percebi que precisava de um nome para ele – algo que o afastasse de um simples “livro de histórias” sobre a queda capilar feminina. Olhei pela janela do meu consultó-rio. O dia estava maravilhosamente iluminado pelo sol, po-rém com temperaturas mais amenas, agradáveis. Enquanto algumas pessoas passavam pela rua, algo me chamou a atenção. Uma lufada de vento levantou diversas folhas de uma árvore. Muitas delas se desprenderam dos galhos e foram levadas com o vento; caíam com facilidade. Era ou-tono, época da queda das folhas. Outono também é o

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ríodo do ano em que, coincidentemente, as mulheres mais perdem cabelos. Naquele dia batizei o livro que você tem em mãos: É outono para os meus cabelos.

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