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NOTA ECONÔMICA. Indústrias do Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro ganham importância

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Indústrias do Amapá, Maranhão,

Espírito Santo e Rio de Janeiro

ganham importância

NOTA

ECONÔMICA

2

O Brasil possui uma indústria regionalmente concentrada. Os quatro maiores estados respondem por 61% da produção e os 10 maiores respondem por mais de 85% do valor da produção. Em termos se-toriais, a indústria é mais diversificada: os quatro principais setores respondem por 50,3% do produto industrial nacional.

Um olhar pelos estados releva diferenças significativas tanto em termos da importância da indústria para a economia local como do grau de diversificação da indústria e do seu desenvolvimento. A participação da indústria no PIB estadual varia de 6,5% no Distrito Federal a 40,5% no Espírito Santo. Os estados também diferem signi-ficativamente em termos da composição setorial e grau de diversifi-cação das suas indústrias. Elas podem ser muito concentradas, como no caso de Roraima, onde os quatro principais setores respondem por 93,5% do produto industrial do estado, ou diversificada, como em San-ta CaSan-tarina, onde a participação dos quatro maiores setores é de 47,9%. Nos últimos dez anos, a indústria brasileira tem perdido participa-ção no PIB. A tendência não mostra sinais de reversão: entre 2010 e 2013, a participação caiu de 27,4% para 24,9%. Na maioria dos estados, a indústria também perdeu participação (quedas que va-riam de 6,6 pontos percentuais na Bahia a 0,3 ponto percentual em Pernambuco e Paraíba). Mas a importância da indústria cresceu nos estados do Amapá (5,5 pontos percentuais), Maranhão (2,2 pontos percentuais), Espírito Santo (1,9 pontos percentuais) e Rio de Janeiro (0,7 pontos percentuais).

A ferramenta apresenta de forma organizada e atualizada dados para as 27 unidades da fede-ração, permitindo o ranqueamento e a compa-ração entre eles.

Dados estaduais disponíveis na ferramenta:

• População

• PIB

• PIB industrial

• Número de estabelecimentos

industriais, por porte

• Exportações

• Número de trabalhadores na indústria • Salário industrial médio

• Escolaridade do trabalhador industrial • Arrecadação de IPI, ICMS e

contribuição previdenciária

• Tarifa de energia para consumidores industriais

Esta Nota foi elaborada

com base nas estatísticas

da ferramenta Perfil da

indústria nos estados.

Veja mais

Conheça o Perfil da indústria nos estados:

http://perfilestados.portaldaindustria.com.br/

(2)

Diferenças entre os estados:

participação da indústria no PIB e diversidade setorial

São Paulo possui a maior produção industrial en-tre os estados brasileiros, com um valor adiciona-do de R$ 323 bilhões. O estaadiciona-do ocupa a primeira posição no ranking dos maiores PIB industriais, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. O setor1 mais importante para a indústria paulista

é o de Construção, que representa 24,8% do PIB industrial. O setor de Alimentos é o segundo maior com 9,8%, seguidos pelos setores Derivados do petróleo e biocombustíveis (8,4%) e Veículos au-tomotores (8,2%). O setor Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) ocupa a quinta colocação, com 6,3% do PIB industrial do estado.

A indústria paulista é mais importante para a in-dústria do Brasil que para o PIB do estado de São Paulo. Ela responde por 28,6% do PIB industrial brasileiro, mas por 22,9% do PIB do estado. Os estados nos quais a indústria tem maior partici-pação no PIB são: Espírito Santo, com 40,5%, Ama-zonas (37,0%), Pará (33,2%), Santa Catarina (30,9%), Minas Gerais (30,7%) e Rio de Janeiro (30,5%). Por outro lado, a contribuição da indústria para o PIB lo-cal é menor no Distrito Federal (6,5%), Acre (10,6%), Piauí (12,4%), Roraima (13,0%) e Amapá (13,2%). Os estados também divergem com relação à diver-sidade de sua indústria. Os estados que possuem indústria mais diversificada são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Amazonas. Os estados que possuem a indústria mais concen-trada, isto é, com menor diversidade de setores, são Piauí, Distrito Federal e Roraima.

Figura 1 - Participação percentual dos estados no PIB

industrial nacional, 2013

Fonte: http://perfilestados.portaldaindustria.com.br.

Figura 2 - Participação percentual da indústria no PIB

dos estados, 2013

Fonte: http://perfilestados.portaldaindustria.com.br. 10,6 37,0 13,0 13,2 33,2 17,7 19,3 16,7 19,0 12,4 20,5 23,4 17,9 21,6 17,6 25,7 20,5 40,5 30,5 30,7 22,9 22,2 25,8 26,2 30,9 24,3 6,5 AC AM RR RO MT PA AP MS SP PR SC RS MG RJ ES BA SE AL PE PB RN CE PI MA TO GO DF 0,0% a 10,0% 10,1% a 15,0% 15,1% a 20,0% 20,1% a 25,0% 25,1% a 30,0% 30,1% a 35,0% 35,1% a 40,0% Mais de 40,1% 0,1 AC 2,2 AM 0,1 RR 0,5 RO 1,2 MT 3,2 PA 0,1 AP 1,0 MA 0,3 TO 3,0 GO 1,2 MS 28,6 SP 6,6 PR 4,9 SC 6,1 RS 11,6 MG 3,2 BA 0,3 PI 1,7 CE 0,9 RN 0,7 SE 3,5 ES 14,4 RJ 0,9 DF 2,3 PE 0,5 AL 0,6 PB At 1,0%é 1,1%a5,0% 5,1% 10,0%a 10,1% 15,0%a 15,1% 20,0%a 20,1% 25,0%a Mais de 25,1%

Estados com maior participação da

indústria no PIB

RANKING ESTADO PARTICIPAÇÃO

1º Espírito Santo

40,5%

2º Amazonas

37,0%

3º Pará

33,2%

Fonte: http://perfilestados.portaldaindustria.com.br

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O Espírito Santo, estado com maior participação da indústria no PIB estadual, tem uma indústria re-lativamente diversificada (oitavo mais diversifica-do), mas dependente de recursos naturais. Os dois principais setores da indústria do estado perten-cem ao segmento extrativo: Extração de minerais metálicos, com 24,0% do PIB industrial, e Extração de petróleo e gás natural, com 17,5%. O segmento industrial de Construção ocupa a terceira posição, e representa 15,7% do PIB industrial do estado. No segmento de Transformação, os principais setores também estão ligados a recursos naturais: Meta-lurgia, com 6,6% do PIB industrial, Celulose e pa-pel, com 6,1%, e Minerais não metálicos, com 5,9%. O estado do Amazonas possui a segunda maior par-ticipação da indústria no PIB em 2013, tendo ganha-do uma posição em relação a 2012, ultrapassanganha-do o Pará. No Amazonas, quatro dos cinco principais setores pertencem ao segmento de Transformação: Informática, eletrônicos e ópticos, com 20,4% do PIB industrial; Bebidas, com 15,6%; Outros equi-pamentos de transporte, com 9,1%; e Derivados de petróleo e biocombustíveis, com 8,3%. A Construção é o segundo maior setor do estado, com 16,9% do PIB industrial. O Amazonas é o quinto estado com maior diversidade setorial na indústria.

O terceiro estado com maior participação da in-dústria no PIB é o Pará. A unidade federativa pos-sui a sexta indústria mais concentrada em termos setoriais. Isso se deve ao peso do setor Extração de minerais metálicos, que representa 51,8% do PIB industrial do estado. A Construção é o segundo maior setor, com 23,6% do PIB industrial e o SIUP ocupa a terceira colocação, com 9,1% do PIB indus-trial. No segmento de Transformação, o maior setor é Alimentos, que representa 4,6% do PIB industrial. Santa Catarina é o quarto estado com maior par-ticipação da indústria no PIB (30,9%) e o estado

Figura 3 - Grau de diversificação da indústria do

estado, índice Herfindahl-Hirschman (HHI), 2013

Para compreender melhor o índice de Herfindahl-Hirschman (HHI), veja o quadro na página 8.

Fonte: Elaborado pela CNI com base nas estatísticas

disponibilizadas em http://perfilestados.portaldaindustria.com.br

com maior diversificação entre os setores industriais. A Construção possui o maior peso no PIB industrial do estado, com 20,0%. SIUP ocupa a quarta colocação, com 7,4% do PIB industrial. O restante da indústria catarinense é bem distribuído entre os setores do segmen-to de Transformação, com destaque para o sesegmen-tor Alimensegmen-tos (13,1%), Máquinas e materiais elétricos (7,4%) e Vestuário (7,3%).

A indústria de Minas Gerais representa 30,7% do PIB do estado, par-ticipação muito próxima à de Santa Catarina (30,9%). A indústria de Minas Gerais é a sétima mais diversificada do Brasil. A Construção é o setor que possui maior peso no PIB industrial do estado, com 23,8%. O segundo maior setor é a Extração de minerais metálicos, com 20,0%. Em seguida aparecem os setores Alimentos (8,7%) e Metalurgia (8,2%). SIUP ocupa a quinta colocação, com 7,8% do PIB industrial. O setor Veículos automotores também tem participação significativa, com 6,6% da indústria mineira.

AC 3847 AM 1189 RR 5571 RO 3424 MT 2770 PA 3355 AP 2770 TO 3026 MA 2607 PI 4155 CE 1729 RN 1987 PB 1933 PE 2182 AL 2552 SE 1691 BA 2113 MG 1255 ES 1310 RJ 1246 SP 1018 PR 1178 SC 878 RS 927 MS 1705 GO 1881 DF 4548 Até 1000 Muito diversificada 1000 a 1500 1500 a 2500 2500 a 3500 3500 a 4500 Maior que 4500 Diversificada Concentrada Muito concentrada

Estados com maior

diversificação setorial

RANKING ESTADO

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

São Paulo

Fonte: Elaborado pela CNI com base nas estatísticas disponibilizadas em http://perfilestados.portaldaindustria.com.br

Estados com menor

diversificação setorial

RANKING ESTADO

25º Piauí

26º Distrito Federal

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O Rio de Janeiro é o sexto estado com maior par-ticipação da indústria no PIB, 30,5%, percentual muito próximo ao de Minas Gerais e ao de Santa Catarina. Sua indústria possui grande participação da cadeia de produção de petróleo: o principal se-tor do estado é a Extração de petróleo e gás natu-ral, que representa 22,2% do PIB industrial. O setor de Derivados do petróleo e biocombustíveis ocupa a terceira colocação, com 12,4% da indústria flu-minense. A Construção ocupa a segunda posição, com 20,9% do PIB industrial. Apesar do peso da cadeia do petróleo, a indústria do Rio de Janeiro é

a sexta com maior diversidade setorial no Brasil, o que se reflete na presença significativa de setores como SIUP (7,2%), Químicos (5,6%), Metalurgia (4,7%) e apoio à Extração de minerais (4,4%).

A unidade da federação com menor participação da indústria na economia é o Distrito Federal, com apenas 6,5%. A indústria no Dis-trito Federal é concentrada no segmento de Construção: 65,4% da indústria. Isso faz do Distrito Federal a segunda unidade da fede-ração com maior concentfede-ração setorial, atrás apenas de Roraima. Os setores com maior peso depois da Construção são SIUP (13,3%), Bebidas (6,7%), Extração de minerais não metálicos (5,0%) e Ali-mentos (3,8%).

Perda de participação da indústria não ocorre

em todos os estados

Entre 2010 e 2013 a participação da indústria no PIB caiu de 27,4% para 24,9%, uma redução de 2,5 pontos percentuais em três anos. As maiores per-das de participação da indústria no PIB estadu-al ocorreram na Bahia (-6,6 pontos percentuais), Amazonas (-5,7 pontos percentuais), Tocantins (-4,3 pontos percentuais) e São Paulo (-4,2 pontos percentuais).

A indústria ganhou importância, no período con-siderado, em quatro estados: Amapá, Maranhão, Espirito Santo e Rio de Janeiro.

O Amapá foi o estado em que a indústria mais ganhou participação no PIB entre 2010 e 2013: 5,5 pontos percentuais. Esse aumento de parti-cipação da indústria no PIB foi acompanhado de uma maior diversificação setorial da indústria no estado: o Amapá era o estado com indústria me-nos diversificada em 2010, ocupando a 27ª po-sição, mas passou para a 20ª posição em 2013. A Construção, que representava 64% da indústria do estado em 2010, passou a representar 47% em 2013 apesar de seu crescimento nominal de 93% no período. A diversificação se deu pelo cresci-mento dos segcresci-mentos de Transformação (232%) e Extrativo (119%). Os setores do segmento de Transformação que apresentaram maior cresci-mento nominal no período foram Produtos de metal (125%) e Vestuário (111,6%).

Figura 4 - Variação em pontos percentuais na

participação da indústria no PIB dos estados, 2010-2013

Fonte: http://perfilestados.portaldaindustria.com.br. -5,7 AM -3,8 AC -0,5 RR -3,5 RO -2,0 MT -2,3 PA 5,5 AP 2,2 MA -4,3 TO -2,5 GO -0,4 MS -4,2 SP -2,0 PR -1,8 SC -3,6 RS -2,5 MG 1,9 ES 0,7 RJ -6,6 BA -3,3 SE -0,5 RN -1,5 CE -3,9 PI -1,1 DF PB -0,3 AL -1,7 PE -0,3 Até -6,0 -5,9 -5,0a -4,9 -4,0a -3,9 -3,0a -2,9 -2,0a -1,9 -1,0a -0,9 0,0a 0,1a1,0 1,1a2,0 2,1a3,0 3,1a4,0 4,1a5,0 Mais de 5,1

(5)

O Maranhão foi o segundo estado em que a in-dústria ganhou mais participação no PIB: 2,2 pontos percentuais entre 2010 e 2013. No mes-mo período, o Maranhão foi o segundo estado que mais diversificou sua indústria, o que fez com que o estado saísse da 20ª colocação na diversi-ficação da indústria para a 18ª colocação. O segmento de Construção, que em 2010 era responsável por 54% da indústria maranhen-se, passou a representar 46% em 2013, mesmo com crescimento de 42%. A diversificação ocor-reu pelo melhor desempenho do segmento de Transformação, que cresceu 106% e do segmento SIUP, que cresceu 103% no período. Os dois prin-cipais setores do segmento de Transformação do estado, Metalurgia e Bebidas, cresceram 89,5% e 304,6% no período, respectivamente.

Estados em que a indústria ganhou

participação no PIB entre 2010 e 2013

ESTADO PARTICIPAÇÃO NO PIBGANHO DE

Amapá

5,5

pontos percentuais

Maranhão

2,2

pontos percentuais

Espírito Santo

1,9

ponto percentual Rio de Janeiro

0,7

ponto percentual

Estados em que a indústria perdeu

participação no PIB entre 2010 e 2013

ESTADO PARTICIPAÇÃO NO PIBPERDA DE

Bahia

-6,6

pontos percentuais

Amazonas

-5,7

pontos percentuais

Tocantins

-4,3

ponto percentual

São Paulo

-4,2

ponto percentual

O Tocantins foi o terceiro estado em que a indústria mais perdeu partici-pação no PIB entre 2010 e 2013. O principal segmento de sua indústria é a Construção, que representa 41% do PIB industrial do estado. Esse segmento apresentou crescimento nominal zero entre 2010 e 2013. Os segmentos Extrativo e de Transformação apresentaram desempenho melhor, crescimento de 51,0% e de 48,1%, respectivamente. No entanto, o baixo peso desses segmentos na indústria do estado não permitiu que eles compensassem o mau desempenho da Construção no período, re-sultando em perda de participação da indústria no PIB.

O segmento de Transformação possui grande participação na in-dústria paulista: 67% em 2013. No período de 2010 a 2013 seu de-sempenho no estado de São Paulo foi fraco: crescimento do valor adicionado de 4,8%. Isso contribuiu para a perda de participação da indústria na economia paulista de 4,2 pontos percentuais en-tre 2010 e 2013. O segmento Extrativo cresceu 291% enen-tre 2010 e 2013, mas possui participação na indústria paulista de 2% em 2013, de modo que seu bom desempenho não compensou o mau desem-penho do segmento industrial de Transformação.

As indústrias do Espírito Santo e do Rio de Ja-neiro são concentradas no segmento Extrativo. O crescimento do segmento, 82% no Espírito Santo e de 72% no Rio de Janeiro, explica o aumento da participação da indústria no PIB estadual no período. No Espírito Santo, ainda se destacam os crescimentos dos setores Produtos diversos (153,5%); Atividades de apoio à extração de mi-nerais (149,6%) e Derivados de petróleo e bio-combustíveis (139,7%). No Rio de Janeiro se des-tacam os setores Químicos (102,7%) e Extração de minerais não metálicos (93,5%).

A Bahia foi o estado no qual a indústria perdeu mais participação na economia entre 2010 e 2013: perda de 6,6 pontos percentuais. A perda de participação da indústria na economia do estado está relacionada à retração do segmento de Transformação no período: queda nominal de 24%. Os setores que sofreram maior retração no-minal no período foram Informática, eletrônicos e ópticos (-46,9%), Veículos automotores (-32,9%) e Metalurgia (-23,9%). A perda de participação da indústria baiana no PIB veio acompanhada de uma perda de diversidade setorial na indústria: a Bahia passou do 10º estado mais diversificado em 2010 para a 15ª colocação em 2013. O Amazonas foi o segundo estado em que a indústria mais perdeu participação no PIB entre 2010 e 2013. O segmento que possui maior participação na indústria amazonense é o de Transformação, que apresentou um desempenho fraco no período: crescimento nominal de apenas 1,3%. Contribui para o mau desempenho do segmento a retração de 9,3% do setor Outros equipamentos de transporte e a retração de 11,8% do setor Derivados de petróleo e biocombustíveis.

(6)

Um olhar sobre o segmento industrial de Transformação

Enquanto a produção dos segmentos de Cons-trução e SIUP ocorrem no local da demanda e a produção do segmento Extrativo está condiciona-do à existência de reservas naturais, o segmento industrial de Transformação produz bens comer-cializáveis. Desse modo, o local de produção pode ser distinto do local de consumo, o que leva as empresas do segmento a se instalar em regiões e estados com vantagens competitivas.

São exemplos de vantagens competitivas a dis-ponibilidade de mão de obra qualificada, dispo-nibilidade de fontes energéticas baratas e com segurança de fornecimento, a existência de sa-lários competitivos, a presença de infraestrutura logística que facilite a chegada de insumos e o escoamento da produção, a proximidade de um mercado consumidor dinâmico ou em crescimen-to, e a proximidade de insumos e matérias-primas. Assim sendo, a presença e a intensidade do seg-mento industrial de Transformação no estado é um indicativo de uma combinação favorável des-sas vantagens competitivas.

Como se pode ver na figura 5, o segmento de Transformação apresenta maior concentração regional que a indústria como um todo. Apenas o estado de São Paulo responde por 38,6% des-te segmento no Brasil e as regiões Sul e Sudesdes-te representam 80,8% desse segmento industrial. As regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste represen-tam juntas apenas 19,2% do valor adicionado do segmento de Transformação brasileiro.

Na média nacional, o segmento industrial de Transformação representava 12,3% do PIB em 2013. Para alguns estados, no entanto, o peso des-se des-segmento no PIB é muito superior. Destacam--se entre eles o Amazonas, estado em que o seg-mento de Transformação representa 23,3% do PIB, e Santa Catarina, onde esse segmento industrial representa 21,9% da produção total.

Figura 5 - Participação percentual do estado no

segmento industrial de Transformação do Brasil, 2013

Figura 6 - Participação percentual do segmento

industrial de Transformação no PIB dos estados, 2013

Fonte: CNI, com base em dados do IBGE.

Fonte: CNI, com base em dados do IBGE.

AC 0,1% AM 2,9% RR 0,02% PA 0,9% AP 0,1% MT 1,2% RO 0,4% MA 0,6% TO 0,1% GO 3,2% MS 1,1% SP 38,6% PR 8,4% SC 7,1% RS 9% MG 10,3% RJ 6,0% ES 1,5% BA 2,3% PE 2,3% SE 0,4% AL 0,4% PB 0,6% RN 0,4% CE 1,8% PI 0,2% DF 0,4% Até 2,0% 2,1% 4,0%a 4,1% 6,0%a 6,1% 8,0%a 8,1% 10,0%a 10,1%a12,0% Mais de 12,1% 23,3% AM 3,7% AC 1,6% RR 4,4% PA 8,5% MT 7,1% RO 4,7% AP 3,5% TO 10,4% MS 13,5% GO 13,5% MG 15,3% SP 16,4% PR 21,9% SC 17,6% RS 7,3% BA 3,6% PI 5,1% MA 10,4% CE 4,3% RN 8,3% PB 10,5% PE 6,9% AL 7% SE 8,3% ES 6,2% RJ 1,4% DF Até 5,0% 5,1%a10,0% 10,1% 15,0%a 15,1% 20,0%a Mais de 20,1%

(7)

Entre 2010 e 2013, o segmento industrial de Transformação ganhou participação na economia de sete estados. Os estados em que esse processo ocorreu de forma mais acentuada foram Amapá, com ganho de 2,5 pontos percentuais, Maranhão, com ganho de 1,5 ponto percentual e Mato Grosso do Sul, com ganho de 1,0 ponto percentual. Os es-tados de Sergipe e Pernambuco também merecem menção, com ganho de 0,7 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. Entre 2010 e 2013, a participa-ção do segmento de Transformaparticipa-ção no PIB caiu 2,1 pontos percentuais.

Os estados em que o segmento industrial de Trans-formação mais perdeu participação na economia entre 2010 e 2013 foram Amazonas, com perda de 8,1 pontos percentuais e Bahia, com perda de 5,3 pontos percentuais. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Espírito Santo fo-ram estados em que esse segmento perdeu entre 3 e 4 pontos percentuais de participação no PIB no período.

Apesar de a indústria como um todo ter ganhado participação no PIB no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, entre 2010 e 2013 o segmento industrial de Transformação apresentou perda significativa de participação no PIB desses estados: perda de 3,1 pontos percentuais no Espírito Santo e perda de 2,1 pontos percentuais no Rio de Janeiro. Já nos estados Mato Grosso do Sul, Sergipe, Per-nambuco, Roraima e Tocantins, a indústria como um todo perdeu participação entre 2010 e 2013, mas o segmento industrial de Transformação ga-nhou participação no PIB industrial. A maior di-ferença de desempenho se verifica em Sergipe, onde a indústria como um todo perdeu 3,3 pon-tos percentuais de participação no PIB enquanto o segmento de Transformação ganhou 0,7 ponto percentual no período.

Figura 7 – Variação em pontos percentuais

na participação do segmento industrial de

Transformação no PIB dos estados, 2010 – 2013

Fonte: CNI, com base em dados do IBGE.

-8,1 AM -0,5 AC 0,1 RR -1,5 PA 2,5 AP -3,2 MT -1,2 RO 1,5 MA 0,05 TO -1,1 GO 1,0 MS -3,9 SP -1,2 PR -0,4 SC -2,4 RS -3,6 MG -5,3 BA -1,6 PI -0,9 CE -3,3 RN -0,9 PB 0,5 PE -1,3 AL 0,7 SE -3,1 ES -2,1 RJ -0,2 DF Até -7,5 -7,4 a -5,0 -4,9 a -2,5 -2,4 a 0,0 0,1 a 2,5 2,6 a 5,0 Maior que 5,1

Indústria, segmento e setor de atividades:

alinhando a nomenclatura

Nas Contas Nacionais o PIB industrial é dividido em quatro indústrias; Extrativa, de Transformação, de Construção e Serviços industriais de utilidade pública (SIUP). Para evitar confusão com o conceito de indústria como um todo, denominaremos essas quatro indústrias de segmentos da indústria. O segmento Extrativo corresponde à seção B da Classificação Nacional de Atividade Econômica 2.0; o segmento de Transformação corresponde à seção C; o segmento de Construção à seção F e o SIUP às seções D e E da CNAE. As seções da CNAE são divididas em divisões, também conhecidas como setores de atividades. Assim, o segmento Extrativo tem cinco setores, o de Transformação 24, o de Construção três e o SIUP cinco, totalizando 37 setores industriais.

Como o IBGE não disponibiliza os dados de valor adicionado por divisões para os segmentos de Construção e SIUP, tais segmentos são considerados como setores em conjunto com os 29 setores relativos às divisões dos segmentos Extrativo e de Transformação.

(8)

Cálculo do índice Herfindahl-Hirschman

HHI =

Pi 2

(i=1) n

onde,

Pi = participação do setor i na indústria do estado;

O valor máximo do índice ocorre no caso em que há apenas um setor na indústria do estado, isto é, a maior concentração setorial possível, de modo que

HHI = 100 2 = 10.000

O valor mínimo do índice ocorre quando todos esses setores possuem a mesma participação na indústria do estado, isto é, a maior diversificação possível. Neste caso, cada um dos 32 setores considerados teria uma participação igual a Pi = 100 = 3,13% e o

menor valor do índice seria: 32

HHI =

3,13 2 (i=1)

32

= 312,5

Para o cálculo do HHI foram utilizados 32 setores:

(i) as cinco divisões da CNAE 2.0 da seção B - Indústrias extrativas; (ii) as 24 divisões da CNAE 2.0 da seção C - Indústrias de Transformação;

(iii) a seção F – Construção da CNAE 2.0, em razão da indisponibilidade por estados do valor adicionado por divisões desta seção. Essa seção é também referida como segmento de Construção;

(iv) a soma das seções D - Eletricidade e gás e E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, porque nas Contas Regionais essas seções são agrupadas como o segmento SIUP; e

(v) um setor para comportar o resíduo gerado pela não-divulgação na PIA de dados das divisões com poucas empresas. Quando a participação desse setor residual foi superior a 4%, optou-se por estimar a participação dos maiores setores não divulgados.

As participações dos segmentos de Construção e SIUP foram obtidas diretamente a partir das estatísticas das Contas Regionais. (IBGE). As participações dos segmentos da indústria extrativa e de Transformação foram calculados multiplicando-se a participação de cada setor no valor da transformação industrial obtido na Pesquisa Industrial Anual (IBGE) pela participação total dos segmentos de Transformação e Extrativo no valor adicionado das Contas Regionais.

O índice Herfindahl-Hirschman (HHI) é um indicador de diversificação bastante utilizado

na literatura econômica. O HHI é a soma dos

quadrados das participações de cada setor no PIB industrial do estado, seguindo a seguinte fórmula:

Referências

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