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13- AÇÕES HORIZONTAIS NAS ESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO

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Academic year: 2021

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Prof. José Milton de Araújo - FURG 1

13- AÇÕES HORIZONTAIS NAS ESTRUTURAS

DE CONTRAVENTAMENTO

• A determinação dos esforços solicitantes nas estruturas de contraventamento, para um carregamento dado, é feita empregando-se os métodos convencionais da análise estrutural.

• Mesmo nas estruturas consideradas indeslocáveis, os esforços de primeira ordem, decorrentes das ações horizontais, devem ser calculados considerando-se a deslocabilidade da estrutura de contraventamento.

• Antes de calcular os esforços, é necessário fazer a repartição das ações horizontais para os elementos de contraventamento.

• Quando o contraventamento é feito por elementos do mesmo tipo (só pórticos; só paredes estruturais e pilares-parede), é possível fazer a repartição das forças horizontais sem levar em conta a interação ao longo da altura do edifício. Neste caso, basta analisar um pavimento tipo. (Processo simplificado)

• Quando o contraventamento é feito pela associação de pórticos e paredes e/ou pilares-parede, é necessário considerar a interação ao longo da altura (Capítulo 10, Volume 3, terceira edição). (Processo rigoroso)

• No processo simplificado, o problema pode ser isostático ou hiperestático.

(2)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 3 a) Sistemas isostáticos

Exemplo 1: Estrutura de contraventamento formada por dois painéis e submetida à força horizontal P no nível da laje. y

y l a b F1 F2 Py x 1 2

Forças transmitidas aos painéis: 1 y; 2 Py.

l a F P l b F = =

Exemplo 2: Estrutura formada por três painéis de contraventamento. y 1 2 F 2 b F3 x 3 a F1 Py

Forças transmitidas aos painéis: 1 y; 2 3 Py.

b a F F P F = = =

(3)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 5 b) Sistemas hiperestáticos

• É necessário calcular a rotação e os deslocamentos da laje no seu próprio plano, para a obtenção das forças em cada painel de contraventamento.

• Uma vez que cada painel só pode receber cargas no seu plano vertical, ele pode ser representado por uma mola de rigidez

K .

• A rigidez de cada painel de contraventamento é definida como a força horizontal que deve ser aplicada em um determinado nível, na direção de sua maior rigidez, para provocar um deslocamento unitário. Se o topo da estrutura for escolhido como referência para a aplicação da força, como é usual, a rigidez

K é dada por 3 3 tot eq h EI K = (7.5.3) onde EIeq é a rigidez equivalente do pórtico plano e htot é a altura total da edificação.

• A rigidez equivalente EIeq é determinada da maneira indicada na seção 5 : Estruturas Indeslocáveis.

• Se o painel de contraventamento for formado por um pórtico ou por um pilar-parede de seção variável, emprega-se um programa para análise de pórticos planos para a obtenção de EIeq

(software PACON calcula a rigidez equivalente com o modelo de carga concentrada e carga distribuída).

(4)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 7 Px ey ex o Py x 3 n i αi 2 1 y LAJE Estrutura de contraventamento formada por n painéis.

Painel genérico i , inclinado de um ângulo αi em relação ao eixo

x . i

K = rigidez do painel, representado por uma mola concentrada

no ponto P , correspondente ao centro do painel. i

y,v x,u yi xi Ki Pi αi u'i θ o Painel de contraventamento genérico

Movimento de corpo rígido da laje: deslocamentos u e o v nas o

direções x e y , respectivamente, e rotação θ em torno da origem do sistema de eixos.

Deslocamentos do ponto P : i θ i o i u y u = − ; vi =vo + xiθ (7.5.4), (7.5.5)

(5)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 9 Na forma matricial: ui =NUo (7.5.6) ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − = ⎭ ⎬ ⎫ ⎩ ⎨ ⎧ = θo o o i i i i i v u x y v u U N u ; 1 0 0 1 ; (7.5.7)

Deslocamento u′, na direção da mola: i i i i i i u v u′ = cosα + senα (7.5.8) Na forma matricial: ui′ =Rui =RNUo (7.5.9) R =

[

cosαi,senαi

]

(7.5.10) Força F transmitida ao painel: i Fi = Kiui′ (7.5.11) Introduzindo a equação (7.5.9): Fi = KiRNUo (7.5.12) Fyi Fxi Fi yi xi αi x y Pi o Decomposição da força no painel

Componentes de Fi: Fxi = Fi cosαi; Fyi = Fi senαi (7.5.13) Momento em relação à origem: Mi = FyixiFxiyi (7.5.14) Pode-se escrever: Fi =

( )

RN T Fi (7.5.15) onde ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = i yi xi i M F F F (7.5.16)

(6)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 11 Introduzindo a equação (7.5.12) em (7.5.15), resulta

o i i K U

F = (7.5.17)

( ) ( )

RN RN

Ki = Ki T (matriz de rigidez do painel i ) (7.5.18)

Vetor de forças externas aplicadas à laje:

⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ − = y x x y y x e P e P P P P (7.5.19) Equações de equilíbrio: o n i i o K U U K P ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = =

=1 (7.5.20)

Resolvendo o sistema de equações, obtêm-se os deslocamentos de corpo rígido da laje, contidos no vetor U . Encontrado o U , o calculam-se as forças nos vários painéis de contraventamento com o emprego da equação (7.5.12). Exemplo: 2 6 6 1 2 3 4 Py=1000 x y o

(7)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 13 Características dos painéis de contraventamento

Painel K x y α (graus) 1 2 2 4 90 2 1 8 4 90 3 1 14 4 90 Painel 1: ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − = 2 4 1 0 0 1 N ; R =

[ ]

0,1 ; RN=

[

0,1,2

]

( ) ( )

⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = ⇒ = 8 4 0 4 2 0 0 0 0 1 1 1 RN RN K K K T Painel 2: ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − = 8 4 1 0 0 1 N ; R =

[ ]

0,1 ; RN =

[

0,1,8

]

⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 64 8 0 8 1 0 0 0 0 2 K Painel 3: ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − = 14 4 1 0 0 1 N ; R =

[ ]

0,1 ; RN=

[

0,1,14

]

⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 196 14 0 14 1 0 0 0 0 3 K

(8)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 15 Matriz de rigidez global:

= = 3 1 i i K K ; ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 268 26 0 26 4 0 0 0 0 K Vetor de cargas: ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ − = 8000 1000 0 y x x y y x e P e P P P P Solução: ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = ⇒ = 99 / 1500 99 / 15000 o o o u U KU P

Observação: O deslocamento u é indeterminado porque todos o

os painéis estão na direção y . O sistema de contraventamento não é capaz de suportar nenhuma força horizontal na direção x . Em uma situação real, é necessário incluir alguns elementos de contraventamento nessa direção.

Forças nos painéis: Fi = Ki

( )

RN Uo 64

, 363

1 =

(9)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 17

13- IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS GLOBAIS

DOS EDIFÍCIOS

• O dimensionamento das estruturas de contraventamento deve levar em conta possíveis desvios da posição vertical.

• De acordo com o CEB/90, deve-se considerar uma inclinação do eixo da estrutura dada por

200 1 100 1 = l a α (7.6.1) onde l é a altura da estrutura em metros.

• Na figura seguinte, indica-se o funcionamento básico das estruturas de contraventamento.

• O pilar contraventado é representado com uma rótula na base, para indicar que ele não precisa absorver nenhuma ação horizontal nem os efeitos de imperfeições globais da estrutura.

(10.3.1) u u FVA FVB A l B FVA FVB ΔH ΔH u u A B αa

A: pilar de contraventamento; B: pilar contraventado.

Funcionamento das estruturas de contraventamento

Força horizontal no pilar de contraventamento:

l F u

H = VB

Δ (7.6.2)

onde FVB é a carga do pilar contraventado e ual é o deslocamento horizontal devido à inclinação da estrutura.

(10)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 19 Momento na base do pilar de contraventamento:

H l uF

MA = VA + Δ (7.6.3)

Substituindo a expressão de HΔ , resulta

u F

M A = V (7.6.4) onde FV = FVA +FVB é a carga total.

Conclusão: a estrutura de contraventamento deve suportar todo o efeito das imperfeições globais. Os pilares contraventados devem ser dimensionados apenas para suas imperfeições locais, como foi feito anteriormente pela consideração de uma excentricidade acidental. (10.3.3) (10.3.4) un ui u1 Fvn Fvi Fv1 αa hi l eixo inclinado Estrutura de contraventamento desaprumada

F é a carga vertical total introduzida no andar i . Vi

• A força F provoca um momento fletor na base da Vi

estrutura igual a ΔMi = FViui = FViαahi (7.6.5)

onde u e i h representam o deslocamento horizontal e a altura do i

andar i .

(11)

Prof. José Milton de Araújo - FURG 21 Esse momento equivale a uma força horizontal aplicada no andar

i , dada por Vi a i F H =α Δ (7.6.6)

Logo, tudo se passa como se em cada andar da estrutura de contraventamento atuasse uma força horizontal adicional igual a

i

H

Δ .

Quando a subestrutura de contraventamento é formada por pórticos, a inclinação

α

a pode ser multiplicada pelo fator de redução

α

n <1, dado por

2 1 1 n n + =

α

(10.3.7) onde n é o número de prumadas do pórtico plano.

(10.3.6)

De acordo com a NBR-6118, para edifícios com predominância de lajes lisas ou cogumelo, deve-se considerar

1 =

n

α

.

S e gu nd o a N B R - 61 18 , a i nc lina çã o

α

a de v e r e sp e ita r o va lo r m í nim o

α

a ≥ 1 3 0 0 , pa r a e str u tur a s r e ticu la d a s e im p e r fe iç õ es loc a is.

N a s co m b ina ç õ es e ntr e a s c a r ga s d e v en to e d e d esa p r um o, e ss a s lim ita ç õe s de v a lor e s m ín im os p a ra

a

α

nã o p r e cis a m s er r es pe ita d a s, ou s e ja , c o nsid er a - s e o va lor ob tido da e qu a çã o (1 0. 3 . 1) .

Referências

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