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SISTEMA DE GERÊNCIA DE ORDENS DE INSPEÇÃO - WGOI Tema: Perdas Não Técnicas

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Academic year: 2021

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RESUMO DO TRABALHO

O sistema de gerência de ordens de inspeção via WEB é um sistema que promove um mapeamento básico das inconsistências do consumo em função do histórico de faturamento das unidades consumidoras.

Baseado em consistências pré estabelecidas o sistema disponibiliza banco de dados com motivos detectados para realizar inspeção.

Além de detectar inconsistências pelo histórico de faturamento o WGOI permite que, manualmente ou por código de ocorrência digitado no micro coletor de dados, seja gerado um motivo de inspeção. Este sistema trabalha integrado ao banco de dados dos sistemas de faturamento e consumidores e ainda permite que os motivos sejam transformados em ordens de inspeção por seleção, em vários grupos (localização geográfica), critérios de ocorrência, por nível de complexidade e de assertividade, pelos colaboradores da célula de perdas (em 4 níveis de segurança) e que são despachadas automaticamente para os veículos, permitindo sua triagem e controle pelo serviço de campo e também, pelo retorno de informações deste sistema ao WGOI, controle pleno de todas as etapas da execução. Após a execução de cada serviço em campo todo o andamento de cada caso é registrado em diferentes “status”.

O sistema permite ainda analisar:

consistências com maior assertividade. assertividade geral do sistema. detecção de reincidências.

Identificação de usuários e suas ações

emissão de relatórios por área operacional por vários critérios

tratamento, de índices corporativos da área

A seguir serão mostrados os dados principais de operação em mutirão em 3 condomínios de alto poder aquisitivo da região metropolitana de BH fundamentada nas funcionalidades do WGOI.

Total de unidades: 845

Total de Inspeções realizadas: 368 45 fraudes

33 medidores com selo de aferição rompido/violado 08 medidor sem selo de aferição

01 medidor com selo de aferição manipulado c/Secundário do TC aberto e disco travado

01 medidor com 02 elos abertos

01 medidor com selos de aferição despadronizado 01 medidor com elemento interrompido

04 desvios

01 medidor com selo de aferição manipulado e desvio

01 medidor sem selo de aferição e desvio 02 ligação direta sem passar pela medição

15 medidores substituídos (Medição ligada e selada normal)

02 medidores com selo ode aferição ressecado 03 medidores com borne quebrado/queimado 01 medidor com disco travado

02 medidores sem etiqueta de cadastramento 04 medidores com elemento interrompido 03 medidores com formiga

15 Notificações de Padrões Padrão com acesso perigoso Padrão com altura irregular Padrão em mau estado Análise final da assertividade:

Das fraudes e desvios encontrados 72,41% foram detectados pelo WGOI e 27,59% por outros critérios.

Foram encontradas 10 unidades com medidor parado/com defeito, destas 55% dos casos foram geradas pelo WGOI e 45% por outros critérios.

Foram encontradas 8 unidades com irregularidades que não afetam a medição, destas 62,5% foram geradas pelo WGOI e 37,5% pelos outros critérios.

Valor recuperado: R$ 139.411,33

Valor mensal a ser incrementado ao faturamento (estimativa):R$ 14.133,78

Custo total da operação: R$ 21.342,45 COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL

COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO

V CIERTEC - SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO DE PERDAS, EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA E PROTEÇÃO DA RECEITA NO SETOR ELÉTRICO Área de Distribuição e Comercialização

Identificação do Trabalho: BR-36 Maceió, Brasil, Agosto de 2005

SISTEMA DE GERÊNCIA DE ORDENS DE INSPEÇÃO - WGOI Tema: Perdas Não Técnicas

Autor/es: ERNANDO A. BRAGA, JOSÉ A. FERREIRA, LUIZ F. ARRUDA e SÉRGIO H. M. DUARTE (Autor Responsável)

Empresa ou Entidade: CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais

DADOS DO AUTOR RESPONSÁVEL Nome: Sérgio H. M. Duarte

Cargo: Gerente Endereço: R. itambé,114 – S 201 Telefone: 31 32192266 Fax: 31 32192255 E-Mail: smourthe@cemig.com.br PALAVRAS-CHAVE: perdas comerciais,

sistema de detecção de perdas, gestão de perdas comerciais, fraudes,

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DOCUMENTO INTRODUÇÃO

A atividade de proteção da receita, no sentido mais amplo que o termo permite, é um processo multidisciplinar que na maioria das concessionárias do setor de energia é relativamente recente. Este processo ganhou força e importância após o início do processo de privatização e com a eliminação do alto nível de inflação. Uma das maiores dificuldades de quem atua na área, principalmente no seu processo de gestão, é viabilizar investimentos.

As perdas técnicas diretamente ligadas a atividade de produção, transmissão e distribuição de energia constituem matéria de domínio dos setores de engenharia das empresas e consultorias especializadas e sabe-se que elas devem ser otimizadas e são conhecidas as técnicas específicas para este tratamento.

Já as perdas não técnicas devem ser “garimpadas” pelas áreas de serviços comerciais e de campo e demandam grande esforço e investimentos para sua localização, caracterização, negociação do ressarcimento devido e efetivo recebimento. As demais formas de perdas não técnicas que não estão necessariamente em campo devem exigir esforços para sua eliminação pelo aperfeiçoamento de procedimentos, cadastro e sistemas.

Como contrapartida, após a realização dos investimentos o retorno deste esforço é bastante rápido e se dá não somente pela recuperação de faturamento mas, também e principalmente, pelo incremento de faturamento que se perpetua após a normalização de processos e das instalações consumidoras com irregularidades.

Desta forma, para as perdas não técnicas representadas por ações irregulares que levam a perda de faturamento, há que se ter ferramentas adequadas que cumpram, entre outras, as seguintes funções:

Mapeamento básico das inconsistências no faturamento das unidades consumidoras

Filtros para seleção das unidades a serem visitadas

Comando seletivo de despacho das ordens de inspeção (OI) para o serviço de campo

Integração com os sistemas de atendimento

Gerenciamento de custos e de prazos Tratamento do processo desde seu despacho para campo até o efetivo ressarcimento (mesmo em casos de parcelamento)

Acompanhamento do consumo de cada unidade consumidora (UC) após regularização

Com as informações disponibilizadas a Alta Administração da empresa possuirá o ambiente adequado para tomada de decisão acerca dos investimento necessário e retorno esperado.

Desta forma a operação de gestão das perdas pode ser avaliada com números corporativos e confiáveis.

TEXTO

O desenvolvimento do sistema de gerência de ordens de inspeção (SGOI) na Cemig remonta há 12 anos quando, trabalhando em paralelo aos sistemas de faturamento e de informação de consumidores eram geradas OI em papel que eram despachadas para as áreas operacionais. Numa Segunda etapa, após a realização do trabalho de campo era necessário apenas “dar baixa” no serviço executado reportando-se a seu resultado.

Com o crescimento da empresa (hoje com mais de 5.870.000 Clientes) e com o advento de legislações mais detalhadas para atividade foi necessário reestruturar todo o processo.

Este novo sistema descrito a seguir foi nominado WGOI (sistema de gerência de ordens de inspeção via WEB) que permite a sua operação, de forma amigável, em várias estações de trabalho

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simultaneamente e em níveis diferentes de acesso e tarefas de acordo com a senha “logada”.

A base de trabalho continua sendo uma série de consistências pré determinadas a que são submetidos os dados oriundos dos sistemas de consumidores e de faturamento. Porém, após a detecção de “motivos” para inspecionar uma determinada UC o sistema permite a seleção por local, por tipo de prioridade, por tipo de equipe ou se há a demanda de verificações iniciais (estas podem ser efetuadas por terceiros) e pelo recurso de campo disponível.

O envio efetivo de OI se dá pela utilização dos sistemas corporativos já existentes e nomeados CONCOD e CONDIS (sistemas de controle dos serviços de distribuição) que trabalham de forma geoprocessada na seleção de carros ou pelas equipes de inspeção quando da operação de “logar” de seus PDA.

Da mesma forma, o retorno das informações de campo (aquelas que podem transitar como documentos eletrônicos) se dá pelos mesmos sistemas

A figura 1 ilustra este procedimento. Para o uso mais eficaz dos recursos disponíveis há que se priorizar a demanda por inspeção em unidades consumidoras onde o indicativo de irregularidade se dá por motivos com histórico de maior taxa de acerto.

A figura 2 ilustra este procedimento através de planilha de análise discriminada por cada área operacional.

Com o retorno das informações de campo via WEB (as quais se somam , nos casos de detecção de irregularidades, as fotos, os relatórios de campo – TOI, Boletim de Ocorrência da Polícia Militar e/ou Relatório do Instituto de Criminalística) a área de tratamento comercial (cálculos e procedimentos de negociação do valor a ser ressarcido) o WGOI é alimentado com as informações dos cálculos efetuados (sistema que trabalha em paralelo com o WGOI )

A partir deste passo serão computados os valores das parcelas pagas do débito principal e o incremento de receita devido a regularização de cada unidade consumidora (independentemente do pagamento do ressarcimento calculado, retratando a efetividade do trabalho de detecção e caracterização.

Com a geração de relatórios divididos por áreas operacionais (até o detalhamento de localidades para melhor gerenciamento de campo) podem ser obtidos os índices gerenciais necessários ao plena avaliação da atividade e intercomparação entre áreas distintas.

Os principais parâmetros estudados são a quantidade de MWh detectados, o custo por MWh detectado a quantia gasta dividida pelo faturamento recuperado e incrementado (média d 36 meses após cada regularização) e o percentual representado pelo quociente entre o montante efetivamente recebido e aquele detectado pelas inspeções em campo. As figuras 3, 4, 5, 6 e 7 mostram alguns relatórios e índices gerados.

Estes índices são apresentados mensalmente a toda a empresa e analisados em reuniões gerenciais permitindo a análise do retorno dos investimentos já que no Brasil, atualmente, esta atividade de proteção à receita não é reconhecida no conceito de empresa de referência a despeito de ser regulada pela ANEEL. Além das funções descritas o WGOI permite ainda que se faça isenções agendadas considerando particularidades de certas unidades consumidoras; por exemplo: unidades consumidoras rurais irrigantes para as quais é cadastrada isenção no período úmido (conforme mostra a figura 8).

O WGOI é ainda uma ferramenta de atendimento comercial pois agências e Central de Atendimento tem acesso a ele impedindo religamento e troca de titularidade indevidos, expediente muito utilizado por Consumidores logo após a detecção de irregularidade em suas instalações consumidoras.

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CONCLUSÃO

Cabe ao setor encarregado de gerenciar as atividades de proteção da receita implantar um sistema corporativo que , além de detectar irregularidades, possa gerir todo o processo envolvido. Isto significa ter controle sobre as operações comerciais e de campo, evitando fraudes internas e gerando números confiáveis quanto ao custo e receita recuperada e incrementada. Desta forma a alta administração da empresa pode basear suas decisões em

informações confiáveis e isentas de qualquer influência indesejável. Tal sistema permite ainda a plena padronização de processos e a comparação saudável entre áreas operacionais distintas o que ajuda a identificar melhores práticas e implementá-las de forma corporativa. Cabe salientar que o histórico gerado a partir de tal sistema constitui-se em ferramenta valiosa para ações pró-ativas que visam a inibição de fraudes.

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1- Informações de campo transitadas pelo sistema

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3- Relatórios e índices gerados

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5- Relatórios e índices gerados

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Referências

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