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CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS MÓDULO 2 DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES. SUCESSÃO PROCESSUAL

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CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS

MÓDULO 2 – DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES. SUCESSÃO PROCESSUAL

Professora: Janaína Noleto

Curso Agora eu passo (www.cursoagoraeupasso.com.br) Olá, pessoal!

Entramos hoje no nosso segundo módulo. Vamos resolver questões sobre as partes e seus procuradores (advogados). Outros aspectos importantes das partes, como capacidade de ser parte, capacidade processual e representação, já analisamos no primeiro módulo, ao falar dos elementos da ação, especificamente as partes. Portanto, quem não analisou o primeiro módulo, por não ter encontrado no seu edital tópico semelhante, recomendamos que, se, no seu edital, há o tópico “Das partes e de seus procuradores”, dê uma olhada nessa parte da matéria no material do primeiro módulo.

Falaremos agora dos direitos e deveres das partes e dos seus advogados. Falaremos ainda sobre substituição da parte, ou sucessão processual. Por fim, falaremos dos direitos e deveres dos advogados, procuradores das partes.

Nossa primeira questão é sobre “Deveres das partes”, mais especificamente sobre ato atentatório ao exercício da jurisdição. Atenção! Não confunda ato atentatório ao exercício da jurisdição com litigância de má-fé, assunto da segunda questão!

Questão 1 - (CESPE – ANALISTA – TJ/RJ – 2008) A penalidade para a aquele que praticar um ato atentatório ao exercício da jurisdição é de multa de até 20% sobre o valor da causa, ressalvados os advogados; e o valor dessa multa reverterá para a fazenda pública.

Comentário: item correto.

De acordo com o parágrafo único do art. 14 do CPC, o descumprimento do dever previsto em seu inciso V (cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final) é ATO ATENTATÓRIO AO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO. Segundo o mesmo dispositivo, a prática de tal ato atentatório ao

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exercício da jurisdição sujeita a parte a multa de até 20% do valor

da causa.

Atenção! Os advogados não se sujeitam à multa por ato atentatório ao exercício da jurisdição, pois se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB!

O item está correto, inclusive ao afirmar que o valor da multa reverte para a Fazenda Pública. É que nos termos da parte final do parágrafo único do art. 14 do CPC, “não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado”.

Mas quem é Fazenda Pública? Fazenda Pública é o ente estatal, especificamente a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as fundações públicas. Tendo em vista que a ação pode correr em uma das Justiças da União (federal, trabalhista, eleitoral, militar) ou na Justiça Estadual, a lei prevê que o sujeito ativo (credor) da dívida pode ser a União ou o Estado.

Não é demais recomendar a leitura de todo o art. 14 do

CPC, que prevê ainda como deveres das partes e de todos aqueles

que de qualquer forma participam do processo, quais sejam: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - proceder com lealdade e boa-fé;

III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento;

IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito.

Essa segunda questão é sobre litigância de má-fé e suas penalidades.

Questão 2 - (FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT15ª – 2009) No que se refere aos deveres das partes e dos procuradores, de acordo com o Código de Processo Civil, é certo que o juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento da parte, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a

a) dois por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou, sendo o valor da indenização desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

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b) um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou, sendo o valor da indenização desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 30% sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

c) dois por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou, sendo o valor da indenização desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 30% sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

d) um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou, sendo o valor da indenização desde logo fixado pelo juiz , em quantia não superior a 10% sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

e) um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou, sendo o valor da indenização desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

Resposta: item e.

Comentário geral da questão:

Segundo o CPC (art. 17), são atos de litigância de má-fé: - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;

- alterar a verdade dos fatos;

- usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

- opor resistência injustificada ao andamento do processo; - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;

- provocar incidentes manifestamente infundados.

- interpor recurso com intuito manifestamente protelatório. Prevê ainda nosso código que aquele que praticar um desses atos será condenado a (art. 18):

- pagar multa não excedente a um por cento sobre o

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- indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu,

mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. Tais penalidades são cumulativas. Ou seja, além de pagar a multa, a parte terá que indenizar os prejuízos da parte contrária.

Importante observar que o juiz não precisa aguardar que a parte requeira a punição do litigante de má-fé. O juiz ou o tribunal pode e deve punir de ofício.

A multa não pode ser superior a 1% do valor da causa (art. 18, caput, CPC).

A indenização não pode ser superior a 20% do valor da causa (art. 18, §2º, CPC).

Se não for possível a fixação imediata do valor dos prejuízos causados à parte pelo litigante de má-fé, é possível a liquidação por arbitramento. Caso o juiz queira desde logo fixar o valor, este não poderá ultrapassar 20% do valor da causa.

Portanto, “de cara” descartamos os itens a) e c), pois preveem que a multa não pode ultrapassar 2% do valor da causa, quando o correto seria 1%. Descartamos após o item b), pois afirma que a indenização é de até 30% do valor da causa, quando o correto seriam 20%. O item d) é descartado, por afirmar que a indenização seria de até 10%. Assim, o item correto é o e).

Curiosidade: E o que ocorre quando mais de um litigante age de má-fé? Nesse caso, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária (art. 18, §1º, CPC).

Questão sobre honorários de sucumbência. Aproveite!

Questão 3 - (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF 2ª REGIÃO – 2007) A respeito das partes e dos procuradores, é correto afirmar que a sentença

a) fixará os honorários advocatícios de acordo com o trabalho realizado pelo advogado, sem considerar a natureza e a importância da causa e o tempo exigido para o seu serviço.

b) não condenará o vencido ao pagamento de honorários advocatícios nas causas em que não houver condenação.

c) não condenará o vencido ao pagamento de despesas com diária de testemunha e remuneração do assistente técnico do vencedor.

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d) condenará o vencido ao pagamento de honorários advocatícios mesmo se o vencedor estiver advogando em causa própria.

e) não condenará o vencido ao pagamento de honorários advocatícios se não houver pedido expresso do vencedor nesse sentido.

Resposta: item d.

Comentário ao item a: item incorreto.

Os honorários do advogado podem ser contratuais ou de sucumbência. Honorários contratuais são aqueles que o advogado acertou com seu cliente, e estão previstos no contrato de prestação de serviços advocatícios. Honorários de sucumbência são aqueles que o advogado receberá em caso de vitória da parte que representa.

A verba honorária sucumbencial é fixada ENTRE 10% E

20% DO VALOR DA CONDENAÇÃO, levando em consideração, nos

termos do §3º do art. 20 do CPC, alguns CRITÉRIOS.

CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE

SUCUMBÊNCIA:

- o grau de zelo do profissional - o lugar de prestação do serviço;

- a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.

Portanto, está incorreto o item a, ao afirmar que o juiz não levará em consideração a natureza e a importância da causa e o tempo exigido para o seu serviço.

Comentário ao item b: item incorreto.

Se o autor pediu a condenação do réu a pagar-lhe determinada quantia, e o juiz julgou improcedente o pedido, não haverá condenação do réu, não se aplicando, nesse caso o §3º do art. 20 do CPC.

Nesse caso (ausência de condenação) e em outros previstos no § 4º do art. 20, “os honorários serão fixados consoante apreciação equitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior”. Portanto, a lei autoriza o juiz a julgar por equidade, mas deve observar os critérios anteriormente analisados.

CASOS EM QUE OS HONORÁRIOS SERÃO FIXADOS POR EQUIDADE:

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- causas de valor inestimável;

- causas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública;

- execuções, embargadas ou não.

Portanto, o item está incorreto. Não havendo condenação, o juiz ficará os honorários consoante apreciação equitativa (§4º).

Comentário ao item c: item incorreto.

As verbas de sucumbência não se restringem aos honorários, abrangendo também as despesas processuais, ou seja, as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, diária de testemunha e remuneração do assistente técnico (§2º do art. 20 do CPC).

Comentário ao item d: item incorreto.

Nos termos da parte final do caput do art. 20 do CPC, a verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

Advoga em causa próprio o advogado inscrito na OAB que, ao invés de contratar outro advogado, resolve patrocinar a causa em que é parte. Nesse caso, se vencedor ao final, ele próprio receberá os honorários de advogado, já que advogou para si.

A questão 4 trata dos direitos do advogado, previstos no art. 40 do CPC.

Questão 4 - (ESCRIVÃO – TJ/AM – 2005) O advogado que funcionar no processo como procurador da parte tem o direito de:

a) examinar os autos do processo somente depois de prolatada a sentença.

b) ter vista dos autos apenas em cartório.

c) ter vista dos autos apenas se acompanhado de um servidor do Poder Judiciário.

d) retirar os autos do cartório, pelo prazo legal, sempre que lhe competir falar neles por determinação do juiz.

e) requerer vista dos autos de qualquer processo, pelo tempo que lhe for necessário.

(7)

www.cursoagoraeupasso.com.br Resposta: item d.

Comentário ao item a: incorreto.

Segundo o inciso I do art. 40 do CPC, o advogado pode examinar os autos de qualquer processo.1 Não faz a lei qualquer

restrição quanto ao momento em que o advogado poderá exercer seu direito. Portanto, poderá examinar os autos a qualquer momento, não importa se antes ou depois da sentença.

Comentário do item b: incorreto.

O advogado pode requerer vista dos autos em que atua como procurador pelo prazo de 5 dias (art. 40, II, CPC). Nesse caso (quando o advogado tem procuração nos autos), a vista não se dá em cartório, mas mediante carga dos autos.

Comentário ao item c: incorreto.

A vista dos autos pode ocorrer no “balcão” (exame dos autos) ou mediante carga (quando o advogado tem procuração), não ocorrendo, então, fiscalização de servidor do Poder Judiciário.

Comentário ao item d: correto.

Nos termos do inciso III do art. 40 do CPC, é direito do advogado retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que lhe competir falar neles por determinação do juiz. Portanto, se o juiz intima o réu de uma decisão antecipatória da tutela, e o prazo para interposição do recurso de agravo é de 10 dias, o advogado terá o prazo legal (10 dias a partir da intimação) para ficar com os autos. Se “pegar” os autos quando já correram 5 dias do prazo, terá apenas o prazo restante para devolvê-los em cartório.

Comentário ao item e: incorreto.

O advogado pode examinar os autos de qualquer processo (art. 40, I, CPC), mas somente pode ter vista (levar em carga) dos processos em que é procurador. O prazo da vista é de 5 dias, quando o próprio advogado requereu a vista, ou o prazo legal, quando lhe competir falar nos autos por determinação do juiz.

1 Há uma exceção. Prevê o art. 155, parágrafo único, do CPC que, nos processo que

correm em segredo de justiça, “o direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores”.

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Reza o § 1o do art. 40 que, ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente. Por isso, quando o advogado leva os autos consigo, retirando-os da secretaria, diz-se que fez “carga dos autos”.

Interessante observar que, quando o prazo for comum às partes (ex.: Despacho – “Vista às partes sobre o laudo pericial”), os advogados das partes não poderão retirar os autos do cartório (levar em “carga”), salvo se em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição no autos. Nesses casos (prazos comuns), é possível, no entanto, ao advogado de qualquer das partes retirar os autos por uma hora, para obtenção de cópias (art. 40, §2º, CPC).

Quais poderes conferimos ao advogado quando assinamos uma procuração? Depende da procuração....

Questão 5 - (CESPE – ANALISTA – TJ/RJ – 2008) A procuração geral para o foro habilita o advogado a ser intimado dos atos dos processos; a transigir pela parte, desde que os direitos sejam disponíveis; e a receber, em nome do réu, a citação para o processo.

Comentário: item incorreto.

Nos termos do art. 38 do CPC, “A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a

procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso”. Portanto, esses poderes especiais não se incluem na

procuração geral para o foro, devendo estar expressamente previstos na procuração.

Portanto, o item está incorreto, visto que somente o poder de ser intimação dos atos do processos está inserido na procuração geral para o foro, sendo os demais poderes especiais (receber citação inicial e transigir).

A nossa sexta questão trata da substituição das partes, fenômeno também conhecido como sucessão processual.

Questão 6 - Acerca da substituição das partes, é correto afirmar:

a) A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, altera a legitimidade das partes. Por tal

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motivo, caso não haja a substituição da parte, o processo deverá ser extinto sem resolução do mérito.

b) O adquirente ou o cessionário do bem litigioso poderá requerer seu ingresso na lide, em substituição ao alienante, independentemente da anuência da parte contrária.

c) Caso a parte contrária não aceite a substituição do seu oponente pelo adquirente do bem litigioso, este poderá figurar no processo como assistente do alienante.

d) Ocorrendo a morte da parte ré, não é possível a sua substituição pelo seu espólio.

Resposta: item a).

Comentário ao item a: item incorreto.

A substituição das partes no curso do processo, ou seja, a saída de uma das partes para a entrada de outrem em seu lugar, pode ser:

- voluntária ou

- decorrente da morte de uma das partes.

Segundo o art. 41 do CPC, a substituição voluntária das partes somente pode ocorrer nos casos expressamente previstos em lei. Um desses casos é o da alienação de coisa litigiosa no curso do processo, disciplinada pelo art. 42 do CPC.

Mas o que seria a alienação do bem litigioso? Dá-se um exemplo. Numa determinada ação judicial, o autor, João, alega que o carro (bem litigioso) é seu, e não de José, o réu. No curso do processo, José vende o carro a outrem, Joaquim. Joaquim é o adquirente do bem litigioso. A pergunta é a seguinte: José, que vendeu o bem litigioso, continua no processo? Ou entra Joaquim em seu lugar?

O item analisado afirma que, tendo havido a alienação (no caso, a venda) do bem litigioso, o réu (José) passaria a ser parte ilegítima (já que não é mais o proprietário do bem litigioso), e o processo seria extinto sem resolução do mérito.

Absurdo! O autor da ação não tem culpa se o réu resolveu vender o bem litigioso. Por tal motivo, prescreve o art. 42, caput, do CPC que “a alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes”. Ou seja, mesmo tendo vendido o bem litigioso, José continua sendo parte legítima para figurar no polo passivo da demanda.

Interessante observar que José, antes da venda do bem, estava em juízo defendendo seus próprios interesses (pleiteando

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direito próprio). Após a venda do bem, passará a defender interesses de Joaquim. É, portanto, um caso legal de legitimidade extraordinária, que, como vimos no módulo 1, ocorre quando alguém está no processo pleiteando direito alheio. Mas a legitimidade existe, não desapareceu com a venda do bem!

Comentário ao item b: item incorreto.

Segundo o item b), o adquirente ou o cessionário do bem litigioso poderá requerer seu ingresso na lide, em substituição ao alienante, independentemente da anuência da parte contrária. Tal afirmação vai de encontro ao teor do art. 42, §1º, do CPC, segundo o qual “o adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária”.

Portanto, resgatando nosso exemplo anterior, Joaquim (adquirente) somente poderá entrar no processo em substituição a José (alienante), se João (autor) consentir com a substituição da parte. Item incorreto.

Comentário ao item c: item correto.

Se João, autor da ação, não aceitar a substituição de José (alienante) por Joaquim (adquirente), Joaquim, que agora tem interesse jurídico na causa, poderá pleitear seu ingresso no feito na condição de assistente de José (art. 42, §2º, do CPC).

Sobre a assistência, falaremos no próximo módulo.

Comentário ao item d: item incorreto.

Vindo a falecer o réu ou o autor (tanto faz!), será substituído pelo seu espólio ou pelos seus herdeiros (art. 43 do CPC), e o processo continua do ponto em que havia parado. Portanto, em caso de morte de qualquer das partes, é possível a sucessão processual (ou substituição das partes), salvo em se tratando de ações personalíssimas, ou seja, aquelas em que o bem litigioso, por ser personalíssimo, não se transmite.

Ficamos por aqui! Esperamos vocês na próxima semana, com o nosso terceiro módulo! Até mais!

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