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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE

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Academic year: 2021

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CURSO: Técnico Integrado em Eletroeletrônica MÓDULO: 1 PROFESSORA: Roberta Egert Loose

UNIDADE CURRICULAR: Língua Portuguesa ALUNO: Pietro Oliveira Guesser

TROVADORISMO

JOINVILLE, 11 DE ABRIL DE 2017

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...3

2. O TROVADORISMO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA...4

3. CONTEXTO HISTÓRICO, CULTURAL E ARTÍSTICO DA IDADE MÉDIA...4

4. AS CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DO TROVADORISMO...4

4.1. A CANTIGA DE AMOR...5 4.2. A CANTIGA DE AMIGO...5 4.3. A CANTIGA DE ESCÁRNIO...6 4.4. A CANTIGA DE MALDIZER...6 5. AUTORES...6 6. TEXTOS...7 7. CONCLUSÃO...8 REFERÊNCIAS...8

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1. INTRODUÇÃO

Nesse trabalho serão tratados assuntos sobre trovadorismo, estudados e analisados por ângulos históricos, sociais e literários.

Este trabalho será avaliado em dois ângulos, são estes: regras de formatação (informática) e gênero literário (língua portuguesa).

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2. O TROVADORISMO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA

Trovadorismo foi um movimento literário e poético que surgiu na Idade Média no século XI. Foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, pois dele surgiram as primeiras manifestações literárias.

O conjunto de suas manifestações literárias reúne os poemas feitos por trovadores para serem cantados em feiras, festas e castelos nos últimos séculos da Idade Média.

3. CONTEXTO HISTÓRICO, CULTURAL E ARTÍSTICO DA IDADE MÉDIA

O trovadorismo corresponde à primeira fase da história de Portugal e está intimamente ligado à formação do país como reino independente.

Surgiu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galego-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados. Marcou-se o início do Trovadorismo na península ibérica com a Cantiga da Ribeirinha, em 1198 ou 1189.

O Trovadorismo português teve seu apogeu durante o período, de cerca de 150 anos, que vai, genericamente, de finais do século XII a meados do século XIV. As cantigas medievais situam-se, historicamente, nas alvores das nacionalidades ibéricas, sendo, em grande parte contemporâneas da chamada Reconquista cristã, que nelas deixa, aliás, numerosas marcas; entrou em declínio no século XIV.

4. AS CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DO TROVADORISMO

São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem do trovadorismo: a tese

arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada

pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma, deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes desta poesia.

Trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam, e

cantigas são as poesias cantadas. A designação "trovador" aplicava-se aos autores de origem nobre,

sendo que os autores de origem vilã tinham o nome de jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos

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trovadores interpretasse igualmente as suas próprias composições.

A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da cantiga de amigo, em que o amor espiritual e inatingível é retratado. As cantigas, primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas Cancioneiros (livros que reuniam grande número de trovas). São conhecidos três Cancioneiros galego-portugueses: o "Cancioneiro da Ajuda", o "Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa" (Colocci-Brancutti) e o "Cancioneiro da Vaticana". Além disso, há um quarto livro de cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei Afonso X de Leão e Castela, O Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como Rui de Pina, Fernão Lopes e Gomes Eanes de Zurara e as novelas de cavalaria, como a demanda do Santo Graal.

4.1. A CANTIGA DE AMOR (GÊNERO LÍRICO)

Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a "minha senhor", a quem ele trata como superior revelando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da "coita", palavra frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por amor". É à sua amada que se submete e "presta serviço", por isso espera benefício (referido como o “bem” nas trovas).

Essa relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é mais sofisticada.

Suas principais características são: Eu lírico masculino; Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante; Amor cortês: vassalagem amorosa; Amor impossível; Ambientação aristocrática das cortes; Forte influência provençal; Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhor".

4.2. A CANTIGA DE AMIGO (GÊNERO LÍRICO)

São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções populares.

Este tipo de cantiga teve suas origens na Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes também em diálogo com sua mãe ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de

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amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro. Outra diferença da cantiga de amor, é que nela não há a relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela ida de seu amado à guerra.

Suas características principais são: Eu lírico feminino; Presença de paralelismos; Predomínio da musicalidade; Assunto Principal: saudade; Amor natural, espontâneo e possível; Ambientação popular rural ou urbana; Influência da tradição oral ibérica; Deus é o elemento mais importante do poema; Pouca subjetividade.

4.3. A CANTIGA DE ESCÁRNIO (GÊNERO SATÍRICO)

Na cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, em um processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

Suas características principais são: Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada não é identificada; Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades; Ironia.

4.4. A CANTIGA DE MALDIZER (GÊNERO SATÍRICO)

Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavras de baixo calão (palavrões). O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.

Suas características principais são: Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é identificada; Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena; Zombaria; Linguagem Culta

5. AUTORES

João Zorro Paio Gomes Charinho

Paio Soares de Taveirós (Cantiga da Garvaia) Meendinho

Martim Codax

Nuno Fernandes Torneol Guilherme IX da Aquitânia

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Pedro III de Aragão Ricardo Coração de Leão Afonso Sanches

Aires Corpancho Aires Nunes Bernardo Bonaval Dom Dinis I de Portugal D. Pedro, Conde de Barcelos João Garcia de Guilhade

João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia

6. TEXTOS

De amor

Essa cantiga de Afonso Fernandes mostra algumas características de incorrespondência amorosa.

“Senhora minha, desde que vos vi, lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não o posso mais e decidi

que saibam todos o meu grande amor, a tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi.”

De amigo

Essa cantiga é de amigo, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.

Ondas do mar de Vigo Se vires meu namorado!

Por Deus, (digam) se virá cedo! Ondas do mar revolto,

Se vires o meu namorado! Por Deus, (digam) se virá cedo! Se vires meu namorado,

Aquele por quem eu suspiro! Por Deus, (digam) se virá cedo! Se vires meu namorado

Por quem tenho grande temor! Por Deus, (digam) se virá cedo!

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De escárnio

Ai, dona fea, foste-vos queixar

que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar

em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia!…

De maldizer

Roi queimado morreu con amor Em seus cantares por Sancta Maria por ua dona que gran bem queria e por se meter por mais trovador porque lhela non quis [o] benfazer fez-sel en seus cantares morrer mas ressurgiu depois ao tercer dia!…

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7. CONCLUSÃO

O trovadorismo foi mais do que um gênero literário, ele foi um marco, não apenas na história da literatura, mas também na história de uma nação inteira. A Idade Média é caracterizada pelo trovadorismo e pelas suas cantigas.

Esta classificação literária é importantíssima, pois, se analisarmos cuidadosamente, descobriremos que foram estas cantigas, as poesias trovadorescas, que originaram boa parte dos gêneros literários estudados e utilizados nos dias de hoje.

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REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo#Trovadores

https://www.colegioweb.com.br/trovadorismo/as-cantigas-satiricas-de-escarnio-e-de-maldizer.html

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Referências

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