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METODOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA: UM OLHAR A PARTIR DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

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Academic year: 2021

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METODOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA: UM OLHAR A PARTIR DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Flávia Nascimento de Oliveira flavinhamatematica@hotmail.com Rivânia Fernandes da Costa Dantas rivafern@hotmail.com Antonio Junielton Batista da Silva junieltonsilva@yahoo.com.br Resumo: O ensino de matemática tem sido muito discutido pelos estudiosos da Educação Matemática. Pois, os educadores veem a necessidade de se trabalhar o processo ensino-aprendizagem da matemática de forma mais didática, objetivando com isso um ensino significativo. O estágio I oportuniza ao acadêmico em primeira instância a vivência em um ambiente escolar da educação básica. Em segunda instância oportuniza o despertar para o ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental, que tem a finalidade de elaborar o plano de trabalho do estágio supervisionado II. Através do estágio I foi possível deparar-se com reivindicações de alunos que afirmam enfrentar a referida disciplina como sendo muito difícil e chata, apontando como contribuição dessa dificuldade a falta de aulas inovadoras que venham facilitar a construção desse conhecimento matemático. Este trabalho tem a finalidade de relatar a experiência vivenciada através do estágio I, que oportunizou identificar a necessidade de ferramentas metodológicas facilitadoras para o ensino de matemática em uma escola estadual localizada no município de Mossoró-RN. Conclui-se que o ensino básico necessita de novas metodologias para que esta disciplina seja vista pelos alunos como sendo importante e necessária para sua vida cotidiana.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado; Ambiente Escolar; Ensino de Matemática; INTRODUÇÃO

Como alunos do curso de licenciatura em matemática, tivemos oportunidade de vivenciar e aprofundar no ambiente escolar os temas trabalhados nos componentes curriculares das disciplinas pedagógicas sobre a realidade da educação básica. Discutimos como deve ser ou como deveria ser, quando se identifica divergência entre o que se aprende na teoria e o que se aplica na prática nas escolas públicas de educação básica. Este fato fora observado quando da execução do estágio supervisionado, que oportunizou a

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vivência de perceber algumas falhas presentes no nosso sistema educacional, falhas essas que começam muitas vezes pela metodologia que não motiva o aluno.

O educador deveria estar preocupado em levar metodologias inovadoras para a sala de aula. O professor de matemática deve mostrar que é possível dinamizar suas aulas com jogos, formas lúdicas para ilustrar e contar a história da matemática e outros recursos didáticos-pedagógicos. Estas são algumas das ferramentas didáticas consideradas poderosas nesse processo de ensino. Tendo em vista que várias experiências com os jogos já tem mostrado a eficácia desse material didático, despertando nos alunos prazer pelos conteúdos que os levam a uma aprendizagem significativa e motivadora.

Este trabalho tem a finalidade de relatar a experiência vivenciada através do Estágio Supervisionado em Ensino de Matemática I, que oportunizou identificar a necessidade de novas ferramentas metodológicas facilitadoras para o ensino de matemática em uma escola estadual localizada no município de Mossoró-RN.

VISÃO ATUAL DO ENSINO DE MATEMÁTICA

Entende-se que o ensino da matemática tem avançado muito nos dias atuais. Porém, mesmo com esse avanço ainda existem muitas deficiências, as quais apontam para a necessidade de rever as metodologias aplicadas ao ensino dos conteúdos de matemática. A forma de transmissão do conhecimento ainda segue uma prática tradicional, em que o professor é apenas o transmissor de conhecimentos e informações. No entanto, deve-se procurar aplicar métodos referentes às teorias sóciocontrutivistas. Estas, que propõem um ensino de qualidade numa perspectiva inovadora.

Dentre os autores que ressaltam a importância de ensinar, pode-se ver que:

Dar aulas é diferente de ensinar. Ensinar é dar condição para que o aluno construa seu próprio conhecimento. Vale salientar a condição de que há ensino somente quando, em decorrência dele, houver aprendizagem. Note que é possível dar aula sem conhecer, entretanto não é possível ensinar sem conhecer. Mas conhecer o quê? Tanto o conteúdo (matemática) como o modo de ensinar (didática); e ainda sabemos que ambos não são suficientes para uma aprendizagem significativa (LOREZATO, 2006, p. 03).

Diante da citação anterior surge a preocupação com a forma do ensino da matemática e entende-se que os educadores precisam urgentemente buscar metodologias as

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quais venham integrar suas aulas e despertar interesse nos alunos que convivem constantemente com essa dificuldade de aprendizagem e que eles consideram ser ocasionada pela falta de aulas motivadoras.

Um educador que se compromete com a formação de alunos críticos e cidadãos deve estar atento às mudanças inovadoras que vem ocorrendo no ensino da matemática. E, além disso, precisa estar constantemente investindo em sua formação profissional para que não venha ficar ultrapassado em suas práticas metodológicas. As exigências por uma educação de qualidade vêm sendo cobrada a todo instante pela própria sociedade. E para que os profissionais do ensino de matemática possam ter condições de transmitir o conhecimento com qualidade, é de fundamental importância que estejam sempre em formações continuadas por conta própria, já que não há muito investimento por parte dos governos em formações continuadas para professores.

Desempenhando o papel de elo entre o aluno e a matéria de aprendizagem, o professor é automaticamente mediador.

Esta mediação não funciona com autoritarismo, com imposição de conhecimentos como no diretivismo pedagógico. É importante ressaltar que a ação pedagógica envolve dois polos: o ensino e a aprendizagem representados respectivamente pelo professor e aluno.

VIVÊNCIA ESCOLAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE MATEMÁTICA I

O Estágio Supervisionado em Ensino de Matemática I é um componente curricular obrigatório para o licenciando do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN sendo realizado no 5º período do fluxo curricular. Essa prática do exercício profissional é desenvolvida em escolas de ensino fundamental dos anos finais da educação básica das redes pública estadual ou municipal do município onde está se cursando a licenciatura.

Esta vivência no ambiente escolar fora realizada no ano de 2010 utilizando-se de uma carga horária de 135 horas, e oportunizou apontar um diagnóstico da realidade de uma escola pública da rede estadual de Mossoró. Para as observações foram visualizadas os seguintes espaços: gestão escolar, equipe de apoio pedagógico, professores, alunos, equipe

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de apoio geral, Projeto Político Pedagógico, estrutura física e estrutura pedagógica (salas de aula, biblioteca, laboratórios, livros didáticos, esportes, vídeos, etc.), além de conselhos de classe. Neste diagnóstico teve-se como foco o ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.

Através desta experiência foi possível diagnosticarmos várias situações complexas além de necessidades fundamentais tais como: falta de aulas inovadoras, laboratório de informática com poucos computadores em funcionamento, biblioteca com espaço inadequado e ainda adaptada a sala de vídeo, falta de laboratório de Química, Física, Biologia e Matemática, dentre outros problemas que afetam o melhor desenvolvimento das aulas e acarretam em desestímulos aos alunos.

Em meio a essa atuação alguns fatos chamaram a atenção com relação à prática de ensino dos conteúdos de matemática, onde se percebeu que a forma como são aplicados e ministrados não despertam desejo, interesse ou motivação para a disciplina. Ocasionando com isso reclamação de alunos que se mostram insatisfeitos com a disciplina. Diante dessa dificuldade vimos à necessidade de fazermos um diagnóstico com esses alunos dos anos finais do ensino fundamental. Onde nos dispomos a aplicar um questionário em que eles poderiam sugerir métodos os quais serviriam de base para um melhor planejamento de aulas motivadoras.

O questionário foi aplicado do 6º ao 9º ano e explicou-se antes da aplicação do mesmo o significado de cada ferramenta apresentada nas opções abaixo. A investigação partiu da seguinte indagação:

Como você gostaria que fossem ministradas as aulas de Matemática? Por meio de: a) Jogos;

b) Informática; c) Modelagem;

d) História da Matemática; e) Etnomatematica;

Os dados mostraram-se da seguinte maneira: os jogos apresentaram-se como recurso didático de preferência dos alunos para as aulas de matemática, ou seja, eles acreditam em um ensino significativo, proveitoso e de fácil assimilação através dos jogos. A informática ficou em segundo, as atividades de modelagem em terceiro lugar, estudos,

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pesquisas e seminários da história da matemática em quarto, e etnomatemática em quinto lugar.

Com base nesta investigação fora elaborado um projeto de ensino inovador para ser executado quando da aplicação do estágio supervisionado de ensino de matemática II que oportuniza a experiência da regência de classe. O estágio supervisionado no ensino de matemática I resultará na elaboração do plano de estágio supervisionado no ensino matemática II que tem como finalidade o exercício docente na regência de sala de aula.

JOGO: SUPORTE METODOLOGICO PARA AS AULAS DE MATEMÁTICA Existe vários recursos didáticos que poderão ajudar um educador diligenciar com eficiência e qualidade as aulas de matemática, levando os alunos a uma melhor assimilação dos conteúdos aplicados e a desmistificação de que a matemática é uma disciplina complexa demais, chata e difícil de aprender. Despertando-os para percepção de que a matemática é importante, fundamental e necessária, presente no cotidiano do aluno e acima de tudo possível de aprendê-la.

A postura de um professor de matemática que procura trabalhar com recursos como jogo nas suas aulas é diferente dos demais. Pois estamos convictos que os métodos tradicionais são tão ultrapassados na formação e prática do professor que ate mesmo os alunos percebem o ensino de um professor que trabalha o modelo transmissor para o mediador da aprendizagem.

Nesse pensamento descreve-se o que comentam as autoras:

O uso do jogo para o ensino representa, em sua essência, uma mudança de postura do professor em relação ao o que é ensinar matemática, ou seja, o papel do professor muda de comunicador de conhecimento para o de observador, organizador, consultor, mediador, interventor, controlador e incentivador da aprendizagem, do processo de construção do saber pelo aluno, e só irá interferir, quando isso se faz necessário, através de questionamentos, por exemplo, que levem os alunos a mudanças de hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou para a socialização das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta certa (SILVA e KODAMA, 2004, P.05).

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Vale salientar que quando se trata de fazer uso de um método que melhor facilite a transmissão do conhecimento, deve-se estar atento nas vantagens e desvantagens que essa forma de ensino pode proporcionar, pois a mesma pode proporcionar tanto o desenvolvimento do conhecimento como não. E, geralmente essas desvantagens ocorrem quando a ferramenta em uso é mal utilizada ou mal conduzida pelo mediador que nesse caso realça como sendo o educador. Entende-se mais uma vez a importância do trabalho do educador em saber conduzir bem as ferramentas metodológicas de ensino nas suas aulas para que não venha ter resultados insatisfatórios através das referidas, levando por meio disso educador e alunos a frustração.

Nesse sentido GRANDO (2000, p. 35) enfatiza que “quando os jogos são mal utilizados, existe o perigo de dar ao jogo um caráter puramente aleatório, tornando-se um “apêndice” em sala de aula [...]”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os pontos apresentados no desenvolvimento desse trabalho foram resultados de experiências obtidas durante o Estágio Supervisionado em Ensino de Matemática I e estudos reflexivos com base em referencias teóricos.

Esta vivência escolar que foi possível através do estágio supervisionado nos ajudou e ajudará no sentido de termos um novo olhar em relação ao ensino da matemática. Somos convictos da necessidade de ferramentas metodológicas inovadoras para as aulas de matemática e conscientes de que é possível identificar possíveis causas de problemas apresentados pelos alunos quando somos comprometedores de uma boa educação através de práticas metodológicas inovadoras e facilitadoras do ensino de matemática. Nesse sentido entende-se que o Estágio Supervisionado em Ensino de Matemática I contribuiu muito para nossa formação, porque foi através dele que tivemos oportunidade de compreender a realidade do ensino público e repensar na perspectiva de futuros educadores conscientes e comprometidos com uma educação matemática com práticas inovadoras e motivadoras.

Dessa forma compreendem-se visivelmente a necessidade de recursos didáticos diversificados, sejam dentre os outros, os jogos, de onde se acredita que é possível através deles termos um ensino inovador se os educadores forem conscientes da necessidade e da

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importância dessas ferramentas metodologias de ensino e procurar aplicá-las em sala de aula com os alunos.

REFERÊNCIAS

GRANDO, Regina Célia (2000). O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. Tese de doutorado. Campinas, SP.

LOREZATO, Sergio (2006). Para aprender matemática. – Campinas, SP: Autores Associados. (Coleção Formação de Professores)

SILVA e KODAMA, Aparecida Francisco e Helia Matiko Yano (2004). Jogos no ensino da matemática. II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática, UFBa. São José do Rio Preto/SP. Trabalho financiado pela Fundunesp- Fundação para o desenvolvimento da UNESP.

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