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PROJETO CENSO DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DE CONFECÇÕES DE NOVA FRIBURGO

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Academic year: 2021

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Sumário Executivo

PROJETO “CENSO DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DE

CONFECÇÕES DE NOVA FRIBURGO”

Execução

Instituto de Economia / UFRJ

SEBRAE / RJ

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Instituto de Economia - UFRJ

Coordenação: Lia Hasenclever Analistas: Isleide Maeda Rodrigo Lopes

Consultores Estatística: Lucia Kubrusly

Amir Coelho Barros (ad hoc)

Consultores Identificação de Endereços: Juarez Daniel Jandre (ad hoc) Paulo H. C. C. Silva (ad hoc) Estagiários: Carlos Pacheco

Marcela Nogueira

SEBRAE/RJ

Área de Gestão do Conhecimento Gerente: Cezar Kirszenblat

Programa Estudos e Pesquisa: Marcelo Aguiar Rede de Atendimento

Gerente: Everton Matos

Agência de Desenvolvimento Regional Serrana Gerente: Julio Portugal

Coordenadora do projeto Moda Íntima: Raquel Stumm Técnica Articuladora: Márcia Moreira Reis

Área de Desenvolvimento Setorial Gerente: Renato Regazzi

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1. INTRODUÇÃO

A região de Nova Friburgo, no Centro-Norte Fluminense é conhecida em todo o Brasil por seu pólo de confecções de moda íntima. Atualmente, vem enfrentando vários desafios, dentre eles, os de intensificar a distribuição do seu produto, tanto no mercado nacional como internacional e introduzir inovações locais, com aumento da produtividade e qualidade do produto. Desde 1999, estão sendo registradas várias ações voltadas para melhoria da competitividade das empresas locais e sua inserção em novos mercados. Contudo, a implementação bem sucedida de projetos de desenvolvimento econômico local depende também do conhecimento detalhado dessas empresas. Apesar disso, as instituições privadas e semi-privadas responsáveis pelos projetos carecem dessas informações.

Visando preencher essa lacuna, um dos principais objetivos deste projeto é fazer um levantamento censitário que abrange características particulares do conjunto das empresas de confecções formais e informais da região de Nova Friburgo. Além de Nova Friburgo, estão incluídos no projeto os municípios de Bom Jardim, Cantagalo, Cordeiro e Duas Barras.

O questionário do Censo foi aplicado a 593 empresas. As 543 confecções que participaram da pesquisa constituem 91,6% do total. O questionário está dividido em sete partes que abordam os seguintes assuntos:

identificação;

características gerais da empresa; tamanho e evolução da empresa; características dos fornecedores;

questões sobre os diversos canais de comercialização;

informações sobre os treinamentos realizados pelas empresas; cooperação entre elas.

A divulgação dos resultados, neste sumário, está focada no universo das empresas de confecção, que foram eleitas como as principais beneficiárias das ações para fortalecer a dinâmica do pólo, organizar a produção e aumentar o nível de informação e acesso aos mercados internos e externos.

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2. METODOLOGIA

Para localizar as empresas formais foi utilizado um cadastro fornecido pelo Sindicato das Empresas do Vestuário de Nova Friburgo, SINDVEST, com empresas sindicalizadas e não sindicalizadas, contendo informações sobre nomes destas empresas e dos empresários, endereços e telefones. Este cadastro foi tomado como base, depois de feitas comparações com os cadastros do SEBRAE e da FIRJAN local, sendo considerado o mais atualizado de todos. Além das empresas do cadastro do SINDVEST, cerca de trinta outras empresas não incluídas no mesmo foram localizadas posteriormente durante a pesquisa de campo.

Simultaneamente a essas atividades foi realizado o levantamento das empresas informais, feito por dois consultores que conheciam a região centro-norte fluminense. Este trabalho gerou um cadastro de empresas informais, semelhante ao das formais, com informações sobre nome dos empresários endereços e telefones.

A Tabela1 abaixo apresenta a situação encontrada em relação às empresas cadastradas após a visita a cada um dos endereços identificados. Apenas 593 empresas puderam ser recenseadas. As demais apresentaram uma das ocorrências relacionadas ainda na Tabela 1.

Tabela 1: Distribuição das Empresas Cadastradas

Ocorrência Confecções Formais1

Outras Empresas Formais da cadeia Têxtil-Confecções Confecções Informais2 Outras Empresas Informais da cadeia Têxtil-Confecções Total Recenseadas 345 35 198 15 593 Fecharam 93 - 43 - 136 Endereços errados 18 - 164 - 182 Recusas 31 - 23 - 54 Cadastradas indevidamente - - 29 - 29 Sem informação / Outras 4 - 5 - 9 Total 526 35 477 15 1003

1 - Foi excluída 1 "Duplicada"

2 - Foram excluídas 68 "Duplicadas / Já Cadastradas" e 33 "Formais"

O universo deste estudo é composto das 593empresas recenseadas, sendo 543 (91,6%) confecções e 50 outras empresas relacionadas com o setor de confecções (empresas têxteis e de aviamentos, empresas fornecedoras com representação comercial local, empresas comerciais de confecção). Destas 345 são empresas formais e 198 informais, conforme Tabela 1.

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REPRESENTATIVIDADE DO ESTUDO DE CONFECÇÕES

Considerando-se o número de empresas de confecção registradas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS, 2001) de 493 empresas formais em Nova Friburgo e de 564 na região do pólo, as empresas formais recenseadas (345) representam cerca de 70% do universo de nova Friburgo e 61% do universo do pólo, o que é uma excelente cobertura. No que diz respeito às empresas informais observa-se um número maior de incorreções no cadastro original, mas o número final (198 empresas) representa cerca de 36% do total recenseado de empresas (543), mostrando que para cada 3 empresas formais existe uma informal. Levantamento do IBGE, realizado em 1997, identificou que, no Brasil, para cada 3,6 empresas formais existe uma empresa informal. O que permite inferir que o universo de empresas informais recenseadas pelo Projeto também é razoável. Além disso, vários especialistas locais estimam que o número encontrado está dentro do universo esperado. O cadastro das empresas será permanentemente atualizado e servirá de base para as futuras pesquisas e acompanhamento das empresas. O SEBRAE está discutindo com a Universidade Estadual do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), campus de Nova Friburgo, o armazenamento, o tratamento e a atualização destas informações.

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3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CONFECÇÕES

Dentre as empresas de confecção pesquisadas, 407 (cerca de 75%) foram fundadas nos últimos dez anos. A maioria dessas empresas (54,2%) é mais recente, sendo fundadas depois de 1997. Em 1998 o número absoluto de empresas fundadas bateu o record: 52 empresas; é a partir deste ano também que a taxa média anual de fundação aumenta de 25, entre 1990 e 1997, para 44 empresas, entre 1998 e 2003. Observa-se ainda um movimento oscilatório do número de empresas criado menor a partir deste ano de 1998. Houve maior concentração de fundações de confecções informais nos anos mais recentes. O aumento da informalidade está evidente, já que entre 1999 e 2003 foram criadas 214 confecções, sendo 132 (62%) informais. O período de maior concentração de fundações de confecções formais é de 1995 a 1998.

Segundo a literatura, empresas com mais de 4 anos de existência têm menor probabilidade de falência. A maioria das empresas (cerca 68%) na região de Nova Friburgo tem mais de 4 anos de existência o que serve como indicador para a solidez do pólo, quando foram fundadas 111 empresas.

De acordo com a avaliação da grande maioria dos entrevistados, os últimos três anos foram bastante desfavoráveis para o conjunto das empresas pesquisadas. Em particular, o ano de 2003 foi o mais apontado como o seu pior ano de funcionamento.

A maior parte das empresas entrevistada (56,4%) não utiliza novos tecidos. A utilização dos mesmos, quando ocorre, é mais freqüente entre as confecções formais (53,2% contra 26,4% nas informais). As empresas maiores utilizam novos tecidos com mais freqüência do que as empresas menores.

TAMANHO E EVOLUÇÃO DAS CONFECÇÕES

A maioria das empresas pesquisadas (63,9%) possui entre 0 e 9 funcionários e 97,2% têm menos de 50 empregados. Há forte concentração das empresas informais com no máximo 9 funcionários (96,5% contra 45,2% nas empresas formais). Há uma tendência das empresas menores (entre 0 e 9 funcionários) terem sido fundadas mais recentemente que as empresas maiores (entre 50 e 250 funcionários).

Em um terço das empresas o número de funcionários vem decrescendo nos últimos anos e essa avaliação não é muito diferente entre as empresas formais e informais. Com maior freqüência, as empresas menores, tanto formais como informais, indicaram que a evolução do número de funcionários foi decrescente. Ressalta-se que a avaliação “estável” é apontada por mais da metade (60,3%) das informais, enquanto apenas 9,3% destas consideraram a evolução do número de funcionários “crescente”. Entre as empresas formais, existe uma leve tendência das firmas individuais, se comparadas às companhias limitadas, a avaliarem como decrescente a evolução do número de funcionários nos últimos três anos. Chama a atenção que as empresas fundadas entre 1990 e 1998 apontaram para a evolução decrescente com mais intensidade que as demais.

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O faturamento em geral (para 79,6% das empresas) está abaixo de 244 mil Reais e em quase metade delas (44,6%), vem caindo nos últimos 3 anos. O percentual das empresas, que faturam até 244 mil Reais, é maior para empresas mais recentes, enquanto que faturamentos entre 245 e 1.200 mil ocorrem com mais freqüência para empresas mais antigas. Isso decorre do fato de que as empresas menores são as mais recentes. No entanto, a tendência declinante na evolução no faturamento anual é geral, sendo mais intensa para as empresas fundadas antes de 1994.

A avaliação da trajetória do faturamento também não é muito diferente entre as empresas formais e as informais. Em ambos os casos, a avaliação mais freqüente é decrescente, sendo que entre as informais essa tendência é mais forte. Apenas para as empresas com 50 a 250 funcionários há estabilidade no faturamento. Notou-se que ele apresenta tendência declinante mais nítida do que a observada na evolução do número de empregados. Isso pode indicar que a concorrência acirrada entre um número crescente de empresas está provocando queda de preços e, conseqüentemente, redução de margens.

O número médio de peças produzidas por mês é cerca de 14.785 e grande parte (77,2%) produz entre 1.000 e 24.000 peças por mês. O número de funcionários aparece associado diretamente com o faturamento e número de peças.

MÁQUINAS DE CONFECÇÃO

As máquinas que aparecem com maior freqüência nas confecções são overlock, colarete, de corte, zig-zag, interlock, travete, reta e rebater elástico, com destaque para a overlock presente em 93% das empresas. A coralete aparece em 78,5% das empresas, a de corte em 68,5%, zig-zag em 60%, interlock em 58,6%, travete em 53,6%, reta em 40,1% e rebater elástico em 12,2%. A análise de correlações mostra que a overlock está fortemente associada a essas máquinas. Logo, a overlock pode servir como um indicador básico o uso das máquinas em geral. Dessa forma, pode-se inferir que a necessidade das demais máquinas guarda uma relação com a quantidade de máquinas overlock em cada empresa.

Observou-se que 67,1% das máquinas têm no máximo cinco anos. A quase totalidade das máquinas (97,0%) tem 10 anos ou menos. A idade média mais freqüente está entre 4 e 6 anos, tanto para as formais como para as informais, exceto para aquelas empresas fundadas de 1999 em diante, cujo valor mais freqüente está entre 0 e 3 anos. Por outro lado, 3 das 5 máquinas mais velhas (com mais de 16 anos) estão justamente nessas

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peças (66,1%). Análises complementares mostram que existe uma ligeira tendência das empresas mais antigas terem um número maior de funcionários, produzirem mais peças, e terem máquinas mais antigas.

A maior parte das empresas (cerca de 83%) adota a organização em linha que é a forma mais simples. As 17% empresas restantes adotam a organização em célula por processo (16%) e/ou produto (12%).

FORNECEDORES DAS CONFECÇÕES

Cada empresa indicou até três fornecedores de tecidos e aviamentos. A localização dos principais fornecedores pode ser “no município”, “no Brasil fora do município”, ou “no exterior”.

Observou-se que 271 empresas (54,9%) possuem seus fornecedores exclusivamente no município de Nova Friburgo, e que 74,0% delas possui pelo menos 50% dos fornecedores no município. Apenas 8,7% não possui fornecedores no município, enquanto somente uma empresa utiliza fornecimento do exterior do país.

As empresas formais apresentam um leque de fornecedores no município e também fora dele e as empresas informais têm seus fornecedores concentrados em Nova Friburgo (98%, sendo 94% com fornecedores exclusivamente do município, e 3,3% com mais da metade dos fornecedores localizados no município).

Entre os fornecedores de tecidos e aviamentos com uma cobertura de atendimento de no mínimo 10% das empresas entrevistadas estão Silvetex, Raquel Indústria e Monnerat Malhas. Observe que estes fornecedores atuam no mercado de tecidos e de aviamentos como representantes comerciais localizados no pólo. Destacam-se ainda como fornecedores de tecidos Doutex, Rosset e Olympia. Os dois primeiros possuem apenas representantes comerciais em Nova Friburgo e a Olympia está instalando uma fábrica de aviamentos e tecidos no local.

CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DAS CONFECÇÕES

Entre as formas de comercialização, destaca-se a comercialização “sob encomenda” que é adotada com exclusividade por 34,1% das empresas. Considerando uso exclusivo e /ou uso intenso, destacam-se as seguintes formas de comercialização: “sob encomenda” (46,8%), “sacoleiras” (18,8%) e “lojas próprias” (12,2%). Por outro lado, a comercialização “sob encomenda” não é usada por 38,9% das empresas (menor índice de “não uso”). Quando comparado com outros canais é o menor índice de não utilização. Os demais canais de comercialização não são adotadas por mais de metade das empresas (de 68,8% (lojas próprias) até 97,8% (escritórios de exportação)).

O uso das formas de comercialização das empresas formais mantém a ordem de importância das empresas de confecções em geral. Aqui as comercializações “sob encomenda” não são usadas por 44,1% das empresas, e são usadas com exclusividade

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por 20,8% delas. As demais formas de comercialização não são adotadas por mais da metade das empresas (de 57,7% (lojas próprias) até 96,5% (escritório de exportação)). Considerando as empresas informais de confecção, a comercialização “sob encomenda” ganha ainda mais importância, sendo rejeitada por apenas 29,8% e adotada com exclusividade por 57,1% das empresas. As demais formas de comercialização são rejeitadas por mais de 70% das empresas (73,7% (sacoleiras) até 100 (escritório de exportação)). As formas de comercialização mais presentes são “sob encomenda” (68,2%) e “sacoleiras” (16,7%), se considerarmos uso intenso e /ou uso exclusivo.

As empresas que utilizam fornecedores no município preferem comercializar sob encomenda ou usando sacoleiras. Já as empresas que usam fornecedores no Brasil, fora do município, preferem comercializar em lojas próprias e no comércio atacadista. Considerando apenas as formas de comercialização, pode-se afirmar que a maior utilização de uma das formas implica na menor utilização das outras.

De modo geral, considerando os três cortes, (todas as empresas, empresas formais e empresas informais), a forma de comercialização preferida é “sob encomenda” . Essa forma de comercialização ganha especial importância entre as empresas informais. Ainda entre as empresas informais, a outra forma de comercialização bastante adotada é a realizada por sacoleiras, adotada com exclusividade por mais de 10% das empresas informais. Já as empresas formais diversificam mais nas formas de comercialização. Os resultados sugerem uma classificação das empresas em dois grupos. O primeiro formado pelas empresas mais recentes, menores, que utilizam fornecedores no município, e preferem comercializar seus produtos sob encomenda .O segundo, inclui as empresas mais antigas, maiores, com fornecedores no Brasil (fora do município) e que utilizam, como forma de comercialização, lojas próprias ou atacadistas. É importante destacar que a classificação sugerida deve ser entendida como uma tendência entre as empresas, e não como uma regra rígida que sempre será obedecida.

Cabe um comentário sobre a comercialização por intermédio de sacoleiras. Observando-se as correlações desta variável, constata-Observando-se a existência de associação com fornecedores no município mas não com tamanho da empresa, nem com a data de fundação. Portanto, essa forma de comercialização é usada pelas empresas que utilizam fornecedores no município, independente do tamanho e da idade da empresa.

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Entre os serviços utilizados na localidade destaca-se a manutenção de máquinas de costura. A manutenção preventiva é prática mais freqüente entre as empresas mais antigas. Observa-se que para as empresas fundadas antes de 1999, cerca de 70% delas realizam manutenção preventiva, e esse percentual cai para 51,7% se consideramos as empresas mais recentes.

Por outro lado, a manutenção preventiva é muito mais freqüente nas confecções formais do que nas informais (73,9% do total das formais contra 46,7% do total das informais). Os serviços de consultoria técnica e de treinamento na localidade são usados respectivamente por 7,7% e 3,5% das empresas. As maiores (de 50 a 250 funcionários) são as que menos usam os serviços, e as de médio porte (de 10 a 49 funcionários) são as que mais diversificam nos serviços utilizados.

Em quase 88% das confecções o design do produto é feito internamente. Contudo, algumas dessas também contratam serviços de terceiros (15%) e apenas 5% contratam os serviços do Núcleo de Apoio ao Design (NAD), instituição vinculada ao SENAI local. A contratação do design junto ao NAD, entretanto, é exclusiva das empresas formais. Entre as respondentes apenas 26 empresas são clientes do NAD.

TREINAMENTO NAS CONFECÇÕES

A pesquisa abordou tanto o treinamento gerencial como o treinamento técnico-profissional. As categorias de treinamento gerencial consideradas foram: marketing, logística, qualidade, administração, financeiro, compras, informática e “outros”. Notou-se que o treinamento gerencial foi realizado por 86 empresas (15,8%) e que os tipos apontados, com maior freqüência, foram os de administração e qualidade. Já as categorias de treinamento técnico-profissional consistem em: corte, modelagem, enfesto, risco, design e “outros”. O treinamento técnico-profissional foi realizado também por 86 empresas (15,8%), onde se destacam os tipos corte e modelagem. Logo, a realização de treinamento é prática rara entre as empresas, mas o treinamento gerencial é mais freqüente entre as empresas antigas (com fundação anterior a 1989), enquanto que o treinamento técnico profissional é mais praticado entre as empresas com fundação entre 1990 e 1994.

Chama a atenção que o número de empresas que faz treinamento gerencial é o mesmo das que fazem treinamento técnico-profissional. Fazendo a análise das associações entre esses treinamentos, conclui-se que 413 (76,1%) das empresas não realizam qualquer treinamento, e que 130 (23,9%) realizaram ao menos um tipo de treinamento. E ainda, que 44 (8,1%) empresas realizam treinamento técnico profissional, outras 44 (8,1%) realizam treinamento gerencial, e 42 (7,7%) delas realizam treinamento dos dois tipos. Treinamento gerencial e treinamento técnico profissional têm distribuições semelhantes nas empresas pesquisadas. As empresas informais fazem 3,2 vezes menos treinamento dos dois tipos que as empresas formais. O percentual de empresas que realiza treinamento gerencial cresce com seu tamanho de acordo com o número de funcionários.

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É interessante observar que há um percentual muito menor em treinamentos gerencial e técnico-profissional associado às empresas que adotam a disposição das máquinas “em linha”. Entre as empresas que adotam “célula processo” e “célula produto”, organizações mais modernas, os percentuais de treinamentos gerencial e técnico-profissional são o dobro do percentual das empresas com produção “em linha” .

COOPERAÇÃO ENTRE AS CONFECÇÕES

A cooperação entre as empresas é muito pequena. Observou-se que nos três cortes (todas as empresas, empresas formais, empresas informais) aproximadamente 11% das empresas fazem alguma atividade de cooperação.

“Produção” é a principal atividade realizada em cooperação, seguida de “compras”. As empresas formais diversificam mais as formas de cooperação, por exemplo para promoção e acesso à tecnologia, enquanto que as informais cooperam apenas em “produção (90,5% das cooperações são desse tipo) e “compras” (9,5 %).

4. COMENTÁRIOS FINAIS

Durante a realização das análises estatísticas foram detectados padrões de comportamento que permitem dividir as empresas recenseadas em dois grupos.

O primeiro grupo é formado por um tipo de empresa com um padrão de comportamento mais moderno, que tem preocupações com treinamento gerencial e técnico profissional, disposição de máquinas em célula de processo e em geral realiza o design de seus produtos externamente, indicando uma maior especialização de suas funções. Sabemos das análises anteriores que este é o tipo de empresa menos freqüente no universo de estudo.

O segundo grupo, menos homogêneo que o primeiro, adota padrões de comportamento mais antiquados e informa sobre o comportamento mais generalizado entre as empresas recenseadas, qual seja, utilização de serviços na localidade, máquinas dispostas em linha, utilização de novos tecidos, e manutenção preventiva.

Uma investigação mais aprofundada sobre esses dois grupos de empresas será realizada no mês de abril de 2004, através da aplicação de um diagnóstico numa amostra

Referências

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