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Aula Demonstrativa. Direito Constitucional Senado Federal Aula Demonstrativa Prof. Frederico Dias. Direito Constitucional Professor: Frederico Dias

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Aula Demonstrativa

Direito Constitucional Professor: Frederico Dias

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Olá!

Vamos estudar para o concurso do Senado Federal?

Ainda não temos edital, mas creio que devamos iniciar nossa preparação o mais rápido possível.

Preciso me apresentar. Meu nome é Frederico Dias e sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Passei em 9° lugar no concurso de 2008.

Antes, trabalhei por um curto período como Analista de Finanças e Controle da Controladoria Geral da União - AFC-CGU (tendo alcançado o 1° lugar nacional em 2008).

Já publiquei os seguintes livros:

1) Questões Discursivas de Direito Constitucional;

2) Questões de Direito constitucional do Cespe comentadas; 3) Questões de Direito constitucional da Esaf comentadas.

Por fim, após lançar esses três livros, lancei um livro de teoria e questões juntamente com o Vicente e o Marcelo: Aulas de Direito Constitucional para concursos.

Minha ideia com este curso é apresentar a teoria de Direito Constitucional. Mas não de qualquer forma, mas voltado para o concurso do Senado Federal. Portanto, meu foco é a sua aprovação na prova e não as discussões e debates sobre direito constitucional (que adoro, mas não neste momento!). E, como não poderia deixar de ser, a teoria apresentada será complementada com questões comentadas.

Ainda não há edital, mas, baseados no último concurso, resolveremos questões da FGV. Mas complementaremos com outras bancas também.

Por enquanto, baseamos nosso curso no conteúdo do último concurso de Analista do Senado:

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Aula Conteúdo Programático Data

00 Aula Demonstrativa -

01 Repartição de Competência. Poder Legislativo. 15/04

02 Processo Legislativo. 22/04

03 Medidas Provisórias. 29/04

Pois bem, minha ideia é oferecer este curso em três aulas (sem contar esta aula demo).

Minha metodologia consiste em apresentar a essência da teoria e comentar, logo em seguida, algumas questões sobre o tema, para que você possa testar, de imediato, o seu aprendizado.

Vamos iniciar nosso curso já hoje com um assunto muito interessante: aspectos gerais do Processo Legislativo Ordinário.

Tópicos da Aula

1 – Processo legislativo Ordinário ... 3 2 - Lista das Questões Comentadas ... 18 3 - Gabarito ... 21

1 – Processo legislativo Ordinário

A Constituição estabelece uma série de atos a serem realizados pelos órgãos legislativos, visando à formação das seguintes espécies normativas, previstas no art. 59 da CF/88: (i) emendas à Constituição; (ii) leis complementares; (iii) leis ordinárias; (iv) leis delegadas; (v) medidas provisórias; (vi) decretos legislativos; e (vii) resoluções.

Daremos enfoque aqui ao processo legislativo ordinário.

Para que você compreenda o processo legislativo, é necessário ter em mente todas as fases que o compõem.

I) Fase introdutória: é a fase iniciativa, instauradora do processo legislativo. Veremos em detalhes os tipos de iniciativa previstos.

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II) Fase constitutiva: após a apresentação do projeto de lei, ele será discutido e votado nas duas Casas do Poder Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal). Logo após, se aprovado, seguirá para o Presidente da República para que este o sancione ou vete.

III) Fase complementar: é fase final do processo legislativo, que será segmentada em duas etapas, promulgação e publicação.

Bem, vamos sintetizar isso aí, para que você consiga visualizar o processo como um todo. Dessa vez, peço licença para utilizar um esquema similar ao elaborado pelo prof. Pedro Lenza em seu livro.

Sintetizando:

Fase introdutória

A fase introdutória consiste na iniciativa de lei, faculdade que se atribui a determinado agente para apresentar projetos de lei ao Poder Legislativo.

A Constituição atribui a competência para apresentar projetos de lei a qualquer membro ou Comissão da Câmara, Senado ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da República e aos cidadãos (CF, art. 61). Ademais, o Tribunal de Contas da União pode iniciar processo legislativo sobre seus cargos, serviços e funções (CF, art. 73 e art. 96, II).

Mas observe que alguns desses legitimados (destacados de azul) apresentam apenas a chamada iniciativa restrita (tribunais, PGR e TCU). Ou seja, eles não podem iniciar o processo legislativo sobre quaisquer matérias em geral, mas só sobre aqueles temas expressamente autorizados na Constituição. É o caso do Procurador-Geral da República (PGR), que só pode apresentar projetos de lei referentes ao Ministério Público da União (CF, arts. 127, § 2° e 128, § 5°). Outro caso de iniciativa restrita é a conferida aos Tribunais do

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Judiciário e Tribunais de contas para apresentação de projetos referentes à sua organização (CF, arts. 93, 96, II, 73 e 130).

Por outro lado, os demais legitimados podem propor projetos de lei sobre quaisquer assuntos, exceto aqueles de iniciativa privativa (reservada ou exclusiva). Trata-se da chamada iniciativa geral.

A iniciativa privativa ocorre quando apenas determinada autoridade (ou órgão) pode propor leis sobre certa matéria. Vejamos quais são esses casos.

Chefe do Poder Executivo→ CF, art. 61, § 1° e art. 165, I, II e III.

STF→ Estatuto da magistratura (Lei complementar, segundo CF, art. 93).

STF, Tribunais superiores e TJs→ organização da justiça (CF, art. 96, II).

PGR→ organização do Ministério Público (cargos, carreira etc.) (CF, art. 127, § 2°)

Interessante observar que há ainda a chamada iniciativa concorrente, que pertence simultaneamente a mais de uma autoridade ou órgão. É o caso da Lei complementar sobre a organização do MPU, que é concorrente entre o Presidente da República (CF, art. 61, § 1°, II, “d”) e o PGR (CF, art. 128, § 5°). Observe que há a possibilidade de iniciativa popular de projeto de lei (inclusive para leis complementares). Trata-se de iniciativa geral, outorgada a qualquer cidadão, mas não individualmente. Com efeito, a Constituição exige a subscrição do projeto por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído por, no mínimo, cinco estados membros, com não menos de 0,3%

(três décimos por cento) dos eleitores de cada um (CF, art. 61, § 2º).

A iniciativa popular também está prevista para os estados-membros e para os municípios.

No âmbito dos estados-membros e do DF a Constituição estabelece que: a lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual (CF, art. 27, §4°).

Quanto aos municípios, a possibilidade de iniciativa popular já está prevista na Constituição. Assim, esses projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, terão a iniciativa por meio da manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII).

Quanto à Casa iniciadora do processo legislativo, a regra é a seguinte: I) iniciativa de parlamentar ou comissão: na respectiva Casa Legislativa.

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II) iniciativa do Presidente da República, do STF, Tribunais Superiores, Procurador Geral da República e cidadãos: Câmara dos Deputados.

III) iniciativa de Comissão Mista do Congresso: alternadamente na Câmara e no Senado Federal.

Em suma, à exceção das iniciativas de senador, Comissão do Senado ou Comissão Mista (alternadamente), a Câmara dos Deputados é a Casa iniciadora por excelência do processo legislativo.

Agora, uma dúvida que, nesses momentos, sempre ronda a cabeça estressada do concurseiro: é admitida emenda parlamentar em projeto de lei de iniciativa reservada?

Bem, segundo o STF, é possível a apresentação de emendas pelos parlamentares aos projetos de lei resultantes da iniciativa reservada, desde que (i) tenham pertinência com o tema tratado; e (ii) não impliquem aumento de despesa nos projetos de iniciativa privativa do Presidente da República (ressalvadas os projetos orçamentários – CF, art. 63, I, c/c art. 166, § 3° e § 4°) e nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara, do Senado, dos tribunais federais e do Ministério Público.

Assunto bastante cobrado em concursos são as matérias de iniciativa privativa do chefe do Poder executivo. O art. 61, §1º delineia essas matérias:

“§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.”

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Segundo já estabelecido pelo STF, esse dispositivo constitucional, decorrência do princípio de separação dos Poderes, é de observância obrigatória para estados, Distrito Federal e municípios. E o mais interessante: essas matérias não podem ser reguladas pelo legislativo local nem mesmo no processo de edição da Constituição estadual ou da Lei Orgânica do Município.

Explicando melhor, no caso de emendas à Constituição Federal não há iniciativa privativa para qualquer matéria. Assim, não há matéria cuja iniciativa esteja dentro da competência exclusiva de algum dos legitimados à proposição de emenda constitucional. Todavia, essa regra não vale para a Constituição estadual. É dizer que as matérias reservadas ao chefe do poder executivo (CF, art. 61, § 1°) não poderão ser tratadas nem em lei de iniciativa parlamentar, nem mesmo na edição da Constituição estadual (ou em propostas de emenda a ela).

Cabe também um comentário em relação à iniciativa em matéria tributária. Sempre tem uma questão falando que é de iniciativa privativa do Presidente da República os projetos de lei que versem sobre matéria tributária. Marque

errado nelas, uma vez que não há iniciativa privativa nisso (exceto no que diz respeito à matéria tributária relacionada aos territórios, nos termos do art. 61, § 1°, II, “b”, cuja iniciativa é privativa do Presidente da República). Por fim, vale a pena chamar sua atenção para nova jurisprudência do STF, que firmou entendimento no sentido de que a iniciativa legislativa para criação do sistema de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais cabe ao Poder Judiciário. Assim, é inconstitucional a deflagração do processo legislativo pelo chefe do Executivo.

Fase constitutiva

Como vimos no esquema, a fase constitutiva compreende uma etapa legislativa (em que se discute e vota o projeto de lei) e uma etapa executiva (que se constitui na sanção ou veto presidencial). Desde já, cabe comentar que o projeto de lei aprovado pelo Legislativo e vetado pelo Presidente da República, volta ao Congresso Nacional para que este delibere sobre o veto.

Ou seja, o Presidente da República participa do processo legislativo, mas não é obrigatório que ele esteja de acordo para que a lei possa ser válida.

Logo que um projeto de lei chega a uma casa legislativa ele passa necessariamente pela análise de duas Comissões: uma que examinará os aspectos materiais (comissão temática) e outra que verificará os aspectos formais da norma, ligados à sua constitucionalidade (Comissão de Constituição e Justiça).

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Bem, devido ao bicameralismo existente no nosso ordenamento, o projeto de lei passará pelas duas Casas legislativas (casa iniciadora e casa revisora), sofrendo as análises acima em todas as duas casas.

Analisado o projeto, ele vai a plenário para que seja discutido e votado, sendo aprovado pelo voto de, pelo menos, maioria simples dos votos no caso de lei ordinária. Já no caso de lei complementar, exige-se maioria absoluta.

Aproveito para abrir um parêntese para diferenciar a lei ordinária da lei complementar.

A Constituição é que estabelece qual será o campo a ser tratado em lei complementar. Ou seja, só se exige lei complementar naquelas matérias para as quais a Constituição especifica a necessidade desse instrumento. Como comentado, essa norma exigirá aprovação por maioria absoluta dos votos.

- Lei ordinária→ maioria simples

- Lei complementar→ maioria absoluta

Segundo o art. 65 da CF/88, o projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e: (i) enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar; ou (ii) arquivado, se o rejeitar. Nos termos do parágrafo único, sendo o projeto emendado, ele voltará à Casa iniciadora.

Vale comentar ainda sobre o chamado princípio da irrepetibilidade. Segundo o art. 67, a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Observe o seguinte:

I) o projeto pode voltar em sessão legislativa distinta daquela em que se deu a rejeição; e

II) o projeto pode voltar na mesma sessão legislativa, desde que por proposta de maioria absoluta dos membros do Senado ou da Câmara.

Organizando seus pensamentos, podemos dizer que, após ser aprovado o projeto pela casa iniciadora, se a casa revisora:

- aprovar→ vai para o Presidente da República para sanção e veto; - rejeitar→ é arquivado e se aplica a irrepetibilidade (CF, art. 67); e - emendar→ retorna para casa iniciadora.

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Nesse último caso, essa nova análise da casa iniciadora restringe-se ao que foi emendado.

Interessante observar a predominância da vontade da Casa iniciadora sobre a Casa revisora. Caso a casa revisora altere o texto inicial por meio de emendas, o projeto volta à Casa iniciadora para que sejam deliberadas exclusivamente as emendas.

Se as alterações forem aprovadas pela Casa iniciadora, o projeto de lei segue normalmente para sanção do Presidente.

Caso as alterações sugeridas pela Casa revisora sejam rejeitadas pela Casa iniciadora, o projeto de lei vai da mesma forma para a sanção presidencial, só que com o texto original (sem as referidas emendas) e sem voltar à Casa revisora.

Objetivamente, quem manda é a Casa iniciadora...rs

Atenção! Segundo o STF, a alteração de projeto de lei por uma Casa Legislativa não precisa ser reapreciada pela outra Casa caso a mudança não seja substancial. Em outras palavras, caso a alteração da Casa revisora seja de mera redação, sem importância, não há motivo para que o projeto volte a ser reapreciado pela Casa iniciadora.

Vale destacar a possibilidade de aprovação definitiva dos projetos de lei pelas comissões (sem passar pelo plenário). A Constituição Federal outorga poder às comissões legislativas para discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento de cada Casa, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa (CF, art. 58, § 2°, I).

Bem, aprovado o projeto de lei nas duas Casas do Congresso Nacional, ele irá ao Presidente da República para sanção ou veto.

A sanção é a concordância do Chefe do Poder Executivo com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo, com ou sem modificações em relação ao texto original. É o ato que conclui a fase constitutiva do processo legislativo.

Vale comentar que:

I) a sanção do Presidente da República não sana vício de iniciativa de lei; II) a sanção do Presidente da República não sana vício de emenda

parlamentar;

O veto é a manifestação de discordância do Chefe do Executivo com parte ou com todo o projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. É outorgado ao Chefe do Executivo, em caráter exclusivo, vetar projeto já aprovado pelo Legislativo.

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Caso o Presidente da República considere o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse publico, vetá-Io-átotal ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto (art. 66, § 1°).

Nesse sentido, o veto poderá resultar de um juízo decorrente da incompatibilidade entre a lei e a Constituição (inconstitucionalidade formal ou material da lei) ou de um juízo da lei quanto à sua conveniência política e aderência ao interesse público.

Objetivamente:

Veto por inconstitucionalidade→ veto jurídico;

Veto por contrariedade ao interesse público→ veto político.

O veto poderá ser sobre toda a lei (veto total) ou sobre um dispositivo em particular (veto parcial). Entretanto, o veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea (CF, art. 66, § 2°). Ou seja, não pode vetar apenas uma palavra ou apenas uma expressão de um artigo ou inciso.

Como vimos, o Presidente dispõe de quinze dias úteis para vetar o projeto ou sancioná-lo. Caso ele permaneça inerte, você lembra o que acontece?

De acordo com a Constituição, decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importará sanção (CF, art. 66, § 3°). Ou seja, transcorrido o prazo sem que haja manifestação, ocorre a sanção tácita (não existe o veto tácito, o veto deve ser expresso).

Como já comentado, mesmo que o Presidente da República vete o projeto, ele poderá virar lei da mesma forma, desde que o Congresso derrube o veto. É que o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores (CF, art. 66, § 4°).

Atenção! Até a promulgação da EC 76/2013, a apreciação do veto pelo Congresso ocorria em escrutínio secreto. Agora, não mais. O veto é apreciado em sessão aberta, sem sigilo.

Objetivamente, são os seguintes os detalhes para a rejeição do veto: - Sessão conjunta;

- 30 dias;

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- sessão aberta (não é mais em escrutínio secreto!).

Transcorridos os 30 dias para a apreciação do veto por parte do Congresso, não havendo ainda deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. É o chamado trancamento de pauta da sessão conjunta do Congresso (não ocorre o trancamento das sessões da Câmara e do Senado isoladamente, mas o trancamento da pauta da sessão conjunta do Congresso).

Assim, como o veto é parcial, a rejeição do veto por parte do Congresso também poderá ser parcial. Ou seja, alguns artigos vetados poderão permanecer vetados, enquanto outros terão o veto superado pelo Congresso. Se o veto for mantido pelo Congresso, arquiva-se o projeto aplicando-lhe o princípio da irrepetibilidade (aquela matéria somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional).

Fase complementar

A fase complementar compreende a promulgação e a publicação.

A promulgação é o ato que dá validade à lei. É o ato solene que atesta a existência da lei, inovando a ordem jurídica. Trata-se de certificado de autenticação de que uma lei foi regularmente elaborada, existe no mundo jurídico e está apta a produzir seus regulares efeitos.

Em regra, a competência para promulgar a lei é do Chefe do Poder Executivo (no caso de sanção expressa, a sanção e a promulgação ocorrem ao mesmo tempo).

Diante da omissão do Presidente, caberá ao Legislativo promulgar a lei. Assim, se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos de sanção tácita e rejeição do veto, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo (CF, art. 66, § 7°).

Mas o que lhe confere eficácia no mundo jurídico é a publicação da lei, com a qual a lei poderá ou não entrar em vigência imediata.

A publicação não é, propriamente, fase de formação da lei, mas sim pressuposto para sua eficácia. A publicação é necessária para a entrada em vigor da lei e para a produção de seus efeitos. Atualmente, no plano federal, realiza-se pela inserção da lei no Diário Oficial da União.

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1. (FGV/AUDITOR FISCAL/ISS/CUIABÁ/2016) Um grupo de deputados federais, sensíveis à crise financeira que assola certos setores da economia, com o objetivo de diminuir o custo de produção e evitar o aumento de preços, apresentou proposição legislativa reduzindo a alíquota de determinados tributos da União. O projeto foi aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, com estrita observância da sistemática constitucional, sendo convertido em lei, após sanção do Chefe do Poder Executivo.

À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

a) Não há qualquer vício formal na lei, já que os deputados federais têm poder de iniciativa legislativa em matéria tributária.

b) Há vício formal na lei, já que somente o Presidente da República pode iniciar o processo legislativo em matéria tributária.

c) A lei somente terá vício formal se a proposta de lei orçamentária anual não tiver previsto a redução de alíquota.

d) A ausência de iniciativa legislativa dos parlamentares foi superada com a sanção do projeto pelo Chefe do Poder Executivo.

e) Os parlamentares somente teriam poder de iniciativa legislativa, em matéria tributária, caso a lei fosse direcionada a Território Federal.

LETRAS (A e B) – Atenção! Não são de iniciativa privativa do Presidente da República os projetos de lei que versem sobre matéria tributária (exceto no que diz respeito à matéria tributária relacionada aos territórios, nos termos do art. 61, § 1°, II, “b”, cuja iniciativa é privativa do Presidente da República). Item certo.

LETRA (C) – Aspectos orçamentários, como o comentado no enunciado, nada interferem na previsão de iniciativa privativa para apresentação de projetos de lei. Item errado.

LETRA (D) – Não existe vício de iniciativa na situação apresentada. Mas saiba que a sanção do Presidente da República não sana vício de iniciativa de lei. Item errado.

LETRA (E) – É exatamente o contrário. Os projetos de lei que versem sobre matéria tributária em geral não são de iniciativa privativa do Presidente da República. Por outro lado, no que diz respeito à matéria tributária relacionada aos territórios, a iniciativa é privativa do Presidente da República, nos termos do art. 61, § 1°, II, “b”, da CF/88). Item errado.

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Gabarito: “a”

2. (FGV/ANALISTA JURÍDICO/DPE/RO/2015) Determinado Deputado Estadual, sensibilizado com a situação dos servidores públicos do Poder Executivo, que há anos não recebiam qualquer aumento salarial, decidiu elaborar um projeto de lei a respeito dessa temática. O projeto, considerando a precária situação financeira do Estado, repôs as perdas decorrentes da inflação e concedeu um aumento real de apenas 0,5% (meio por cento). O projeto, que contou com amplo apoio da população, foi aprovado pela Assembleia Legislativa e, ao final, sancionado pelo Governador. A partir dessa narrativa, é correto afirmar que a lei decorrente desse processo legislativo é:

a) constitucional, pois compete ao Estado legislar sobre os respectivos servidores públicos;

b) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, não sendo o vício sanado pela sanção;

c) constitucional, desde que o reajuste fornecido aos servidores estaduais não supere aquele concedido aos servidores da União;

d) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Legislativo e a sanção não supriu o vício;

e) constitucional, desde que a Constituição Estadual tenha reconhecido a iniciativa legislativa dos Deputados Estaduais nessa matéria.

São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre aumento da remuneração de cargos públicos federais e sobre servidores públicos da União (CF, art. 61, § 1º, inciso II, alíneas “a” e “c”). As regras da Constituição referentes ao processo legislativo são de observância obrigatória pelos Estados e se aplicam a eles, no que couber.

Bem, apresentado o projeto de lei com vício de iniciativa, ela estará fulminada por inconstitucionalidade. Nem mesmo a sanção tem o condão de sanar o vício de iniciativa.

Gabarito: “b”

3. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ/BA/2015) Diante dos recentes protestos da população por todo o Brasil, muito se tem discutido sobre a participação mais ativa do cidadão no processo legislativo. Como instrumento de manifestação da soberania popular, é correto afirmar que a iniciativa popular:

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a) consiste na apresentação, ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por três Estados, que trate de matérias especificadas na Constituição, relacionadas aos direitos e garantias fundamentais;

b) somente pode ocorrer em âmbito federal, já que o texto constitucional não trata de iniciativa popular em nível estadual e municipal, sendo vedada às constituições estaduais e às leis orgânicas dispor sobre a matéria;

c) consiste na possibilidade de o eleitorado nacional deflagrar processo legislativo de lei complementar, lei ordinária, emenda à Constituição ou medida provisória mediante proposta de, no mínimo, um por cento de todo o eleitorado nacional, distribuído por pelo menos sete Estados;

d) é espécie de processo legislativo realizado diretamente pela população que apresenta o projeto de lei ao Congresso Nacional, que deve analisar apenas aspectos formais de sua constitucionalidade, vedada a rejeição do projeto em seu mérito, para não desnaturar a essência do instituto;

e) pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. (CF, art. 61, § 2º). A iniciativa popular também está prevista para os estados-membros e para os municípios.

No âmbito dos estados-membros e do DF a Constituição estabelece que: a lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual (CF, art. 27, §4°).

Quanto aos municípios, a possibilidade de iniciativa popular já está prevista na Constituição. Assim, esses projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, terão a iniciativa por meio da manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII).

Gabarito: “e”

4. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) A sanção aposta ao projeto de lei supre eventual vício de iniciativa.

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Atenção! A sanção do Presidente da República não sana vício de iniciativa de lei.

Item errado.

5. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) O veto tácito será apreciado, pelo Congresso Nacional, da mesma forma que o veto expresso.

De acordo com a Constituição, decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importará sanção (CF, art. 66, § 3°). Ou seja, transcorrido o prazo sem que haja manifestação, ocorre a sanção tácita (não existe o veto tácito, o veto deve ser expresso).

Item errado.

6. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) A promulgação não é ato privativo do Presidente da República.

Em regra, a competência para promulgar a lei é do Chefe do Poder Executivo (no caso de sanção expressa, a sanção e a promulgação ocorrem ao mesmo tempo). Diante da omissão do Presidente, entretanto, caberá ao Legislativo promulgar a lei. Assim, se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos de sanção tácita e rejeição do veto, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo (CF, art. 66, § 7°).

Item certo.

7. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) Somente é constitucional a sanção expressa, não a sanção tácita.

Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importará sanção (CF, art. 66, § 3°). Ou seja, transcorrido o prazo sem que haja manifestação, ocorre a sanção tácita.

Item errado.

8. (FGV/ADVOGADO/SENADO/2008) O projeto de lei que tenha sido aprovado nas duas casas legislativas será encaminhado ao Presidente da República para sanção. Se o chefe do Poder Executivo considerar o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento. A Constituição proíbe o veto parcial do projeto, em razão do risco de desvirtuamento decorrente da supressão de apenas alguns artigos da lei

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aprovada. O veto poderá ser derrubado em sessão conjunta das casas legislativas, pelo voto secreto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

A assertiva está incorreta, pois poderá haver veto parcial. Segundo a Constituição, se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto (CF, art. 66, § 1°).

O que a Constituição exige é apenas que o veto parcial somente alcance texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea (CF, art. 66, § 2°).

Ou seja, se uma lei for encaminhada para sanção ou veto, o Presidente pode vetar apenas determinados dispositivos, não sendo necessário que vete toda a lei. Entretanto, o veto não poderá ser sobre uma palavra, deverá abranger o texto integral daquele dispositivo (artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea). Cabe destacar que o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto (CF, art. 66, § 4°).

Item errado.

9. (FGV/JUIZ/TJ/PA/2005) É correto afirmar que, no processo legislativo, a promulgação é de iniciativa:

(A) exclusiva do Presidente da República, nos projetos de lei que ele apresentar.

(B) do Presidente da Câmara dos Deputados, no caso de sanção tácita de projeto de lei.

(C) do Presidente do Senado Federal, somente no caso de rejeição do veto. (D) do Presidente do Senado, no caso de rejeição de veto e de sanção tácita de projeto de lei, diante da omissão do Presidente da República.

(E) do Presidente da Câmara dos Deputados, no caso de rejeição de veto e de sanção tácita de projeto de lei, diante da omissão do Presidente da República. A promulgação é o ato solene que atesta a existência da lei, inovando a ordem jurídica. Em regra, a competência para promulgar a lei é do Chefe do Poder Executivo (no caso de sanção expressa, a sanção e a promulgação ocorrem ao mesmo tempo).

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Diante da omissão do Presidente, caberá ao Legislativo promulgar a lei.

Assim, se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos de sanção tácita e rejeição do veto, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo (CF, art. 66, § 7°).

Assim, a alternativa correta é a letra “d”. De qualquer forma, caso o Presidente do Senado permaneça inerte, a competência passa a ser do Vice-Presidente do Senado.

Gabarito: “d”

10. (CESPE/ANALISTA/MPU/2013) Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do ordenamento jurídico.

A promulgação é o ato que atesta a existência da lei, inserindo-a no ordenamento jurídico (é ato que inova o ordenamento jurídico, pela inserção de uma nova norma). Ou seja, é ato que incide sobre a lei.

Item errado.

Ficamos por aqui. Como se trata de aula demonstrativa, tivemos uma aula bem menor hoje, com um número reduzido de questões.

Um abraço e bons estudos! Frederico Dias

(18)

2 - Lista das Questões Comentadas

1. (FGV/AUDITOR FISCAL/ISS/CUIABÁ/2016) Um grupo de deputados federais, sensíveis à crise financeira que assola certos setores da economia, com o objetivo de diminuir o custo de produção e evitar o aumento de preços, apresentou proposição legislativa reduzindo a alíquota de determinados tributos da União. O projeto foi aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, com estrita observância da sistemática constitucional, sendo convertido em lei, após sanção do Chefe do Poder Executivo.

À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

a) Não há qualquer vício formal na lei, já que os deputados federais têm poder de iniciativa legislativa em matéria tributária.

b) Há vício formal na lei, já que somente o Presidente da República pode iniciar o processo legislativo em matéria tributária.

c) A lei somente terá vício formal se a proposta de lei orçamentária anual não tiver previsto a redução de alíquota.

d) A ausência de iniciativa legislativa dos parlamentares foi superada com a sanção do projeto pelo Chefe do Poder Executivo.

e) Os parlamentares somente teriam poder de iniciativa legislativa, em matéria tributária, caso a lei fosse direcionada a Território Federal.

2. (FGV/ANALISTA JURÍDICO/DPE/RO/2015) Determinado Deputado Estadual, sensibilizado com a situação dos servidores públicos do Poder Executivo, que há anos não recebiam qualquer aumento salarial, decidiu elaborar um projeto de lei a respeito dessa temática. O projeto, considerando a precária situação financeira do Estado, repôs as perdas decorrentes da inflação e concedeu um aumento real de apenas 0,5% (meio por cento). O projeto, que contou com amplo apoio da população, foi aprovado pela Assembleia Legislativa e, ao final, sancionado pelo Governador. A partir dessa narrativa, é correto afirmar que a lei decorrente desse processo legislativo é:

a) constitucional, pois compete ao Estado legislar sobre os respectivos servidores públicos;

b) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, não sendo o vício sanado pela sanção;

c) constitucional, desde que o reajuste fornecido aos servidores estaduais não supere aquele concedido aos servidores da União;

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d) inconstitucional, pois a matéria é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Legislativo e a sanção não supriu o vício;

e) constitucional, desde que a Constituição Estadual tenha reconhecido a iniciativa legislativa dos Deputados Estaduais nessa matéria.

3. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ/BA/2015) Diante dos recentes protestos da população por todo o Brasil, muito se tem discutido sobre a participação mais ativa do cidadão no processo legislativo. Como instrumento de manifestação da soberania popular, é correto afirmar que a iniciativa popular:

a) consiste na apresentação, ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por três Estados, que trate de matérias especificadas na Constituição, relacionadas aos direitos e garantias fundamentais;

b) somente pode ocorrer em âmbito federal, já que o texto constitucional não trata de iniciativa popular em nível estadual e municipal, sendo vedada às constituições estaduais e às leis orgânicas dispor sobre a matéria;

c) consiste na possibilidade de o eleitorado nacional deflagrar processo legislativo de lei complementar, lei ordinária, emenda à Constituição ou medida provisória mediante proposta de, no mínimo, um por cento de todo o eleitorado nacional, distribuído por pelo menos sete Estados;

d) é espécie de processo legislativo realizado diretamente pela população que apresenta o projeto de lei ao Congresso Nacional, que deve analisar apenas aspectos formais de sua constitucionalidade, vedada a rejeição do projeto em seu mérito, para não desnaturar a essência do instituto;

e) pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

4. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) A sanção aposta ao projeto de lei supre eventual vício de iniciativa.

5. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) O veto tácito será apreciado, pelo Congresso Nacional, da mesma forma que o veto expresso.

6. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) A promulgação não é ato privativo do Presidente da República.

7. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/PI/2015) Somente é constitucional a sanção expressa, não a sanção tácita.

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8. (FGV/ADVOGADO/SENADO/2008) O projeto de lei que tenha sido aprovado nas duas casas legislativas será encaminhado ao Presidente da República para sanção. Se o chefe do Poder Executivo considerar o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento. A Constituição proíbe o veto parcial do projeto, em razão do risco de desvirtuamento decorrente da supressão de apenas alguns artigos da lei aprovada. O veto poderá ser derrubado em sessão conjunta das casas legislativas, pelo voto secreto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

9. (FGV/JUIZ/TJ/PA/2005) É correto afirmar que, no processo legislativo, a promulgação é de iniciativa:

(A) exclusiva do Presidente da República, nos projetos de lei que ele apresentar.

(B) do Presidente da Câmara dos Deputados, no caso de sanção tácita de projeto de lei.

(C) do Presidente do Senado Federal, somente no caso de rejeição do veto. (D) do Presidente do Senado, no caso de rejeição de veto e de sanção tácita de projeto de lei, diante da omissão do Presidente da República. (E) do Presidente da Câmara dos Deputados, no caso de rejeição de veto e de sanção tácita de projeto de lei, diante da omissão do Presidente da República.

10. (CESPE/ANALISTA/MPU/2013) Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do ordenamento jurídico.

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3 - Gabarito

1. A 2. B 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. E 9. D 10. E

Referências

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