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EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Instrução Normativa Diretoria Executiva 01/2007 (IN-DE-FAURG 01/2007)

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EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Instrução Normativa – Diretoria Executiva – 01/2007 (IN-DE-FAURG – 01/2007)

A concessão de bolsas pelas Fundações de Apoio, e concretamente pela FAURG, encontra-se disciplinada em um amplo conjunto normativo, como facilmente se depreende da leitura da Deliberação no. 10 do Conselho Deliberativo desta fundação e que “Dispõe sobre as normas de concessão de Bolsas por parte da Fundação de Apoio à Universidade do Rio

Grande FAURG” (disponível para consulta em

http://www.faurg.furg.br/html/bolsas_normas.html).

Deste conjunto normativo ressaltamos dois aspectos, explicitados no caput do Art. 6º. do Decreto 5.205/2005 e no Parágrafo único do Art. 1º. da já mencionada deliberação, a saber:

1. Bolsas tem a natureza de

doação civil

e,

2. Bolsas

não podem importar

contraprestação por

serviços prestados

.

Além disso, cumpre lembrar que, quando da concessão de bolsas no âmbito da FAURG, o bolsista firma um contrato com a Fundação estabelecendo, dentre outros aspectos, sua duração (que, nos termos do caput do Art. 4º. da Deliberação no. 10 do Conselho Deliberativo não pode ser inferior a três meses) e seu valor (que é estipulado no Projeto, portanto de responsabilidade de seu Coordenador, sempre respeitando os limites máximos estabelecidos pela Deliberação no. 11 do Conselho Deliberativo).

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Desta forma, ao mesmo tempo em que o bolsista assume formalmente compromissos com o desenvolvimento das atividades previstas no projeto,

assume a FAURG a obrigação contratual de efetuar a doação do valor

pactuado.

Todavia, temos observado que tais características do sistema de bolsas tem sido esquecidas em alguns casos e, na maioria das vezes, pelos próprios Coordenadores de Projetos, ainda que inadvertidamente, o que, por evidente, põe em risco todo o sistema e, particularmente, a própria fundação.

Tais desvirtuamentos podem ser exemplificados como segue:

1. Coordenadores que determinam o pagamento das bolsas em função

da produção do bolsista, o que evidentemente descaracteriza sua natureza de doação civil colocando-a como contraprestação de serviços realizados;

2. Coordenadores que determinam o pagamento em valores menores do

que os constantes nos contratos;

3. Coordenadores que determinam que não se efetue o pagamento de

bolsistas na ocasião adequada, mesmo havendo recursos disponíveis no projeto, por entenderem serem prioritárias outras despesas, o que fragiliza a fundação em face do contrato assinado com o bolsista;

4. Coordenadores que tentam utilizar bolsas para pagar serviços

prestados e assim reduzir custos em face da isenção de impostos existente para estas, como determina o Art. 7º. do Decreto 5.205/2004;

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5. Coordenadores que determinam a efetivação de contratos com

duração mínima de 03 (três) meses, como preconizado na Deliberação no. 10 do Conselho Deliberativo, mas que, todavia, após um ou dois meses solicitam o cancelamento dos mesmos sem qualquer razão aparente, indo assim de encontro à norma vigente;

6. Coordenadores que protelam o pagamento dos bolsistas ao final do

mês, requerendo que o mesmo se efetive em algum momento do período seguinte, sem qualquer razão aparente ou justificativa, o que leva bolsistas estudantes a desempenharem suas funções sem o devido seguro, como também o exige a lei;

7. Coordenadores que não encaminham à fundação os necessários

comprovantes de matrícula, relatórios finais e outros documentos indispensáveis e previstos na Deliberação no. 10 do Conselho Deliberativo.

Além disso, já fomos inclusive interpelados por bolsistas reclamando seu devido pagamento, no valor e até a data pactuada, como se a razão do atraso, ou mesmo da não efetivação do pagamento, se devesse à FAURG, quando na verdade a fundação vinha apenas seguindo a orientação recebida dos Coordenadores dos Projetos. Mencione-se ainda que, tais determinações dos Coordenadores são, em sua quase totalidade, feitas de forma absolutamente informal, deixando a fundação completamente a descoberto.

Estes são, como mencionado, alguns exemplos com os quais nos deparamos na FAURG e que, infelizmente, não se mostraram como mera eventualidade, já que vem se repetindo e inclusive avolumado. Tais casos não apenas descaracterizam o sistema de bolsas, tal como previsto no

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conjunto das normas vigentes no pais e na própria FAURG, mas também expõem a fundação a riscos desnecessários. Assim, forçoso concluir que estas situações não podem prolatar-se no tempo, colocando o interesse deste ou daquele Coordenador ou projeto acima dos interesses coletivos, que residem na existência de uma fundação de apoio responsável e efetivamente comprometida com o desenvolvimento da Universidade e respeitadora das normas vigentes.

Para corrigir tais desvios e, consoante a prerrogativa expressa no Inc. II do Art. 21 do Estatuto da FAURG, decide a Direção Executiva emitir a Instrução Normativa que se segue.

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Estabelece diretrizes para o funcionamento do Programa de Bolsas da FAURG nos termos preconizados pelo Conselho Deliberativo.

A Direção Executiva da FAURG, com fulcro nas atribuições contidas no Art. 21, Inc. II, do Estatuto da Fundação e, considerando a necessidade de detalhamento das determinações do Conselho Deliberativo, decide:

Art. 1º. – Reafirmar que as bolsas estabelecidas pelo Conselho Deliberativo da FAURG têm caráter exclusivo de doação civil, não podendo importar em contraprestação de serviços.

Art. 2º. – As bolsas terão valor fixo e duração definida, estabelecidos pelo Coordenador do Projeto quando de sua elaboração, dentro dos limites preconizados pelo Conselho Deliberativo.

Parágrafo Único - O valor e a duração estabelecidos constarão explicitamente do contrato a ser firmado com o bolsista.

Art. 3º. - Em havendo saldo disponível no contrato ou convênio o valor da bolsa pactuado será integralmente pago mensalmente, até o quinto dia útil do mês subseqüente, independentemente de quaisquer autorizações ou manifestações do Coordenador do Projeto que não sejam as previstas nas normas emitidas pelo Conselho Deliberativo ou no instrumento contratual. Art. 4º. – Não haverá rescisão contratual antes de cumprido o período mínimo de 03 (três) meses de vigência da bolsa, cabendo ao Coordenador

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do Projeto fazer a devida previsão e reserva de valores para o referido pagamento.

Art. 5º. – Caberá aos Coordenadores de Projetos o acompanhamento da vigência dos contratos dos bolsistas sob sua responsabilidade, requerendo à FAURG, em tempo hábil, a eventual renovação dos mesmos.

Art. 6º. – Não serão efetuados pagamentos aos bolsistas vinculados aos projetos cujos Coordenadores não cumpram integralmente, ou que não supervisionem o cumprimento por parte dos bolsistas sob sua responsabilidade, das Deliberações do Conselho Deliberativo que regulam o programa de bolsas da FAURG.

Art. 7º. – Os Coordenadores de Projetos têm o prazo de 60 (sessenta) dias para se adequarem ao disposto na presente Instrução realizando, se for o caso, a necessária revisão dos contratos dos bolsistas sob sua responsabilidade, inclusive adequando-os aos valores efetivamente disponíveis nos projetos em andamento.

Art. 6º. – Casos omissos ou eventuais excepcionalidades deverão ser levados ao conhecimento da Direção Executiva, por escrito, e em tempo hábil para a tomada de qualquer decisão que se faça necessária.

Rio Grande, 28 de setembro de 2007.

Euclydes A. Santos Filho Diretor Executivo

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