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O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA

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O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO

SEGUNDO

T

RIMESTRE DE 2003

ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA

A Evolução do PIB

No desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2003 os seguintes pontos merecem ser destacados:

• O PIB a preços de mercado sofreu queda de 1,6% em relação ao trimestre anterior (dado sazonalmente ajustado). Foi o segundo trimestre consecutivo de declínio.

• O comportamento da riqueza gerada pela indústria nesse período foi decisiva para esse declínio: retração de 3,7% segundo a mesma base de comparação.

• O consumo das famílias vem declinando na comparação com o mesmo período do ano anterior desde o segundo trimestre de 2001. Ademais, desde o segundo trimestre do ano passado, o consumo das famílias tem se retraído em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal)

• Igualmente séria é a situação dos investimentos: retração de 6,4% relativamente ao primeiro trimestre do ano, a segunda queda consecutiva. Também foi a segunda retração seguida da formação bruta de capital fixo quando se compara com o mesmo trimestre do ano anterior; dessa vez, a queda atingiu 9,0%.

2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. Principais Resultados do PIB a Preço de Mercado

2º Trimestre de 2002 ao 2º Trimestre de 2003 (%)

No segundo trimestre de 2003, o PIB brasileiro apresentou queda tanto em relação ao trimestre anterior (-1,6%), quanto em

relação ao mesmo trimestre de 2002 (-1,4%).

Pela ótica da demanda, destacam-se a retração no consumo das famílias e dos investimentos e a expansão das exportações.

Pela ótica da produção, os resultados da indústria continuam sendo determinantes para o baixo desempenho

como um todo da economia brasileira, culminando numa retração do PIB industrial no semestre (comparação com o

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PIB e Principais Setores da Economia

Últimos 4 Trimestres em Relação aos 4 Trimestres Anteriores (%)

5,6

2,3

1,1

1,6

Agropecuária Indústria Serviços PIB a Preços de Mercado Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

O Desempenho Macroeconômico sob a Ótica da Demanda

Pela ótica da demanda, observa-se que, desde o segundo trimestre de 2001, que o consumo das famílias vem declinando na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ademais, desde o segundo trimestre do ano passado, o consumo das famílias tem se retraído em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal).

Esse baixo nível de demanda das famílias tem desestimulado o setor produtivo, influenciando a evolução da formação bruta de capital fixo. Nas duas bases de comparação (trimestre contra o mesmo trimestre do ano anterior e trimestre contra o trimestre imediatamente anterior) houve declínio dos investimentos nos dois trimestres do ano: -1,5% e -9,0%, pela primeira base de comparação e -4,8% e -6,4%, pela segunda. Assim, o consumo das famílias e os investimentos encerraram o semestre em queda vis-à-vis o primeiro semestre de 2002.

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Desempenho Macroecônomico sob a Ótica da Demanda Trimestre em Relação ao Mesmo Trimestre do Ano Anterior (%)

-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 II/2001 2,1 3,7 1,3 2,2 15,8 10,0 III/2001 0,5 -2,6 0,7 1,0 5,6 -7,5 IV/2001 -0,8 -2,6 0,5 -8,2 12,4 -13,8 I/2002 -0,8 -1,3 1,5 -9,7 -2,4 -18,5 II/2002 1,0 -0,7 1,1 -6,8 -9,5 -15,7 III/2002 2,5 -0,3 0,9 -3,5 21,4 -7,6 IV/2002 3,4 -0,4 0,5 4,2 20,4 -8,8 I/2003 2,0 -2,3 -0,2 -1,5 20,2 -4,7 II/2003 -1,4 -7,1 0,9 -9,0 30,1 -6,0 PIB a Preços de Mercado Consumo das

Famílias Consumo do Governo

Formação Bruta de

Capital Fixo Exportações Importações (-)

Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

Desempenho Macroeconômico sob a Ótica da Demanda Variação % em Relação ao Trimestre Anterior (Com Ajuste Sazonal)

-12 -9 -6 -3 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 II/2001 -0,7 -0,1 -0,8 -3,0 1,6 -6,0 III/2001 -0,6 -2,7 -0,9 -1,0 -4,3 -9,9 IV/2001 -0,5 0,2 0,8 -6,5 3,2 -4,6

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Note-se que os números do PIB global brasileiro só não foram piores devido ao desempenho das exportações, enquanto a demanda pouco aquecida tem feito as importações recuarem. Para o segundo semestre de 2003 não é esperado um desempenho tão favorável das exportações.

Desempenho Macroecônomico sob a Ótica da Demanda Acumulado no Ano em Relação ao Mesmo Período do Ano Anterior (%)

-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 II/2001 3,0 4,3 1,3 6,1 13,9 15,7 III/2001 2,1 1,9 1,1 4,3 10,9 6,9 IV/2001 1,4 0,7 1,0 1,1 11,2 1,2 I/2002 -0,8 -1,3 1,5 -9,7 -2,4 -18,5 II/2002 0,1 -1,0 1,3 -8,2 -6,1 -17,1 III/2002 0,9 -0,7 1,2 -6,6 3,5 -14,0 IV/2002 1,5 -0,7 1,0 -4,1 7,8 -12,8 I/2003 2,0 -2,3 -0,2 -1,5 20,2 -4,7 II/2003 0,3 -4,7 0,3 -5,4 25,3 -5,3 PIB a Preços de Mercado Consumo das

Famílias Consumo do Governo

Formação Bruta de

Capital Fixo Exportações Importações (-)

Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

A Indústria e a Economia

No segundo trimestre de 2003, o declínio do PIB em 2003 vem sendo liderado pela indústria, embora na comparação com o trimestre anterior (com ajuste sazonal), todos os setores da economia tenham registrado declínio no segundo trimestre de 2003. Esta é uma indicação de que a retração da economia se generalizou neste trimestre.

Note-se que no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, dos três grandes setores, apenas a indústria apresentou declínio.

Tal desempenho da indústria vem sendo reflexo, sobretudo, da indústria de transformação, além da construção civil.

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PIB e Principais Setores da Economia

Trimestre em Relação ao Mesmo Trimestre do Ano Anterior (%)

3,9 0,9 2,4 2,1 4,4 -1,7 1,4 0,5 10,5 -5,1 1,2 5,5 -4,0 1,4 6,6 0,1 1,0 1,0 7,2 3,0 1,9 2,5 3,4 6,9 1,7 3,4 8,6 2,9 0,8 2,0 3,2 -3,6 0,0 -1,4 -0,8 -0,8 II/2001 3,9 0,9 2,4 2,1 III/2001 4,4 -1,7 1,4 0,5 IV/2001 10,5 -5,1 1,2 -0,8 I/2002 5,5 -4,0 1,4 -0,8 II/2002 6,6 0,1 1,0 1,0 III/2002 7,2 3,0 1,9 2,5 IV/2002 3,4 6,9 1,7 3,4 I/2003 8,6 2,9 0,8 2,0 II/2003 3,2 -3,6 0,0 -1,4

Agropecuária - total Indústria - total Serviços - total PIB a Preços de Mercado

Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

PIB e Principais Setores da Economia

Variação % em Relação ao Trimestre Anterior (Com Ajuste Sazonal)

-0,9 -2,2 0,5 0,1 -1,6 -0,2 -0,6 4,6 0,3 0,2 1,6 0,6 0,8 2,3 2,3 0,3 1,5 0,4 1,2 0,7 0,9 0,7 1,5 0,0 0,0 3,9 -0,3 -1,2 -3,8 -0,4 -1,6 -0,7 -0,5 -1,9 -0,6 -2,4 II/2001 -0,9 -2,2 0,5 -0,7 III/2001 0,1 -1,6 -0,2 -0,6 IV/2001 4,6 -1,9 0,3 -0,5

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PIB e Principais Setores da Economia

Acumulado no Ano em Relação ao Mesmo Período do Ano Anterior (%)

4,4 3,0 2,4 3,0 4,4 1,4 2,1 2,1 5,7 1,9 1,4 5,5 -4,0 1,4 -0,8 6,1 0,1 6,5 -0,2 1,4 0,9 5,8 1,5 1,5 8,6 2,9 0,8 2,0 5,7 -0,5 0,4 -0,3 1,2 -1,9 1,5 0,3 II/2001 4,4 3,0 2,4 3,0 III/2001 4,4 1,4 2,1 2,1 IV/2001 5,7 -0,3 1,9 1,4 I/2002 5,5 -4,0 1,4 -0,8 II/2002 6,1 -1,9 1,2 0,1 III/2002 6,5 -0,2 1,4 0,9 IV/2002 5,8 1,5 1,5 1,5 I/2003 8,6 2,9 0,8 2,0 II/2003 5,7 -0,5 0,4 0,3

Agropecuária Indústria Serviços PIB

Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

PIB - Indústria Total e Segmentos Industriais

Trimestre em Relação ao Mesmo Trimestre do Ano Anterior (%)

II/2001 0,9 6,8 0,7 0,1 0,9 III/2001 -1,7 4,6 1,0 -6,1 -11,7 IV/2001 -5,1 -4,2 -2,8 -8,4 -14,9 I/2002 -4,0 10,1 -2,5 -9,3 -11,0 II/2002 0,1 16,0 0,8 -5,6 -2,3 III/2002 3,0 10,8 2,6 -0,9 9,8 IV/2002 6,9 5,1 6,6 6,2 12,3 I/2003 2,9 4,8 3,7 -1,7 5,7 II/2003 -3,6 -0,9 -2,0 -11,1 -1,1

Indústria - total Extrativa Mineral Transformação Construção Civil Serviços Industriais de Utilidade Pública

(7)

PIB - Indústria Total e Segmentos Industriais

Acumulado no Ano em Relação ao Mesmo Período do Ano Anterior (%)

II/2001 3,0 8,4 3,0 2,3 2,2 III/2001 1,4 7,1 2,3 -0,6 -2,5 IV/2001 -0,3 3,9 0,9 -2,6 -5,6 I/2002 -4,0 10,1 -2,5 -9,3 -11,0 II/2002 -1,9 13,0 -0,8 -7,4 -6,7 III/2002 -0,2 12,2 0,4 -5,2 -1,7 IV/2002 1,5 10,4 1,9 -2,5 1,5 I/2003 2,9 4,8 3,7 -1,7 5,7 II/2003 -0,5 1,9 0,8 -6,5 2,2

Indústria - total Extrativa Mineral Transformação Construção Civil Serviços Industriais de Utilidade Pública

Fonte: IBGE – Contas Nacionais – Série Encadeada do Índice Trimestral. Elaboração Própria.

PIB e Indústria - Com Ajuste Sazonal (Número Índice: Média 1990 = 100)

118 112 107 110 112 113 117118 121 122122 120 122 120 116 115116117 119120 122123 125126 123 121 119 121 123 125 127 124 119 120 110 120 130 140 110 120 130 140

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Desempenho Macroeconômico em Países Selecionados

O FMI já adiantou que o próximo número de sua publicação World Economic Outlook trará uma revisão para baixo da previsão do PIB brasileiro para 2003: crescimento de apenas 1,5%. Os dados abaixo correspondem às últimas projeções do FMI para o crescimento em 2003 para diversos países.

O crescimento brasileiro será menor do que alguns países desenvolvidos, como Austrália, Canadá e EUA e menor do que a maioria dos países emergentes.

Brasil e Países Avançados Selecionadas

Estimativa da Evolução do PIB Real - Variação Anual (%)

0,8 0,2 3,4 2,4 1,2 0,4 0,3 1,0 1,5 0,5 0,0 3,0 2,8 2,4 1,2 1,1 0,8 1,3 1,5 3,8 Área do Euro*

Alemanha* Austrália Canadá Estados Unidos*

França Itália Japão União Européia

Brasil (FMI)*

2002 2003

Fonte: FMI, World Economic Outlook – abr. 2003 e Imprensa (FMI).

Nota: * Dados revistos pelo FMI para 2003 a serem divulgados no World Economic Outlook de set. 2003, divulgados pela imprensa.

(9)

Brasil e Países Latino-americanos Selecionados Estimativa da Evolução do PIB Real - Variação Anual (%)

1,5 2,0 1,6 0,9 -8,9 3,0 1,5 3,1 2,0 2,3 -17,0 -11,0

Argentina Brasil (FMI)* Chile Colômbia México Venezuela

2002 2003

Fonte: FMI, World Economic Outlook – abr. 2003 e Imprensa (FMI).

Nota: * Dados revistos pelo FMI para 2003 a serem divulgados no World Economic Outlook de set. 2003, divulgados pela imprensa.

Brasil e Países em Desenvolvimento Selecionados Estimativa da Evolução do PIB Real - Variação Anual (%)

3,0 1,5 8,0 2,2 6,1 4,6 3,7 -1,0 4,9 3,3 0,9 1,3 2,0 4,3 5,2 3,5 2,8 1,5 7,5 3,0 5,0 4,0 3,5 0,5 5,1 3,6 2,3 2,6 1,9 4,0 4,2 3,2 )* Ch in a ia Is

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