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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO

Por: Rosa Maria de Souza Campos

Orientador Prof. Jean Alves

Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

RECURSOS NO PROCESSO TRABALHISTA

Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito e Processo do Trabalho

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela oportunidade e pelo privilégio que me foi dado em compartilhar tamanha experiência. À minha família pela paciência em tolerar minha ausência. Aos colegas de trabalho pelo incentivo diário e aos colegas de turma pela espontaneidade e alegria na troca de informações e materiais numa demonstração de amizade e solidariedade.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus filhos pelos estímulos que me impulsionaram a buscar vida nova a cada dia, meus agradecimentos por terem aceito se privar de minha companhia pelos estudos, concedendo-me a oportunidade de mais uma realização.

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RESUMO

Propõe-se o presente trabalho estudar os recursos trabalhistas como espécies processuais autônomas e individuais. Apesar de partilharem a mesma principiologia com o processo civil, possuem norma própria e peculiaridades, estudadas de forma geral, em primeiro momento e, após, serão observados cada tipo de recurso em processo do trabalho.

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METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto são estudos de doutrina e jurisprudência.

(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Teoria Geral dos Recursos 10

CAPÍTULO II - Peculiaridades dos Recursos no Processo do Trabalho 17

CAPÍTULO III - Recursos Trabalhistas em Espécie 25

CONCLUSÃO 48

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 51

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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INTRODUÇÃO

O processo do trabalho é espécie processual que, apesar de deter normas próprias, possui regulamentação subsidiária do Código de Processo Civil.

Uma vez que o objeto do processo trabalhista é, muitas vezes, de natureza salarial, logo, alimentar, há necessidade de conferir-se celeridade aos procedimentos, de forma a garantir o rápido recebimento das verbas desta espécie.

A informalidade do processo do trabalho observada na primeira instância acaba por ser mitigada na fase recursal, quando o processo passa a tornar-se mais complexo.

Ainda, a maioria dos cursos de Direito tendem a conferir mais importância ao processo civil do que ao processo do trabalho, relegando ao mesmo o tempo residual. Este fato contribui para o desconhecimento das normas incidentes aos recursos, causando turbações no processo que só o tornam mais moroso e custoso ao Judiciário Trabalhista.

O presente trabalho tem por objetivo realizar estudo dos recursos trabalhistas, apontando posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais sobre algumas questões controversas.

No primeiro capítulo é estudada a Teoria Geral dos Recursos, em que são elencadas normas e princípios aos recursos em geral, seja no processo civil, seja no processo trabalhista.

(9)

O segundo capítulo apresenta as questões específicas do processo do trabalho quanto aos recursos.

Por fim, o terceiro capítulo visa ao estudo dos recursos trabalhistas em espécie, apresentando suas hipóteses de cabimento, seus procedimentos e questões polêmicas.

Esperamos que este trabalho nos auxilie a compreender e entender os recursos trabalhistas e suas especificidades.

(10)

CAPÍTULO I

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

O início do estudo dos recursos compreende a teoria geral, a qual é observada em todas as espécies de processos (civil, penal, tributário, trabalhista, etc.). Sua importância se dá à medida que delineia a estruturação deste instituto jurídico e auxilia na sua aplicação prática.

1.1 - Conceito

Segundo MOREIRA (2003, p. 233), recurso é o

“remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna”.

Desta clássica definição extrai-se as características fundamentais que conformam o recurso:

a) O recurso é remédio voluntário (direito subjetivo processual), ou seja, caberá à parte interessada a análise da conveniência e oportunidade de interposição do remédio, salvo os casos de remessa necessária, que não é espécie recursal, mas cujos efeitos são similares;

b) O recurso não implica propositura de nova ação, mas prolonga o estado de litispendência, razão pela qual não se confunde com as ditas ações

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autônomas de impugnação (ação rescisória, reclamação constitucional, mandado de segurança contra decisão judicial, entre outras);

c) O recurso é um direito potestativo processual, pois objetiva alterar situações jurídicas declaradas pelo Poder Judiciário.

1.2 - Princípios

Conforme observado em todos os ramos do Direito, a Teoria Geral dos Recursos e dos Recursos Trabalhistas são regidos por princípios que conformam e dão substância às normas. São bastante numerosos os princípios, razão pela qual serão enumerados apenas os mais importantes para o presente estudo:

1.2.1 - Princípio do duplo grau de jurisdição

O princípio do duplo grau de jurisdição é o próprio permissivo do sistema jurídico para a interposição de recursos. “Não é ilimitado, podendo a lei restringir o cabimento de recursos e suas hipóteses de incidência” (NERY JR., 2007).

O duplo grau de jurisdição está previsto no artigo 5º, LV da Constituição Federal quando aduz que

“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.

O vocábulo recurso constante na norma da Constituição acima transcrita não significa apelo, mas toda forma recursal que deve ser prevista por lei infraconstitucional, que pode – e deve, portanto ser limitada.

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O doutrinador DIDIER JR. (2009, pp. 23-26) elenca pontos negativos do princípio do duplo grau de jurisdição, tais como dificuldade de acesso à justiça, desprestígio da primeira instância, quebra da unidade do poder jurisdicional (insegurança jurídica), afastamento da verdade e inutilidade do procedimento oral.

Em que pesem o brilhantismo e o caráter vanguardista de suas lições, ousamos discordar, por entender que o recurso tem fundamentos jurídico e psicológico baseados na insegurança de decisões monocráticas expedidas por juízos de primeira instância, comandados por juízes, seres humanos passíveis de erros. Logo, a responsabilidade que lhe é atribuída é deveras pesada, e, portanto, a possibilidade de recurso garante à parte processual segurança jurídica.

Ademais, a cultura jurídica brasileira é baseada no direito romano e em traços da cultura judaico-cristã, fontes essas que sempre previram o direito de recurso ao rei como forma de apaziguar a natural ansiedade que assola as partes do processo.

1.2.2 - Princípio da unirrecorribilidade

Este princípio, normatizado pelo artigo 498 do CPC, informa que para cada momento processual somente é cabível um único recurso. Se a parte intentar recursos plúrimos, poderá o juízo determinar que a mesma escolha.

1.2.3 - Princípio da fungibilidade

O direito brasileiro, em grande parte das situações, preconiza o conteúdo do ato, sendo este mais importante do que sua forma. Tal medida visa conferir celeridade e segurança às relações jurídicas.

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Assim, se for interposto recurso erroneamente nominado, poderá ocorrer seu aproveitamento de forma a alcançar sua finalidade e afastar a nulidade (artigos 244 e 249 do CPC).

Ocorre que a fungibilidade recursal não se opera automaticamente, devendo ser observados os seguintes requisitos:

a) deve haver dúvida objetiva sobre qual recurso cabível;

b) não pode haver erro grosseiro na interposição do recurso errôneo; c) deve ser interposto no prazo do recurso cabível.

Por dúvida objetiva entende-se divergência doutrinária e/ou jurisprudencial. O erro grosseiro é observado quando houver determinação legal expressa sobre a espécie recursal cabível, mas mesmo assim a parte interpõe recurso diverso.

Obviamente que o recurso errôneo que se pretende ver aceito por certo deve ser interposto no prazo do recurso correto, sob pena de descaracterizar o interesse de recorrer.

1.2.4 - Princípio da variabilidade

A parte pode interpor um recurso e, antes de encerrado o prazo, vem a concluir que outra espécie é recurso cabível. Assim, pelo princípio da variabilidade, poderá apresentar outro recurso, presumindo-se a desistência tácita do primeiro.

1.2.5 - Princípios da personalidade e substitutivo

Conforme lição de MALTA (2006, p. 424), o princípio da personalidade informa que o recurso somente opera seus efeitos a favor de quem o interpôs, enquanto o princípio substitutivo demonstra que a decisão do recurso substitui a decisão recorrida.

(14)

1.2.6 - Princípio da taxatividade

Somente são cabíveis os recursos previstos em lei em sentido estrito, “não se podendo criar recurso por interpretação analógica ou extensiva, nem por norma estadual ou regimental” (DIDIER JR., 2009, p. 47).

1.3 - JuÍzo de admissibilidade

O juízo de admissibilidade é o poder que o juízos a quo e ad quem detém para examinar se o recurso fora interposto em obediência aos pressupostos objetivos e subjetivos previstos em lei que o tornam admissível, ou seja, capaz de subir ao tribunal para ser examinado em seu mérito.

Conforme exposto no parágrafo anterior, o juízo de admissibilidade ocorre primeiramente na primeira instância. Sendo o recurso admitido, o mesmo segue para a segunda instância, onde sofrerá novamente juízo desta espécie. Importante frisar que o juízo de admissibilidade no órgão ad quem não se vincula ao juízo a quo.

O exame de admissibilidade é matéria de ordem publica (NERY JR., 2007, p. 810), devendo, portanto ser analisado ex officio, ou seja, independentemente de requerimento da parte. Diante deste caráter, poderá o juízo reconsiderar a admissibilidade ao verificar erro em sua admissão.

1.3.1 – Pressupostos objetivos

Os pressupostos objetivos de admissibilidade do recurso são aqueles que dizem respeito ao recurso em si, ou seja, às formalidades previstas em lei. São eles:

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b) Cabimento: somente serão admitidos os recursos interpostos corretamente, ou seja, contra ato judicial específico e previsto na lei, salvo os casos de fungibilidade.

c) Tempestividade: os recursos devem ser interpostos dentro do prazo que a lei estipula.

d) Preparo: devem as custas processuais e o depósito judicial serem recolhidos corretamente, conforme prevê a lei e o regimento dos Tribunais. e) Representação por advogado: em processo civil, obrigatoriamente a parte

deve ser assistida por advogado em grau de recurso. Todavia, esta não é realidade no processo do trabalho, conforme será verificado em momento oportuno.

As peculiaridades dos pressupostos objetivos de admissibilidade serão estudados no próximo capítulo deste estudo.

1.3.2 – Pressupostos subjetivos

Os pressupostos subjetivos de admissibilidade do recurso, por seu turno, dizem respeito às características que as partes devem possuir para que seu recurso seja admitido. São eles:

a) Legitimidade: somente pode recorrer aquele que pode vir a sofrer lesões em decorrência da decisão recorrida. Logo, não somente as partes podem recorrer, como também são legítimos o terceiro interessado e o Ministério Público do Trabalho, conforme artigo 843, §1º da CLT.

b) Capacidade: diz respeito à capacidade processual, que não se confunde com a capacidade civil. Todavia, em sobrevindo estado de incapacidade, deverá a parte ser representada conforme legislação civil vigente para que possa fazer parte da relação processual no recurso.

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c) Interesse: o interesse recursal não é meramente econômico, mas jurídico, ou seja, deverá a parte demonstrar que a decisão recorrida lhe trouxe uma situação jurídica desfavorável. Deve ser observadas a utilidade (o recurso trará ao recorrente situação mais vantajosa) e a necessidade (somente as vias recursais é que podem alcançar a pretendida situação mais vantajosa) (MOREIRA, pp. 298-306).

Observando-se integralmente todos os pressupostos objetivos e subjetivos, poderá o recurso ser admitido e ter seu mérito julgado.

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CAPÍTULO II

PECULIARIDADES DOS RECURSOS NO PROCESSO

DO TRABALHO

Após estudo da Teoria Geral dos Recursos, podemos avançar nos estudos e estudar as peculiaridades existentes nesta parte do Direito Processual do Trabalho.

Conforme já asseverado, tais peculiaridades decorrem da independência científica e metodológica do Direito do Trabalho e correspondente Direito Processual, em razão das próprias peculiaridades que envolvem a desigual relação de trabalho e emprego.

O Processo do Trabalho demanda celeridade e maior proteção ao trabalhador, uma vez que boa parte das demandas na Justiça do Trabalho envolvem verbas salariais, ou seja, de natureza alimentar. Uma vez que os recursos naturalmente projetam a litispendência, aumentando a duração do processo, os recursos no Direito Processual Laborista precisa ser mais célere e menos formalista, conforme verifica-se deste capítulo.

2.1 – Irrecorribilidade das decisões interlocutórias

Diferentemente do processo civil, não cabe agravo de instrumento contra decisões interlocutórias, como será visto no próximo capítulo. Aliás, o

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processo do trabalho não prevê cabimento de qualquer recurso para este tipo de decisão.

Este caráter decorre da norma insculpida no artigo 893, §1º da CLT, conforme verifica-se da norma abaixo transcrita:

“Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

(omissis)

§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo

próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do

merecimento das decisões interlocutórias somente em

recursos da decisão definitiva.” (grifou-se)

Da norma supratranscrita conclui-se que o mérito das decisões interlocutórias somente serão recorridas na mesma oportunidade de recursos contra decisões definitivas. O Tribunal Superior do Trabalho, interpretando o artigo 893, §1º da CLT conclui neste sentido, conforme Súmula TST n.º 214:

“Súmula 214 do TST: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões

interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo

nas hipóteses de decisão:

a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;

c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.” (grifou-se)

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Em decorrência do artigo 893, §1º da CLT, o cotidiano forense na Justiça do Trabalho adotou como expediente de praxe a parte prejudicada pela decisão interlocutória protestar sua irresignação na ata de audiência para, em eventual recurso ordinário, alegar em preliminares a questão incidente como prejudicial do mérito recursal.

Apesar da inexistência de previsão legal expressa neste sentido, entendemos que fazer constar a irresignação em ata de audiência é meio idôneo para demonstrar ao juízo ad quem que aquela decisão denegatória do pedido incidente de fato prejudica a parte, dando supedâneo mais concreto ao interesse recursal.

2.2 - Inexigibilidade de fundamentação

Prescreve o artigo 899, caput da CLT:

“Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples

petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as

exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”. (grifou-se)

A expressão “por simples petição” significa que a interposição de recursos no processo do trabalho dispensa formalidades, inclusive fundamentação jurídica, podendo ser uma petição onde há simples declaração de inconformidade com a decisão recorrida.

A aludida inexigibilidade de fundamentação dos recursos no processo do trabalho não é absoluta. Doutrina mais moderna (MARTINS, 2009, p. 393) entende que a fundamentação é essencial em recursos técnicos, em que seja necessário demonstrar a violação à lei, como é o caso do recurso de revista e dos embargos.

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Além disto, interpretação sistemática dos artigos 791 e 893 da CLT remete à conclusão de que a inexigibilidade de fundamentação nos recursos trabalhistas somente se justifica nos casos em que a parte está desacompanhada de advogado.

Importante frisar que não cabe interposição de recurso de forma oral tomada por termo nos autos, conforme OJ TST SDI n.º 120).

2.3 - Recursos de alçada

Nas causas cujo valor for de até dois salários mínimos (rito sumário) não caberá recurso, salvo na hipótese da decisão violar dispositivo constitucional, conforme se verifica do artigo 4º da Lei 5.584/70.

Questão controversa é aquela criada pela vigência da Lei 9.957/99 que criou o rito sumaríssimo, vigente nas causas de até quarenta salários mínimos. Neste procedimento é cabível recurso ordinário. Todavia, no rito sumário não há cabimento de recursos.

Assim, posiciona-se a doutrina (MALTA, 2006, p. 425) que até dois salários mínimos, não cabe recursos das decisões. Mas, nas causas entre dois e quarenta salários mínimos, cabe recurso ordinário.

2.4 - Efeitos dos recursos trabalhistas

Conforme artigo 899, caput da CLT, a regra geral é que os recursos em processo do trabalho sejam recebidos somente no efeito devolutivo, com exceção do recurso ordinário em dissídio coletivo, oportunidade na qual o Presidente do TST poderá conferir efeito suspensivo (artigo 14 da Lei 10.192/01).

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Efeito devolutivo do recurso significa que o recurso tem o condão de levar ao órgão de segunda instância a decisão recorrida para reapreciação (CÂMARA, 2006, p. 77). Já o efeito suspensivo impede que a decisão recorrida produza seus efeitos antes de julgado o recurso (idem, p. 78).

Segundo o artigo 515, §1º do CPC, o efeito devolutivo permite que o Tribunal, ao receber e apreciar o recurso, pode julgar toda a matéria contida nos autos do processo, ainda que não julgada pela sentença, nem renovada em sede de contrarrazões. Este é o chamado efeito devolutivo em profundidade, cabível no processo do trabalho (Súmula 393 do TST).

Todavia, apesar da regra ser apenas o efeito devolutivo, poderá ser concedido o suspensivo se a parte o requerer através de medida cautelar, nos termos da Súmula 414, I do TST, em que serão demonstrados “a plausibilidade de o recurso ser provido e o risco que o recorrente possa injustamente correr se o efeito suspensivo não for deferido” (MALTA, 2006, p. 431).

2.5 - Uniformidade dos prazos para recurso

O artigo 6º da Lei 5.584/70 uniformizou todos os prazos para interposição de recurso, fixando o prazo de oito dias, com exceção do recurso extraordinário que, por ter regulamentação própria no Constituição Federal, possui prazo de 15 dias para interposição.

2.6 - Depósito recursal

Importante peculiaridade dos recursos no processo trabalhistas, que não está previsto no processo civil, é o denominado depósito recursal, que é garantia do juízo paga pelo empregador (IN TST n.º 2/1991), condição de admissibilidade do recurso, ao lado do preparo.

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O depósito recursal é feito na conta vinculada do FGTS do trabalhador. Este instituto não viola o princípio da isonomia, pois a relação de emprego preconiza justamente a desigualdade entre empregado e empregador, conferindo à parte mais fraca uma série de garantias que a tornam igual perante a parte mais forte.

Diante disto, o depósito recursal visa garantir que o empregado receberá as verbas devidas, além de evitar que o empregador proponha recursos meramente protelatórios que obstam ao reclamante a obtenção célere de seus direitos questionados judicialmente.

Consigne-se, contudo, a seguinte discussão. A idéia original do depósito recursal era de garantir a execução, ou seja, na hipótese do tribunal confirmar a sucumbência do empregador, o valor depositado seria utilizado como parte do pagamento das verbas devidas. Todavia, a exigência deste depósito dificulta a interposição do recurso, medida esta que faz parte da ampla defesa e do amplo acesso à justiça.

Ainda, o depósito recursal, por ter natureza de garantia do juízo, não é albergada pela gratuidade de justiça, o que vem a dificultar o exercício do direito de recorrer por micro e pequenas empresas, que representam a maioria dos tipos societários registrados nas Juntas Comerciais.

Muito embora o depósito recursal seja importante meio de facilitar ao empregado o recebimento da importância que lhe é devida, causa sérios transtornos ao empregador, uma vez que o depósito recursal é valor fixado por lei. Com alterações no Código Processo Civil no que concerne à execução, há possibilidade do devedor parcelar sua dívida, facilitando a execução, expediente este que é obstado pelo depósito recursal.

O depósito recursal deve ser comprovado juntamente com a interposição do recurso, sendo esta condição de admissibilidade extrínseca.

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Cada recurso possui um valor de depósito, devendo ser o mesmo recolhido a cada vez que se recorre.

Os valores máximos do depósito recursal para cada espécie de recurso são os seguintes, conforme artigo 40 e seu §1º da Lei 8.177/91:

a) Recurso ordinário: R$ 5.357, 25;

b) Recurso de revista, embargos, recurso extraordinário e recurso ordinário em ação rescisória: R$ 10.714,51;

Tais valores sã registrados bimestralmente pela variação do INPC-IBGE. O TST faz atualizações em julho de cada ano.

Os agravos não exigem depósito recursal por completa ausência de norma legal. Nos mandados de segurança não cabe depósito recursal por não haver condenação em obrigação de dar.

Os depósitos recursais são limitados ao valor máximo da condenação. Se a condenação for inferior ao depósito recursal, depositar-se-á o valor integral da mesma.

Se o valor da condenação for superior ao do depósito recursal, depositar-se-á o limite prevista em lei, sendo depositadas as diferenças nos próximos recursos interpostos.

Por exemplo, se a condenação for R$ 30.000,00, serão depositados R$ 5.357,25 no recurso ordinário. No recurso de revista serão depositados R$ 10.714,51. Nos embargos, R$ 10.714,51, mas no recurso extraordinário será depositado apenas R$ 5.031,10. A soma atinge o total da condenação (MARTINS, 2009, pp. 405 e 406).

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Diferença ínfima de depósito recursal caracteriza não cumprimento do artigo 899, §1º da CLT, que impõe à parte recorrente prévio depósito da importância como pressuposto de admissibilidade recursal.

O depósito recursal é feito em dinheiro, não em bens.

Se a relação discutida não for de emprego, mas de trabalho, o depósito recursal ocorrerá em conta à disposição do juízo.

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CAPÍTULO III

RECURSOS TRABALHISTAS EM ESPÉCIE

Com a apresentação da Teoria Geral dos Recursos e o estudo sistematizado das peculiaridades dos recursos no processo do trabalho, podemos passar ao estudos dos recursos em espécie e suas características próprias.

O artigo 893 da CLT prevê os seguintes recursos no processo do trabalho: embargos, recurso ordinário, recurso de revista e agravo. A Lei 9.957/00 incluiu o artigo 897-A na CLT para constar os embargos de declaração. Como será visto ao longo deste capítulo, há desdobramentos de algumas espécies recursais.

Importante frisar que este estudo ater-se-á aos recursos estritamente do processo do trabalho. Em razão disto não serão estudados o recurso extraordinário, correição, nem agravos previstos em regimentos dos Tribunais.

3.1 - Recurso ordinário

Prescreve o artigo 895 da CLT:

“Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:

I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas

(26)

II - das decisões definitivas ou terminativas dos

Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer

nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento

sumaríssimo, o recurso ordinário:

I - (VETADO).

II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo

máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou

Turma colocá-lo imediatamente em pauta para

julgamento, sem revisor;

III - terá parecer oral do representante do Ministério

Público presente à sessão de julgamento, se este

entender necessário o parecer, com registro na certidão; IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão

de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos

próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.

§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo”. (grifou-se)

3.1.1 - Cabimento

Como se observa da norma acima transcrita, o recurso ordinário se assemelha à apelação do processo civil, uma vez que é cabível contra decisões terminativas que resolvam ou não o mérito da demanda. O artigo 895

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da CLT teve, ainda, o cuidado de estabelecer que a espécie recursal em estudo é cabível não somente das sentenças prolatadas pelas Varas do Trabalho, mas também das decisões dos Tribunais nos casos em que estes exerçam competência originária, tais como em dissídios coletivos, ação rescisória, mandado de segurança, habeas corpus e decisões que aplicam penalidades a servidores da Justiça do Trabalho (CARRION, 2005, p. 775).

Quanto às sentenças que homologam acordos entre as partes, essas são irrecorríveis, posto que apenas oficializam a vontade das partes. Todavia, se houverem vícios insanáveis na referida transação, poderão estes ser objeto de recurso ordinário.

3.1.2 - Procedimento

Com a publicação da sentença, a parte inconformada, se o desejar, deve interpor recurso ao Juízo da Vara do Trabalho em até 08 (oito) dias. Recebido o recurso, o Juízo intima a parte recorrida a apresentar suas contrarrazões no mesmo prazo (artigo 900 da CLT c/c artigo 6º da Lei 5.584/70).

Em virtude do artigo 518, §1º do CPC, o Juízo da Vara do Trabalho indeferirá o recurso ordinário se a sentença estiver em conformidade com súmula do STJ e do STF. Apesar da referência ser do processo civil, é perfeitamente aplicável ao processo do trabalho e às súmulas do TST.

Subindo os autos ao TRT, serão os autos remetidos à Procuradoria do Trabalho que deverá em oito dias sobre o caso (artigo 5º da Lei 5.584/70). Após manifestação do MPT, os autos seguem conclusos ao Relator e após ao Revisor, quando processo é colocado em mesa para julgamento.

Estando o processo em ordem e pronto para julgamento, o Relator lerá seu relatório e voto, podendo ser acompanhado ou não pelos outros dois

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juízes. A decisão do TRT é lavrada no acórdão, que deverá conter o relatório e os votos, publicando-se sua parte dispositiva.

3.1.3 - Procedimento sumaríssimo

Em razão da maior celeridade do rito sumaríssimo, os procedimentos para a apreciação do recurso ordinário são diferenciados.

Assim, o recurso é imediatamente distribuído ao Relator que disporá de 10 (dez) dias para liberar os auto com o parecer, devendo a Secretaria do TRT colocar imediatamente em julgamento na próxima sessão.

No momento da Sessão de Julgamento o MPT fará seu parecer oral, caso entender cabível. O acórdão será resumido, apontando indicação suficiente do processo, a parte dispositiva e as razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada por seus próprios fundamentos, simples certidão desta circunstância será tomada por acórdão.

3.2 - Recurso de revista

Prescreve o artigo 896 da CLT:

“Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do

Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho,

quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal

interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do

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Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte;

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual,

Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

c) proferidas com violação literal de disposição de lei

federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

§1º O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas

devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo,

fundamentando, em qualquer caso, a decisão.

§2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente

de embargos de terceiro, não caberá Recurso de

Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.

§3º Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho.

§4º A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista

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ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. §5º Estando a decisão recorrida em consonância com

enunciado da Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator,

indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista,

aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será

denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo.

§6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.” (grifou-se)

3.2.1 - Cabimento

O recurso de revista tem caráter de apelo técnico, ou seja, não enseja a revisão do decisum do TRT quanto à apreciação e valoração de provas. Os objetivos primordiais deste é (i) uniformizar a jurisprudência e (ii) restabelecer a ordem jurídica constitucional violada (MALTA, 2006, p. 453).

Logo, o recorrente não pode interpor o mesmo por simples petição, além de guardar o ônus de demonstrar a divergência jurisprudencial ou a violação literal da lei ou da Constituição.

A supratranscrita alínea a do artigo 896 da CLT prevê que o recurso de revista será cabível quando o acórdão do TRT for divergente de jurisprudência de outro TRT, SDI ou Súmula do TST quanto à interpretação de lei federal. A alínea b se refere à mesma divergência jurisprudencial, mas quanto à lei

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estadual, convenção coletiva, acordo coletivo, sentença normativa ou regulamento da empresa.

A divergência jurisprudencial deve ser em relação a outro TRT, não sendo possível alegar divergência no âmbito do mesmo Tribunal, uma vez que cada Tribunal deve buscar a uniformização de sua jurisprudência (artigo 896, §3º da CLT). Não cabe ao TST apaziguar divergências internas, pois sua função é unificar o pensamento jurisprudencial de todo o território nacional. Poderá a parte apontar divergência do acórdão recorrido do TRT com a SDI.

Quando da demonstração da divergência jurisprudencial ensejadora do recurso de revista, deverá a parte demonstrar que o caso do acórdão recorrido é idêntico aos fatos que foram julgados no acórdão paradigma, demonstrando, portanto, divergência real, logo, que há TRT dando interpretações diversas ao mesmo dispositivo legal (Sumula 296, I do TST).

O parágrafo 4º do artigo 896 da CLT determina que a divergência jurisprudencial ensejadora de recurso de revista deve ser atual. Logo, se houver jurisprudência notória e atual do TST ou se a questão for sumulada, não será cabível este recurso (Súmula 333 do TST).

Poderá o recorrente indicar orientação jurisprudencial do TST como fundamento do recurso de revista (OJ 219 SDI-1 do TST).

O TST, através da Súmula 337 prevê as formalidades para demonstração da divergência jurisprudencial:

a) certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou referência, na petição de interposição do recurso de revista, a fonte oficial ou repositório autorizado em que foi publicado;

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b) transcrição, na petição do recurso, de trechos e/ou ementas dos acórdãos em conflito, a fim de demonstrar, sem dúvidas, a real divergência jurisprudencial ensejadora do recurso de revista;

Atualmente, com os avanços tecnológicos e a virtualização dos processos judiciais, tem-se aceitado a juntada do acórdão paradigma através de cópia disponibilizada pelo TRT na internet, desde que se indique a fonte. De qualquer modo, vigora a regra de se transcrever nas razões recursais os fundamentos dos acórdãos dissonantes para demonstrar a divergência jurisprudencial ensejadora do recurso de revista.

Quanto à alínea c, caberá recurso de revista toda vez que o acórdão recorrido do TRT violar literalmente a lei federal ou com afronta direta e literal à Constituição Federal.

A afronta à Constituição Federal não pode ser indireta, reflexa ou disfarçada, posto que a norma da CLT aduz à violação à letra da norma constitucional. Logo, não se pode fazer menção genérica à violação do artigo 5º, II da CRFB (princípio da legalidade).

Logo, a interposição de recurso de revista sob os auspícios do artigo 896, “c” da CLT demanda a indicação da norma violada, sob pena de indeferimento (Súmula 221, I do TST). Considera-se lei federal também tratados internacionais, lei complementar, medidas provisórias, mas estão afastadas a lei estadual e a lei municipal.

Quando houver expressa violação aos regimentos internos dos TRT e do TST ensejará interposição de recurso de revista, com base no artigo 673 da CLT.

Ainda que o caput do artigo 896 da CLT mencione que o recurso de revista somente é cabível do acórdão proferido pelo TRT em recurso ordinário

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ou em dissídio individual, o mesmo também é cabível quando acórdão proferido em agravo de petição, liquidação de sentença ou em processo de execução quando houver manifesta violação à norma constitucional (Súmula 266 do TST).

Quanto ao acórdão do agravo de instrumento, não é cabível recurso de revista contra o mesmo (Súmula 218 do TST), pois seu mérito recursal é apenas indicar se o recurso ordinário pode ou não subir, não julgando o mérito.

Por fim, para interposição do recurso de revista é obrigatória a demonstração do prequestionamento, não sendo possível que o mesmo seja implícito (CARRION, 2005, p. 781). O recorrente deve demonstrar em preliminar que a questão constitucional já foi debatida e julgada pelas instâncias ordinárias, permanecendo o decisum recorrido, embora suscitado e discutido, mantém-se inconstitucional ou ilegal.

O prequestionamento consiste em provocar o tribunal inferior a manifestar-se explicitamente sobre a questão constitucional ou legal com o intuito de corrigir o acórdão antes de levar a causa ao TST. Visa garantir que a causa seja amplamente debatida nas instâncias ordinárias.

Logo, é inócuo falar-se em prequestionamento implícito, pois a interposição de recurso de revista demanda amplo e efetivo debate da questão constitucional e federal nas instâncias inferiores, sob pena de não ser conhecido o recurso de revista.

Se o TRT quedar-se omissa quanto à questão constitucional ou legal federal levantada, a parte deverá opor embargos de declaração na forma do artigo 535 da Lei Processual Civil (Súmula 297, II do TST). Essa atuação se faz necessária para provocar a efetiva manifestação desta instância quanto à correta aplicação da norma.

(34)

3.2.2 - Transcendência

A Medida Provisória n.º 2.226/01 incluiu na CLT o artigo 896-A a qual prevê mais um pressuposto de interposição do recurso de revista: a transcendência.

Fundado na enorme quantidade de demandas recursais que chega diariamente ao TST, agora cabe à parte recorrente demonstrar que a causa julgada, além de violar frontalmente a lei, a Constituição e a jurisprudência dominante, ainda deve comprovar que sua causa ultrapassa os limites dos autos, transcendendo os problemas à sociedade como um todo.

A ausência de regulamentação, todavia, deixa ao alvedrio do Relator decidir se a causa oferece ou não transcendência.

3.2.3 - Procedimento

Após a publicação do acórdão, a parte que se sentir prejudicada disporá do prazo de 08 (oito) dias para interpor recurso de revista. A petição será endereçada ao Presidente do TRT, dirigindo suas razões ao TST.

Se o acórdão recorrido estiver em conformidade à Súmula ou OJ do TST, o Relator do TRT negará seguimento ao recurso de revista. Admitindo, todavia, o recurso, será aberto prazo à parte recorrida para elaboração de contrarrazões.

Ultrapassado o prazo de contrarrazões, os autos serão remetidos ao TST, onde o MPT fará constar seu parecer. Após, serão o recurso distribuído a um Relator, que, após elaborar seu relatório, o colocará para julgamento. Não há Revisor.

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Havendo empate, um Ministro de outra Turma do TST será convocado para desempatar.

3.2.4 - Procedimento sumaríssimo

Nas causas processadas pelo rito sumaríssimo só será admitida interposição de recurso de revista quando houver violação à súmula do TST e por violação direta à Constituição Federal (artigo 896, § 6º do TST).

O processamento do recurso de revista no procedimento sumaríssimo será igual, reduzindo-se apenas as hipóteses de cabimento.

3.3 - Embargos no TST

Prescreve o artigo 894 da CLT:

“Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem

embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

I - de decisão não unânime de julgamento que:

a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em

dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em

lei;

b) (VETADO)

II - das decisões das Turmas que divergirem entre si,

ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em

consonância com súmula ou orientação

jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal”. (grifou-se)

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Os embargos no TST, como se nota da norma acima transcrita, tem por objetivo uniformizar a jurisprudência trabalhista entre as Turmas deste Tribunal Superior, através de sua Seção de Dissídios Individuais (SDI) ou da Seção de Dissídios Coletivos (SDC).

O artigo 894 da CLT prevê dois tipos de embargos no TST: embargos infringentes (inciso I) e embargos de divergência (inciso II).

3.3.1 - Embargos infringentes

Observa-se do artigo 894, I, “a” da CLT que os embargos infringentes são cabíveis contra decisões não unânimes, em dissídios coletivos, que (i) excedam a jurisdição dos TRT, (ii) revejam sua própria decisão normativa ou (iii) homologam acordos celebrados nos dissídios coletivos (MARTINS, 2009, 436). São julgados pela SDC.

Exemplos de decisões em dissídios coletivos que excedam a competência territorial do TRT são aquelas que envolvem empresas que encontram-se estabelecidas em dois ou mais Estados, como Petrobrás, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, etc.

Conforme artigo 2º, II, “c” da Lei 7.701/88, não cabem embargos infringentes contra decisão que esteja em consonância com jurisprudência do TST ou súmula, ainda que não unânime.

3.3.2 - Embargos de divergência

Previstos no artigo 894, II da CLT, os embargos de divergência cabem das decisões das Turmas do TST que divergem entre si ou das decisões da SDI, salvo quando a decisão está em consonância com OJ ou súmula do TST ou do STF. São julgados pela SDI-1 do TST (artigo 3º da Lei 7.701/88).

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A divergência deverá ser entre Turmas diferentes do TST, não se admitindo embargos contra decisões divergentes da mesma Turma, ainda que com composição diferente (OJ 95 SDI TST).

Da mesma forma que ocorre com o recurso de revista, a Sumula 337 do TST prevê as formalidades para demonstração da divergência jurisprudencial:

a) certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou referência, na petição de interposição do recurso de revista, a fonte oficial ou repositório autorizado em que foi publicado;

b) transcrição, na petição do recurso, de trechos e/ou ementas dos acórdãos em conflito, a fim de demonstrar, sem dúvidas, a real divergência jurisprudencial ensejadora do recurso de revista;

Pode-se indicar como fundamento de interposição dos embargos de divergência desobediência da decisão recorrida à OJ (OJ 219 SDI-1 TST).

Decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do TST não autorizam interposição de embargos de divergência (Súmula 333 do TST), tampouco quando houver sólida jurisprudência do TST, salvo quando colidir com entendimento reiterado do STF (Súmula 401 STF).

3.3.3 - Procedimentos

A petição de interposição dos embargos é dirigida ao Presidente da Turma em que fora proferida a decisão recorrida. O prazo é de oito dias a partir da publicação.

Uma vez interpostos os embargos, a Secretaria da Turma abre vistas para a parte contrária para contrarrazões em até oito dias (MALTA, 2006, p.

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468). Ultrapassado o prazo, os autos são remetidos à Turma para distribuição de relatoria.

O Ministro Relator poderá negar seguimento aos embargos com fundamento em Súmula ou OJ do TST, cabendo desta decisão agravo regimental.

Admitindo os embargos, os mesmos seguem à SDI ou SDC, conforme o caso. Os autos encaminham-se ao MPT para análise e parecer, retornando para julgamento. Havendo empate nos votos, manter-se-á o acórdão embargado, pois o Presidente não vota.

Cabem os embargos ao TST no rito sumaríssimo, não havendo procedimento diferenciado.

3.4 - Agravo de petição

O agravo de petição está previsto no artigo 897, “a” da CLT, que aduz o seguinte:

“Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas

execuções; (omissis)

§1º - O agravo de petição só será recebido quando o

agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou

por carta de sentença.” (grifou-se)

(39)

Verifica-se que o agravo de petição é recurso cabível contra decisões proferidas na execução, após julgamento dos embargos do executado (artigo 884 da CLT).

As decisões interlocutórias que porventura venham a ser proferidas no momento da execução não poderão ser atacadas por agravo de petição, somente no momento de apreciação do mérito da decisão definitiva (artigo 893, §1º c/c artigo 799, §2º ambos CLT e Súmula 214 TST).

Sentença de liquidação somente poderá ser atacada por embargos à execução, conforme artigo 884, § 4º da CLT.

O agravo de petição será cabível, portanto, das decisões que julgar embargos do devedor, de terceiros, à praça, à arrematação, à adjudicação, impugnação à sentença de liquidação, ao despacho que anula acordo e põe termo à execução, que extingue a execução, que julga incompetência da Justiça do Trabalho (MARTINS, 2009, p. 443).

Não caberá agravo de petição contra decisão da execução quando o valor da causa não ultrapassar dois salários mínimos, conforme artigo 2º, § 4º da Lei 5.584. Note-se que não é o valor da execução, mas refere-se ao valor dado à causa no momento da distribuição.

Conforme artigo 897, § 8º da CLT, se o agravo versar somente sobre contribuições sociais, o juiz da execução mandará extrair cópias das peças necessárias, autuá-las em apartado e remetê-las à instância superior para apreciação. Esta medida visa fazer subir o recurso da União, executando-se os créditos trabalhistas.

(40)

Determina o artigo 897, §1º da CLT que o agravante delimite em seu recurso as matérias e os valores impugnados, justificando-os. A desobediência a esta norma penaliza a parte no não recebimento de seu agravo de petição.

Assim, o agravo de petição não pode ser interposto por simples petição, uma vez que o mesmo deve trazer as justificativas e delimitação da matéria e dos valores. Inadmite-se, portanto, agravo genérico.

Em sendo a delimitação da matéria e dos valores condição de admissibilidade do agravo de petição, descabe ao juiz determinar que o agravante emende seu recurso caso tenha olvidado o cumprimento ao artigo 897, § 1º da CLT.

Consigne-se que o agravante não poderá reportar-se aos cálculos constantes dos autos, porque a mens legis do artigo 897, § 1º da CLT é no sentido do recorrente delimitar expressamente os valores e a matéria.

3.4.3 - Procedimento

Conforme artigo 897, § 3º da CLT, se a decisão for proferida por Juiz do Trabalho ou Juiz de Direito nas hipóteses em que este julgar processos trabalhistas o agravo de petição será apreciado pelo TRT. Se forem decisões emanadas do próprio TRT, será este recurso julgado pelo Tribunal Pleno.

Após publicada decisão da execução, a parte lesada pode interpor agravo de petição no prazo máximo de 08 (oito) dias. Recebido o recurso e atendidos aos pressupostos de admissibilidade, será aberto prazo de contrarrazões ao recorrido.

Se o juiz mantiver sua decisão, remeter-se-ão os autos ao TRT para julgamento do agravo de petição. Após recebimento no Tribunal, o processo segue ao MPT para parecer.

(41)

Devolvidos os autos do MPT, serão distribuídos ao Relator, o qual prepara o voto e o encaminha ao Revisor. Após, o recurso é submetido a julgamento.

3.5 - Agravo de instrumento

O agravo de instrumento está previsto no artigo 897, “b” da CLT:

“Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (omisis)

b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos”.

3.5.1 - Cabimento

Diversamente do agravo de instrumento do processo civil, o qual objetiva impugnar decisões interlocutórias, essa espécie recursal no processo trabalhista visa impugnar decisões que denegam a interposição de outros recursos.

A finalidade do agravo de instrumento é, portanto, destrancar recursos, fazendo com que o tribunal competente conheça a matéria recursal obstada no juízo a quo.

O agravo de instrumento possui esta denominação pois ao agravante é obrigatório formar o instrumento, ou seja, deve juntar cópias de documentos obrigatórios e facultativos que possibilitem ao juízo ad quem o destrancamento do recurso.

(42)

Dispõe o artigo 897, §5º da CLT:

“Art. 897 - (omissis)

§ 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição:

I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações

outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito recursal e do recolhimento das custas;

II - facultativamente, com outras peças que o

agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de

mérito controvertida.” (grifou-se)

O instrumento formado serve para facilitar ao juízo ad quem o imediato julgamento do recurso que se pretende destrancar. Logo, ainda que não seja obrigatória, se o agravante deixar de juntar cópia de documento essencial para o deslinde do caso, poderá ter seu recurso não conhecido.

3.5.3 - Procedimento

Publicada decisão que nega seguimento a recurso, o agravante deverá interpor no prazo de oito dias agravo de instrumento perante o juízo prolator da decisão agravada, cumprindo o artigo 897, § 5º da CLT.

Mantida a decisão, o agravado será intimado para apresentar suas contrarrazões, tanto ao recurso principal, quanto ao agravo de instrumento (artigo 897, § 6º da CLT).

(43)

Após cumprimento da ampla defesa, os autos do agravo de instrumento são remetidos ao juízo competente para julgar o recurso principal cujo seguimento fora negado.

Recebidos os autos, os mesmos serão distribuídos imediatamente ao relator. Não indeferindo o agravo de instrumento, o mesmo será remetido ao MPT para emissão de parecer.

Após, será o recurso submetido a julgamento. Provido o agravo, a Turma julgará imediatamente o recurso principal, seguindo os procedimentos do mesmo (artigo 897, § 7º da CLT).

Não cabe recurso de revista contra acórdão que julga agravo de instrumento, pois o mesmo não julga o mérito recursal, apenas seu seguimento ou não (Súmula 218 do TST).

3.6 - Embargos de declaração

Sempre foi questão controversa o cabimento de embargos de declaração no processo do trabalho. A dúvida fora sanada após publicação da Lei 9.957/00 que inseriu o artigo 897-A na CLT, cuja norma diz:

“Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou

sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na

certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos

casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.

(44)

Parágrafo único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.” (grifou-se)

3.6.1 - Natureza jurídica

Apesar de serem classificados como recurso, os embargos de declaração são mero incidente processual.

Isso porque os recursos pretendem alterar a decisão recorrida, enquanto os embargos de declaração objetivam corrigir o julgado, torná-lo claro e plenamente exequível.

Ainda, os recursos são cabíveis contra um tipo específico de decisão, os embargos de declaração são cabíveis contra qualquer decisão omissa, contraditória ou que possua manifesto equívoco.

3.6.2 - Cabimento

Conforme se depreende da norma supratranscrita, os embargos declaratórios são cabíveis contra qualquer decisão que seja, no todo ou em parte omissa ou contraditória ou ainda que possua manifesto equívoco no exame de pressupostos extrínsecos do recurso, inclusive no rito sumário (MALTA, 2006, p. 473).

Omissão ocorre quando o juiz deixa de se manifestar sobre certo ponto sobre o qual deveria se manifestar.

Contradição ocorre quando a decisão manifesta-se de certa forma e, mais à frente, se baseia em fator oposto para concluir sua parte dispositiva.

(45)

Meros erros materiais serão corridos de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte (artigo 897-A, parágrafo único da CLT). Logo, não cabem embargos de declaração quando a decisão contiver erros materiais que não maculem o entendimento e a execução da mesma.

3.6.3 - Efeitos

Os embargos de declaração possuem efeito interruptivo, ou seja, uma vez opostos, interrompem prazo de interposição de recurso, voltando o prazo a contar novamente a partir da publicação da decisão sobre embargos de declaração (MALTA, 2006, pp. 475 e 476).

Efeito mais importante dos embargos de declaração é a integração da decisão, ou seja, o saneamento de defeitos que maculam o perfeito entendimento e execução da decisão embargada.

Há ainda a possibilidade dos efeitos infringentes (Súmula 278 do TST), ou seja, os embargos de declaração podem modificar a decisão quando eliminam o erro do decisum embargado e promovem certa alteração no dispositivo (RE 88.958, RTJ 86/359).

Quando ocorrem os efeitos infringentes, deve ser dada vista à parte contrária, em homenagem ao contraditório e à ampla defesa (OJ 142 SDI TST).

3.6.4 - Procedimentos

Os embargos de declaração, por não serem recurso, não possuem procedimento recursal, mas de mero incidente processual, como o são.

(46)

Uma vez publicada decisão inquinada de um ou mais vícios previstos no artigo 897-A da CLT, a parte dispõe do prazo de 05 (cinco) dias para opor embargos de declaração ao mesmo juízo prolator do decisum embargado.

Admitidos os embargos declaratórios, os mesmos interrompem os prazos recursais subsequentes. O juízo prolator da decisão embargada deve julgar os embargos de declaração na próxima audiência ou sessão de julgamento, tendo o mesmo preferência sobre os outros recursos.

Se for dado provimento aos embargos e este surtir efeitos modificativos na decisão, deve o Juízo dar vista à parte contrária para manifestar-se sobre as novas circunstância dos autos.

(47)

CONCLUSÃO

Com este trabalho conclui-se que os recursos trabalhistas possuem regulamentação autônoma das espécies recursais previstas no código de processo civil, apesar de partilharem alguns princípios gerais.

Em razão da celeridade processual decorrente da necessidade de conferir com urgência ao trabalhador seus direitos salariais, logo, de caráter alimentar, os recursos não podem olvidar essa principiologia, possuindo processamento mais simplificado e célere.

Isso se observa principalmente da unificação dos prazos recursais (oito dias em todas as espécies de recursos) e da vedação de recursos a decisões interlocutórias (torna o processo mais ágil).

Ainda, consigne-se que o depósito recursal, por ter caráter de garantia do juízo, é medida para conferir ao trabalhador segurança de que, uma vez repute-se vencedor, conseguirá ter acesso à quantia devida, além de vedar a interposição de recursos meramente protelatórios.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. v. II. 12ª ed. ver. atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 30ª ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2005.

DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3ª ed. São Paulo: LTr, 2004.

DIDIER JR., Fredie e CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. v. III, 7ª ed. Bahia: JusPODIVM, 2009.

MALTA, Christovão Piragibe Tostes. Prática do Processo Trabalhista. 34ª ed. São Paulo: LTr, 2006.

MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.

Direito Processual do Trabalho. 29ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. vol. V. 11ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 10ª ed. rev., ampl. e atual. até 1º de outubro de 2007. 1ª reimp. São Paulo: RT, 2007.

(49)

SÜSSEKIND, Arnaldo, TEIXEIRA FILHO, João de Lima, MARANHÃO, Délio, VIANNA, Segadas. Instituições de Direito do Trabalho. v. II. 22ª ed. atual. São Paulo: LTr, 2005.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2008.

(50)

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I

Teoria Geral dos Recursos 10

1.1 - Conceito 10

1.2 - Princípios 11

1.2.1 - Princípio do duplo grau de jurisdição 11 1.2.2 - Princípio da unirrecorribilidade 12 1.2.3 - Princípio da fungibilidade 12 1.2.4 - Princípio da variabilidade 13 1.2.5 - Princípios da personalidade e substitutivo 13

1.2.6 - Princípio da taxatividade 14

1.3 - Juizo de admissibilidade 14

1.3.1 - Pressupostos objetivos 14

1.3.2 - Pressupostos subjetivos 15

CAPÍTULO II

Peculiaridades dos Recursos no Processo do Trabalho 17 2.1 - Irrecorribilidade das decisões interlocutórias 17 2.2 - Inexigibilidade de fundamentação 19

2.3 - Recursos de alçada 20

2.4 - Efeitos dos recursos trabalhistas 20 2.5 - Uniformidade dos prazos para recurso 21

(51)

CAPÍTULO III

Recursos Trabalhistas em Espécie 25

3.1 - Recurso ordinário 25 3.1.1 - Cabimento 26 3.1.2 - Procedimento 27 3.1.3 - Procedimento sumaríssimo 28 3.2 - Recurso revista 28 3.2.1 - Cabimento 30 3.2.2 - Transcendência 34 3.2.3 - Procedimento 34 3.2.4 - Procedimento sumaríssimo 35 3.3 - Embargos no TST 35 3.3.1 - Embargos infringentes 36 3.3.2 - Embargos de divergência 37 3.3.3 - Procedimentos 37 3.4 - Agravo de petição 38 3.4.1 - Cabimento 38

3.4.2 - Condição de admissibilidade: art. 897, §1ºCLT 39

3.4.3 - Procedimento 40

3.5 - Agravo de instrumento 41

3.5.1 - Cabimento 41

3.5.2 - Condição de admissibilidade: art. 897, §5ºCLT 41

3.5.3 - Procedimento 42 3.6 - Embargos de declaração 43 3.6.1 - Natureza jurídica 44 3.6.2 - Cabimento 44 3.6.3 - Efeitos 45 3.6.4 - Procedimento 45 CONCLUSÃO 48 BIBLIOGRAFIA 49 ÍNDICE 51 FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

(52)

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Referências

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