• Nenhum resultado encontrado

EMPRESA JÚNIOR UMA OPÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EMPRESA JÚNIOR UMA OPÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

EMPRESA JÚNIOR

UMA OPÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

Nilson V. Fernandes – dem_feng@pucrs.br Marcelo L. Cantele – dem_feng@pucrs.br

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Mecânica e Mecatrônica da Faculdade de Engenharia

Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 30, sala 169 90619-900 PORTO ALEGRE-RS

Resumo. Apresenta-se neste trabalho uma maneira atual de viabilizar a prestação de serviços pela Universidade junto à comunidade, através da atuação da Empresa Júnior, cujo objetivo é desenvolver no estudante o espírito empreendedor e integrá-lo ao mercado de trabalho, incentivando sua participação na administração, em projetos e na prestação de serviços. Demonstra-se os reais objetivos de uma empresa júnior e sua estruturação, utilizando como exemplo a ENGEPUC Jr., empresa criada por alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação da PUCRS, administrada por alunos e orientada pelos professores envolvidos que são responsáveis técnicos pelos projetos. Palavras-chave: Empresa Junior, Empreendedorismo, Conhecimento

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho mostra-se a criação de uma empresa Júnior, através da iniciativa dos estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação da PUCRS.

Empresa Júnior é uma associação civil, sem fins lucrativos, constituída por alunos de graduação de estabelecimentos de ensino superior, que presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e sociedade em geral nas suas áreas de atuação, sob supervisão de professores e profissionais especializados.

A Empresa Júnior está ligada à Universidade, porém possui a natureza de uma empresa real, com diretoria executiva, conselho deliberativo, estatuto e regimentos próprios, com uma gestão autônoma em relação à Diretoria da Faculdade, Centro Acadêmico ou qualquer outra entidade acadêmica. Além disso, pode oferecer espaço para outros tipos de atividades com os mesmos objetivos relacionados à formação do aluno, como: seminários, palestras, grupos de estudos e outras idéias inovadoras que representam um enriquecimento para a formação do acadêmico.

2. HISTÓRICO

Em 1967, um grupo de estudantes do ESSEC Business School, em Paris, decidiu criar uma associação. Seu objetivo: pesquisa de mercado e investigações comerciais a preços baixos. Nasceu a primeira Empresa Júnior. No Brasil, a idéia surgiu em São Paulo, na Câmara de Comércio franco-brasileiro. As primeiras Empresas Juniores começaram a surgir no final de 1988, com as empresas juniores da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Hoje existem, aproximadamente, 200 empresas em todo o país.

3. OBJETIVOS

• Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor do estudante. • Proporcionar ao estudante a aplicação prática de conhecimentos teóricos.

(2)

• Intensificar o relacionamento Empresa-Escola.

• Facilitar o ingresso dos futuros profissionais no mercado

• Colocar o estudante em contato direto com o seu mercado de trabalho.

• Contribuir com a sociedade, através de prestação de serviços de um trabalho de qualidade a preços acessíveis.

• Enaltecer a instituição de ensino como um todo no mercado de trabalho.

• Estabelecer um elo de ligação entre a educação acadêmica e as mais diferentes tecnologias.

4. ENGEPUC JR.

A crescente necessidade de experiência prática do acadêmico, o seu tardio ingresso no mercado de trabalho, unidos à falta de tempo extra dos estudantes de Engenharia a grande distância da integração entre Universidade e Empresa, levaram os estudantes de Engenharia de Controle e Automação da PUC–RS a criar uma Empresa Júnior de Engenharia de Controle e Automação (EngePuc Jr.), para tentar possibilitar ao acadêmico deste curso a obter experiência ímpar de comandar uma empresa, criar projetos, aproximar-se do seu futuro trabalho, bem como possibilitar às empresas com escassez de recursos um atendimento frente às suas necessidades, com alto padrão de qualidade e tecnologia.

5. MISSÃO

Nossa missão é integrar os acadêmicos do curso de Engenharia de Controle e Automação ao mercado de trabalho unindo professores, alunos e profissionais da área, para a obtenção de experiência na prestação de serviços tecnológicos de alta qualidade, contribuindo desta maneira para a prosperidade de nossa nação e o bem estar da sociedade.

6. DIFICULDADES

Por ser uma novidade para a Universidade, o fato de criar-se uma Empresa dentro do seu estabelecimento era um fato até o presente momento bastante inovador e envolvia muitas tratativas administrativas. Mas após grande insistência por parte dos estudantes interessados na implementação deste empreendimento a Direção da Universidade concordou em examinar uma proposta de implementação.

Esta proposta baseava-se em uma situação real de um projeto de adaptação de uma máquina furadeira, construída em 1952, que se encontrava desativada e ultrapassada tecnologicamente, transformando-a em uma máquina educacional na qual os estudantes do curso poderiam agregar maior conhecimento sobre o processo de funcionamento eletro-mecânico e visualizar a aplicação de controles de posição e movimento. Desta forma, tiveram oportunidade de inovar e dar margem à criatividade, características tão necessárias ao estudante moderno.

7. ESTRUTURA FUNCIONAL

A EngePuc Jr. é composta de um Conselho Administrativo no qual fazem parte professores, profissionais e estudantes já graduados. Constituído também de 7 Diretorias que são: o Diretor Presidente, Diretor Administrativo, Diretor de Marketing, Diretor de Qualidade, Diretor Financeiro, Diretor de Recursos Humanos e Diretor de Desenvolvimento. Para a operacionalização dos projetos foram criados Grupos de

(3)

Trabalho que compõem-se de 1 Líder de Projeto e 3 auxiliares, possuem também Trainees e por fim os Membros Associados.

A Figura abaixo mostra o organograma geral da EngePUC.

Figura 01 – Organograma da Empresa Júnior

DIRETOR

PRESIDENTE

DIRETOR

ADMINISTRATIVO

DIRETOR DE

MARKETING

DIRETOR DE

QUALIDADE

DIRETOR

FINANCEIRO

DIRETOR DE

REC. HUM.

DIRETOR DE

DESENVOLVIMENTO

CONSELHO

ADMINISTRATIVO

(4)

8. VIABILIDADE DA EMPRESA JÚNIOR

Para estudo da viabilidade da empresa júnior traçaremos um paralelo para a resolução do projeto acima descrito entre a EngePuc e uma empresa do mercado que realize o mesmo serviço. Observaremos seus custos e metodologia de implementação da funcionalidade e eficiência da empresa, respeitando os prazos e orçamentos estabelecidos previamente.

9. DESCRIÇÃO DO PROJETO

O projeto consistia na elaboração de um plano cronológico e implementação da atualização de uma máquina furadeira de coordenadas, mecanicamente viável, porém com defasagem tecnológica no ponto de vista eletro-eletrônico, de acionamentos e de controle dimensional.

As etapas do projeto resumiram-se nas seguintes abordagens: • Desmontagem elétrica

• Desmontagem mecânica • Elaboração da lista de material • Limpeza e lubrificação

• Projeto elétrico (quadro de comando, controle de velocidade da mesa, controle de velocidade do motor principal, controle de posição das mesas, etc.)

• Montagem mecânica • Montagem elétrica • Testes finais

• Avaliação dos objetivos alcançados

O tempo disponível para fazer o serviço foi estimado pela direção em 1 mês. A figura abaixo mostra o equipamento onde foi desenvolvido o projeto.

Figura 02 – Furadeira de coordenadas

10. MONTAGEM DA EQUIPE

A equipe de desenvolvimento foi composta por 4 formandos, que utilizaram este projeto para seus trabalhos de conclusão do curso, um coordenador do projeto(Diretor de Projeto) e 2 professores coordenadores.

(5)

11. ORÇAMENTOS

A orçamentação baseou-se em alguns aspectos para comparação: • Número de Horas Utilizadas

• Custo de Pessoal

• Custo do Material Elétrico • Custo do Material Mecânico • Custo do Material de Apoio • Custo de Transporte • Custo de Alimentação • Impostos

• Custo Administrativo para realização do Trabalho

Descrição do Custo Empresa EngePuc

Número de pessoas 5 4

Número de horas utilizadas 400 horas 300 horas

Custo de pessoal R$ 700,00 R$ 400,00

Custo dos serviços elétrico R$ 900,00 R$ 650,00 Custo dos serviços mecânico R$ 400,00 R$ 200,00 Custo do material de apoio R$ 50,00 R$ 10,00

Custo de transporte R$ 70,00

-Custo de alimentação R$ 150,00

-Custo administrativo para realização do trabalho

R$ 100,00 R$ 30,00

Impostos R$ 650,00

-TOTAL R$ 3020,00 R$ 1290,00

Tabela 1 – Descrição do custo do projeto 12. EXECUÇÃO

O projeto foi executado no tempo estimado de 2 semanas, aproximadamente 300 horas, distribuídas entre 4 pessoas realizando os mais diversos trabalhos. A desmontagem da máquina demorou aproximadamente 40 horas, a limpeza e lubrificação 3 horas. A parte que mais demandou tempo foi a parte de projetos, com 200 horas. Terminadas estas etapas, já com o material necessário, iniciou-se a montagem que se realizou em 50 horas. Além disso, foram usadas 7 horas para testes e ajustes.

13. CONCLUSÃO

Entende-se que projetos como estes são de extrema importância, pois interrelacionam de uma forma prática e criativa ensino e a aprendizagem, oportunizando trocas de informação, trabalho em grupo, desenvolvimento de novas tecnologias e a aplicação imediata da multidisciplinaridade. No caso presente, além destes fatos, oportunizam-se a utilização de um dispositivo obsoleto que, integrada a novas concepções, pôde ser utilizado de maneira prática.

(6)

14. REFERÊNCIAS

- MATOS, Franco, Livro Empresa Junior no Brasil e no Mundo, 1997. - EMJEL – Empresa Junior de Assessora eletro-eletrônica, Curitiba, 1998. - UNICAMP, Revista Informativa, 1998.

- UFSC, Automação Jr., Empresa Junior da Engenharia de Controle e Automação, 1998.

- Revista Provão, n.o 4, Brasília, 1999.

Referências

Documentos relacionados

Na tentativa de avaliar a confiabilidade das medidas lineares realizadas em radiografias panorâmicas, comparando-as com imagens obtidas por meio de TC, Nishikawa et al., 2010

Leite 2005 avaliou duas hipóteses: a diferentes tempos de condicionamento com AFL não influenciariam nos valores de resistência de união entre uma cerâmica e um cimento resinoso; b

A revisão das produções sobre matriciamento em saúde mental apontou os seguintes eixos: dificuldades na articulação da rede de cuidados e fatores que dificultam o desenvolvimento

O presente estudo tem como objetivo avaliar se o uso de um munhão personalizado é capaz de facilitar a remoção do excesso de cimento após a cimentação de

Não só o crack, mas também as drogas de modo geral, e incluem-se aqui também as chamadas drogas lícitas tais como álcool e tabaco, são considerados um

Nos Estados Unidos da América EUA, elas representam cerca de 133 milhões, as quais contribuem para 7 a 10% da mortalidade a cada ano, resultam num gasto dispendido para a saúde de

Para modelação e ajuste do viés arbitral foi usado regressão logística binária sendo “audiência” (público no estádio) e taxa de ocupação, posse de

A operacionalização da implantação do apoio matricial às equipes de Saúde da Família, segundo Relatório do Planejamento da Gestão atual da Saúde Mental se deu