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Maternal A e o encantado mundo dos dinossauros.

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Academic year: 2021

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Maternal A e o encantado mundo dos dinossauros.

Que delícia voltar para escola e reencontrar os amigos para mais um semestre podermos brincar, explorar e nos divertir muito aprendendo. A turma do Maternal A cresceu, e agora muito mais falantes e curiosos chegaram logo no primeiro dia de aula contando as novidades, aventuras e brincadeiras das férias. Cheios de saudades dos amigos não demoraram muito para a brincadeira começar.

A turma cresceu neste segundo semestre e todos os novos amigos foram acolhidos pelo grupo de forma calorosa o que fez com que se sentissem parte da turma bem rápido. Segundo GUSSO e SCHUARTZ (2005) “A experiência com o outro de alguma forma influencia diretamente vida da criança. Ao

RELATÓRIO DE GRUPO

2º Semestre/2015

Turma: Maternal A

Professora:

Jéssica Oliveira

Professora auxiliar:

Elizabeth Fontes

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interagir com o meio, a criança torna-se um ser ativo, que constrói estruturas mentais, explora o ambiente, tem autonomia própria, e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço.” (GUSSO e SCHUARTZ, 2005, p. 238)

A chegada de novos amigos na turma foi também uma oportunidade para aprendermos mais com as diferenças e características de cada um dentro do grupo. Durante o semestre as crianças aprenderam muito umas com as outras, o que fez com que os vínculos de amizade se fortalecessem cada vez mais e tornando o Maternal A uma turma muito amiga, unida, solidária e com características muito especiais.

O tempo foi passando muito rápido e em meio às brincadeiras e curiosidade que os pequenos demostravam o projeto da turma do maternal A foi ganhando continuidade. É muito bom perceber o retorno das crianças sobre um projeto que para eles foi significativo, logo na volta às aulas já perguntaram sobre os jacarés da turma querendo saber onde eles foram passar as férias.

Toda essa curiosidade e imaginação foi aos poucos conduzindo o projeto da turma do Maternal A até o mundo encantado dos gigantes que habitaram o mundo a muito, muito tempo atrás: os dinossauros.

Segundo Derdyk (2003),

“A criança é um ser em contínuo movimento. Este estado de eterna transformação física, perceptiva, psíquica, emocional e cognitiva promove na criança um espírito curioso, atento, experimental. Seu olhar aventureiro espreita o mundo a ser conquistado. Vive em estado de encantamento diante dos objetos, das pessoas e das situações que a rodeiam”. (DERDYK, 2003, p. 10)

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O interesse sobre os dinossauros começou logo nas primeiras semanas de aula, as crianças observavam um jacaré e insistiam que ele parecia um dinossauro, então começamos a pesquisar sobre esses gigantes e tivemos a ideia de fazer um amigo dinossauro para nos acompanhar nesta aventura.

O nosso amigo dinossauro ao longo do semestre foi visitar a casa das crianças do grupo e para registrar esse momento tão divertido as crianças podiam escolher um espaço no próprio dinossauro Rex e fazer um desenho para registrar a visita dele nas casas. As crianças se sentem muito felizes e orgulhosas em poderem levar algo da escola para sua casa, criando vínculos mais fortes entre os dois espaços. Aos poucos o Rex foi se tornando o portfolio coletivo da turma, onde cada criança conseguia se ver como autor nesta construção.

Descobrir os dinossauros foi tão divertido que eles foram ficando cada vez mais presentes nas brincadeiras do parque, na sala e até em momentos da rotina onde as crianças comiam como dinossauro na hora do almoço e desenhavam dinossauros nas atividades.

Envolvidos com o projeto dos dinossauros foram desenvolvidas diferentes atividades respeitando a faixa etária da turma, sempre em ambientes ou condições convidativas e prazerosas, oferecendo oportunidades onde as crianças possam de forma espontânea criar livremente, explorar diferentes materiais, texturas e possibilidades.

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Levando muito em consideração a idade e necessidade das crianças do grupo todo o trabalho desenvolvido foi apoiado em diversas atividades sensoriais de experimentação. Na faixa etária das crianças do Maternal A é muito importante que sejam oferecidas propostas de atividades que diversifiquem as possibilidades de brincar, explorar e sentir, pois contribuem com o desenvolvimento motor da criança e habilidades como o movimento de pinça. Segundo ARIOSI (2012),

“As experiências sensoriais e motoras (concretas) são o alicerce para aprendizagens mais abstratas e subjetivas. O desenvolvimento da criança acontece, por equilibrações majorantes, ou seja, a cada nova aquisição cognitiva, a criança incorpora às estruturas já existentes novos esquemas, sempre no sentido da ampliação dos conhecimentos, porém, marcada por conflitos cognitivos que desencadeiam o processo de aquisição de novas aprendizagens.” (ARIOSI, 2012, p. 131)

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Para deixar a brincadeira com a massinha em um dia frio ainda mais gostosa fizemos uma receita comestível, com sabor de chocolate, onde em uma amassada e outra as crianças experimentavam um pedacinho. Ou em um dia de calor brincar com os dinossauros dentro de uma gelatina de morango bem geladinha e poder colocar as mãos, lamber e amassar. De acordo com ARIOSI (2012) “A criança dessa faixa etária é vibrante, alegre e espontânea, além de muito curiosa. Tudo quer tocar, cheirar, mexer.” (ARIOSI, 2012, p. 130)

Segundo Silva (2011), é importante o desenvolvimento de ações onde as atividades direcionadas e brincadeiras propostas sejam no espaço escolar um

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instrumento em que as crianças possam se expressar e se comunicar. De acordo com as ideias de Silva (2002), não se pode atentar somente para o produto final, ou seja, o desenho já pronto é importante para a criança todo o processo de criação, todas as ações e acontecimentos capazes de acontecer durante o desenho. As crianças durante a realização da atividade gráfica interagem com os materiais, imaginam e criam situações de jogos simbólicos.

Foram realizadas experimentações com diferentes materiais e técnicas como: pintura com diferentes tintas, massinhas, canetinhas, texturas, pinceis grossos e finos, papeis com diferentes tamanhos, pinturas em diferentes posições sempre com novas possibilidades, tornando os momentos significativos, onde cada crianças tivesse a oportunidade de vivenciar, se sujar, sentir e explorar do seu jeito, com a sua individualidade, para Derdyk (2003) existem varias formas de atividades onde o desenho pode se manifestar, com a possibilidade de vários caminhos o desenho não possui uma única definição, não é somente o

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manejo do lápis sobre uma superfície, mas carregado de significados é um meio de conhecimento, expressão e comunicação.

Para brincarmos em sala construímos um tapete sensorial com o desenho de vários dinossauros, com texturas maciais, lisas, ásperas, rígidas e maleáveis com diferentes materiais, por exemplo: lixa, estopa, feltro, palitos de madeira, semestres, canudinhos, camurça, algodão entre outras para que as crianças tivessem a oportunidade de descobrir com a sensibilidade de mãos e pés as diferenças das texturas.

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Durante o semestre também fizemos uso de mídias de comunicação como a televisão, onde assistimos ao filme “Em busca do vale encantado”, que nos fez sonhar estar caminhando com os dinossauros e nos deu a ideia de construir uma maquete recriando o território onde viveram. E nessa construção não podia faltar o vulcão que chamou tanto a atenção das crianças ao entrar em erupção, então usamos a argila com a manipulação construímos um vulcão.

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Foi uma delícia poder sentir sua consistência macia e gelada. Depois da argila do vulcão já seca, fizemos uma experiência química usando bicarbonato, vinagre, detergente e corante vermelho para o nosso vulcão entrar em erupção de verdade. Foi muito divertido brincar com a miniatura destes gigantes que nos despertam tanto a imaginação.

Segundo o RCNEI (1998) as possibilidades de brincar devem ser diversificadas com materiais, espaços e possibilidades, a fim de desenvolver movimentos e experiências corporais brincar.

“[...] as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesmas, dos outros e do meio em que vivem”. (RCNEI, 1998, p. 15).

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A turma do Maternal A trabalhou apoiando-se em recursos pedagógicos como: jogos, cartazes, brinquedos e livros de acordo com os conteúdos programáticos previstos, respeitando a faixa etária das crianças e o ritmo individual de cada um, como a oralidade, coordenação motora fina e grossa, jogo simbólico, noções espaciais e temporais, seriação e socialização.

Um dos momentos mais importante e significativo para o grupo como um todo é o momento da roda diária. Essa é a atividade coordenada pela professora onde nos organizamos nosso dia e as crianças se situam sobre os acontecimentos diários fazendo a leitura da sequencia das plaquinhas com fotos do grupo em momentos da própria rotina, momento importante também para seguimento do projeto, todo dia uma leitura é realizada, um brinquedo ou jogo é apresentado envolvendo a turma, e crianças podem opinar e expor pensamentos e ideias que muitas vezes contribuem com o desenvolvimento do projeto, para Derdyk (2003), “Os educadores são os porta-vozes de uma visão de mundo, transmissores de comportamentos, interferindo direta e ativamente na construção de seres individuais e sociais”. (DERDYK, 2003, p. 15)

Um dos brinquedos apresentados que as crianças demostraram mais interesse ao longo do semestre foi os fantoches, contar as histórias usando esse recurso pedagógico chamava muito mais a atenção dos pequenos que se envolviam com os personagens de forma lúdica. Essa brincadeira também permitia que os pequenos recontassem e criassem historias trabalhando a imaginação e a criação, para Santos (2006) o uso dos fantoches no contexto educacional é capaz de despertar potenciais de aprendizagem nas crianças, considerando desde a sua confecção até o manuseio durante a história, onde as crianças para ela expressam criativamente seu mundo interno e relações afetivas, baseadas no que conhecem das histórias ouvidas e experiências vividas.

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Fizemos então um dedoche de dinossauro que saia do ovo para inventar historias de dinossauros.

Durante a roda também nós realizamos a “roda cantada”, onde cantamos músicas populares infantis com o apoio dos fantoches, com esse exercício de cantar as crianças desenvolvem a memoria e trabalham com a associação das figuras, segundo Diniz e Bem (2006) a música faz parte do trabalho pedagógico na educação infantil, ajuda a acalmar e tranquilizar as crianças, além de integrar os sentimentos como parte do trabalho pedagógico, já Beyer (2006

apud DINIZ; BEN, 2006, p. 5), acredita que a música é também uma forma de

organizar as crianças, é uma estratégia dentro da rotina, para fazer as transições entre as atividades.

RODA

Uma roda bem bonita Eu agora vou fazer Preste muita atenção Que ela vai aparecer...

Sentou.

A turma do Maternal A neste ano viajou e voltou muitos anos atrás para reencontrar os dinossauros e seu mundo misterioso. Esses gigantes que despertaram nossa imaginação nos levaram para caminhar em um mundo de amizades, descobertas e brincadeiras com momentos significativos que fizeram nossa alegria. O tempo passou muito rápido mais tenho certeza que as vivências te tivemos ao longo do ano vão para sempre estar dentro de todos nós. Que esse grupo do Maternal A continue crescendo sempre imaginando e sonhando alto!

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- Tenho mais uma coisinha Pra dizer. – Pois então diga!

E o dinossauro puxou O fecho em sua barriga. E foram saindo lá de dentro As crianças da turma do Maternal A,

Um a um...

- Nós não somos dinossauros, Enganamos todo mundo!

(trecho adaptado do poema “Meu amigo dinossauro” de Ruth Rocha)

REFERÊNCIAS

ARIOSI, Cinthia Magda Fernandes. O ensino de artes para crianças de creches:

experiências sensíveis, sensoriais e criativas. 2012 Disponível em:

http://dx.doi.org/10.7867/1809-0354.2014v9n1p127-154 Acessado em: 20 de

novembro de 2015

BRASIL. MEC – SEF. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: conhecimento de mundo. Volume 3, 1998.

DERDYK. Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 2003.

DINIZ. Lélia Negrini & BEN. Luciana Del. Música na educação infantil: um

mapeamento das práticas e necessidades de professoras da rede municipal de ensino de Porto Alegre. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 15, 27-37, set. 2006.

Acessado em: 21 de novembro de 2015.

GUSSO. Sandra de Fátima Kruger & SCHUARTZ. Maria Antonia. A criança e o

lúdico: a importância do “brincar”. Disponível em:

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisEvento/documentos/com/TCC I057.pdf Acessado em: 20 de novembro de 2015.

ROCHA. Ruth. Meu pequeno dinossauro. Ilustrações de: Alberto Llinhares. São Paulo: Melhoramentos. 3ª ed.

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SANTOS, Dilaina Paula dos. Psicopedagogia dos fantoches: jogo de imaginar,

construir e narrar. São Paulo: Vetor, 2006.

SILVA. Silvia Maria Cintra da. A constituição social do desenho da criança. São Paulo: Mercado de Letras, 2002.

SILVA. Monalisa Hipoli. Desenho na educação infantil. Barretos, 2011. Disponível em: http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/4467/1/2011_MonalisaHipolitiSilva.pdf Acessado em: 22 de novembro de 2015.

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