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Academic year: 2021

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O Investidor Essencial

2015

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O curso

Não é um curso informativo Foco em insight

Formar investidores reais e não pasteurizados (foco nos praticantes) Experiência prática acumulada pela equipe da Empiricus

Mais reunião de cinco livros

Mercado Financeiro - Eduardo Fortuna O Investidor Inteligente - Benjamin Graham Valuation - Aswath Damodaran

Thinking: Fast and Slow - Daniel Kahneman

Antifragility - Things that gain from disorder - Nassim Taleb

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O curso

Dois grandes objetivos:

Formar bons investidores (isso é para sempre)

Fornecer as melhores recomendações de investimento (isso é pra já)

O que é um bom investimento?

Note: deve ser julgado a priori. Portanto, não pode ser: “aquele que deu dinheiro.” Não sabemos isso quando tomamos a decisão

Resposta: Aquele em que se paga menos por um ativo do que seu valor justo

Corolário: Qual o valor justo? Esta é a grande dificuldade (pra isso estamos aqui)

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O curso

Devo comprar um ativo não porque há uma crença de que um novo investidor estará disposto a pagar mais caro.

Pois nunca se sabe quando a música vai parar de tocar.

Se o bom investimento é comprar abaixo do seu valor justo, tudo gira em torno de definir este valor.

É basicamente isso que ocupará o curso. Se você sabe isso, sabe tudo e, sim, está rico.

Simples e fácil? Nada disso.

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Como determinar o valor justo?

Duas grandes vertentes tradicionais:

Relativa: estima-se um valor dos ativos com base nos preços de mercado de ativos semelhantes. Exemplos clássicos: tabela Fipe; apto do vizinho

Intrínseca: o ativo comparado à sua capacidade de gerar caixa. Valor intrínseco equipara-se à soma dos fluxos de caixa que se espera sejam gerados ao longo de sua vida útil,

ponderados pelo grau de incerteza a eles associados. Ex.: apto deveria valer a soma dos alugueis; se locatário melhor pagador e estável, vale mais.

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Queremos ir além

Nossa proposta:

Avançar com uma abordagem epistemológica sobre a análise tradicional

Juntar análises relativa e intrínseca à antifragilidade e às finanças comportamentais

Método próprio da Empiricus

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Aula 1: Introdução ao mercado de k (com conceitos e insights) - O que é uma ação?

- E o que é uma boa ação?

O que é uma ação? Sf. Documento que representa uma parte do capital de

uma empresa.

Ou seja, você entrega dinheiro (desembolso de caixa) e compra um pedacinho de uma empresa. Vira sócio minoritário (pequeno) de um negócio, administrado por outrém.

Pergunta corolário: O que é uma empresa? Sf. Sociedade organizada para a

exploração de uma indústria ou comércio.

Ou seja, reunião de pessoas para fazer uma atividade e ganhar dinheiro com isso. Ex.: Empiricus (empresa fechada; mas se fosse aberta, seria negociada em Bolsa e você poderia ser meu sócio)

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Isso resume a empresa: Balanço Patrimonial - foto

(ativos e passivos); voltaremos a isso depois

À direita: capital próprio (PL; ações; você está aqui) e de terceiros (dívidas; obrigações)

Cada linha à direita cria uma contrapartida à esquerda Ordenado por liquidez

Ação é um pedaço do PL

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A ponte ação-empresa

Ação é pedaço da empresa, negociada em Bolsa, através de uma corretora (forma direta de negociação de ações).

O que é Bolsa? Ambiente de negociação - uma feira em que as pessoas se

reúnem para trocar ativos financeiros (ganhos de escala na negociação). Não precisamos perder tempo com isso aqui: só temos uma mesmo. Não há escolha.

O que é corretora? É a estrada que dá acesso à Bolsa. Cobra um pedágio

(corretagem) para andar por ali. Atenção aqui: interesse da corretora é ganhar com corretagem (paga a cada operação) e não no lucro do cliente. É preciso saber escolher bem a corretora - temos muitas. A maioria é ruim. (Cenas dos próximos capítulos)

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O que é uma boa corretora? (Antecipando alguns

pontos)

Tecnologia (home broker estável, amigável e rápido) Pessoas (veja quem é o dono e o time; bom atendimento)

Processos (respeita os limites estabelecidos, agilidade nas informações)

Custo (corretagem e custódia; mas pode valer a pena pagar mais se for algo bom) Research (precisa dar boas ideias; normalmente não dá - conflitado e ruim)

Cuidado com o corretor/gerente de banco amigão cheio de dica - ele quer corretagem, resultado pro banco, meta pessoal, nem pode dar dica e não sabe de ações.

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Formas indiretas de comprar ações

Fundos de investimento: compra cotas de um condomínio. Delega a um terceiro gestão do seu portfólio, dando-lhe a incumbência de gerir seu dinheiro.

Vantagens: diversificação/gestão profissional/fácil monitoramento Desvantagens: agente-principal/taxas de adm e performance Clube de investimento: menores custos operacionais frente ao fundo e vantagens fiscais

Fundos disfarçados de clube: regulador apertando o cerco

Se decidir por um FIA, é muito importante saber escolher. Diferente de fundo DI ou fundo cambial, há diferenciação. (falaremos mais sobre isso)

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Governança corporativa

Definição: “Corporate governance deals with ways in which suppliers of finance to corporations assure themselves of getting return on their investment.”

Leitura altamente recomendada: A Survey of Corporate Governance - Andrei Shleifer and Robert Vishny, Journal of Finance. http://www.wu.ac.at/iqv/mitarbeiter/gugler/cg_shleifervishny.pdf

Definição do IBGC (gosto mais da anterior): “Governança corporativa são as práticas e os relacionamentos entre os Acionistas/Cotistas, Conselho de

Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal, com a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital”. Além disso, a expressão é designada para abranger os “assuntos relativos ao poder de controle e direção de uma empresa, bem como as diferentes formas e esferas de seu exercício e os diversos interesses que, de alguma forma, estão ligados à vida das sociedades comerciais”

Princípios fundamentais: Transparência (disclosure), Equidade (fairness), Prestação de Contas (accountability), Cumprimento das Leis (Compliance) e Ética.

Fatos estilizados:

Governança é transparência - transparência não é garantia nenhuma de retorno ao stakeholder.

Governança é tag along - se a empresa não está à venda, não adianta nada.

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Níveis de governança

Tentativas de sistematizar práticas de governança no Brasil

Níveis de adaptação às melhores práticas: Nível 1; Nível II e Novo Mercado, além do tradicional segmento de listagem.

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Governança importa?

Não é garantia de nada. Boa governança não representa necessariamente retorno ao acionista.

Muita governança ruim já teve ações multiplicando em Bolsa. Casos: Gerdau, Cosan.

Mas ajuda. Uma garantia a mais.

Casos clássicos cuja governança atrapalhou: PDG (executivos apostando na queda das ações), Gafisa (altos salários e bônus), HRT (Gafisa amplificada), OGX (faltou transparência, má gestão das expectativas)

Mais do que pertencer a este ou àquele nível, qual o histórico de alinhamento do management e do controlador ao interesse de todos os stakeholders? Ex.: melhor governança em real estate é empresa de dono. Ex2.: quando controlador está comprando...(ver caso de Rossi).

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IPO (do fechado ao aberto): Como uma empresa vai à

Bolsa

Quer atrair mais dinheiro para crescer ou por dinheiro no bolso dos sócios. Outras razões: imagem, sucessão, novas fontes de captação, compartilhamento de riscos.

Decide pelo IPO: ter ações negociadas em Bolsa, ganhar acesso ao mercado de capitais e ter novos sócios.

Escolhe banco para coordenar operação. Ele coleta intenções de demanda junto a investidores institucionais - forma-se o book de oferta (bookbuilding) e, a partir das intenções dessa demanda, determina-se o preço. Nos dias subsequentes, ação começa a ser negociada em Bolsa normalmente.

Se a demanda superar a oferta, coordenador pode disparar um lote adicional (greenshoe), limitado a 15% da operação.

IPO é uma oferta inicial de ações - estreia na Bolsa. Pode ser primária (para a empresa) ou secundária (para o Bolso dos sócios antigos). Prefira as primárias. Olhe sempre também o use of proceeds no prospecto.

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Devo comprar IPOs?

Diversos estudos indicam fenômeno de underpricing: sobe no primeiro dia. Faz parte da festa; coordenador deixa demanda reprimida, otimista inicial. Isso é a média, claro. Se participar de todos e vender no leilão de fechamento do primeiro dia, sim, no longo prazo, você ganha.

Jay Ritter: IPOs performance in the long run. Normalmente, cai em três anos. Não sabe se relacionar com mercado, baixo histórico em Bolsa, resultado inflado pré-IPO.

Isso não impede, claro, de comprar e carregar. Mas deve ser bem seletivo.

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Classes de ações

Ordinárias: ordinário é comum, normal. Aquela com direito a voto. Cada ação,

um voto.

Autoridade máxima na empresa, pois elege o Conselho, que, por sua vez, ele Diretoria.

Preferenciais: widow stocks. Possuem preferência na distribuição de dividendos.

Passam a ter direito a voto quando não há distribuição de dividendos por três anos consecutivos ou por outros elementos previstos em estatuto.

Direito societário: preferencialistas estão alijados do direito de votar. Então, precisam ganhar outro direito, que é justamente a preferência nos dividendos.

Particularidade brasileira: usada para atrair capital sem direitos políticos. Fundador com o controle. Não é à toa que Novo Mercado só admite ON. Qual preferir ON ou PN? Depende. Olhar chance de troca de controle, potencial de dividendos, liquidez, alinhamento com controlador. Em suma, o que você procura?

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Tributação

Fato gerador: auferir ganho líquido na alienação das ações.

Base de cálculo: resultados positivos entre o valor de alienação e o seu custo de aquisição, calculado pela média ponderada dos custos unitários

Alíquota: 15%

Retenção e recolhimento: apurado em períodos mensais e pago, pelo investidor, até o último dia útil do mês subsequente.

Compensação: perdas poderão ser compensados com os ganhos, exceto no caso de perdas em operações de day trade.

Movimentação inferior a R$ 20 mil no mês é isenta.

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Índice de ações

Afirmação Bolsa caiu/subiu é imprecisa. Bolsa é um lugar; não cai nem sobe. Quem faz esse movimento são os índices de ações, que tentam representar médias de comportamento.

Ibovespa: principal índice de ações brasileiro. Uma média do comportamento das ações mais importantes, ponderadas por liquidez e valor de mercado. Carteira muda a cada quadrimestre.

Outros índices: IBrX-100, IBrX-50, IGC, ITAG, IEE, ITEL, ISE.

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Além das definições contábeis (começa parte de

insights)

Ação é pedaço da empresa. Contabilmente, perfeito. Mas e na prática?

Não posso ir lá e trocar ação por algo da empresa, influenciar diretamente na gestão ou me apropriar diretamente de parte do lucro que não seja em forma de dividendo.

Também há agente (management) e principal (donos/acionistas).

No dia-a-dia, é um símbolo piscando na sua tela, que sobe ou desce conforme as decisões de compra e venda dos investidores. Preço é determinado pelo véu da interação social. Não há como entender ação sem entender o homem

-análise da empresa é somente parte do processo. Importância de Kahneman.

Ação é um contrato, negociado em ambiente de Bolsa, que lhe dá acesso a um conjunto de direitos - dividendos (pela Lei, mínimo de 25%, Estatuto pode prever algo diferente), juros sobre o capital próprio (paga IR), bonificação (ganho de novas ações), desdobramento/grupamento (dar liquidez ou tirar vol), voto, chance de vendê-lo novamente a preço de mercado, etc.

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O que é uma boa ação?

Ação de uma empresa boa: histórico positivo de resultados, alto ROIC, margens elevadas, poder de remarcar preços e combater pressão de custos, com dívida sob controle e boas práticas de governança.

Ao preço adequado. Precisa estar barata (próximas aulas dirão o que é barata).

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O que é uma ação ótima?

Empresa boa Barata

E oportunidades de crescimento que vão torná-la ainda mais barata aos preços atuais

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Quais minhas ações preferidas?

Empresa boa Barata Crescendo

Com oportunidades não contempladas pelo mercado ainda, mas com chance de dar certo e ajudar lá na frente - Opcionalidade

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Pilares fundamentais (quase filosóficos) - I

Regra 1 de Finanças: compra barato e vende caro - não é assim que ganha-se dinheiro?

Tudo que sabemos é o preço que pagamos. Filosoficamente, preço de venda é desconhecido. Só temos uma coisa a fazer, portanto: comprar barato.

Foco principal do curso, portanto: Análise Fundamentalista - instrumento tradicional para identificar ação barata.

Mas e a Análise Técnica, abandonamos? Postura agnóstica, sem preconceitos. Sempre foi considerada voodoo science, relegada aos fóruns de ações e sardinhas. Se quiser recomendação de leitura: John Murphy, Technical Analysis of Financial Markets.

Ganho de reputação a partir dos estudos de Andrew Lo, do MIT (Statistical Foundation of Technical Analysis), que identificou contribuição de certos padrões gráficos como variável explicativa para o comportamento das ações a partir de estatística de Kernel. No Brasil, Pedro Valls tem estudos no mesmo sentido: testes de ombro-cabeça-ombro, e outras regras de AT no Ibov Fut.

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Pilares fundamentais - II

Investimento é uma decisão em ambiente opaco, permeado pela incerteza. Ciência social, sem exatidão - economistas são invejosos da física.

Você vai errar. Aprenda a fazê-lo com categoria.

Corolário: antifragilidade é o caminho. Erros potenciais pequenos; acertos potenciais grandes.

Invista centavos para comprar dólares; nunca invista dólares para ganhar centavos -nunca vendido em dólares, vendido em opções, compra em CDB de banco médio. Sempre comprado em opções, em dólar, terrenos em Fortaleza, etc.

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De onde vem tanto gosto pelas ações?

Razões históricas e pessoais.

Encaixe perfeito na antifragilidade: pode ir a zero (pela responsabilidade limitada -acionista não responde com os próprios bens) e pode ir ao infinito.

Assimetria favorável entre perdas e ganhos potenciais. Bolsas tendem a ganhar no longo prazo

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Dois jeitos da análise fundamentalista

Top-down: do macro para o micro Bottom-up: do micro para o macro

Preferência pelo bottom-up: no top-down, um erro de avaliação macro detona todo o resto. Errou no começo, destruiu tudo. Erros no bottom up são particulares e, portanto, menores dentro de um portfólio. Exemplos.

Lembre-se: você vai errar. Risco muito alto no top-down. Um erro pode ser vital.

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Cenas dos próximos capítulos...

Aula 2: Felipe + Renato

Como escolher uma boa corretora na prática? Quais as melhores corretoras do Brasil e por quê? Como escolher um bom fundo?

Quais os melhores fundos?

Regras para construção de patrimônio de longo prazo

Referências

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