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A Holding como estratégia de reorganização societária em instituições de ensino superior: case Ânima Holding S.A.

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MARCELO TAVARES DE SOUZA CAMPOS

A HOLDING COMO ESTRATÉGIA DE REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: CASE ANIMA HOLDING S.A.

Palhoça 2020

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MARCELO TAVARES DE SOUZA CAMPOS

A HOLDING COMO ESTRATÉGIA DE REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: CASE ANIMA HOLDING S.A.

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 14

1.2 OBJETIVOS 15 1.2.1 Objetivo geral 15 1.2.2 Objetivos específicos 15 1.3 JUSTIFICATIVA 16 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 19 2.1 EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SOCIOECÔMICO 19 2.1.1 Fator de produção Capital e o desenvolvimento sustentável 19 2.1.2 Capital intelectual 20 2.1.3 Case – Nação modelo de desenvolvimento com base no capital intelectual 22 2.2 HOLDING – ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA EMPRESARIAL 26 2.2.1 Conceito de Holding 26 2.2.2 Classificação 27 2.2.3 Contrato social de holding 28 2.2.4 Relacionamento da Holding com as controladas 29 2.3 PROTEÇÃO E CONTROLE DO PATRIMÔNIO E VANTAGENS TRIBUTÁRIAS ASSOCIADAS ÀS HOLDING 31 2.3.1 Proteção do patrimônio 31 2.3.2 Planejamento tributário 32 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 14 3.1 ANIMA EDUCAÇÃO 14 3.1.1 Histórico corporativo Anima Educação 14 3.1.2 Modelo de ensino Anima Educação 16 3.2 ANÁLISE DE DADOS 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23

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1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa visa estudar a reorganização societária no segmento educacional, em especial Instituições de Ensino Superior (IES), a partir de Holding, e os impactos no fortalecimento e desenvolvimento desse segmento de mercado. Assim, utilizará como estudo de caso a formação do grupo educacional Anima Holding S.A, analisando seu modelo de negócios no segmento educacional, bem como as vantagens da reorganização societária de instituições de ensino superior controladas por Holding e o impacto na economia no segmento de mercado educacional.

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA

Holding é uma empresa que detém a participação acionária majoritária em uma

outra empresa ou grupo empresarial. Assim, trata-se então de uma empresa que, por possuir a maioria das ações de outras empresas, possui o controle da administração e das políticas empresarias dessa empresa ou grupo empresarial das quais detém maioria acionária.

No Brasil, o instituto jurídico, que regulou as Holding, foi positivado no ordenamento pátrio com o advento do § 3º, artigo 2º da Lei nº 6.404 de 1976, a qual passou a regular as Sociedades por Ações, popularmente conhecidas pela “Lei das Sociedades Anônimas S/A.”.

Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.

§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.

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A Holding pode centralizar a administração das diversas sociedades e unidades produtivas, dando-lhes unidade, estabelecendo metas e cobrando resultados. Dessa maneira, torna-se núcleo de irradiação de uma cultura empresarial (benchmarking) que pode, até, influenciar sociedades nas quais tem simples participação societária e não controle.

Alinhado a essas inovações destaca-se a reorganização societária, a qual está associada à transformação no tipo empresarial ou composição do quadro societário, sejam sócios ou acionistas, de uma determinada empresa ou grupo econômico. Essa mudança impacta o planejamento empresarial estratégico e poderá ser realizada a partir de operações societárias como fusões, incorporações, transformações e cisões.

Assim, na presente pesquisa visa-se analisar os impactos de uma transformação societária, a partir da espécie jurídica de Holding, em Instituições de Ensino Superior:

Case Anima Holding S.A, doravante Anima Educacional, em especial, na blindagem do

patrimônio empresarial e otimização da carga tributária, no planejamento e redução de custos, e na organização do grupo educacional.

Sendo assim, de que forma a reorganização societária em Instituições de Ensino Superior, a partir de Holding, poderá impactar positivamente o valor das instituições educacionais que a integram?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Analisar a estratégia de reorganização societária na Anima Educacional, a partir de Holding, e os impactos no valor e expansão do grupo educacional.

1.2.2 Objetivos específicos

Estudar a formação da Anima Holding S.A, identificando as instituições que a integram;

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Identificar vantagens da reorganização societária de instituições de ensino superior controladas por Holding e o impacto na economia no segmento de mercado educacional.

1.3 JUSTIFICATIVA

O exercício da atividade empresarial no Brasil está associado ao princípio da alteridade, no qual a sociedade empresarial, pessoa jurídica, representada pelos seus sócios pessoas físicas, assume os riscos do negócios. Neste sentido, em caso de insucesso das atividades empresariais, o(s) proprietário(os) da empresa assume(m) os prejuízos de eventuais riscos inerentes ao seu desempenho.

Em virtude disso, o quadro societário de uma empresa e/ou grupo empresarial, por exemplo, que atue no segmento educacional, poderá, em conjunturas desfavoráveis, sejam elas macroeconômicas, microeconômicas e ou ingerência interna, ter seu patrimônio particular arrematado diante de eventuais dívidas de ordem tributária, civil, ambiental e trabalhista, a partir da responsabilidade solidária.

Diante desse contexto, a constituição de uma Holding no segmento educacional visa resguardar que a incidência de eventuais dívidas venham impactar seu patrimônio, bem como de seus sócios, blindando-o. Além disso, o referido instituto possuiu uma classe tributária diferenciada e possibilita criar condições favoráveis no

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De acordo com Mascarenhas (2012), pesquisa-diagnóstico é apropriada, quando o objetivo é avaliar a situação interna ou externa de um estudo de caso, por exemplo, uma organização. Podendo ser interna por meio de uma análise da evolução econômica da empresa ou externa avaliando o mercado em que ela pode se inserir. Ainda de acordo com o autor este tipo de pesquisa utiliza técnicas e instrumentos de análise que permitem o diagnóstico e fornece o aperfeiçoamento de alguns sistemas.

Com relação aos objetivos desse estudo, trata-se de uma abordagem investigativa descritiva, na qual pretende-se identificar, descrever e compreender as relações que estão contidas em variáveis distintas a partir da correlação de suas análises, procurando traçar pontos em comum entre elas. Assim, o estudo terá como fonte pesquisas bibliográficas e pesquisas documental, que inclui material impresso,

e-books, artigos publicados em revistas científicas, livros, dissertações, teses, jornais,

entre outras fontes

Para Beuren (2006), a pesquisa descritiva está associada a estudos que intercalam abordagens exploratória e explicativa, não sendo tão preliminar quanto a primeira tampouco aprofundada quanto à segunda. Ressalta-se que neste tipo de pesquisa, essa descrição que a caracteriza assume o significado de identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos.

Sendo assim, por meio desse tipo de pesquisa é possível observar, analisar, registrar e organizar dados, sem modificá-los, logo sem a interferência do pesquisador. É possível ainda conhecer as diversas situações da vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto individual como em grupos e comunidades.

A abordagem do tema da pesquisa será qualitativa. Conforme, Guth e Pinto (2007) pesquisa qualitativa é uma forma adequada de conhecer a natureza de um fator social. É uma ferramenta útil, quando se busca determinar as razões e o que é importante para os indivíduos, além de entender detalhadamente porquê agir de tal forma.

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Diante do exposto, por meio de procedimentos metodológicos, será realizado um estudo das instituições de ensino objeto do presente pesquisa, a partir da análise de balanços patrimoniais e demonstração de resultado de exercício antes e após a mudança societária a fim de verificar impactos no valor dessas instituições.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SOCIOECÔMICO 2.1.1 Fator de produção Capital e o desenvolvimento sustentável

Capital representa, juntamente com a terra e o trabalho, os fatores econômicos de produção. Ele representa o poder ou capacidade de ser transformado ou transformar algo em algum produto ou serviço que venha a atender a determinada necessidade humana. Contudo, no presente, não representa um produto ou serviço, mas a capacidade de ser transformado ao logo do tempo.

Compreender o papel da educação no processo de crescimento econômico de um país vai certamente além da estimação de seu peso relativo na composição da renda. A contabilidade do crescimento considera a variável capital humano – cujo componente principal é a educação, medida, principalmente, pela média de anos de escolaridade formal da população adulta – como um insumo que explica relativamente pouco do crescimento (LEE, 1996).

O conceito de capital está associado a investimento, particularmente em virtude do custo de oportunidade em sua utilização, ou não no tempo. O capital é um estoque que pode ser convertido em fluxo de riqueza. Franklin (2011, p. 53) destaca algumas formas para classificação do capital:

Capital Humano: representa o potencial de um ser humano transformar, interpretar e produzir. Está ligado a capacidades técnicas e cognitivas.

Capital Social: representa o potencial de um grupo de indivíduos para construir e manter redes soais, de maneira que essa organização e intercâmbio gerem melhorias no bem estar social;

Capital Natural: representa o potencial de matérias primas, brutas, e naturais a serem transformadas em bens de consumo. Está diretamente ligado ao funcionamento de sistemas ecológicos.

Capital Físico: representa o potencial de troca de poder econômico, (garantido pelas instituições do Estado sob forma de, por exemplo, dinheiro, títulos) entre outros bens e serviços. É uma forma de posse comercializado; e

Capital Intelectual: é o nome dado a toda informação, transformada em conhecimento que se agrega àqueles que já possuem.

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Em relação ao capital intelectual é possível observar que ele transita pelos demais tipos de capital, uma vez que tem como premissa a transformação de um determinado dado ou informação em conhecimento, agregando valor ao processo produtivo, promovendo inovações e mudanças disruptivas, e a consequente quebra no ciclo econômico, com a criação novos mercados.

Essas transformações estão alinhadas ao que defendia o renomado jurista, economista e cientista político Joseph Schumpeter, que se consagrou com seus estudos na área econômica, quando elabora sua obra A Teoria do Desenvolvimento Econômico. Schumpeter relacionou inovação à criação de novos mercados e o empreendedor como sendo o responsável por promover as “coisas novas” na economia, a partir de uma destruição criadora, na qual os antigos processos abrem espaço para novos.

2.1.2 Capital intelectual

O capital intelectual é um fator determinante para o desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea. Essa representatividade torna-se ainda mais evidente diante dos problemas complexos a serem superados por uma sociedade cada vez mais dinâmica e global. Segundo Morin (2001, p. 14):

O desafio da globalidade é também um desafio de complexidade. Existe complexidade, de fato, quando os componentes que constituem um todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são inseparáveis e existe um tecido interdependente, interativo e inter-retroativo entre as partes e o todo, o todo e as partes. Ora, os desenvolvimentos próprios de nosso século e de nossa era planetária nos confrontam, inevitavelmente e com mais e mais frequência, com os desafios da complexidade.

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Contudo esse capital intelectual não deve estar apenas vinculado a informação pura, uma vez que essa, em muitos casos, poderá estar dissociada da realidade, necessitando assim de uma análise mais detalhada quanto a seus dados e o contexto com o tempo e realidade analisada. Com isso evita-se incorrer naquilo que chama-se expansão descontrolada do “saber”.

Ainda segundo Morin (2001, 16):

Por detrás do desafio do global e do complexo, esconde-se um outro desafio: o da expansão descontrolada do saber. O crescimento ininterrupto dos conhecimentos constrói uma gigantesca torre de Babel, que murmura linguagens discordantes. A torre nos domina porque não podemos dominar nossos conhecimentos. T. S. Eliot dizia: “Onde está o conhecimento que perdemos na informação?” O conhecimento só é conhecimento enquanto organização, relacionado com as informações e inserido no contexto destas. As informações constituem parcelas dispersas de saber. Em toda parte, nas ciências como nas mídias, estamos afogados em informações.

Nesse sentido, é imperioso a gestão do conhecimento, com a compreensão clara de como ele é formado, ou seja: dado, informação, conhecimento, saber e sabedoria, cada qual associado a um determinado contexto.

Desse modo, os ambientes educativos devem desenvolver em seus modelos de ensino e aprendizagem alicerçados em metodologias e recursos ativos, que desenvolvem o pensamento crítico nos sujeitos que integram os processos de ensino e aprendizagem, tornando-os protagonistas e críticos a realidade que se apresenta.

Morin (2005), apresenta alguns pressupostos da missão de um ambiente educativo:

• erradicar as cegueiras do conhecimento, promovendo um exame lúcido da sua própria natureza, entendendo as suas formas, processos e modalidades, assim como as condições objetivas e subjetivas que conduzem o ser humano ao erro e à ilusão;

• desenvolver a aptidão natural do espírito humano para situar todas as informações apreendidas de forma fragmentada num contexto e num conjunto que permitam estabelecer as relações mútuas entre elas e delas com o todo;

• reconhecer que a condição humana é o objeto essencial de todo o ensino; que o ser humano, embora seja um ser físico, biológico, psíquico, social, cultural e histórico,

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constitui-se em uma unidade complexa e que a educação pode e deve levar cada indivíduo a tomar consciência da sua identidade comum a todos os humanos;

• reconhecer que cada ser humano possui uma cidadania planetária e compartilha um mesmo destino com todo o gênero humano;

• aprender estratégias para enfrentar as incertezas, o imprevisto, o inesperado, abandonando as concepções deterministas da História e assumir o caráter doravante desconhecido da aventura humana;

• ensinar a compreensão e a tolerância como condições essenciais à superação do estado de barbárie das relações humanas. Estudar a incompreensão e a intolerância, não apenas em seus sintomas, mas, sobretudo, a partir das suas raízes, modalidades e efeitos;

• aprender a ética inerente à condição ternária do ser humano, que é ao mesmo tempo indivíduo, sociedade e espécie e que essa tripla realidade que carregamos compreende o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e a consciência de pertencer à espécie humana.

Com esses pressupostos de ambientes educativos têm-se algumas bases para transformar uma determinada realidade a partir do fator produtivo do capital intelectual. Entre exemplos de nações que se desenvolveram a partir de um robusto investimento educacional destaca-se a Coreia do Sul.

2.1.3 Case – Nação modelo de desenvolvimento com base no capital intelectual Na década de 1960 a Coreia do Sul figurava entre o grupo de países mais podres do mundo, uma vez que, após a Segunda Guerra Mundial, o então território da Coreia foi divido entre dos então Aliados Estados Unidos e a União das Repúblicas

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públicos na educação básica, valorização dos professores e participação ativa da família na vida escolar dos filhos.

Visando ampliar a qualidade da educação, reduzir custos e obter credibilidade junto às famílias, o governo sul-coreano implementou uma série de medidas de caráter socioassistencial. Teixeira (2018, p. 61) elenca algumas dessas medidas implementadas pelo governo sul coreano:

• Serviço de Assistência Educacional: verifica as etapas do desenvolvimento e as peculiaridades de cada aluno, bem como o seu ambiente familiar, de modo a contribuir com o avanço escolar do estudante.

• “Colo da mãe”- creche em tempo integral nas escolas: serviço de cuidado e educação infantil em tempo integral das 06h30min às 22h00min é estendido até os primeiros anos do ciclo primário, priorizando filhos de classes menos favorecidas, filhos de pai ou mãe sozinha e de casais de trabalham fora.

• Escola segura: contempla as escolas localizadas em regiões de segurança precária, designadas como Escola de Vigilância Reforçada, em que são ofertados suporte para implantação de mecanismos de segurança e aumento do pessoal de patrulhamento, chamados Guardiões da Escola. Em complemento está sendo ampliado o Serviço SMS, que informa aos pais, a localização dos filhos no trajeto escolar.

• Apoio financeiro aos alunos com necessidades especiais e de famílias de baixa renda: educação para crianças com necessidades especiais dos cinco anos até o Ensino Médio, bem como, apoio aos filhos mestiços e jovens refugiados da Coreia do Norte, a estes são ofertados aconselhamentos e trabalhos especializados de modo que não interrompam os estudos.

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• Bolsa Básica Nacional: Há também programa de bolsas para alunos de classes economicamente menos favorecidas, como aqueles de famílias beneficiárias, de pai ou mãe sozinha e de famílias de renda mínima, inclusive a solicitação é online, basta um-clique para que os pais solicitem diretamente à escola, evitando constrangimento ao aluno.

O modelo educacional sul coreano é resultado de uma estratégia governamental de longo prazo, que que foi sendo aperfeiçoada no decorrer de décadas, transitando desde ações que englobam o ensino básico, com consequência ao ensino superior. A tabela na sequência apresenta uma séria história com alguns indicadores econômicos da República da Coreia. Nessa tabela é possível observar uma relação direita entre o capital intelectual e o desenvolvimento econômico no período de 1970 a 2018.

Tabela 1 - Série histórica indicadores econômicos da República da Coreia: 1970, 1980, 1990, 2000, 2010 e 2018 - Unidade de Referência Monetária US$

Ano PIB PIB per cap.

Taxa Cresc. Ind. PIB Preço atual Deflator implícito

1970 9.232.410.070 287 ... 0.6 14 1980 66.663.398.204 1.752 - 1.7 4.5 42 1990 286.582.165.490 6.677 9.8 19.6 70.2 2000 576.179.387.820 12.161 8.9 39.3 72.1 2010 1.144.066.977.320 23.091 6.8 78.1 90.7 2018 1.720.488.934.018 33.622 2.7 117.4 107

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ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.”

Em termos comparativo será apresentada também a seguir a tabela com esses mesmos indicadores econômicos, contudo da República Federativa do Brasil.

Tabela 2 - Série histórica indicadores econômicos do Brasil: 1970, 1980, 1990, 2000, 2010 e 2018 - Unidade de Referência Monetária US$

Ano PIB PIB per cap. Taxa Cresc. Ind. PIB Preço atual Deflator implícito

1970 35.213.857.570 370 ... 2 10.1 1980 191.124.804.736 1.584 9.2 10.6 23.9 1990 406.897.012.370 2.731 -4.3 22.6 43.6 2000 652.360.092.545 3.732 4.3 36.2 54.7 2010 2.208.838.108.593 11.286 7.5 122.6 129.7 2018 1.868.613.092.297 8.921 1.1 103.7 104.9

Fonte: Elaborado a partir de United Nations (2020).

Observa-se que os indicadores econômicos da Coreia do Sul, em especial o PIB per cap. e a taxa de crescimento são significativamente superiores as taxas do Brasil. Vale ressaltar que a população da Coreia do Sul é aproximadamente quatro vezes menor que a população do Brasil, e sua área territorial aproximadamente 85 vezes menor que área territorial brasileira.

No caso de países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento, como o Brasil, com índices educacionais insuficientes no desempenho de seus estudantes no

Programe for International Student Assessment (PISA) é fundamental criar estratégias

de formação de capital intelectual no curto prazo. O PISA foi lançado pela Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE), em 1997, sendo que os resultados gerados por ele têm por pretensão contribuir no monitoramento de sistemas

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educativos, avaliando o desempenho dos estudantes sob um determinado conceito aceito internacionalmente. A sua aplicação ocorre em ciclos de 3 anos.

Uma das estratégicas para o desenvolvimento e qualificação do capital intelectual brasileiro no curto prazo e médio prazo é a organização de sociedades empresariais no formato de Holding. Essa estratégia poderá ser aplicada no ensino superior a fim oportunizar maior solidez e sustentabilidade nas Instituições de Ensino que compõem o grupo societário, e com isso minimizar efeitos derivados de instabilidades políticas e econômicas que são cíclicas no país.

2.2 HOLDING – ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA EMPRESARIAL

De acordo com Zamboni (2014), as holdings surgiram em meados do século XIX, no continente Europeu, em virtude do crescimento industrial e manutenção do monopólio sob o domínio de poderosos empresários, os quais necessitavam de um método seguro para adquirir ações das pequenas empresas e, assim, eliminar a concorrência.

Com seu aperfeiçoamento o modelo de negócios de uma holding passou a transitar por investimentos, os quais estão associados a firmas, prestações de serviços, atividades no espaço rural, entre outros. A holding possui uma visão macro do mercado, e centraliza as relações conectando o empresário, suas controladas e seus ativos patrimoniais.

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domínio. A expressão holding company, ou simplesmente holding, serve para designar pessoas jurídicas (sociedades) que atuam como titulares de bens e direitos, o que pode incluir bens imóveis, móveis, participações societárias, propriedade industrial (patente, marca etc.), investimento financeiro etc.

Neste sentido, companhia Holding é qualquer empresa que mantém ações de outras companhias em quantidade suficiente para controla-las e emitir certificados próprios.

LODI e LODI (2003, p. 160) conceituam holding como uma posição filosófica: Holding é uma posição filosófica. É principalmente uma atitude empresarial. Enquanto as empresas chamadas operadoras estão preocupadas com o mercado em que atuam, com as tendências do cliente, com a concorrência e outros problemas externos, a Holding tem uma visão voltada para dentro. Seu interesse é a produtividade de suas empresas controladas e não o produto que elas oferecem. A Holding como empresa controladora tem como meta principal a rentabilidade. A ela não compete saber o que se faz, mas sim se faz o melhor e mais rentavelmente.

É possível extrair desse entendimento que o conceito de holding está associado a definição de políticas estratégicas, financeiras e jurídicas do grupo empresarial associadas a gestão interna, com ênfase na produtividade e rentabilidade das controladas, não intervindo diretamente nas politicas operacionais.

Assim, ainda conforme os autores a companhia Holding deverá ser ativada para administrar os investimentos do acionista controlador, criando uma atividade sistemática a fim de obter informações sobre o desempenho das empresas afiliadas. Cabe à Holding o planejamento estratégico, financeiro e jurídico dos investimentos do acionista controlador. (LODI; LODI, 2003, p. 19).

Essas funções internas atribuídas pela holding oportunizará as controladas a focarem em políticas operacionais, em especial, as mercadológicas, como, por exemplo, pesquisas para posicionamento e/ou reposicionamento de mercado, estratégias de marketing (preço, praça, produto e promoção), projetos sociais, entre outras.

2.2.2 Classificação

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• Holdings puras: tem como principal característica o exercício de atividade exclusiva de controle de outras sociedades, tendo suas receitas privativas de lucros e dividendos das empresas controladas.

• Holdings operacionais: além de serem dotadas das características similares às encontradas nas Holdings puras, possuem também atribuições operacionais, tais como a prestação de serviços. Entretanto, necessário destacar que, apesar de comum, a distinção supratranscrita não é a única apresentada em nossa doutrina.

Todavia, de acordo com Lemos Júnior e Silva (2014, p. 59) existem outras diversas classificações, cujo critério para sua estruturação baseia-se na finalidade para qual a pessoa jurídica foi constituída:

a) Holdings de controle: detêm por escopo assegurar o controle de empresas; b) Holding administrativa: visa a função administrativa das empresas operadoras; c) Holding familiar: objetiva evitar os núcleos familiares, evitando possíveis conflitos

de interesses.

2.2.3 Contrato social de holding

No sentido de assegurar os benefícios advindos da modalidade de organização societária holding, o contrato social deverá ser elaborado de forma minuciosa, com a inclusão de cláusulas específicas, desde as essenciais e acidentais, até aquelas que visem preservar o patrimônio que está sendo integralizado na sociedade contra o interesse de terceiros ou, ainda, resguardar os direitos e vontades do fundador da

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sociedade operacional – e terá o capital social integralizado com os bens que vierem a ser partilhados.

Em função do contratualismo que revolve o ato constitutivo da sociedade holding, haja vista estarmos tratando de sociedades limitadas e constituídas através de Contrato Social, tomadas as medidas pertinentes e cabíveis, poderão ser evitados inúmeros empecilhos futuros, uma vez que os sócios signatários deste ato terão suas atuações pautadas estritamente pelas regras postas. (BARBOSA, 2014).

Diante desse contexto o contrato social da holding poderá dispor de cláusulas que garantam: manutenção do controle diretivo junto aos sócios fundadores originários; proteção das participações societárias frente à fracassos amorosos dos sócios com poder diretivo; proteção do patrimônio frente aos credores; estabelecer formas de governança; políticas de compliance; instauração de Conselhos, Órgãos, Assembleias entre outras.

2.2.4 Relacionamento da Holding com as controladas

O relacionamento da holding com as controladas deve seguir o princípio da centralização de controle e descentralização de operação, no qual a Holding assumir, partir de sua estrutura organizacional, o planejamento e controle, aperfeiçoando a avaliação e acompanhamento de desempenho das controladas.

Já as operações devem permanecer descentralizadas, sob responsabilidade de cada controlada, a partir de um Diretor Superintendente responsável pelos resultados, com equipe de trabalho própria sob seu comando hierárquico.

Assim, tem-se definidos dois níveis estratégicos no contexto do grupo empresarial: o nível corporativo (holding) que não deve operar na produção, compra e venda de produtos e serviços, por exemplo; e o nível operativo, que não deve duplicar funções normativas como políticas estratégicas, financeiras e jurídicas, as quais já existam no nível corporativo.

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executivos da holding e das controladas, em especial, entre o Presidente da Holding e os Diretores das Controladas.

Segundo LODI e LODI (2003, p. 160):

Devido a questões de poder e politica e de estilos pessoais frequentemente são tensas relações entre executivos da Holding e os das Controladas. É responsabilidade do Presidente da Holding a manutenção de um clima de colaboração e motivação e um bom equilíbrio de forças ente as tendências centralizantes dos Diretores da Holding e os comportamentos autonomistas dos das Controladas. O talento de um Presidente como Estadista em grande parte reside nessa capacidade de harmonização, tendo a astúcia necessária para perceber o surgimento dos problemas de poder e o tacto para manter a política interna a serviço dos resultados do grupo.

Observar-se que o Presidente da Holding deve possuir habilidades e competências associadas a liderança de alta performance, assumindo uma postura de vanguarda, que transite desde a comunicação interpessoal assertiva, com escuta empática e antecipação de eventuais conflitos; a transparência em suas ações, disseminado confiança entre seus liderados; a cooperação, comprometimento e reconhecimento; a inovação, até a inteligência na execução das estratégias do grupo empresarial.

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2.3 PROTEÇÃO E CONTROLE DO PATRIMÔNIO E VANTAGENS TRIBUTÁRIAS ASSOCIADAS ÀS HOLDING

A organização societária a partir de holding proporciona as empresas controladas uma série de benefícios, como por exemplo, proteção do patrimônio pessoal do sócio; livre circulação de capital entre as empresas controladas; declaração do lucro real em detrimento do presumido; concessão de incentivos fiscais, como a redução na tributação de aluguéis, não tributação de lucros e dividendos etc.; facilidades e redução de custos na sucessão.

2.3.1 Proteção do patrimônio

Com relação ao patrimônio tem-se aqueles tangíveis, o complexo dos bens integralizados no capital social da holding, sendo bens móveis, imóveis e ações societárias referentes à empresa operacional, bem como os intangíveis como capital humano, marcas, patentes, softwares e licenças.

Dessa forma, torna-se imperioso a adoção de medidas amplas no sentido de preservar a dilapidação patrimonial de acordo com a natureza de cada bem e frente aos diversos riscos apresentados. Essa proteção poderá proteção contra fracassos amorosos e credores, por exemplo. Nesse último caso,

A Holding Patrimonial tem como vantagem a possibilidade de proteção do patrimônio quanto à execução de credores. Isso ocorre pois, após constituída, a Holding Patrimonial permite que sejam os bens integralizados

em uma sociedade, de forma a garantir que execuções restrinjam-se à pessoa física do sócio, não atingindo o patrimônio da sociedade. (MORAES, 2017). Neste sentido, a governança na holding deverá atuar de forma pró ativa a fim de

[...] criar estruturas e instrumentos aptos a proporcionar o regular andamento dos negócios, a manutenção do patrimônio, dos investimentos financeiros, e a continuidade da empresa familiar no tempo, apesar das adversidades, dificuldades intrínsecas e dilemas, e é amparada por três áreas do Direito: Direito de Família, Direito Societário e Direito Tributário. (KIGNEL; LONGO; PHEBO, 2014, p. 15).

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2.3.2 Planejamento tributário

A partir da reestruturação societária é possível executar a elisão fiscal (planejamento tributário) por meio de um conjunto de atos adotados, autorizados ou não proibidos pela lei, visando uma menor carga fiscal, mesmo quando este comportamento prejudica o Tesouro, ou seja, de forma lícita, reduz a carga tributária por meio da adoção de uma estrutura societária mais eficaz e diminui os tributos a serem pagos.

De acordo com Machado Segundo e Machado (2016, p. 259):

Elisão fiscal designa a conduta – ou o resultado desta conduta – do contribuinte que, por meios lícitos, evita a incidência da norma jurídica tributária. Ou evita a incidência de norma mais gravosa, submetendo-se à incidência de norma que impõe gravame menor. [...] Evasão, por sua vez, designa a conduta – ou seu resultado – do contribuinte que, conquanto tenha realizado o fato que atrai a incidência da norma tributária, oculta a prática desse fato, subtraindo-o do conhecimento da autoridade incumbida de aplicar a norma.

Crepaldi (2017, p. 5) cita cinco objetivos do planejamento tributário: i. redução ou eliminação da carga fiscal;

ii. redução da base imponível de tributação;

iii. postergação do pagamento tributário por meio do planejamento das datas para concretização de negócios;

iv. eliminação de contingências tributárias;

v. redução do custo burocrático por meio da racionalização de processos e funções.

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3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

3.1 ANIMA EDUCAÇÃO

3.1.1 Histórico corporativo Anima Educação

O grupo educacional Anima foi fundado no ano de 2003 pelos empresários Daniel Faccini Castanho, Maurício Nogueira Escobar e Marcelo Battistella Bueno. Nesse ano foi adquira pelo grupo a Minas Gerais Educação Ltda., então mantenedora do Centro Universitário Una, tradicional e conceituada instituição de ensino superior de Belo Horizonte. Nos três primeiros anos da aquisição os sócio fundadores centraram suas ações na reestruturação administrativa, acadêmica e financeira do referido centro universitário.

A partir dessa reestruturação o grupo expandiu suas operações para a cidade de Santos, Estado de São Paulo, no ano de 2006, desregionalizando-se. Essa expansão ocorreu por meio da incorporação da Associação Educacional do Litoral Santista (Aelis), mantenedora de outra tradicional instituição de ensino, fundado em 1971, o Centro Universitário Monte Serrat, Unimonte. Essa operação também ensejou dos fundadores do grupo Anima dedicação intensa para saneamento de áreas administrativas, acadêmicas, financeiras e imagem institucional.

No ano de 2009 o grupo expandiu suas operações no Estado de Minas Gerais, incorporando ao grupo, o Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), também tradicional instituição de nível superior da capital mineira, replicando as ações de reestruturação de áreas administrativas, acadêmicas e financeiras conforme as aquisições anteriores.

Como uma ação estratégica o grupo Anima Educacional seguiu sua política de expansão, sendo que, em 2013, o mesmo ano em que o grupo estreou suas ações na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa, adquiriu a HSM Educação Executiva. No ano de 2014 o

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Grupo Anima a Universidade São Judas, em São Paulo, uma das mais tradicionais instituições de ensino superior do estado paulista.

Em 2016 fez a aquisição da Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc), no município de Joinville, Estado de Santa Catarina, operando assim em três Estados da Federação. Nesse mesmo ano de 2016 reforçou suas operações no território mineiro, adquirindo a Alis Educacional, município de Itabirito, e a Faculdade Politécnica de Uberlândia, município de mesmo. Criou a Escola Brasileira de Direito (Ebradi) com a finalidade de ofertar ensino e capacitação jurídica com renomados juristas e doutrinadores, na modalidade a distância, em todo território nacional.

Também firmou, em 2016, parceria com a secular rede internacional de culinária francesa Le Cordon Bleu, inaugurando em 2018, em São Paulo, a primeira escola do instituto no Brasil.

De acordo com a Anima Educação (2019),

Com mais de 15 anos de experiência no setor de ensino superior brasileiro, a Ânima reúne uma Universidade (Universidade São Judas Tadeu) no Estado de São Paulo; uma rede de sete Centros Universitários (Una, Una Bom Despacho, UniBH, Centro Universitário São Judas Tadeu, UniSociesc, UniSociesc Curitiba, Centro Universitário UniAGES), nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Sergipe e Bahia; além de Faculdades e unidades acadêmicas nas cidades de Betim, Contagem, Divinópolis, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Itabira, Uberlândia, Nova Serrana, Conselheiro Lafaiete (Una – Minas Gerais), Jataí, Catalão e Itumbiara (Una - Goiás), Florianópolis, Blumenau, Balneário Camboriú, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Itajaí (UniSociesc - Santa Catarina), além de Jacobina, Jeremoabo, Senhor do Bonfim, Tucano, Irecê (AGES – Bahia) e Lagarto (AGES – Sergipe), detendo marcas que são reconhecidas e tradicionais, com mais de 35 anos de história.

A figura na sequência ilustra o histórico corporativo do Grupo Educacional Ânima.

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Figura 1 – Histórico corporativo

Fonte: Anima educação, 2019.

Observa-se na figura apresentada a série temporal a evolução do Grupo Educacional Ânima. Até 2013, na abertura de capital na Bolsa de valores, Oferta Pública Inicial (IPO), o grupo era formado pela IES Una, Unimonte e UniBH. Com o aumento do capital, houve e o ingresso no mercado de ações, o grupo transforma-se de Sociedade LTDA para Sociedade Anônima. A partir de então passou a incorporar outras instituições de ensino, com foco em diferentes áreas do conhecimento, porém com um mesmo modelo de negócios.

3.1.2 Modelo de ensino Anima Educação

O modelo de ensino adotado pelo grupo é intitulado Ecossistema Ânima de Aprendizagem (E2A). Apesar da sigla ser análoga ao modelo mental Escola, Emprego e Aposentadoria (E2A), tem concepção distinta, tendo como premissa três pilares: 1) trajetória personalizada com conteúdos flexíveis; 2) foco no projeto de vida e na carreira dos estudantes; 3) docentes mentores.

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De acordo Soares (2020), Vice Presidente Ânima Educação e Co-CEO da Singularity University Brazil, o ecossistema Ânima tem como Visão 2025:

Ser o ecossistema de aprendizagem personalizada que mais entrega valor para as alunas e alunos ao longo de suas vidas adultas, preparando-os para o futuro que vier, com uma experiência transformadora, baseada no conhecimento profundo destes estudantes e tendo os educadores e educadoras como diferencial desta jornada. (SOARES, 2020).

Assim, o modelo de ensino da Anima Educação tem como referência a formação a partir de um currículo por competências e educação para a vida, o qual visa desenvolver e potencializar no estudante, além de conhecimentos técnicos, conhecimentos humanísticos e uma visão de vanguarda de sua própria carreira, priorizando a continuidade dos estudos e seu desenvolvendo pessoal e profissional.

Trajetória personalizada com conteúdos flexíveis

O primeiro pilar do modelo E2A visa oportunizar aos estudante a vanguarda na sua formação acadêmica, uma vez que ele poderá escolher quais os projetos que desenvolverá e que tenham maior aderência ao itinerário formativo que almeja percorrer, elegendo os projetos que melhor de adaptem a trajetória profissional e pessoal que deseja trilhar ao logo de sua vida.

Vale destacar que o estudante poderá escolher projetos que estejam alinhados a seu itinerário formativo de outras instituições que integram o grupo Ânima, tendo assim mobilidade e conectividade com outros contextos educacionais do ecossistema Ânima.

Foco no projeto de vida e na carreira dos estudantes

Esse pilar é transversal ao currículo, bem como a todos os cursos, o qual visa desenvolver no estudantes, a partir de atividades formativas, habilidades associadas ao

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Docentes mentores

Por fim, o terceiro pilar do modelo E2A do grupo Ânima tem foco no professor, o qual é capacitado e assessorado periodicamente para assumir a função de mentor. Assim, ao assumir a função de mentor o professor orientar os estudantes a partir de metodologias ativas de aprendizagem durante seu período de formação.

3.2 ANÁLISE DE DADOS

Os dados do presente estudo terão como base as Informações Trimestrais (ITR) em 31 de março de 2020 e relatório sobre a revisão de informações trimestrais ÂNIMA Holding S.A. a fim de verificar os balanços contábeis e a robustez do financeira do grupo, bem como as vantagens financeiras a ser geradas com a holding no papel de administradora patrimonial.

Tabela 1 – Balanço Patrimonial Ânima Holding S.A e Controladas

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Verifica-se um crescimento nos ativos circulantes consolidado Grupo Ânima S/A passando de R$ 1.944.101 bilhão no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 2.075.837 bilhões no primeiro Trimestre de 2020. Com relação aos ativos não circulantes consolidado também observou-se crescimento passando de R$ 1.944.101 bilhão no primeiro Trimestre de 2019 para 2.075.837 bilhões no primeiro Trimestre de 2020. O total dos ativos consolidado passou de R$ 2.400.023 bilhão no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 3.356.900 no primeiro Trimestre de 2020.

No que diz respeito aos passivos circulantes consolidado têm-se uma leve redução, diminuindo de R$ 339.926 milhões no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 336.187 milhões no primeiro Trimestre de 2020.

O passivos não circulantes consolidado também apresentou redução, passando de R$1.369.662 bilhão no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 1.355.575 bilhão no primeiro Trimestre de 2020. O total dos passivos consolidado passou de R$ 1.709.588 bilhão no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 1.691.762 bilhão no primeiro Trimestre de 2020.

Por fim, no que diz respeito ao patrimônio líquido, este passou de R$ 690.435 milhões no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 1.665.138 bilhão no primeiro Trimestre de 2020. O total dos passivos e do patrimônio líquido consolidado passou de R$ 2.400.023 bilhões no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 3.356.900 bilhões no primeiro Trimestre de 2020.

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Tabela 2 – Demonstração do resultado para os períodos de três meses findos em 31 de março*

Fonte: Relatório sobre a revisão de informações trimestrais (2020).

* A demonstração dos resultados para o período findo em 31 de março de 2019 não inclui os resultados integrais das investidas Ages e Vidam, que passaram a ser consolidadas a partir de 5 de agosto de 2019. Também não inclui os resultados integrais da investida Unicuritiba, que passou a ser consolidada a partir de 10 de fevereiro de 2020.

É possível observar que o Grupo Ânima S/A encerrou o primeiro Trimestre de 2020 com uma Receita Líquida Consolidada de R$ 338.983.000 milhões frente a uma Receita Líquida Consolidada de R$ 282.534 milhões no primeiro Trimestre de 2019, um aumento de R$ 56.449 milhões, o que representa um crescimento de 20,01%. Um EBITDA ajustado de R$ 118.300 milhões, aumento de 21,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

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Tabela 3 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido para os períodos de três meses findos em 31 de março

Fonte: Relatório sobre a revisão de informações trimestrais (2020).

Verifica-se que as mutações do patrimônio líquido uma expressiva evolução no do saldo do Capital Social entre março de 2019 e março de 2020, superior a 228%. Com relação ao total do patrimônio líquido dos controladores nesse mesmo período o aumento foi aproximadamente de 136%.

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Tabela 4 – Demonstração do valor adicionado para os períodos de três meses findos em 31 de março

Fonte: Relatório sobre a revisão de informações trimestrais (2020).

A partir da demonstração apresentada que há um aumento nos indicadores das receitas dos produtos e serviços, passando de R$ 290.951 em 2019 no primeiro Trimestre de 2019 para R$ 349.926.000 no primeiro Trimestre de 2020, um aumento de R$ 58.975 milhões.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo verificou-se uma robusta evolução no grupo educacional Anima Holding S.A desde sua fundação, o qual iniciou suas operações com uma Instituição de Ensino Superior, o Centro Universitário Una no ano de 2003, incorporando ao grupo Centro Universitário Monte Serrat (Unimente) em 2006, posteriormente, em 2009 o Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Em 2013, no ano em que faz sua abertura de capital na Bolsa de valores, incorpora a HSM Educação Executiva.

Em 2014 é incorporada ao grupo a Universidade São Judas Tadeu, em 2016 a Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc), criou Escola Brasileira de Direito (Ebradi), inicia-se a parceria com a Escola de Gastronomia Le Cordon Bleu, e incopora a Alis Educacional e a Faculdade Politécnica de Uberlândia. Em 2018 incorpora ao Centro Universitário UniAGES, cria a HSM University, em parceria com a Singularity University, e por fim, em 2019 incorpora a Universidade do Sul de Santa Catarina e o Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba).

Constatou-se que as Instituições que integram o Ecossistema Ânima de Aprendizagem (E2A), operam a partir de um modelo de ensino e aprendizagem de mesmo nome que está diretamente associado ao modelo de negócios da Holding no segmento educacional. Esse modelo está estruturado em três pilares, sendo caracterizados por uma trajetória personalizada do estudante com conteúdos flexíveis, foco no projeto de vida e na carreira dos estudantes e docentes mentores.

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intelectual da nação a fim de que esse capital se converta em desenvolvimento científico, tecnológico, econômico, cultural, social.

Por fim, observou-se a partir das Informações Trimestrais, do primeiro tri mestre 2020 e do relatório sobre a revisão de informações trimestrais ÂNIMA Holding S.A., que o grupo teve um acentuado crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse desempenho oportuniza maior solidez entre a controladora, as controladas favorecendo a otimização de investimentos e minimizando eventuais prejuízos.

Ademais, conclui-se que a reorganização societária das instituições societários no formato de Holding possibilita a blindagem do patrimônio empresarial, pois, após constituída permite que os bens integralizados em uma sociedade, de forma a garantir que execuções restrinjam-se à pessoa física do sócio, não atingindo o patrimônio da sociedade.

Conclui-se ainda, que há um planejamento tributário menos impactante as finanças da organização, a qual por meio da elisão fiscal poderá aderir a legislações tributárias mais atraentes, e também um melhor planejamento e redução de custos operacionais, uma vez que centraliza-se ações e operações.

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