COMPLEMENTAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
Anos Finais (6º ao 9ºAno)
Unidade de Ensino: ESCOLA MUNICIPAL ALICE CANELLAS DA SILVEIRA Aluno(a):
Turma:
800,801,802,803
Turno: 1º e 2º Período de Complementação: De 31/08 a 12/09
Justificativa:
A Educação na Rede de Ensino Municipal de Iguaba Grande segue as orientações do Conselho Nacional de Educação – CNE, através do parecer CNE/CP nº 5/2020, aprovado em 28/4/2020, homologado e publicado no DOU em 02/06/2020 pelo Ministério da Educação em 30/04/2020, que traça diretrizes para a (re)organização do calendário escolar e a aplicação de atividades não presenciais.
Dessa forma, destaca-se a importância da organização do Material de Complementação da Aprendizagem de forma adequada, a fim de atender o Parecer do CNE, garantindo a qualidade exigida pelo órgão e o cômputo das atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual em razão da Pandemia da Covid -19.
REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE IGUABA GRANDE
2020
Querido Aluno, Querida Família!
Desde 16 de março estamos distantes. Cada um vivendo num espaço. As escolas foram fechadas; mas, sempre, buscando estar próximas com palavras de solidariedade e afeto!
Várias formas surgiram de contínuos contatos! A Rede Municipal de Ensino de Iguaba Grande vem ao longo desse período mostrando o seu valor. Todos os professores têm compartilhado suas práticas, para continuar próximos dos estudantes e das famílias.
Em diferentes tempos e espaços, Durante todo esse tempo descobrimos que aconteceram coisas lindas. Estudantes maravilhosos ganharam o mundo por meio das redes sociais!
E, com muita fé e esperança, o isolamento nos mostrou toda a nossa virtude! Afinal, nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos merecem todo o amor! A saudade aumenta com o tempo. Nas lembranças estão nossos estudos, nossos amigos e nossas brincadeiras.
Desejamos que todos estejam bem e com saúde, cumprindo o autocuidado! Assim, logo, logo, ao local amado teremos a volta: nossa ESCOLA!
Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Verbo Adjunto adverbial de modo Adjunto adverbial de lugar Adjunto adverbial de tempo Verbo
Professor (es): ROSIANE ARAUJO SILVA Aluno(a):
Período de Complementação: De 31 a 12/09
Ano/Turma: Turno: Disciplina: Dias trabalhados
Carga horária: 8º ANO 1º e 2º GRAMÁTICA 2 dias 8 aulas
Habilidades Conteúdos
(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.
Adjunto adverbial
Reconhecer o vocativo e o aposto nas orações. - Empregar, corretamente, a vírgula com adjuntos adverbiais, vocativos e apostos.
Aposto e Vocativo
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes etc.
Interpretação de texto
Adjunto adverbial
É o termo que acompanha, principalmente, o verbo para indicar circunstâncias de tempo, lugar, modo etc.
Exemplos:
Meu pai entrou subitamente na sala.
Sujeito Advérbio – função de Adjunto adverbial de tempo Locução adverbial – função de Adjunto adverbial de tempo Expressão adverbial – função de Adjunto adverbial de lugar Expressão adverbial – função de Adjunto adverbial de causa Verbo Predicado Predicado
Adjunto adverbial de intensidade Verbo
Sujeito Predicado
Adjunto adverbial de intensidade Verbo
Adjetivo
Sujeito Predicado
Adjunto adverbial de intensidade Verbo
Advérbio Sujeito elíptico (nós)
O adjunto adverbial pode ser representado por advérbio, locução adverbial ou expressão adverbial.
Exemplo:
Ontem à noite, ninguém saiu de casa devido ao frio.
Além de acompanhar o verbo, o adjunto adverbial de intensidade pode referir-se a um adjetivo e a um advérbio.
Exemplos:
O professor falava muito.
O professor falava muito alto.
O professor falava muito bem.
Classificação dos adjuntos adverbiais
Os adjuntos adverbiais são classificados de acordo com as circunstâncias que indicam. Eles representam todas as circunstâncias do advérbio e outras.
Exemplos:
➢ De tempo: Naquele ano, trabalhei doze horas por dia. ➢ De lugar: Adoro ir ao teatro.
➢ De modo: Falou com entusiasmo sobre o livro. ➢ De afirmação: Sim, ele virá com certeza.
➢ De negação: Não aceitarei a proposta em hipótese alguma. ➢ De dúvida: Talvez eu seja perdoada por ele.
➢ De intensidade: Falou muito pouco. ➢ De meio: Quando criança, viajava de trem.
➢ De instrumento: Podavam-se as plantas com uma grande tesoura.
➢ De companhia: Eu ia ao cinema com meu irmão. ➢ De causa: Com a seca, meu jardim acabou. ➢ De fim, finalidade: Viajo sempre a negócio. ➢ De matéria: Fez um vaso com jornal.
➢ De preço: Não compro mercadoria pirata nem por um real. ➢ De concessão: Apesar da chuva, saímos.
➢ De assunto: Aqui se fala muito sobre política. Fique atento:
A vírgula é usada para separar adjunto adverbial deslocado de sua posição normal na frase.
Exemplo:
Logo pela manhã, as crianças saíram para o passeio.
➢ Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 6. Vida canina
Ela era jovem, bonita, desinibida, tão bonita e desinibida que chamava a atenção; na praia, era frequentemente abordada por rapazes, o que até a obrigava a andar com um enorme e feroz cão. Ele, pelo contrário, era feio e tímido, tão tímido que tinha medo de falar com moças. Mas quando a viu – de longe, na praia – não teve dúvida: era o grande amor de sua vida. Sem coragem para dirigir-se à garota, descobriu o endereço dela no correio eletrônico e mandou-lhe uma terna mensagem. Ela a princípio se surpreendeu: nunca tinha recebido uma cantada assim. Divertida, resolveu responder. Iniciou-se uma correspondência e em algum momento ela sentiu que estava completamente apaixonada pelo desconhecido. O que a deixou
contrariada: amor platônico não era com ela. Parecia coisa de romance do século 19, daqueles enamorados que trocavam longas missivas. Mandou uma mensagem decisiva: precisamos nos encontrar.
Ele demorou a responder. Sim, queria vê-la de perto, queria segurar sua mão, queria até beijá-la – mas a simples ideia de fazê-lo deixava-o em pânico. Durante vários dias lutou com a timidez, até que por fim respondeu: sim, poderiam se encontrar. Ela então sugeriu a praia. Ele relutou – sem roupa não era exatamente uma figura atraente –, mas acabou concordando.
No dia marcado, lá estava ela, no local combinado. Belíssima, em sua tanga. Mas aí ele viu algo que quase lhe fez parar o coração. O cachorro. O enorme cão que a acompanhava, e que mais parecia um lobo feroz. Claro, ele sabia que o cão estava ali para defendê-la dos importunos. Aliás, ela não era a única a recorrer a esse tipo de proteção. Várias outras moças estavam também com seus cachorros, cada um maior que o outro.
O problema era que ele tinha um medo terrível de cães; desde que, criança ainda, tinha sido atacado por um dobermann. Mas como dizer à amada que não podia se aproximar dela por causa do cachorro? Hesitou ainda uns minutos e finalmente, o coração acelerado e um sorriso forçado no rosto, foi em direção à bela da praia. Um segundo depois estava no chão, o cachorrão em cima dele rosnando, ameaçador. Foi um caro custo tirar o bicho dali.
Ele teve de ser internado numa clínica, para se recuperar do trauma. Não recebe visitas, nem sequer da moça; o médico não acha prudente. Quanto a ela, está com o coração dividido. Por um lado, gosta de seu feroz cachorro. Se pelo menos ele rosnasse, suspira, mas sabe que isso é impossível. Rosnar é coisa para cachorros, não para rapazes sensíveis.
SCLIAR, Moacyr. In: Folha de S. Paulo, 30 jan. 1997. 1. No início do primeiro parágrafo há:
b) descrição que compara características dos personagens. c) narração da cena em que o cachorro ataca o rapaz. d) descrição do sentimento de afeto da moça pelo cão. e) narração do encontro ocorrido entre a jovem e o rapaz.
2. A partir da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e marque verdadeiro ou falso.
I. ( ) Sem iniciativa para declarar-se pessoalmente à moça, o rapaz usa meios virtuais para fazê-lo.
II. ( ) Depois de receber a declaração inusitada do rapaz, a moça sente vontade de conhecê-lo pessoalmente.
III. ( ) O interesse do rapaz pela moça surge em site de relacionamentos.
4. Por meio da leitura do texto e do fragmento “Sim, queria vê-la de perto, queria segurar sua mão, queria até beijá-la – mas a simples ideia de fazê-lo deixava-o em pânico”, pode-se deduzir que o rapaz é: a) desinibido.
b) impulsivo. c) acanhado. d) tranquilo. e) desligado.
4. Algumas passagens do texto dão indícios do comportamento prático da moça.
A partir da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e coloque verdadeiro ou falso.
I. ( ) Embora tenha sido atacado pelo cão, o rapaz manteve seu propósito de namorar a moça, comprometendo-se com ela.
II. ( ) O rapaz foi ao encontro da moça mesmo com receio do cão que a acompanhava.
III. ( ) O medo do cachorro funciona como impedimento para a efetivação do namoro do casal.
5. No trecho “No dia marcado, lá estava ela, no local combinado.”, as expressões destacadas exercem a função de adjunto adverbial. Informe a circunstância de cada expressão.
➢ Leia com atenção o texto que segue e responda à questão 7.
“Poema só para Jaime Ovalle”
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã já estivesse avançada). Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... - Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.
Manuel Bandeira, in “Antologia”, pág.198. 6. Identifique os adjuntos adverbiais que aparecem no poema acima e indique a circunstância de cada um.
➢ Leia o microconto a seguir e responda à questão 8. Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.
FREIRE, Marcelino. Os cem menores contos brasileiros do século. Cotia: Ateliê Editorial, 2004. 7. O mais famoso microconto do mundo, acima, tem só 37 letras. Para se criar um conto com tão poucas palavras é essencial que cada termo desempenhe claramente uma função dentro da estrutura narrativa. Nesse sentido, observamos alguns adjuntos adverbiais que delimitam as circunstâncias daquilo que é narrado. Sobre esses adjuntos adverbiais, podemos afirmar:
a) “Ainda” e “lá” indicam circunstância de tempo. b) “Quando” e “lá” indicam circunstância de espaço.
c) “Quando acordou” indica circunstância de tempo e “estava”, circunstância de lugar.
d) “Ainda” indica circunstância de tempo e “lá”, circunstância de lugar. e) “Quando acordou” e “ainda” indicam circunstância de tempo e “lá”, circunstância de modo.
Aposto
É um termo que retoma outro temo da oração para explicar, ampliar, desenvolver ou resumis esse termo ele se refere a substantivos (ou outros termos nominais) e possui o mesmo valor sintático do termo a que se refere.
Exemplo:
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. Classificação do aposto
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:
I. Explicativo:
A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.
II. Enumerativo:
A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação. III. Resumitivo:
Músicas, livros, roupas, fotos, tudo lembrava seu filho ausente. IV. Especificativo:
Minha amiga Julia é muito divertida.
Atenção
A vírgula é geralmente empregada no aposto explicativo,
enumerativo e resumitivo. Só NÃO é usada no aposto
especificativo.
1. Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta em relação aos estudos sobre o aposto e o vocativo.
a) “Príncipe Otto” é vocativo evocado na fala do personagem no primeiro quadrinho.
b) “Príncipe Harold” é vocativo evocado na fala do personagem no segundo quadrinho.
c) “Terceiro na linha de sucessão” é aposto que se refere ao Príncipe Harold.
d) “Príncipe Harold” é aposto e se refere a “quarto na fila do banheiro”. e) “Quarto na fila do banheiro” é aposto e se refere ao Príncipe Harold.
➢ Leia o cartum abaixo:
https://br.pinterest.com/pin/571042427727205910/?lp=true - acesso em junho de 2018.
2. Assinale a alternativa que se relaciona coerentemente com o cartum acima e que contenha um aposto.
a) A melhor solidariedade, aquela reconhecida. b) Contemplem, a bondade não vê cor, raça ou credo.
c) A solidariedade, sentimento nobre, deveria ser feita sem observadores.
d) Sorria, você está sendo filmada. e) E para mim, nada?
3. Identifique o aposto das orações a seguir e classifique-os.
a) O diretor do clube, um velho diplomata, promoveu muitas festas temáticas.
b) Riqueza, luxo, fama, nada substitui a felicidade de estar com a família. c) O IBGE identifica cinco regiões no Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
d) Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião.
e) Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.
f) O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.
4. A única alternativa que possui um aposto especificador é:
a) Comprei os materiais que faltavam para a construção: cimento, tijolos e tinta.
b) Comprei cimento, tijolos e tinta, tudo com desconto. c) Stephen Hawking, o físico, faleceu.
Vocativo Predicado
Vocativo Predicado
d) Fui à cidade do Rio de Janeiro.
e) A Geografia, a Física e a Química, nada compreendia sobre essas matérias.
Vocativo
É um termo que não mantém relação sintática com nenhum outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. Trata-se de um nome usado quando se quer atrair a atenção da pessoa com quem se fala.
Exemplos:
Crianças, vocês vão para o banho agora!
Perdoe-me, meu amor.
Atenção:
O vocativo é separado por vírgulas na escrita.
➢ Leia o texto abaixo e responda à questão 1.
BONACOSSA, Cynthia. Disponível em: <http://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/page/11>. Acesso em: 10 abr. 2018.
1. Por que a expressão “Minha Senhora” foi utilizada nesse contexto? ➢ Leia a tirinha abaixo e responda à questão 2.
2. Por que foi usada a vírgula após a palavra “Amor”? 3. Enumere as colunas
(I) Ajunto adverbial (II) Aposto
(III) Vocativo
a) ( ) O Brasil, um dos maiores países do mundo, tem grande parte de sua população vivendo na miséria.
b) ( ) Logo pela manhã, as crianças saíram para o passeio. c) ( ) Ó pedaço de mim,
Ó metade afastada de mim, Leva o teu olhar [...] (Chico Buarque) 4. Identifique os apostos e os vocativos.
a) Meu amigo João está participando de um filme sobre fome no Brasil. b) Vocês vão assistir ao jogo hoje meus filhos?
c) Meus filhos, Carlos e André, vão ao jogo hoje
d) Mulheres, parabéns por tantas conquistas na área empresarial. e) Jovens, ajudem a combater a dengue em seu bairro.
5. Circule o vocativo nas frases a seguir
a) Tenha esperança, meu filho! Não desanime! b) Tome cuidado, garoto! Poderás se machucar. c) Ó Pai, obrigada por proteger-me.
d) Amigo, posso pedir-lhe um favor?
e) Participem todos da comemoração, caros colegas!
6. Os termos em destaque nas orações abaixo são, respectivamente: - Goiânia, capital de Goiás, é uma cidade linda.
- Crianças, venham almoçar! a) vocativo; vocativo.
b) aposto; aposto. c) vocativo; aposto. d) aposto; vocativo
REFERÊNCIAS
1. Nova Redação Gramática & Literatura: aprenda a elaborar textos claros, objetivos e eficientes / Luiz Fernando Mazzarotto, Teresinha de Oliveira Ledo, Davi Dias Camargo. – 2, ed. – São Paulo: DCL, 2010. 2. Paschoalin, Maria Aparecida – Gramática: teoria e exercícios / Paschoalin & Spadoto. – Ed. Renovada. – São Paulo: FTD, 2008. 3. www.soportugues.com.br
4.https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-as-caracteristicas-aposto.htm
Professor(es): Valdinea Chaves Pereira Aluno(a):
Período de Complementação: De 31 a 12/09
Ano/Turma: Turno: Disciplina: Dias trabalhados
Carga horária: 8º ano Manhã Produção
Textual
2 dias 4horas/aula
Habilidades Conteúdos
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras.
Figuras de Linguagem
Figuras de Linguagem
Figuras de linguagem são recursos de expressão, utilizados por um escritor, com o objetivo de ampliar o significado de um texto literário ou também para suprir a falta de termos adequados em uma frase. É um recurso que dá uma grande expressividade ao texto literário.
São: aliteração, antítese, assonância, catacrese, comparação, elipse, eufemismo, hipérbole, ironia, metáfora, metonímia, onomatopéia, paradoxo, personificação (ou prosopopeia) e sinestesia.
Aliteração
Consiste na repetição de consoantes em uma sequência de palavras, trazendo um texto com um efeito sonoro. Confira um exemplo no trecho da música Chove Chuva de Jorge Ben Jor:
“...Chove chuva Chove sem parar...”
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos. Exemplo:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa) Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.
Comparação
A comparação consiste na aproximação entre dois objetos por meio de uma característica semelhante entre eles, dando a um as
características do outro. Difere da metáfora porque possui,
obrigatoriamente, termos comparativos. Em suma, é uma comparação explícita. Exemplo:
Neste exemplo vemos o principal definidor de uma comparação: a palavra como traz explicitamente a ideia de que o tempo é
valoroso como o dinheiro. Elipse
Temos elipse quando, em um texto, alguns elementos são omitidos sem ocasionar a perda de sentido, uma vez que as palavras omitidas ficam subentendidas através do contexto. Exemplos:
• Ela está passando mal! Depressa, um médico!
• Ela está passando mal! Depressa, chamem um médico!
Na primeira frase temos a elipse ao vermos que a palavra chamem está escondida. Não é necessário colocá-la e não há perda de sentido, porque mesmo sem ela entendemos que é necessário chamar um médico
depressa porque ela está passando mal. Chove, chuva, chove sem parar
Neste caso, o ch repetido vem para dar a sonoridade da chuva, além de dar ritmo à música de Jorge Ben Jor.
Eufemismo
O eufemismo ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras que produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos:
• Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja. • Menti ao dizer que fui à igreja.
A expressão e o impacto negativo que a palavra menti traz é "suavizado" ao dizer que "faltei com a verdade".
Hipérbole
Essa figura de linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de forma intencional. Exemplo: Ela chorou rios de lágrimas.
Chorar rios remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios vem para enfatizar a ideia de que foi um choro intenso.
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada. Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os termos comparativos (tal como, como, são como, tanto quanto, etc). Na metáfora, a comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de semelhança entre eles. Exemplo:
Tempo é dinheiro.
Percebemos neste exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso quanto o dinheiro, por isso ele é colocado como semelhante à moeda.
Metonímia
É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de sentidos, uma relação de implicação. Exemplos:
• Não leu Machado de Assis.
• Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A metonímia consiste nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:
• A cozinha italiana é maravilhosa! • A comida italiana é ótima.
Onomatopeia
Temos onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e objetos. É mais comum em história em quadrinhos.
Paradoxo
Paradoxo é a presença de elementos que se anulam numa frase, trazendo à tona uma situação que foge da lógica. Exemplo:
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; Luís de Camões
A situação do paradoxo aqui é clara: os elementos marcados se anulam, trazendo uma série de questionamentos. Como pode uma ferida, algo que causa dor física, não ser sentida? Como o contentamento, que causa felicidade, pode ser descontente? Como a dor pode não doer? Vemos claramente a fuga da lógica.
Personificação (ou prosopopeia)
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais.
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada. Sinestesia
A sinestesia traz textos que expressam as sensações humanas, com o cruzamento de palavras referentes aos cinco sentidos. Exemplo: Recordação
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas Cecília Meireles
Aqui, vamos uma característica do olfato (cheiro) misturada com outra do tato (áspero).
(AS RESPOSTAS DEVEM SER APRESENTADAS NO CADERNO)
1. Relacione as colunas de acordo com o tipo de figura de linguagem utilizado na construção de sentido das frases a seguir:
(A) Estou rindo para não chorar.( )
(B) Eu nasci em Minas; meu irmão, em Goiás. ( ) (C) Não se deve faltar com a verdade. ( )
(D) Chorei rios de lágrimas. ( )
(E) Quem foi o educado que estacionou onde não devia?( ) (F) Seus olhos são dois topázios. ( )
(G) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.( ) 1. Eufemismo. 2. Prosopopeia. 3. Antítese. 4. Ironia. 5. Elipse. 6. Hipérbole. 7. Metáfora.
2. Qual a figura de linguagem presente na frase “As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.”, de Mário Quintana?
3. Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos…
(Aluísio Azevedo, O Cortiço)
A figura de linguagem que se explicita em "o cortiço acordava" é conhecida como a) antítese. b) metonímia. c) comparação. d) personificação. e) eufemismo.
4. No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada de: 5. Qual figura de linguagem há na imagem abaixo?
6. Que figura de linguagem a imagem abaixo está exemplificando?
7. Identifique a figura de linguagem presente em cada frase a seguir: a) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
b) Meu pensamento é um rio subterrâneo. c) Não tinha teto em que se abrigasse. d) Ele enriqueceu por meios ilícitos. e) Estou morrendo de sede.
f) O Amor queima como o fogo.
g) Lemos Machado de Assis por interesse. h) O Sol amanheceu triste e escondido. i) Estou sentindo dor na batata da perna J) Coitado do Durval: não foi feliz na prova.
k) Gastei rios de dinheiro no meu curso de computação.
8. Identifique a figura de linguagem existente nos textos: a) “Sou faraó prazer minha mãe Sou faraó passeio pelo sol”. b) “Palmeiras se abraçam fortemente...” (Eduardo Dusek)
c) “Passa, tempo, tic-tac / tac, passa, hora / Chega logo, tic-tac / Tic-tac, e vai-te embora” (O Relógio — Vinícius de Moraes)
9. Leia o texto
10. Observe o texto abaixo e assinale a ÚNICA alternativa CORRETA:
a) O efeito de sentido da imagem é produzido por meio de antítese. b) No 1º balão há a presença de uma metonímia.
c) O efeito de sentido da imagem é produzido por meio de um paradoxo. d) O efeito de sentido da imagem é produzido por meio da hipérbole. e) O efeito de sentido da imagem é produzido por meio de catacrese.
11. Relacione as definições abaixo com as figuras de linguagem:
( ) Figura de linguagem em que se emprega um sentido incomum para uma palavra a partir de uma relação de semelhança entre dois termos.
( ) Figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia com exagero, a fim de enfatizá-la ou destacá-la.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra por outra, com a qual tem uma relação de interdependência, proximidade.
( ) Figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas a seres inanimados ou irracionais.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de palavra ou expressão agradável para amenizar uma ideia desagradável ou grosseira.
( ) Figura de linguagem que consiste em aproximar dois termos a partir de uma característica comum. Faz uso de conectivos: como, tal qual, que nem etc. 1. Eufemismo. 2. Metáfora. 3. Comparação. 4. Prosopopeia ou personificação. 5. Hipérbole. 6. Metonímia a) 6 – 4 – 2 – 1 – 3 – 5 b) 5 – 6 – 1 – 2 – 3 – 4 c) 2 – 5 – 6 – 4 – 1 – 3 d) 2 – 6 – 5 – 4 – 1 – 3 e) 1 – 2 – 6 – 5 – 4 – 3 REFERÊNCIAS 1.https://www.sigmadf.com.br/wpcontent/uploads/sites/24/2020/02/18M 1Por_PD_02_2020-1.pdf- Acesso em Set/20
2. FIGUEIREDO,Ana Gabriela - figuras-de-linguagem
https://rachacuca.com.br/educacao/portugues/ figuras-de-linguagem.Acesso em Set/20
https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-figura-linguagem.htm#resposta-5868
4.https://www.policiamilitar.mg.gov.br/conteudoportal/uploadFCK/ctpmbarba cena/04072017170223618.pdf. Acesso em Set/20
5. CALDAS, Helena. http://helenaconectada.blogspot.com/2012/12/revisao-para-recuperacao.html. Acesso em Set/20
6. RODRIGUES, Jean
/professorjeanrodrigues.blogspot.com/2018/04/atividade-de-portugues-sobre-figuras-de.html. Acesso em Set/20
7. CASTRO ALVES PEREZ, Luana. Exercícios de Gramática https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-figuras-linguagem-2.htm
Professor(es): Theresa Christina Aluno(a):
Período de Complementação: De 31/08 a 12/09/2020 Ano/Turma: Turno: Disciplina: Dias
trabalhados
Carga horária: 9º Ano manhã História Terça feira e
quinta feira
8 aulas
Habilidades Conteúdos
EF09HI13) Descrever e contextualizar os processos da emergência do fascismo e do nazismo, a consolidação dos estados
totalitários e as práticas de extermínio (como o holocausto).
(EF09HI14) Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais. A emergência do fascismo e do nazismo A Segunda Guerra Mundial Judeus e outras vítimas do holocausto. O colonialismo na África As guerras mundiais, a crise do colonialismo e o advento dos nacionalismos africanos e asiáticos.
ATIVIDADE I 31/08
O TOTALITARISMO NA EUROPAA crise nos Estados Unidos provocou uma drástica redução de capitais estadunidenses investidos na recuperação dos países europeus afetados e o desemprego em massa que se instalavam nesses países.
Crescendo as críticas ao liberalismo político e econômico incapaz de conter a crise, e a Europa passou a viver uma Polarização Política
De um lado, trabalhadores e ativistas políticos e intelectuais denunciavam o capitalismo como responsável pela crise e pregavam a Revolução Socialista.
De outro lado os setores de classe média e a grande burguesia, preocupados com uma eminência de uma revolução apoiando várias propostas autoritárias com o objetivo de defender o capitalismo contra ameaças comunistas
Nesse contexto que se instalavam na Europa, os Governos Totalitários
O Totalitarismo se caracteriza pelo abuso de autoridade no exercício do poder. É um regime Extremo, em que a vontade do grupo governante se confunde com o direcionamento do Estado. As relações sociais, o cotidiano, a cultura e o sistema educacional são controlados pelos governos e rigidamente policiados. A ASCENÇÃO DO FACISMO NA ITÁLIA
Após a Primeira Guerra Mundial, assim como outros países da Europa, a economia se deteriorou. A sociedade enfrentava um drama das perdas humanas na Guerra.
De um lado a crise do pós-guerra e o fortalecimento das organizações operárias fizeram avançar as propostas socialistas influenciadas pela Revolução Russa. De outro lado desempregados, ex-combatentes e antigos socialistas fundaram o Fasci di combattimento, grupos Paramilitar liderado por Benito Mussolini.
O movimento combatia os comunistas, a democracia liberal e as organizações operárias e socialistas.
Em outubro de 1922, os fascistas promoveram a Marcha sobre Roma. Pressionou, o rei convocou o líder fascista a ocupar o cargo de Primeiro Ministro. Como Chefe de governo, Mussolini extinguiu os partidos de oposição, censurou a imprensa e criou uma polícia política que vigiava e punia os opositores do regime. A ASCENSÃO DO NAZISMO NA ALEMANHA
Com a conferência pós-guerra o Tratado de Versalhes o qual definia a situação de países envolvidos na guerra. O documento considerado humilhante para a Alemanha. Entre outras punições, a Alemanha perdeu suas colônias e parte de seu território elevadas somas de dinheiro, armamentos e outras matérias-primas.
As dificuldades econômicas da Alemanha no início do século XX, acirraram os problemas sociais: desempregos, concentração de renda, empobrecimento das classe média que responsabilizavam o governo pela derrota alemã, agravados pelos ressentimentos nacionalistas, criou um cenário ideal para a fundação em 1919, do Partido Nacional Socialista dos trabalhadores alemães, o Partido Nazista. A doutrina nazista, articulada politicamente em torno do partido, proclamava a superioridade do que eles chamavam ¨ Raça Ariana ¨, da qual os alemães supostamente teriam se originado.
Diante da crise, os grupos socialistas ganharam força. Crescendo também o movimento nazista, com seu discurso nacionalista de rejeição ao Tratado de Versalhes e sua proposta de unidade nacional.
Para ampliar o apoio popular as propostas apresentadas pelos nazistas beneficiaram os trabalhadores do campo e das cidades.
A partir de 1930, a campanha nazista já tinha apoio das indústrias, do exército e grande parte da população alemã. Em 1932, o partido nazista venceu as eleições para o Reichstag, o Parlamento alemão.
Em janeiro do ano seguinte Adolf Hitler foi combinado para assumir a chefia do governo alemão. O nazismo chegava ao poder, e, em menos de um mês estava instalada a ditadura nazista incendiando o prédio do Reichstag responsabilizando os comunistas, prendendo todas as lideranças de esquerda de outros partidos. A ideologia nazista davam bases as políticas implementares do governo.
• Pangermanismo – O Estado alemão deveria incorporar os territórios de outros países europeus habitados por populações alemães, formando uma grande Nação Ariana.
• Espaço Vital – Os nazistas consideravam esses povos de ¨ inferiores ¨ deveriam ser dominados, correspondia grande parte da Europa Oriental, incluindo o território soviético.
ATIVIDADEs:
1) Apesar das diferenças observadas entre o fascismos e o nazismo, os dois
movimentos tinham muitos aspectos em comum. Cite as semelhanças e diferenças. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Como os nazistas chegaram ao poder na Alemanha?
____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 3) Explique essa frase ¨ Tudo para o Estado, nada fora do Estado, ¨ relacionada à lide fascista Benito Mussolini.
____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 4) Os governantes totalitários criaram símbolos que se tornaram marcas de seus regimes. Os fascistas italianos tinham o fascio, os nazistas alemães tinham a suástica. Pesquise e explique o significado desses símbolos.
____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________
Assistam o vídeo sobre A Segunda Guerra Mundial – parte I: https://www.youtube.com/watch?v=H873fcBtxfA
ATIVIDADE II 01/09
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Em 1939, grande parte do mundo estava envolvida em uma guerra. Mas a política expansionista de alguns países era bem anterior a esta data.
Na Itália, o governo de Mussolini implantou um programa de modernização para conquistar novos territórios, começando pela África.
Na Alemanha Hitler passou a desafiar as proibições do Tratado de Versalhes e, se preparar para uma expansão territorial, ampliando a indústria bélica alemã e o efetivo militar. Em 1935, Hitler rompeu com o Tratado de Versalhes e retirou o país da Liga das Nações. Em 1936, Itália e Alemanha formaram o Eixo Roma-Berlim. O Japão saiu da Primeira Guerra como maior potência militar no Extremo Oriente. Os expansionismos nazifascista e do Japão aproximam os governos dos três países.
Em 1938, as forças alemães ocupavam Áustria com à Alemanha. O próximo passo do governo Alemão nazista foi mobilizar tropas para a fronteira com a Tchecoslováquia. A ameaça contra a Tchecoslováquia levou os governos da
Alemanha, Itália, França e Grã-Bretanha a se reunirem na Conferência de Munique, estabelecendo a anexação dos Sudetos à Alemanha.
Enquanto isso, os países do Eixo expandiam suas fronteiras e muitos países europeus mantinham-se neutros, para os países capitalistas o anticomunismo de Hitler era conveniente para protegê-los do perigo soviético.
O ditador Joseph Stalin, sabendo que no caso uma guerra a União Soviética enfrentaria sozinha Alemanha nazista, estabeleceu negociações secretas com Hitler. Essa aproximação resultou o Pacto nazi-fascista de Não Agressão, pelo acordo, alemães e soviéticos dividiam a Polônia e a União Soviética recuperaria territórios perdidos no final da Primeira Guerra Mundial.
Após a invasão da Tchecoslováquia, os governos da França e da Grã-Bretanha assinaram um acordo com a Polônia garantindo todo apoio no caso de uma invasão alemã.
Hitler confiante de que os franceses e britânicos não iria a guerra, ordenou uma invasão na Polônia em 1º de setembro de 1939. Dois dias depois França e Grã-Bretanha declaram guerra à Alemanha, dando início a Segunda Guerra Mundial. A ocupação nazista foi devastadora, com milhares de poloneses levados para a Alemanha em regime de semiescravidão . Além de ocupar ferocidade isolando os judeus em guetos e construíram campo de concentração com diversidade de prisioneiros judeus, comunistas, ciganos, homossexuais que realizavam trabalhos forçados e eram executados. Estimam que 6 milhões de judeus foram mortos nos campos de extermínio que os nazistas criaram em vários países, sobretudo na Polônia.
Holocausto – Palavra de origem grega significa: ¨ sacrifício pelo fogo ¨ Significado moderno: Perseguição de extermínio sistemático apoiado pelo governo nazista.
O AVANÇO DO EIXO
Os combates entre os Aliados (liderados pela França e Grã-Bretanha) e as forças
do Eixo começaram de fato em 1940.
• A Alemanha conquista a Escandinávia no norte da Europa, logo Noruega e
Dinamarca já estavam ocupadas pelas forças alemãs.
• Enquanto as tropa Aliadas eram cercadas pelos alemães ao norte na
Bélgica, outra parte dos blindados alemães conquistam a França; As tropas
nazistas tomaram Paris e hastearam sua bandeira com símbolo suástica no topo da Torre Eiffel .
• Mussolini entrou na guerra do lado da Alemanha e avançou para o norte
da África. Na Europa, as ações seguintes dos alemães aconteceram na região dos Bálcãs (importante fornecedora de petróleo e trigo para a
Alemanha). As tropas nazistas entraram na Romênia e na Bulgária para consolidar o apoio de seus governos às forças do Eixo. Foi quando em abril de 1941 os nazistas ocuparam a Grécia e a Iugoslávia.
A INVASÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA
Em meados de 1941, boa parte da Europa estava nas mãos dos nazistas ou de governos que os apoiavam.
O governo soviético mantinha uma política de neutralidade, confiando no Pacto de Não agressão assinado com a Alemanha. Stalin acreditava que a União Soviética estava segura. Em maio de 1941 o exército alemão cruzou fronteiras com a União Soviética com o objetivo de derrotar o comunismo soviético e controlar os recursos do país. (petróleo e indústrias).
No final de 1941, a campanha alemã começou a complicar, em Moscou, os alemães sofreram a primeira e grande derrota, e foram obrigados a recuar.
ATIVIDADE III 08/09 A OFENSIVA ALIADA
O governo japonês, disposto a afastar a influência dos Estados Unidos na Ásia, ordenou o ataque à base militar estadunidense, e no dia seguinte o Congresso dos Estados Unidos votou pela declaração de guerra contra o Japão. Em seguida a Alemanha e a Itália também declaravam guerra aos Estados Unidos.
A entrada dos Estados Unidos na guerra acabou envolvendo muitos países, entre eles Brasil (Força Expedicionária Brasileira - FEB) e México fortalecendo o bloco dos Aliados. Na Europa Bulgária, Hungria e Romênia aliados da Alemanha declararam guerra aos Estados Unidos.
Em maio de 1942, os japoneses atacaram a base militar de Midway. A partir de 1943 a aviação e a marinha dos Estados Unidos retomaram aos poucos os territórios ocupados pelos japoneses: Ilha Marshall, Marianas, Filipinas e outras ilhas do Oceano Pacífico.
A ÚLTIMA FASE DA GUERRA
Depois do fracasso alemão em territórios soviéticos, o exército vermelho iniciou o avanço em direção a Berlim.
A ofensiva das tropas anglo-americana começou com a expulsão de alemães e italianos no norte da África, facilitando a invasão da Itália e derrubada de Mussolini.
No dia 6 de junho de 1944, (o chamado Dia D), desembarcaram nas costas da Normandia, região costeira da França, abrindo uma nova frente da guerra. Aos poucos, os Aliados libertaram a França, a Bélgica, e a Holanda e ocuparam o lado oeste da Alemanha.
Em abril de 1945, os exércitos soviéticos entraram nos subúrbios de Berlim e venceram em pouco tempo as defesas alemães. No final do mês de abril, Hitler e sua esposa Eva Braun se suicidaram, nesse mesmo mês, o seu aliado Mussolini foi capturado e executado. Os soviéticos tomaram Berlim e hastearam a bandeira vermelha no alto de Reichstag. A Alemanha se rendeu incondicionalmente. No Pacífico, a guerra continuou. A resistência japonesa e o avanço das tropas soviéticas a caminho do Japão levaram o governo dos Estados Unidos a lançar no dia 6 de agosto uma Bomba Atômica sobre a cidade de Hiroshima, matando milhares de pessoas e no dia 9 foi a vez de Nagasaki. Diante de uma arma tão devastadora, o governo japonês assinou a rendição no dia 2 de setembro de 1945.
O MUNDO DEPOIS DA GUERRA
Ao terminara guerra, a Europa estava em ruínas. A força militar da União Soviética, favoreceu no pós-guerra, a expansão da sua influência no leste da Europa. Os Estados Unidos assumiram a reconstrução da Europa Ocidental e ampliaram sua influência na região. Sobre os escombros da velha Europa, nasceu um mundo dividido: de um lado, os países socialistas, liderados pela União
Soviética; de outro, de países do bloco capitalista, liderados pelos Estados Unidos.
2) RESPONDA:
I – A Segunda Guerra Mundial, foi um conflito de escala global, já que os países da Europa, da América e da Ásia participaram dela. Sobre esse tema responda:
a) Qual foi o impacto da entrada dos Estados Unidos na guerra?
_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ b) Por que o Brasil participou da guerra? Qual era o objetivo da FEB?
_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ II - Quais os fatos que marcaram o fim da 2ª Guerra Mundial?
_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ III - O que foi o Holocausto contra os judeus?
_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
2) PESQUISANDO:
Pesquise sobre a Bomba Atômica utilizando a internet e responda a seguinte questão:
• Quais países têm produzido bombas nucleares na atualidade?
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
Assistam o vídeo sobre A Segunda Guerra Mundial – parte II: https://www.youtube.com/watch?v=eFwlBRWGbKA
ATIVIDADE IV 12/09
COLONIALISMO: ÁFRICA E ÁSIA
No século XIX, constituiu-se a partilha da África e da Ásia entre as nações industrializadas europeias (primeiro a Inglaterra e a França e, posteriormente, a Alemanha, a Bélgica e a Holanda).
A exploração imperialista na África nos séculos XIX e XX foi o fator responsável pela atual miséria e fome existentes em diversos países africano
A expansão dos países europeus aconteceram inicialmente no século XIX, mas seu ápice ficou marcado durante as duas guerras mundiais. No século XX, duas nações ascenderam industrialmente: os Estados Unidos e o Japão, que logo em seguida submeteram diversas regiões da África, Ásia sob o seu domínio econômico e político.
O principal motivo dessa corrida das potências europeias foi a exploração econômica e política a qual os países capitalistas ocidentais desejavam submeter os continentes africano e asiático. A dominação econômica tinha como um dos objetivos a busca de mercados consumidores para seus produtos industrializados. As potências industrializadas necessitavam expandir os mercados consumidores, pois somente os seus mercados não iriam conseguir consumir todas as mercadorias produzidas.
O segundo objetivo da exploração econômica dos países industrializados sobre os africanos e asiáticos foi a exploração de suas matérias-primas para o aumento da produção de mercadorias nas indústrias.
PARTILHA DA ÁFRICA
Imagem retrata africanos aprisionados por europeus para serem utilizados como escravos, fato comum no século XIX
Na África, iniciou-se uma verdadeira corrida para a ocupação do continente. Essa corrida acabou resultando na Conferência de Berlim, que estipulou algumas normas para essa ocupação e promoveu a divisão do continente africano entre esses países interessados em colonizá-lo.
A Conferência de Berlim foi realizada para organizar a ocupação da África e foi inicialmente idealizada por Portugal. Sua organização, no entanto, acabou efetivada pelo primeiro-ministro alemão, Otto von Bismarck, em Berlim. Ocorrida entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, a reunião de catorze
nações decidiu desde questões relativas à navegação dos rios Congo e Níger, ao
domínio belga sobre o Congo etc.
Após a Conferência de Berlim, mais de 90% do continente africano estava sob domínio europeu, e apenas Libéria e Etiópia não foram transformadas em colônias europeias. O controle de países europeus sobre o continente africano durou até meados do século XX, quando o processo de descolonização levou à independência das colônias africanas.
A conquista da África foi relativamente fácil para as nações europeias. As missões de missionários e de exploradores haviam gerado um certo conhecimento da geografia africana e dos reinos estabelecidos nas diferentes partes do continente. Isso possibilitou aos europeus explorar as fraquezas e vulnerabilidades de cada local.
A chegada dos europeus naturalmente resultou em diversos movimentos de resistência, que pipocaram em diferentes partes da África. No entanto, esses movimentos provocaram uma reação militar das nações europeias. Como os europeus possuíam tropas profissionais e armamento de guerra moderno, a vitória dos invasores aconteceu rapidamente.
A partir de um discurso civilizatório foi justificada pelas potências europeias a conquista do continente africano. As nações industrializadas da Europa afirmavam que seu domínio visava levar a “civilização” para locais remotos. Além disso, alegavam que levariam as benesses da modernidade para os povos considerados “atrasados” e que também difundiriam os valores do cristianismo entre eles.
O grande interesse dessas nações europeias era explorar os recursos que o continente africano oferecia, como também aproveitar as possibilidades econômicas que esses novos mercados consumidores obtidos à força trariam. A chegada dos europeus naturalmente resultou em diversos movimentos de resistência, que pipocaram em diferentes partes da África. No entanto, esses movimentos provocaram uma reação militar das nações europeias. Como os europeus possuíam tropas profissionais e armamento de guerra moderno, a vitória dos invasores aconteceu rapidamente.
A principal ferramenta para legitimar a dominação e a exploração das potências sobre a África e a Ásia foi a teoria racial, chamada de darwinismo social, utilizada pelos europeus.
O darwinismo social foi uma adaptação da teoria da evolução das espécies de Charles Darwin para o âmbito social, ou seja, essa teoria propagou o propósito
de que, na luta pela vida, somente as nações civilizadas (onde estariam as raças mais fortes e superiores) sobreviveriam.
Segundo a teoria racial do darwinismo social, somente as potências industrializadas e civilizadas poderiam propagar a civilização. Ou seja, a raça superior branca europeia levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã e ciência) para as colônias.
Sendo assim, dentro da lógica dessa teoria, para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com as potências imperialistas. Todo esse discurso legitimou a exploração política e econômica imperialista nos continentes africanos e asiáticos até a década de 1960, período marcado pela descolonização da África e Ásia e fator responsável pela atual miséria e fome existentes em diversos países africanos
.
ATIVIDADES:
1) RESPONDA:
1) Quais os motivos que levaram as potências europeias a expandirem seu território na Ásia e na África a partir do século XIX?
_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
2) QUIZZ:
I - Qual foi a conferência em que a África fora dividida pelos europeus? ( ) Conferência da Divisão africana ( ) Conferência de Berlim
Ii – Na Índia, em meios à lutas para a independência, eis que surge um líder pacifista muito famoso pela luta. Quem é ele?
( ) Nelson Mandela ( ) Mahatma Gandhi
III – Na expansão econômica, as grandes potências foram atrás de matéria prima em maior quantidade e com o preço inferior, encontrando essa combinação em quais continentes?
( ) Ásia e Europa ( ) Ásia e África
IV - A principal ferramenta para legitimar a dominação e a exploração das potências sobre a África e a Ásia foi?
( ) Darwinismo social ( ) Conferência de Berlim
1. REFERÊNCIAS ARARIBÁ MAIS HISTÓRIA 9º ANO – ANA CLAÚDIA FERNANDES – EDITORA MODERNA, HISTORIAR 9º ANO – GILBERTO COTRIN E JAIME RODRIGUES – EDITORA SARAIVA
Professor(es):
MARCELO LOPES MACHADO Aluno(a):
Período de Complementação: De 31/08 a 12/09
Ano/Turma: Turno: Disciplina: Dias trabalhados Carga horária:
8º ano 1º Geografia 4 8 Tempos
Habilidades Conteúdos
EF08GE04: Compreender fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
América Latina: Fluxo migratórios da América Latina.
A América Latina
Podemos definir a América Latina como um conjunto de países que possui em comum o passado colonial ligado a Portugal, Espanha e, em menor grau, a França. Não é por acaso, que as línguas mais faladas na região são o espanhol, o português e o francês. A América Latina se estende desde o México, na América do Norte até o extremo sul da América do Sul. É banhada pelos Oceanos Atlântico, a leste, e Pacífico, a oeste, e possui importantes recursos naturais, como petróleo, gás natural e jazidas de minério de ferro, alumínio, bauxita etc. Contempla também a floresta amazônica, conhecida por sua grandiosa biodiversidade.
América Latina, corresponde aos países de língua neolatina, português, espanhol, francês, entre outras, ou seja, aquelas originadas do latim.
Quando pensamos em algumas questões como a identidade cultural e social pode ser difícil definir a região. No entanto, o conceito de América Latina, originário no século XIX, foi sendo consolidado a partir do momento em que muitas nações foram se tornando independentes, (como o Brasil o México e a Argentina), e ao final da segunda guerra mundial se firmou quando adotado por instituições financeiras internacionais, ao se referirem ao conjunto de países dessa região. Desde o México até o extremo sul da América do Sul, a região foi colonizada pelos países da península Ibérica, Portugal e Espanha, nos séculos XVI e XVII, consolidando uma cultura mesclada dos colonizadores e dos povos locais.
Fluxos migratórios na América Latina
A América Latina tem profundas raízes nas civilizações Maia, Inca e Asteca e nas culturas indígenas estabelecidas na região desde sempre. Foi também, durante séculos, o principal destino de milhões de africanos escravizados, e de fluxos imigratórios de muitos países no final do século XIX e início do século XX, como o Japão, a Alemanha, a Itália, a Polônia etc, ampliando ainda mais a sua diversidade sociocultural. Os países latino-americanos passaram por processos coloniais semelhantes, inclusive no que diz respeito à independência desses países, que, em grande parte ocorreu no século XIX.
Esse passado de exploração colonial é o principal fator do subdesenvolvimento dos países latino-americanos, perpetuando problemas tanto de ordem política como econômica, o que, sem dúvida, dificulta o desenvolvimento pleno de sua população. Entre as décadas de 1960, 1970 e 1980, vários países da região passaram por regimes ditatoriais, em grande parte financiados pelos Estados Unidos, como parte da estratégia de consolidação do capitalismo no embate com a União Soviética, socialista, no conflito conhecido como Guerra Fria.
A partir dos anos 90 do século XX, a América Latina deixou para trás décadas de dívida externa, inflação e estagnação (resultado, em parte, dos regimes ditatoriais implantados nesses países), ao adotar os princípios do Neoliberalismo, obtendo a recuperação da democracia e da economia, ao facilitar a entrada de capitais estrangeiros em troca do uso da mão de obra mais barata localizada nesses países. Também surgiram blocos econômicos, como o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, com o objetivo de promover a integração política e econômica regional, como forma de fortalecimento da representatividade desses países frente aos países mais ricos.
Vale lembrar que essa regionalização não é rígida. Alguns países têm mais de uma língua oficial. No Peru e na Bolívia, além do espanhol, são línguas oficiais o quéchua e o aimará; no Paraguai, o espanhol e o
guarani — língua dos povos nativos. No Canadá, há duas línguas oficiais: o francês, falado principalmente na província de Quebec, extensa região colonizada pelos franceses, e o inglês, comum às demais províncias.
Na Guiana e no Suriname, as línguas faladas são, respectivamente, o inglês e o holandês. No entanto, esses países são considerados integrantes da América Latina em razão do passado histórico semelhante ao dos outros países latino-americanos, ou seja, foram submetidos à colonização de exploração e não à colonização de povoamento, que caracterizou a maior parte da América Anglo-Saxônica.
América Latina: de área de destino de imigrantes para área de saída de emigrantes
América, desde o século XVI, tornou-se um continente de destino de imigrantes de várias partes do mundo. O “Novo Mundo”, como foi chamado, atraiu milhões de imigrantes que povoaram suas terras e que, juntamente com a população nativa e mais as migrações forçadas de africanos, formaram suas populações, construíram seus espaços geográficos e suas economias.
Entretanto, por volta de 1970 e prolongando-se até os dias atuais, enquanto Estados Unidos e Canadá continuaram sendo países de destino de imigrantes, os países da América Latina se tornaram grande área geográfica de saída de emigrantes, principalmente para os Estados Unidos, países europeus e, sobretudo, países da própria região latino-americana.
Para se ter ideia, entre 2009 e 2014, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM), da ONU, dos 39 milhões de migrantes latino-americanos, 64% deles migraram para países da própria América Latina e os 36% restantes se dirigiram a outros países do mundo. Em relação à América do Sul, entre 2010 e 2015, 70% de todos os movimentos migratórios foram realizados entre os países desse subcontinente, tendência que vem aumentando nos últimos anos.
Causas da inversão da migração latino-americana
A situação de pobreza em que vivem milhões de latino-americanos é a principal causa das migrações. Muitas pessoas deixam seus países de origem em busca de melhores condições de vida. Quando migram para países da América Latina, dizemos que se trata de migrações intrarregionais, considerando-se a América Latina como região, tendo por base, como vimos anteriormente, a regionalização da América em Anglo-Saxônica e Latina.
Devemos também considerar as migrações extrarregionais, ou seja, as que se dirigem a Estados Unidos, Canadá e países europeus ou a outros continentes.
Quanto ao fato do maior fluxo de migrantes latino-americanos se dirigir a países da própria região, podemos considerar como causas: o maior desenvolvimento regional; o sentimento anti-imigração ou a xenofobia existentes nos Estados Unidos e nos países europeus; e, principalmente, as leis de migração restritivas adotadas por esses países. Xenofobia: Sentimento de antipatia, desconfiança ou temor em relação ao estrangeiro.
Os deslocamentos internos na América Latina
Além das migrações internas espontâneas que ocorrem dentro de um mesmo país — êxodo rural, migração de uma cidade ou região para outra etc. — e das migrações internacionais, existem os deslocamentos internos ou as migrações internas forçadas.
Na América Latina, o crescimento do narcotráfico e a conseqüente formação de organizações criminosas têm espalhado a violência tanto no campo como nas cidades. Os casos mais graves são encontrados no México, em países da América Central, na Colômbia e no Brasil, entre outros. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, gangues do narcotráfico se enfrentam pelo domínio de territórios para a venda de drogas ilícitas e, nesse confronto, policiais e civis inocentes morrem.
Na Colômbia, a ação de grupos guerrilheiros também espalhou a violência e provocou migrações forçadas ou deslocamentos internos.
Assim como ocorreu no Brasil e em outros países, os megaprojetos agroindustriais na Colômbia também causaram grandes deslocamentos internos. Esses projetos, além de alterar profundamente a paisagem, desestruturaram a produção tradicional de alimentos das comunidades, provocaram impactos ambientais e aumentaram a concentração da terra. Segundo a OIM, mais de 7 milhões de colombianos realizaram deslocamentos internos nos últimos 30 anos — número superior aos
deslocamentos internos ocorridos na Síria (6,5 milhões), que está em guerra desde 2011.
Além dessas causas das migrações forçadas, há que se considerar: os desastres naturais — inundações, secas, deslizamentos de terras, terremotos etc. —; a construção de barragens para hidrelétricas; e a implantação de megaprojetos minerais. No Brasil, por exemplo, entre os anos de 2000 e 2017, cerca de 7,7 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar internamente por essas causas, além da violência decorrente da disputa pela posse de terra.
Outro exemplo de migração forçada se refere à construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, próxima à cidade de Altamira, no estado do Pará, que deslocou cerca de 40 mil pessoas, principalmente a população ribeirinha, na qual se incluem os indígenas.
Outro caso desastroso no Brasil, relacionado à implantação de projeto mineral, foi o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração (minério de ferro) no subdistrito de Bento Rodrigues, no
município de Mariana, estado de Minas Gerais, em 2016. Com esse rompimento, a lama com rejeitos atingiu o vale do Rio Doce e de outros rios dessa bacia hidrográfica, causando o maior desastre ambiental do Brasil e um dos maiores do mundo. Esse subdistrito foi destruído e, além de mortes, 1.361 pessoas foram forçadas a se deslocar ou a realizar migração forçada
Rejeito: Resto do beneficiamento de minérios que não tem valor comercial.
Brasil: causas dos deslocamentos internos forçados (em %) – 2000-2017
Subdistrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, MG, após o rompimento da barragem de rejeitos de minério (2016).
As migrações na América Latina
O México é usado por migrantes da América Central, da América do Sul, da África e da Ásia para entrarem de forma ilegal nos Estados Unidos. O fluxo de pessoas que atravessam o território mexicano tem aumentado nos últimos anos, mostrando, assim, o descontentamento delas em relação aos seus países de origem ou as dificuldades pelas quais passam neles, como falta de emprego, precárias condições de existência etc.
Mas o desejo desses migrantes de viver nos Estados Unidos é dificultado por barreiras existentes na fronteira entre esses dois países, que impedem ou dificultam a entrada de migrantes ilegais. Desde o início dos anos de 1990, os Estados Unidos construíram um muro de 1.130 km de extensão (embora descontínuo) em locais onde o fluxo de migrantes ilegais é mais intenso. Ao longo dele, existe monitoramento militar estadunidense. E nos locais onde o muro não foi construído, há patrulhas de fronteira, câmeras de segurança e alarmes.
Com exceção dessas migrações que se dirigem ao México com a intenção de entrar nos Estados Unidos, os principais países de destino das migrações, no contexto regional, são: Chile, Brasil e Argentina. A maior parte desses migrantes tem como país de origem a Bolívia, o Peru, o Paraguai, a Venezuela e o Haiti. Mas, em contrapartida, cabe destacar que o Paraguai recebeu cerca de 350 mil brasileiros que migraram para esse país, atraídos pelas facilidades de aquisição de terras — número somente inferior ao de brasileiros nos Estados Unidos, calculado em 1,3 milhão.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o total de brasileiros que vive no exterior é superior a 3 milhões. Para efeito de comparação, isso corresponde a uma população semelhante numericamente à do Uruguai: 3,4 milhões de habitantes, em 2017.
Políticas migratórias na América Latina
Vamos entender aqui por política migratória um conjunto de normas ou regras estabelecidas em leis, relativas aos imigrantes e emigrantes, pelos governos dos países.
De modo geral, as políticas migratórias dos governos dos países latino-americanos tinham por base, até recentemente, suas Doutrinas de Segurança Nacional.
Entre os anos de 1950 e 1970, foram implantados regimes ditatoriais repressivos às livres manifestações de suas sociedades: censuras aos meios de comunicação (jornais, revistas, TVs, rádios etc.); proibição de greves de trabalhadores e estudantes; controle de partidos políticos, pessoas, escolas, universidades, professores; restrição à imigração; além de outras medidas, com a justificativa de que eram necessárias para a segurança nacional. No Paraguai e na Guatemala, os governos militares se instalaram em 1954; no Brasil, em 1964; no Peru, em 1968; na Bolívia, em 1972; no Uruguai e no Chile, em 1973; e na Argentina, em 1976
Após a redemocratização desses países — no Brasil, isso ocorreu a partir de 1985 —, várias leis desse período, pouco a pouco, foram substituídas, entre elas as que se referiam aos imigrantes e emigrantes como questão de segurança nacional.
A Lei de Imigração do Brasil — o Estatuto do Estrangeiro —, vigente até 2017, considerava o imigrante como um estranho e como provável ameaça à segurança nacional e, além disso, como pessoa de menor importância em relação aos brasileiros.
Há anos, o Brasil pretendia fazer a reforma de sua legislação sobre migração. E isso foi conseguido em 2017, com a Nova Lei de Migração, que considerou o deslocamento populacional sob a óptica dos direitos humanos, ou seja, como um direito humano, abandonando a ultrapassada concepção de migração como uma questão de segurança nacional. Foi, assim, um grande avanço. Em outros países latino-americanos essa concepção também está sendo ultrapassada.
Regime ditatorial
Modo autoritário de governar, em que o poder está nas mãos de uma única pessoa ou um único grupo e é exercido de modo absoluto, sem consulta aos governados.
Redemocratização
Ato ou efeito de democratizar-se, ou seja, restauração da democracia em países que passaram por períodos de ditadura ou governos autoritários.
Agora vamos exercitar nossos conhecimentos.
ATIVIDADES
1. Complete as lacunas com as palavras abaixo aos textos:
a) Podemos definir a América __________ como um conjunto de países que possui em comum o passado __________ ligado a Portugal, __________ e, em menor grau, a __________. Não é por acaso, que as línguas mais faladas na região são o __________, o português e o francês. A América Latina se estende desde o México, na América do _________ até o extremo sul da América do Sul. É banhada pelos Oceanos ___________, a leste, e ___________, a oeste, e possui importantes recursos naturais, como __________, gás natural e jazidas de minério de ferro, alumínio, bauxita etc. Contempla também a floresta __________, conhecida por sua grandiosa biodiversidade.
França Atlântico petróleo amazônica Espanha
Pacífico colonial Norte Latina espanhol
b) Quando pensamos em algumas questões como a identidade __________ e social pode ser difícil definir a _________. No entanto, o conceito de América __________, originário no século XIX, foi sendo
consolidado a partir do momento em que muitas nações foram se tornando independentes, (como o _________ o México e a Argentina), e ao final da segunda guerra __________ se firmou quando adotado por instituições financeiras internacionais, ao se referirem ao conjunto de ________ dessa região. Desde o ___________ até o extremo sul da América do Sul, a região foi ______________ pelos países da península Ibérica, Portugal e Espanha, nos séculos XVI e XVII, consolidando uma cultura ___________ dos colonizadores e dos povos _____________.
Latina mundial México colonizada mesclada
locais região países cultural Brasil
2. Coloque (V) Verdadeiro ou (F) Falso, nas afirmativas abaixo: ( ) A América Latina tem profundas raízes nas civilizações Maia, Inca
e Asteca e nas culturas indígenas estabelecidas na região desde sempre. Foi também, durante séculos, o principal destino de milhões de africanos escravizados, e de fluxos imigratórios de muitos países no final do século XIX e início do século XX, como o Japão, a Alemanha, a Itália, a Polônia etc, ampliando ainda mais a sua diversidade sociocultural.
( ) Os países latino-americanos passaram por processos coloniais semelhantes, inclusive no que diz respeito à independência desses países, que, em grande parte ocorreu no século XXI.
( ) Esse passado de exploração colonial é o principal fator do desenvolvimento dos países latino-americanos, perpetuando problemas tanto de ordem política como econômica, o que, sem dúvida, dificulta o desenvolvimento pleno de sua população. ( ) Entre as décadas de 1960, 1970 e 1980, vários países da região
passaram por regimes ditatoriais, em grande parte financiados pelos Estados Unidos, como parte da estratégia de consolidação do capitalismo no embate com a União Soviética, socialista, no conflito conhecido como Guerra Fria.
( ) A partir dos anos 90 do século XX, a América Latina deixou para trás décadas de dívida externa, inflação e estagnação (resultado, em parte, dos regimes ditatoriais implantados nesses países), ao
