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PELE E ANEXOS HISTOLOGIA

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PELE E ANEXOS

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PELE E ANEXOS

CONTEÚDO: ANA CLARA BORGES

CURADORIA: PEDRO SULTANO

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SUMÁRIO

VISÃO GERAL ... 4 EPIDERME ... 4 DERME ... 7 HIPODERME ... 7 ANEXOS CUTÂNEOS ... 8

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA PELE ... 9

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VISÃO GERAL

A pele recobre a superfície do corpo, sendo constituída por uma porção epitelial de ori-gem ectodérmica, a epiderme, e uma por-ção conjuntiva de origem mesodérmica, a

derme. Dentre as funções desse órgão,

podemos citar: a proteção contra a desi-dratação e o atrito, devido à camada que-ratinizada da epiderme; auxilio na regula-ção da temperatura corporal; recepregula-ção de sensações; auxilia na excreção de substân-cias, devido às glândulas sudoríparas; pro-teção contra raios UV devido à produção e acúmulo de melanina; síntese de vitamina D3, intermediário da vitamina D, pela ação da radiação UV.

Com relação a epiderme, ela é formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, sendo classificada como fina e espessa, dependendo da espessura. Já a derme é formada por tecido conjuntivo de frouxo (região superficial, a chamada derme papilar) e a denso não modelado (região mais profunda, a derme reticular). Há ainda o tecido Subcutâneo ou hipo-derme, que por alguns autores, não é con-siderada uma camada da pele, mas sim um tecido de sustentação e adesão aos teci-dos subjacentes, é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células adi-posas, constituindo o paniculo adíposo.

A junção dermoepidérmica é irregular. Há invaginações epidérmicas (cristas epimicas) e projeções da derme (papilas dér-micas) intercaladas, que formam uma re-gião de maior interação. Além disso, nessa junção, há elementos como laminina, colá-geno tipo VII e outras proteínas com fun-ção de ancoragem.

Detalharemos agora os elementos de cada um dos componentes da pele,

EPIDERME

É constituída por epitélio estratificado pa-vimentoso queratinizado. Como dito, a es-pessura determina a classificação da pele, sendo a espessa localizada na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas ar-ticulações, enquanto a fina está presente no restante do corpo.

CÉLULAS DA EPIDERME

As células mais abundantes são os quera-tinócitos, mas existem ainda os melanóci-tos, células de Langerhans e células de Merkel. Cada uma delas será identificada abaixo:

Queratinócitos: são células que produ-zem queratina e podem ser encontra-das desde a região mais profunda até a

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5 região mais superficial da epiderme,

que mudam de morfologia conforme a profundidade: as mais profundas são mais alongadas/cilíndricas e apresen-tam citoplasma basófilo enquanto as mais superficiais são achatadas e

aci-dófilas, muitas vezes anucleadas visto

que o seu citoplasma passa a ser to-mado por queratina à medida que a cé-lula avança para a superfície.

Melanócitos: são células globosas que apresentam projeções citoplasmáticas. Eles ficam localizados entre as células da camada basal, mas suas projeções 4 citoplasmáticas chegam a penetrar en-tre as células da camada espinhosa. Tem função produzir de melanina (a partir da tirosina), substância que atua na proteção do DNA contra raios UV, que podem gerar mutações. Além disso, é a produção de melanina deter-mina a cor da pele. Quando a melanina é produzida, é empacotada em grânu-los, que são direcionados às camadas superiores por meio dos prolongamen-tos celulares. Os grânulos de melanina se dispõem em uma posição supranu-clear, de maneira que ficam interposta entre os raios solares e o núcleo. Os melanócitos ficam ligados, por meio de junções de adesão aos queratinócitos, e, por hemidesmossomos à membrana basal.

Células de Langerhans: são células es-treladas, que apresentam corpo celular e grandes prolongamentos. São

apre-sentadoras de antígeno aos linfócitos

T, participando, então, das reações imunológicas. Localizadas entre a

ca-mada basal e a espinhosa: são células

móveis, que ficam em posições estraté-gicas na epiderme para entrar em con-tato com o antígeno.

Células de Merkel: são células localiza-das na camada basal, envoltas por ter-minações nervosas livres que chegam da derme; atuam como receptores tác-teis.

CAMADAS DA EPIDERME

Como descrevemos, as células têm sua morfologia alterada com base na profundi-dade, originando assim cinco camadas na epiderme, que tem suas características próprias:

Camada basal/germinativa: constitu-ída por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a mem-brana basal que separa a epiderme da derme. É rica em células-tronco da epi-derme, sendo por isso, também cha-mada de germinativa (tem alta ativi-dade mitótica). Suas células possuem ainda grande quantidade de proteínas de adesão à membrana basal,

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6 especialmente integrinas, os quais

li-gam-se a laminina e fibronectina, por exemplo. Além disso, suas células con-têm filamentos intermediários de que-ratina.

Camada espinhosa: formada por célu-las cuboides ou ligeiramente achata-das, núcleo central e citoplasma com curtas expansões formando regiões pontiagudas em suas porções distais. Em sua ultraestrutura percebe-se que os citoplasmas apresentam tonofibri-las, arranjos de filamentos intermediá-rios do citoesqueleto. Esses tonofila-mentos ficam aderidos a espessamen-tos citoplasmáticos de desmossomos, o que confere a célula o aspecto espi-nhoso. Essa relação entre as células da epiderme tem forte importância na co-esão e proteção contra o atrito. A ca-mada também rica em células-tronco da epiderme, sendo, junto com a ca-mada basal, responsável pela renova-ção da epiderme. No entanto, essa ca-mada apresenta menor taxa mitótica do que a anterior.

Camada Granulosa: são células que já se tornaram poligonais e achatadas, com núcleo central e citoplasma carre-gado de grânulos basófilos. Esses grâ-nulos são de 2 tipos: (1) de querato-hi-alina, não envolvidos por membrana, que formam a queratina e são basófi-los; e (2) de grânulos lamelares,

envolvidos por membrana, que contém discos lamelares envoltos por bicama-das lipídicas. Os grânulos lamelares se fundem com a membrana e expulsam seu conteúdo para a camada granu-losa, onde o material lipídico se depo-sita, contribuindo para a formação de uma barreira e para tornar a pele im-permeável à água.

A epiderme apresenta mais 2 camadas acidófilas, que mais facilmente distinguí-veis em peles espessas. Nessas camadas, há um processo de expulsão do núcleo e degradação de organelas (pelos lisosso-mas e autofagossolisosso-mas) das células devido à deposição e tomada do citoplasma pelo núcleo.

Camada Lúcida: constituída por finas camadas de células achatadas, eosinó-filas e translúcidas, cujos núcleos e or-ganelas cito plasmáticas foram digeri-dos por enzimas digeri-dos lisossomos e de-sapareceram, com o início do processo de morte celular.

Camada Córnea: é a camada mais su-perficial, composta por células achata-das, mortas e sem núcleo. O citoplasma é tomado por depósitos de queratina. Muitas vezes, as membranas das célu-las se rompem e a queratina é liberada para o citoplasma.

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DERME

Camada bem mais espessa do que a epi-derme, em que a epiderme se apoia, for-mada basicamente por tecido conjuntivo em 2 formulações diferentes.

Derme papilar: é delgada, formada por tecido conjuntivo frouxo, que se

pro-jeta para a epiderme formando as papi-las dérmicas, que acompanham as re-entrâncias 6 correspondentes da epi-derme. Essa camada possui fibrilas es-peciais de colágeno, que se inserem na membrana basal e penetram profunda-mente a derme, aumentando a adesão entre essas camadas. Os vasos sanguí-neos dessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da epi-derme.

Derme reticular: é mais espessa e pro-funda do que a camada papilar, for-mada por tecido conjuntivo denso não

modelado. Ambas as camadas

pos-suem fibras elásticas, porém a derme reticular possui maior quantidade de fi-bras colágenas, que são também mais espessas. É onde encontram-se os anexos tegumentares, como pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas.

HIPODERME

Formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. Muitas vezes, consti-tui o panículo adiposo, visto a presença de grande quantidade de tecido adiposo unilocular (tal deposição varia conforme o estado nutricional e a região do corpo). Tem vascularização abundante e suas fun-ções incluem ainda reserva energética e isolamento térmico. Não faz parte da pele

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ANEXOS CUTÂNEOS

FOLÍCULOS PILOSOS

São estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma inva-ginação de epiderme para a derme reticu-lar, sendo caracteristicamente uma

estru-tura epitelial. Em sua porção mais interna,

o folículo piloso apresenta uma dilatação terminal, o bulbo piloso, cujo centro se ob-serva uma invasão da derme, a papila

dér-mica. As células que recobrem a papila

for-mam a raiz do pelo, de onde emerge seu

eixo.

À medida que essas células se dispõem ao redor do bulbo, produzem queratina dife-renciada. As mais centrais produzem que-ratina delgada e clara, formando a região central, a medula do pelo. Ao redor da me-dula, diferenciam-se células mais compac-tadas que produzem queratina mais densa e escura, formando o córtex do pelo. As células periféricas fortemente queratiniza-das se dispõem envolvendo o córtex em escamas, formando cutícula do pelo. O pelo, em resumo, é formado pela região da medula, cortical e cutícula. Finalmente, das células epiteliais mais periféricas de todas, originamse duas bainhas epiteliais (uma interna e outra externa), que envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha externa se continua com o epitélio da

epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Separando o folículo piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se uma membrana ba-sal muito desenvolvida, a membrana

ví-trea.

Os pelos são inervados principalmente pe-las fibras simpáticas e com o estímulo, torna-se eriçado por ação do músculo ere-tor do pelo. A cor do pelo depende dos me-lanócitos localizados entre a papila e o epi-télio da raiz do pelo.

UNHAS

São placas de células queratinizadas loca-lizadas no dorso das falanges terminais dos dedos. A porção proximal é denomi-nada raiz da unha. O epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da epiderme. É constituída por escamas córneas compactas, forte-mente aderidas umas às outras. Elas cres-cem deslizando sobre o leito ungueal, que tem a estrutura típica de pele.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS

Situadas na derme e seus ductos, revesti-dos por epitélio estratificado, desembocam nos folículos pilosos ou abrem-se

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9 diretamente na superfície da pele,

depen-dendo da região. Estão ausentes na planta dos pés e palmas das mãos.

São glândulas que apresentam uma por-ção secretora (que é acinosa) e uma porpor-ção ductal, cuja produção é o sebo, secreção oleosa, rica em triglicerídeos. As células mais periféricas, de aspecto globoso, são as que produzem o conteúdo. À medida em que o sebo se acumula no interior da célula, os núcleos tornam-se condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino morrem e se rompem, formando a secreção sebácea.

A atividade secretora dessas glândulas é pequena até a puberdade, quando passa a ser estimulada por hormônios sexuais. São um exemplo de glândula holócrina, pois a formação da secreção resulta na morte das células.

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS

são glândulas merócrinas/apócrinas, en-contradas em toda a pele, exceto algumas regiões, como a glande do pênis. São tu-bulosas simples enoveladas cujos ductos (não ramificados) se abrem na superfície da célula. Podem ser didaticamente dividi-das em duas porções, conforme suas ca-racterísticas específicas.

A porção secretora é túbulo-enovelada, com células de aspecto piramidal. Há 2 ti-pos de células e entre elas, ficam localiza-das células mioepiteliais, que ajudam a ex-pulsar o produto de secreção para o lúmen. • Células secretoras escuras: ficam

pró-ximas ao lúmen; seu ápice apresenta muitos grânulos de secreção de glico-proteínas e seu citoplasma apresenta REG bem desenvolvido.

Células secretoras claras: localizadas entre as células escuras e as mioepite-liais; não contêm grânulos de secreção e são pobres em REG, mas contêm muitas mitocôndrias e dobras na mem-brana, fazendo projeções. Caracterís-tica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais, visto que formam a parte aquosa do suor.

Na porção ductal/excretora, o ducto é for-mado por epitélio cúbico estratificado (em geral 2 camadas de células), que não se ra-mifica e tem diâmetro menor do que a por-ção secretora. O ducto excretor também tem função de transporte de íons.

VASCULARIZAÇÃO E

INERVA-ÇÃO DA PELE

Os vasos arteriais que suprem a pele for-mam dois plexos.

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10 De modo simplificado, há (1) o Plexo

Cu-tâneo entre a derme e a hipoderme que

envia ramos que ascendem em direção à derme e (2) o Plexo Subpapilar, localizado entre a derme papilar e a derme reticular. Dele, partem ramos que sobem, formando alças, com conteúdo arterial ascendente e conteúdo venoso descendente, cujos vér-tices estão localizados na região mais su-perficial das papilas dérmicas. Cada papila tem uma alça vascular, sendo o conteúdo venoso é drenado pelo complexo cutâneo. A drenagem linfática é iniciada nas papilas dérmicas como capilares de fundo cego que convergem para o plexo subpapilar no qual partem ramos para o plexo cutâneo. A inervação ocorre por meio de plexos com o mesmo nome e na mesma altura dos plexos vasculares. Devido à sua abundante inervação, a pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo. Essa função é exercida por terminações nervosas que se projetam para a epiderme, normalmente se dispondo na camada basal.

Pode ter terminações livres (sem cápsula), responsáveis pela sensação táctil e de dor,

que podem ser envolvidas por células de Schwann ou não, localizadas principal-mente na epiderme, folículos pilosos e glândulas, ou terminações encapsulas, presentes principalmente na derme e na hipoderme, sendo mais frequente nas pa-pilas dérmicas.

RECEPTORES/ TERMINAÇÕES ENCAP-SULADAS

São mecanorreceptores, com algumas es-pecificidades:

Corpúsculo de Paccini: Localizado na derme profunda, possui cápsula verda-deira.

Corpúsculo de Krause: Localizado na derme, possui cápsula verdadeira. • Corpúsculo de Meissener: Localizado

na junção dermo-epidérmica. 4

Corpúsculo de Ruffini: Localizado na derme superficial, não possui cápsula verdadeira, também é considerado um receptor térmico (para calor).

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

REFERÊNCIAS

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Atlas colorido de histologia. 6 ed. Rio de Ja-neiro: Guanabara Koogan, 2014.

GARTNER, L. P.; HIAT, J. L. Tratado de histologia em cores. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

KIERZENBAUM, A. L.; TRES, L. L. Histologia e biologia celular: uma

intro-dução à patologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Referências

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