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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE MEDICINA. NÚCLEO DE EDUCAÇÂO EM SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Lara Nalon Machado

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO DE OBESOS COM DISTÚRBIOS METABÓLICOS E RISCO CARDIOVASCULAR

ATENDIDOS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLORESTA EM CORONEL FABRICIANO, MINAS GERAIS

Belo Horizonte 2020

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Lara Nalon Machado

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO DE OBESOS COM DISTÚRBIOS METABÓLICOS E RISCO CARDIOVASCULAR

ATENDIDOS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLORESTA EM CORONEL FABRICIANO, MINAS GERAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientadora: Profa. Dra Helisamara Mota Guedes

Belo Horizonte 2020

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Lara Nalon Machado

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO DE OBESOS COM DISTÚRBIOS METABÓLICOS E RISCO CARDIOVASCULAR

ATENDIDOS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLORESTA EM CORONEL FABRICIANO, MINAS GERAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientadora: Profa. Dra Helisamara Mota Guedes

Banca examinadora

Profa. Helisamara Mota Guedes, Doutora, UFVJM

Profa. Eliana Aparecida Villa, Doutora, Universidade Federal de Minas Gerais

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Dedico à minha família e aos meus amigos que muito contribuíram para a realização deste estudo. Sem a ajuda de vocês, meus caminhos teriam sido mais difíceis e minha caminhada mais longa. Vocês foram fontes de inspiração e modelo de vida para que eu pudesse vencer meus obstáculos.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, pelo carinho e pelo amor que a mim dedicaram, pelos momentos juntos, pela troca de experiências e pelos ensinamentos sobre a vida.

A toda a minha família pelo carinho e por acreditarem em meus sonhos e em minhas realizações.

Aos meus tutores pelos ensinamentos, pelo companheirismo e pela troca de experiências e conhecimentos.

Aos meus amigos pelos momentos juntos e pelas dificuldades que superamos ao longo da caminhada.

Aos funcionários e amigos da Unidade Básica de Saúde Floresta da cidade de Coronel Fabriciano, pelo trabalho em equipe, pela troca de conhecimentos, pela troca de habilidades, pela ajuda nos momentos difíceis, pela contribuição de cada um nos resultados finais de nosso trabalho.

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Enquanto o tempo soa e o relógio gira ao mesmo ritmo, o viver se desenha, seja no vilarejo de pescadores, nas reservas indígenas, seja nos grandes centros urbanos ou em cada viela do mundo, entre a primeira e a vigésima quarta hora, entre o ontem e o amanhã, existe um dia pronto para ser importante. Um hoje que, não por acaso, é chamado presente.

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RESUMO

A obesidade é um acúmulo de gordura corporal que ocorre quando a ingestão de energia excede o gasto energético. O excesso de gordura localizada na área abdominal central do corpo está associada com maior risco de hipertensão, resistência à insulina, diabete, dislipidemia e doença renal coronariana. Diante deste contexto, o objetivo deste estudo é elaborar um projeto de intervenção para melhorar a adesão ao tratamento de pacientes obesos que apresentam distúrbios metabólicos e doença cardiovascular atendidos na unidade básica Floresta, cidade de Coronel Fabriciano, Minas Gerais. Foi utilizado como método o Planejamento Estratégico Situacional sendo identificado três nós críticos: dificuldade em mudar os hábitos alimentares e estilos de vida; falta de conhecimento da população quanto às complicações dos distúrbios metabólicos e riscos cardiovasculares; estrutura inadequada da unidade de saúde para a educação em saúde sobre os perigos da obesidade e riscos cardiovasculares. Assim, foram programados três projetos: Alimentação saudável e qualidade de vida, Informação para a saúde e Ambiente saudável. Espera-se com este plano de intervenção ajudar à população atendia na UBS Floresta, de Coronel Fabriciano, quanto ao aumento da informação relacionada à doença, incentivo às mudanças dos hábitos alimentares e estilo de vida e, por fim, melhora da qualidade de vida.

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ABSTRACT

Obesity is an accumulation of body fat that occurs when energy intake exceeds energy expenditure. Excess fat located in the central abdominal area of the body is associated with an increased risk of hypertension, insulin resistance, diabetes, dyslipidemia and coronary kidney disease. In this context, the objective of this study is to develop an intervention project to improve adherence to the treatment of obese patients with metabolic disorders and cardiovascular disease treated at the basic unit Floresta, city of Coronel Fabriciano, Minas Gerais. Situational Strategic Planning was used as a method and three critical nodes were identified: difficulty in changing eating habits and lifestyles in the obese; lack of knowledge of the population regarding the complications of metabolic disorders and cardiovascular risks in obese patients; inadequate structure of the health unit for lectures and short courses on the dangers of obesity and cardiovascular risks. Thus, the three projects were programmed: Healthy eating and quality of life, Information for health and Healthy environment. This intervention plan is expected to help the population served at UBS Floresta, by Colonel Fabriciano, regarding the increase in information related to the disease, encouraging changes in eating habits and lifestyle and, finally, improving the quality of life.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Verde, Unidade Básica de Saúde Floresta, município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

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Tabela 1 Situação da população atendida na UBS Floresta em Coronel Fabriciano em relação ao sobrepeso e obesidade e suas complicações

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Quadro 2 Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

32

Quadro 3 Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

33

Quadro 4 Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais BVS Biblioteca Virtual em Saúde

DCNT Doença Crônica Não Transmissível DECS Descritores em Ciências da Saúde ESF Estratégia de Saúde da Família

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IMC Índice de Massa Corporal

INOCOOP Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais

LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde MG Minas Gerais

PES Planejamento Estratégico Situacional PSF Programa de Saúde da Família

SciELO Scientific Electronic Library Online

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SNC Sistema Nervoso Central

SUS Sistema Único de Saúde UBS Unidade Básica de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

1.1 Aspectos Gerais do Município 12

1.2 Aspectos da Comunidade 13

1.3 Sistema Municipal de Saúde 14

1.4 Unidade Básica de Saúde 15

1.5 Equipe de Saúde da Família 16

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da equipe 17

1.7 O dia a dia da equipe 17

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)

17

1.9 Priorização dos problemas – a seleção de problemas para plano de intervenção (segundo passo)

18 2 JUSTIFICATIVA. 20 3 OBJETIVOS 22 3.1 Objetivo Geral 22 3.2 Objetivos Específicos 22 4 METODOLOGIA 23 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24 5.1 Obesidade 24

5.2 Contribuições genéticas, ambientais e comportamentais da obesidade 25 5.3 Alterações metabólicas observadas na obesidade 26 5.4 Quadro clínico de pacientes obesos com distúrbios metabólicos 27

6 PLANO DE INTERVENÇÃO 29

6.1 Descrição dos problemas selecionados 29

6.2 Explicação dos problemas selecionados 29

6.3 Seleção dos Nós Críticos 31

6.4 Desenho das operações 31

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 35

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos gerais do município

O município de Coronel Fabriciano está localizado no estado de Minas Gerais, situado a cerca de 200 km a leste da capital do estado. Segundo IBGE (2018) sua população é de 109.405 habitantes. O município faz limites com os municípios de Joanésia, Mesquita, Ferros, Antônio Dias, Ipatinga e Timóteo (IBGE, 2018).

O clima é caracterizado como tropical quente semiúmido, a vegetação nativa pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), porém a monocultura de reflorestamento com eucalipto é extensa, tendo como finalidades a produção de matéria-prima para a fábrica de celulose da Cenibra e a produção de carvão vegetal para as siderúrgicas locais (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO, 2019).

Coronel Fabriciano não possui estação de tratamento de águas residuais, dessa forma o esgoto produzido na cidade é liberado diretamente para os cursos hídricos que cortam o perímetro urbano e, posteriormente, para o rio Piracicaba (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL FABRICIANO, 2019).

O município vive da pecuária e da agricultura, porém sua economia forte é representada pela prestação de serviços.

Em relação à saúde, Coronel Fabriciano possui 78 estabelecimentos de saúde, sendo 57 deles privados, 20 públicos (municipais) e um público (estadual) entre hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONAL FABRICIANO, 2019).

Na área da educação, o município tem escolas privadas e estaduais que atendem desde a educação infantil até o ensino médio, conta com faculdades e escolas de educação especial como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), como também o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O nível de analfabetismo não é grande e a porcentagem de crianças de 0 a 6 anos fora da escola é de apenas 2,3% (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONAL FABRICIANO, 2019).

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Coronel Fabriciano tem um índice de violência grande, principalmente porque o tráfico de drogas se instalou em alguns bairros da cidade. Há um alto índice de homicídios por armas de fogo, casos de violência contra a mulher e contra crianças. O número de assaltos cresceu nos últimos cinco anos.

O município tem alguns problemas como: falta de investimentos na Segurança pública do município; grande quantidade de usuários de drogas; iluminação pública deficiente em alguns bairros; falta de investimentos em coleta de lixo seletiva; falta de investimentos nas unidades de saúde que sofrem com déficit de recursos humanos e materiais; a desigualdade social é bem nítida no município.

1.2 O sistema municipal de saúde

Coronel Fabriciano possui 78 estabelecimentos de saúde. Existe 143 leitos para internação, sendo 98 deles cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com 0,64 leitos para cada mil habitantes no município, esse índice está abaixo da média nacional, que era de 2,25 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONAL FABRICIANO, 2019).

O município de Coronel Fabriciano tem em média 0,51 enfermeiros, 0,54 dentistas e 1,5 médicos para cada mil habitantes. Conforme os últimos dados, em 2012 foram registrados 674 óbitos, sendo que as doenças do sistema circulatório representaram a maior causa de mortes (31,3%), seguida pelos tumores (17,7%) (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONAL FABRICIANO, 2019).

Em 2010, 1,3% das mulheres de 10 a 17 anos tiveram filhos. Em 2014, foram registrados 1.424 nascidos vivos, sendo que o índice de mortalidade infantil neste ano foi de 12,6 óbitos de crianças menores de cinco anos de idade a cada mil nascidos vivos. No mesmo ano, 98,2% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia e 78,3% das crianças do município foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,6% delas estavam desnutridas (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONAL FABRICIANO, 2019).

O Hospital Doutor José Maria Morais (antigo Hospital Siderúrgica e posteriormente Hospital São Camilo), que está localizado no bairro Santa Helena, é o principal hospital de Coronel Fabriciano com atendimento público e leitos para

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internação. O Hospital Metropolitano Unimed Vale do Aço, situado no bairro Santa Terezinha II, oferece atendimento emergencial e internação. A Unimed, no entanto, não atende pelo SUS, servindo apenas à população que conta com planos de saúde conveniados ou aos que paguem pelo atendimento particular.

Atualmente, o município enfrenta sérios problemas na rede de saúde pública, pela falta de verbas e investimentos nos postos e unidades de atendimento.

1.3 Aspectos da comunidade

A comunidade atendida na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde Floresta em Coronel Fabriciano é formada por indivíduos de zero a 91 anos de idade, sendo que, entre as mulheres, as causas mais comuns de afecção à saúde são: problemas de diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos. Entre os homens jovens e idosos o diabetes lidera entre os problemas, assim como a síndrome metabólica. Há também alta prevalência de sobrepeso e obesidade. Entre as crianças o mais comum são os resfriados, os problemas respiratórios, alergias e diarreias.

Na comunidade tem escolas, comércio de roupas e calçados, farmácias, padarias, mercados entre outros serviços. A população desta comunidade é de origem humilde e 95% depende do atendimento pelo SUS.

A comunidade tem saneamento básico, coleta de lixo e energia elétrica em suas casas. A infraestrutura é média, tendo algumas dificuldades como ruas precisando de manutenção, lotes vagos com lixo e mato alto, alguns pontos da comunidade com pouca iluminação, alguns problemas como falta de sinalização das ruas. Porém, o bairro é habitado por mais ou menos 2800 habitantes.

O bairro foi criado com a construção de um conjunto habitacional através do Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais (INOCOOP), em 1983. Sob a influência da expansão populacional observada nas regiões ao redor, no mesmo distrito Senador Melo Viana, tornou-se um dos principais núcleos comerciais fora do Centro de Fabriciano, tendo considerável presença de padarias, farmácias e lojas de confecção.

Do total de habitantes desta comunidade, 1 340 são homens (47,5%) e 1 480 mulheres (52,5%), contabiliza-se um total de 987 domicílios.

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1.4 A Unidade Básica de Saúde Floresta

A Unidade Básica de Saúde Floresta é específica para a realização de atendimento de atenção básica e integral a uma população de forma agendada e espontânea, podendo oferecer assistência com classificação de risco e acolhimento, mesmo a demanda sendo grande.

A Unidade Básica de Saúde Floresta em Coronel Fabriciano não é bem estruturada para atender as necessidades das pessoas da região, pois falta espaço para a sala de espera, faltam salas para atendimento de algumas especialidades e não possui funcionários o suficiente para atender a demanda. A equipe da unidade é formada por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, um técnico de enfermagem, um dentista e dois agentes de saúde.

A equipe procura atender toda a demanda espontânea e agendada da melhor forma possível com acolhimento com classificação de risco, embora haja algumas dificuldades burocráticas para este tipo de acolhimento.

Em nossa área de abrangência temos:

✓ Principais causas de óbitos: hipertensão e diabetes; ✓ Alta prevalência de casos de distúrbios metabólicos; ✓ Principais causas de internação: hipertensão e diabetes;

✓ Doenças de notificação: dengue, tuberculose, sífilis, chincungunha; ✓ Causas de mortalidade infantil: não houve.

Os problemas encontrados em nossa área de abrangência são muitos, porém, alguns são de extrema importância, pois interferem no processo de saúde e doença do usuário como:

✓ Fatores culturais e socioeconômicos da população atendida;

✓ Dificuldade da população em entender as necessidades de consultas regulares e orientações médicas para a prevenção de algumas doenças e tratamento das doenças já instaladas;

✓ Nível de escolaridade baixo, principalmente, na zona rural; ✓ Baixa adesão ao tratamento farmacológico;

✓ Uso indiscriminado de medicamentos como analgésicos e remédios para dormir;

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✓ Baixa adesão às mudanças comportamentais como o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas.

1.5 A Equipe de Saúde da Família Verde da Unidade Básica de Saúde Floresta

A equipe da unidade básica de saúde Floresta é composta por: uma médica, uma enfermeira, dois agentes (faltam 3 ou 4 agentes para assumir o serviço na unidade), o que dificulta a execução dos serviços. O dentista atende três equipes da unidade. Estamos com déficit de técnico em enfermagem. Contamos com uma nutricionista e uma psicóloga.

A equipe contribui significativamente com as campanhas de vacinação, com os projetos de prevenção contra doenças, com as palestras que incentivam o diagnóstico precoce e a adesão aos tratamentos das mais diversas doenças.

A equipe atende, em média, 384 pacientes por mês, incluindo crianças, adolescentes, adultos jovens, adultos e idosos. São feitas de 8 a 10 visitas domiciliares por mês.

Apesar do déficit de mão de obra, a equipe procura atender todas as consultas de demanda espontânea e agendada da melhor forma possível. As visitas domiciliares também são de suma importância, porque é neste momento que a equipe tem contato direto com o usuário, podendo ajudá-lo em suas dúvidas, principalmente em relação ao tratamento.

A unidade que atuo como médica é responsável por 6 microáreas. As atividades desenvolvidas pela equipe são:

✓ Vacinação: todas contidas no calendário de vacinação de crianças, adultos, idosos e gestantes.

✓ Pré-natal: possui ✓ Puericultura: possui

✓ Outras: consultas agendadas e espontâneas.

As outras atividades desenvolvidas pela equipe são:

✓ Grupos: projeto para grupos de hipertensos; diabéticos; tabagistas; gestantes; possui grupo de orientação aos pacientes acolhidos nas festividades como carnaval, dia das mães, etc.

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✓ Parcerias: referências de encaminhamento (belo horizonte).

✓ Projetos: intensificar os grupos de saúde. Prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), Infecções Sexualmente Transmissíveis e da dengue.

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde Floresta da equipe Verde

A Unidade de Saúde Floresta funciona das 07:00 às 17:00 horas, de segunda a sexta-feira.

1.7 O dia a dia da equipe Verde

O trabalho da equipe, como foi dito anteriormente, é baseado no atendimento diário à população de Coronel Fabriciano. O fluxo não é muito grande, porém, temos déficit de recursos humanos, o que dificulta nosso trabalho, já que atendemos em média 384 pacientes por mês.

A equipe está sempre voltada para campanhas e ações que possam ajudar a população no entendimento do que seja doença e saúde, do que seja prevenção de doenças para a qualidade de vida de crianças, adultos, idosos e gestantes. O atendimento a alguns programas está baseado na saúde bucal, pré-natal, puericultura, controle de câncer de mama e ginecológico, atendimento a hipertensos e diabéticos. Há uma grande preocupação com gestantes portadoras de sífilis.

O acolhimento dos pacientes da demanda espontânea tem sido feito com classificação de risco, atendendo primeiro aqueles com maior grau de urgência e não aqueles que chagaram primeiro.

A equipe faz parte de um programa de educação permanente, que visa melhorias na qualidade do atendimento nas unidades de saúde.

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)

Os problemas dentro de uma comunidade são inúmeros, é fundamental que a equipe de saúde da família conheça sua área de abrangência como um todo, dando

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ênfase aos problemas de saúde, para que se possa realizar um planejamento de melhoria. A equipe é um meio de proximidade com a comunidade, assim sendo, fica mais fácil o conhecimento dos problemas e também de se levantar possíveis soluções, isto pode ser feito pela prática da observação, diálogo com a população e também analisando registros sobre determinado assunto, constituindo um método rápido e barato de se obter informações, que seria a Estimativa Rápida.

Desta forma os problemas de saúde do território e da comunidade encontrados foram: alta prevalência de obesos com distúrbios metabólicos e riscos para doença cardiovascular; alta prevalência de hipertensos; alta prevalência de diabetes tipo 2; falta de conhecimento da população em relação aos perigos relacionados á obesidade e doenças cardiovasculares; baixa adesão ao tratamento; baixa adesão às mudanças comportamentais e de estilo de vida, como pratica de atividade física e mudanças nos hábitos alimentares.

1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção (segundo passo)

Quadro 1 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Verde, Unidade Básica de Saúde Floresta, município de Coronel Fabriciano, Estado de Minas Gerais

Problemas Importância* Urgência** Capacidade de enfrentamento***

Seleção/ Priorização**** Alta prevalência de

obesos com distúrbios metabólicos e risco para doenças cardiovasculares Alta 5 Parcial 1 Alta prevalência de hipertensos Alta 5 Parcial 4 Alta prevalência de diabéticos tipo 2 Alta 5 Parcial 5 Baixa adesão ao tratamento Alta 5 Total 2 Baixa adesão ás mudanças comportamentais Alta 5 Parcial 3 Falta de conhecimento da população em relação aos perigos relacionados á obesidade e doenças cardiovasculares

Alta 5 Total 6

Fonte: elaborado pela autora (2019) *Alta, média ou baixa

** Distribuir 30 pontos entre os problemas identificados ***Total, parcial ou fora

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De acordo com o quadro acima podemos verificar que os problemas identificados fazem parte da realidade de muitas unidades de saúde. O primeiro problema é a alta prevalência de obesos com distúrbios metabólicos e com risco de doenças cardiovasculares, o que nos preocupa muito, pois este problema é responsável por grande parte dos atendimentos em nossa unidade.

Percebeu-se que a segunda priorização está relacionada á baixa adesão ao tratamento, o que leva a complicações micro e macrovasculares. A terceira priorização é a baixa adesão às mudanças comportamentais que também estão relacionadas diretamente á primeira e à segunda priorização.

Temos total capacidade para enfrentamento da baixa adesão ao tratamento medicamentoso como também aos conhecimentos da população, que pode ser sanado com informações sobre as doenças e incentivos ao tratamento.

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2 JUSTIFICATIVA

O tema escolhido para ser abordado é a alta prevalência de pacientes obesos com distúrbios metabólicos e que estão em risco de doenças cardiovasculares. A escolha do problema se deu pelo alto índice de pacientes obesos atendidos na unidade em que atuo. As questões que levantamos mais relevantes para justificar esse desajuste é o fato que, dentre os 335 pacientes com sobrepeso e obesidade, 112 sofrem com os distúrbios metabólicos e, destes, 96 estão em risco para doenças cardiovasculares. De acordo com os registros da equipe, 54 pacientes não aderiram ao tratamento medicamentoso e 73 não aderiram às mudanças comportamentais que incluem atividade física e mudanças nos hábitos alimentares.

A alta prevalência de obesidade nesta área de abrangência não foi consequência de mudanças ambientais ou genéticas somente, mas fatores nutricionais e estilo de vida são primariamente responsáveis pela atual epidemia de obesidade, já que são impossíveis alterações genéticas importantes em espaço de tempo menor que uma geração.

Grandes mudanças no estilo de vida ocorreram nas últimas duas décadas, incluindo uso generalizado de automóveis, elevadores, escadas rolantes, computadores, televisão e aumento de atividades recreacionais em ambientes fechados. Algumas mudanças dietéticas são evidentes, porém muitas vezes passam despercebidas, como o tamanho e volume dos sanduíches e refrigerantes oferecidos ao consumidor com aumento irrisório do preço final, o que aumenta ainda mais o consumo.

Nos tempos modernos, o aumento da oferta e a abundância de alimentos altamente calóricos com elevado teor de gordura e açúcares a preços acessíveis resultaram em grande deposição de tecido adiposo e consequentemente obesidade associada ao sedentarismo.

Há uma interação complexa entre os sistemas que controlam ingestão e saciedade e aqueles que controlam a massa do tecido adiposo corporal. O sistema nervoso central (SNC) desempenha um papel muito importante na regulação da homeostase energética por meio de três níveis de regulação fisiológica: controle da forme e da saciedade, influência sobre o gasto energético e regulação da secreção de hormônios envolvidos no gasto e armazenamento de energia (CUPPARI, 2015).

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Na verdade, percebemos um choque entre um sistema metabólico selecionado para acumular energia da forma mais eficiente possível e uma abundância relativa de oferta calórica associada à diminuição significativa de atividade física rotineira. O resultado é o aumento alarmante da prevalência de obesidade associado às comorbidades, como resistência à insulina, síndrome metabólica, hipertensão arterial, doença coronariana, disfunção pulmonar e colelitíase com sérias repercussões no âmbito da saúde pública (SCHIMITH, 2011).

O risco de doença cardiovascular em adultos está relacionado aos níveis de LDL-c e de índice de massa corporal (IMC) na infância e na juventude. Danos permanentes à parede arterial podem se estabelecer na infância e na juventude com sérias repercussões na vida adulta. A disfunção endotelial é uma das primeiras manifestações de aumento de risco cardiovascular. Em adultos jovens, a disfunção endotelial se correlaciona positivamente com o grau de obesidade (IMC) e com a resistência à insulina. A disfunção endotelial aumenta da produção de citocinas e de moléculas de adesão celular (CUPPARI, 2015).

As citocinas e as moléculas de adesão celular são os mediadores do recrutamento de macrófagos e leucócitos que se acumulam na íntima da parede vascular arterial, iniciando assim, a formação de placas de ateroma. A ativação do endotélio resulta em um ambiente pró-inflamatório, pró-coagulante e pró-adesivo. Há diminuição da atividade enzimática do óxido nítrico-sintase, portanto, redução das atividades dependentes do óxido nítrico, como inibição da agregação plaquetária e ativação da fibrinólise (QUEIROZ, 2016).

Com exceção da adiponectina, todas as citocinas produzidas pelo tecido adiposo contribuem para a disfunção endotelial. A adiponectina está diminuída na obesidade, portanto sua atividade protetora antiflamatória, a inibição da proliferação do músculo liso e a diminuição da atividade dos macrófagos estão seriamente comprometidas. As concentrações de adiponectina variam inversamente ao grau de obesidade e aos níveis de outras citocinas inflamatórias secretadas pelo tecido adiposo, e baixos níveis de adiponectina se correlacionam com o aumento de Doença Arterial Coronariana (HALPERN, 2014).

Assim, fica evidente a necessidade de um plano de ação voltado para diminuir a prevalência de distúrbios metabólicos em pacientes obesos com risco de doenças cardiovasculares.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Elaborar um projeto de intervenção para melhorar a adesão ao tratamento de pacientes obesos que apresentam distúrbios metabólicos e doença cardiovascular atendidos na unidade básica Floresta, cidade de Coronel Fabriciano, Minas Gerais

3.2 Objetivos Específicos

• Propor ações que favoreçam hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis para o obeso;

• Implementar ações para melhorar o conhecimento da população quanto às complicações dos distúrbios metabólicos em pacientes obesos com riscos cardiovasculares;

• Identificar meios de adequar a estrutura física da unidade de saúde para dispor que espaço que torne possível a realização de palestras e minicursos.

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4 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste plano de intervenção foi utilizado o método do Planejamento Estratégico Situacional (PES) para estimativa rápida dos problemas observados e definição do problema prioritário, dos nós críticos e das ações voltadas para a comunidade em estudo (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2018).

A equipe de saúde da família, por meio do desenvolvimento de ações que levam à proximidade com a comunidade, fez um levantamento dos problemas para se levantar possíveis soluções. Isto foi feito pela prática da observação, diálogo com a população e também, analisando registros sobre o tema, por meio da Estimativa Rápida.

Para fundamentar este estudo foi consultada a Biblioteca Virtual em Saúde do Nescon, documentos de órgãos públicos (ministérios, secretarias, etc.), além da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados da literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e no Scientific Electronic Library Online (SciELO). Esta busca se tornou necessária para construir a revisão bibliográfica.

Para a definição das palavras-chave e keyboards utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). As palavras chaves utilizadas foram: síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, obesidade.

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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 Obesidade

A obesidade é um distúrbio dos sistemas reguladores do peso corporal e caracteriza-se por armazenamento e excesso de gordura corporal. Nas sociedades primitivas, a vida diária necessitava de um alto grau de atividade física, e o alimento era disponível apena de forma intermitente; por isso, uma tendência genética favorecendo o armazenamento do excesso de calorias como gordura era uma questão de sobrevivência (FEIO et al., 2013).

Entretanto, a atual abundância de alimento tem encorajado os indivíduos a comer em maior quantidade. Isso, em combinação com a redução dos níveis de atividade física observada nas sociedades industrializadas, resultou em uma tendência para a deposição continuada de gordura. Esses fatores causaram, por exemplo, uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos (FEIO et al., 2013).

A prevalência da obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de doenças associadas, como o diabete, a hipertensão e a doença cardiovascular. Especialmente alarmante é a exploração de obesidade em crianças, que triplicou nas últimas décadas. A obesidade não está limitada aos Estados Unidos e tem crescido globalmente. De fato, de acordo com algumas estimativas, há no mundo mais indivíduos obesos do que subnutridos (GRUNDY, 2014).

A quantidade de gordura corporal é difícil de ser medida diretamente. Em geral é determinada por meio de uma medida indireta, o índice de massa corporal (IMC), que demonstrou estar correlacionado com a quantidade de gordura corporal na maior parte dos indivíduos (HALPERN, 2014).

A distribuição anatômica da gordura corporal possui grande influência nos riscos associados à saúde. A gordura em excesso localizada na área central do corpo está associada a um maior risco de hipertensão, resistência à insulina, diabete, dislipidemia e doença cardíaca coronariana. A gordura distribuída em partes mais inferiores, ao redor do quadril ou da região glútea está associada, de acordo com alguns estudiosos a risco para infarto do miocárdio (CARVALHO, 2015).

Os tipos de gordura descritos acima são bioquimicamente diferentes. As células adiposas abdominais são muito maiores e apresentam taxa de renovação de

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gordura mais alta que as células adiposas das pernas e nádegas. Uma vez que os homens tendem a acumular gordura abdominal, facilmente mobilizável, em geral, eles perdem peso mais facilmente que as mulheres. Além disso, as substâncias liberadas a partir da gordura abdominal são absorvidas pela veia porta, e assim, tem acesso direto ao fígado (CARVALHO, 2015).

O aumento da captação de ácidos graxos pelo fígado pode levar á resistência à insulina e ao aumento de síntese de triacilglicerois, liberados como lipoproteínas de densidade muito baixa. Em contraste, os ácidos graxos livres originários da gordura encontrada na região dos glúteos entram na circulação geral e não apresentam ações preferenciais sobre o metabolismo hepático (ARAUJO et al., 2011).

5.2 Contribuições genéticas, ambientais e comportamentais à obesidade

Apesar da crença amplamente difundida de que a obesidade resulta de um comportamento alimentar insaciável e descontrolado, hoje é evidente que mecanismos genéticos (e não apenas falta de força de vontade) desempenham papel importante na determinação do peso corporal. Por exemplo, a obesidade é observada frequentemente agrupada em famílias. Se os pais são obesos, há grandes chances de 70 a 80% de que os filhos sejam obesos. Em contraste, apenas 9% das crianças são gordas quando os pais são magos (BARROSO; ABREU; FRANCISCHETTI, 2012).

A herança da obesidade não é genética mendeliana simples, como seria esperado se a doença fosse o resultado do defeito em um único gene. Em vez disso, a obesidade comporta-se como doença complexa poligênica, envolvendo interações entre múltiplos genes e o ambiente (BARROSO; ABREU; FRANCISCHETTI, 2012).

A importância da genética como determinante da obesidade é também indicada pela observação de que as crianças adotadas frequentemente apresentam peso corporal que se correlaciona com seus pais biológicos e não com os pais adotivos (BARROSO; ABREU; FRANCISCHETTI, 2012).

Além disso, gêmeos idênticos possuem IMC muito semelhantes, sejam criados juntos ou separados, e seus IMCs são mais semelhantes entre si do que aqueles de gêmeos dizigóticos não idênticos (CUPPARI, 2015).

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A epidemia de obesidade que está ocorrendo ao longo das últimas décadas não pode ser explicada por alterações em fatores genéticos estáveis em uma escala de tempo tão curta. É evidente que fatores ambientais, como a fácil disponibilidade de alimentos saborosos e ricos em energia, desempenham um papel no aumento da prevalência de obesidade. Além disso, estilos de vida sedentários, encorajados pelo uso de televisão, computadores, automóveis e aparelhos capazes de diminui o gasto energético em tarefas no trabalho e em casa diminuem a atividade física e aumentam a tendência de ganhar peso (CASTRO; MATO; GOMES, 2016).

A importância do estilo de vida no desenvolvimento da obesidade é reforçada pela observação de que populações de japoneses ou chineses apresentam aumento em seus IMCs ao migrarem para os Estados Unidos. Por exemplo, no Japão, homens com idade entre 46 e 49 anos são magros, com IMC médio de 20, enquanto homens da mesma idade que vivem nos Estados Unidos são mais pesados, com IMC médio de 24 (CUPPARI, 2015).

Os comportamentos alimentares, como lanches, tamanho das porções, variedade de alimentos consumidos, preferências alimentares individuais e o número de pessoas com quem o indivíduo faz as refeições também influenciam o consumo de alimento e a tendência à obesidade (CHEN; BERESON, 2017).

5.3 Alterações metabólicas observadas na obesidade

As anormalidades metabólicas da obesidade refletem sinais moleculares que se originam da massa aumentada de adipócitos. Os efeitos predominantes da obesidade incluem dislipidemias, intolerância à glicose e resistência à insulina, expressas principalmente no fígado, no músculo e no tecido adiposo (CUPPARI, 2015).

Síndrome metabólica

A obesidade abdominal está associada a uma ameaçadora combinação de anormalidades metabólicas, que incluem intolerância à glicose, resitência à insulina, hiperinsulinemia, dislipidemia e aumento do nível de lipoproteínas de densidade muito alta e hipertensão. Esse grupo de anormalidades metabólicas tem sido

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chamado de síndrome metabólica, síndrome de resistência à insulina ou síndrome X (LUNA, 2017).

Indivíduos com essa síndrome apresentam risco significativamente aumentado para desenvolver diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Por exemplo, um homem com essa síndrome apresenta probabilidade três vezes maior de morrer de doença cardiovascular (SANTOS et al., 2016).

Dislipidemia

A resistência à insulina em indivíduos obesos leva à produção aumentada de insulina, em esforço do organismo para manter níveis sanguíneos adequados de glicose. A resistência á insulina no tecido adiposo causa aumento na atividade da lipase sensível a hormônio, resultando em níveis aumentados de ácidos graxos circulantes. Esses ácidos graxos são transportados ao fígado e convertidos em triacilglicerois e colesterol. O excesso de triacilglicerois e colesterol é liberado como VLDL, resultando em elevação nos níveis séricos de triacilglicerois. Concomitantemente os níveis de HDL diminuem (CUPPARI, 2015).

5.4 Quadro clínico de pacientes obesos com distúrbios metabólicos

As múltiplas alterações fisiopatológicas associadas á obesidade e á síndrome metabólica comprometem, direta ou indiretamente, todos os sistemas do organismo. Dessa forma, o quadro clínico do paciente obeso reflete este contexto, configurando-se um desafio para o profissional de saúde estabelecer o diagnóstico e a terapêutica apropriada para a abordagem individualizada destas doenças. Assim, a história clínica, o exame físico e os exames complementares visam, primariamente, a excluir causas orgânicas e avaliar suas complicações associadas (OLIVEIRA; SOUZA; LIMA, 2016).

Os avanços tecnológicos e sofisticados dos procedimentos diagnósticos não descartam a importância dos elementos tradicionais de avaliação do paciente que são estabelecidos pelo método clínico: história clínica, anamnese detalhada, exame físico completo e contextualização epidemiológica (OLIVEIRA; SOUZA; LIMA, 2016).

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O aumento da gordura corpórea é acompanhado por profundas alterações fisiológicas que estão correlacionadas à distribuição regional do tecido adiposo como já foi dito, uma obesidade generalizada resulta em alterações no volume sanguíneo total e na função cardíaca, ao passo que a distribuição de gordura na cavidade torácica e no abdome limita a função respiratória (RIBEIRO FILHO et al., 2016).

A deposição de tecido adiposo nas vísceras intra-abdominais, que caracteriza a obesidade abdominal, é considerada a grande responsável pelo desenvolvimento da hipertensão arterial, elevação na concentração plasmática de insulina e insulino-resistência, diabetes mellitus e hiperlipidemia (síndrome metabólica) (LERARIO et al., 2012).

Diante deste contexto, é evidente a complexidade do quadro clínico apresentado por pacientes obesos. No caso de portadores de obesidade mórbida, releva-se um quadro clínico com complicações específicas inter-relacionadas e que precisam ser investigadas (QUEIROZ, 2016).

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6 PLANO DE INTERVENÇÃO

Essa proposta refere-se ao problema priorizado “alta prevalência de distúrbios metabólicos em pacientes obesos com risco de doenças cardiovasculares”, para o qual se registra uma descrição do problema selecionado (terceiro passo), a explicação (quarto passo) e a seleção de seus nós críticos (quinto passo).

Os quadros seguintes mostram o desenho das operações – para cada causa selecionada como “nós crítico”, as operações, projeto, os resultados esperados, os produtos esperados, os recursos necessários para a concretização das operações (estruturais, cognitivos, financeiros e políticos). Aplica-se a metodologia do Planejamento Estratégico Simplificado (FARIA; CAMPOS; SANTOS, 2018).

6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)

O tema que escolhemos para ser abordado é alta prevalência de pacientes obesos com distúrbios metabólicos e que estão em risco de doenças cardiovasculares. A escolha do problema se deu pelo alto índice de pacientes obesos atendidos na unidade.

6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo)

Percebe-se que a prevalência de obesidade na área de abrangência em que atuo não foi consequência de mudanças ambientais ou genéticas somente, fatores nutricionais e estilo de vida são primariamente responsáveis pela atual epidemia de obesidade.

Quanto maior o grau de obesidade, maior será o comprometimento da saúde e da qualidade de vida de seu portador.

A síndrome metabólica é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina.

A baixa adesão ao tratamento da obesidade tem causado distúrbios metabólicos e doença cardiovascular na população atendida na UBS Floresta de Coronel Fabriciano em Minas Gerais, fator este, que tem preocupado muito a equipe

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de saúde, já que se percebe que a população tem pouca, ou nenhuma informação quanto às complicações dos distúrbios metabólicos em pacientes obesos com riscos cardiovasculares. Outra preocupação se relaciona à dificuldade da população em mudar seus hábitos alimentares e estilo de vida.

A tabela 1 abaixo pode explicar melhor as condições de saúde da população atendida na UBS Floresta de Coronel Fabriciano:

Tabela 1 – Situação da população atendida na UBS Floresta em Coronel Fabriciano em relação ao sobrepeso e obesidade e suas complicações

DCNT/ Complicações % Parâmetros da condição de gravidade dos pacientes Sobrepeso 63% 25 a 29,9 Kg/m2

Obesidade grau I 22% 30 a 34,9 Kg/m2

Obesidade grau II 15% 35 a 39,9 Kg/m2

Síndrome metabólica 29% Apresentar circunferência da cintura > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres; Triglicérides > 150mg/dL; glicemia de jejum > 110 mg/dL; pressão arterial > 130 mmHg ou > 85 mmHg

Diabetes 12% Glicemia de jejum alterada; tolerância à glicose diminuída; sintomas como: poliúria, polidipsia, glicemia casual acima de 200 mg/dL, polifagia, padrão anormal de secreção e diminuição da captação de insulina. Aumento da glicose pós-prandial.

Hipertensão 30% Pré-hipertenso (120 a 139 mmHg); hipertensão grau I (140 a 159 mmHg); hipertensão grau II (>160 mmHg) Doenças cardiovasculares 11% Apresentar obesidade, ser sedentário; ser hipertenso;

colesterol alto; alimentação inadequada, entre outros. Alto risco para doenças

cardiovasculares

18% Apresentar obesidade, ser sedentário; ser hipertenso; colesterol alto; alimentação inadequada, entre outros.

Fonte: UBS Floresta, Coronel Fabriciano (2020)

Sabe-se que, para o controle dos comportamentos de risco é preciso estabelecer estratégias que tenham potencial para alterar o curso das DCNT. O planejamento e implementação de políticas de saúde como ação estratégica requerem estruturação de sistemas de vigilância de fatores de risco e redução dos mesmos. Paralelamente, é necessário considerar o crescimento das investigações de caráter clínico e experimental, que se valem da busca pelo conhecimento das inúmeras repercussões metabólicas que a obesidade envolve, começando pelo entendimento da etiologia e reconhecendo toda a complexidade dos processos fisiopatológicos envolvidos.

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A obesidade está associada a várias condições metabólicas e a distribuição de gordura corpórea exerce grande influência, especialmente no desenvolvimento da resistência à insulina, das dislipidemias e da hipertensão arterial.

6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)

Abaixo os “nós-críticos” para o enfrentamento desta doença:

1. Dificuldade em mudar os hábitos alimentares e estilos de vida no obeso; 2. Falta de conhecimento da população quanto às complicações dos distúrbios

metabólicos em pacientes obesos com riscos cardiovasculares;

3. Estrutura inadequada da unidade de saúde para palestras e minicursos sobre os perigos da obesidade e dos riscos cardiovasculares.

6.4 Desenho das operações sobre nó crítico – operações, projeto, resultados e produtos esperados, recursos necessários e críticos (sexto passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo)

Os passos sexto a décimo são apresentados nos quadros seguintes, separadamente para cada nó crítico.

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Quadro 2 - Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

Nó crítico 1 Dificuldade em mudar os hábitos alimentares e estilos de vida no

indivíduo obeso. 6º passo: operação

(operações)

Instruir a população da importância das mudanças nos hábitos alimentares e estilos de vida; formar grupos operativos com a intenção de intensificar sobre os distúrbios metabólicos e as doenças crônicas não transmissíveis; acompanhar os pacientes com distúrbios metabólicos através das consultas e visitas domiciliares para avaliar a evolução do tratamento, assim como sua adesão.

6º passo: projeto Alimentação saudável e qualidade de vida.

6º passo: resultados esperados

Adesão às mudanças alimentares; redução do número de pacientes que fazem uso do tabaco e de bebidas alcoólicas; adesão á atividade física; reeducação alimentar permanente. 6º passo: produtos esperados Palestras sobre alimentação saudável; atividade interativa com

lanches saudáveis como forma de incentivo a mudanças nos hábitos alimentares; palestras sobre as DCNT e como a alimentação saudável pode evitar complicações; campanhas sobre alimentação saudável.

6º passo: recursos necessários

Cognitivo: Informação sobre o tema e estratégias de comunicação para o público alvo.

Financeiro: Verbas para cursos e atividades educativas; verbas para mudanças na unidade de atendimento para oferecer cursos e palestras; verbas para reuniões com nutricionistas e lanche especial para conscientizar a população sobre a importância da boa alimentação.

Político: Conseguir espaço para as palestras; mobilização para as campanhas contra a obesidade e o diabetes; conseguir aprovação do projeto para implantação das ações.

7º passo: viabilidade do plano - recursos críticos

Cognitivo: Adesão da equipe de saúde para o processo educativo em saúde para a população adulta e idosa.

Político: Conseguir espaço para as palestras.

Financeiro: Liberação da verba para as ações contidas neste projeto.

8º passo: controle dos recursos críticos - ações estratégicas

Secretário Municipal de Saúde (motivação favorável) Secretário Municipal de Educação (motivação favorável); Diretor das UBS (motivação favorável).

Reuniões com toda a equipe de saúde; reuniões com o secretário de saúde; reuniões com a associação da comunidade; formação de grupos operativos para se trabalhar o problema.

9º passo; acompanhamento do plano - responsáveis e prazos

Médicos/Enfermeiros/Técnicos de Enfermagem.

Dois meses para o início das atividades e cinco meses para finalizar as estratégias.

10º passo: gestão do plano: monitoramento e avaliação das ações

Reuniões quinzenalmente para avaliar todas as ações da quinzena e os resultados alcançados; planejamento de novas ações para a próxima quinzena; avaliação dos recursos utilizados.

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Quadro 3 - Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

Nó crítico 2 Falta de conhecimento da população quanto às complicações dos

distúrbios metabólicos e dos riscos cardiovasculares em pacientes obesos.

6º passo: operação (operações)

Informar à população alvo das complicações dos distúrbios metabólicos e da importância da adesão ao tratamento; ministrar palestras sobre DCNT e distúrbios metabólicos; programar educação em saúde para esta população; conscientizar a população da necessidade de acompanhamento nas consultas e visitas domiciliares para melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

6º passo: projeto Educação em saúde para a população

6º passo: resultados esperados

Pacientes informados quanto às complicações dos distúrbios metabólicos e sobre a necessidade de tratamento; redução dos fatores de risco para os distúrbios metabólicos e complicações; aumento no número de adesão de pacientes nas reuniões com os grupos operativos.

6º passo: produtos esperados Palestras e cursos com os pacientes portadores de distúrbios metabólicos; reuniões quinzenais para avaliação dos pacientes após palestras e adesão ao tratamento; adesão da equipe de saúde para as visitas domiciliares e acompanhamento destes pacientes; campanhas para redução das complicações causadas pelos distúrbios metabólicos.

6º passo: recursos necessários

Cognitivo: Informação sobre o tema e estratégias de comunicação para o público alvo;

Financeiro: Verbas para cursos e atividades educativas; verbas para mudanças na unidade de atendimento para oferecer cursos e palestras; verbas para reuniões com nutricionistas e lanche especial para conscientizar a população sobre a importância da boa alimentação.

Político: Conseguir espaço para as palestras; mobilização para as campanhas contra a obesidade e o diabetes; conseguir aprovação do projeto para implantação das ações.

7º passo: viabilidade do plano - recursos críticos

Cognitivo: Adesão da equipe de saúde para o processo educativo em saúde para a população adulta e idosa.

Político: Conseguir espaço para as palestras;

Financeiro: Liberação da verba para as ações contidas neste projeto.

8º passo: controle dos recursos críticos - ações estratégicas

Secretário Municipal de Saúde (motivação favorável) Secretário Municipal de Educação (motivação favorável). Diretor das UBS (motivação favorável).

Reuniões com toda a equipe de saúde; reuniões com o secretário de saúde; reuniões com a associação da comunidade; formação de grupos operativos para se trabalhar o problema.

9º passo; acompanhamento do plano - responsáveis e prazos

Médicos/Enfermeiros/Técnicos de Enfermagem.

Dois meses para o início das atividades e cinco meses para finalizar as estratégias.

10º passo: gestão do plano: monitoramento e avaliação das ações

Reuniões quinzenalmente para avaliar todas as ações da quinzena e os resultados alcançados; planejamento de novas ações para a próxima quinzena; avaliação dos recursos utilizados.

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Quadro 4 - Desenho das operações (6º passo) e viabilidade e gestão (7º a 10º passo) sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “Baixa adesão ao tratamento dos distúrbios metabólicos ocasionados pela obesidade e doença cardiovascular”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Floresta, do município de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais

Nó crítico 3 Estrutura inadequada da unidade de saúde para palestras e

minicursos sobre os perigos da obesidade e dos riscos cardiovasculares.

6º passo: operação (operações)

Melhorar a estrutura física da unidade para a oferta de cursos e palestras; aquisição de equipamento de multimídia para os cursos e palestras; aquisição de móveis para a sala de reuniões/palestras; reforma da unidade para atender a demanda com as atividades propostas.

6º passo: projeto Ambiente saudável.

6º passo: resultados esperados

Ambiente compatível com as necessidades da unidade e da população; conforto e alegria da população que necessita de um ambiente propício para as reuniões, cursos e palestras.

6º passo: produtos esperados Adesão da gestão da unidade, adesão da equipe de saúde e adesão da Secretaria de Saúde e da Prefeitura de Coronel Fabriciano.

6º passo: recursos necessários

Cognitivo: Informação sobre o tema e estratégias de comunicação para o público alvo.

Financeiro: Verbas para cursos e atividades educativas; verbas para mudanças na unidade de atendimento para oferecer cursos e palestras; verbas para reuniões com nutricionistas e lanche especial para conscientizar a população sobre a importância da boa alimentação.

Político: Conseguir espaço para as palestras; mobilização para as campanhas contra a obesidade e o diabetes; conseguir aprovação do projeto para implantação das ações.

7º passo: viabilidade do plano - recursos críticos

Cognitivo: Adesão da equipe de saúde para o processo educativo em saúde para a população adulta e idosa.

Político: Conseguir espaço para as palestras.

Financeiro: Liberação da verba para as ações contidas neste projeto.

8º passo: controle dos recursos críticos - ações estratégicas

Secretário Municipal de Saúde (motivação favorável) Secretário Municipal de Educação (motivação favorável). Diretor das UBS (motivação favorável).

Reuniões com toda a equipe de saúde; reuniões com o secretário de saúde; reuniões com a associação da comunidade; formação de grupos operativos para se trabalhar o problema.

9º passo; acompanhamento do plano - responsáveis e prazos

Médicos/Enfermeiros/Técnicos de Enfermagem.

Dois meses para o início das atividades e cinco meses para finalizar as estratégias.

10º passo: gestão do plano: monitoramento e avaliação das ações

Reuniões quinzenalmente para avaliar todas as ações da quinzena e os resultados alcançados; planejamento de novas ações para a próxima quinzena; avaliação dos recursos utilizados.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esperamos que as ações propostas neste projeto possam ajudar a população atendida na UBS Floresta de Coronel Fabriciano – MG. Existem problemas a serem resolvidos em relação a alta prevalência de pacientes com distúrbios metabólicos e com risco para doenças cardiovasculares, assim, é essencial e de suma importância que a equipe de saúde interfira de alguma forma nas ações para prevenção de complicações e redução destes casos na comunidade.

Vale ressaltar a importância do desenvolvimento contínuo das ações que envolvam a mudança do estilo de vida, com planejamento anual de execução. Além disto, cabe reforçar a necessidade da participação de todos que compõem a equipe de saúde da família para que estas ações tenham êxito e continuidade.

Educação em saúde à comunidade, atividades voltadas para mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida podem alterar o curso destas doenças e por fim, melhorar a qualidade de vida de todos.

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REFERÊNCIAS

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